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Ensinador Cristão 15

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Ano 4 - n° 15 - ensinador@cpad.com.br - R$ 4,90
O sue faz ò aluno
Conheça 10 pontos para 
fazer sua classe sentir 
notável interesse 
pelo estudo 
bíblico
ícone da Igreja
Com expressivo número de 
conversões, a ED prova que é um 
^-indispensável agente evangelizador
. ï VtenciiEscola en^jpoliíticiál
Avalie a qualidade do ensino bíblico 
visando ao aspecto quantitativo da ED
Gincana bem dirigida traz 
empenho e motivação para 
Adolescentes
D s p z i s i i i i n a j s i y
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íliidÂM
mailto:ensinador@cpad.com.br
A profundidade * 
e a eloqüência , % 
da Palavra de Dens
D IC IO N Á R IO
VINE
o Sic.NiricADO I XI c;i-1 icy i 
|: X l> O S lT lV O DA S P a ' - A V K A - 
,,o AN.ico.:noN°vo 
1 1 s ; a v , ! M °
Dicionário Vine
WE. Vine, Merril F. Unger,
Willian White, Jr.
Um estudo profundo dos principais 
termos bíblicos de cunho teológico.
Ao longo do livro, mais de 6.000 palavras, 
as mais importantes da Bíblia, são ilustradas 
por passagens da Escritura, comentários, 
referências cruzadas, significados amigos e 
modernos, etimologias precisas, notas históricas 
e informação técnica claramente definida.
A publicação deste volume proporciona maior 
facilidade ao estudo dos significados de palavras 
do Novo e Antigo Testamento àqueles que 
procuram se aprofundar no conhecimento da 
Palavra de Deus, independente de um 
conhecimento prévio nas línguas hebraica e grega
1120 páginas / Formato: 15 x 2 2 ,"Tcm / Capa Dura
Grandes
Sermões do Mundo
Clarence E. Macartney, Editor
Toda a glória e fascínio do púlpito 
cristão surge diante de nós a medida 
que lemos as declarações dos profetas 
de Deus que pregaram as Sagradas 
Escrituras aos homens. Nesta obra de 
sermões, podemos acompanhar todos 
os períodos da pregação cristã, desde 
os dias dos apóstolos até o presente, 
incluindo a eloqüência profética do 
Antigo Testamento. São sermões 
de 25 dos maiores pregadores do 
mundo, incluindo Nosso Senhor Jesus 
Cristo, o profeta Isaías, João 
Crisóstomo, Agostinho,Tomás de 
Aquino, Lutero, Calvino, Jonathan 
Edwards.Wesley, George Wliitefeld, 
Finney, Spurgeon e muitos outros. 
4 1 6 páginas / Formato: 15 x 23cm
Nas livrarias evangélicas ou pelo:
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uantas vezes o professor acaba 
sua aula na Escola Dominical 
efica com aquela sensação de que algo 
não aconteceu conforme o seu planeja­
mento? Embora ele tenha intercedido 
a Deus por seu desempenho em classe 
e por seus alunos, esse professor sente 
que não alcançou o rendimento que 
desejam. Frustrações desse tipo são co­
muns quando o professor não tem vo­
cação para o m agistério cristão e 
tampouco busca um preparo específico 
para lidar com a faixa etária de sua clas­
se. Vencidas essas dificuldades, ainda 
há um rico caminho a trilhar até que 
ele possa dizer; "Meu aluno tem um 
excelente aproveitamento em classe". 
A partir dessas situações, Ensinador 
inicia esta edição apresentando 10 itens 
que poderão tornar sua aula mais pro­
dutiva e dinâmica, resultando em um 
aprendizado efetivo para seus alunos.
Mas, a propósito, onde seus alunos 
querem estar? O pastor norte-ameri­
cano Michael H. Clarensau analisa a 
fundo essa pergunta e fornece pontos 
que devem ser considerados para esta­
belecer uma ED de resultados. E por 
falar em freqüência às aulas domini­
cais, destacamos os folhetos produzi­
dos pela CPAD para despertar os cren­
tes (sim, os já convertidos) a partici­
parem ativamente da Escola em suas 
igrejas. Conheça esse material signifi­
cativo na seção ED em Foco. Certa­
mente o número de membros matricu­
lados na ED vai aumentar.
Nossa Reportagem comprova que 
igrejas por todo o Brasil estão ganhan­
do um número expressivo de vidas para 
Cristo por meio de estratégias criati­
vas promovidas pelos Departamentos 
de ED. Não há dúvida: a Escola Do­
minical é de fa to um indispensável 
agente evangelizador. Confira!
hnperdwel também está a entrevis­
ta com a irmã Ruth Dorris Lemos. Ela 
conversa com a E nsinador acerca de 
inúmeros aspectos do Departamento 
Infanto-Juvenil, abordando inclusive a 
influência da música no processo de 
aprendizagem. Ainda para atender a 
área infantil, pastor Antonío Gilberto 
alerta que o momento de contar histó­
rias para as crianças na classe deve ser 
visto com seriedade e dedicação.
Já para os jovens e adultos, além 
dos subsídios para cada aula do trimes­
tre, o comentarista das Lições Bíblicas, 
pastor Elinahio Renovato, preparou 
um artigo sobre o jejum na vida cristã, 
enfatizando a importância de se ter 
equilíbrio nesta prática, bem como de 
se conhecer os seus exageros.
Outro suporte que tem surtido 
grande efeito em sala de aula é a apli­
cação de dinâmicas de grupo. Temos 
recebido notícias de turmas de ED, por 
todo o país, que ganharam novo fôlego
- os alunos mostraram-se mais inte­
ressados, aumentando o nível de assi­
milação do tema estudado. Isto é resul­
tado do trabalho de professores que ado­
taram as sugestões publicadas em nos­
sa seção Boas Idéias.
Que neste trimestre suas aulas pos­
sam ser referenciais para seus alunos! 
Que eles venham a crescer no conheci­
mento da Verdade, tornando-se pesso­
as cada vez mais entusiasmadas em ter 
uma vida na presença do Serthor. Por­
tanto, continue se esforçando e lembre 
que a semente plantada em terra fértil 
a seu tempo germinará.
Que a bênção de Deus esteja sobre 
sua vida!
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O F t I S T A O
A n o 4 - n " 15 - j u l-a g o -s e t/ 2 0 0 3
Presidente da Convenção Geral
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b ro d e 1999, ed itad a p e la C asa P u b licad ora d as A ssem b léias d e D eu s.
C o r re s p o n d ê n c ia p a ra p u b lic a ç ã o d e v e s e r e n d e r e ç a d a a o D e ­
p a r ta m e n to d e Jo rn a lis m o . A s r e m e s s a s d e v a lo r (p a g a m e n to 
d e a s s in a tu ra , p u b lic id a d e e tc .) e x c lu s iv a m e n te à C P A D . A d i­
r e ç ã o é r e s p o n s á v e l p e r a n te a L e i p o r to d a m a té r ia p u b lic a d a . 
P e r a n te a ig re ja , o s a r t ig o s a s s in a d o s s ã o d e r e s p o n s a b il id a d e 
d e s e u s a u to re s , n ã o re p re s e n ta n d o n e c e s s a r ia m e n te a o p in iã o 
d a rev is ta . A s s e g u r a -s e a p u b lic a ç ã o , a p e n a s , d a s c o la b o ra ç õ e s 
s o lic ita d a s . O m e s m o p r in c íp io v a le p a r a a n ú n c io s .
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Artigos
06 O que faz o aluno aprender? 
14 Evite os exageros 
27 "A resposta está... certa!"
30 Onde querem estar?
44 Problemas? Livre-se deles! 
48 Escola em potencial
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Lições Bíblicas
36 Subsídios para
Aprendendo diariamente com Cristo
Seções
05 Espaço do Leitor
10 ED em Foco
11 Conversa Franca
17 Exemplo de Mestre
18 Antonio Gilberto 
22 Reportagem
29 Sala de Leitura 
33 Boas Idéias 
46 Em evidência
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cresce mais 
■li m il por cento
A Ensinador Cristão chegou em 
minhas mãos no momento mais 
difícil que enfrentei na direção da 
ED. Quando assumi a superinten­
dência, havia no máximo cinco 
alunos. Eu tinha muitas idéias e 
planos para melhorar o departa­
mento, porém sentia dificuldades 
por não ser bem compreendido. 
Com isso, a Escola ia de mal a pior. 
Foi, então, que chegou a 
Ensinador com sua criatividade e 
instruções para o crescimento de 
uma ED. Reuni toda a direção da 
Escola e apresentei a revista. 
Graças a Deus, com a ajuda da 
Ensinador e com algumas idéias
/ i i i í i i á t í n h í r n a ü a n r t c c a I'
em Alto do Mateus cresceu mais 
de mil por cento! Começamos com 
cinco alunos, agora já temos 67, 
com todas as classes formadas! 
Glórias a Deus!
Ivan Carlos da Silva Bandeira 
João Pessoa (PB)
Estratég ias do Discipulado
Estando preocupado com a ED e 
com a classe de Discipulado, fui a 
uma livraria e lá dei de frente com a 
Ensinador Cristão. Que tremendo! 
Achei as respostas para as minhas 
dúvidas e as soluções para os meus 
problemas na ED. O interessante é 
que a capa da edição 13 veio com o 
tema Estratégias do Discipulado, 
exatamente sobre as dúvidas que eu 
tinha. Obrigado Jesus por comuni­
car às necessidades dos santos 
através dessa revista!
Rivelino losédos Santos
por cmail, São José dos Campos (SP)
Superintendência qualificada
Apreciei muito o artigo Superinten­
dência qualificada (Ensinador Cristão 
nu 12). Achei a pauta muito necessá­
ria e digna de ser observada por 
todas as igrejas quando da eleição 
de seu corpo docente. Se o superin­
tendente não possui todos os 
quesitos para uma boa liderança, 
então que procure se aperfeiçoar. Eu 
estou fazendo isso também, pois 
sou o 2” superintendente da Escola 
Dominical na igreja onde congrego. 
A ED precisa e merece esse esforço.
joel Batista de Sousa 
Nova Londrina (PR)
Fruto que perm anece
Tenho 24 anos e sou professor da 
ED na igreja onde congrego. Lendo 
a Ensinador Cristão n° 8 aprendi 
sobre como devo me portar na 
Escola, sobre ética cristã e muito 
mais.
Jerônimo Simões Maciel 
Aurora (CE)
M etodologia e ficaz
Desde que tomei conhecimento da 
Ensinador Cristão, o meu sistema 
de ensino tem disponibilizado de 
uma nova metodologia. Como 
conseqüência, os jovens da igreja 
vêm despertando para o desejo de 
aprender mais e mais, tendo como 
ponto de partida a Escola Domini­
cal. Aproveito para perguntar como 
posso adquirir as edições anteriores 
dessa revista?
Geazi Inácio dos Santos 
Natal (RN)
Ensinador responde
Prezado leitor, para adqu irir edições 
antigas de qualquer um dos periódicos 
produzidos pela CPAD, basfa ligar pura 
21-240b .7 416'/J 418.
