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Resumo Farmacológico das Alergias

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Aula 01
Manejo Farmacológico das Alergias
Alergia no Cotidiano 
• As alergias causam uma ampla gama de sintomas, desde problemas comuns dos quais todo mundo já ouviu falar, como congestão nasal, espirros; olhos lacrimejantes, com coceira e vermelhos; e coceira nas orelhas, até problemas menos óbvios, como cócegas no garganta, tosse, asma, respiração ofegante e falta de ar, urticária, eczema, reações a picadas de abelha e assim por diante
Alergias
• As alergias, também conhecidas como reações de hipersensibilidade, ocorre quando o sistema imunológico reage exageradamente;
• Esses substâncias, também conhecidas como alérgenos, podem ser pólen, pelos de animais, produtos químicos, fungos, ácaros, ou alimentos como nozes, ovos, mariscos, peixes e leite.
As células de defesa do sistema imunológico que desempenham um papel importante nas reações alérgicas incluem:
Mastócitos: Essas células contêm grânulos de histamina e estão envolvidas na resposta imunológica imediata em uma reação alérgica. Quando estimulados, os mastócitos liberam histamina e outras substâncias, desencadeando sintomas alérgicos.
Basófilos: Os basófilos são um tipo de glóbulo branco que circula no sangue e também contêm histamina. Eles desempenham um papel semelhante aos mastócitos na resposta alérgica.
Eosinófilos: Os eosinófilos são células do sistema imunológico que desempenham um papel importante na resposta alérgica, especialmente em alergias respiratórias, como a asma.
Linfócitos: Linfócitos T e B são células do sistema imunológico que podem estar envolvidas em alergias, especialmente em alergias de hipersensibilidade tardia, como dermatite de contato.
Células dendríticas: As células dendríticas são células do sistema imunológico que desempenham um papel na apresentação de antígenos às células T, ajudando a iniciar e regular a resposta alérgica.
Neutrófilos: Embora geralmente não sejam os principais protagonistas em alergias, os neutrófilos podem ser recrutados para áreas de inflamação alérgica e desempenhar um papel secundário.
OBS do Professor: eosinófilos 
As células do sangue que aumenta no processo alérgico são eosinófilos.
Os eosinófilos costumam aumentar em número em resposta a certas condições, como alergias, infecções parasitárias, algumas doenças autoimunes e certas condições pulmonares. Portanto, o aumento de eosinófilos no sangue pode ser um indicador de uma resposta imunológica a essas condições.
Processo alérgico
O processo alérgico, também conhecido como hipersensibilidade alérgica, é uma resposta exagerada e inadequada do sistema imunológico a substâncias inofensivas, chamadas alérgenos. O processo alérgico ocorre em várias etapas e envolve diferentes tipos de células e mediadores. Vou explicar detalhadamente o processo alérgico e fornecer exemplos de alergias comuns.
1. Sensibilização:
A primeira exposição a um alérgeno não causa uma reação alérgica imediata. Em vez disso, o sistema imunológico reconhece o alérgeno como uma ameaça e produz anticorpos específicos, chamados IgE (imunoglobulina E), para combater o alérgeno. Isso é conhecido como sensibilização.
Exemplo: Uma pessoa é exposta pela primeira vez ao pólen de uma planta durante a primavera. Seu sistema imunológico reconhece o pólen como um alérgeno e começa a produzir anticorpos IgE contra o pólen.
2. Exposição ao alérgeno:
Nas exposições subsequentes ao mesmo alérgeno, os anticorpos IgE já estão presentes no organismo. Quando o alérgeno entra em contato com o corpo, ele se liga aos anticorpos IgE nas células de mastócitos e basófilos, que são células do sistema imunológico.
Exemplo: Na próxima primavera, a mesma pessoa é novamente exposta ao pólen da planta. O pólen se liga aos anticorpos IgE nas células de mastócitos.
3. Liberação de mediadores:
Quando o alérgeno se liga aos anticorpos IgE nas células de mastócitos e basófilos, essas células liberam mediadores químicos, principalmente a histamina. A histamina é o principal responsável pelos sintomas alérgicos.
Exemplo: Após a ligação do pólen aos anticorpos IgE nas células de mastócitos, as células liberam histamina.
4. Resposta alérgica:
Os mediadores, como a histamina, desencadeiam uma série de respostas no corpo, incluindo:
Vasodilatação: os vasos sanguíneos se dilatam, levando a vermelhidão e inchaço.
