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APOSTILA Fundamentos Metodológicos do Ensino das Atividades Aquática

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1
FUNDAMENTOS 
METODOLÓGICOS DO ENSINO 
DAS ATIVIDADES AQUÁTICAS
Prof. Me. Davi Correia da Silva
Profª. Esp. Aline Toledo de Oliveira
2
FUNDAMENTOS 
METODOLÓGICOS DO 
ENSINO DAS ATIVIDADES 
AQUÁTICAS
PROF. ME. DAVI CORREIA DA SILVA
PROFª. ESP. ALINE TOLEDO DE OLIVEIRA
3
© 2024, Editora Prominas.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
 Diretor Geral: Prof. Esp. Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo: Prof. Dr. William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Esp. Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Profa. Me. Cristiane Lelis dos Santos
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Profª. Elislaine Santos
 Revisão Técnica: Profª. Lerrine Marie Tabata Carvalho Schildberg
 
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luiza Mendes 
 Lorena Oliveira Silva Portugal 
 
 Design: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Daniel Guadalupe Reis
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Eliza Perboyre Campos 
4
FUNDAMENTOS 
METODOLÓGICOS DO 
ENSINO DAS ATIVIDADES 
AQUÁTICAS
1° edição
Ipatinga, MG
Editora Prominas
2024
5
 Possui graduação em Educação 
Física pela Universidade Federal de 
Alagoas - UFAL (2012), Especialização 
em Futebol (2014) e Mestrado em Edu-
cação Física pela Universidade Fede-
ral de Viçosa - UFV (2017). Atualmen-
te é aluno de doutorado no Programa 
de Pós-Graduação em Ciências do 
Exercício e do Esporte (PPGCEE), bol-
sista pela Fundação Carlos Chagas 
Filho de Amparo à Pesquisa do Esta-
do do Rio de Janeiro (FAPERJ) e mem-
bro do Laboratório de Estudos em Fu-
tebol (LABESFUT) da Universidade do 
Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Além 
disso, é professor assistente dos cur-
sos de Educação Física (Licenciatura e 
Bacharelado) do Centro Universitário 
Governador Ozanam Coelho - UNIFA-
GOC. Desenvolve trabalhos científicos 
na área da Tática, Jogos Reduzidos e 
Condicionados, Formação de Talentos 
e Psicologia do Esporte, sendo em sua 
maioria aplicadas ao contexto do Fu-
tebol.
DAVI CORREIA DA SILVA
Para saber mais sobre a autora desta obra e suas qua-
lificações, acesse seu Curriculo Lattes pelo link :
http://lattes.cnpq.br/7824560842570570
Ou aponte uma câmera para o QRCODE ao lado.
6
 Possui graduação em Educa-
ção Física (Licenciatura/Bacharelado) 
pelo Centro Universitário Governador 
Ozanam Coelho - UNIFAGOC (2019), 
Especialização em Fisiologia do Exer-
cício, Treinamento Funcional e Grupos 
Especiais - UNIFAGOC/PERSONA (2021). 
Atualmente é aluna de mestrado no 
Programa de Pós-Graduação em Edu-
cação Física e membro do grupo Uni-
dade de Investigação Cardiovascular 
e Fisiologia do Exercício (InCFEx) da 
Universidade Federal de Juiz de Fora 
(UFJF). Desenvolve trabalhos cientí-
ficos na área do Diabetes, com ênfa-
se em histórico familiar de diabetes e 
comportamento hemodinâmico.
ALINE TOLEDO DE OLIVEIRA
Para saber mais sobre a autora desta obra e suas qua-
lificações, acesse seu Curriculo Lattes pelo link :
http://lattes.cnpq.br/3032722039722486
Ou aponte uma câmera para o QRCODE ao lado.
7
LEGENDA DE
Ícones
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes 
nas quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão 
do conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar 
ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para 
determinado trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, 
mostradas a seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
8
UNIDADE 1
UNIDADE 2
SUMÁRIO
1.1 Histórico e Evolução da Natação ............................................................................................................................................................................................................................................11
1.2 Adaptação ao Meio Líquido ......................................................................................................................................................................................................................................................12
1.3 Noções de Respiração, Flutuabilidade, Propulsão e Mergulhos .....................................................................................................................................................................14
FIXANDO O CONTEÚDO .........................................................................................................................................................................................................................................................................18
2.1 Elementos Básicos e Aspectos Metodológicos do Ensino da Natação ....................................................................................................................................................22
2.2 Aspectos Metodológicos do Ensino da Natação no Contexto Escolar ....................................................................................................................................................23
2.3 Fundamentos Técnico-Táticos Básicos, Noções de Saídas e Viradas Dos Nados Crawl, Costas, Peito e Borboleta ............................................24
FIXANDO O CONTEÚDO ........................................................................................................................................................................................................................................................................30
INICIAÇÃO À NATAÇÃO
ENSINO DA NATAÇÃO I 
UNIDADE 3
3.1 Regras e Arbitragem dos Nados Crawl, Costas, Peito, Borboleta e Medley ..........................................................................................................................................34
3.2 Noções de Organização de Competições ..................................................................................................................................................................................................................35
3.3 Noções de Salvamento em Natação ..............................................................................................................................................................................................................................36
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................................................................................................................................................................................................40
ENSINO DA NATAÇÃO II 
UNIDADE 4
4.1 Histórico e Definição .....................................................................................................................................................................................................................................................................44
4.2 Introdução à Modalidade .......................................................................................................................................................................................................................................................454.3 Materiais Utilizados nas Aulas ..............................................................................................................................................................................................................................................47
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................................................................................................................................................................................................50
INTRODUÇÃO À HIDROGINÁSTICA
5.1 Técnicas da Hidroginástica ....................................................................................................................................................................................................................................................54
5.2 Métodos de Treinamento Aplicados à Hidroginástica: Aulas Aeróbias e Circuitadas ................................................................................................................56
5.3 Métodos de Treinamento Aplicados à Hidroginástica: Aulas Localizadas e Intervaladas .......................................................................................................57
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................................................................................................................................................................................................59
MÉTODOS DE TREINAMENTO DA HIDROGINÁSTICA
UNIDADE 5
6.1 Estruturação de Aulas de Hidroginástica .....................................................................................................................................................................................................................64
6.2 Modalidades de Aulas de Hidroginástica ....................................................................................................................................................................................................................65
6.3 Introdução Prática-Teórica de Algumas Modalidades Aquáticas ............................................................................................................................................................66
FIXANDO O CONTEÚDO........................................................................................................................................................................................................................................................................69
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO.........................................................................................................................................................................73
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................................................................................................74
ELABORAÇÃO DE AULAS DE HIDROGINÁSTICA
UNIDADE 6
9
UNIDADE 1
Nesta unidade, será apresentado um breve histórico da natação. Além disso, serão 
apresentados elementos sobre a adaptação ao meio líquido e noções de respiração, 
flutuabilidade, propulsão e mergulhos.
UNIDADE 2
Nesta unidade, serão apresentados os elementos básicos e os aspectos 
metodológicos do ensino da natação. Além disso, serão apresentados os 
fundamentos técnico-táticos básicos, noções de saídas e viradas dos quatro nados. 
Assim como as regras dos nados crawl, costas, peito, borboleta e medley.
UNIDADE 3
Nesta unidade, serão apresentadas noções de salvamento em natação. Além disso, 
serão apresentados aspectos metodológicos do ensino da natação no contexto 
escolar e noções de organização de competições.
UNIDADE 4
Nesta unidade, será apresentado um breve histórico da hidroginástica, 
assim como a introdução à modalidade. Além disso, serão apresentados os 
principais materiais utilizados nas aulas.
UNIDADE 5
Nesta unidade, serão apresentadas as técnicas da hidroginástica, como 
movimentos específicos da modalidade e suas aplicações nas aulas. Além disso, 
serão apresentados os métodos de treinamento aplicados à hidroginástica: aulas 
aeróbias, circuitadas, localizadas e intervaladas.
C
O
NF
IR
A 
NO
 LI
VR
O
UNIDADE 6
Nesta unidade, serão apresentadas as modalidades e estruturação das aulas 
de hidroginástica. Além da introdução prática-teórica de algumas modalidades 
aquáticas.
10
INICIAÇÃO À NATAÇÃO
11
1.1 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA NATAÇÃO 
 A natação compreende umas das atividades físicas mais antigas do mundo. Os 
primeiros registros históricos podem ser observados na pré-história, em pinturas datadas 
em 5.000 a.C., mostrando pessoas na água (LEWILLIE, 1983). Na Grécia, a natação teve 
papel de destaque devido aos benefícios que sua prática proporcionava ao corpo, o 
que era altamente valorizado pela sociedade grega. No entanto, na Idade Média, houve 
uma redução do interesse da população pela natação, uma vez que o conhecimento 
em relação ao corpo humano e os benefícios acerca de sua prática eram baixos.
 Nessa mesma época propagou-se uma crença de que a prática da natação 
estaria relacionada à transmissão de doenças. Já na fase do Renascimento, a natação 
ressurge e várias piscinas foram criadas em toda Europa. Com isso, também surge o 
primeiro documento escrito sobre natação no ano de 1538. A obra foi escrita em latim 
pelo alemão Nicholas Wymman, intitulado “Colymbetes, Sive de arti natandis dialogus et 
festivus et iucundus lectu”, cuja tradução é: “O nadador ou a arte de nadar, um diálogo 
festivo e divertido de ler”.