Tem po oportuno
Comunique-se com a Ensinador Cristão
P o r c a r t a : Av. Brasil, 34.401, Bangu - 21852-000, Rio de Janeiro/RJ 
P o r fa x : 21 -2406 .7370 
P o r e m a i l : en sin ad or@ cp ad .com .b r 
Seca. afeieu ão. è ü K pan taêttc pcvitn vtá&! 
Devido às limitações de espaço, as cartas serão 
selecionadas e transcritas na íntegra ou em trechos 
considerados mais significativos. Serão publicadas as 
correspondências assinadas e que contenham nome e 
endereço completos e legíveis. No caso de uso de fax 
ou e*mail, só serão publicadas as cartas que informa­
rem também a cidade e o Estado onde o leitor reside.
mailto:ensinador@cpad.com.br
Levi Barbosa Libarino
O ALUNO APRENDE...
10% do que ouve;
30% do que vê;
50% do que vê e ouve;
70% do que vê, ouve e diz;
90% do que vê, ouve, diz e faz.
O aluno deve participar intensa­
mente da aula. A criação de ativida­
des para serem desenvolvidas em clas­
se constitui-se em uma das maneiras 
para se conseguir isso. Essas ativida­
des devem ser previamente planeja­
das e sabiamente coordenadas. A tur­
ma deve entender bem o que é para 
ser feito, e o professor deve atuar 
como um supervisor. Os alunos po­
dem trabalhar individualmente ou em 
grupos. Atividades em conjunto são 
preferidas, pois estimulam a partici­
pação, criam espírito de grupo e pro­
movem interação.
D ar uma aula, seja de que m atéria for, é algo que necessita, em prim eiro lugar, de vocação; e, em 
segundo, de um bom preparo. Abai­
xo, discorremos sobre dez itens que 
poderão tornar sua aula mais produ­
tiva e dinâmica.
1)Aum entar a 
partic ipação do aluno
Os alunos estarão m ais m otiva­
dos quando lhes for dada a oportu­
nidade de investir no que está ocor­
rendo. Quando uma pessoa investe 
algo de si, terá m aior interesse no 
resultado do projeto. Quanto m ais o 
ensino se aproxima de experiências 
reais e sim uladas, m ais o aluno se 
envolverá em sua própria aprendi­
zagem. Observe o quadro abaixo:
Critérios para decidir que 
atividades devem ser utilizadas:
a) A atividade deve envolver to­
dos os alunos de m aneira dinâm ica;
b) D eve ser uma ativ idade em 
que o professor tenha confiança;
c) Deve estim ular a criatividade 
por parte dos alunos;
d) Não deve ser tão conhecida a 
ponto de cansar os alunos;
e) Se for nova, os alunos devem 
ter oportunidade de experim entá-la;
f) Deve haver opções de ativida­
des para que os alunos possam deci­
dir entre elas;
g) Deve contribuir para a com u­
nicação dos conceitos-chaves;
h) Deve levar o aluno a procurar 
respostas, declarar conclusões e ex­
pressar reações;
i) Deve ser apropriada à idade e 
habilidade dos alunos.
O professor terá que consultar ma­
nuais de mestre e periódicos especi­
alizados em Educação para ter acesso 
a inúmeras atividades que podem ser 
aplicadas em classe. Além disso, é in­
dicado que ele freqüente encontros de 
treinamento docente, conte com a pró­
pria vivência e troque informações e 
experiências com outros professores.
2) U tilização de variados 
m étodos
O método é a m aneira que a lição 
será ensinada. Ele é o cam inho u tili­
zado para se alcançar os objetivos 
traçados. O professor deve pergun­
tar-se: "C om o transm itirei a idéia
principal desta lição, a fim de alcan­
çar os objetivos determ inados?" O 
m étodo serv irá de p onte entre a 
idéia principal e o objetivo.
IDEIA PRINCIPAL
M ETODO
OBJETIVO
Para o êxito dos m étodos de en­
sino em sala de aula, o professor 
deve observar cinco pontos, a saber:
a) O método precisa ser adequa­
do à faixa etária do grupo;
b) Uso de vários m étodos com bi­
nados, por lição;
c) O método deve ser com patível 
com o número de alunos;
d) Não deve ser usado dem asia­
damente um único m étodo;
e) Reunir com antecedência todo 
o m aterial necessário.
3) Trabalhar com temas 
voltados às necessidades 
dos alunos
Tive uma experiência al 
guns anos atrás na classe de 
senhoras da ED. A profes­
sora me pediu auxílio , 
pois estava com dificul­
dade para ensinar as ir­
mãs sobre os simbolismos 
das vestes sacerdotais. Fui 
na m inha casa, consegui 
uma figura do sacerdotee 
suas vestes, e então, expliquei 
seus significados. Porém, após
Dez pontos para fazer 
sua classe sentir 
notável interesse pelo 
estudo bíblico
£ E u l c & s c
L'á SéNf
i c . v ^ i L S i t c e 
5 i 5 . s t a f l t e 
Ü.UrL*tc UC
i : c s . s e i -
( W L
L c -C L C "
Í r - \
toda a explana­
ção, fiqu ei me 
y p e r g u n t a n d o 
qual seria a utili­
dade prática da­
quela lição para as 
irmãs.
É in d iscu tív e l que o co n h e c i­
m ento deve ser visto com o algo in ­
dispensável. A questão, no en tan ­
to, é trazer o conhecim ento para a 
realidade p rática do cotid iano do 
aluno.
Ao longo dos anos, é isso que 
estamos- fazendo, ensinando currí­
culo e não alunos. Jesus sem pre b a­
seou seus ensinos em situações, pes­
soas ou relacionam entos que faziam 
parte do contexto da vida diária de 
seus ouvintes. Seus ensinos falam 
do sem eador, do pastor de ovelhas, 
do edificador de casas, do pai de fa­
m ília etc.
Precisamos conhecer as necessida­
des dos nossos alunos e trabalhar den­
tro delas, mesmo que seja preciso ade­
quar o currículo à realidade da classe.
Como selecionar temas:
a) Pode-se fazer uma pesquisa de 
necessidades entre o próprio grupo;
b) Os professores e líderes p o­
dem sugerir, a p artir do con h eci­
m ento que p ossu em dos gru p os, 
uma lista de necessidades;
c) Levantar uma outra lista a par­
tir dos tem as m ais em ergentes no 
meio evangélico.
Uma vez feita a seleção, o pro­
fessor deve reunir o m áxim o de m a­
terial que venha satisfazer tais ne­
cessidades curriculares.
4) Criar 
polêm ica
A p olêm i­
ca só deverá 
ser u tilizad a 
quando se tem 
b a s ta n te c o ­
n h e c im e n t o 
do assunto a ser 
tratado.
Os objetivos da polêmica são levar 
o aluno a raciocinar e não ficar depen­
dente de respostas do professor; criar 
um clima de participação maior entre 
todos os integrantes da classe; dar 
oportunidade a todos para expressa­
rem suas idéias; fortalecer as convic­
ções pessoais; e desenvolver a capaci­
dade de argumentação para a defesa 
da fé.
Toda a Teologia, que é a base de 
nossa crença, foi estruturada a partir 
da necessidade de se defender a fé cris­
tã das argumentações heréticas. A ne­
cessidade de combatê-las gerou o có­
digo doutrinário do cristianismo.
Perigos no uso da polêmica:
a) Criar choques pessoais;
b) Não conseguir dissipar todas as 
dúvidas, dando origem a mais problemas;
c) Não conseguir controlar os ânimos;
d) Assustar os alunos de tempera­
mento mais calmo e tranqüilo.
Por isso, a polêmica deve ser bem 
elaborada e precisa ser bem conduzida. 
Para quem nunca usou essa técnica, 
aconselha-se que crie polêmicas mais 
simples, que não exijam um profundo 
conhecimento teológico ou ético.
5) Conhecer bem o assunto
Esta é a lei do professor: "O profes­
sor precisa conhecer aquilo que vai en­
sinar". Muitas vezes as pessoas acham 
mais fácil ensinar diante de uma classe 
do que aprender em um banco de sala 
de aula. Ninguém nasce sabendo, con­
tudo qualquer pessoa pode aprender de 
tudo. Se a pessoa não tem o desejo de 
aprender, nunca será um bom profes­
sor. Estará fadada ao fracasso.
Nossos conhecimentos precisam ser 
atualizados. Precisamos constantemen­
te reaprender, e ensinar sempre de 
maneira renovada, contextualizada. 
Muitos que chegam à posição de pro­
fessores acham que não precisam mais 
aprender, ou acreditam que por terem 
feito um curso já sabem tudo. A vida é 
um constante aprender, e os bons pro­
fessores serão sempre bons alunos.
Um professor jamais poderá ir dian­
te da classe para ensinar se não conhe­
ce bem o assunto. Ele transmitirá inse­
gurança ou poderá fazer afirmações er­
radas para não demonstrar sua falta de 
conhecimento. Tal atitude provoca uma 
distorção da verdade bíblica e causa 
graves males ao Corpo de Cristo.
6) Elaborar visuais
Uma aula sem a utilização de recur­
sos audiovisuais será um aula monó­
tona. Sempre que possível, deve-se uti­
lizar esses recursos. Desde a utilização 
de um quadro-de-giz até um videocas­
sete, os visuais ajudam a memorização 
dos princípios ensinados.
Os visuais auxiliam a mente a gra­
var os ensinamentos com mais facili­
dade. Devem ser adaptados à cada fai­
xa etária e explorados sem medo, com 
entendimento e eficiência.
7) Tornar a aula espiritual
Nunca podem os esquecer que a 
Escola Dominical é bíblica. Ensinamos 
a Bíblia e esperamos mudanças intelec­
tuais, sociais e também espirituais em 
nossos alunos. Cada aula deve tocar 
espiritualmente os alunos, desafiando- 
os a mudanças. De igual modo, a aula 
deve encorajá-los a aceitarem os desa­
fios da fé cristã.
Toda aula deve terminar trazendo 
uma aplicação prática possível de ser 
executada. Essa aplicação deve ser um 
apelo espiritual, um convite a mudan­
ças. Se sua aula não for espirifual com 
certeza não produzirá as transforma­
ções esperadas em seus ouvintes. O 
professor precisa, para ministrar uma 
aula espiritual, ser uma pe*w a espiri­
tual. Alguém que ore por seu~ alunos,
que ame a Palavra de Deus e que se 
esforce para ser um bom exemplo.
8) Conhecer o grupo e 
suas características
Precisamos conhecer, e bem, nos­
sos alunos se quisermos ter sucesso 
em nosso ministério de ensino. Cada 
fase da vida apresenta características 
diferentes, tais como necessidades de 
proteção, de auto-afirmação, de com­
panheirismo etc. O ser humano sem­
pre enfrentará essas fases com suas 
devidas necessidades e precisam os 
estar preparados para atendê-las. 
Não podem os lecionar de m aneira 
correta se não soubermos quais as ca­
racterísticas comuns ao grupo que en­
sinamos.
