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1 FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DO ENSINO DAS ATIVIDADES AQUÁTICAS Prof. Me. Davi Correia da Silva Profª. Esp. Aline Toledo de Oliveira 2 FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DO ENSINO DAS ATIVIDADES AQUÁTICAS PROF. ME. DAVI CORREIA DA SILVA PROFª. ESP. ALINE TOLEDO DE OLIVEIRA 3 © 2024, Editora Prominas. Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza- ção escrita do Editor. Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. Diretor Geral: Prof. Esp. Valdir Henrique Valério Diretor Executivo: Prof. Dr. William José Ferreira Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Esp. Cristiane Lelis dos Santos Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Profa. Me. Cristiane Lelis dos Santos Revisão Gramatical e Ortográfica: Profª. Elislaine Santos Revisão Técnica: Profª. Lerrine Marie Tabata Carvalho Schildberg Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luiza Mendes Lorena Oliveira Silva Portugal Design: Bárbara Carla Amorim O. Silva Daniel Guadalupe Reis Élen Cristina Teixeira Oliveira Maria Eliza Perboyre Campos 4 FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DO ENSINO DAS ATIVIDADES AQUÁTICAS 1° edição Ipatinga, MG Editora Prominas 2024 5 Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL (2012), Especialização em Futebol (2014) e Mestrado em Edu- cação Física pela Universidade Fede- ral de Viçosa - UFV (2017). Atualmen- te é aluno de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte (PPGCEE), bol- sista pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Esta- do do Rio de Janeiro (FAPERJ) e mem- bro do Laboratório de Estudos em Fu- tebol (LABESFUT) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Além disso, é professor assistente dos cur- sos de Educação Física (Licenciatura e Bacharelado) do Centro Universitário Governador Ozanam Coelho - UNIFA- GOC. Desenvolve trabalhos científicos na área da Tática, Jogos Reduzidos e Condicionados, Formação de Talentos e Psicologia do Esporte, sendo em sua maioria aplicadas ao contexto do Fu- tebol. DAVI CORREIA DA SILVA Para saber mais sobre a autora desta obra e suas qua- lificações, acesse seu Curriculo Lattes pelo link : http://lattes.cnpq.br/7824560842570570 Ou aponte uma câmera para o QRCODE ao lado. 6 Possui graduação em Educa- ção Física (Licenciatura/Bacharelado) pelo Centro Universitário Governador Ozanam Coelho - UNIFAGOC (2019), Especialização em Fisiologia do Exer- cício, Treinamento Funcional e Grupos Especiais - UNIFAGOC/PERSONA (2021). Atualmente é aluna de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Edu- cação Física e membro do grupo Uni- dade de Investigação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício (InCFEx) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Desenvolve trabalhos cientí- ficos na área do Diabetes, com ênfa- se em histórico familiar de diabetes e comportamento hemodinâmico. ALINE TOLEDO DE OLIVEIRA Para saber mais sobre a autora desta obra e suas qua- lificações, acesse seu Curriculo Lattes pelo link : http://lattes.cnpq.br/3032722039722486 Ou aponte uma câmera para o QRCODE ao lado. 7 LEGENDA DE Ícones Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas quais você precisa ficar atento. Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a seguir: São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro. Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, associando-os a suas ações. Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos conteúdos abordados no livro. Apresentação dos significados de um determinado termo ou palavras mostradas no decorrer do livro. FIQUE ATENTO BUSQUE POR MAIS VAMOS PENSAR? FIXANDO O CONTEÚDO GLOSSÁRIO 8 UNIDADE 1 UNIDADE 2 SUMÁRIO 1.1 Histórico e Evolução da Natação ............................................................................................................................................................................................................................................11 1.2 Adaptação ao Meio Líquido ......................................................................................................................................................................................................................................................12 1.3 Noções de Respiração, Flutuabilidade, Propulsão e Mergulhos .....................................................................................................................................................................14 FIXANDO O CONTEÚDO .........................................................................................................................................................................................................................................................................18 2.1 Elementos Básicos e Aspectos Metodológicos do Ensino da Natação ....................................................................................................................................................22 2.2 Aspectos Metodológicos do Ensino da Natação no Contexto Escolar ....................................................................................................................................................23 2.3 Fundamentos Técnico-Táticos Básicos, Noções de Saídas e Viradas Dos Nados Crawl, Costas, Peito e Borboleta ............................................24 FIXANDO O CONTEÚDO ........................................................................................................................................................................................................................................................................30 INICIAÇÃO À NATAÇÃO ENSINO DA NATAÇÃO I UNIDADE 3 3.1 Regras e Arbitragem dos Nados Crawl, Costas, Peito, Borboleta e Medley ..........................................................................................................................................34 3.2 Noções de Organização de Competições ..................................................................................................................................................................................................................35 3.3 Noções de Salvamento em Natação ..............................................................................................................................................................................................................................36 FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................................................................................................................................................................................................40 ENSINO DA NATAÇÃO II UNIDADE 4 4.1 Histórico e Definição .....................................................................................................................................................................................................................................................................44 4.2 Introdução à Modalidade .......................................................................................................................................................................................................................................................454.3 Materiais Utilizados nas Aulas ..............................................................................................................................................................................................................................................47 FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................................................................................................................................................................................................50 INTRODUÇÃO À HIDROGINÁSTICA 5.1 Técnicas da Hidroginástica ....................................................................................................................................................................................................................................................54 5.2 Métodos de Treinamento Aplicados à Hidroginástica: Aulas Aeróbias e Circuitadas ................................................................................................................56 5.3 Métodos de Treinamento Aplicados à Hidroginástica: Aulas Localizadas e Intervaladas .......................................................................................................57 FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................................................................................................................................................................................................59 MÉTODOS DE TREINAMENTO DA HIDROGINÁSTICA UNIDADE 5 6.1 Estruturação de Aulas de Hidroginástica .....................................................................................................................................................................................................................64 6.2 Modalidades de Aulas de Hidroginástica ....................................................................................................................................................................................................................65 6.3 Introdução Prática-Teórica de Algumas Modalidades Aquáticas ............................................................................................................................................................66 FIXANDO O CONTEÚDO........................................................................................................................................................................................................................................................................69 RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO.........................................................................................................................................................................73 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................................................................................................74 ELABORAÇÃO DE AULAS DE HIDROGINÁSTICA UNIDADE 6 9 UNIDADE 1 Nesta unidade, será apresentado um breve histórico da natação. Além disso, serão apresentados elementos sobre a adaptação ao meio líquido e noções de respiração, flutuabilidade, propulsão e mergulhos. UNIDADE 2 Nesta unidade, serão apresentados os elementos básicos e os aspectos metodológicos do ensino da natação. Além disso, serão apresentados os fundamentos técnico-táticos básicos, noções de saídas e viradas dos quatro nados. Assim como as regras dos nados crawl, costas, peito, borboleta e medley. UNIDADE 3 Nesta unidade, serão apresentadas noções de salvamento em natação. Além disso, serão apresentados aspectos metodológicos do ensino da natação no contexto escolar e noções de organização de competições. UNIDADE 4 Nesta unidade, será apresentado um breve histórico da hidroginástica, assim como a introdução à modalidade. Além disso, serão apresentados os principais materiais utilizados nas aulas. UNIDADE 5 Nesta unidade, serão apresentadas as técnicas da hidroginástica, como movimentos específicos da modalidade e suas aplicações nas aulas. Além disso, serão apresentados os métodos de treinamento aplicados à hidroginástica: aulas aeróbias, circuitadas, localizadas e intervaladas. C O NF IR A NO LI VR O UNIDADE 6 Nesta unidade, serão apresentadas as modalidades e estruturação das aulas de hidroginástica. Além da introdução prática-teórica de algumas modalidades aquáticas. 10 INICIAÇÃO À NATAÇÃO 11 1.1 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA NATAÇÃO A natação compreende umas das atividades físicas mais antigas do mundo. Os primeiros registros históricos podem ser observados na pré-história, em pinturas datadas em 5.000 a.C., mostrando pessoas na água (LEWILLIE, 1983). Na Grécia, a natação teve papel de destaque devido aos benefícios que sua prática proporcionava ao corpo, o que era altamente valorizado pela sociedade grega. No entanto, na Idade Média, houve uma redução do interesse da população pela natação, uma vez que o conhecimento em relação ao corpo humano e os benefícios acerca de sua prática eram baixos. Nessa mesma época propagou-se uma crença de que a prática da natação estaria relacionada à transmissão de doenças. Já na fase do Renascimento, a natação ressurge e várias piscinas foram criadas em toda Europa. Com isso, também surge o primeiro documento escrito sobre natação no ano de 1538. A obra foi escrita em latim pelo alemão Nicholas Wymman, intitulado “Colymbetes, Sive de arti natandis dialogus et festivus et iucundus lectu”, cuja tradução é: “O nadador ou a arte de nadar, um diálogo festivo e divertido de ler”. A prática da natação está diretamente associada à evolução humana, desde o ato de nadar por sobrevivência, assim como relacionada à competição. Como esporte competitivo, a natação teve seu início no século XIX e a primeira disputa oficial ocorreu em 1858 na Austrália. Alguns anos depois, a Inglaterra e os Estados Unidos realizaram competições. A modalidade participou dos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna em 1896, com três provas: 100, 500 e 1.200 metros livre. Apesar de já haver piscinas na época, as provas foram disputadas no mar. E as primeiras disputas realizadas em piscina são datadas em 1904 nos Estados Unidos (RODRÍGUEZ, 1997). No Brasil, o primeiro campeonato de natação foi sediado na cidade do Rio de Janeiro em 1898. Foi realizada uma única prova, a qual consistia em uma travessia de 1.500 metros entre a Fortaleza de Villegaignon e a praia de Santa Luzia. No ano de 1908, durante as Olímpiadas de Londres, foi fundada a Fédération Internationale de Natation (FINA). A entidade é reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional, cujo papel é administrar os desportos aquáticos em todo o mundo (FINA, 2000). A FINA controla o desenvolvimento de diversos eventos aquáticos, como: natação, polo aquático e mergulho. Além disso, tem como finalidade definir regras, reforçar a cooperação e o apoio mútuo com as Federações Nacionais Membros da FINA nos cinco continentes, organizar campeonatos mundiais, dentre outros. Uma das importantes conquistas da instituição foi a disputa das mulheres pela primeira vez em eventos aquáticos nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, em 1912. A primeira participação brasileira feminina nas Olímpiadas ocorreu em 1932 nos jogos de Los Angeles. A atleta brasileira, Maria Lenk, participou de três provas e chegou à semifinal. 12 Figura 1: Logo da Fédération Internationale de Natation (FINA) Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3TxvkpQ. Acesso em: 02 jul. 2022. Em relação à natação masculina, o primeiro brasileiro a conquistar a medalha olímpica foi Tetsuo Okamoto, em 1952, nos Jogos Olímpicos de Verão em Helsinque, nos 1500 metros livre. Dentre os principais atletas de natação, destaca-se o americano Michael Phelps com um total de 28 medalhas, sendo 23 de ouro (OLYMPIC CHANNEL, 2021). Nos Jogos de 2008, em Pequim, o atleta americanoganhou oito medalhas de ouro e venceu todas as provas que disputou, além de quebrar recordes mundiais em sete delas. Além disso, o nadador ganhou diversos prêmios como melhor atleta, dentre eles o prêmio “FINA Swimmer of the Year” em 2012 e 2016. Após os Jogos Olímpicos de 2008, o atleta fundou a “Michael Phelps Foundation”, cuja missão é promover o crescimento da natação e um estilo de vida mais saudável e ativo, além de buscar a realização de sonhos. Por fim, em 2016, aos 31 anos de idade, anunciou sua aposentadoria, encerrando assim sua carreira olímpica com inúmeros prêmios. É necessário, nesse novo meio, o desenvolvimento de tarefas básicas, como a respiração e a propulsão, uma vez que o ser humano está habituado ao ambiente terrestre. Além disso, a fase de adaptação deve ser específica e individualizada, seguindo os princípios da individualidade biológica. Deve-se respeitar as potencialidades, necessidades e limitações de cada indivíduo a fim de alcançar um bom desenvolvimento com base no objetivo proposto. Outro ponto a ser considerado durante o processo de adaptação ao meio líquido são as diferenças nas características físicas do meio aquático. A água é considerada A adaptação ao meio líquido tem como finalidade a familiarização do indivíduo com a água. Esse processo deve propiciar ao praticante: autonomia motora, adaptação dos ór- gãos sensoriais e equilíbrio para desempenhar as funções a serem desenvolvidas. FIQUE ATENTO 1.2 ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO O processo de adaptação ao meio líquido é caracterizado pela fase inicial do indivíduo com a água. Esse processo contribui para o desenvolvimento de habilidades motoras associadas ao aprendizado das técnicas referentes aos nados que serão ensinados mais a diante (CANOSSA et al., 2007). 13 um fluido, portanto, é incapaz de resistir às forças de cisalhamento sem se mover, além deformar-se continuamente sob ação de forças tangenciais (HALL, 1993). Dessa forma, a magnitude das forças envolvidas é alterada, pois as propriedades físicas da água interferem nas respostas de um corpo nela imerso, seja ele estático ou em constante movimento. Os aspectos que irão definir a magnitude dessas forças são: densidade, viscosidade e peso específico. E quanto mais mudanças de direção houver, maiores serão as forças exercidas. Desse modo, as forças que atuam em um corpo imerso no meio líquido são classificadas em: força estática e força dinâmica (CASTRO; LOSS, 2010). A força estática está associada à quantidade de volume do corpo submerso, seja ele parcial ou total. A principal força estática é o empuxo, no qual se refere à diferença de pressão existente entre a parte inferior e a parte superior do corpo submerso. De forma que, quanto mais submerso está um corpo, maior será o empuxo. Já a força dinâmica está associada ao movimento do objeto em relação à água. O arrasto é a principal força dinâmica e atua em oposição à direção do movimento do corpo que está em deslocamento. Para uma melhor adaptação e locomoção no meio líquido, é necessário a redução da força de arrasto a fim de aumentar a velocidade de locomoção com um menor dispêndio energético. A força de arrasto pode ser classificada em: superfície, forma e onda. Elas dependem da posição do corpo, velocidade e densidade do fluido. O arrasto de superfície é caracterizado pela camada de contato, como o atrito da pele. O arrasto de forma se opõe ao movimento e tem direção da região de alta para baixa pressão. E o arrasto de onda é a resistência causada pelo corpo que se move próximo à superfície da água, de modo que são formadas ondas. Além do conhecimento das forças e das diferenças nas características físicas do meio aquático, é necessário se atentar a outros critérios que interferem diretamente no processo de adaptação ao meio líquido. Por exemplo, a profundidade da piscina deve ser adequada à estatura do indivíduo para que ele possa se deslocar com segurança. Outro fator importante é a temperatura da água, que deve estar entre 28 e 30ºC. Isso, principalmente para o iniciante, que irá realizar atividades com menor velocidade e com pausas, o que não irá propiciar aumento significativo no metabolismo energético que pudesse elevar sua temperatura corporal, em comparação a pessoas treinadas (TERTULIANO; MANSOLDO, 2019). Após definir a profundidade e temperatura adequadas, inicia-se o processo de ambientação. O processo de ambientação é caracterizado pelo primeiro contato do indivíduo com a água. Geralmente, é iniciado com a pessoa sentada na borda da piscina com as pernas dentro da água. Esse primeiro contato permite a adaptação corporal à Uma criança de 6 anos que está iniciando na prática da natação está realizando vários exercícios e se sente cansada. Naturalmente, essa criança tenderá a querer colocar os pés no chão para descansar. Nesse caso, se a piscina não for adequada a sua altura, essa criança poderá ter medo de realizar os exercícios. Esse medo poderá atrapalhar o processo de ensino? Provavelmente sim, a criança irá se sentir mais segura e confiante se a piscina for adequada as suas próprias características. VAMOS PENSAR? 