 A prática da natação está diretamente associada à evolução humana, desde o 
ato de nadar por sobrevivência, assim como relacionada à competição. Como esporte 
competitivo, a natação teve seu início no século XIX e a primeira disputa oficial ocorreu 
em 1858 na Austrália. Alguns anos depois, a Inglaterra e os Estados Unidos realizaram 
competições. A modalidade participou dos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna 
em 1896, com três provas: 100, 500 e 1.200 metros livre. Apesar de já haver piscinas na 
época, as provas foram disputadas no mar. E as primeiras disputas realizadas em 
piscina são datadas em 1904 nos Estados Unidos (RODRÍGUEZ, 1997). No Brasil, o primeiro 
campeonato de natação foi sediado na cidade do Rio de Janeiro em 1898. Foi realizada 
uma única prova, a qual consistia em uma travessia de 1.500 metros entre a Fortaleza 
de Villegaignon e a praia de Santa Luzia.
 No ano de 1908, durante as Olímpiadas de Londres, foi fundada a Fédération 
Internationale de Natation (FINA). A entidade é reconhecida pelo Comitê Olímpico 
Internacional, cujo papel é administrar os desportos aquáticos em todo o mundo 
(FINA, 2000). A FINA controla o desenvolvimento de diversos eventos aquáticos, como: 
natação, polo aquático e mergulho. Além disso, tem como finalidade definir regras, 
reforçar a cooperação e o apoio mútuo com as Federações Nacionais Membros da 
FINA nos cinco continentes, organizar campeonatos mundiais, dentre outros. Uma das 
importantes conquistas da instituição foi a disputa das mulheres pela primeira vez em 
eventos aquáticos nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, em 1912. A primeira participação 
brasileira feminina nas Olímpiadas ocorreu em 1932 nos jogos de Los Angeles. A atleta 
brasileira, Maria Lenk, participou de três provas e chegou à semifinal.
12
Figura 1: Logo da Fédération Internationale de Natation (FINA)
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3TxvkpQ. Acesso em: 02 jul. 2022.
 Em relação à natação masculina, o primeiro brasileiro a conquistar a medalha 
olímpica foi Tetsuo Okamoto, em 1952, nos Jogos Olímpicos de Verão em Helsinque, 
nos 1500 metros livre. Dentre os principais atletas de natação, destaca-se o americano 
Michael Phelps com um total de 28 medalhas, sendo 23 de ouro (OLYMPIC CHANNEL, 
2021). Nos Jogos de 2008, em Pequim, o atleta americanoganhou oito medalhas de 
ouro e venceu todas as provas que disputou, além de quebrar recordes mundiais em 
sete delas.
 Além disso, o nadador ganhou diversos prêmios como melhor atleta, dentre eles 
o prêmio “FINA Swimmer of the Year” em 2012 e 2016. Após os Jogos Olímpicos de 2008, 
o atleta fundou a “Michael Phelps Foundation”, cuja missão é promover o crescimento 
da natação e um estilo de vida mais saudável e ativo, além de buscar a realização de 
sonhos. Por fim, em 2016, aos 31 anos de idade, anunciou sua aposentadoria, encerrando 
assim sua carreira olímpica com inúmeros prêmios.
 É necessário, nesse novo meio, o desenvolvimento de tarefas básicas, como a 
respiração e a propulsão, uma vez que o ser humano está habituado ao ambiente 
terrestre. Além disso, a fase de adaptação deve ser específica e individualizada, seguindo 
os princípios da individualidade biológica. Deve-se respeitar as potencialidades, 
necessidades e limitações de cada indivíduo a fim de alcançar um bom desenvolvimento 
com base no objetivo proposto.
 Outro ponto a ser considerado durante o processo de adaptação ao meio líquido 
são as diferenças nas características físicas do meio aquático. A água é considerada 
A adaptação ao meio líquido tem como finalidade a familiarização do indivíduo com a 
água. Esse processo deve propiciar ao praticante: autonomia motora, adaptação dos ór-
gãos sensoriais e equilíbrio para desempenhar as funções a serem desenvolvidas.
FIQUE ATENTO
1.2 ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO
 O processo de adaptação ao meio líquido é caracterizado pela fase inicial do 
indivíduo com a água. Esse processo contribui para o desenvolvimento de habilidades 
motoras associadas ao aprendizado das técnicas referentes aos nados que serão 
ensinados mais a diante (CANOSSA et al., 2007). 
13
um fluido, portanto, é incapaz de resistir às forças de cisalhamento sem se mover, além 
deformar-se continuamente sob ação de forças tangenciais (HALL, 1993). Dessa forma, 
a magnitude das forças envolvidas é alterada, pois as propriedades físicas da água 
interferem nas respostas de um corpo nela imerso, seja ele estático ou em constante 
movimento.
 Os aspectos que irão definir a magnitude dessas forças são: densidade, viscosidade 
e peso específico. E quanto mais mudanças de direção houver, maiores serão as forças 
exercidas. Desse modo, as forças que atuam em um corpo imerso no meio líquido são 
classificadas em: força estática e força dinâmica (CASTRO; LOSS, 2010). A força estática 
está associada à quantidade de volume do corpo submerso, seja ele parcial ou total. A 
principal força estática é o empuxo, no qual se refere à diferença de pressão existente 
entre a parte inferior e a parte superior do corpo submerso. De forma que, quanto mais 
submerso está um corpo, maior será o empuxo. Já a força dinâmica está associada ao 
movimento do objeto em relação à água. O arrasto é a principal força dinâmica e atua 
em oposição à direção do movimento do corpo que está em deslocamento.
 Para uma melhor adaptação e locomoção no meio líquido, é necessário a redução 
da força de arrasto a fim de aumentar a velocidade de locomoção com um menor 
dispêndio energético. A força de arrasto pode ser classificada em: superfície, forma e 
onda. Elas dependem da posição do corpo, velocidade e densidade do fluido. O arrasto 
de superfície é caracterizado pela camada de contato, como o atrito da pele. O arrasto 
de forma se opõe ao movimento e tem direção da região de alta para baixa pressão. E 
o arrasto de onda é a resistência causada pelo corpo que se move próximo à superfície 
da água, de modo que são formadas ondas. 
 Além do conhecimento das forças e das diferenças nas características físicas do 
meio aquático, é necessário se atentar a outros critérios que interferem diretamente no 
processo de adaptação ao meio líquido. Por exemplo, a profundidade da piscina deve 
ser adequada à estatura do indivíduo para que ele possa se deslocar com segurança.
 Outro fator importante é a temperatura da água, que deve estar entre 28 e 30ºC. 
Isso, principalmente para o iniciante, que irá realizar atividades com menor velocidade 
e com pausas, o que não irá propiciar aumento significativo no metabolismo energético 
que pudesse elevar sua temperatura corporal, em comparação a pessoas treinadas 
(TERTULIANO; MANSOLDO, 2019). Após definir a profundidade e temperatura adequadas, 
inicia-se o processo de ambientação.
 O processo de ambientação é caracterizado pelo primeiro contato do indivíduo 
com a água. Geralmente, é iniciado com a pessoa sentada na borda da piscina com 
as pernas dentro da água. Esse primeiro contato permite a adaptação corporal à 
Uma criança de 6 anos que está iniciando na prática da natação está realizando vários 
exercícios e se sente cansada. Naturalmente, essa criança tenderá a querer colocar os 
pés no chão para descansar. Nesse caso, se a piscina não for adequada a sua altura, 
essa criança poderá ter medo de realizar os exercícios. Esse medo poderá atrapalhar o 
processo de ensino? Provavelmente sim, a criança irá se sentir mais segura e confiante se 
a piscina for adequada as suas próprias características.
VAMOS PENSAR?
14
temperatura da água e ao novo ambiente. Partindo para a segunda etapa, pode ser 
solicitado o movimento das pernas e dos pés dentro da água, de modo que a pessoa 
tenha contato com a temperatura da água em todo o corpo, mesmo fora da piscina.
 Feito isso, orienta-se entrar na água completamente, com cuidado. Recomenda-
se utilizar a borda da piscina como apoio, a fim de evitar possíveis desequilíbrios e 
quedas. Após entrar totalmente na piscina, pode ser iniciado o deslocamento do 
indivíduo ao redor da mesma. Para isso, é sugerido que o iniciante obtenha apoio, seja 
na borda da piscina, apoiando em algum colega, ou utilizando algum objeto flutuante, 
como a prancha ou o flutuador (TERTULIANO; MANSOLDO, 2019). Após esses passos, serão 
ensinados aspectos relacionados à respiração, flutuabilidade, propulsão e mergulhos. 
Figura 2: Representação da adaptação ao meio líquido
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3wPzVd9. Acesso em: 02 jul. 2022.
Para saber mais sobre adaptação ao meio líquido, acesse o livro “Aspectos pe-
dagógicos do ensino: Da natação da criança ao idoso” de Tertuliano e Mansoldo, 
disponível na biblioteca virtual em: https://bit.ly/3B2v3nz. Acesso em: 02 jul. 2022.
BUSQUE POR MAIS
1.3 NOÇÕES DE RESPIRAÇÃO, FLUTUABILIDADE, PROPULSÃO E MERGULHOS
 Para realizar a respiração na natação, é recomendado inspirar pela boca e expirar 
pelo nariz a fim de aumentar a captação de ar e facilitar o processo de respiração. Por 
exemplo, se durante a inspiração o indivíduo puxa água ao invés de ar, é mais fácil a 
expelir pela boca do que pelo nariz, o que causaria possíveis irritações (LIMA, 2006). 
Além disso, a respiração é realizada de acordo com o tipo de nado e deve ser realizada 
na posição do nado.
 Para o indivíduo iniciante, é importante praticar a respiração dos dois lados para 
que ele possa optar pelo lado que tenha mais facilidade em executar, portanto, esse 
aspecto é individual. Essa etapa é considerada crucial no desenvolvimento do nado, 
15
consequentemente, necessita de prática e paciência. Pois, para realizar a técnica do 
nado, é importante saber respirar corretamente. Para isso, existem alguns exercícios 
educativos que têm como objetivo ensinar a melhor técnica para a respiração. 