Cada professor deve estudar com 
cuidado e atenção as necessidades e 
características típicas da faixa etária 
que ensina.
9) Trazer informações 
atualizadas
O professor precisa manter-se atu­
alizado. Suas aulas devem ser contex- 
tualizadas. Para que isso seja possível, 
ele precisa estar sempre em dia com os 
acontecimentos do mundo e também 
com as coisas que acontecem com seus 
alunos. É imperativo conhecermos o 
mundo em que vivemos e confrontá- 
lo com as Sagradas Escrituras.
Para estar em dia com a atualidade 
é necessário que o professor tome al­
gumas atitudes:
a) Leia livros, jornais, revistas etc.
b) Freqüente, sempre que possível, 
cursos de atualização e seminários;
c) Seja um freqüentador de biblio­
tecas;
d) Assista a programas educativos.
10) A sala de aula não é tudo
A partir do momento que conside­
rarmos que a fé cristã tem como teor 
central a posse da vida de Deus, ire­
mos entender que a Educação Cristã 
deve ser concentrada na pessoa como 
um todo. Isso implica no fato que ensi­
nar não é meramente transferir infor­
mações, fazendo contato com a mente 
das pessoas, mas comunicar fé como 
vida. Assim sendo, temos que estabe­
lecer um contato com as pessoas, fazen­
do-as crescer na vida de fé.
Se nos determos nessa análise, fica­
remos impressionados com a maneira de 
uma criança aprender cultura e língua, 
crescendo pela orientação dos que estão 
ao seu redor, totalmente independente 
de um ambiente formal de sala de aula.
A fé deve ser transmitida não so­
mente em situações artificiais, mas em 
situações reais, onde afeto, interesse, 
motivação, percepção e comportamen­
to estão unidos. Nisso, estão incluídos 
todos os aspectos da personalidade, 
tais como capacidade, conhecimento, 
motivação, consciência e sentimentos.
O ambiente social desempenha um 
papel direto na formação da persona­
lidade. A instrução pessoal tem, sem 
dúvida, sua importância, porém a ob­
servação de outros tem um impacto 
muito forte sobre o comportamento. O 
desafio de querer ser como alguma 
outra pessoa molda mais o comporta­
mento do que a força ou recompensas. 
A criança que vive com seus pais cres­
ce na cultura deles e se toma como eles. 
Já maior, outros modelos surgem, com 
os quais ela se identifica e pelos quais 
forma sua própria personalidade e dita 
seu próprio comportamento.
Pesquisas mostram que também 
para os adultos é importante a obser­
vação de âncorassociais para aprimo­
ramento da personalidade e compor­
tamento. É essencial, ainda, que não so­
mente indivíduos sirvam de modelo, 
mas toda a 
comunida­
de cristã.A 
existência 
de m od e­
los m ú lti­
plos é fun­
dam ental.
P ara que 
isso seja pos­
sível é necessá­
rio que entre a pes­
soa e a comunidade-modelo haja:
a) Contato freqüente e demorado;
b) R elacionam ento agradável e 
gentil;
c) Observação em muitos ambien­
tes e situações da vida;
d) Consistência e clareza no com­
portamento;
e) Correspondência entre o compor­
tamento e as convicções da comunidade;
f) O estilo de vida do modelo precisa 
ser explicado por conceitos, com experi­
ências acompanhadas de orientações.
Para que a Palavra de Deus conquis­
te nosso coração e seja aplicada com efi­
ciência, produzindo transformação de 
vida, precisamos ter um relacionamen­
to mais estreito com o professor. Preci­
samos conhecer bem o professor, ter 
acesso aos seus sentimentos, seus valo­
res, suas atitudes e suas maneiras de 
reagir à vida. Precisamos estar com o 
professor fora do ambiente formal de 
ensino. O professor precisa ser uma pes­
soa que vive sua fé, e reflete em sua per­
sonalidade o significado das verdades 
que a Escritura comunica em palavras.
Para a Educação adequada é neces­
sário também compreender que cada 
um de nós precisa de muitos professo­
res. É preciso entender que o Corpo de 
Cristo como um todo e os membros 
desse Corpo individualmente contri­
buirão para o crescimento e aperfeiço­
amento de cada pessoa.
Levi Barbosa Libarino é vice-líder da • 
AD do Ferreira, São Paulo (SP), diretor 
do Centro de Treinamento Teológico 
Palavra da Fé e professor de Teologia, 
Liderança e Educação Cristã.
l“G S V IsiBSfis S.LLÍ 
LtHMlÜS a U Lt~ 
•BtSfoíEAlUMl
ÜM12 Lo l/G-OS 
com ôLiUHiáyjj
vM í c l Cè-l l c L;
Por N oem i Vieira
Você vai à
Escola Dominical?
CPAD produz folhetos para despertar 
os crentes a freqüentarem a ED
£ ______
alvez você seja daqueles 
crentes que, aos domingos, 
só vem à igreja à noite. 
Quem sabe, usa o horário 
da m anhã para dorm ir um pouco 
mais, cuidar de afazeres domésticos, 
fazer a feira, ir ao supermercado, ao 
shopping, fazer uma obra em casa etc. 
Mas saiba que é aos domingos de ma­
nhã que acontece em sua igreja um dos 
mais importantes momentos para a 
sua vida espiritual".
Interessante, esse texto? Ele é só a 
introdução do que está impresso em 
um folheto de incentivo à freqüência 
na Escola Dominical, publicado pela 
CPAD. A iniciativa foi do departamen­
to de E d u cação C ristã da C asa 
Publicadora no intuito de conscienti­
zar os crentes da necessidade de ir às 
aulas dominicais. Em outras palavras, 
despertar aqueles que "dorm em " no 
domingo pela manhã.
São dois modelos de folheto. Em 
um deles o texto é mais pragmático, 
conciso e divide em tópicos as 10 ra­
zões para tornar em hábito a partici­
pação do cristão na ED. Uma das ra­
zões? Veja: "Porque você adquire qua­
lidade bíblica e espiritual permanen­
te, pois é a Escola Dominical que de­
termina a qualidade e o nível espiri­
tual da igreja local, e não os outros de­
partamentos como a união de moci­
dade e de mulheres, por mais excelen­
tes que eles sejam ". Mais uma? "Por­
que você tem necessidade do genuíno 
e sadio alim ento espiritual que só 
pode ser obtido pelo estudo claro, 
metódico, continuado e progressivo
da Palavra de Deus, ensinado na Es­
cola Dominical". Ainda há oito razões 
que se seguem, enfatizando o valor de 
aprender os ensinam entos bíblicos 
nessa Escola.
O professor e pedagogo Marcos 
Tuler, chefe do Departamento de Edu­
cação Cristã, prega que é "inadm issí­
vel existir membros na igreja que não 
sejam matriculados na ED. A Escola é 
a essência da igreja. Quando se fala em 
ED, se fala em igreja. E uma coisa só", 
argumenta o autor dos folhetos.
Cada crente, um aluno
Junto dos folhetos também há um 
livreto que lançou a campanha Todos 
na Escola Dominical. "A idéia é cada 
cren te , um a lu n o ", diz p ro fesso r 
Tuler, explicando que "h á alguns 
anos era com um o 
número de ma­
tr ic u la d o s da 
ED ser m aio r 
que o de m em­
bros. Isso p o r­
que as pessoas 
que não eram 
b a tiz a d a s tam ­
bém freq ü en ta ­
vam a ED. Atual­
m ente não é as­
sim que acontece 
na m aio ria 
das igrejas.
Os folhetos 
são uma op­
ção para m u­
dar esse quadro.
m ESC O LA 
%, ífCllt*'*
Eles podem ser distribuídos nos cul­
tos de domingo à noite, que concen­
tram todo tipo de congregado".
No livreto tam bém há inform a­
ções de como fazer uma campanha 
pró-Escola Dominical. No caso da AD 
em Camboatá, Rio de Janeiro, onde 
Tuler é superintendente da ED, a Es­
cola obteve um crescimento signifi­
cativo depois da campanha Todos na 
Escola Dominical. O número de matri­
culados hoje é bem maior que o de 
membros, e cerca de 80% desses são 
alunos da ED.
Entre as sugestões do livreto, está 
a de se confeccionar adesivos para os 
alunos colarem nas roupas divulgan­
do a ED. O adesivo consiste na frase 
"Eu (um desenho de coração para sig­
nificar a palavra amo) a Escola Domi­
nical". Segundo Tuler, em sua igreja 
essa idéia fez com que muitos irmãos 
procurassem a ED.
EU
& o *tw tà < z 'P r a tic a ,
Por Andreia Di Mare
nF <zx n ^r» ^I V v ^ r “ Y V r" -> . .valores da igreja^
y
Ruth Dorris Lemos, que por 
seu conhecimento e humildade 
é referencial na área de ensino, 
apresenta soluções viáveis 
para problemas enfrentados 
pelo Departamento Infanto- 
Juvenil das EDs
aturai de Barron, W isconsin, norte dos EUA, 
m issionária Ruth D orris Lem os tornou-se um 
ícone da Educação C ristã . Ela e seu esposo, 
p astor João K olend a, fund aram , em 1958, o 
Institu to B íblico das A ssem bléias de D eus, em Pindam onhan- 
gaba (SP). O prestígio do Ibad é fruto de m ais de 40 anos de 
ativ idades regadas com m uita dedicação e seriedade destes ser­
m os de Deus.
A tualm ente, irm ã D orris leciona as seguintes 
d iscip lin as: H erm enêutica, Exegese de 1 
Pedro, H istória de M issões, M issiolo- 
gia, P rincíp ios e Práticas de M issões, 
P ano ram a de M issõ e s, H arm on ia 
M usical I e II, A pologética, Jo rn a­
lism o, Sociologia de M issões e Trei­
nam ento de G rupos M usicais.
Com toda sua bagagem cultural 
e experiência na área de Educação, 
não é raro encontrar irmã Dorris 
Lemos palestrando em conferên­
cias, retiros, estudos bíblicos etc. 
Ela marcou presença também no 
I o C ongresso de Ed ucação e 
E vangelização Infanto-Ju ve- 
n il, p rom ovido pela CPAD 
este ano, em Belo Horizon- 
, te. Na ocasião, os sem inári-
__________Sttedrtada-t' [ 1
cam inho da salvação. A criança pode 
entender o passo de am itar Jesus como 
Salvador. Ela deve ser evangelizada, 
encorajada na sua fé , para que cresça 
am ando e serv in do Jesu s. Se con se­
gu irm os ganhar as crianças e criá-las 
na igreja, evitarem os m uitos estragos 
em suas vidas.
■ Como promover uma adaptação 
saudável com a criança ou adoles­
cente que começa a freqüentar a 
ED no meio do trimestre?
to. O que a igreja deve fazer para 
ajudá-la na form ação do seu ca­
ráter?
O p ro fessor deve orar m uito sobre 
este problem a, e depois agir. Ele deve 
en tregar àquele aluno algum a respon­
sab ilid ad e na hora da aula. Essa c r i­
ança pode au x iliá -lo a co locar as f i ­
g u ra s de f l a n e ló g r a fo , m a n e ja r o 
retroprojetor, d istribu ir trabalhos etc.