14 temperatura da água e ao novo ambiente. Partindo para a segunda etapa, pode ser solicitado o movimento das pernas e dos pés dentro da água, de modo que a pessoa tenha contato com a temperatura da água em todo o corpo, mesmo fora da piscina. Feito isso, orienta-se entrar na água completamente, com cuidado. Recomenda- se utilizar a borda da piscina como apoio, a fim de evitar possíveis desequilíbrios e quedas. Após entrar totalmente na piscina, pode ser iniciado o deslocamento do indivíduo ao redor da mesma. Para isso, é sugerido que o iniciante obtenha apoio, seja na borda da piscina, apoiando em algum colega, ou utilizando algum objeto flutuante, como a prancha ou o flutuador (TERTULIANO; MANSOLDO, 2019). Após esses passos, serão ensinados aspectos relacionados à respiração, flutuabilidade, propulsão e mergulhos. Figura 2: Representação da adaptação ao meio líquido Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3wPzVd9. Acesso em: 02 jul. 2022. Para saber mais sobre adaptação ao meio líquido, acesse o livro “Aspectos pe- dagógicos do ensino: Da natação da criança ao idoso” de Tertuliano e Mansoldo, disponível na biblioteca virtual em: https://bit.ly/3B2v3nz. Acesso em: 02 jul. 2022. BUSQUE POR MAIS 1.3 NOÇÕES DE RESPIRAÇÃO, FLUTUABILIDADE, PROPULSÃO E MERGULHOS Para realizar a respiração na natação, é recomendado inspirar pela boca e expirar pelo nariz a fim de aumentar a captação de ar e facilitar o processo de respiração. Por exemplo, se durante a inspiração o indivíduo puxa água ao invés de ar, é mais fácil a expelir pela boca do que pelo nariz, o que causaria possíveis irritações (LIMA, 2006). Além disso, a respiração é realizada de acordo com o tipo de nado e deve ser realizada na posição do nado. Para o indivíduo iniciante, é importante praticar a respiração dos dois lados para que ele possa optar pelo lado que tenha mais facilidade em executar, portanto, esse aspecto é individual. Essa etapa é considerada crucial no desenvolvimento do nado, 15 consequentemente, necessita de prática e paciência. Pois, para realizar a técnica do nado, é importante saber respirar corretamente. Para isso, existem alguns exercícios educativos que têm como objetivo ensinar a melhor técnica para a respiração. Dentre esses exercícios, pode ser citado: indivíduo posicionado em pé dentro da piscina na parte mais rasa, com as pernas afastadas e o tronco ligeiramente inclinado para frente. Ele deve olhar para o fundo da piscina com o rosto dentro da água. Feito isso, deve tirar o rosto da água, virar para o lado que desejar e inspirar o ar pela boca. Após, deve retornar com a cabeça para dentro da água, olhar para o fundo da piscina e expirar o ar pelo nariz (GOMES, 1967). É importante que esse exercício seja realizado dos dois lados, direita e esquerda, para, assim, o indivíduo ser capaz deidentificar qual o lado mais adequado para ele. Além de assumir um papel fisiológico, associado à atividade corporal e à necessidade de efetuar trocas gasosas, a respiração auxilia diretamente no processo de flutuabilidade (CATTEAU; GAROFF, 1988). Para realizar a flutuabilidade, é importante que o indivíduo seja capaz de colocar o rosto dentro da água a fim de diminuir a resistência e melhorar a posição horizontal. Sendo assim, ele precisa ter o controle da respiração. A flutuabilidade pode ser realizada de duas formas e sua diferença se dá em relação à posição do corpo na água, em decúbito ventral ou dorsal. Dessa forma, durante o processo de ensino da flutuabilidade, o indivíduo deve realizar as variações de posição a fim de vivenciá-las. Alguns fatores interferem na flutuabilidade, como a densidade do corpo que sofre variação em relação à composição corporal, idade, sexo e outros fatores. Em relação à composição corporal, o indivíduo que possui maior acúmulo de gordura e menor massa muscular tem mais facilidade em flutuar sem deslocamento. E para flutuar com deslocamento, um menor tecido adiposo facilita. Por exemplo, nadadores fundistas, em geral, evidenciam maior percentual de gordura que nadadores velocistas. Além disso, crianças têm mais facilidade em flutuar em razão da menor massa muscular, comparada aos adultos. E mulheres, em virtude da estrutura corporal e fatores biológicos, também possuem mais facilidade em flutuar em relação aos homens (LIMA, 2006). Figura 3: Exercício trabalhando a respiração Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3TyvEVf. Acesso em: 02 jul. 2022. 16 Figura 4: Exercício trabalhando a flutuabilidade em decúbito dorsal Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3q69DQ4. Acesso em: 02 jul. 2022. Figura 5: Exemplo de mergulho Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3CYyAoa. Acesso em: 02 jul. 2022. Além da importância da flutuabilidade, outro importante conceito no ensino da natação é a propulsão. Esta se refere a capacidade que o corpo tem de se mover dentro da água utilizando seus próprios meios. A propulsão é o movimento gerado pelo corpo após sofrer uma força externa. Isso pode ser melhor compreendido através dos princípios da primeira Lei de Newton, que diz que um corpo permanece em seu estado de repouso ou movimento até que sofra interferência por uma força externa (SILVA, 2018). A propulsão depende da coordenação dos movimentos entre pernas e braços. As pernas, além de serem responsáveis pela propulsão, fornecem equilíbrio e sustentação. E os braços assumem papel essencial no deslocamento do nadador, representando o componente responsável pela propulsão. Diferente do ambiente terrestre, em que os braços possuem outra finalidade. Após o conhecimento desses elementos que são fundamentais na natação, é ensinado ao indivíduo as técnicas de mergulho. O mergulho elementar é a forma utilizada para se entrar na água partindo da borda da piscina, cujo objetivo é impulsionar o nadador à frente. É a maneira mais usual de se entrar na água. Essa técnica também é utilizada para iniciar provas, como no nado crawl (PALMER, 1990). Primeiramente, para realizar o mergulho com segurança, a fim de evitar possíveis acidentes, devem ser levados em consideração alguns pontos: posição dos braços e pernas, inclinação do corpo, posição da cabeça, dentre outros. 17 Além disso, deve-se conhecer a profundidade da piscina e realizar exercícios educativos que possam contribuir para uma melhor técnica. Por exemplo: próximo a borda da piscina, com um dos joelhos apoiado no chão, a outra perna deverá estar dobrada a 90 graus com o pé apoiado em direção ao joelho que está no chão. Com o queixo apoiado no peito, os braços deverão estar estendidos acima da cabeça e as mãos sobrepostas. Feito isso, o indivíduo deverá inclinar o tronco para frente até desequilibrar e cair na água (GOMES, 1967). 18 FIXANDO O CONTEÚDO 1. A propulsão depende da coordenação dos movimentos entre pernas e braços. As pernas além de serem responsáveis pela propulsão, fornecem equilíbrio e sustentação. E os braços assumem papel essencial no deslocamento do nadador, representando o componente responsável pela propulsão. Diante disso, qual o conceito de propulsão? a) A propulsão é o movimento gerado pelo corpo após sofrer uma força externa. b) A propulsão é o movimento gerado pela água antes de uma força externa. c) A propulsão é o movimento gerado pelo corpo antes de uma força interna. d) A propulsão é o movimento gerado pela água após sofrer uma força interna. e) A propulsão é o movimento gerado pelo corpo antes de sofrer uma força externa. 2. Para realizar a flutuabilidade, é importante que o indivíduo seja capaz de colocar o rosto dentro da água a fim de diminuir a resistência e melhorar a posição horizontal. Sendo assim, ele precisa ter o controle da respiração. A flutuabilidade pode ser realizada de duas formas e sua diferença se dá em relação à posição do corpo na água em: a) Decúbito lateral, apenas. b) Decúbito ventral, apenas. c) Decúbito dorsal, apenas. d) Decúbito ventral ou lateral. e) Decúbito ventral ou dorsal. 3. (Adaptada de Máxima 2021). Durante a prática da natação, o contato com a água com temperatura mais baixa, faz com que o corpo desencadeie a vaso constrição periférica como resposta aguda à queda da temperatura. Tal resposta do organismo se dá ao estresse de uma temperatura mais baixa e o organismo visa desviar o fluxo sanguíneo da superfície para as áreas mais centrais para manter/conservar a temperatura central. De acordo com as normas/regras oficiais, a média da temperatura ideal para a prática da natação é: a) de 25°C a 28ºC; b) de 30ºC a 32ºC; c) de 28ºC a 30ºC; d) de 22°C a 25°C. e) de 20°C a 22°C. 4. (Adaptada de Máxima 2021). Para se obter o equilíbrio térmico, durante o contato com a água, ocorre no corpo humano a perda de calor de diversas maneiras para manter o ótimo funcionamento durante a prática da natação. Assinale a alternativa que melhor combina com a perda de calor: a) Radiação – convecção – condução – evaporação; joser Realce joser Realce joser Realce 19 b) Convecção – condução – evaporação – radiação; c) Condução – evaporação – radiação – convecção; d) Evaporação – radiação – convecção – condução; e) Evaporação – convecção – radiação – condução. 