 Dentre esses exercícios, pode ser citado: indivíduo posicionado em pé dentro da 
piscina na parte mais rasa, com as pernas afastadas e o tronco ligeiramente inclinado 
para frente. Ele deve olhar para o fundo da piscina com o rosto dentro da água. Feito 
isso, deve tirar o rosto da água, virar para o lado que desejar e inspirar o ar pela boca. 
Após, deve retornar com a cabeça para dentro da água, olhar para o fundo da piscina 
e expirar o ar pelo nariz (GOMES, 1967).
 É importante que esse exercício seja realizado dos dois lados, direita e esquerda, 
para, assim, o indivíduo ser capaz deidentificar qual o lado mais adequado para ele. 
Além de assumir um papel fisiológico, associado à atividade corporal e à necessidade de 
efetuar trocas gasosas, a respiração auxilia diretamente no processo de flutuabilidade 
(CATTEAU; GAROFF, 1988).
 Para realizar a flutuabilidade, é importante que o indivíduo seja capaz de colocar 
o rosto dentro da água a fim de diminuir a resistência e melhorar a posição horizontal. 
Sendo assim, ele precisa ter o controle da respiração. A flutuabilidade pode ser realizada 
de duas formas e sua diferença se dá em relação à posição do corpo na água, em 
decúbito ventral ou dorsal. Dessa forma, durante o processo de ensino da flutuabilidade, 
o indivíduo deve realizar as variações de posição a fim de vivenciá-las.
 Alguns fatores interferem na flutuabilidade, como a densidade do corpo que sofre 
variação em relação à composição corporal, idade, sexo e outros fatores. Em relação 
à composição corporal, o indivíduo que possui maior acúmulo de gordura e menor 
massa muscular tem mais facilidade em flutuar sem deslocamento. E para flutuar com 
deslocamento, um menor tecido adiposo facilita. Por exemplo, nadadores fundistas, em 
geral, evidenciam maior percentual de gordura que nadadores velocistas. Além disso, 
crianças têm mais facilidade em flutuar em razão da menor massa muscular, comparada 
aos adultos. E mulheres, em virtude da estrutura corporal e fatores biológicos, também 
possuem mais facilidade em flutuar em relação aos homens (LIMA, 2006). 
Figura 3: Exercício trabalhando a respiração
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3TyvEVf. Acesso em: 02 jul. 2022.
16
Figura 4: Exercício trabalhando a flutuabilidade em decúbito dorsal
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3q69DQ4. Acesso em: 02 jul. 2022.
Figura 5: Exemplo de mergulho
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3CYyAoa. Acesso em: 02 jul. 2022.
 Além da importância da flutuabilidade, outro importante conceito no ensino 
da natação é a propulsão. Esta se refere a capacidade que o corpo tem de se mover 
dentro da água utilizando seus próprios meios. A propulsão é o movimento gerado pelo 
corpo após sofrer uma força externa. Isso pode ser melhor compreendido através dos 
princípios da primeira Lei de Newton, que diz que um corpo permanece em seu estado 
de repouso ou movimento até que sofra interferência por uma força externa (SILVA, 
2018).
 A propulsão depende da coordenação dos movimentos entre pernas e braços. As 
pernas, além de serem responsáveis pela propulsão, fornecem equilíbrio e sustentação. 
E os braços assumem papel essencial no deslocamento do nadador, representando 
o componente responsável pela propulsão. Diferente do ambiente terrestre, em que 
os braços possuem outra finalidade. Após o conhecimento desses elementos que são 
fundamentais na natação, é ensinado ao indivíduo as técnicas de mergulho.
 O mergulho elementar é a forma utilizada para se entrar na água partindo da 
borda da piscina, cujo objetivo é impulsionar o nadador à frente. É a maneira mais usual 
de se entrar na água. Essa técnica também é utilizada para iniciar provas, como no 
nado crawl (PALMER, 1990). Primeiramente, para realizar o mergulho com segurança, a 
fim de evitar possíveis acidentes, devem ser levados em consideração alguns pontos: 
posição dos braços e pernas, inclinação do corpo, posição da cabeça, dentre outros.
17
 Além disso, deve-se conhecer a profundidade da piscina e realizar exercícios 
educativos que possam contribuir para uma melhor técnica. Por exemplo: próximo a 
borda da piscina, com um dos joelhos apoiado no chão, a outra perna deverá estar 
dobrada a 90 graus com o pé apoiado em direção ao joelho que está no chão. Com 
o queixo apoiado no peito, os braços deverão estar estendidos acima da cabeça e 
as mãos sobrepostas. Feito isso, o indivíduo deverá inclinar o tronco para frente até 
desequilibrar e cair na água (GOMES, 1967).
18
FIXANDO O CONTEÚDO
1. A propulsão depende da coordenação dos movimentos entre pernas e braços. As 
pernas além de serem responsáveis pela propulsão, fornecem equilíbrio e sustentação. 
E os braços assumem papel essencial no deslocamento do nadador, representando o 
componente responsável pela propulsão. Diante disso, qual o conceito de propulsão?
a) A propulsão é o movimento gerado pelo corpo após sofrer uma força externa.
b) A propulsão é o movimento gerado pela água antes de uma força externa.
c) A propulsão é o movimento gerado pelo corpo antes de uma força interna.
d) A propulsão é o movimento gerado pela água após sofrer uma força interna.
e) A propulsão é o movimento gerado pelo corpo antes de sofrer uma força externa.
2. Para realizar a flutuabilidade, é importante que o indivíduo seja capaz de colocar o 
rosto dentro da água a fim de diminuir a resistência e melhorar a posição horizontal. 
Sendo assim, ele precisa ter o controle da respiração. A flutuabilidade pode ser realizada 
de duas formas e sua diferença se dá em relação à posição do corpo na água em:
a) Decúbito lateral, apenas.
b) Decúbito ventral, apenas.
c) Decúbito dorsal, apenas.
d) Decúbito ventral ou lateral.
e) Decúbito ventral ou dorsal.
3. (Adaptada de Máxima 2021). Durante a prática da natação, o contato com a água com 
temperatura mais baixa, faz com que o corpo desencadeie a vaso constrição periférica 
como resposta aguda à queda da temperatura. Tal resposta do organismo se dá ao 
estresse de uma temperatura mais baixa e o organismo visa desviar o fluxo sanguíneo 
da superfície para as áreas mais centrais para manter/conservar a temperatura central. 
De acordo com as normas/regras oficiais, a média da temperatura ideal para a prática 
da natação é:
a) de 25°C a 28ºC;
b) de 30ºC a 32ºC;
c) de 28ºC a 30ºC;
d) de 22°C a 25°C.
e) de 20°C a 22°C.
4. (Adaptada de Máxima 2021). Para se obter o equilíbrio térmico, durante o contato 
com a água, ocorre no corpo humano a perda de calor de diversas maneiras para 
manter o ótimo funcionamento durante a prática da natação. Assinale a alternativa 
que melhor combina com a perda de calor:
a) Radiação – convecção – condução – evaporação;
joser
Realce
joser
Realce
joser
Realce
19
b) Convecção – condução – evaporação – radiação;
c) Condução – evaporação – radiação – convecção;
d) Evaporação – radiação – convecção – condução;
e) Evaporação – convecção – radiação – condução.
5. (Adaptada de Máxima 2021). O surgimento da natação vem desde nossos ancestrais 
onde homens atravessavam as águas caçando alimentos. Os gregos da antiguidade 
a utilizaram apenas como treinamento, incluindo os soldados. Sua prática ficou 
adormecida por séculos devido a fortes preconceitos. Só ressurgiu durante o regime do 
império Luís XIV, na França, onde a primeira piscina comunitária foi construída.
A primeira competição de natação em terras brasileiras aconteceu em:
a) 1899;
b) 1905;
c) 1922;
d) 1898;
e) 1915.
6. (IF/CE – 2017). A natação é uma das formas de atividade física mais antiga conhecida 
pelo homem. Nas civilizações da antiguidade, já se conheciam seus benefícios para 
o corpo. Na idade moderna, ela já era conhecida como uma prática esportiva; e, em 
meados do século XIX, os ingleses criaram as primeiras regras para a prática da natação 
enquanto esporte competitivo. Quanto à natação nos dias atuais, enquanto esporte e 
competição, enumere (V) para verdadeiro e (F) para falso as afirmações.
( ) Levando-se em consideração o posicionamento do tórax e o movimento de pernas 
e braços, são definidos apenas dois estilos de nado: crawl (nado livre) e peito.
( ) Nas competições de nado medley, os nadadores devem nadar quatro estilos, na 
seguinte ordem: borboleta, costas, peito e crawl.
( ) São reconhecidos como recordes mundiais, em piscina de 50 metros, para o nado 
peito em ambos os sexos as seguintes distâncias: 50, 100 e 300 metros.
( ) Todos os recordes durante os Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais e as Copas 
do Mundo serão aprovados automaticamente pela FINA.
( ) Em jogos olímpicos, a piscina, para as competições de natação,deve ter 25 metros 
de comprimento e, no mínimo, 3 metros de profundidade.
A sequência correta é:
a) V- V- F- F- V. 
b) F- F- V- V- F.
c) F- V- F- V- F. 
d) F- F- V- F- V.
e) V- F- V- F- V.
7. (Adaptada de AMEOSC- 2021). A temperatura corporal diz respeito a produção 
joser
Realce
joser
Realce
joser
Realce
20
de calor e os mecanismos de regulação e manutenção da temperatura interna do 
organismo (termorregulação). Durante uma aula de natação em um dia muito frio uma 
aluna apresentou uma diminuição drástica da temperatura corporal, que ficou abaixo 
de 35 ºC, o que caracteriza:
a) Hipertrofia.
b) Hipertermia.
c) Hiperplasia.
d) Hipotermia.
e) Hipoplasia.