Aumento da permeabilidade vascular: permite que o fluido vaze para os tecidos, causando inchaço.
Contração dos músculos lisos: pode levar a sintomas como broncoconstrição (estreitamento das vias aéreas) e contração dos músculos intestinais.
Estimulação de terminações nervosas: leva à coceira e dor.
Produção de muco: em alergias respiratórias, pode ocorrer aumento na produção de muco.
Exemplo: A pessoa sensibilizada ao pólen sofre uma reação alérgica, apresentando sintomas como nariz entupido, espirros, coceira nos olhos e tosse. Esses sintomas são causados pela liberação de histamina e outros mediadores.
5. Sintomas alérgicos:
Os sintomas alérgicos podem variar de pessoa para pessoa e dependem do tipo de alérgeno e da localização da exposição. Os sintomas comuns incluem:
Rinite alérgica: espirros, coriza, coceira nasal e congestão.
Asma: chiado no peito, falta de ar.
Dermatite de contato: erupções cutâneas, coceira na pele.
Alergias alimentares: inchaço, urticária, cólicas abdominais e diarreia.
Exemplo: Uma pessoa alérgica a amendoim pode experimentar uma reação alérgica após ingerir amendoim, manifestando sintomas como urticária, inchaço dos lábios e dificuldade respiratória.
Principais Sintomas de Rinite Alérgica
A rinite alérgica é uma condição comum que ocorre quando o sistema imunológico reage exageradamente a alérgenos, como poeira, pólen, ácaros, mofo e pelos de animais. Os principais sintomas da rinite alérgica incluem:
Espirros frequentes: Pessoas com rinite alérgica frequentemente apresentam espirros repetidos, principalmente após a exposição a alérgenos.
Coriza (nariz escorrendo): A coriza é um sintoma característico da rinite alérgica e geralmente é aquosa e clara.
Congestão nasal: A congestão nasal é a sensação de narinas entupidas ou bloqueadas, tornando a respiração pelo nariz difícil.
Coceira no nariz: Uma sensação de coceira no nariz é comum na rinite alérgica e muitas vezes leva à fricção do nariz.
Coceira nos olhos: Muitas pessoas com rinite alérgica também experimentam coceira nos olhos, que pode ser acompanhada de vermelhidão ocular.
Lacrimejamento: Os olhos podem lacrimejar excessivamente devido à irritação causada pelos alérgenos.
Espinhas no palato: Algumas pessoas relatam sentir uma coceira no céu da boca (palato) como parte dos sintomas da rinite alérgica.
Tosse: A tosse, geralmente seca, é um sintoma associado quando a drenagem pós-nasal é percebida.
Fadiga: Os sintomas da rinite alérgica, principalmente quando persistentes, podem levar à fadiga devido ao desconforto e dificuldade em respirar adequadamente durante a noite.
Dor de cabeça: Algumas pessoas experimentam dores de cabeça devido à congestão nasal e à pressão nos seios da face.
Como trata as alergias?
• Manejo da alergia é feito com fármacos e medidas não medicamentosas, que incluem redução de exposição aos alergênicos, imunoterapia alergênica e cirurgia.
Antagonista dos receptores H1:
Os antagonistas dos receptores H1 são medicamentos que bloqueiam a ação da histamina nos receptores H1, aliviando sintomas alérgicos, como coceira, espirros, coriza e olhos lacrimejantes.
Exemplos: Loratadina (Claritin), Cetirizina (Zyrtec), Fexofenadina (Allegra).
Descongestionantes (antagonistas alfa-adrenérgicos):
Os descongestionantes aliviam a congestão nasal ao estreitar os vasos sanguíneos nas vias nasais.
Exemplos: Pseudoefedrina (Sudafed), Fenilefrina (Afrin).
Estabilizadores de membrana:
Os estabilizadores de membrana, como o cromoglicato de sódio, ajudam a prevenir a liberação de mediadores alérgicos, como a histamina, das células do sistema imunológico.
Exemplo: Cromolyn (Nasalcrom).
Glicocorticoides:
Os glicocorticoides são corticosteroides que reduzem a inflamação nas vias aéreas e aliviam sintomas alérgicos,como congestão nasal e inflamação.
Exemplos: Fluticasona (Flonase), Budesonida (Rhinocort), Prednisona (usada oralmente em casos graves).
Anticolinérgicos:
Os anticolinérgicos ajudam a aliviar sintomas alérgicos, como coriza e espirros, bloqueando a ação da acetilcolina, um neurotransmissor.
