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gtscipulado p e r ig o de o aluno ^ tornar-se mais dependente - do professor do que de Deu; 1 Rodízio ISSN 1519-7182 I st T Ano 5 - n° 18 - ensinador@cpad.com.br - R$ 4,90 Entrevista com Gilbert Beers, pastor e educador norte- americano com larga experiência em currículos de ED Pastor Eiiezer de Lira e Siiva trata das ameaças ao convívio familiar Dinâmicas de grupo • Subsídios para a Família Crista • Pastor Antonio Gilberto e as formas para se adquirir conhecimento mailto:ensinador@cpad.com.br "Será que tenho as qualidades que um líder precisa?" 9 e d m té f'MS t f t l M â X iW 1̂ 1 $0/1 da lê eu > w Vn lhe 9eu Moisés e G id e ã o t iveram esta mesma dúvida. Desperte o Líder que há em Você George Barna Ser um líder não é fácil. As expectativas geradas e as responsabilidades da função levam muitos líderes a questionarem suas qualidades, métodos e vocação. Através de 9 estratégias, este livro ajuda a aflorar o dom da liderança que há dentro de nós e descobrir o estilo pessoal de exercê-lo. Formato: 14,5 x 22,5cm Autor: George Barna é o fundador e presidente do B arn a R esearch Group nos EUA, uma empresa de pesquisa de marketing. Autor de mais de 30 livros de sucesso, também é preletor em conferências sobre liderança e ministério em todo o mundo. N as livrarias evan g é licas ou pelo 0 3 0 0 - 7 8 9 - 7 1 7 2 CBO (custo da ligação R$ 0,30 por minuto + impostos) www. cpad. com. br 4 6 4 1 0 Ano 5 - n° 18 - abr-maio-jun/2QC S d it o n ú ll CONHECER PARA NÃO ERRAR 0 SEGUNDO TRIMESTRE DE 2004 JÁ CHEGOU... QUEM DIRIA, NÃO É MESMO? ISSO NOS F A l LEMBRAR QUE O 4o CONGRESSO NACIONAL DE ESCOLA DOMINICAL ESTÁ PRÓXIMO! SIGNIFICA DIZER QUE EM BREVE A QUALIDADE DO ENSINO MINISTRADO NAS EDS EM TODO PAÍS VAI MELHORAR AINDA MAIS. NAS PÁGINAS 46 E 47 DESTA EDIÇÃO, VOCÊ PODERÁ CONFERIR TODOS OS DETALHES DESTA PROGRAMAÇÃO INDISPENSÁVEL PARA O APERFEIÇOAMENTO DO CORPO DOCENTE DAS IGREJAS. AO LADO DE GABARITADOS PALESTRANTES NACIONAIS, ESTARÃO NO CONGRESSO OS EDUCADORES NORTE-AMERICANOS MARLENELEFEVER E GILBERT BEERS, AMBOS COM LARGA EXPERIÊNCIA NA ÁREA DE EDUCAÇÃO. A ENSINADOR CONVERSOU COM OS DOIS PARA QUEVOCÊPOSSA CONHECÊ-LOS UM POUCO MAIS ANTES DO EVENTO. A PROFESSORA MARLENELEFEVER, QUE TEM PARTICIPADO DE VÁRIAS CONFERÊNCIAS PROMOVIDAS PELA CASA, ESTÁ NA SEÇÃO EXEM PLO D E M ESTRE. JÁ, PASTOR GILBERT BEERS, NA CONVERSA FRANCA. ESSAS ENTREVISTAS, CERTAMENTE, IRÃO EDIFICAR SUA VIDA. ENQUANTO O CONGRESSO NÃO CHEGA, EXPLORE BEM A SUA ENSINADOR. OS ARTIGOS DESTE TRIMESTRE VÃO INTERESSAR A TODOS- DESDE DISCIPULADORES ATÉ SUPERINTENDENTES. OS TEMAS FORAM TRATADOS DE MANEIRA CLARA E PRÁTICA. NÃO PODEMOS DEIXAR DE DESTACAR, AINDA, A SEÇÃO BOAS ID ÉIAS , COM SEIS DINÂMICAS DE GRUPO NA ÁREA DA FAMÍLIA - EXCELENTE RECURSO PARA AS CLASSES DE JOVENS E ADULTOS. E O MELHOR: PODEM SER APLICADAS NAS OUTRAS CLASSES. GUARDANDO-SE, É CLARO. AS DEVIDAS PROPORÇÕES. QUE SUAS M as DE ABRIL, MAIO E JUNHO SEJAM COBERTAS PELA UNÇÃO DEDEUS, FAZENDO COM QUE A ESCOLA DOMINICAL DA SUA IGREJA CRESÇA. UM POVO INSTRUÍDO NA PALAVRA CONSTITUI-SE EM UMA IGREJA FORTE E ENRAIZADA. LEMBREMOS DO ALERTA DEIXADO POR JESUS: i “ERRAIS, NÃO CONHECENDO AS ESCRITURAS, NEM O PODER DE DEUS", M T22.29. Andréia D i M are Presidente do Conselho Administrativo José Wellington Costa Júnior Gerente Financeiro Walter Alves de Azevedo Gerente de Produção Ruy Bergsten Editor-chefe Antônio Pereira de Mesquita Design & Editoração Rafael Paixão Fotos Solmar Garcia Atendimento a igrejas e livrarias Jefferson Freitas, Lucimar Rangel, Marcela Fernandes, Osman Bernardo, Renata Meirelles e Ricardo Silva Atendimento para assinaturas Francis Reni Hurtado e