8. (MetroCapital Soluções- 2021). Para nadar torna-se imprescindível o domínio desta 
habilidade, sem o qual as ações motoras não podem ser exercidas de uma forma 
conveniente, essa alteração implica em mudanças apreciáveis na propriocepção do 
corpo no tempo e espaço, devido às mudanças das sensações labirínticas, do tônus de 
sustentação, da posição da cabeça, além de não poder desligar-se dos componentes 
ligados ao meio aquático. Assim, será necessário que o indivíduo refaça um conjunto 
de referências, procurando-se adaptar à nova posição. Trata-se da habilidade, 
denominada:
a) Empuxo.
b) Equilíbrio.
c) Flutuação.
d) Arrasto.
e) Hidropressão.
joser
Realce
joser
Realce
21
ENSINO DA NATAÇÃO I 
22
2.1 ELEMENTOS BÁSICOS E ASPECTOS METODOLÓGICOS 
DO ENSINO DA NATAÇÃO
 Na natação, o processo ensino-aprendizagem deve ser baseado nas habilidades 
motoras dos movimentos realizados no ambiente aquático, o qual consiste no nível de 
desenvolvimento a partir das experiências adquiridas pelo indivíduo (MACHADO, 1978). 
Para isso, é necessário o conhecimento do professor em relação às diferentes fases do 
desenvolvimento de cada indivíduo, uma vez que diferentes alunos possuem diferentes 
experiências. Portanto, a interação do professor com o aluno torna-se fundamental 
nesse processo.
 Dessa maneira, o ensino depende de um conjunto de fatores intrínsecos e 
extrínsecos. Os nomeados intrínsecos são relacionados às vivências anteriores e ao 
desenvolvimento maturacional do indivíduo. Já os extrínsecos, se referem ao meio no 
qual ele está inserido, como a escola, materiais e estratégias utilizadas pelo professor. 
Como os fatores intrínsecos e extrínsecos estão associados diretamente com os 
métodos de ensino a serem empregados pelo professor, é necessário levar todos esses 
aspectos em consideração de acordo com uma sequência pedagógica (LIMA, 2006).
 Além disso, o processo de ensino deve ser específico e adequado às diferentes 
situações e contextos, assim como aos diferentes públicos, visto que diferentes alunos 
exigem diferentes estratégias de ensino. Ainda, entre os diversos fatores extrínsecos que 
afetam o processo de aprendizagem, destaca-se os fatores sociais.
 Os aspectos sociais estão intimamente associados ao nível socioeconômico, 
cultural e familiar, o que tem impacto direto no processo de ensino. Por exemplo, para a 
prática da natação são necessárias vestimentas e acessórios específicos, como o uso 
de maiô ou sunga, touca e óculos. Por vezes, o aluno na escola não tem condições de 
adquirir tais vestimentas e acessórios. E, assim, pode ficar impossibilitado de participar 
das aulas. Além disso, a cultura, juntamente com o ambiente familiar, também exercem 
papel importante nesse processo, pois as pessoas e o meio em que o indivíduo convive 
influenciam diretamente na forma como ele interpreta as coisas ao seu redor (SILVA, 
2020).
 Em relação aos fatores intrínsecos, os diferentes sentimentos e emoções também 
podem interferir nesse processo de ensino. Por exemplo, os primeiros contatos do aluno 
com a água podem despertar um estado emocional de medo. Isso pode retardar a 
aprendizagem, além do medo gerar alterações fisiológicas, como o aumento da tensão 
muscular, o que dificulta a respiração e a flutuabilidade. Assim, para evitar essas 
situações, o professor deve ser capaz de intervir transmitindo segurança e confiança 
ao aluno.
 O processo ensino-aprendizagem é complexo e depende de inúmeros fatores, 
Os aspectos metodológicos para o ensino da natação devem ser elaborados em concor-
dância com os níveis pedagógicos e maturacionais dos alunos. De maneira que os alu-
nos sejam capazes de assimilar as atividades propostas, das mais fáceis às mais difíceis, 
das mais simples às mais complexas.
FIQUE ATENTO
23
2.2 ASPECTOS METODOLÓGICOS DO ENSINO DA NATAÇÃO 
NO CONTEXTO ESCOLAR
 Para que o ensino da natação no contexto escolar seja adequado, é fundamental 
que o professor compreenda o processo ensino-aprendizagem e seja capaz de 
adaptá-lo às diferentes situações que possam surgir no meio aquático. Além disso, 
conhecer as potencialidades e limitações de cada aluno, além de desenvolver aspectos 
metodológicos coerentes, facilita o processo de aprendizagem com êxito. Portanto, é 
necessário reconhecer o estágio de desenvolvimento em que cada aluno se encontra, 
a fim de assegurar que as aulas sejam apropriadas conforme suas necessidades.
 O aprendizado da natação ocorre por meio de metodologias específicas de acordo 
com o que é mais indicado para cada aluno. Mas nem sempre foi assim. A pioneira da 
natação feminina no Brasil, Maria Lenk, aprendeu a nadar com seu pai, ainda criança. 
Na época, com a escassez de piscinas, ela iniciou o aprendizado nadando no Rio Tietê. 
Em 1925, o rio não era poluído e era um local destinado ao lazer. O pai da nadadora a 
colocava no rio, amarrada pela cintura, e solicitava que ela executasse o movimento 
como os principais mencionados. Segundo Rohlfs (1999), um outro importante elemento 
a ser considerado são as etapas essenciais para um ensino progressivo. Com o intuito 
de desenvolver uma sequência pedagógica, são preconizadas as seguintes etapas:
 1. Adaptação ao meio líquido, o qual se refere a um período de conhecimento e 
exploração do ambiente aquático pelo indivíduo;
 2. Controle respiratório, levando em consideração a diferença da respiração no 
meio líquido para o ambiente terrestre;
 3. Flutuabilidade, em que ocorre quando as forças e a gravidade estão em 
equilíbrio;
 4. Propulsão, a qual depende da coordenação dos movimentos entre pernas e 
braços;
 5. Mergulho elementar, o qual representa as diferentes formas de entrar na água.
 Existem diferentes concepções relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem 
na natação, dentre elas, Machado (1978) destaca: concepção global, analítica e sintética. 
Conforme esse autor supracitado, a concepção global se refere a uma corrente antiga 
de ensino. Nessa corrente de ensino, o conteúdo não é sistematizado e baseia-se na 
reprodução dos movimentos. Por sua vez, a concepção analítica indica que a divisão 
do conteúdo é feita em partes, respeitando o princípio do mais simples para o mais 
complexo. Por último, a concepção sintética propõe que o conteúdo seja conduzido da 
forma geral para a específica. Dentre diferentes formas de aprendizagem, é importante 
adequar o ensino de acordo com cada aluno, levando em consideração experiências 
prévias e sobretudo a individualidade biológica.
Muitas vezes os professores estão preocupados com a forma de ensinar ou quais meto-
dologias utilizar. Neste caso, o processo de aprendizagem fica limitado por formas especí-
ficas de ensino. No entanto, será que as pessoas aprendem da mesma maneira? É possí-
vel que uma forma de ensino seja capaz de envolver todos os alunos de forma coerente?
VAMOS PENSAR?
24
que ele acreditava ser correto (LENK, 1986).
 As aulas de natação devem ser elaboradas conforme o estágio maturacional e de 
desenvolvimento de cada aluno. O ensino para crianças deve promover uma melhora 
do equilíbrio, agilidade, tônus muscular e do sistema cardiorrespiratório (VENDITTI 
JÚNIOR; SANTIAGO, 2008). Além de estimular a imaginação e a criatividade através de 
jogos e brincadeiras como estratégias de ensino. Além disso, o ensino da natação para 
crianças proporcionamelhor desenvolvimento da psicomotricidade e sociabilidade, 
essencial nessa fase. 
 O ensino da natação para adolescentes requer criatividade e inovação 
pedagógica por parte do professor. Em razão de ser uma fase de transição da infância 
para a vida adulta, as mudanças de comportamento e interesses podem influenciar 
diretamente no desenvolvimento e no rendimento dos adolescentes nas aulas de 
natação. A prática da modalidade pode contribuir nessa fase da vida minimizando a 
tensão e proporcionando a sensação de liberdade que a piscina pode trazer, o que é 
importante para o desenvolvimento cognitivo e corporal, primordial nesse período de 
mudanças (SILVA, 2020). 
 De acordo com Mansoldo (1986), uma aula estruturada propicia ao aluno um 
melhor desenvolvimento motor, além de contribuir para um melhor domínio corporal no 
meio líquido. Uma vez que a mudança de posição, do plano vertical para horizontal, no 
ambiente aquático, exige maior equilíbrio e consciência corporal, é importante que as 
aulas sejam elaboradas conforme a individualidade e os objetivos de cada aluno. Além 
disso, o autor afirma que, à medida que a criança melhora sua noção temporal, reduz 
a dificuldade para coordenar os movimentos a serem realizados, como a coordenação 
entre braçadas e pernadas.
 Na infância, a criança desenvolve a predominância motora de um dos lados do 
corpo. Ao iniciar o nado, ela escolhe um lado para realizar a respiração. Geralmente, 
essa escolha ocorre em função da sua lateralidade (DUZZI, RODRIGUES, CIASCA, 2013). O 
professor deve respeitar essa escolha, mas é necessário que ele incentive a criança a 
experimentar a respiração dos dois lados, direita e esquerda. Para que, assim, a criança 
vivencie as duas formas e escolha, de fato, o que for mais adequado para ela. 
 Durante as aulas de natação, o professor deve ser capaz de criar um ambiente 
adequado e confortável para o aprendizado. As aulas devem ser previamente planejadas 
e elaboradas de acordo com o que o aluno já sabe e o que ainda irá aprender. Os 
materiais utilizados devem ser adequados com os objetivos propostos e com o nível de 
desenvolvimento dos alunos. Além disso, é papel do professor buscar e utilizar diferentes 
estratégias de ensino. Por exemplo, usufruir de brincadeiras relacionadas ao conteúdo 
da aula a fim de estimular o aprendizado.