5. (Adaptada de Máxima 2021). O surgimento da natação vem desde nossos ancestrais onde homens atravessavam as águas caçando alimentos. Os gregos da antiguidade a utilizaram apenas como treinamento, incluindo os soldados. Sua prática ficou adormecida por séculos devido a fortes preconceitos. Só ressurgiu durante o regime do império Luís XIV, na França, onde a primeira piscina comunitária foi construída. A primeira competição de natação em terras brasileiras aconteceu em: a) 1899; b) 1905; c) 1922; d) 1898; e) 1915. 6. (IF/CE – 2017). A natação é uma das formas de atividade física mais antiga conhecida pelo homem. Nas civilizações da antiguidade, já se conheciam seus benefícios para o corpo. Na idade moderna, ela já era conhecida como uma prática esportiva; e, em meados do século XIX, os ingleses criaram as primeiras regras para a prática da natação enquanto esporte competitivo. Quanto à natação nos dias atuais, enquanto esporte e competição, enumere (V) para verdadeiro e (F) para falso as afirmações. ( ) Levando-se em consideração o posicionamento do tórax e o movimento de pernas e braços, são definidos apenas dois estilos de nado: crawl (nado livre) e peito. ( ) Nas competições de nado medley, os nadadores devem nadar quatro estilos, na seguinte ordem: borboleta, costas, peito e crawl. ( ) São reconhecidos como recordes mundiais, em piscina de 50 metros, para o nado peito em ambos os sexos as seguintes distâncias: 50, 100 e 300 metros. ( ) Todos os recordes durante os Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais e as Copas do Mundo serão aprovados automaticamente pela FINA. ( ) Em jogos olímpicos, a piscina, para as competições de natação,deve ter 25 metros de comprimento e, no mínimo, 3 metros de profundidade. A sequência correta é: a) V- V- F- F- V. b) F- F- V- V- F. c) F- V- F- V- F. d) F- F- V- F- V. e) V- F- V- F- V. 7. (Adaptada de AMEOSC- 2021). A temperatura corporal diz respeito a produção joser Realce joser Realce joser Realce 20 de calor e os mecanismos de regulação e manutenção da temperatura interna do organismo (termorregulação). Durante uma aula de natação em um dia muito frio uma aluna apresentou uma diminuição drástica da temperatura corporal, que ficou abaixo de 35 ºC, o que caracteriza: a) Hipertrofia. b) Hipertermia. c) Hiperplasia. d) Hipotermia. e) Hipoplasia. 8. (MetroCapital Soluções- 2021). Para nadar torna-se imprescindível o domínio desta habilidade, sem o qual as ações motoras não podem ser exercidas de uma forma conveniente, essa alteração implica em mudanças apreciáveis na propriocepção do corpo no tempo e espaço, devido às mudanças das sensações labirínticas, do tônus de sustentação, da posição da cabeça, além de não poder desligar-se dos componentes ligados ao meio aquático. Assim, será necessário que o indivíduo refaça um conjunto de referências, procurando-se adaptar à nova posição. Trata-se da habilidade, denominada: a) Empuxo. b) Equilíbrio. c) Flutuação. d) Arrasto. e) Hidropressão. joser Realce joser Realce 21 ENSINO DA NATAÇÃO I 22 2.1 ELEMENTOS BÁSICOS E ASPECTOS METODOLÓGICOS DO ENSINO DA NATAÇÃO Na natação, o processo ensino-aprendizagem deve ser baseado nas habilidades motoras dos movimentos realizados no ambiente aquático, o qual consiste no nível de desenvolvimento a partir das experiências adquiridas pelo indivíduo (MACHADO, 1978). Para isso, é necessário o conhecimento do professor em relação às diferentes fases do desenvolvimento de cada indivíduo, uma vez que diferentes alunos possuem diferentes experiências. Portanto, a interação do professor com o aluno torna-se fundamental nesse processo. Dessa maneira, o ensino depende de um conjunto de fatores intrínsecos e extrínsecos. Os nomeados intrínsecos são relacionados às vivências anteriores e ao desenvolvimento maturacional do indivíduo. Já os extrínsecos, se referem ao meio no qual ele está inserido, como a escola, materiais e estratégias utilizadas pelo professor. Como os fatores intrínsecos e extrínsecos estão associados diretamente com os métodos de ensino a serem empregados pelo professor, é necessário levar todos esses aspectos em consideração de acordo com uma sequência pedagógica (LIMA, 2006). Além disso, o processo de ensino deve ser específico e adequado às diferentes situações e contextos, assim como aos diferentes públicos, visto que diferentes alunos exigem diferentes estratégias de ensino. Ainda, entre os diversos fatores extrínsecos que afetam o processo de aprendizagem, destaca-se os fatores sociais. Os aspectos sociais estão intimamente associados ao nível socioeconômico, cultural e familiar, o que tem impacto direto no processo de ensino. Por exemplo, para a prática da natação são necessárias vestimentas e acessórios específicos, como o uso de maiô ou sunga, touca e óculos. Por vezes, o aluno na escola não tem condições de adquirir tais vestimentas e acessórios. E, assim, pode ficar impossibilitado de participar das aulas. Além disso, a cultura, juntamente com o ambiente familiar, também exercem papel importante nesse processo, pois as pessoas e o meio em que o indivíduo convive influenciam diretamente na forma como ele interpreta as coisas ao seu redor (SILVA, 2020). Em relação aos fatores intrínsecos, os diferentes sentimentos e emoções também podem interferir nesse processo de ensino. Por exemplo, os primeiros contatos do aluno com a água podem despertar um estado emocional de medo. Isso pode retardar a aprendizagem, além do medo gerar alterações fisiológicas, como o aumento da tensão muscular, o que dificulta a respiração e a flutuabilidade. Assim, para evitar essas situações, o professor deve ser capaz de intervir transmitindo segurança e confiança ao aluno. O processo ensino-aprendizagem é complexo e depende de inúmeros fatores, Os aspectos metodológicos para o ensino da natação devem ser elaborados em concor- dância com os níveis pedagógicos e maturacionais dos alunos. De maneira que os alu- nos sejam capazes de assimilar as atividades propostas, das mais fáceis às mais difíceis, das mais simples às mais complexas. FIQUE ATENTO 23 2.2 ASPECTOS METODOLÓGICOS DO ENSINO DA NATAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR Para que o ensino da natação no contexto escolar seja adequado, é fundamental que o professor compreenda o processo ensino-aprendizagem e seja capaz de adaptá-lo às diferentes situações que possam surgir no meio aquático. Além disso, conhecer as potencialidades e limitações de cada aluno, além de desenvolver aspectos metodológicos coerentes, facilita o processo de aprendizagem com êxito. Portanto, é necessário reconhecer o estágio de desenvolvimento em que cada aluno se encontra, a fim de assegurar que as aulas sejam apropriadas conforme suas necessidades. O aprendizado da natação ocorre por meio de metodologias específicas de acordo com o que é mais indicado para cada aluno. Mas nem sempre foi assim. A pioneira da natação feminina no Brasil, Maria Lenk, aprendeu a nadar com seu pai, ainda criança. Na época, com a escassez de piscinas, ela iniciou o aprendizado nadando no Rio Tietê. Em 1925, o rio não era poluído e era um local destinado ao lazer. O pai da nadadora a colocava no rio, amarrada pela cintura, e solicitava que ela executasse o movimento como os principais mencionados. Segundo Rohlfs (1999), um outro importante elemento a ser considerado são as etapas essenciais para um ensino progressivo. Com o intuito de desenvolver uma sequência pedagógica, são preconizadas as seguintes etapas: 1. Adaptação ao meio líquido, o qual se refere a um período de conhecimento e exploração do ambiente aquático pelo indivíduo; 2. Controle respiratório, levando em consideração a diferença da respiração no meio líquido para o ambiente terrestre; 3. Flutuabilidade, em que ocorre quando as forças e a gravidade estão em equilíbrio; 4. Propulsão, a qual depende da coordenação dos movimentos entre pernas e braços; 5. Mergulho elementar, o qual representa as diferentes formas de entrar na água. Existem diferentes concepções relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem na natação, dentre elas, Machado (1978) destaca: concepção global, analítica e sintética. Conforme esse autor supracitado, a concepção global se refere a uma corrente antiga de ensino. Nessa corrente de ensino, o conteúdo não é sistematizado e baseia-se na reprodução dos movimentos. Por sua vez, a concepção analítica indica que a divisão do conteúdo é feita em partes, respeitando o princípio do mais simples para o mais complexo. Por último, a concepção sintética propõe que o conteúdo seja conduzido da forma geral para a específica. Dentre diferentes formas de aprendizagem, é importante adequar o ensino de acordo com cada aluno, levando em consideração experiências prévias e sobretudo a individualidade biológica. Muitas vezes os professores estão preocupados com a forma de ensinar ou quais meto- dologias utilizar. Neste caso, o processo de aprendizagem fica limitado por formas especí- ficas de ensino. No entanto, será que as pessoas aprendem da mesma maneira? É possí- vel que uma forma de ensino seja capaz de envolver todos os alunos de forma coerente? VAMOS PENSAR? 