Sebastião Peçanha de Souza Fones 21-2406.7416 e 2406-7418 assinaturas@ cpad.com .br SAC - Serviço de atendimento ao consumidor Andréia Célia Dionísio Fone 0800-701.7373 Ensinador Cristão - revista evangélica trimestral, lançada em novembro de 1999, editada pela Casa Publicadora das Assem bléias de Deus. Correspondência para publicação deve ser endereçada ao Departamento de Jornalismo. As remessas de valor (paga mento de assinatura, publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. A direção é responsável perante a Lei por toda ma téria publicada. Perante a igreja, os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Assegura-se a pu blicação, apenas, das colaborações solicitadas. O mesmo princípio vale para anúncios. Presidente da Convenção Geral José Wellington Bezerra da Costa Diretor»executivo Ronaldo Rodrigues de Souza Gerente de Publicações Claudionor Corrêa de Andrade Gerente de Vendas Cícero da Silva Editora Andréia Di Mare Promotor de Vendas de Periódicos Alian Viana de Aquino, Anselmo Mourão e Alexander dos Santos Costa Casa Publicadora das Assembléias de Deus Av. Brasil, 34.401 - Bangu - CEP 21852-000 - Rio de Janeiro - RJ - Fone 21-2406.7403 - Fax 21-2406.7370 ensinador@cpad.com.br Número avulso:R$ 4,90 Assinatura anual: R$ 19,60 Vendas: 0300-789.7172 mailto:assinaturas@cpad.com.br mailto:ensinador@cpad.com.br M tlS V R fc l S c c m ã r U O ' 06 "Estou com a classe de adolescentes! E agora? 14 Quando a estabilidade do lar é ameaçada 27 Ofício de ensinar 30 Rodízio de professores na ED 44 Sutil tendencia 48 A caminho do êxito Seçoes 05 Espaço do Leitor 10 ED em Foco 11 Conversa Franca 17 Exemplo de Mestre 18 Antonio Gilberto 22 Reportagem 29 Sala de Leitura 33 Boas Idéias 46 Em evidencia Lições Bíblicas [MM 36 Subsídios para a Família Cristã *-■ Tfo Assinatura Se v o c ê n ã o ESTÁ RECEBENDO SUA ASSINATURA LIGUE 21-2406.7416| 2406.7418 S etor de C irculação A RECLAMAÇÃO VALE PARA QUALQUER UM DE NOSSOS PERIÓDICOS Mensageiro da Paz Obreiro • GeracãoJC M ulher, Lar & Família Cristã * Resposta Fiel Ensinador Cristão assinaturas@cpad.com.brí Divulgue as atividades do Departamento de Ensino de sua igreja Entre em contato com Ensinador Cristão Avenida Brasil, 34.401, Bangu Rio de Janeiro (RJ) CEP 21852-000 Telefone 21-2406.7403 Fax 2406.7370 ensinador@cpad.com.br mailto:ensinador@cpad.com.br sábado à noite nunca mais foram os mesmos. Luis Carlos Nascimento França Poremail (PA) Assinante recomenda Sou professora de ED na igreja onde congrego. Quando conheci a Ensinador Cristão não me contive e logo fiz a assinatura. Esta revista tem sido de grande valor espiritual na minha vida. Terei sempre prazer de indicá-la a outros professores. Eunice Maria de Lima Por email, Cachoeirinha (PE) Antigo Testamento Parabéns pelo trabalho que vocês desenvolvem no Brasil e no mundo no que tange ao ensino da Bíblia. Aproveito para felicitar o pastor Esequias Soares pelo ótimo comen tário do tema Visão panorâmica do Antigo Testamento, estudado nas classes de Jovens e Adultos do 2o trimestre de 2003. Fernando Souza dos Santos Por email (BA) Divulgação no congresso Participei do Io Congresso de Educação e Evangelização Infanto- juvenil e recebi um exemplar da Ensinador Cristão. A revista, de ótima qualidade, é um material indispensável a professores tanto de ED como de Educação Infantil. Rosinei A. R. Oliveira Por email (MG) Reconhecimento Não tenho palavras para expressar minha gratidão a Deus pela existência da Ensinador Cristão. A cada edição, sinto mais a presença de Deus. Parabéns à CPAD por editar um material tão edificante. Também parabenizo pelas revistas de ED da classe de Jovens e Adul tos. Elas têm nos ajudado muito, em