2.3 FUNDAMENTOS TÉCNICO-TÁTICOS BÁSICOS, NOÇÕES DE SAÍDAS 
E VIRADAS DOS NADOS CRAWL, COSTAS, PEITO E BORBOLETA
 Segundo Ozolin (1983), há duas fases no sistema de aprendizagem: preparatória 
e especialização. A fase preparatória visa o maior alcance do repertório motor. É nessa 
fase que ocorre a adaptação ao meio líquido e as noções de respiração, flutuabilidade, 
propulsão e mergulho, conforme descrito na primeira unidade deste livro. Já a fase de 
especialização, prioriza a preparação física, incluindo os fundamentos técnico-táticos 
da modalidade. As duas fases são interligadas, pois uma adequada fase preparatória 
25
permite que os elementos da fase de especialização sejam aprendidos de forma 
eficiente. 
 Após passar pela primeira fase, o indivíduo está preparado para aprender os 
componentes técnicos e táticos dos quatro estilos de nado, que são: crawl, costas, peito 
e borboleta. A fase de especialização compreende o desenvolvimento das capacidades 
físicas relacionadas à prática esportiva, além de ser direcionada ao desenvolvimento 
e aprimoramento dos fundamentos técnico-táticos de cada estilo de nado. Por 
conseguinte, a técnica consiste no aperfeiçoamento das habilidades específicas, a qual 
deve ser realizada com eficiência e menor dispêndio energético. Além disso, cada estilo 
de nado possui fundamentos técnicos específicos. 
 Para a realização do nado crawl, o nadador deverá se posicionar em decúbito 
ventral, com o corpo próximo à superfície da água, a fim de evitar forças de atrito e 
dificultar sua progressão. A respiração nesse nado pode ser unilateral ou bilateral. A 
respiração unilateral é realizada apenas de um lado. Essa técnica é bastante utilizada, 
porém, se não bem aplicada, pode limitar o nadador provocando desequilíbrio no nado. 
Já a respiração bilateral, permite que ele respire dos dois lados, propiciando um maior 
equilíbrio (SILVA, 2020).
 A técnica do nado crawl exige movimentos coordenados entre braçadas e 
pernadas. Segundo Galdi et al. (2004), a braçada compreende o movimento alternado 
dos membros superiores e é dividida em duas fases: (1) recuperação, correspondente 
à fase aérea, em que ocorre a saída e a entrada dos braços na água; e (2) propulsão, 
referente à fase subaquática, ocorrendo a progressão do nadador à frente. Para realizar 
a pernada, os movimentos também devem ser alternados, realizados um após o outro, 
seguidamente. 
 O nado costas é realizado em decúbito dorsal e a braçada deve ser coordenada 
com a pernada, assim como no nado crawl. Para sua realização, o indivíduo deverá 
estar alinhado à superfície da água, com as orelhas e o pescoço submersos. O quadril 
deverá estar ligeiramente elevado, a fim de manter o equilíbrio nessa posição, e os 
braços estendidos acima da cabeça. Durante a execução da pernada, os movimentos 
devem ser alternados e sincronizados com os braços. A respiração nesse estilo de nado 
é realizada através da inspiração na fase de recuperação de um dos braços e por meio 
da expiração na recuperação do outro braço (SILVA, 2020).
Figura 6: Representação do nado crawl
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3q9qwJC. Acesso em: 07 jul. 2022.
26
Figura 7: Representação do nado costas
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3QhXTVC. Acesso: 07 jul. 2022.
Figura 8: Representação do nado peito
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3RcaQS2. Acesso em: 07 jul. 2022
 O nado peito, realizado em decúbito frontal, é descrito como um nado simétrico e 
simultâneo. Os movimentos realizados de um lado do corpo são feitos de forma idêntica 
pelo outro lado. Nesse tipo de nado, é utilizada a respiração frontal. A técnica do nado 
peito é uma das que mais se modificaram ao longo dos anos. De acordo com McCauley 
(1999), há três diferentes formas para realizar esse nado: estilo convencional, ondulado 
e onda. 
 O estilo convencional é o mais utilizado no processo de ensino-aprendizagem para 
crianças e adultos. O estilo ondulado é caracterizado por uma proeminente elevação 
do braço no momento em que é feita a respiração. Já o estilo onda é o mais praticado 
por nadadores de elite. No momento em que o nadador for realizar a fase submersa da 
saída do bloco, ele deverá executar um conjunto de movimentos propulsivos, a fim de 
otimizar a eficácia das saídas e viradas. O conjunto destes movimentos denomina-se 
filipina (MCCAULEY, 1999). 
 O nado borboleta, manifestou-se como a evolução do nado peito. Portanto, 
requer mais técnica para ser realizado. Dessa forma, de acordo com a sequência 
pedagógica, deve ser o último estilo a ser ensinado. Sua execução é caracterizada por 
movimentos simultâneos de braços e pernas. O movimento de pernas é o responsável 
pela velocidade de propulsão, possibilitando a ondulação do corpo. A respiração pode 
ser na posição frontal ou lateral, a depender da adaptação do indivíduo (SILVA, 2020).
27
Figura 9: Representação do nado borboleta
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3RqFmXW. Acesso em 07 jul. 2022.
 No nado borboleta são realizadas duas pernadas para cada ciclo de braçada. 
A primeira é realizada após a finalização da fase de propulsão dos braços, a fim de 
aumentar a impulsão e projetar o nadador à frente. A segunda acontece após a nova 
entrada dos braços na água. Portanto, as pernadas atuam como propulsoras. Os pés 
estendidos e unidos se movem aparentando ser apenas um, assemelhando-se ao 
movimento da cauda de um golfinho. Por isso, o estilo borboleta também é conhecido 
como golfinho (GALDI et al., 2004).
 Para o ensino das saídas na natação, o indivíduo deve ter assimilado os 
fundamentos técnicos, além de saber os principais elementos do mergulho, uma vez 
que para a realizaçãodas saídas, é necessária a adaptação completa ao meio líquido. 
As saídas são classificadas em dois tipos: (1) saída de cima do bloco com um mergulho, 
utilizada nos nados crawl, peito e borboleta; e, (2) saída de dentro da piscina, utilizada 
no estilo costas. A saída tem como objetivo impulsionar o nadador à frente (SILVA, 2020). 
 A Federação Internacional de Natação define que para as provas do nado crawl, peito 
e borboleta, a saída deve ser realizada por meio de um mergulho. Assim, após o sinal 
do árbitro, os atletas devem subir no bloco de partida e aguardar. Em seguida, o juiz 
de partida ordena que os competidores avancem em suas marcas. Nesse momento, o 
atleta deverá estar com, pelo menos, um dos pés apoiado na parte da frente do bloco. 
Assim que todos estiverem sem se mover, o juiz de partida sinaliza a saída. 
Para executar o primeiro tipo de saída, Silva e Teixeira (2012) recomendam:
 1. Queda sentada grupada: para sua realização, o aluno deverá estar sentado 
na borda da piscina, com a cabeça entre os braços. Ele deverá direcionar os braços 
estendidos e unidos em direção a água;
 2. Saída sentada: na mesma posição que a anterior, o aluno deverá realizar um 
impulso para cima, fazendo uma ligeira flexão do quadril;
 3. Saída de joelhos: o aluno deverá estar apoiado em uma perna, na borda da 
piscina. Com os braços estendidos e unidos acima da cabeça, deverá estender as 
pernas completamente, realizando um impulso; 
 4. Queda na água agachado: com um dos pés à frente, o aluno deverá estar 
agachado. Com os braços estendidos e unidos acima da cabeça, deverá realizar um 
impulso com um dos pés, a partir da borda da piscina;
 5. Mergulho direcionado: em pé, na borda da piscina, o aluno deverá realizar 
uma ligeira flexão do joelho. Com o corpo inclinado em direção à água e os braços 
estendidos, deverá estender as pernas e realizar a saída;
28
 6. Queda com flexão de tronco: na posição vertical, com os pés apoiados na parte 
de trás do bloco de partida, deverá inclinar ligeiramente o tronco à frente. Os braços e 
as pernas devem estar estendidos na direção da água no momento da saída. 
 Existe um outro tipo de saída, a de agarre, introduzida nos anos 1970 em substituição 
à saída convencional. Ela é dividida em quatro etapas, conforme descrito na figura a 
seguir: 
 Além da saída de agarre, existe a saída de atletismo, que é uma adaptação da 
primeira. A saída de atletismo foi criada com o intuito de permitir que aqueles nadadores 
que tinham limitação de impulsão em uma das pernas, pudessem realizá-la. Dessa 
forma, a perna com limitação é posicionada atrás. A principal diferença entre as duas 
saídas é a posição do nadador no bloco de partida. Sendo que, na saída de agarre, 
ambos os pés são posicionados na parte da frente da borda. Já na saída de atletismo, 
um pé é posicionado mais à frente do outro. Esse tipo de saída é utilizado nas provas 
de 100 metros livre, peito e borboleta. A saída de atletismo é dividida em quatro etapas, 
conforme descrito na figura a seguir:
Figura 10: Representação das etapas da saída de agarre
Fonte: SILVA, (2020)
29
 As viradas são utilizadas principalmente em competições. Têm como finalidade 
não interromper o nado a cada volta. É realizada de forma específica de acordo com 
o tipo de nado. Há uma marcação em formato de “T” no fundo da piscina, localizada a 
dois metros da parede lateral, a fim de orientar o nadador. A virada olímpica no nado 
crawl consiste em três fases: (1) preparação, ao aproximar-se da marca “T”, a cabeça 
do indivíduo deverá estar alinhada em direção a marca da virada; (2) execução, após 
completar a braçada, o indivíduo deverá direcionar as pernas para baixo e realizar a 
mudança de direção por meio de um impulso na parede da piscina; (3) execução do 
movimento completo, ele deverá dar continuidade ao nado (THOMAS, 1999).