Os receptores muscarínicos M3 estão localizados nas células do músculo liso das vias aéreas, glândulas exócrinas e em outras áreas do corpo. A ativação desses receptores leva à contração do músculo liso, aumento da produção de muco e outras respostas, como a broncoconstrição.
Os anticolinérgicos, como o ipratrópio, atuam como antagonistas dos receptores muscarínicos, bloqueando a ação da acetilcolina nesses receptores. Isso resulta na relaxação do músculo liso das vias aéreas, redução da produção de muco e alívio dos sintomas respiratórios, como a dificuldade em respirar, que podem ocorrer em condições alérgicas, como a asma.
Exemplo: Ipratrópio (Atrovent Nasal).
Antileucotrienos:
Os antileucotrienos atuam bloqueando a ação dos leucotrienos, substâncias que desencadeiam inflamação nas vias aéreas.
Exemplos: Montelucaste (Singulair), Zafirlucaste (Accolate).
Anti-IgE:
Os medicamentos anti-IgE reduzem a resposta alérgica ao bloquear a ação da imunoglobulina E (IgE), um anticorpo envolvido nas reações alérgicas.
Exemplo: Omalizumabe (Xolair).
Imunoterapia:
A imunoterapia é um tratamento que envolve a administração controlada de pequenas quantidades do alérgeno, com o objetivo de reduzir a sensibilidade ao alérgeno ao longo do tempo. Ela pode ser administrada como injeções (injeção de alergia) ou comprimidos sublinguais.
Exemplo: Administração de doses crescentes de alérgenos específicos, como pólen ou ácaros, sob supervisão médica.
Por que não tem o antialérgico top?
Remissões Espontâneas: Algumas alergias podem apresentar períodos em que os sintomas desaparecem temporariamente, como nas alergias sazonais.
Viés de Publicação: Estudos que mostram benefícios de um tratamento podem ser mais propensos a serem publicados, levando a uma visão distorcida da eficácia do tratamento.
Delineamento Experimental: Alguns estudos podem ter limitações em seu design, afetando a validade dos resultados.
Estudos Patrocinados pela Indústria Farmacêutica: Estudos financiados por empresas farmacêuticas podem ser suscetíveis a um viés em favor dos medicamentos patrocinados.
Receptores de Histamina
Existem quatro principais subtipos de receptores de histamina, denominados H1, H2, H3 e H4, cada um com funções distintas. Vou explicar cada um deles e fornecer exemplos de onde estão localizados e como afetam o organismo:
Receptores H1:
Localização: Encontrados principalmente nos tecidos periféricos, como vasos sanguíneos, músculo liso e células nervosas.
Função: Os receptores H1 estão envolvidos em respostas alérgicas, como coceira, espirros, congestão nasal e erupções cutâneas. Eles também afetam o sistema nervoso central, contribuindo para a sonolência associada a alguns anti-histamínicos.
Exemplos: Medicamentos antialérgicos, como loratadina (Claritin) e cetirizina (Zyrtec), bloqueiam os receptores H1 para aliviar sintomas alérgicos.
Receptores H2:
Localização: Encontrados em células do estômago e células do sistema imunológico.
Função: Os receptores H2 regulam a produção de ácido no estômago. Ativação excessiva desses receptores pode levar a úlceras pépticas e azia.
Exemplos: Medicamentos como a ranitidina (Zantac) e a famotidina (Pepcid) são bloqueadores dos receptores H2 e são usados para tratar úlceras gástricas e distúrbios de acidez estomacal.
Receptores H3:
Localização: Principalmente no cérebro e em células nervosas.
Função: Os receptores H3 estão envolvidos na regulação de neurotransmissores, como a histamina. Eles desempenham um papel na modulação do sono, vigília e funções cognitivas.
Exemplos: Atualmente, não há medicamentos aprovados que atuem especificamente nos receptores H3, mas a pesquisa está em andamento.
Receptores H4:
Localização: Encontrados em células do sistema imunológico, como mastócitos e células brancas do sangue.
Função: Os receptores H4 estão envolvidos na regulação de respostas imunológicas e inflamatórias. Eles desempenham um papel na migração de células do sistema imunológico para locais de inflamação.
Exemplos: Pesquisas estão em andamento para o desenvolvimento de medicamentos que visam os receptores H4 com potencial para tratar doenças inflamatórias.
