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MASTITE 2013

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MASTITE INFECCIOSA 
BOVINA 
Prof.ª Daniele C. Raimundo 
Prof.ª Bianca Santos 
Prof.ª Thaís Chucri 
 FMU- 2013 
DEFINIÇÃO 
 
 Processo inflamatório da 
glândula mamária. 
 
 Doença complexa de caráter 
multifatorial: 
 -patógenos 
 -ambiente 
 -animal 
 
INTRODUÇÃO: 
 -causas 
 -importância 
 -saúde pública 
 
PERDAS ECONÔMICAS 
-Alteração na quantidade e qualidade 
-17 a 20% rebanho mundial bovino 
-10 a 15% perda da produção mundial 
 
 
 
PERDAS ECONÔMICAS 
 
Brasil - 72% subclínica 
Prejuízos – R$ 332,20/vaca/ano 
 
Qual o preço pago pelo litro de leite ao produtor ?? 
08/2012 : R$ 0,85 
08/2013 : R$ 1,20 
 
 
 
 
PROBLEMA MUNDIAL!!! 
ETIOLOGIA: 
 patógenos maiores 
 - maiores Contagem de Células Somáticas (CCS) 
 - alterações significativas na composição do leite 
 - grande impacto econômico 
 patógenos menores 
 
 Staphylococcus sp 
 Corynebacterium bovis 
 Streptococcus sp 
 
 
Patógenos maiores Patógenos menores 
Staphylococcus aureus Pseudomonas 
aeruginosa 
Streptococcus agalactiae Mycoplasma spp 
Streptococcus 
dysgalactiae 
Sthaphylococcus spp 
coagulase negativa 
Streptococcus uberis Corynebacterium bovis 
Coliformes Nocardia spp 
Actinomyces pyogenes Pasteurella spp 
Prototheca zopfii 
Candida albicans 
Infecctious disease of Domestic animals 
Estados: São Paulo Minas Gerais 
Agente % % 
Staphylococcus sp 26 28 
Corynebacterium sp 37 44 
Streptococcus sp 
 
Enterobactérias 
 
Fungos 
18 
 
0,4 
 
0,8 
17 
 
0,7 
 
0,6 
Etiologia da Mastite Bovina nos estados de Minas Gerais e São Paulo 
Costa E.O Importância da mastite na produção leiteira do país. Rer Educ Cont CRMV-SP, V1, P3-9, 1998 
EPIDEMIOLOGIA 
Agentes etiológicos: 
 -contagiosos 
• longa duração 
• mastites crônicas 
• na maioria das vezes, infecções subclínicas 
 -ambientais 
• oportunistas da glândula mamária 
• não estão adaptados à sobrevivência no 
hospedeiro 
• normalmente, desencadeiam infecções clínicas
 
 
Epidemiologia 
 
 Contagiosos ou vaca dependentes: 
 
 
 - Streptococcus agalactiae 
 - Streptococcus dysgalactiae 
 - Staphylococcus spp. Coagulase negativa 
 - Corynebacterium bovis 
 
 
 
Epidemiologia 
 
 Ambientais: 
 
 - Streptococcus uberis 
 - Enterobacteriaceae 
 - Actinomyces pyogenes 
 - Pseudomonas sp 
 - Prototheca zopfii 
 - Fungos 
 
 
 
 
Epidemiologia 
 
 Contagiosos 
FI: animal infectado(tetos) 
RESERVATÓRIO: 
VE: leite 
VT: ordenha, ordenhadores 
amamentação, panos e 
esponjas de uso múltiplo 
 
PE: úbere 
 
 
 
 
 
 Ambientais 
 
 
 Reservatório: água 
contaminada, fezes, solo e 
diversos materiais orgânicos 
usados como cama 
 
VT: equipamentos de ordenha e 
ordenhadores 
 
PE: úbere 
 
 
Anatomia da glândula mamária 
Mecanismos de defesa da glândula 
mamária 
 Anatomia 
- Canal do teto 
• composto por uma camada de epiderme queratinizada 
 
• esfíncter muscular que controla a ejecção de leite, 
funciona também como um obstáculo à entrada de m.o. 
 
• tampão de queratina, formado pela 
descamação das células do epitélio 
estratificado da parede do canal 
 
Mecanismos de defesa da glândula mamária 
 Sistema Imunológico- 
• Inato: 
 fatores que lisam a membrana celular m.o. 
(complemento) 
 lactoferrina: glicoproteina com sítio de 
ligação no qual se ligam um íon férrico. Para a 
maioria das bactérias patogênicas, o íon ferro 
é um cofator do metabolismo assim como 
bactericida ao tornar o ferro indisponível na 
glândula mamária. 
 lisozima: proteína bactericida que hidrolisa os 
peptideoglicanos da parede celular das 
bactérias G+ e G-, resultando na lise celular 
 
Mecanismos de defesa da glândula mamária 
 
 Remoção mecânica- nas vacas em produção existe o 
efeito mecânico da lavagem com o fluxo do leite que 
evita a colonização por microrganismos 
 
 *Neutrófilos, macrófagos, células epiteliais e células 
natural killer (NK). Essas células são chamadas de células 
somáticas do leite. 
 