 Diferentemente dos outros nados, a saída do nado costas acontece dentro da 
água. E para realizar a virada, o indivíduo deverá seguir as orientações por meio das 
bandeirolas, que demarcam o limite de cinco metros para a parede, além de se orientar 
pela cor da baliza, que é diferente neste caso.
Figura 11: Representação das etapas da saída de atletismo
Fonte: SILVA, (2020)
Os nados possuem características específicas que devem ser consideradas du-
rante o processo de ensino, além de considerar as características dos alunos. 
Para saber mais sobre os nados, acesse o livro “Natação Quatro Estilos - 100 Per-
guntas e Respostas sobre Natação” de Ubilla e Gomes, disponível na biblioteca 
virtual em: https://bit.ly/3cFHTig. Acesso em: 07 jul. 2022. 
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30
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Analise a figura abaixo, de Silva (2020), e a descrição dos movimentos:
Qual o tipo de saída descrito na figura acima?
a) Queda sentada grupada.
b) Queda na água agachado.
c) Mergulho direcionado.
d) De agarre.
e) Saída sentada.
2. A Federação Internacional de Natação define que, para as provas do nado crawl, peito 
e borboleta, a saída deve ser realizada por meio de um mergulho. Assim, após o sinal 
do árbitro, os atletas devem subir no bloco de partida e aguardar. Em seguida, o juiz 
de partida ordena que os competidores avancem em suas marcas. Nesse momento, o 
atleta deverá estar:
a) Com pelo menos um dos pés apoiado na parte da frente do bloco.
b) Com os dois pés apoiados na parte da frente do bloco.
c) Com pelo menos um dos pés apoiado na parte de fora do bloco.
d) Com os dois pés apoiados na parte da fora do bloco.
e) Com nenhum dos pés apoiados na parte da frente do bloco.
3. Em relação ao nado borboleta, analise as sentenças abaixo:
joser
Realce
joser
Realce
31
I. Manifestou-se como evolução do nado peito. Portanto, requer mais técnica para ser 
realizado. 
II. De acordo com a sequência pedagógica, deve ser o último estilo a ser ensinado.
III. Sua execução é caracterizada por movimentos simultâneos de braços e pernas.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
4. Analise as proposições a seguir e assinale a alternativa correta: 
I. A técnica do nado crawl exige movimentos coordenados entre braçadas e pernadas. 
A braçada compreende o movimento alternado dos braços e é dividida em dois 
momentos: (1) recuperação, correspondente à fase aérea, momento entre a saída e 
a entrada dos membros superiores na água; e (2) propulsão, fase subaquática, em 
que ocorre a progressão do nadador.
PORQUE
II. Para a realização da pernada, o movimento deve ser alternado e consecutivo, para 
cima e para baixo. As pernas devem estar estendidas e os pés voltados ligeiramente 
para dentro.
a) A primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda uma proposição 
falsa.
b) A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda uma proposição verdadeira.
c) As duas asserções são proposições falsas.
d) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não se relaciona 
com a primeira.
e) As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda se relaciona com a 
primeira. 
5. (CONCURSO MILAGRES-2018). Pedagogicamente qual seria a melhor ordem de ensino 
dos quatro nados para uma pessoa que nunca teve contado com a natação?
a) Adaptação ao meio liquido, crawl, costas, peito, borboleta.
b) Adaptação ao meio liquido, costas, crawl, peito, borboleta.
c) Crawl, adaptação ao meio liquido, peito, borboleta.
d) Costas, adaptação ao meio liquido, borboleta, peito, crawl.
e) Adaptação ao meio liquido, borboleta, costas, peito, crawl.
6. (CONCURSO MILAGRES-2018). No ensino da natação existem quatro estilos de nado: 
joser
Realce
joser
Realce
joser
Realce
32
crawl, costas, peito e borboleta. Assinale a opção correta em relação aos erros cometidos 
durante a virada do estilo crawl:
a) Tocar a parede com as duas mãos.
b) Dar um impulso na parede com os pés muito abaixo ou acima em relação ao plano 
do corpo.
c) Dar impulso na parede com as pernas estendidas.
d) Dar impulso na parede, sem estar com os braços estendidosà frente da cabeça.
e) Todas as alternativas estão corretas.
7. (CONCURSO MILAGRES-2018). Assinale a alternativa correta cuja saída ocorre dentro 
da piscina em competições oficias de natação.
a) Nado crawl.
b) Nado costas.
c) Nado peito.
d) Nado Borboleta.
e) Todas as saídas ocorrem fora da piscina.
8. (CONCURSO MILAGRES-2018). A filipina é uma sequência de movimentos realizados 
no início de cada distância desta modalidade, tanto após a saída do bloco, quanto 
depois de cada virada. Por ser feita debaixo d’água (fase submersa), a técnica gera 
maior velocidade do que o próprio nado. A filipina ocorre no nado:
a) Nado crawl.
b) Nado costas.
c) Nado peito.
d) Nado Borboleta.
e) Ocorre no nado peito e no nado borboleta.
joser
Realce
joser
Realce
joser
Realce
33
ENSINO DA NATAÇÃO LL 
34
3.1 REGRAS E ARBITRAGEM DOS NADOS CRAWL, COSTAS, PEITO, 
BORBOLETA E MEDLEY
 Em relação às competições, as provas individuais são realizadas de acordo com o 
sexo, ou seja, masculino ou feminino. Nas provas de revezamento medley, são permitidas 
equipes mistas. Como são quatro nadadores em cada equipe, ela é formada por dois 
homens e duas mulheres. No entanto, os tempos parciais registrados nessas provas não 
podem ser considerados nos tempos de recordes. Os membros da equipe e a ordem de 
competição nas provas de revezamento medley devem ser estipulados antes do início 
da prova (FINA, 2017-2021).
 Nas provas de nado medley individual, o nadador realiza os quatro estilos de nado 
na seguinte ordem: borboleta, costas, peito e livre. Já nas provas de revezamento medley, 
os nadadores participam dos quatro estilos de nado, na seguinte ordem: costas, peito, 
borboleta e livre. Cada nadador pode competir somente uma vez na mesma prova. 
Tanto nas provas de nado medley individual quanto nas provas de revezamento, cada 
nado deverá ser percorrido um quarto da distância total (CAVALVANTI, 2014).
 Durante a realização da prova, o nadador deverá permanecer e finalizar a prova 
na mesma raia em que iniciou. Para dar início à prova, o árbitro geral irá sinalizar aos 
nadadores que retirem suas vestimentas, ficando apenas com o traje de natação. 
Feito isso, sinalizará aos nadadores que irão disputar os estilos de nado crawl, peito 
e borboleta, que se direcionem para os blocos de partida. Para os nados costas e 
revezamento medley, a entrada será feita diretamente na água (DARIDO; SOUZA JÚNIOR, 
2015). 
 A fim de assegurar que os nadadores sigam as regras após a saída, é designado 
um juiz de virada para cada raia para observar as viradas e a chegada dos nadadores. 
Além disso, nas provas de revezamento medley, o juiz de virada é responsável por 
averiguar se o nadador que irá partir está em contato ou não com o bloco de partida 
no momento em que o nadador anterior tocar na borda de chegada. Para verificar se 
as regras referentes a cada tipo de nado estão sendo seguidas, é designado um juiz de 
nado (FINA, 2017-2021). 
 Segundo Cavalcanti (2014), para as provas de nado livre, o nadador poderá 
realizar qualquer tipo de nado que seja diferente dos nados costas, peito ou borboleta. 
Para sua realização, o nado crawl é o preferencialmente utilizado. A classificação final 
dos nadadores de acordo com o tipo de nado é estabelecida com base no tempo 
de realização da prova. O tempo de cada prova é registrado através de cronômetros 
manuseados pelos cronometristas. Ao fim de cada prova, os juízes de chegada irão 
decidir e comunicar a ordem de chegada dos nadadores segundo suas atribuições.
 Segundo a Federação Internacional de Natação (2017-2021), as seguintes situações 
são passíveis de desclassificação:
• Se o nadador realizar a saída antes do sinal de partida;
• Se o nadador atrasar para dar início a partida;
• Se o nadador impedir ou atrapalhar a passagem de outros nadadores;
• Se algum nadador entrar na piscina durante a realização de uma prova em que ele 
não estiver inscrito;
• Alterar a ordem estipulada previamente nas provas de revezamento medley;
• Durante as provas de revezamento medley, caso um nadador perca o contato dos 
35
3.2 NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO DE COMPETIÇÕES
 A entidade responsável pelas competições é encarregada por designar o comitê 
organizador. Este terá a competência para resolver os assuntos que não são outorgados 
pelas regras, à competência dos árbitros, juízes ou outros oficiais. Além disso, poderá 
adiar competições conforme as regras adotadas. Nos Jogos Olímpicos e campeonatos 
mundiais, a Federação Internacional de Natação determina os seguintes números 
mínimos de oficiais para atuarem nas competições (FINA, 2017-2021):
• Árbitro geral (2);
• Supervisor da mesa de controle (1);
• Juízes de nado (4);
• Juízes de partida (2);
• Chefe dos juízes de viradas (2, 1 em cada cabeceira da piscina);
• Juízes de viradas (1 em cada raia nas duas cabeceiras da piscina);
• Anotador chefe (1);
• Banco de controle (2);
• Locutor (1).
 Para as competições internacionais, a entidade responsável pela competição 
atribuirá o número de oficiais de acordo com o necessário. Essa atribuição está sujeita 
à aprovação da respectiva autoridade. Para as competições dos Jogos Olímpicos e 
campeonatos mundiais, a piscina e os equipamentos técnicos a serem utilizados 
deverão ser vistoriados e aprovados com antecedência. A Federação Internacional de 
Natação, juntamente com o Comitê Técnico de Natação, são responsáveis por essa 
fiscalização (CAVALCANTI, 2014).