O efeito colateral que está associado ao bloqueio do receptor histamínico H1
Sedação (Sonolência):
Exemplos de medicamentos: Difenidramina (Benadryl), Clorfeniramina (Chlor-Trimeton).
Causa: Os anti-histamínicos de primeira geração, como a difenidramina, atravessam a barreira hematoencefálica e afetam o sistema nervoso central. Isso leva à sonolência, uma vez que eles inibem os neurotransmissores excitatórios.
Boca Seca:
Exemplos de medicamentos: Difenidramina (Benadryl), Loratadina (Claritin).
Causa: Os anti-histamínicos bloqueiam os receptores muscarínicos na glândula salivar, reduzindo a produção de saliva, o que resulta em boca seca.
Visão Turva:
Exemplos de medicamentos: Difenidramina (Benadryl), Clemastina (Tavist).
Causa: Alguns anti-histamínicos podem afetar a acomodação do olho, levando a problemas de foco e visão turva.
Constipação Intestinal:
Exemplos de medicamentos: Difenidramina (Benadryl), Hidroxizina (Atarax).
Causa: Os anti-histamínicos podem bloquear os receptores muscarínicos nos músculos do trato gastrointestinal, reduzindo a motilidade intestinal e levando à constipação.
Retenção Urinária:
Exemplos de medicamentos: Prometazina (Phenergan), Difenidramina (Benadryl).
Causa: Alguns anti-histamínicos podem bloquear os receptores muscarínicos na bexiga, dificultando a micção e levando à retenção urinária.
Alterações na Coordenação:
Exemplos de medicamentos: Difenidramina (Benadryl), Prometazina (Phenergan).
Causa: O bloqueio dos receptores H1 no cérebro pode afetar a coordenação motora e o equilíbrio, tornando as atividades que exigem atenção, como dirigir, potencialmente perigosas.
Anti-histamínicos de primeira e segunda geração
Anti-histamínicos de Primeira Geração:
· Difenidramina (Benadryl)
· Clorfeniramina (Chlor-Trimeton)
· Prometazina (Phenergan)
· Hidroxizina (Atarax, Vistaril)
· Clemastina (Tavist)
Características:
· Causam sonolência.
· Tendem a causar efeitos colaterais anticolinérgicos, como boca seca e visão turva.
· Usados para alergias, coceira, insônia, sintomas de resfriado.
Anti-histamínicos de Segunda Geração:
· Loratadina (Claritin)
· Cetirizina (Zyrtec)
· Fexofenadina (Allegra)
· Desloratadina (Clarinex)
· Levocetirizina (Xyzal)
Características:
· Causam menos sonolência.
· Geralmente não causam efeitos colaterais anticolinérgicos.
· Usados para alergias sazonais e perenes, rinite alérgica, urticária.
Diferenças Principais:
· Anti-histamínicos de primeira geração causam sonolência e mais efeitos colaterais anticolinérgicos.
· Anti-histamínicos de segunda geração são menos sedativos e têm um perfil de efeitos colaterais mais suave.
· A escolha depende das necessidades individuais e da tolerância a efeitos colaterais.
Manejo não farmacológico da alergia
• Controle ambiental;
 • Imunoterapia; 	
• Acunputura; 
• Abordagem cirúrgica
Aula 02
Infecções do Trato Respiratório
O que é? 
• Qualquer doença infecciosa do trato respiratório superior ou inferior. As infecções do trato respiratório superior incluem resfriado comum, laringite, faringite/amigdalite, rinite aguda, rinossinusite aguda e otite média aguda 
• As infecções do trato respiratório inferior incluem bronquite aguda, bronquiolite, pneumonia e traqueíte 
• Os antibióticos são comumente prescritos para essas infecções em adultos e crianças na atenção primária.
• O tratamento antibiótico das infecções do trato respiratório oferece benefícios insignificantes aos pacientes afetados e está frequentemente associado a efeitos colaterais.
Infecções do Trato Respiratório Superior (ITRS):
Localização: As ITRS envolvem as partes superiores do sistema respiratório,incluindo o nariz, garganta, faringe, laringe, seios nasais e a parte superior da traqueia.
Exemplos de ITRS: Alguns exemplos de ITRS incluem o resfriado comum (causado principalmente por vírus), faringite (inflamação da faringe), amigdalite (inflamação das amígdalas), laringite (inflamação da laringe) e sinusite (inflamação dos seios nasais).
Sintomas Típicos: Os sintomas de ITRS podem incluir dor de garganta, coriza, espirros, tosse, congestão nasal, dor de cabeça e febre baixa. Geralmente, as ITRS são autolimitadas e não costumam ser graves.