especial a orientação didática. José Valcélio de Souza MilIiã (CE) Material de qualidade Estou satisfeito pela qualidade material e didática da Ensinador Cristão. (...) As idéias propostas pela revista têm tomado as aulas mais dinâmicas e interessantes. Isaac dos Santos Evangelista Queimadas (BA) Braço forte Faço menção aos subsídios contidos na Ensinador Cristão, que têm nos ajudado muitona compreensão das lições. As dinâmicas de grupo trazidas na seção Boas Idéias são como braços fortes para ensinarmos a igreja de forma didática e provei tosa. Espero que os irmãos continu em nos ajudando a servir o Mestre através de ensinos relevantes em nossa ED. Elói Pereira dos Santos Por email, Mairiporã (SP) Sou leitora assídua da Ensinador Cristão. Como professora da ED, acho esta revista uma fonte inesgo tável de conhecimento e estratégias para o desempenho das atividades e construção do saber. Maria da Luz Gomes e Silva Pirapeiims (MA) Estudos reformulados Quero felicitá-los pela obra que está sendo realizada de norte a sul do país através da Ensinador, não d a A e c t & i MAÇÃO EGRAL DO FE SS O R EbsHp,áticacy L..n„—̂vaVl A-\ pr0fes*>or: Comunique-se com a Ensinador Cristão P o r c a rta : Av. Brasil, 34.401, Bangu-21852-000, Rio de Janeiro/RJ P o r fax : 21-2406.7370 P o r e m a il: ensiniidor@cpad.com.br Sutz- ofUttião- é úwfiotáaítte etá&! D ev id o às lim ita çõ e s d e es p a ç o , as ca r ta s serão selecionadas e transcritas na íntegra ou em trechos considerados m ais significativos. Serão publicadas as correspondências assinadas e que contenham nom e e endereço com pletos e legíveis. N o caso de uso de fax ou e-m ail, só serão publicadas as cartas que inform a rem tam bém a cidade e o Estado onde o leitor reside. mailto:ensiniidor@cpad.com.br ** . ••..V • , - ;; • g g Alcançar o coração dos adolescentes significa entender ecentem ente deparei- me com uma irmã re clamando que em sua igreja quase não havia adolescentes. Tal fato se repete em inúmeras igrejas. Fiquei a pensar qual seria o motivo des sa ausência de adolescentes. É certo que trata-se de uma fase trabalhosa, que se facilidade sedtizida pelos prazeres do mundo. M as, por outro lado, poucas são as igrejas com professo res preparados para atuar com ado- lescentes. Muitos se negam a dar aula para esta faixa etária e os superinten dentes de Escola Dominical, muitas vezes, precisam "laçar qualquer ir mão" para assumir esta classe. Será que não estamos negligen ciando o Ide de Jesus quando não preparamos pessoas para a missão de trabalhar com adolescentes? Os que desejam lidar com esta faixa etária precisam estar convictos da que estão tomando nas mãos. Professor nota 10 "Ah, mas meu trabalho toma muito o meu tempo e quase não me resta oportunidade para me dedicar ao estudo da lição! Te nho tantas coisas para fazer em casa! Eu leio a lição toda para eles, mas adolescente não pres ta atenção em nada! Nunca tive oportunidade de fazer um cur so, por isso minha aula não é tão boa quanto poderia ser se eu tivesse um curso" - descul pas e mais desculpas! E assim que costumamos fugir da nos sa responsabilidade e maquiar nossas imperfeições. Conheço muitos professo res de ED que jamais entraram numa faculdade, mas são os melhores professores que já vi. Há outros que exer cem m uitas outras funções, mas sempre acham tempo par, preparar uma boa aula. Acho que a p alav ra-ch av e para este ma d icad os, que, ao entrarem em sala de aula. trazem muito mais do que* aquilo que está na revista. Trazem experiência de vida, complementos e subsídios dou trinários, criatividade nas tare fas e amor, muito amor pelos.: alunos. —J Se você almeja ser professor, antes de olhar para seus alu nos, olhe