O professor pode até inventar a lg u ­
ma coisa para a crian ça fa z er , caso 
to rn e-se ag itad a . E le d eve tam bém 
fa z e r qu estão de v isitar o lar do seu 
alu n o para ver de p erto a s itu ação 
desse lar e procu rar a ju dar naquilo 
que fo r p oss ív e l. O p ro fesso r deve, 
ainda, fa la r com algum as pessoas, in ­
clu siv e líderes na igreja, para sem pre 
cum prim entarem o aluno e expressar 
a sa tisfação de tê-lo na igreja , além 
de pergu n tar sobre a fa m ília e tratá- 
lo com carinho e d ign idade.
“Crianças 
gostam muito 
de cantar, mas 
devemser
os que abordaram o papel da igreja 
na form ação do caráter, social e es­
piritual da criança, e o culto infantil 
estiveram sob sua responsabilidade.
Em nossa Conversa Franca, irm ã 
D orris trata de questões sérias da 
E D , m o stra n d o que é p o s s ív e l 
resolvê-las com sucesso.
B Ainda há no Brasil professores 
que lecionam na ED apenas com 
amor, ou seja, lhes falta preparo 
técnico-pedagógico. Como a igre­
ja pode co n to rn a r esse q uadro , 
considerando dificuldades como 
falta de verbas e ausência de bons 
cursos em algumas regiões?
A través do departam ento da ED, a 
igreja deveria oferecer cursos de trei­
nam ento para os novos professores e 
candidatos a professores. Estes cursos 
devem ter a duração de uma a duas se­
m anas e ser oferecidos duas vezes por 
ano, em datas e horários convenientes 
para o grupo. Devem oferecer 12 ho­
ras de ensino, sendo nove horas de en ­
sino bíb lico e três de preparação d idá­
tica e m etodológica. As aulas devem 
ser div ididas em seis grupos de pro­
fessores - para adu ltos, joven s casais, 
joven s solteiros de 18 a 30 anos, ado­
lescen tes, ju n iores, e crianças a lfabe­
tizadas e na fa ix a pré-escolar. Se não 
houver pessoal capacitado para lec io ­
nar cada grupo, deve-se reduzir o nú­
mero de grupos. P ode-se tam bém f o r ­
n ecer a cada novo m estre um curso 
bíblico por correspondência.
■ O professor das classes infan­
tis, ao mesmo tempo que ensina, 
prepara o coração da criança para, 
quando crescida, fazer sua decisão 
por Cristo. Que habilidade o pro­
fessor deve desenvolver para não 
fracassar nesse propósito?
A lém de orar e se esforçar, o pro­
fe s so r deve direcionar cada lição para 
que, em algum as áreas do terna trata­
do, a necessidade espiritual de cada ser 
hum ano venha a ser apresentada, seja 
e le a d u lto ou c r ia n ç a . N ão p erca 
chances de apresen tar c laram en te o
“Crianças 
gostam muito 
de cantar, mas 
devem ser 
escolhidos 
hinos que 
tenham 
mensagens que 
transm itam 
verdades 
bíblicas”
O professor deve fa z er o novo m em ­
bro da classe sen tir-se bem acolhido. 
Pode ser fe ita uma fa ix a com os d ize­
res " bem -v in do" com o nom e do novo 
aluno. Os seus colegas podem lhe dar 
um abraço e os adolescentes um ap er­
to de mão e uma palavra de cord ia li­
dade. O professor deve expressar sua 
satisfação por ter a presença do novo 
aluno e in form ar os assuntos que f o ­
ram estudados nas últim as aulas.
Na ED, uma criança que vem 
de um lar desajustado pode apre­
sentar desvios de com portam en-
■ Em sua opinião, qual a m aior 
dificuldade que os professores da 
área infanto-juvenil têm atraves­
sado para apresentarem um ensi­
no de qualidade na ED?
Talvez a fa lta de bom m aterial d i­
d á t ico , i lu s tr a t iv o , e eq u ip a m en to 
adequ ado para tran sm iti-lo . M uitos 
professores, p ossiv elm en te por n eg li­
gência no preparo da lição, talvez por 
carên cia d idática ou até d espreparo 
técn ico, não dão au las de boa qu a li­
dade. O p ro fessor deve ser qu a lifica ­
do para o ensino, bem com o treinado 
no uso de equ ipam en tos que devem 
ex istir em todas as salas de au la da 
ED, tais com o fla n e ló g ra fo , v ideopro- 
je to r , r e tro p ro je to r , q u a d ro -d e-g iz , 
m esas e cadeiras apropriadas para a 
fa ix a etária, e um m ural ou tábua para 
boletins. Para os pequ en os: lápis de 
cor, quadros d iversos, objetos úteis ao 
ensino etc. Talvez alguns destes a r t i­
gos não seriam possíveis para a lg u ­
mas ig rejas ad qu irirem , mas c e r ta ­
m en te as ig reja s m aiores p oderiam 
com prar aos p ou cos e m on tar boas 
salas de au la. Há outros equ ipam en ­
tos mais sofisticados que ajudam mui-
m £*í&ituie&ar '
to na apresen tação de uma au la e de­
vem ser fo rn ec id os pela ED e a igre­
ja . Uma rev ista da respectiva fa ix a 
etá r ia d eve ser dada a cada a lu n o , 
com prada com o d inheiro das o fertas 
receb id as na ED e su b s id iad a p ela 
igreja, se fo r necessário.
■ O que não pode faltar para o 
êxito de um D epartam ento Infan­
til de ED?
Uma boa d epartam en talização, or­
gan izada com um su perv isor ; p ro fes­
sores e au x iliares preparados, e sp ir i­
tuais, en tu siastas; um lugar arejado, 
lim po e adequado para todos os a lu ­
nos sen tarem -se em cadeiras de tam a­
nho adequ ado; m aterial e equ ipam en ­
to d idático n ecessário para uma boa 
apresen tação da lição ; e uma revista 
da ED (nas classes já a lfabetizadas) 
na mão de cada aluno.
■ Q uando as crianças saem para 
as ru as a e v a n g e liz a r , p o d e -se 
p e rc e b e r o q u an to se e sfo rçam 
para abordar todas as pessoas que 
estão cam inhando. A que se deve 
essa reação?
As pessoas são propensas a rece­
ber das m ãos de uma criança uma li­
teratura ou palavra que elas não a ce i­
tariam de um adulto. É d ifíc il achar 
alguém que não adm ire estes p equ e­
ninos. A s crian ças são evan gelistas 
en tu siastas e não sentem vergonha de 
fa la r de Jesu s. E las gostam de p arti­
cipar do evan gelism o nas ruas e de­
vem ser en cora jadas a isso sob a su ­
perv isão de adultos.
B As ig r e ja s têm a p r o v e i ta d o 
todo o potencial que as crianças, 
adolescentes e jovens têm para a 
obra do Senhor?
N ão! Isto é um g ran d e erro que 
as ig rejas com etem . Temos m ilhões 
de cr ian ças e jo v en s em n ossas ig re­
ja s , m as com o estam os ap rov eitan d o 
esta v a liosa m u ltidão de so ld ad os na 
bata lha con tra o in im igo e no e s fo r ­
ço p a ra c o n q u is ta r o m u n do para 
C risto? M u itas v ezes são tra tad os
com o in fer io res , ir resp on sáv eis , in ­
d ign os de con fian ça , c r it ic a d os , ig ­
n orados e não lhes é dada a o p o r tu ­
n id ad e de d esen v o lv erem suas h a b i­
lid ad es , ta len tos para traba lh ar e l i ­
derar. Uma vez d esp ertad os e d esa ­
f ia d o s , estes g ru p os são a lgu n s dos 
m ais esforçad os "obreiros" para orar, 
te s tem u n h a r e g a n h a r a lm as p ara 
Jesu s. N ão su foq u e -o s! D ê-lh es uma 
ch an ce e veja que eles são p rec iosos 
valores da igreja .
F otos : M u lle r A n d erson
I Muitas vezes, o aluno não quer 
passar para sua nova classe quan­
do chega o período de m udança 
de faixa etária. Como o professor 
deve agir nesses casos?
O professor deve fa z e r uma p equ e­
na cerim ônia de gradu ação na hora da 
aula se a própria E scola não a fa z . O 
p ro fessor de onde ele está saindo deve 
com bin ar com o novo p ro fessor para 
que ele venha buscar os "grad u an d os" 
ju n to com os m em bros da nova c la s ­
se, para que eles dêem um bem -vindo 
caloroso ao novo aluno, e ofereçam um 
pequeno presen te da nova turma.
I As cr ia n ça s são esp o n tân eas 
quan d o lo u v am , oram etc. Elas 
têm consciência de que estão ado­
rando a Deus?
Esta pergu n ta só D eus sabe a res­
posta . E le con hece os corações. C ri­
anças im itam os adu ltos e na sua in o­
cên cia cop iam o que os p a is , líderes 
e ou tros ao redor faz em . P orém , já vi 
m u itas v ezes c r ia n ça s oran d o com 
fe r v o r e choran do en qu an to oravam . 
C reio que há m uito lou vor sin cero. 
Já vi m uitas cr ian ças , a in da p eq u e­
nas, receberem o batism o no E sp ír i­
to Santo.
M Como associar M issões à ED, 
sem com prom eter o ensino siste­
m ático das lições bíblicas?
A Ig re ja de C risto é M issão ! É 
ev an g elização ! N ão será p o ss ív e l en ­
sin ar a P alavra de D eus sem co n sc i­
en tiza r as crian ças e jo v en s de que 
cada cren te é uma testem u n ha de J e ­
sus - ou com a vida ou com as p a la ­
vras. E n corajem os nossos a lu n os no 
fim de cada lição a fa la r em de Jesu s 
para alguém du ran te a sem ana. D is­
tr ib u ir fo lh e to s e con v id ar p essoas 
para a igreja deveriam ser as coisas 
m ais n atu raispara o a lu n o da ED. 
L ições tiradas de P au lo apresen tam 
excelen tes op ortu n idades de fa la r so ­
bre os lu gares, pa íses e ig rejas l ig a ­
das às suas cartas, e com o estes p r e ­
cisam receber a m ensagem de Jesu s 
em nossos d ias.
H Qual a influência que a m ú si­
ca exerce no processo de aprendi­
zagem ?
A m úsica alegra e abençoa o cora­
ção! C rianças gostam m uito de can ­
tar, mas devem ser esco lh idos hinos 
que tenham m ensagens que tran sm i­
tam verdades b íb licas. C orinhos com 
g estos e pa lavras que apelam ao cora­
ção in fa n til devem ser u sados. Há 
c o r in h o s b a s e a d o s em h is t ó r ia s 
bíb licas que ao serem cantados podem 
f ix a r m elhor estas h istórias na m ente 
da crian ça do que qu an do som en te 
fa lad as ,
& K túuuòyt' m
Por E linaldo R enovato
Evite os Esclarecimen
A s vezes, a oração não é su­ficiente para nos colocar­mos em posição de vencer as dificuldades da vida. 