Infecções do Trato Respiratório Inferior (ITRI):
Localização: As ITRI envolvem as partes mais baixas do sistema respiratório, incluindo os brônquios, bronquíolos e os alvéolos pulmonares.
Exemplos de ITRI: Algumas infecções do trato respiratório inferior incluem pneumonia (uma infecção dos alvéolos pulmonares), bronquite (inflamação dos brônquios) e bronquiolite (inflamação dos bronquíolos). A maioria das ITRI é causada por infecções bacterianas ou virais.
Sintomas Típicos: Os sintomas de ITRI podem incluir tosse persistente, produção de catarro, dificuldade respiratória, febre, dor no peito e chiado no peito. As ITRI podem ser mais graves do que as ITRS e geralmente requerem tratamento médico.
Diagnóstico
Microscopia 
• Fornece informações precoces e concisas sobre a infecção, como a presença de grande número de células polimorfonucleares (PMN) como marcadores da resposta inflamatória ou a presença de bactérias com morfologia característica 
• Os resultados do exame microscópico podem fornecer indicação precoce dos resultados da cultura e orientar sobre o tratamento.
Detecção de patógenos respiratórios 
• Depende em grande parte de diversas variáveis pré-analíticas e, certamente, do tipo e da qualidade da amostra respiratória 
• O momento da coleta é a primeira condição essencial para garantir um diagnóstico microbiológico preciso e a interpretação dos resultados 
• As amostras devem ser colhidas o mais cedo possível na fase aguda de uma infecção, de preferência antes da administração de medicamentos antimicrobianos ou antivirais 
• As amostras respiratórias devem ser coletadas dentro de 3 dias após o início dos sintomas e no máximo 7 dias, uma vez que o título viral e a quantidade de bactérias tendem a diminuir acentuadamente após 72 horas do início clínico
Cultura bacteriana 
• Continua sendo, atualmente, o método padrão-ouro para o isolamento e detecção de patógenos respiratórios do trato respiratório superior e inferior, incluindo bactérias atípicas 
• No entanto, é considerado um método trabalhoso que requer considerável conhecimento técnico e longo tempo para obter resultados 
• Os resultados da cultura podem ser mal interpretados, especialmente quando as amostras são colhidas após o início da terapia antibiótica
Testes rápidos 
• Os imunoensaios rápidos são relativamente baratos, fáceis de executar e podem fornecer resultados de testes em menos de 30 minutos 
• Os ensaios imunocromatográficos são considerados o método mais versátil e popular entre os diferentes imunoensaios 
• Durante a pandemia de COVID-19, vários testes rápidos específicos para a detecção de SARS-CoV-2 foram desenvolvidos e utilizados como testes no local de atendimento.
Influenza (gripe)
• Elevada transmissibilidade e distribuição global 
• Aumento das taxas de hospitalização e morte 
• Vírus da influenza A, B e C 
• Falar, tossir, respirar e apertar mãos 
• Mialgia, tosse seca, calafrios, cefaleia, prostração e febre 
• Em geral é autolimitada, com resolução em torno de 7 dias
Diagnóstico clínico: Linfócitos + Leucócitos 
O diagnóstico clínico da gripe muitas vezes envolve a observação dos sintomas, como febre e tosse, juntamente com a contagem de leucócitos (glóbulos brancos) e linfócitos no sangue, embora outros exames laboratoriais possam ser usados para confirmar a presença do vírus.
• Medida mais eficaz? 
 Terapia antiviral - inibidores da neuramidase 
Os inibidores da neuraminidase são medicamentos antivirais que podem ser usados no tratamento da gripe, especialmente em casos graves ou em pacientes de alto risco. Três exemplos de inibidores da neuraminidase são:
• Zanamivir (inalatório) • Oseltamivir (oral) • Peramivir (intravenoso)
Esses medicamentos antivirais atuam inibindo a neuraminidase, uma enzima que permite ao vírus influenza se espalhar nas células do corpo. O uso desses medicamentos é mais eficaz quando iniciado logo após o início dos sintomas, de preferência nas primeiras 48 horas.
Rinossinusite
• Quadro mais arrastado do que resfriado comum, acometendo seios nasais 
• Manifestações sisteêmicas, dor sobre os seios nasais, secreção nasal, tosse.
A inflamação afeta os seios nasais, levando ao inchaço das membranas mucosas nasais e sinusais, o que pode obstruir a drenagem dos seios.