24 que ele acreditava ser correto (LENK, 1986). As aulas de natação devem ser elaboradas conforme o estágio maturacional e de desenvolvimento de cada aluno. O ensino para crianças deve promover uma melhora do equilíbrio, agilidade, tônus muscular e do sistema cardiorrespiratório (VENDITTI JÚNIOR; SANTIAGO, 2008). Além de estimular a imaginação e a criatividade através de jogos e brincadeiras como estratégias de ensino. Além disso, o ensino da natação para crianças proporcionamelhor desenvolvimento da psicomotricidade e sociabilidade, essencial nessa fase. O ensino da natação para adolescentes requer criatividade e inovação pedagógica por parte do professor. Em razão de ser uma fase de transição da infância para a vida adulta, as mudanças de comportamento e interesses podem influenciar diretamente no desenvolvimento e no rendimento dos adolescentes nas aulas de natação. A prática da modalidade pode contribuir nessa fase da vida minimizando a tensão e proporcionando a sensação de liberdade que a piscina pode trazer, o que é importante para o desenvolvimento cognitivo e corporal, primordial nesse período de mudanças (SILVA, 2020). De acordo com Mansoldo (1986), uma aula estruturada propicia ao aluno um melhor desenvolvimento motor, além de contribuir para um melhor domínio corporal no meio líquido. Uma vez que a mudança de posição, do plano vertical para horizontal, no ambiente aquático, exige maior equilíbrio e consciência corporal, é importante que as aulas sejam elaboradas conforme a individualidade e os objetivos de cada aluno. Além disso, o autor afirma que, à medida que a criança melhora sua noção temporal, reduz a dificuldade para coordenar os movimentos a serem realizados, como a coordenação entre braçadas e pernadas. Na infância, a criança desenvolve a predominância motora de um dos lados do corpo. Ao iniciar o nado, ela escolhe um lado para realizar a respiração. Geralmente, essa escolha ocorre em função da sua lateralidade (DUZZI, RODRIGUES, CIASCA, 2013). O professor deve respeitar essa escolha, mas é necessário que ele incentive a criança a experimentar a respiração dos dois lados, direita e esquerda. Para que, assim, a criança vivencie as duas formas e escolha, de fato, o que for mais adequado para ela. Durante as aulas de natação, o professor deve ser capaz de criar um ambiente adequado e confortável para o aprendizado. As aulas devem ser previamente planejadas e elaboradas de acordo com o que o aluno já sabe e o que ainda irá aprender. Os materiais utilizados devem ser adequados com os objetivos propostos e com o nível de desenvolvimento dos alunos. Além disso, é papel do professor buscar e utilizar diferentes estratégias de ensino. Por exemplo, usufruir de brincadeiras relacionadas ao conteúdo da aula a fim de estimular o aprendizado. 2.3 FUNDAMENTOS TÉCNICO-TÁTICOS BÁSICOS, NOÇÕES DE SAÍDAS E VIRADAS DOS NADOS CRAWL, COSTAS, PEITO E BORBOLETA Segundo Ozolin (1983), há duas fases no sistema de aprendizagem: preparatória e especialização. A fase preparatória visa o maior alcance do repertório motor. É nessa fase que ocorre a adaptação ao meio líquido e as noções de respiração, flutuabilidade, propulsão e mergulho, conforme descrito na primeira unidade deste livro. Já a fase de especialização, prioriza a preparação física, incluindo os fundamentos técnico-táticos da modalidade. As duas fases são interligadas, pois uma adequada fase preparatória 25 permite que os elementos da fase de especialização sejam aprendidos de forma eficiente. Após passar pela primeira fase, o indivíduo está preparado para aprender os componentes técnicos e táticos dos quatro estilos de nado, que são: crawl, costas, peito e borboleta. A fase de especialização compreende o desenvolvimento das capacidades físicas relacionadas à prática esportiva, além de ser direcionada ao desenvolvimento e aprimoramento dos fundamentos técnico-táticos de cada estilo de nado. Por conseguinte, a técnica consiste no aperfeiçoamento das habilidades específicas, a qual deve ser realizada com eficiência e menor dispêndio energético. Além disso, cada estilo de nado possui fundamentos técnicos específicos. Para a realização do nado crawl, o nadador deverá se posicionar em decúbito ventral, com o corpo próximo à superfície da água, a fim de evitar forças de atrito e dificultar sua progressão. A respiração nesse nado pode ser unilateral ou bilateral. A respiração unilateral é realizada apenas de um lado. Essa técnica é bastante utilizada, porém, se não bem aplicada, pode limitar o nadador provocando desequilíbrio no nado. Já a respiração bilateral, permite que ele respire dos dois lados, propiciando um maior equilíbrio (SILVA, 2020). A técnica do nado crawl exige movimentos coordenados entre braçadas e pernadas. Segundo Galdi et al. (2004), a braçada compreende o movimento alternado dos membros superiores e é dividida em duas fases: (1) recuperação, correspondente à fase aérea, em que ocorre a saída e a entrada dos braços na água; e (2) propulsão, referente à fase subaquática, ocorrendo a progressão do nadador à frente. Para realizar a pernada, os movimentos também devem ser alternados, realizados um após o outro, seguidamente. O nado costas é realizado em decúbito dorsal e a braçada deve ser coordenada com a pernada, assim como no nado crawl. Para sua realização, o indivíduo deverá estar alinhado à superfície da água, com as orelhas e o pescoço submersos. O quadril deverá estar ligeiramente elevado, a fim de manter o equilíbrio nessa posição, e os braços estendidos acima da cabeça. Durante a execução da pernada, os movimentos devem ser alternados e sincronizados com os braços. A respiração nesse estilo de nado é realizada através da inspiração na fase de recuperação de um dos braços e por meio da expiração na recuperação do outro braço (SILVA, 2020). Figura 6: Representação do nado crawl Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3q9qwJC. Acesso em: 07 jul. 2022. 26 Figura 7: Representação do nado costas Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3QhXTVC. Acesso: 07 jul. 2022. Figura 8: Representação do nado peito Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3RcaQS2. Acesso em: 07 jul. 2022 O nado peito, realizado em decúbito frontal, é descrito como um nado simétrico e simultâneo. Os movimentos realizados de um lado do corpo são feitos de forma idêntica pelo outro lado. Nesse tipo de nado, é utilizada a respiração frontal. A técnica do nado peito é uma das que mais se modificaram ao longo dos anos. De acordo com McCauley (1999), há três diferentes formas para realizar esse nado: estilo convencional, ondulado e onda. O estilo convencional é o mais utilizado no processo de ensino-aprendizagem para crianças e adultos. O estilo ondulado é caracterizado por uma proeminente elevação do braço no momento em que é feita a respiração. Já o estilo onda é o mais praticado por nadadores de elite. No momento em que o nadador for realizar a fase submersa da saída do bloco, ele deverá executar um conjunto de movimentos propulsivos, a fim de otimizar a eficácia das saídas e viradas. O conjunto destes movimentos denomina-se filipina (MCCAULEY, 1999). O nado borboleta, manifestou-se como a evolução do nado peito. Portanto, requer mais técnica para ser realizado. Dessa forma, de acordo com a sequência pedagógica, deve ser o último estilo a ser ensinado. Sua execução é caracterizada por movimentos simultâneos de braços e pernas. O movimento de pernas é o responsável pela velocidade de propulsão, possibilitando a ondulação do corpo. A respiração pode ser na posição frontal ou lateral, a depender da adaptação do indivíduo (SILVA, 2020). 27 Figura 9: Representação do nado borboleta Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3RqFmXW. Acesso em 07 jul. 2022. No nado borboleta são realizadas duas pernadas para cada ciclo de braçada. A primeira é realizada após a finalização da fase de propulsão dos braços, a fim de aumentar a impulsão e projetar o nadador à frente. A segunda acontece após a nova entrada dos braços na água. Portanto, as pernadas atuam como propulsoras. Os pés estendidos e unidos se movem aparentando ser apenas um, assemelhando-se ao movimento da cauda de um golfinho. Por isso, o estilo borboleta também é conhecido como golfinho (GALDI et al., 2004). Para o ensino das saídas na natação, o indivíduo deve ter assimilado os fundamentos técnicos, além de saber os principais elementos do mergulho, uma vez que para a realizaçãodas saídas, é necessária a adaptação completa ao meio líquido. As saídas são classificadas em dois tipos: (1) saída de cima do bloco com um mergulho, utilizada nos nados crawl, peito e borboleta; e, (2) saída de dentro da piscina, utilizada no estilo costas. A saída tem como objetivo impulsionar o nadador à frente (SILVA, 2020). A Federação Internacional de Natação define que para as provas do nado crawl, peito e borboleta, a saída deve ser realizada por meio de um mergulho. Assim, após o sinal do árbitro, os atletas devem subir no bloco de partida e aguardar. Em seguida, o juiz de partida ordena que os competidores avancem em suas marcas. Nesse momento, o atleta deverá estar com, pelo menos, um dos pés apoiado na parte da frente do bloco. Assim que todos estiverem sem se mover, o juiz de partida sinaliza a saída. Para executar o primeiro tipo de saída, Silva e Teixeira (2012) recomendam: 1. Queda sentada grupada: para sua realização, o aluno deverá estar sentado na borda da piscina, com a cabeça entre os braços. Ele deverá direcionar os braços estendidos e unidos em direção a água; 2. Saída sentada: na mesma posição que a anterior, o aluno deverá realizar um impulso para cima, fazendo uma ligeira flexão do quadril; 3. Saída de joelhos: o aluno deverá estar apoiado em uma perna, na borda da piscina. Com os braços estendidos e unidos acima da cabeça, deverá estender as pernas completamente, realizando um impulso; 4. Queda na água agachado: com um dos pés à frente, o aluno deverá estar agachado. Com os braços estendidos e unidos acima da cabeça, deverá realizar um impulso com um dos pés, a partir da borda da piscina; 5. Mergulho direcionado: em pé, na borda da piscina, o aluno deverá realizar uma ligeira flexão do joelho. Com o corpo inclinado em direção à água e os braços estendidos, deverá estender as pernas e realizar a saída; 28 6. Queda com flexão de tronco: na posição vertical, com os pés apoiados na parte de trás do bloco de partida, deverá inclinar ligeiramente o tronco à frente. Os braços e as pernas devem estar estendidos na direção da água no momento da saída. Existe um outro tipo de