Precisamos de algo mais, de um refor­
ço à oração. Este pode ser obtido atra­
vés da leitura da Bíblia, a gloriosa Pa­
lavra de Deus; podemos louvar ao Se­
nhor, e obtermos energias para a luta. 
Mas vemos na Bíblia que homens e 
mulheres de Deus, ao longo do tempo, 
sempre recorreram ao recurso do je­
jum, como prova de humilhação, em 
rogos e súplicas a Deus, na busca de 
uma vida mais consagrada, ou de vi­
tória em m om entos de grande difi­
culdade. Mesmo não sendo um m an­
damento bíblico, a prática do jejum 
só traz benefícios, tanto para a vida 
espiritual, quanto para a saúde do 
corpo físico.
Jejum literal na Bíblia
Em momentos de luta
Há inúmeros exemplos de jejum li­
teral. O povo de Israel foi exortado pelo 
profeta Samuel a jejuar para que pu­
desse ter vitória sobre os seus inimi­
gos. Mas, para que o jejum tivesse va­
lor, o homem de Deus conclamou o 
povo a converter-se, tirar os deuses 
estranhos de seu meio, preparar o co­
ração ao Senhor e servir somente ao 
Senhor (ISm 7.3). Como resultado da­
quela grave e solene exortação, o povo 
se humilhou, e deu prova disso, oran­
do e jejuando (v6). Não adiantaria orar 
e jejuar, se o povo persistisse em seus 
maus caminhos (SI 66.18). Essa é uma 
grande lição para nós, os crentes em 
Jesus. Não adianta jejuar sem ter uma 
atitude espiritual séria, de arrependi­
mento, conversão e determinação de 
somente servir ao Senhor, com fideli­
dade, santidade e amor.
Na escolha de obreiros
No Novo Testamento, encontramos 
a igreja cristã reunida em oração e je­
jum para a escolha de missionários. Era 
uma prática normal entre os primeiros 
cristãos. Lemos em Atos 13, quando da 
chamada de Paulo e Barnabé, o Espíri­
to Santo levando os crentes a orar e je­
juar. Certamente, hoje, o jejum para a 
separação de obreiros ainda é necessá­
rio. Há ocasiões em que obreiros ou 
missionários são enviados, sem oração 
e jejum, e os resultados são bastante ne­
gativos. Só com a 
direção de Deus é 
que devem os im ­
por as mãos sobre 
p essoas a serem 
consagradas ou se­
paradas para o mi­
nistério da Palavra, 
da evangelização, 
do louvor, ou de 
qualquer outra área 
na Casa do Senhor.
Em muitas igre­
jas, o exercício pie­
“É importante 
que pessoas 
portadoras de 
doenças do 
estômago 
tenham 
cuidado com 
seu organismo’
doso do jejum tem sido desprezado. 
Conhecemos um antigo pastor que di­
zia: "Crente não bebe, mas come...". 
Ele se referia a disposição que muitos 
têm para comer. Mas poucos se dis­
põem a jejuar. Talvez por não conhe­
cerem o valioso significado dessa prá­
tica bíblica.
Na busca de orientação divina
Neemias passou momentos difíceis, 
quando tomou conhecimento das tris­
tes condições em que se encontrava 
Jerusalém (Ne 1.4). Então, antes de to­
mar qualquer decisão, ele se recolheu 
em oração e jejum. "E estive jejuando e 
orando perante o Deus dos céus". É um 
exemplo para os obreiros do Senhor, 
nos dias presentes, quando muitas de­
cisões precisam ser tomadas, num qua­
dro espiritual confuso, de mudanças 
rápidas e avassaladoras. O que fazer? 
Somente com a direção divina é que po­
demos saber o ca­
minho e o rumo a 
seguir. A póstolo 
Paulo ressalta que 
a prática de jejuns 
era uma das ca­
racterísticas dos 
obreiros recomen­
d áveis em tudo 
(2Co 6.4-5).
C o rn élio (At
1 0 .1 -33 , 44-48)
b u scav a ao S e ­
nhor com toda a
m itu zdw '
tos importantes sobre a prática do 
jejum na vida cristã
sua família, desejando encontrar o ver­
dadeiro caminho espiritual. Em ora­
ção e jejum (v30), o Senhor lhe apare­
ceu, e lhe disse que mandasse chamar 
o apóstolo Pedro, que se encontrava 
em Jope. O apóstolo teve a direção de 
Deus, em oração, num arrebatamento 
dos sentidos (vlO-16). Indo à casa de 
Cornélio, Deus mandou poderoso avi- 
vamento, convertendo todos os que lá 
se achavam, batizando-os no Espírito 
Santo, com a evidência do falar em lín­
guas estranhas (v44-48). É uma gran­
de lição para os cristãos atuais, que an­
seiam por saber a direção de Deus 
para suas vidas. Muitos têm falhado 
em seus projetos e propósitos por ig­
norarem a preciosa direção de Deus. 
Não sabemos o dia de amanhã. Mas 
Deus, que é onisciente, tudo sabe e 
tudo vê, num momento, como se tudo 
fosse realizado agora.
Diante das tentações
Na tentação de Jesus (Mt 4.1-11), Ele 
recorreu à oração e ao jejum, durante 
40 dias e 40 noites. Assim, venceu to­
das as investidas do maligno. Ele, que 
era ao mesmo tempo Deus e homem, 
precisou orar e jejuar. Certamente, nós 
seus servos, nos dias presentes, te­
mos grande necessidade de vi­
tória sobre as tentações. Elas 
vêm de diversas formas e di­
reções. Dizem os estudiosos 
da liderança que três coisas der­
rubam os líderes: sexo, poder e di­
nheiro. E as tentações por 
esses meios são tremen­
das e avassaladoras. Se o 
cristão não se dedicar ao 
exercício sistemático da 
oração e do jejum dificil­
m ente pod erá vencer, 
quando do ataque traiço­
eiro do Diabo. É preciso 
ter reservas de poder es­
piritual. E isso não se 
obtém na hora da luta, 
ou da tentação. E pre­
ciso acumulá-las an­
tes, com prevenção, 
vigilância e cuida­
do. Com oração, 
vigilância e jejum 
é possível vencer 
todas as b a ta ­
lhas.
Nas lutas 
diárias
Na vida 
diária também pode­
mos nos deparar com 
situações que não são 
resolvidas so-
D S T Q Q
X X X
X
X
X
58.3b-6). A seguir, Deus respondeu ao 
povo o que significava o jejum que lhe 
agradava: o abandono da opressão e o 
cuidado com os necessitados, diante do 
que o povo experimentaria bênçãos 
inigualáveis (Is 58.7-12).
respeito do assunto, ensinando que 
os cônjuges não devem negar um ao 
outro o d ireito à p rática do sexo, 
exceto por "consentim ento m útuo", 
p or um d eterm in ad o p e r ío d o , e 
para se dedicarem à oração. É uma 
questão de bom -senso, de tem pe­
rança, de equilíbrio.
O que não deve ocorrer é o exa­
gero da abstinência sexual por lon­
go período, sob pretexto de je juar e 
orar. M uitos casais têm sofrido as 
conseqüências dessa falta de sabe­
doria.
Há quem ind agu e se a pessoa 
pode je ju ar de m odo parcial. A pe­
nas bebendo água. Entendem os que 
sim. Se o je jum im plica na abstinên­
cia de alim entos sólidos e de água, 
trata-se de jejum com pleto. Se a abs­
tinência é apenas de alim ento só li­
do, tem -se um je ju m p arcia l. Em 
am bos os casos, além do benefício 
espiritual, aquele que jejua propor­
ciona ao organism o uma oportuni­
dade para realizar sua autolim peza, 
que só faz bem ao corpo hum ano.
Dentro das preocupações com o 
je ju m , é im p o rtan te que p essoas 
p ortad oras de doenças do estôm a­
go tenham cuid ad o com seu orga­
n ism o . N ão é a c o n s e lh á v e l que 
p essoas com ú lceras ou g astrites 
façam je ju m . D eus não quer sa cri­
fício . Ele quer obed iência , f id e li­
dade, santid ad e.
mente com a oração (Mt 17.14-21). Te­
nho aconselhado mães aflitas por ve­
rem suas filhas ou filhos namorando 
pessoas descrentes, e até com pessoas 
prostituídas, com homens casados, e 
pedem socorro, porverem que os con­
selhos e as orações não estão surtindo 
efeito. Costumo lhes citar o fato bíbli­
co acima, e as exorto a orarem e a jeju­
arem com sabedoria, uma ou duas ve­
zes por semana, com o objetivo de ver 
suas filhas ou seus filhos libertos da 
ação do maligno em suas vidas.
Há o caso de irmãs que têm espo­
sos que se desviam, e passam a viver 
em adultério, com amantes ou prosti­
tutas. O jejum e a oração são podero­
sas armas espirituais para combater a 
ação do inferno nos lares. Não se pode 
dispensar, nesses casos, a ajuda de ou­
tros irmãos e a oração da igreja local. 
Não se deve esquecer, ainda, da arma­
dura espiritual de Efésios 6.10-18.
Jejum espiritual
Não implica propriamente em abs­
tenção de alimentos, mas do abster-se 
de atitudes que não agradam ao Se­
nhor. O profeta Isaías registrou o que 
Deus considera ser jejum espiritual. O 
povo reclamava porque o Senhor não 
lhe respondia: "Por que jejuamos nós, 
e tu não atentas para isso? Por que afli­
gimos a nossa alma, e tu o não sabes?", 
Is 58.3a. Era o jejum literal, físico, com 
a abstenção de alimentos. E Deus deu- 
lhes a resposta à altura, dizendo-lhes 
que jejuavam por interesse egoísta, em 
contendas e brigas, e que esse não se­
ria o jejum que agradava ao Senhor (Is
Tira-dúvidas sobre o jejum
Há irm ãos que indagam se po­
dem jejuar enquanto trabalham . En­
tendem os que sim. O ideal seria o 
je jum em m om entos de concentra­
ção, de recolhim ento em oração, di­
ante de D eus. C ontudo, sabem os 
que m uitas pessoas, hoje, enfrentam 
lutas as m ais diversas, e precisam 
de poder para vencê-las. Nem sem ­
pre conseguem ficar de licença do 
trabalho, ou de férias, para poder 
jejuar. A ssim , têm que enfrentar os 
problem as, enquanto trabalham , em 
casa, na escola, no quartel, no co­
m ércio, na igreja local, ou em qual­
quer lugar.