para dentro de si mes mo e questione-se: Sou um p ro fessor eficiente? Você consegue transmitir clara mente a mensagem que quer passar para seus alunos? E stou p rep arad o p a ra dar aula? Você conhece bem o as sunto? Sabe como sair de situ ações embaraçosas sem trau matizar ninguém (principal mente a você mesmo), caso não saiba responder a uma pergun ta? Seus problemas pessoais não estão atrapalhando sua aula? Está preparado espiritu almente para guerrear contra o inimigo? Procuro in form ações a d ic i onais em outras fon tes que não seja apenas a rev ista de m es tre? Seus alunos não querem al guém que lê a revista com eles! Eles querem alguém que traga algo mais. Em minha classe tenho um d esafio : duas m eninas que sempre compram a revista de mestre, pois são filhas de pas tores (uma delas é filha do su perintendente da ED). Ja mais pensei em proibi-las de usar a revista de mes tre. Isso significa que elas estão a procura de algo mais para suas vi das. E isso faz com que eu seja for çada a buscar outras fontes para en riquecer a aula. Tenho a sim patia e a confiança de m eus a lu n os? Sua classe precisa admirá-lo como professor e ver em você a pessoa em quem pode confi ar seus segredos se um dia precisar. Um professor é um misto de amigo- pai-psicólogo. Temos que ter um om bro amigo sempre disponível, uma palavra sábia para instruir, uma vi são capaz de entender o que cada atitude representa nas "entrelinhas". C onsigo m e a v a lia r co n stan te m ente a f im de id en tificar meus p ró p r io s erros e bu scar co rr ig i- lo s o m ais d ep ressa p o s s ív e l? Quantas vezes nos pegamos apontando o erro dos adolescentes e nos esquecemos de que também temos nossos própri os erros que precisam ser corrigidos! Se você fosse seu aluno, gostaria da sua aula? M inha resp on sab ilid ad e com es ses alunos está além da sa la de aula? Não basta ser professor somente no domingo. O bom professor busca saber porque seu aluno não compa receu no culto à noite, se está bem no colégio e com a família, organiza passeios etc. Aquelas vidas são mui to importantes e a dedicação deve ser integral. Além do mais, você não é chamado de professor apenas nas manhãs dominicais; isso pressupõe que o seu papel como professor é integral. Lembre-se, você é observa do pelo olhar atento e crí tico de seus alunos o tempo todo. M as, e tem po para m e de d icar tan to assim ? E m inha v ida particu lar? É o que você pode estar se perguntando. O tempo que você estiver na igreja já é um bom começo! E, se seu problema é falta de tem po, a solução é simples: o mes mo Deus que te confiou esta tarefa, também é o dono do tempo. Ore! Ele vai te dar as oportunidades certas, na hora certa. Creia, oração funciona mesmo! Características do adolescente O potencial do adolescente é extrem am ente grande. Se você souber explorar esse po tencial, terá um grupo aplica do, cheio de vida e vontade de fazer algo para Deus. Vejamos as principais características dos adolescentes: São extrem am ente qu estio- nadores. Não basta dizer "isso não pode"; tem que se expli car o porquê de tudo, com res postas convincentes e imedia tas. Do contrário, o adolescen te pode até perder a confiança no professor. Não diga que eles precisam jejuar; mostre- lhes como jejuar, jejue com eles, jejue por eles. E se você não sabe responder algu- 1 BSi^ ' '■ f- ma pergunta, não se envergonhe! Ninguém é expert em Teologia. Só o próprio Deus. Seja sincero e diga "não sei, mas vou pro curar saber para responder a v o cê". E procure mesmo! Seus alunos vão apreciar ter um professor sincero, com imperfeições como qualquer ser humano, mas que busca se superar, do que ter um p rofessor m etido a