 A distribuição das raias nas provas dos Jogos Olímpicos, campeonatos mundiais 
e outras competições serão organizadas conforme as séries eliminatórias, semifinais e 
finais. Para as eliminatórias, os melhores tempos obtidos pelos nadadores no período 
de classificação devem ser apontados nas fichas de inscrição. Caso o nadador não 
apresente os tempos solicitados, ficará no fim da lista, sem dados sobre o seu tempo. 
A partir disso, a raia de partida dos nadadores com tempo equivalente ou mais de um 
nadador sem dados, será definido por sorteio. 
 As raias serão atribuídas aos nadadores da seguinte maneira:
pés com o bloco de partida antes do seu companheiro anterior tocar na parede da 
piscina.
Para saber mais sobre as regras da natação, acesse o caderno de regras dispo-
nível em: https://bit.ly/3AFBfAr. Acesso em: 07 jul. 2022. 
BUSQUE POR MAIS
Exceto nas provas de 50 metros em piscina de 50 me-
tros, a atribuição das raias deverá ser (raia 1 no lado 
direito da piscina (raia 0 quando usando piscina com 10 
36
3.3 NOÇÕES DE SALVAMENTO EM NATAÇÃO
 Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, no Brasil, o número de 
óbitos por afogamentos ultrapassa 5.700 casos por ano e mais de 100.000 pessoas 
raias), quando se olha a piscina do lado da cabeceira 
de partida) colocando o nadador mais rápido ou equi-
pe de revezamento na raia central se a piscina tiver um 
número ímpar de raias ou na raia 3 ou 4, respectiva-
mente, em piscina com 6 ou 8 raias. Nas piscinas com 
10 raias, o nadador mais rápido será colocado na raia 
4. O nadador que tiver o tempo mais rápido seguinte 
será colocado à sua esquerda, alternando em seguida 
os outros para a direita e para a esquerda, de acordo 
com os tempos de inscrição. Nadadores com tempos 
idênticos serão colocados conforme sorteio das raias 
e segundo a norma referida anteriormente (FINA, 2017-
2021, p. 8).
 Os nadadores serão alocados nas eliminatórias com base no tempo de inscrição, 
da seguinte forma:
• Caso haja somente uma série eliminatória, ela deverá ser considerada como a final;
• Se houver duas séries eliminatórias, o nadador mais veloz será alocado para a segunda 
série, o segundo nadador mais veloz será alocado para a primeira série, o próximo 
para a segunda série, e o próximo para a primeira série, e assim sucessivamente;
• Em situações em que haja três séries eliminatórias, exceto para as provas de 400, 800 
e 1500 metros, o nadador mais veloz será alocado para a terceira série, o segundo 
mais veloz para a segunda série, o terceiro mais veloz para a primeira série, e assimsucessivamente;
• Caso haja quatro ou mais eliminatórias, exceto para as provas de 400, 800 e 1500 
metros, as três últimas eliminatórias serão realizadas conforme mencionado no 
tópico anterior;
• Para as provas de 400, 800 e 1500 metros, as últimas séries deverão ser: no caso de 
duas séries eliminatórias, o nadador mais veloz será alocado na segunda série, o 
segundo nadador mais veloz será alocado na primeira série, o seguinte na segunda 
série, o seguinte na primeira série, etc;
• Ao utilizar uma piscina com dez raias e tempos iguais forem estabelecidos para o 
oitavo lugar nas eliminatórias dos 800 e 1500 metros livre, a raia nove será utilizada 
com um sorteio para a raia oito e a raia nove. Se houver três tempos iguais para o 
oitavo lugar, a raia nove e a raia zero serão utilizadas com um sorteio para a raia oito, 
nove e zero.
 
 Em caso de desistência de participação em semifinais por parte do nadador, 
os nadadores reservas serão solicitados seguindo a ordem de classificação nas 
eliminatórias ou semifinais. A prova a ser realizada deverá ser reordenada e publicada 
informações ao seu respeito. Em relação às eliminatórias, semifinais e finais, os nadadores 
deverão comparecer ao primeiro banco de controle com antecedência para realizar os 
protocolos necessários. Em outros tipos de competições, as posições das raias poderão 
ser estabelecidas por meio de sorteio (FINA, 2017-2021).
37
sofrem incidentes não fatais. Isso corresponde a aproximadamente 15 mortes por 
afogamentos diariamente. Além disso, o afogamento representa a segunda causa 
de óbitos em crianças de um a nove anos de idade. Abaixo são apresentados dados 
referentes ao afogamento no Brasil (SOBRASA, 2019):
• Aproximadamente 52% das mortes em crianças de um a nove anos de idade ocorrem 
em piscinas e residências;
• Crianças acima de dez anos e adultos se afogam mais em águas naturais, como 
rios, represas e praias;
• Homens morrem 6,8 vezes mais por afogamentos em relação às mulheres;
• A Região Norte representa a maior taxa de mortalidade por afogamentos.
 O afogamento é caracterizado por qualquer situação em que o líquido entra em 
contato com as vias aéreas da pessoa em imersão, ou seja, com a água no rosto ou 
por submersão, abaixo da superfície do líquido. O afogamento é interrompido quando a 
pessoa é resgatada, neste caso, é denominado afogamento não fatal. Em caso de óbito, 
resultante de afogamento, denomina-se afogamento fatal. O incidente por imersão ou 
submersão sem evidência de aspiração é considerado um resgate na água e não um 
afogamento. 
 De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, o afogamento 
não é considerado um acidente, pois não acontece por acaso e pode ser prevenido. 
O afogamento é considerado um incidente e a prevenção é sua melhor forma de 
tratamento (SOBRASA, 2019). A figura a seguir descreve a linha do tempo do afogamento 
e aponta a visão completa do ocorrido sugerindo como planejar intervenções para sua 
redução ou mitigação.
O termo aspiração refere-se à entrada de líquido nas vias aéreas (traqueia, brônquios e/
ou pulmões), e não deve ser confundido com “engolir água”.
FIQUE ATENTO
38
Figura 12: Linha do tempo do afogamento
Fonte: SOBRASA, (2019)
 Na natação, ao identificar que alguém está se afogando, deve-se fornecer 
material de flutuação para a vítima a fim de interromper o processo de afogamento. 
Após disponibilizar um meio de flutuação e impedir o processo de submersão, retirar 
a vítima da água é fundamental. Apontar locais e direções seguros próximos à vítima 
pode ser uma estratégia utilizada para sua retirada da água. Caso necessário, a vítima 
deve ser encaminhada a um pronto-socorro ou hospital próximo (SOBRASA, 2019).
Será que para não afogar basta apenas saber nadar? Como evidenciado nas unidades 
anteriores, alguns cuidados são necessários para o ensino e a prática da natação com 
segurança. Portanto, para o professor, é preciso conhecer e respeitar o estágio de desen-
volvimento de cada aluno. E ao aluno cabe entender e respeitar o processo pedagógico 
de ensino.
VAMOS PENSAR?
39
Para saber mais sobre noções de salvamento, acesse o livro “Emergências a Bor-
do e Sobrevivência” disponível na biblioteca virtual em: https://bit.ly/3cFCTdm. 
Acesso em: 07 jul. 2022. 
BUSQUE POR MAIS
40
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (Adaptado de Instituto UniFil 2020). O estilo medley é uma forma de competição 
onde os indivíduos devem realizar quatro diferenciados estilos de natação. Inclusive 
é uma prova que faz parte de grandes competições olímpicas. Em uma prova medley 
individual de 400m masculino, o atleta deve seguir uma sequência oficial dos estilos. 
Assinale a alternativa que corresponde a essa sequência.
a) Costas, peito, borboleta, livre.
b) Borboleta, costas, peito, livre.
c) Peito, costas, livre, borboleta.
d) Costas, livre, borboleta, peito.
e) Peito, borboleta, costas, livre.
2. (SEE-AC – 2020). Assinale a alternativa que corresponde corretamente às medidas 
de uma piscina de padrão olímpico.
a) 55 metros de comprimento por 25 metros de largura
b) 50 metros de comprimento por 25 metros de largura
c) 100 metros de comprimento por 50 metros de largura
d) 50 metros de comprimento por 15 metros de largura
e) 50 metros de comprimento por 20 metros de largura
3. (SEE-AC – 2020). Em competições internacionais utilizam também as chamadas 
piscinas curtas. Assinale a alternativa que corresponda corretamente as medidas 
oficiais da piscina curta.
a) 25 metros de comprimento por 20 metros de largura
b) 25 metros de comprimento por 15 metros de largura
c) 50 metros de comprimento por 25 metros de largura
d) 20 metros de comprimento por 10 metros de largura
e) 20 metros de comprimento por 5 metros de largura
4. (Adaptado de OMNI Concurso Públicos-2020). Em uma aula de natação um aluno 
sofreu afogamento, sendo prontamente socorrido pelo professor de educação física. A 
criança apresentava o seguinte estado: estava responsiva, com pulso palpável e pouca 
espuma na boca e no nariz. O socorro médico especializado foi prontamente acionado, 
enquanto aguardava, a vítima foi colocada na posição recomendada na prestação de 
socorros de urgência em casos como o que se apresenta, qual seja:
a) Decúbito ventral.
b) Posição lateral de segurança.
c) Decúbito dorsal.
d) Pernas elevadas.
joser
Realce
joser
Realce
joser
Realce
joser
Realce
41
e) Sentado.