saída, a de agarre, introduzida nos anos 1970 em substituição à saída convencional. Ela é dividida em quatro etapas, conforme descrito na figura a seguir: Além da saída de agarre, existe a saída de atletismo, que é uma adaptação da primeira. A saída de atletismo foi criada com o intuito de permitir que aqueles nadadores que tinham limitação de impulsão em uma das pernas, pudessem realizá-la. Dessa forma, a perna com limitação é posicionada atrás. A principal diferença entre as duas saídas é a posição do nadador no bloco de partida. Sendo que, na saída de agarre, ambos os pés são posicionados na parte da frente da borda. Já na saída de atletismo, um pé é posicionado mais à frente do outro. Esse tipo de saída é utilizado nas provas de 100 metros livre, peito e borboleta. A saída de atletismo é dividida em quatro etapas, conforme descrito na figura a seguir: Figura 10: Representação das etapas da saída de agarre Fonte: SILVA, (2020) 29 As viradas são utilizadas principalmente em competições. Têm como finalidade não interromper o nado a cada volta. É realizada de forma específica de acordo com o tipo de nado. Há uma marcação em formato de “T” no fundo da piscina, localizada a dois metros da parede lateral, a fim de orientar o nadador. A virada olímpica no nado crawl consiste em três fases: (1) preparação, ao aproximar-se da marca “T”, a cabeça do indivíduo deverá estar alinhada em direção a marca da virada; (2) execução, após completar a braçada, o indivíduo deverá direcionar as pernas para baixo e realizar a mudança de direção por meio de um impulso na parede da piscina; (3) execução do movimento completo, ele deverá dar continuidade ao nado (THOMAS, 1999). Diferentemente dos outros nados, a saída do nado costas acontece dentro da água. E para realizar a virada, o indivíduo deverá seguir as orientações por meio das bandeirolas, que demarcam o limite de cinco metros para a parede, além de se orientar pela cor da baliza, que é diferente neste caso. Figura 11: Representação das etapas da saída de atletismo Fonte: SILVA, (2020) Os nados possuem características específicas que devem ser consideradas du- rante o processo de ensino, além de considerar as características dos alunos. Para saber mais sobre os nados, acesse o livro “Natação Quatro Estilos - 100 Per- guntas e Respostas sobre Natação” de Ubilla e Gomes, disponível na biblioteca virtual em: https://bit.ly/3cFHTig. Acesso em: 07 jul. 2022. BUSQUE POR MAIS 30 FIXANDO O CONTEÚDO 1. Analise a figura abaixo, de Silva (2020), e a descrição dos movimentos: Qual o tipo de saída descrito na figura acima? a) Queda sentada grupada. b) Queda na água agachado. c) Mergulho direcionado. d) De agarre. e) Saída sentada. 2. A Federação Internacional de Natação define que, para as provas do nado crawl, peito e borboleta, a saída deve ser realizada por meio de um mergulho. Assim, após o sinal do árbitro, os atletas devem subir no bloco de partida e aguardar. Em seguida, o juiz de partida ordena que os competidores avancem em suas marcas. Nesse momento, o atleta deverá estar: a) Com pelo menos um dos pés apoiado na parte da frente do bloco. b) Com os dois pés apoiados na parte da frente do bloco. c) Com pelo menos um dos pés apoiado na parte de fora do bloco. d) Com os dois pés apoiados na parte da fora do bloco. e) Com nenhum dos pés apoiados na parte da frente do bloco. 3. Em relação ao nado borboleta, analise as sentenças abaixo: joser Realce joser Realce 31 I. Manifestou-se como evolução do nado peito. Portanto, requer mais técnica para ser realizado. II. De acordo com a sequência pedagógica, deve ser o último estilo a ser ensinado. III. Sua execução é caracterizada por movimentos simultâneos de braços e pernas. Está correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 4. Analise as proposições a seguir e assinale a alternativa correta: I. A técnica do nado crawl exige movimentos coordenados entre braçadas e pernadas. A braçada compreende o movimento alternado dos braços e é dividida em dois momentos: (1) recuperação, correspondente à fase aérea, momento entre a saída e a entrada dos membros superiores na água; e (2) propulsão, fase subaquática, em que ocorre a progressão do nadador. PORQUE II. Para a realização da pernada, o movimento deve ser alternado e consecutivo, para cima e para baixo. As pernas devem estar estendidas e os pés voltados ligeiramente para dentro. a) A primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda uma proposição falsa. b) A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda uma proposição verdadeira. c) As duas asserções são proposições falsas. d) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não se relaciona com a primeira. e) As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda se relaciona com a primeira. 5. (CONCURSO MILAGRES-2018). Pedagogicamente qual seria a melhor ordem de ensino dos quatro nados para uma pessoa que nunca teve contado com a natação? a) Adaptação ao meio liquido, crawl, costas, peito, borboleta. b) Adaptação ao meio liquido, costas, crawl, peito, borboleta. c) Crawl, adaptação ao meio liquido, peito, borboleta. d) Costas, adaptação ao meio liquido, borboleta, peito, crawl. e) Adaptação ao meio liquido, borboleta, costas, peito, crawl. 6. (CONCURSO MILAGRES-2018). No ensino da natação existem quatro estilos de nado: joser Realce joser Realce joser Realce 32 crawl, costas, peito e borboleta. Assinale a opção correta em relação aos erros cometidos durante a virada do estilo crawl: a) Tocar a parede com as duas mãos. b) Dar um impulso na parede com os pés muito abaixo ou acima em relação ao plano do corpo. c) Dar impulso na parede com as pernas estendidas. d) Dar impulso na parede, sem estar com os braços estendidosà frente da cabeça. e) Todas as alternativas estão corretas. 7. (CONCURSO MILAGRES-2018). Assinale a alternativa correta cuja saída ocorre dentro da piscina em competições oficias de natação. a) Nado crawl. b) Nado costas. c) Nado peito. d) Nado Borboleta. e) Todas as saídas ocorrem fora da piscina. 8. (CONCURSO MILAGRES-2018). A filipina é uma sequência de movimentos realizados no início de cada distância desta modalidade, tanto após a saída do bloco, quanto depois de cada virada. Por ser feita debaixo d’água (fase submersa), a técnica gera maior velocidade do que o próprio nado. A filipina ocorre no nado: a) Nado crawl. b) Nado costas. c) Nado peito. d) Nado Borboleta. e) Ocorre no nado peito e no nado borboleta. joser Realce joser Realce joser Realce 33 ENSINO DA NATAÇÃO LL 34 3.1 REGRAS E ARBITRAGEM DOS NADOS CRAWL, COSTAS, PEITO, BORBOLETA E MEDLEY Em relação às competições, as provas individuais são realizadas de acordo com o sexo, ou seja, masculino ou feminino. Nas provas de revezamento medley, são permitidas equipes mistas. Como são quatro nadadores em cada equipe, ela é formada por dois homens e duas mulheres. No entanto, os tempos parciais registrados nessas provas não podem ser considerados nos tempos de recordes. Os membros da equipe e a ordem de competição nas provas de revezamento medley devem ser estipulados antes do início da prova (FINA, 2017-2021). Nas provas de nado medley individual, o nadador realiza os quatro estilos de nado na seguinte ordem: borboleta, costas, peito e livre. Já nas provas de revezamento medley, os nadadores participam dos quatro estilos de nado, na seguinte ordem: costas, peito, borboleta e livre. Cada nadador pode competir somente uma vez na mesma prova. Tanto nas provas de nado medley individual quanto nas provas de revezamento, cada nado deverá ser percorrido um quarto da distância total (CAVALVANTI, 2014). Durante a realização da prova, o nadador deverá permanecer e finalizar a prova na mesma raia em que iniciou. Para dar início à prova, o árbitro geral irá sinalizar aos nadadores que retirem suas vestimentas, ficando apenas com o traje de natação. Feito isso, sinalizará aos nadadores que irão disputar os estilos de nado crawl, peito e borboleta, que se direcionem para os blocos de partida. Para os nados costas e revezamento medley, a entrada será feita diretamente na água (DARIDO; SOUZA JÚNIOR, 2015). A fim de assegurar que os nadadores sigam as regras após a saída, é designado um juiz de virada para cada raia para observar as viradas e a chegada dos nadadores. Além disso, nas provas de revezamento medley, o juiz de virada é responsável por averiguar se o nadador que irá partir está em contato ou não com o bloco de partida no momento em que o nadador anterior tocar na borda de chegada. Para verificar se as regras referentes a cada tipo de nado estão sendo seguidas, é designado um juiz de nado (FINA, 2017-2021). Segundo Cavalcanti (2014), para as provas de nado livre, o nadador poderá realizar qualquer tipo de nado que seja diferente dos nados costas, peito ou borboleta. Para sua realização, o nado crawl é o preferencialmente utilizado. A classificação final dos nadadores de acordo com o tipo de nado é estabelecida com base no tempo de realização da prova. O tempo de cada prova é registrado através de cronômetros manuseados pelos cronometristas. Ao fim de cada prova, os juízes de chegada irão decidir e comunicar a ordem de chegada dos nadadores segundo suas atribuições. Segundo a Federação Internacional de Natação (2017-2021), as seguintes situações são passíveis de desclassificação: • Se o nadador realizar a saída antes do sinal de partida; • Se o nadador atrasar para dar início a partida; • Se o nadador impedir ou atrapalhar a passagem de outros nadadores; • Se algum nadador entrar na piscina durante a realização de uma prova em que ele não estiver inscrito; • Alterar a ordem estipulada previamente nas provas de revezamento medley; • Durante as provas de revezamento medley, caso um nadador perca o contato dos 35 3.2 NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO DE COMPETIÇÕES A entidade responsável pelas