saber tudo, que na realidade pensa enganar a classe com respos tas ambíguas e reticentes. P ossu em tem p eram en to in s táv e l. Numa hora estão alegres e motivados e, de um momento para o outro, po dem entrar em depressão. É preciso com preender cada momento do adolescente e saber conduzi-los. Além dis so, é na fase da adolescência que nosso corpo sofre as mu danças mais radicais num curto espaço de tempo. Isso mexe com a cabeça deles. A necessidade de aceitação “Se você quer 1 conquistar o adolescente, tem que aprender a entrar no universo dele e respeitar seus limites” aflora de forma devastadora, en quanto o corpo começa a mostrar si nais de mudanças que podem cau sar dor, medo, ansiedade, vergonha etc.Os sentimentos parecem surgir em doses extremas (sentimentos psi cológicos, afetivos, sexuais etc). N ão se contentam com au las m o nótonas. O professor de adolescen tes precisa trazer para os dias de hoje a aplicação do ensinamento. A maio ria dos adolescentes não quer somen te saber porque Moisés abriu o Mar Vermelho; eles querem que digamos o que isso tem a ver com o que ele está sentindo ou vivendo hoje. Possuem uma linguagem própria. O professor precisa saber se comuni car no "dialeto" do adolescente -não me refiro a gírias, comuns entre eles, mas a uma linguagem própria para a idade deles. Por exemplo: não dá para aconselhar uma adolescente a esperar de Deus um "varão valoro so". Devemos aconselhá-la a esperar por um "garoto que seja temente a Deus, estudioso, bom filho e dedica do aos trabalhos da igreja porque, do contrário, ela vai se dar mal, sofrer muito na vida". Precisamos falar cla ramente, numa linguagem que nos sos jovenzinhos entendam! Não quei ra usar palavras d ifíceis para impressioná-los. Isso surte o efeito contrário . O a d o le sce n te fica enjoado da aula e nunca mais volta! O universo do adolescente Muitas vezes queremos que o adolescente saia do universo dele e venha para o nosso, as sumindo uma postura de adul to. Precisam os com preender que vivemos em universos psi cológicos diferentes. Se você quer conquistar o adolescente, tem que aprender a entrar no universo dele e respeitar seus limites. Lembra como você ou algum am igo seu reclam ava que os adultos não os compreendiam? Isso é normal, são os diferentes universos p sicológicos. Hoje você entende bem mais os por quês da vida do que quando ti nha 15 ou 17 anos. Na verdade, o adolescente quer ser compre endido, ouvido, am ado, mas nem sempre sabe expressar isso de uma forma eficiente. Tenho um aluno muito fa lante, com um NA do tamanho do mundo (chamamos de NA a Necessidade de Aparecer). To dos nós (jovens ou adultos) te mos NA. U ns p ossu em NA enorme, outros já conseguem controlá-lo. Mas nos adolescen tes parece que o NA extrapola lim ites. Esse aluno era exata mente assim. Falava o tempo todo. Atrapalhava a aula. Cria va inimizades porque se acha va o melhor e o mais bonito e fazia questão de tentar provar isso aos colegas. Mas todo pro fessor precisa ter um faro de psicólogo para identificar o que está "escrito" no comportamen to de cada vida sob sua respon sabilidade. Procurei saber mais a respeito dele e descobri que vinha para a igreja com um primo. Os pais casa, a atenção era voltada para o irmão mais velho, trata do como "o inteligente da famí lia", enquanto este meu aluno era tratado como o "garoto-pro- blem a". Não era de se admirar que seu com portam ento fosse tão reprovável. Era assim que ele conseguia a atenção das pes soas. Um dia, após o térm ino da aula, chamei e abracei esse alu no. D isse-lh e que o am ava e que ele era um dos mais in te li gentes da classe (e era mesmo), mas que o fato de ele falar o tempo todo