5. (CESPE / CEBRASPE – 2020). Na natação, existem provas de longa distância que são 
disputadas em lagos, rios ou mares. Antes chamadas de travessias, as maratonas 
aquáticas remontam às origens da natação, quando o homem pré-histórico precisava 
desenvolver a capacidade de nadar para sobreviver. A respeito das competições de 
maratona aquática, assinale a opção correta.
a) Nesse tipo de competição, o estilo de nado é livre e os atletas geralmente preferem 
o crawl revezado com o nado peito.
b) O nado costas é bem aceito para esse tipo de prova, pois o atleta não precisa se 
preocupar com a sua orientação espacial.
c) O nado borboleta é um estilo que exige muita força do atleta, por isso é o mais 
recomendado para esse tipo de prova.
d) Para fugir da agitação das águas, o atleta pode, por exemplo, chegar à margem, 
caminhar e, depois, voltar a nadar.
e) Os atletas ficam separados por raias, evitando o contato físico, enquanto treinadores 
e árbitros acompanham de barco todo o percurso.
6. Em casos de atraso do nadador para dar início à partida, o juiz de partida é responsável 
por comunicar ao árbitro geral, que, por sua vez, poderá _________ por má conduta 
ou desobediência voluntária. Qual palavra abaixo representa a ação do árbitro nessa 
situação?
a) Desclassificar o nadador.
b) Classificar o nadador.
c) Suspender o nadador.
d) Substituir o nadador.
e) Expulsar o nadar.
7. O afogamento é caracterizado por qualquer situação em que o líquido entra em 
contato com as vias aéreas da pessoa em imersão, ou seja, com a água no rosto ou por 
submersão, abaixo da superfície do líquido. O afogamentoque é interrompido quando 
a pessoa é resgatada é denominado:
a) Afogamento fatal.
b) Não afogamento.
c) Afogamento parcial.
d) Afogamento incompleto.
e) Afogamento não fatal.
8. Nos Jogos Olímpicos e campeonatos mundiais, a Federação Internacional de Natação 
determina os números mínimos de árbitro geral, supervisor da mesa de controle, juízes 
de nado e juízes de partida para atuarem nas competições. São eles, respectivamente:
a) 2; 1; 4; 2.
b) 2; 2; 6; 3.
joser
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Realce
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Realce
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Realce
42
c) 2; 6; 4; 3.
d) 2; 1; 6; 2.
e) 2; 2; 4; 2.
43
INTRODUÇÃO À 
HIDROGINÁSTICA 
44
 As atividades aquáticas foram utilizadas para fins terapêuticos durante séculos. 
Segundo Skinner e Thomson (1985), em 1830 se iniciou a realização de exercícios físicos 
na água. Acreditava-se que esses exercícios proporcionavam benefícios ao corpo e à 
saúde. Em 1835, surgiram as primeiras pesquisas científicas na Europa comprovando 
esses benefícios. Ademais, a prática de exercícios na água foi associada ao tratamento 
de diversas doenças, por exemplo, hipertensão e depressão. Com isso, surgiu a 
hidroterapia, que rapidamente propagou-se por todo o mundo. 
 O primeiro local destinado a fins terapêuticos realizado na água foi inaugurado 
nos Estados Unidos, em 1903. Posteriormente, foi implantado em outros países também 
(SANTOS; CRISTIANINI, 1997). Nessa época, a hidroterapia tinha como foco o tratamento 
e a reabilitação de atletas que haviam se lesionado. Além disso, era direcionada aos 
idosos que deveriam praticar atividade física que proporcionasse baixo impacto 
articular. Assim, resultante da hidroterapia, surge a hidroginástica.
 A hidroginástica no Brasil teve início por volta da década de 1980, assim como sua 
ascensão em todo o mundo. Inicialmente, era praticada sem muitas regras e princípios. 
Por exemplo, as aulas eram realizadas com a água na altura do quadril e em baixas 
temperaturas. No entanto, foram surgindo estudos nos quais foram desenvolvidos 
programas de treinamentos aquáticos que atualmente são utilizados como parâmetros 
na elaboração e condução de aulas de hidroginástica (LUCCHESI, 2021).
4.1 HISTÓRICO E DEFINIÇÃO
O que é a hidroginástica? A hidroginástica consiste em uma atividade física aeróbia en-
volvendo exercícios de resistência, flexibilidade e força muscular realizados na água (Fi-
gura 13). Apesar da hidroginástica ser resultante da hidroterapia, elas se diferem. A hidro-
terapia, como o próprio nome indica, é uma terapia realizada na água orientada por um 
fisioterapeuta. Já a hidroginástica deve ser orientada por um profissional de educação 
física. Apesar disso, segundo Bonachela (1994), alguns exercícios da hidroginástica pos-
suem efeito terapêutico, são capazes de aumentar a amplitude articular e melhorar a 
capacidade funcional.
FIQUE ATENTO
Figura 13: Representação de uma aula de hidroginástica
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3B60Xyo. Acesso em: 17 jul. 2022.
45
 Na hidroginástica, assim como na natação, é importante o conhecimento das 
propriedades físicas da água. Uma vez que a água possui características específicas, 
os parâmetros fisiológicos e biomecânicos são alterados no ambiente aquático. Com 
base nisso, é fundamental o conhecimento dessas alterações a fim de uma correta 
elaboração e execução dos exercícios físicos no meio líquido. As principais propriedades 
físicas da água são: massa, peso, densidade, flutuação, arrasto, viscosidade e pressão 
hidrostática (BONACHELA, 1994). Além disso, a prática da modalidade está intimamente 
relacionada a diversos benefícios.
 A hidroginástica proporciona inúmeros benefícios aos seus praticantes, dentre 
eles podem ser citados:
• Melhora do sistema cardiorrespiratório;
• Melhora do retorno venoso devido à pressão hidrostática;
• Aumento da resistência e força muscular;
• Redução do impacto articular;
• Redução da massa corporal total, o que facilita na execução dos movimentos e na 
ação da força de flutuação.
 Além disso, elementos como: seleção e estrutura musical, BPM (batidas por 
minuto), ritmo, marcação e tempo são fundamentais nas aulas de hidroginástica. 
Dessa forma, as aulas de hidroginástica podem ser realizadas utilizando determinado 
tempo para executar um exercício, por exemplo, um minuto, ou pode ser realizada 
por meio de frases musicais, por exemplo, 4x8. A frase musical consiste em um trecho 
da música e se relaciona com a melodia. Em geral, para que ocorra sincronia entre a 
música tocada e a coreografia realizada, o início do movimento (bloco coreográfico) é 
realizado juntamente com o início da frase musical (LUCCHESI, 2021). 
 Adicionalmente, outros elementos devem ser levados em consideração para a 
elaboração das aulas de hidroginástica. Por exemplo, o pulso, que é a batida mais forte 
da música, é caracterizado por ser uma marcação regular e uniforme. As oitavas são 
definidas por dois compassos de quatro pulsos e sua utilização contribui na elaboração 
4.2 INTRODUÇÃO À MODALIDADE
 Adicionalmente, a hidroginástica pode ser definida como um conjunto de exercícios 
físicos que objetivam a melhora do condicionamento físico. A modalidade pode ser 
praticada por pessoas com limitações ortopédicas, bem como por atletas de diversas 
modalidades. Além disso, as aulas de hidroginástica são compostas por movimentos 
rítmicos, coreografados ou não. Possui como prioridade utilizar as propriedades físicas 
da água como recurso principal a fim de fornecer ativação muscular das principais 
capacidades físicas (MARQUES; ARAÚJO FILHO, 1999).
Para saber mais sobre o histórico da hidroginástica, acesse o livro “Natação e ati-
vidades aquáticas: subsídios para o ensino”. Disponível na biblioteca virtual em: 
https://bit.ly/3RatzNM. Acesso em: 01 mai. 2022. 
BUSQUE POR MAIS
46
das coreografias. O ritmo indica movimento regulado, que flui, e tem como funções 
determinar a qualidade do movimento, auxiliar na técnica, facilitar e permitir a vivência 
total do movimento (ARTAXO; MONTEIRO, 2008).
 Dentre os elementos específicos que devem ser considerados para a elaboração 
e execução de uma aula eficiente de hidroginástica, Lucchesi (2021) destaca:
 Dissipação do calor: a água é capaz de esfriar o corpo rapidamente, 
aproximadamente quatro vezes mais rápido do que o ar. A perda de calor na água ocorre 
através da: (1) radiação, na qual ocorre por meio da vasodilatação; (2) evaporação, em 
que o suor evapora da pele; (3) condução, referente à transferência de calor para um 
objeto em contato com o corpo; e (4) convecção, transferência de calor por meio da 
movimentação de líquido para áreas cujas temperaturas são diferentes;
 Temperatura da água: a temperatura da água possui impacto direto nas 
respostas fisiológicas do corpo. É recomendado uma temperatura entre 28ºC e 30ºC. 
Temperaturas inferiores a 28ºC são consideradas desconfortáveis, assim como acima 
de 30ºC são mais indicadas para fins terapêuticos; 
 Profundidade da piscina: a profundidade da piscina varia conforme o tipo de 
programa a ser empregado. Mas, de forma geral, recomenda-se uma profundidade 
entre um metro (1 m) e um metro e quarenta centímetros (1,40 m); 
Escadas e barras: geralmente, as piscinas possuem escadas ou rampas com o intuito 
de facilitar a entrada e a saída dos alunos na água. Ao realizar exercícios localizados, 
recomenda-se a utilização das barras destinadas a este fim, ao invés de utilizar as 
bordas da piscina;
 Fundo da piscina: devido aos diversos tipos de materiais utilizados na fabricação 
e revestimento das piscinas, alguns podem oferecer riscos aos alunos. Para evitar esses 
riscos, devem ser utilizados calçados específicos, pois protegem o pé e evitam o atrito 
constante com esses materiais;
 Fatores acústicos: esses fatores estão mais relacionados com a forma em que o 
professor irá ministrar as aulas de hidroginástica. Durante as aulas, os fatores externos, 
como barulhos e conversas entre os próprios alunos, podem interferir.
 Além desses importantes elementos a serem considerados

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