FATORES PREDISPONENTES 
-Idade do animal 
-Lesões nos tetos (hiperqueratose) 
-Alta produção leiteira 
• retorno do tônus do esfíncter 
• lactações subsequentes, o esfíncter demora mais tempo para 
se contrair 
-Ordenha mecânica 
• aspiração (vácuo) 
• dilatação do orifício do teto pós ordenha 
 
 danos mecânicos causados pela ordenhadeira com excesso de vácuo, por 
pulsação excessivamente rápida, e o dano químico causado pelos 
desinfetantes excessivamente cáusticos 
 
 
 
FATORES PREDISPONENTES 
 
-Estresse térmico 
-Deficiência nutricional 
-Estado sanitário do rebanho/manejo 
incorreto 
http://www.aloeforeverbrasil.com.br/aloe_veterinaria/imagens/image043.jpg
PATOGENIA 
 
 via descendente (Brucella sp, Pasteurella sp, Mycobacterium sp).
 
 via ascendente 
-Penetração 
-Instalação 
-Multiplicação 
 
Sinais Clínicos = inflamação 
Classificação das mastites 
 
Clínica: 
- superagudo/agudo 
- presença de alt. macroscópicas 
 
 Subclínica: 
 
- NORMAL <500.000 céls/ml na ausência de 
microrganismos. 
-ANORMAL >500.000 céls/ml na presença de 
microrganismos. 
-ausência de alt. macroscópicas 
 
 
CÉLULAS 
SOMÁTICAS 
AUSENTE PRESENTE 
< 500.000 SECREÇÃO 
NORMAL 
INFECÇÃO 
LATENTE 
> 500.000 MASTITE 
ASSÉPTICA 
MASTITE 
SUBCLÍNICA 
 Microrganismo patogênico 
Passagem dos leucócitos da corrente sanguínea para os alvéolos na tentativa 
de combater e neutralizar as bactérias invasoras. Leucócitos+ tecido 
danificado + proteínas + bactérias =formação grumos 
Intervalo Divertido!!! 
DIAGNÓSTICO 
 
Mastite clínica: 
 - Exame clínico 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
-Teste da caneca de fundo preto 
(Strip cup test ou o Tamis) 
-diariamente 
 
 
DIAGNÓSTICO 
COLHEITA DE MATERIAL 
DIAGNÓSTICO 
Mastite subclínica:- California Mastitis Test 
ou CMT contagem de células somáticas 
(CCS). 
• método indireto, que avalia a quantidade 
de células somáticas do leite, sob a ação de 
um detergente aniônico 
capaz de romper a 
membrana celular. 
A formação do gel 
ocorre pela interação 
dos ácidos nucléicos 
com o detergente 
 
RESULTADO SIGNIFICADO 
NEGATIVO (-) 0-2000.000 céls/ml 
TRAÇO (T) 150.000-500.000 
céls/ml 
FRACO (+) 400.000-1.500.000 
céls/ml 
NITIDA/TE 
POSITIVO (++) 
800.000-5.000.000 
céls/ml 
FORTE/TE 
POSITIVO (+++) 
mais de 5.000.000 
céls/ml 
Leitura do teste de CMT 
DIAGNÓSTICO 
Prova Microbiológica (quando???) 
 - importância 
 - Cultivo e identificação do agente 
 (coleta do leite) 
 - Antibiograma 
 
CONTROLE 
 
-Fonte de infecção 
-Suscetível 
-Vias de Transmissão ordenha 
 ordenhador 
 ambiente 
 
-Educação Sanitária 
 
PROGRAMA DE CONTROLE 
MASTITE 
 
1º- Estabelecer o nível de infecção e 
inflamação do rebanho 
2º- Reduzir infecções pré-existentes 
3º- Prevenir novas infecções 
4º- Estabelecer metas 
 
1ºESTABELECER O STATUS DO 
REBANHO 
 
-Realizar teste da caneca de fundo preto 
-Realizar exames de CMT 
-Realizar o exame microbiológico 
 
ÍNDICES 
 
 
 
 
Nível de mastite clínica: N° de tetos com Tamis + 
 N° de tetos examinados 
 
Nível de inflamação: N° de tetos com CMT + 
 N° de tetos examinados 
 
Nível de infecção: N° de tetos com microbiológico + 
 N° de tetos examinados 
 
2ºREDUZIR INFECÇÕES PRÉ-
EXISTENTES 
 
 
 
 - Diagnóstico e tratamento dos casos 
clínicos 
 
 - Tratamento da mastite subclínica 
 
 - Descarte de vacas (quando???) 
 
 
3ºPREVENIR NOVAS INFECÇÕES 
 
 
-Manejo e higiene de ordenha 
 
-pré e pós-dipping 
 
- Manutenção adequada do equipamentode ordenha 
4ºESTABELECER METAS 
 
Clínica: caneca de fundo preto 
 fazer registros 
 tratamento 
 descarte do leite 
 
Subclínica: CMT 
 manter registros 
 tratamento após a lactação 
 
 
 
ESTABELECER METAS 
 
-Mastite clínica: 1% 
 
-Mastite subclínica: < 15% 
 
 
 
 
 
 
TERAPIA 
 
 Antibióticos 
 -período de descarte 
 
-mastite clínica: 
-mastite subclínica: 
 
 
http://www2.pfizersaudeanimal.com.br/images/lactaflex/vaca_no_ambiente_gd.jpg

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