atrapalhava muito a m inha aula e fazia com que tira s s e a a te n çã o de to d o s. "Você tem um grande potenci a l" , disse-lhe, "e quero ajudá- lo a desenvolver esse potenci al para Deus. Sei que esse é o seu jeito de ser e eu não quero fo rçar a m udá-lo con tra sua vontade. Mas se você puder, de vez em quando, dar uma tré gua para essa professora que te ama m uito, vou me sentir re co m p en sa d a !" Era um apelo sincero. E o garoto com preen deu. E claro que ele continua falante, mas sinto que está se esforçando para controlar seu NA. Não posso querer que ele p e rm a n e ça m udo e n q u a n to dou aula. Então, passei a usar seu potencial pedindo-lhe sua opinião sobre vários assuntos relativos à lição . Quando ele opina de forma correta, não me privo de elogiá-lo. Quando fala besteiras, repreendo com cari nho e peço opinião para outro aluno. Isso tem surtido efeito. Por se achar o melhor, ele vai querer sempre ter a resposta certa e, para isso, terá que estudar a Bíblia. Para fazer com que sua aula seja mais atrativa, deixamos aqui algu mas dicas: • D inâmicas de grupo. Com as dinâmicas de grupo, o adolescente aprende na prática a m ensagem que você deseja passar. » jograis e representações. Colo que os alunos para representar pas sagens bíblicas ou situações com as quais, através da representação, eles possam m ostrar as soluções para seus problemas. • M aterial didático. Use e abuse de quadros, mapas, diagramas, re portagens de jornais, letras de mú sicas etc. Ex.: Para falar sobre na moro, iniciei minha aula distribu indo uma cópia de uma música do mundo que diz "já sei namorar, já sei beijar... não sou de ninguém ". Calma, não se espante! Minha in tenção não era ensinar a música para eles! Peguei a letra na Internet e fiquei horrorizada com o que ela dizia. A música fala do namoro per vertido que ocorre com os adoles centes do mundo. Sei que meus alunos são constantemente subme tidos às críticas do mundo e ques tionados a respeito de seus padrões morais por colegas no colégio ou na rua onde moram. Por isso, m i nha intenção foi saber qual a opi nião deles sobre o assunto. Procu rei ouvir o que eles tinham a falar a respeito. A aula foi participativa, dinâmica e muito proveitosa! Des cobri que alguns ali não sabiam de fender sua opinião do ponto de vis ta bíblico. Mas, o melhor de tudo foi que, aqueles que sabiam, ensi naram aos demais. Saí da aula sa tisfeita com eles! Minha dedicação não estava sendo em vão. • Traga um visitante para ajudar na aula. Alguém que possa dar um testem unho, contar algo interes- e x p e riê n c ia de vid a. Gosto de convidar o pastor da minha igreja para ser "en trevistado". Monto um am biente especial, com micro fone de repórter e uma im i tação de câmera (uma caixa de sapatos preparad a em forma de câmera de film a gem), e os adolescentes fi cam livres para perguntar o que quiserem sobre questões pessoais ou espirituais. Isso é bom para fazer com que haja uma aproximação m ai or entre o pastor e suas ove lhas adolescentes. Seja criativo. Tento sem pre fazer alguma coisa dife rente a cada domingo. Nem sempre consigo, mas tento! Na lição sobre nossa identida de com Cristo, por exemplo, copiei no computador uma carteira de identidade, tro quei algumas palavras para torná-la uma "C arteira de Identidade do Céu" e distri buí para todos. Se não tives se computador, usaria a má quina xerox ou desenharia uma a uma. O importante é saber usar aquilo que tenho nas mãos de forma criativa. A m issão é para todos que desejam depender da graça e da m isericórdia de Deus. Descubra em você o amor por essas almas e não se preocupe. Deus te deu um ta len to . Q uanto você vai granjear? Amazonas recebe pela | Conferência de Escola D A AD em Manaus, liderada pelo pastor Jonatas Câma ra, recepcionou a 6o Con ferência de Escola Domi nical, promovida pela CPAD. Estive ram presentes mais de 1,5 mil pesso as que freqüentaram um ciclo de pa lestras relacionadas ao ensino na Es cola Dominical. "Deus agiu de forma gloriosa!", exulta pastor Jonatas ao avaliar o resultado dos quatro dias de conferência. "Foi uma experiência inédita na Região Norte, e superou todas as nossas expectativas", afirma. Sob o tema "Transformai-vos pela renovação do vosso entendimento", Rm 12.2, o evento contou com a presença dos pastores Antonio Gilberto, Claudi- onor de Andrade, Eliezer Morais e Davi Fotos: Silas Ramos Ronaldo Rodrigues de Souza, díretor-executivo da CPAD, recepciona em plenário líderes assembleia- nos e palestrantes. Em primeiro plano, da esquerda para a direita, pastores Wellington Júnior, Jonatas Câmara, Orcival Xavier, Sebastião Andrade e João Kolenda Lemos EH ♦ ♦ Nascimento. Os professores Albertina Malafaia, Helena de Figueiredo, Anita Oyaizu, Débora Ferreira e Marcos Tuler também fizeramparte do grupo de pa lestrantes da programação. Participação efetiva Muitos inscritos tiveram que ven cer desafios para comparecerem à con ferência. O coordenador local do even to, pastor Aurino Bandeira, reconhece que a Região Amazônica possui inú meras dificuldades. "O povo da nossa região atravessa deficiência com mei os de transportes, analfabetismo, difi culdades na área financeira, mas nada disso foi motivo para desanimarmos na organização local do evento. Recebe mos irmãos que viajaram dias pelos rios da região. Alguns foram de canoa até um determinado lo cal, para então entrar em uma embarcação maior que os levasse até Ma naus", atesta. Pastor Aurino destaca que todo o esforço vale a pena no Reino de Deus: "Muitos procu ravam os prele- tores até nas horas de inter valo para escla recer suas dú vidas". Segundo a professora He lena de Figuei redo, preletora na área dos primários e juniores, nem mesmo o calor de 40 graus desmotivou os conferencistas. "Tivemos a participação efetiva dos ouvintes. Questionavam, ansiavam pela troca de experiências. Foi oportu no para o grupo descobrir novas me todologias de aprendizado a partir das diferenças pedagógicas detectadas por essa troca de experiências", analisa, sa lientando ainda que "não podemos deixar de frisar a preocupação que os professores devem ter em aprofundar seus conhecimentos com um estudo sistemático da Palavra". Pastor Davi Nascimento, que dis correu sobre a utilização de recursos audiovisuais no ensino cristão, sentiu a receptividade dos conferencistas ao apresentar alguns cartazes que confec cionou para a ministração de sua pa lestra. "Os professores ficaram feljzes de ver exemplos de recursos visuais. A utilização de cartazes, retroprojetor, datashow e outros equipamentos são fundamentais porque auxiliam no pro cesso de ensino", declara. Os desafios da pedagogia bíblica foi o assunto desenvolvido pelo pastor Eliezer Morais. "O grande desafio dos professores de Escola Dominical que utilizam a pedagogia bíblica é também utilizar a pedagogia do amor. Este sen timento ajuda a minimizar as dificul dades que possam surgir no processo de aprendizagem, além de gerar no professor a compreensão de que seu trabalho na igreja não é um favor dis pensado ao pastor, mas um ministério concedido por Deus", enfatiza.. Pastor Wellington Júnior fala aos congressistas durante o evento Por Andréia Di Mare com tradução de Carla Ribas Na perspectiva do ensino y r Gilbert Beers, educador norte-americano que virá ao 4o Congresso Nacional de Escola Dominical, fala do desenvolvimento de currículos para a ED e enfatiza