Outros perguntam se podem ter 
relações sexuais enquanto jejuam . É 
pergunta que nos fazem , quando 
m inistram os sem inários para a fa­
m ília, ou para casais. Sem pre tem os 
respondido que o je jum é um recur­
so valioso com o um reforço à ora­
ção. O ato sexual entre côn juges, 
legal e legitim am ente casados, se­
gundo a Palavra de Deus, não é pe­
cado. Porém é m elhor que, se a l­
guém deseja jejuar, procure também 
abster-se com sabedoria de relações 
sexuais, desde que isso não contra­
rie o seu c ô n ju g e . P a u lo , em 1 
C oríntios 7.1-7, exorta m uito bem a
Elinaldo Renovato é líder da AD em Parnamirim 
(RN) e comentarista das Lições Bíblicas para 
jovens e Adultos deste trimestre, que traz o temn 
Aprendendo diariam ente com C r is to .^ g g g JJ®
£xe*ttfiCo- 
de ‘THeátne P or Jorge de A ndrade
Eu vi esta
Experiência com Deus leva jovem africano a um modelo 
de vida que ainda hoje ensina gerações de líderes
m 1873, na tribo dos Kru, 
interior da Libéria (Á fri­
c a ) , n a sce u o p r ín c ip e 
Kaboo ou Sam uel M orris. 
Seu pai era líder da tribo e, por isso, 
quando perdeu uma guerra para um 
grupo riv a l, seu filho fo i levado 
com o refém para garantir o paga­
mento das dívidas de guerra. Aos 15 
anos, M orris foi novam ente captura­
do, sendo que desta vez o resgate era 
muito m aior do que as possibilida­
des de pagam ento.
Em desespero, ele esperava ser 
liberto da m orte, mas o algoz m an­
dou cavar um buraco no solo para 
enterrá-lo vivo até o pescoço, além 
de m andar que passassem m elado 
em sua boca para que as formigas do 
deserto com essem sua carne, e de­
pois o esqueleto fosse colocado à 
frente da aldeia para temor dos de­
vedores.
Algo m uito estranho aconteceu 
antes do seu flagelo final. Uma gran­
de luz brilhou sobre ele e uma voz 
lhe m andava levantar e fugir. Todos 
ao redor ouviram a voz, viram a luz, 
mas não entenderam nada. Uma vez 
livre, correu, mas não m uito longe, 
descobriu que as tribos estavam lhe 
perseguindo para trocá-lo pela re­
com pensa oferecida a quem o trou­
xesse de volta. Não tinha para onde 
ir. Se voltasse, seria a ruína.
A noite, a mesma luz que o aju­
dou a se libertar brilhava ao seu re­
dor. Aquela luz m isteriosa o guiou 
até a Sibéria, onde trabalhou numa
plantação de café em troca de rou­
pa, com ida e cama. Num domingo 
foi convidado a visitar uma igreja 
evangélica, onde ouviu a m issioná­
ria Knolls falar sobre a conversão de 
Saulo. Sem conter as lágrimas, excla­
mou: "Eu vi esta luz! Foi a mesma 
que me liberto u e me trou xe até 
aqui!" Ele, então, se converteu e a 
pregadora passou a orientá-lo, inclu­
sive o ensinou a ler e escrever em 
inglês.
M orris foi batizado nas águas e 
quando aprendeu sobre o Consola­
dor, passou a ser fervoroso na ora­
ção. Sua p regação era elem entar, 
enfatizava a fé em Jesus para a sal­
vação, mas revelava pouco sobre o 
Espírito Santo. Entretanto, em um 
en co n tro com um m is s io n á r io 
itinerante ouviu a explicação de João 
14, o que lhe despertou o desejo de 
ir a Nova Iorque para aprender mais 
da Bíblia.
A viagem de seis m eses foi uma 
prova de fé e perseverança. O navio 
em que partiu estava cheio de ho­
mens que brigavam e blasfem avam . 
Porém , no final da viagem , estavam 
à bordo vários cristãos. Por onde 
p assava, M orris levava p essoas a 
Cristo.
A o en co n tra r-se com E steb an 
M eritt, secretário do bispo William 
Taylor, foi conduzido à sua casa, 
onde numa breve oração todos fo­
ram visitados pelo Espírito Santo. 
Eles então levaram o jovem ao insti­
tuto bíblico. Lá, não causou boa im ­
pressão - rapaz negro, pobre, sem 
cultura, mas de espírito pouco co­
m um. "Se há um quarto que n in ­
guém quer, dá-me esse", disse ao ser 
perguntado pelo diretor onde que­
ria ficar.
Ao orar em público, na igreja de 
negros que congregou, todos se ajo­
elharam sob o im pacto do Espírito, 
chorand o e clam ando com paixão 
por seus pecados.
Com 21 anos, Sam uel M orris ti­
nha o corpo debilitado pelas dificul­
dades da vida, e no inverno rigoro­
so passou à eternidade. Depois dos 
m om entos de dor p ela p erd a, os 
m estres com eçaram a en tend er o 
verdadeiro significado de sua vida. 
O diretor escreveu: "Sam uel foi um 
m ensageiro de Deus. Ele pensou que 
tinha de se preparar para a missão 
entre seu povo, mas sua vinda foi 
para nos preparar para nossa missão 
em todo m undo". Essa colocação foi 
tão forte que vários alunos se dispu­
seram a ir aos campos.
Os formandos de 1928 da Univer­
sid ad e T aylor (EU A ) m an d aram 
erigir um m em orial com a seguinte 
in scrição : "Sam u el M o rris , 1873- 
1883. Princípe Kaboo, nativo da Áfri­
ca ocidental, apóstolo da fé sim ples, 
expoente m aior de uma vida cheia 
do Espírito Santo. Hoje, mesmo mor­
to, ainda fala". -*e82
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Histórias para
i f i f ò ;
O momento de contar histórias nas 
classes infantis deve ser tratado 
com seriedade e dedicação
A narração de histórias é um método de ensino infan­til sempre exitoso entre as crianças em todos os paí­ses, em todas as culturas, em todos os lugares e em— todos os tempos. Seu efeito é altamente penetrante, 
profundo e duradouro nas crianças, principalmente as da pri­
meira e segunda infâncias, se bem que a verdade inconteste é 
que este método tão versátil e eficaz quando devidamente 
aplicado é benquisto por todas as idades, inclusive pelos 
adultos. Quem já não viu adultos acompanhando com avi­
dez, diretamente ou à socapa, num auditório infantil, uma 
história sendo narrada para um grupo de crianças, atentas ao 
seu enredo? Sim, o método de narração de histórias é empre­
gado sempre com grande êxito em toda parte: na Escola Domi­
nical, no lar, em público, em classes bíblicas para crianças, no 
culto infantil no templo ou noutro local.
Vejamos inicialmente as coisas fundamentais na apresenta­
ção de uma história como parte de uma aula bíblica para crian­
ças. O assunto da história e seus personagens podem ser estrita­
mente bíblicos, da vida real cotidiana ou fictícios, contantoque 
ilustre claramente, represente ou aponte para um princípio bíbli­
co, espiritual, moral ou social, ou ainda para evidenciar o 
caráter de Deus e o seu propósito para salvar a hu­
manidade. Esses elementos fundamentais 
numa história para crianças são a ora­
ção; a escolha criteriosa da histó­
ria; o preparo esmerado do pro­
fessor ou evangelista; o tempo 
necessário; o local da aula; e os 
meios auxiliares de ensino que 
o professor utilizará.
A história quando devida­
mente apresentada pelo pro­
fessor ou evangelista de cri­
anças, eqüivale para estas, o
que o sermão é para os adultos. Para a 
criança, o sermão é incompreensível e 
praticamente nenhum efeito nela pro­
duz. Já para o adulto, a história pode 
ser também fascinante. É 
■f— _ tanto que, como já disse­
mos, muitos adultos fa­
zem o possível para estar 
com as crianças quando 
chega o m om ento da 
apresentação de histórias.
O professor de crianças deve exer­
cer a sua sagrada atividade como um 
ministério, como de fato é. Os resulta­
dos disso estão espelhados na Bíblia e 
através da história da Igreja, em todos 
os tempos. Em virtude de tal ministé­
rio, crianças sem conta tornaram-se 
personagens de admiração universal, 
pelo que foram e pelo que fizeram para 
Deus e o seu Reino, como Moisés (Ex
2.1-10 e Hb 11.23-29), Samuel (ISm 
1.20-28), João Batista (Lc 1.76-80), Timó­
teo (At 16.1-2 e 2Tm 1.5; 3.14-15). Nas 
seguintes passagens da Escritura ve­
mos também crianças em destaque e 
sendo ensinadas nas coisas de Deus: 
Josué 8.35, 2 Crônicas 20.13 e 31.16, 
Neemias 12.43, Lam entações 2.19 e 
Mateus 21.15-16. O Senhor Jesus, por 
sua vez, acolheu, afagou e abençoou as 
crianças (Mc 10.13-14).
Vejamos a seguir, um pouco dos ele­
mentos fundamentais numa história 
para crianças.
A oração do professor
O professor de crianças deve, como 
já dissemos, exercer a sua dignificante 
atividade como um ministério para 
Deus, e isso requer muita oração de sua 
parte; por si próprio, pelos alunos in­
dividualmente, pelos pais dos alunos, 
pela classe inteira, pela administração 
da Escola, pelos colegas professores e 
pela igreja em geral.
E orando sempre, que o obreiro que 
cuida de crianças, seja homem ou mu­
lher, recebe de Deus a motivação, a ins­
piração, a energia espiritual, emotiva 
e física, a direção e a graça divinas para 
ministrar continuamente aos pequeni-
“O professor deve 
conhecer a história 
toda de memória, 
para assim vivê-la, 
dramatizando-a 
durante a sua 
apresentação”
nos. Orar antes da ministração da aula, 
mas também durante a mesma, em es­
pírito, mas de igual modo após encer­
rada a aula, para que a bênção de Deus 
repouse sobre todo o trabalho realiza­
do, no sentido do seu efeito a curto, 
médio e longo prazo. Certamente foi 
assim que fez Eunice, a mãe de Timó­
teo, quando este era criancinha, pois, 
mais tarde, já adolescente, o apóstolo 
Paulo o conheceu em suas viagens 
missionárias e o levou consigo como 
seu discípulo e auxiliar. Seu progresso 
foi sempre crescente e tornou-se um ba­
luarte no Evangelho, imortalizado que 
está nas páginas da Escritura, por Pau­
lo, o seu mestre, mentor e líder espiri­
tual.
A infância é o alicerce da vida que a 
criança viverá até o fim. Se esse alicer­
ce for débil e quebradiço, a construção 
inteira da vida desse aluno poderá es­
tar comprometida, a menos que Deus, 
por sua maravilhosa graça, conserte e 
restaure as coisas no espírito, alma e 
corpo desse aluno.
Casos há em que o professor tem 
preparo, conteúdo e experiência para 
ensinar, mas não persevera em oração 
pelo seu ministério junto às crianças 
sob seus cuidados como um pequeno 
rebanho, acrescido de seus pais ou res­
ponsáveis. Muitas dessas crianças são 
sofredoras, órfãs, vindas de lares divi­
didos, de pais separados ou divorcia­
dos, e com problemas outros, como 
pais desempregados ou de diminuta 
renda, ou quem sabe, até delinqüentes. 
A oração com perseverança e fé no Se­
nhor é pois um grande fator de êxito 
para o professor de crianças.
