Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Alunos: Debora de Jesus, Emylle Ribeiro, Isabele Santos , Laíse Sá e Tatiana Fraize Docente: Paula Casais MAS, O QUE SERÁ? ❖ É a perda das funções renais, sendo lenta, geralmente irreversível e progressiva. Observa-se degradação das funções bioquímicas e fisiológicas do organismo, decorrente da falha de filtração glomerular, com diminuição da função renal e/ou lesão no parênquima, por pelo menos três meses consecutivos ❖ As duas principais causas de insuficiência renal crônica são a hipertensão arterial e o diabetes mellitus; ❖ Os portadores de disfunção renal leve apresentam quase sempre evolução progressiva, insidiosa e assintomática, dificultando o diagnóstico precoce da disfunção renal. ❖ Para prevenir o acúmulo de toxinas urêmicas no sangue, é necessária a terapia de reposição permanente, que se dá por meio da diálise ou transplante renal. ❖ Devido ao acúmulo de eletrólitos, desequilíbrio dos fluidos e hormônios, decorrentes da falha da função renal, aparecem os primeiros sinais e sintomas da uremia; INSUFICIÊNCIA RENAL NA ODONTOLOGIA COMO ISSO AFETA A SAÚDE BUCAL? QUAIS OS CUIDADOS QUE O CIRURGIÃO DENTISTA DEVE TOMAR? ❖ As alterações bucais associadas à DRC não são específicas e sim secundárias às manifestações sistêmicas ❖ Cerca de 90% dos pacientes que possuem falha renal irão apresentar algum tipo de sintoma bucal: Seja devido à própria doença Ou ao efeito colateral do tratamento e dos medicamentos utilizados ❖ O paciente renal crônico pode exibir variadas manifestações bucais como: DOENÇA PERIODONTAL PLACA E CÁLCULO CÁRIE HALITOSE E ALTERAÇÃO DO PALADAR XEROSTOMIA PALIDEZ DA MUCOSA HIPERPLASIA GENGIVAL Infecções Bucais, como: CANDIDIÍSE EROSÃO DENTÁRIA OSTEODISTROFIA HEMORRAGIA Lesões da mucosa, como: LÍQUEN PLANO Anormalidades do desenvolvimento dentário, como: HIPOPLASIA DE ESMALTE ■ É muito importante que o paciente que possua a doença renal crônica realize consultas com um cirurgião dentista de forma regular ■ Dessa forma é de grande valia que o cirurgião-dentista seja incluído nas equipes multiprofissionais, existindo uma boa comunicação com médico nefrologista ■ Vale ressaltar que tais pacientes apresentam uma situação psicológica delicada e vivem de forma controlada, podendo ser incapazes de tolerar variações significativas na dieta, fluidos e atividades diárias ■ Para o atendimento ambulatorial e hospitalar além de se conhecer o detalhado histórico médico do paciente como, por exemplo, os medicamentos que ele faz uso, é ainda necessário a solicitação de alguns exames complementares e laboratoriais, dentre eles se destacam: RADIOGRAFIA PANORÂMICA HEMOGRAMA COMPLETO TEMPO DE SANGRAMENTO (TS) E TEMPO DE ATIVIDADE DA PROTROMBINA (TAP) ■ O controle de infecção e a redução de microorganismos patogênicos da cavidade bucal podem ser realizados através do uso de: CLOREXIDINA A 0,12% ANTIMICROBIANO DE GRANDE ESPECTRO E ANTIFÚNGICOS Além disso, outros cuidados podem ser realizados ambulatorialmente como: RESTAURAÇÕES EM DENTES CARIADOS TRATAMENTO PERIODONTAL COM RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR EXTRAÇÃO DE DENTES QUE NÃO POSSUEM PROGNÓSTICO FAVORÁVEL TRATAMENTO ENDODÔNTICO EM DENTES COM COMPROMETIMENTO PULPAR COMO CONTROLAR E REDUZIR OS MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS DA CAVIDADE BUCAL DESSES PACIENTES? Sempre antes de se realizar qualquer procedimento invasivo, a monitorização dos sinais vitais como o da pressão arterial deve ser feita. Para pacientes que são submetidos à hemodiálise, o ideal é que o tratamento odontológico invasivo seja realizado sempre no dia seguinte a esse procedimento Em relação à anestesia local, é importante relembrar que os rins são órgãos excretores primários e que os pacientes com DRC serão incapazes de realizar a filtração de tais metabólitos resultando num aumento do potencial de toxicidade. IMPORTANTE SABER É aconselhável a utilização de remédios que sofra metabolização no fígado, com a redução da dose e o ajuste no intervalo das administrações. Deve-se evitar o uso de aspirina e anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), pois eles possuem ação antiplaquetária, além de serem nefrotóxicos e gerar uma diminuição da função renal. Já os antibióticos podem ser administrados com cautela, sendo evitadas as tetraciclinas por aumentarem os níveis de nitrogênio ureico no sangue. É de suma importância que os pacientes que irão receber um novo rim eliminem toda e qualquer infecção da cavidade bucal através de procedimentos odontológicos antes de realizarem o transplante renal. Os procedimentos odontológicos eletivos nos pacientes transplantados devem ser feitos após seis meses da cirurgia e, para procedimentos que envolvam sangramento, é aconselhável que se faça uma profilaxia antibiótica. Os medicamentos e as doses usadas são: IMPORTANTE SABER Ou ainda a administração de 1g de vancomicina, correndo por uma hora, durante a diálise, um dia antes do tratamento 2g de amoxicilina ou 600mg de clindamicina, uma hora antes do procedimento. 300mg de clindamicina uma hora antes do procedimento e 150mg após seis horas da dose inicial RELATO DE CASO RELATO DE CASO REFERÊNCIAS ■ DE CASTRO, DS de et al. Alterações bucais e o manejo odontológico dos pacientes com doença renal crônica. Archives of Health Investigation, v. 6, n. 7, 2017. Disponível em: https://www.foa.unesp.br/Home/ensino/departamentos/cienciasbasicas/s3_drc-alteracao. pdf ■ DE FARIAS, Jener Gonçalves et al. Avaliação cirúrgica do paciente renal crônico-revisão de literatura e relato de caso clínico. Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-Fac, v. 7, n. 3, p. 9-14, 2007. Disponível em: https://www.revistacirurgiabmf.com/2007/v7n3/1.pdf ■ JUNIOR, João Egidio Romão. Doença renal crônica: definição, epidemiologia e classificação. J. Bras. Nefrol., v. 26, n. 3 suppl. 1, p. 1-3, 2004. Disponível em: https://www.bjnephrology.org/en/article/doenca-renal-cronica-definicao-epidemiologia-e-cl assificacao/ ■ RAIMUNDO, Mariana Carvalho et al. MANEJO ODONTOLÓGICO DO PACIENTE RENAL CRÔNICO: UMA REVISÃO DE LITERATURA DENTAL MANAGEMENT OF THE CHRONIC RENAL PATIENT: A LITERATURE REVIEW. Revista da Faculdade de Odontologia da UFBA, v. 47, n. 1, 2017. Disponível em:
Compartilhar