competições é encarregada por designar o comitê organizador. Este terá a competência para resolver os assuntos que não são outorgados pelas regras, à competência dos árbitros, juízes ou outros oficiais. Além disso, poderá adiar competições conforme as regras adotadas. Nos Jogos Olímpicos e campeonatos mundiais, a Federação Internacional de Natação determina os seguintes números mínimos de oficiais para atuarem nas competições (FINA, 2017-2021): • Árbitro geral (2); • Supervisor da mesa de controle (1); • Juízes de nado (4); • Juízes de partida (2); • Chefe dos juízes de viradas (2, 1 em cada cabeceira da piscina); • Juízes de viradas (1 em cada raia nas duas cabeceiras da piscina); • Anotador chefe (1); • Banco de controle (2); • Locutor (1). Para as competições internacionais, a entidade responsável pela competição atribuirá o número de oficiais de acordo com o necessário. Essa atribuição está sujeita à aprovação da respectiva autoridade. Para as competições dos Jogos Olímpicos e campeonatos mundiais, a piscina e os equipamentos técnicos a serem utilizados deverão ser vistoriados e aprovados com antecedência. A Federação Internacional de Natação, juntamente com o Comitê Técnico de Natação, são responsáveis por essa fiscalização (CAVALCANTI, 2014). A distribuição das raias nas provas dos Jogos Olímpicos, campeonatos mundiais e outras competições serão organizadas conforme as séries eliminatórias, semifinais e finais. Para as eliminatórias, os melhores tempos obtidos pelos nadadores no período de classificação devem ser apontados nas fichas de inscrição. Caso o nadador não apresente os tempos solicitados, ficará no fim da lista, sem dados sobre o seu tempo. A partir disso, a raia de partida dos nadadores com tempo equivalente ou mais de um nadador sem dados, será definido por sorteio. As raias serão atribuídas aos nadadores da seguinte maneira: pés com o bloco de partida antes do seu companheiro anterior tocar na parede da piscina. Para saber mais sobre as regras da natação, acesse o caderno de regras dispo- nível em: https://bit.ly/3AFBfAr. Acesso em: 07 jul. 2022. BUSQUE POR MAIS Exceto nas provas de 50 metros em piscina de 50 me- tros, a atribuição das raias deverá ser (raia 1 no lado direito da piscina (raia 0 quando usando piscina com 10 36 3.3 NOÇÕES DE SALVAMENTO EM NATAÇÃO Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, no Brasil, o número de óbitos por afogamentos ultrapassa 5.700 casos por ano e mais de 100.000 pessoas raias), quando se olha a piscina do lado da cabeceira de partida) colocando o nadador mais rápido ou equi- pe de revezamento na raia central se a piscina tiver um número ímpar de raias ou na raia 3 ou 4, respectiva- mente, em piscina com 6 ou 8 raias. Nas piscinas com 10 raias, o nadador mais rápido será colocado na raia 4. O nadador que tiver o tempo mais rápido seguinte será colocado à sua esquerda, alternando em seguida os outros para a direita e para a esquerda, de acordo com os tempos de inscrição. Nadadores com tempos idênticos serão colocados conforme sorteio das raias e segundo a norma referida anteriormente (FINA, 2017- 2021, p. 8). Os nadadores serão alocados nas eliminatórias com base no tempo de inscrição, da seguinte forma: • Caso haja somente uma série eliminatória, ela deverá ser considerada como a final; • Se houver duas séries eliminatórias, o nadador mais veloz será alocado para a segunda série, o segundo nadador mais veloz será alocado para a primeira série, o próximo para a segunda série, e o próximo para a primeira série, e assim sucessivamente; • Em situações em que haja três séries eliminatórias, exceto para as provas de 400, 800 e 1500 metros, o nadador mais veloz será alocado para a terceira série, o segundo mais veloz para a segunda série, o terceiro mais veloz para a primeira série, e assimsucessivamente; • Caso haja quatro ou mais eliminatórias, exceto para as provas de 400, 800 e 1500 metros, as três últimas eliminatórias serão realizadas conforme mencionado no tópico anterior; • Para as provas de 400, 800 e 1500 metros, as últimas séries deverão ser: no caso de duas séries eliminatórias, o nadador mais veloz será alocado na segunda série, o segundo nadador mais veloz será alocado na primeira série, o seguinte na segunda série, o seguinte na primeira série, etc; • Ao utilizar uma piscina com dez raias e tempos iguais forem estabelecidos para o oitavo lugar nas eliminatórias dos 800 e 1500 metros livre, a raia nove será utilizada com um sorteio para a raia oito e a raia nove. Se houver três tempos iguais para o oitavo lugar, a raia nove e a raia zero serão utilizadas com um sorteio para a raia oito, nove e zero. Em caso de desistência de participação em semifinais por parte do nadador, os nadadores reservas serão solicitados seguindo a ordem de classificação nas eliminatórias ou semifinais. A prova a ser realizada deverá ser reordenada e publicada informações ao seu respeito. Em relação às eliminatórias, semifinais e finais, os nadadores deverão comparecer ao primeiro banco de controle com antecedência para realizar os protocolos necessários. Em outros tipos de competições, as posições das raias poderão ser estabelecidas por meio de sorteio (FINA, 2017-2021). 37 sofrem incidentes não fatais. Isso corresponde a aproximadamente 15 mortes por afogamentos diariamente. Além disso, o afogamento representa a segunda causa de óbitos em crianças de um a nove anos de idade. Abaixo são apresentados dados referentes ao afogamento no Brasil (SOBRASA, 2019): • Aproximadamente 52% das mortes em crianças de um a nove anos de idade ocorrem em piscinas e residências; • Crianças acima de dez anos e adultos se afogam mais em águas naturais, como rios, represas e praias; • Homens morrem 6,8 vezes mais por afogamentos em relação às mulheres; • A Região Norte representa a maior taxa de mortalidade por afogamentos. O afogamento é caracterizado por qualquer situação em que o líquido entra em contato com as vias aéreas da pessoa em imersão, ou seja, com a água no rosto ou por submersão, abaixo da superfície do líquido. O afogamento é interrompido quando a pessoa é resgatada, neste caso, é denominado afogamento não fatal. Em caso de óbito, resultante de afogamento, denomina-se afogamento fatal. O incidente por imersão ou submersão sem evidência de aspiração é considerado um resgate na água e não um afogamento. De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, o afogamento não é considerado um acidente, pois não acontece por acaso e pode ser prevenido. O afogamento é considerado um incidente e a prevenção é sua melhor forma de tratamento (SOBRASA, 2019). A figura a seguir descreve a linha do tempo do afogamento e aponta a visão completa do ocorrido sugerindo como planejar intervenções para sua redução ou mitigação. O termo aspiração refere-se à entrada de líquido nas vias aéreas (traqueia, brônquios e/ ou pulmões), e não deve ser confundido com “engolir água”. FIQUE ATENTO 38 Figura 12: Linha do tempo do afogamento Fonte: SOBRASA, (2019) Na natação, ao identificar que alguém está se afogando, deve-se fornecer material de flutuação para a vítima a fim de interromper o processo de afogamento. Após disponibilizar um meio de flutuação e impedir o processo de submersão, retirar a vítima da água é fundamental. Apontar locais e direções seguros próximos à vítima pode ser uma estratégia utilizada para sua retirada da água. Caso necessário, a vítima deve ser encaminhada a um pronto-socorro ou hospital próximo (SOBRASA, 2019). Será que para não afogar basta apenas saber nadar? Como evidenciado nas unidades anteriores, alguns cuidados são necessários para o ensino e a prática da natação com segurança. Portanto, para o professor, é preciso conhecer e respeitar o estágio de desen- volvimento de cada aluno. E ao aluno cabe entender e respeitar o processo pedagógico de ensino. VAMOS PENSAR? 39 Para saber mais sobre noções de salvamento, acesse o livro “Emergências a Bor- do e Sobrevivência” disponível na biblioteca virtual em: https://bit.ly/3cFCTdm. Acesso em: 07 jul. 2022. BUSQUE POR MAIS 40 FIXANDO O CONTEÚDO 1. (Adaptado de Instituto UniFil 2020). O estilo medley é uma forma de competição onde os indivíduos devem realizar quatro diferenciados estilos de natação. Inclusive é uma prova que faz parte de grandes competições olímpicas. Em uma prova medley individual de 400m masculino, o atleta deve seguir uma sequência oficial dos estilos. Assinale a alternativa que corresponde a essa sequência. a) Costas, peito, borboleta, livre. b) Borboleta, costas, peito, livre. c) Peito, costas, livre, borboleta. d) Costas, livre, borboleta, peito. e) Peito, borboleta, costas, livre. 2. (SEE-AC – 2020). Assinale a alternativa que corresponde corretamente às medidas de uma piscina de padrão olímpico. a) 55 metros de comprimento por 25 metros de largura b) 50 metros de comprimento por 25 metros de largura c) 100 metros de comprimento por 50 metros de largura d) 50 metros de comprimento por 15 metros de largura e) 50 metros de comprimento por 20 metros de largura 3. (SEE-AC – 2020). Em competições internacionais utilizam também as chamadas piscinas curtas. Assinale a alternativa que corresponda corretamente as medidas oficiais da piscina curta. a) 25 metros de comprimento por 20 metros de largura b) 25 metros de comprimento por 15 metros de largura c) 50 metros de comprimento por 25 metros de largura d) 20 metros de comprimento por 10 metros de largura e) 20 metros de comprimento por 5 metros de largura 4. (Adaptado de OMNI Concurso Públicos-2020). Em uma aula de natação um aluno sofreu afogamento, sendo prontamente socorrido pelo professor de educação física. A criança apresentava o seguinte estado: estava responsiva, com pulso palpável e pouca espuma na boca e no nariz. O socorro médico especializado foi prontamente acionado, enquanto aguardava, a vítima foi colocada na posição recomendada na prestação de socorros de urgência em casos como o que se apresenta, qual seja: a) Decúbito ventral. b) Posição lateral de segurança. c) Decúbito dorsal. d) Pernas elevadas. joser Realce joser Realce joser Realce joser Realce 41 e) Sentado. 