A escolha da história
Além da oração constante, a esco­
lha da história a ser apresentada como 
a parte da aula bíblica que contém a 
mensagem para o coração da criança 
deve ser cuidadosa, de modo a atingir 
o seu objetivo; mensagem esta com o 
sabor infantil, bem ao alcance da men­
talidade dos pequeninos.
Para a faixa etária em consideração, 
uma boa história deve conter quatro 
partes, a saber: a introdução, o enredo, 
o clímax e a conclusão. A introdução 
deve ser curta. Ela destaca o persona­
gem principal da história. Se bem fei­
ta, a introdução prende de vez a aten­
ção de toda a turma. Se nesta parte ini­
cial o professor não obtiver a atenção 
total do grupo, talvez não o consiga 
mais. Portanto, é preciso que o ambi­
ente esteja devidam ente preparado 
para este momento.
O enredo é a sucessão ou seqüên­
cia de fatos ou detalhes que formam 
uma história completa; porém, deta­
lhes mínimos devem ser descartados, 
a bem da atenção da criança, a qual não
é dada a isso. A atenção da criança, con­
soante a sua idade, limita-se a minu­
tos. O enredo, pois, é a parte central da 
história, quanto a sua duração. Aqui, o 
professor precisa, com sabedoria, ex­
periência e dramatização manter o cli­
ma de expectativa do grupo inteiro.
O clímax é o ponto culminante da 
história. É a chegada ao topo da mon­
tanha, para logo começar a descida. E 
no clímax que está o auge da mensa­
gem a ser transmitida. A conclusão 
também deüfe ser curta. É uma forma 
de aplicação da mensagem da história 
à mentalidade da criança. O professor 
deve conhecer bem suas crianças, as­
sim como todo pastor deve conhecer 
bem suas ovelhas. Ele d e le saber fazer 
bem a aplicação como o complemento 
da história. E como se ela fosse a mo­
ral da história apresentada. Por exem­
plo, se a história tratou da prática do 
bem e do mal, na aplicação, o bem deve 
ser recompensado e o mal castigado.
Preparo e apresentação 
da história
O professor deve conhecer a histó­
ria toda de memória, para assim vivê- 
la, dramatizando-a durante a sua apre­
sentação. Neste particular (e noutros si­
milares), a mulher professora geral­
mente tem mais facilidade no seu pre­
paro pedagógico pessoal, pela sua na­
tureza fem ini­
na. É tanto que 
certas professo­
ras exageram nos gestosi, expressão 
facial e m ovim entos etc. O homem 
como professor de crianças, quando ele 
tem vocação ou propensão inata para 
isto, precisa de muita prática (se possí­
vel assistida), para desempenhar bem 
a sua missão. É evidente que um ho­
mem pode ser um excelente professor 
de crianças. Sou testem unha disso, 
durante tantos anos lidando neste cam­
po, mas tal professor terá que enqua- 
drar-se nos pormenores acima. Na re­
alidade, o privilégio aqui, neste aspec­
to da seara do Senhor, é do elemento 
feminino. E uma lástima que poucas 
mulheres se apresentem para servirem 
ao Senhor neste mister tão elevado.
Está implícito, pois, que no desem­
penho do papel da apresentação da his­
tória, o professor precisa, com arte, 
bom gosto e realismo, encenar a voz, o 
olhar, as poses, a expressão facial, os 
gestos. Isso bem dosado, com graça e 
sabedoria, leva as crianças a um ver­
dadeiro suspense, criando uma expec­
tativa ansiosa conducente ao final da 
história.
Tempo, local 
e meios auxiliares
U m a boa h istória, para a 
faixa etária que
está em vista, não deve ir além de 15 
minutos. Talvez vá até 20, dependen­
do da extensão do enredo. Por exem ­
plo, a história da travessia do Mar 
Vermelho por Israel, pela providên­
cia divina. Há três faces da história 
aqui: o lado ocidental do mar, com o 
exército inim igo, os egípcios; a tra­
vessia m iraculosa do próprio mar, a 
partir da praia, mas tam bém o culto 
de vitória celebrado ao Senhor, do 
outro lado do mar, na m argem ori­
ental.
Quanto ao local, este deve ofere­
cer as condições ideais de abrigo, ilu­
minação, ventilação, conforto em ge­
ral, privacidade (por causa da dis­
tração fácil da criança) etc. Quanto 
aos meios auxiliares deensino, há 
todo um universo de m ateriais, re­
cursos disponíveis, dependendo da 
criatividade do professor, e condi­
ções físicas am bientais para a apre 
sentação da h istória . O p rofessor 
precisa ver com cuidado se o m ate­
rial gráfico e ilustrativo corresponde 
mesmo àquilo que a áíblia 
diz e ensina. Um pro­
fesso r ex p e rien te e 
dedicado ao Senhor 
sab erá a d a p ta r os 
m a te r ia is às su as 
necessidades.»
Nas livrarias evangélicas ou
O Peregrino para Crianças
Os adolescentes Cristão e sua amiga 
Esperança são transportados de um modo 
fantástico para um mundo cheio de 
aventuras e de intrigantes1 personagens, 
onde apenas a confiança e a fé em Deus 
poderão transportá-los de volta para casa. 
Este livro colorido e ricamente ilustrado 
é uma versão para crianças do clássico 
O Peregrino, de John Bunyan. Um livro 
ao mesmo tempo divertido e edificante, 
que nos ensina que Deus realmente 
responde as orações!
68 páginas / 21,5 x 28cm / Capa Dura
O G rande 
L c iá s s ic o do
\Cristianrsmo
t Especialmente
I A d ap tad o par; 
as Crianças e
Adolescentes
7Z cfi.< xxtayc*ii __________________________________________________________________________________________
Por G ilda Júlio
í c o n e d a l g
Com expressivo número de conversões, a 
Escola Dominical prova que é um indispensável 
agente evangelizador
O ensino bíblico é a razão da existência da Escola D om inical. Em função disso, algumas ADs pri­
mam pela área pedagógica, qualifi­
cando os professores e investindo em 
m aterial técnico e didático de forma 
a atender a todos os alunos confor­
me as respectivas faixas etárias. O 
espaço físico também tem sido leva­
do em consideração. Em alguns ca­
sos, as aulas são m inistradas em co­
légios da rede pública. O empenho 
das igrejàs visa alcançar os objetivos 
da ED , que con stitu i em ensinar, 
evangelizar e possibilitar o cresci­
m ento espiritual do aluno.
No âm bito da evangelização, a 
ED é considerada como agência ga­
nhadora de almas para o Reino de 
Deus. Para m uitos líderes, ela é a
porta de entrada para a igreja; ou­
tros reconhecem que é também um 
serviço prioritário no resgate de v i­
das. Há casos, por exem plo, em que 
a Escola é um dos fatores preponde­
rantes no aum ento de núm ero de 
crentes no Estado. As opiniões sobre 
a im portância da ED, portanto, es­
tão cercadas por um senso comum: 
é um ícone para a igreja.
Com bate à prostituição 
infantil e ao uso 
de drogas
A lgum as ADs m ostram resulta­
dos surpreendentes em usar a ED 
para cum prir o " id e " de Jesus. Em 
S a n to A n d ré (S P ), no c o n ju n to 
h ab itacio n al Fazend a da Ju ta , na 
área p eriférica , as crian ças são o
alvo principal. De acordo com o lí­
der da AD em Juta II, pastor Luiz 
Fortu nato de O liveira , devido ao 
alto índice de envolvim ento das cri­
anças na prostituição in fantil e nas 
drogas, os m oradores so licitaram 
ajuda da igreja para tentar resgatar 
os valores dos m enores indefesos. 
"D ian te do pedido de socorro da 
própria com unidade, a igreja não 
podia ficar omissa ou como mera es­
pectadora de um holocausto, pois a 
m aioria desses m enores não chega­
ria à fase adulta em razão do uso 
das d rogas", afirm a.
Como a igreja não dispunha de 
espaço físico, recorreu a um colégio 
estadual, que disponibilizou 10 sa­
las. Com a questão do espaço resol- t 
vida, faltava o principal - as crian­
ças e professores. "M ontam os uma 
equipe sob a coordenação da irmã 
Neuza. Ela iniciou as m atrículas dos 
m enores, separando-os por idade e 
sexo. Em relação aos educadores, 
contam os com o apoio do Curso de 
A perfeiçoam ento de Professores da 
Escola D om inical em Santo André 
(Capedsand), que acionou uma equi­
pe de educadores especialista na área 
infanto-juvenil " , conta o líder.
Pastor Luiz Fortunato inform a 
que o trabalho com eçou em 2001, 
com 120 crianças não-crentes. Hoje, 
cerca de 200, entre 4 e 16 anos, são 
assistidas na ED e recebem uma re­
feição antes das aulas. A agência
AAD em Juta II usa as instalações da rede pública de ensino para atender a demanda 
de crianças da ED. No detalhe, a garotada assiste à apresentação de fantoches
evangelizadora mirim 
conquistou o respeito ! 
da com unidade devi­
do a m udança de com ­
portam ento das crian- 
ças que freqüentam as H 
aulas. "M uitas aceitam 
Jesu s, in clu sive seus 
fam iliares tam bém se 
convertem tendo os fi­
lhos como testem unhos. A dim inui­
ção do índice de crim inalidade foi 
considerada pela sociedade local um 
dos resultados m ais significativos. 
Além disso, as escolas que outrora 
eram depredadas e pichadas não são 
m ais", alegra-se o pastor.
ED na ação social
No Pará, a Escola D om inical da 
AD em M arapanim optou pela ação 
social para trazer alm as para Jesus 
ao pôr em prática o projeto Café no 
Lar. Segundo o coordenador da ED, 
M anoel Lopes dos Santos, o traba­
lho é realizad o todos os sábados 
com a p a r t ic ip a ç ã o dos a lu n o s. 
"N o ssa estratégia é sim ples. E sco­
lhem os um a casa, e os coordenado­
res levam os m antim entos para o 
café e todo o aparato para servi-lo . 
Fazem os um culto rápido e ab ri­
m os uma oportunidade para a fa­
m ília fa la r" , explica.
P ara o líd er da ig re ja , p asto r 
L ázaro C aste lo F erre ira , o p ro je ­
to é um a veia do ev an g elism o lo ­
cal ad otad a p ela ED e com re su l­
tad os ex ce len te s . " Já rea lizam o s 
42 cafés e reg istram o s 36 d ecisões 
por C ris to " .
A Escola D om inical da AD em 
G oiân ia (GO) tam bém in v este na 
ação social para arrebanhar alm as. 
Segundo o líder, pastor N em ias Pe­
reira da R ocha, aos dom ingos são 
d istribu ídas cestas básicas. Porém , 
para recebê-las, o aluno precisa es­
ta r m a tr ic u la d o e se r a s s íd u o . 
"A lém disso, cada classe é resp on ­
sável por levar um a pessoa não- 
crente. A classe que levar m ais pes­
soas é p rem iad a", diz o líder.
P asto r N em ias re ssa lta que a 
igreja form ou na ED uma classe es­
p ecífica de crian ças n ão -cren tes. 