• Antimicrobianos não são indicados 
• Papel do otorrino
A rinossinusite é uma condição que envolve a inflamação dos seios nasais, que são cavidades nos ossos da face que se conectam às cavidades nasais. Ela pode ser aguda (curta duração) ou crônica (longa duração), e seus sintomas geralmente são mais duradouros e graves do que os do resfriado comum.
O tratamento da rinossinusite pode incluir o uso de medicamentos como analgésicos, descongestionantes, corticosteroides nasais e antibióticos, se houver infecção bacteriana. Além disso, medidas como irrigação nasal com solução salina, repouso, hidratação e uso de umidificadores podem ser úteis. É importante consultar um médico para obter um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado.
A escolha do antibiótico para o tratamento da rinossinusite depende do tipo e da gravidade da infecção. Alguns antibióticos comumente prescritos incluem amoxicilina, amoxicilina/clavulanato, azitromicina e claritromicina. No entanto, apenas um médico pode determinar o antibiótico mais adequado com base no seu quadro clínico. É importante seguir as orientações médicas e completar o curso completo do antibiótico prescrito.
Faringoamigdalite
A faringoamigdalite é uma condição caracterizada pela inflamação da faringe e das amígdalas, frequentemente causada por infecções.
• Um dos quadros infecciosos mais frequentes, especialmente em crianças (muitos vírus) 
• Bactérias: Estreptococo do grupo A (tratamento com atm), Chlamydophila pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae 
• Penicilia G bezantina (faringites)
No caso de faringoamigdalite causada por Estreptococo do grupo A ou outras bactérias suscetíveis, o tratamento geralmente envolve o uso de antibióticos. A penicilina G benzatina, mencionada anteriormente, é um exemplo de antibiótico que pode ser utilizado no tratamento de faringite estreptocócica.
OBS do Professor: Palivizumabe
Palivizumabe é um medicamento utilizado para prevenir infecções graves por vírus sincicial respiratório (VSR) em bebês prematuros e em crianças com doenças cardíacas ou pulmonares crônicas. O VSR é um vírus comum que pode causar infecções respiratórias graves em crianças pequenas e bebês, especialmente aqueles com fatores de risco, como prematuridade ou condições médicas subjacentes.
Palivizumabe é uma imunoglobulina monoclonal que ajuda a proteger contra infecções por VSR, embora não trate infecções ativas. É administrado por injeção intramuscular mensal durante a temporada de pico do VSR, geralmente de novembro a março, em locais onde o VSR é mais prevalente.
VSR é uma sigla para Vírus Sincicial Respiratório. O Vírus Sincicial Respiratório é um vírus que pode causar infecções do trato respiratório, especialmente em bebês e crianças pequenas.
OBS do Professor: Oseltamivir
O oseltamivir é um medicamento antiviral utilizado no tratamento da influenza, comumente conhecida como gripe. É comercializado sob o nome de marca Tamiflu. O oseltamivir é eficaz no tratamento da gripe, ajudando a reduzir a gravidade dos sintomas e a duração da infecção quando tomado dentro das primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
Ele funciona inibindo a replicação do vírus da gripe no corpo. Geralmente é administrado em forma de cápsulas oususpensão oral. É importante seguir as orientações do médico ou farmacêutico quanto à dosagem e duração do tratamento. O oseltamivir é frequentemente prescrito a pessoas em grupos de risco, como idosos e indivíduos com condições médicas subjacentes, para reduzir complicações da gripe.
É importante notar que o oseltamivir é mais eficaz quando iniciado precocemente, idealmente dentro das primeiras 48 horas após o início dos sintomas da gripe. Se você suspeita que está com gripe ou foi diagnosticado com gripe, siga as orientações do seu profissional de saúde sobre o uso do oseltamivir.
OBS do Professor: Urticária crônica espontânea - doença autoimune
A urticária crônica espontânea, também conhecida como urticária crônica idiopática.
OBS do Professor: Ante IgE para indetificar alergia em alimentos.
O exame de IgE específica para alimentos, também conhecido como teste de IgE alimentar, é um exame de sangue que pode ser usado para identificar alergias alimentares. A IgE (imunoglobulina E) é um anticorpo produzido pelo sistema imunológico em resposta a alérgenos, incluindo alimentos. O teste mede os níveis de IgE específica para proteínas encontradas em alimentos, permitindo identificar quais alimentos podem estar desencadeando uma reação alérgica.
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