5. (CESPE / CEBRASPE – 2020). Na natação, existem provas de longa distância que são disputadas em lagos, rios ou mares. Antes chamadas de travessias, as maratonas aquáticas remontam às origens da natação, quando o homem pré-histórico precisava desenvolver a capacidade de nadar para sobreviver. A respeito das competições de maratona aquática, assinale a opção correta. a) Nesse tipo de competição, o estilo de nado é livre e os atletas geralmente preferem o crawl revezado com o nado peito. b) O nado costas é bem aceito para esse tipo de prova, pois o atleta não precisa se preocupar com a sua orientação espacial. c) O nado borboleta é um estilo que exige muita força do atleta, por isso é o mais recomendado para esse tipo de prova. d) Para fugir da agitação das águas, o atleta pode, por exemplo, chegar à margem, caminhar e, depois, voltar a nadar. e) Os atletas ficam separados por raias, evitando o contato físico, enquanto treinadores e árbitros acompanham de barco todo o percurso. 6. Em casos de atraso do nadador para dar início à partida, o juiz de partida é responsável por comunicar ao árbitro geral, que, por sua vez, poderá _________ por má conduta ou desobediência voluntária. Qual palavra abaixo representa a ação do árbitro nessa situação? a) Desclassificar o nadador. b) Classificar o nadador. c) Suspender o nadador. d) Substituir o nadador. e) Expulsar o nadar. 7. O afogamento é caracterizado por qualquer situação em que o líquido entra em contato com as vias aéreas da pessoa em imersão, ou seja, com a água no rosto ou por submersão, abaixo da superfície do líquido. O afogamentoque é interrompido quando a pessoa é resgatada é denominado: a) Afogamento fatal. b) Não afogamento. c) Afogamento parcial. d) Afogamento incompleto. e) Afogamento não fatal. 8. Nos Jogos Olímpicos e campeonatos mundiais, a Federação Internacional de Natação determina os números mínimos de árbitro geral, supervisor da mesa de controle, juízes de nado e juízes de partida para atuarem nas competições. São eles, respectivamente: a) 2; 1; 4; 2. b) 2; 2; 6; 3. joser Realce joser Realce joser Realce joser Realce 42 c) 2; 6; 4; 3. d) 2; 1; 6; 2. e) 2; 2; 4; 2. 43 INTRODUÇÃO À HIDROGINÁSTICA 44 As atividades aquáticas foram utilizadas para fins terapêuticos durante séculos. Segundo Skinner e Thomson (1985), em 1830 se iniciou a realização de exercícios físicos na água. Acreditava-se que esses exercícios proporcionavam benefícios ao corpo e à saúde. Em 1835, surgiram as primeiras pesquisas científicas na Europa comprovando esses benefícios. Ademais, a prática de exercícios na água foi associada ao tratamento de diversas doenças, por exemplo, hipertensão e depressão. Com isso, surgiu a hidroterapia, que rapidamente propagou-se por todo o mundo. O primeiro local destinado a fins terapêuticos realizado na água foi inaugurado nos Estados Unidos, em 1903. Posteriormente, foi implantado em outros países também (SANTOS; CRISTIANINI, 1997). Nessa época, a hidroterapia tinha como foco o tratamento e a reabilitação de atletas que haviam se lesionado. Além disso, era direcionada aos idosos que deveriam praticar atividade física que proporcionasse baixo impacto articular. Assim, resultante da hidroterapia, surge a hidroginástica. A hidroginástica no Brasil teve início por volta da década de 1980, assim como sua ascensão em todo o mundo. Inicialmente, era praticada sem muitas regras e princípios. Por exemplo, as aulas eram realizadas com a água na altura do quadril e em baixas temperaturas. No entanto, foram surgindo estudos nos quais foram desenvolvidos programas de treinamentos aquáticos que atualmente são utilizados como parâmetros na elaboração e condução de aulas de hidroginástica (LUCCHESI, 2021). 4.1 HISTÓRICO E DEFINIÇÃO O que é a hidroginástica? A hidroginástica consiste em uma atividade física aeróbia en- volvendo exercícios de resistência, flexibilidade e força muscular realizados na água (Fi- gura 13). Apesar da hidroginástica ser resultante da hidroterapia, elas se diferem. A hidro- terapia, como o próprio nome indica, é uma terapia realizada na água orientada por um fisioterapeuta. Já a hidroginástica deve ser orientada por um profissional de educação física. Apesar disso, segundo Bonachela (1994), alguns exercícios da hidroginástica pos- suem efeito terapêutico, são capazes de aumentar a amplitude articular e melhorar a capacidade funcional. FIQUE ATENTO Figura 13: Representação de uma aula de hidroginástica Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3B60Xyo. Acesso em: 17 jul. 2022. 45 Na hidroginástica, assim como na natação, é importante o conhecimento das propriedades físicas da água. Uma vez que a água possui características específicas, os parâmetros fisiológicos e biomecânicos são alterados no ambiente aquático. Com base nisso, é fundamental o conhecimento dessas alterações a fim de uma correta elaboração e execução dos exercícios físicos no meio líquido. As principais propriedades físicas da água são: massa, peso, densidade, flutuação, arrasto, viscosidade e pressão hidrostática (BONACHELA, 1994). Além disso, a prática da modalidade está intimamente relacionada a diversos benefícios. A hidroginástica proporciona inúmeros benefícios aos seus praticantes, dentre eles podem ser citados: • Melhora do sistema cardiorrespiratório; • Melhora do retorno venoso devido à pressão hidrostática; • Aumento da resistência e força muscular; • Redução do impacto articular; • Redução da massa corporal total, o que facilita na execução dos movimentos e na ação da força de flutuação. Além disso, elementos como: seleção e estrutura musical, BPM (batidas por minuto), ritmo, marcação e tempo são fundamentais nas aulas de hidroginástica. Dessa forma, as aulas de hidroginástica podem ser realizadas utilizando determinado tempo para executar um exercício, por exemplo, um minuto, ou pode ser realizada por meio de frases musicais, por exemplo, 4x8. A frase musical consiste em um trecho da música e se relaciona com a melodia. Em geral, para que ocorra sincronia entre a música tocada e a coreografia realizada, o início do movimento (bloco coreográfico) é realizado juntamente com o início da frase musical (LUCCHESI, 2021). Adicionalmente, outros elementos devem ser levados em consideração para a elaboração das aulas de hidroginástica. Por exemplo, o pulso, que é a batida mais forte da música, é caracterizado por ser uma marcação regular e uniforme. As oitavas são definidas por dois compassos de quatro pulsos e sua utilização contribui na elaboração 4.2 INTRODUÇÃO À MODALIDADE Adicionalmente, a hidroginástica pode ser definida como um conjunto de exercícios físicos que objetivam a melhora do condicionamento físico. A modalidade pode ser praticada por pessoas com limitações ortopédicas, bem como por atletas de diversas modalidades. Além disso, as aulas de hidroginástica são compostas por movimentos rítmicos, coreografados ou não. Possui como prioridade utilizar as propriedades físicas da água como recurso principal a fim de fornecer ativação muscular das principais capacidades físicas (MARQUES; ARAÚJO FILHO, 1999). Para saber mais sobre o histórico da hidroginástica, acesse o livro “Natação e ati- vidades aquáticas: subsídios para o ensino”. Disponível na biblioteca virtual em: https://bit.ly/3RatzNM. Acesso em: 01 mai. 2022. BUSQUE POR MAIS 46 das coreografias. O ritmo indica movimento regulado, que flui, e tem como funções determinar a qualidade do movimento, auxiliar na técnica, facilitar e permitir a vivência total do movimento (ARTAXO; MONTEIRO, 2008). Dentre os elementos específicos que devem ser considerados para a elaboração e execução de uma aula eficiente de hidroginástica, Lucchesi (2021) destaca: Dissipação do calor: a água é capaz de esfriar o corpo rapidamente, aproximadamente quatro vezes mais rápido do que o ar. A perda de calor na água ocorre através da: (1) radiação, na qual ocorre por meio da vasodilatação; (2) evaporação, em que o suor evapora da pele; (3) condução, referente à transferência de calor para um objeto em contato com o corpo; e (4) convecção, transferência de calor por meio da movimentação de líquido para áreas cujas temperaturas são diferentes; Temperatura da água: a temperatura da água possui impacto direto nas respostas fisiológicas do corpo. É recomendado uma temperatura entre 28ºC e 30ºC. Temperaturas inferiores a 28ºC são consideradas desconfortáveis, assim como acima de 30ºC são mais indicadas para fins terapêuticos; Profundidade da piscina: a profundidade da piscina varia conforme o tipo de programa a ser empregado. Mas, de forma geral, recomenda-se uma profundidade entre um metro (1 m) e um metro e quarenta centímetros (1,40 m); Escadas e barras: geralmente, as piscinas possuem escadas ou rampas com o intuito de facilitar a entrada e a saída dos alunos na água. Ao realizar exercícios localizados, recomenda-se a utilização das barras destinadas a este fim, ao invés de utilizar as bordas da piscina; Fundo da piscina: devido aos diversos tipos de materiais utilizados na fabricação e revestimento das piscinas, alguns podem oferecer riscos aos alunos. Para evitar esses riscos, devem ser utilizados calçados específicos, pois protegem o pé e evitam o atrito constante com esses materiais; Fatores acústicos: esses fatores estão mais relacionados com a forma em que o professor irá ministrar as aulas de hidroginástica. Durante as aulas, os fatores externos, como barulhos e conversas entre os próprios alunos, podem interferir. Além desses importantes elementos a serem considerados
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