Um a equipe se dispõe a buscá-las 
em suas casas, e elas recebem uma 
refe ição . "E um trabalh o v á lid o , 
pois o que a criança aprende, não 
esquece. Todas as igrejas deveriam 
investir o m áxim o nas diversas fa i­
xas etárias, usando a ED com o v eí­
culo ev an g elístico ", finaliza.
C o n c e ito ta m b ém d e fe n d id o 
pelo líder da AD em Jo in v ille (SC), 
pastor Valm or Leonel Batista. "A s 
igrejas deveriam aproveitar os b e ­
nefícios do evangelism o através da 
ED. Em nosso caso, tem os fam ílias 
na igreja oriundas desse trabalho. 
As c r ia n ça s de p ais n ã o -cre n te s 
vêm para a ED e falam de C risto
para a fam ília , que tam bém se con­
v erte ", declara.
De acordo com a coordenadora- 
g era l da E sco la , Isa b e l C ris tin a 
Veiga, o ob jetivo é envolver todos 
os alunos no evangelism o. "A tu a l­
m ente tem os 10 m il alunos m atri­
culados. N ossa m eta para esse ano 
é crescer 25% . Para tanto , tem os 
equipes para evangelizar em h os­
p itais e asilos, além de reforçarm os 
o evangelism o p essoal".
Ela acrescenta que em Joinville a 
p articip ação da ED é total, e cita 
como exemplo o evangelism o notur­
no. "U m a equipe sai aos sábados 
pela m adrugada distribuindo sopa e 
sanduíches. Os que se convertem são 
encam inhados para ED, e se ^lguém 
precisar de tratam ento específico é 
encam inhado para um centro de re­
cuperação. A obra rende m uitos fru­
tos, entre eles Elias Chiaritt, um ex- 
m endigo que aceitou Jesus através 
de uma criança que o levou a um 
culto em praça pública", diz Isabel, 
salientando, ainda, o evangelism o 
em presídios: "E um trabalho dirigi­
do por um pastor, que além de dar 
assistência esp iritual aos detentos 
convertidos, presta acom panham en­
to aos fam iliares".
Arquivo 
AD/Juta 
II
Jovem exército de Cristo
No Projeto Joinville para Jesus, alunos da ED evangelizam, de madrugaria 
com a distribuição de alimentospara pessoas que vivem nas ruas
Ém Porto Velho, a ED aa igreja promove desfiles evangelísticos 
com a banda e a participação de todas as classes
ESCOÍ.A «BUCfl - « • 
W tM W BÊPROVA MAS’àfcEA" WfTlir° S MI5TE SI05 W M U i
D esfiles, cultos ev angelísticos e 
p a lestras são algum as das es tra té ­
gias u sadas com êxito pela AD em 
P o rto V elho (R O ), lid erad a p elo 
p astor Jo el H older. Segundo o su ­
perintendente da ED, pastor D avid 
R o d rig u es N ascim en to , tod os os 
alunos estão engajados na evan ge­
liz a çã o . "R e a liz a m o s um d esfile 
m e n s a l com b a n d a de m ú s ic a , 
m en sa g e n s e lo u v o r. D u ra n te o 
p ercu rso , um carro de som co n v i­
da as p essoas para a ED e anuncia 
o cu lto de d om ingo à n o ite " .
P a sto r D av id co n ta que p ara 
a tin g ir o o b je tiv o p ro p o sto p ela 
ED, faz-se um a avaliação m ensal, 
que in clu i o d esenv olv im en to de 
alunos m atricu lad os, presença, v i­
s i ta n te s , c u lto s e v a n g e lís t ic o s 
m ensais realizad os pela c lasse, v i­
s ita s aos a lu n o s fa lto s o s e não 
fa lto so s, além de um acom p an h a­
m ento m ensal por m eio de g rá fi­
cos. "C o ntam os, em todo o cam po, 
com 1.097 c lasses, 1.481 p ro fesso ­
res e 10.689 alunos. As classes re ­
a lizam em m édia 618 cultos ev an ­
gelísticos por m ês. As reuniões são 
d irig id as pelos alunos e servem de 
treinam ento. Eles louvam , pregam 
e co locam em p rática o que ap ren ­
dem na E sco la".
A reunião extra-classe é outra ati­
vidade da ED. "E um trabalho reali­
zado pelas classes. Durante a pales­
tra, cada turm a aborda temas de in ­
te re s se c o ­
m um . É uma 
oportunidade 
a mais de inte­
g ração en tre 
alunos e pro­
fessores, além 
da p o s s ib il i­
d ad e de g a ­
nhar o convi­
dado para Je ­
sus. Isto por­
que, a cond i­
ção p a ra o 
aluno partici­
par da reunião é levar uma pessoa 
não-crente ou um evangélico que 
não tem por hábito freqüentar a ED. 
A reunião além de edificar, funcio­
na como m arketing da Escola. Em 
2002, os frutos para a igreja foram 
674 decisões e 315 reconciliações", 
exulta pastor David.
Q u an d o o a ssu n to é c re sce r , 
P iau í tam bém celebra a v itó ria . O 
E stado fo i apontado pelo In s titu ­
to B rasileiro de G eografia e E sta ­
tística (IBG E) com o o que tem m e­
nos ev an g élicos, em bora ap resen ­
te um crescim en to acentuad o nos 
últim os anos. Segundo o p resid en ­
te da C onvenção do E stad o, p as­
tor N estor H enrique M esqu ita , a 
esta tística é m otivo de satisfação 
p e lo e s fo r ç o e m p e n h a d o p e la s 
igre jas da reg ião , m as a g ló ria é 
atribu íd a a D eus.
Para o líd er da AD em Teresina, 
p astor Jo sé da S ilva N eto, a p rio ­
rid ad e é m elho rar a qu alid ad e do 
ensino cristão e cap acitar os ed u ­
cadores. "A ED ajuda a m anter os 
jo v e n s , a d o le sc e n te s , c r ia n ça s e 
novos con v ertid os na igreja . Isso 
acentua o crescim ento do Corpo de 
C ris to " , diz o líder.
A p re o cu p a çã o em a ce le ra r a 
qu alificação de p rofessores foi um 
dos m otivos que levou a igreja .y 
reestru tu rar sua organ ização . De 
acordo com o su p erin ten d en te-ge- 
ral, p astor A ntônio Freitas M elo, 
há tam bém a n ecessid ad e de res­
gatar a função da ED, um a vez que 
ela tem grande p oten cia l na d iv u l­
gação do E v an g elh o . "A re co m ­
pensa vem através da d isp osição 
dos ad olescen tes, que se so bressa­
em na obra, em bora a p articip ação 
seja geral. E les não se in tim idam e 
lançam a rede com o ob jetivo de 
falar de Jesu s ao p eca d o r", diz Oj 
pastor.
Ele relata que para d ivu lgar a 
ED em um dos b a irro s, a con g re­
gação lo ca l p reparou um d esfile , 
que cham ou a atenção dos m ora­
dores. O evento contou com ca rta ­
zes, Banda do E xército , A m bu lân ­
cia do C orpo de B om beiros, P o lí­
cia M irim do E xército e carro de 
som. "V á ria s pessoas não-cren tes 
p articip aram do culto. A ED é uma 
o p o rtu n id a d e ím p ar com o m ão- 
de-obra ev an g elizad ora", sintetiza 
p astor A ntônio .
SA
C:
 0
80
0-
70
1-
73
73
Quando grandes pedras nos impedem 
de ver a luz, precisamos de um milagre
V«¥r;
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• V ' b ê t
irar
E l e A i n d a 
R e m o v e P e d r a s
Lucado
Por que a Bíblia contém tantas 
passagens de Jesus se encontrando 
com pessoas sofrendo e com 
problemas? O ladrão na cruz; 
o rejeitado Nicodemos; Pedro f 
envergonhado; a desolada Marta, 
irmã de Lázaro... Seria para que 
louvássemos a Jesus pelo que Ele 
fez no passado? Não.
Essas passagens e muitas outras 
estão na Bíblia, não para dizer o 
que El e. fez, elas estão lá para nos - 
dizer o que Jesus faz;
O que ele pode e quer fazer por você.
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0 Estudo do Novo Testamento
na Unção do
Espírito Santo
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COMENTÁRIO BiBLICO PENTECOSTAL DO NO VO TESTAMENTO
Vários Autores
Este livro foi planejado para complementar d Bibl id de Estudo Pentecostal , pois foi escrito pelos mesmos 
comentaristds, com mais profundidade e rica em detalhes da cultura, situdção sócio-econômica e informdções 
adicionais dd época pdra ampliar seus conhecimentos do N o vo Testamento.
O s comentários neste volume focalizam os livros do N o vo Testamento. Seus escritores, profundos conhecedores 
da Palavra de Deus, oferecem uma introdução de cada livro, esboço, interpretação seção por secâo e uma breve 
bibliografia. O livro vem aindd com fotos, mdpas. quadros e diagrarrids.
IN68p á g in a * / F o r m a t o : is r j i 'c m / C a p a D u ra
O que a Bíblia diz sobre a
com üeus
í t : I I
/ “ Perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam”Atos 16.25
C J i . H i m C /U £ 't-C Ô .Ù à ÿ O t'O ô U C U -w c L tsU ZÇ C òQ -
< 5
“ E os homens de Nínive creram em Deus, e proclamaram um jejum, 
e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até ao menor”
Jonas 3.5
3 “ Então, Esaú correu-lhe ao encontro e abraçou-o; e lançou-se sobre o seu pescoço e beijou-o; e choraram ”Gênesis 33.4
s -
o c y ç& 6' c/b- Oijfa.tcòctc'cie /̂ y-ecvôy se ^ú̂ vvíÍãxz-
“ E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. E foi-se a moça e chamou a mãe do m enino... E a mulher tomou o menino e criou-o”
Êxodo 2.8-9
( c./ U In íoCCèis nu. C( i í á p c L c C . !)f:t t tl-C
“ E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. 
Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos"
Atos 11.26 x
ç>CíÇóí<y 1 '/&ÍOOvLo" C{ül£ / (nsUZlsuteOC' (2 / LU ^ vócíóòcte/ i'VÚ> 1 l] tcjcZ ’L írt^ z ltív cz
6 “ E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses; e a que veio de Laodicéia, lede-a vós também”Colossenses 4.16
CX . ^ & rtn /-c& > èévtu'su2cic-!*,-' Cá /• ■■ox i i ,S S ’üí i
' 7
“ Então, Jônatas falou bem de Davi a Saul, seu pai, e disse-lhe: Não peque o rei contra 
seu servo Davi, porque ele não pecou contra ti, e porque os seus feitos te são mui bons”
1 Samuel 19.4
(y [íç ã x y c é ^ ve^ L-úe' & cr
s “ ...que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus... E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”Romanos 12.1-2
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, \ í (. l.lY z f' t ( v < (.ft i < < \ . « c é' u n i cteg x x zu * p is u i o í '< ( í f f i / i .
? “ Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte”2 Coríntios 12.10
\ . s . s . c/C /' LiA^L-úsCr d /y ( s i/l/ fod L cr \& vCuJL& ' cixÃy'
10 “ E converterá o coração dos pais

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