a construção do caráter a partir da Bíblia Em uma pequena fazenda de grãos em Illinois, nos Estados Unidos, pouco depois do período da Grande Depressão, crescia Gilbert Beers, um menino que anos mais tarde viria a ser um instrumento nas mãos do Senhor para estabelecer referenciais no processo de ensino tia Palavra de Deus. Sua história, porém, causa-nos impacto. "Éra mos muito pobres, assim como todos os fazendeiros da quela época. Durante dois anos, nossa família morou dentro de um vagão de trem, atrás do nosso celeiro de vacas. Mas nossa fa mília não faltava a uma Escola Do minical sequer, em uma pequena igreja de um vilarejo distante cer ca de 8 km da nossa fazenda", re corda, afirmando que "foi lá que aprendi a Bíblia, conheci sobre o Senhor e formei a compreensão básica que me levou a aceitar Jesus quando adolescente". Aos 16 anos de idade, Beers começou a dar aulas na ED para a classe mas- culina de juniores e, ao longo dos anos, esteve a frente de classes de adultos. Contudo, seu envolvimento maior tem sido na produção de cur rículos para a Escola Dominical. Sua primeira oportunidade para desen volver essa tarefa foi há 47 anos, quando assumiu o cargo de editor de Publicações sênior da Cook Communications Ministries. Com sua trajetória ministerial amadurecendo, Beers conquistou a presidência da Scriptnre Press M in istries e da Scripture Press Pnblications. Ele desenvolveu, ainda, a filoso fia educacional para Godprints, o cur rículo contemporâneo da Cook, de onde também foi consultor e conse lheiro da diretoria. Simultaneamen te a suas atividades, Beers sempre en controu tempo para escrever livros - já são mais de 40 publicados na área de Educação Cristã. Entre suas obras está a Bíblia passo a passo para crian ças - uma publicação da editora Chariot Victor Publishing em co-edição com a Casa Publicadora das Assem bléias de Deus. Este ano, a igreja brasileira pode rá aprender com a experiência de Beers. Ele será um dos preletores do 4o Congresso Nacional de ED, que acontecerá em julho. A Ensinador aproveita esta fase pré-congresso para apresentá-lo a você na Conver sa Franca. ■ O que não pode faltar em um currículo infanto-juvenil de Escola Dominical? O coração de qualquer currículo de Escola Dominical é a mudança que ele faz na vida do usuário fin a l. Um bom currículo deve ajudar o usuário a co nhecer a Bíblia. A experiência do apren dizado precisa ser com alegria e delei te. Aceitamos as verdades da Palavra de Deus quando as vemos através das janelas da alegria, não quando elas são impostas a nós. O processo de aprendi zagem também deve ser apropriado para a idade que se está trabalhando. Com freqüência, esperamos que a criança veja algum atrativo na Bíblia do adul to, e isto simplesmente não acontece. O aprendizado bíblico precisa ser apropri ado para cada nível de idade ou de ma turidade. ■ Independente das divergências teológicas que há entre tradicionais e pentecostais, o que diferencia os currículos de ED disponíveis no mercado? “Gosto de desafiar os pais a passarem com seus filhos, no mínimo, o mesmo tempo que passam à frente da tevê” C urrículos de Escola D ominical tais como o da Cook e da Scripture Press têm sido usados por inúmeras denominações e igrejas independentes. Esses grupos representam um vasto alcance de diferenças doutrinárias. Mas o principal, e o motivo para que tantos grupos divergentes utilizem um currículo, é que estes currículos são designados para o ensino bíblico, não para o ensino das diferenças entre as igrejas. Algumas publicadoras deno- minacionais possuem seu próprio cur rículo, ao qual adicionam material re ferente às distinções teológicas relaci onadas às suas perspectivas. Exceto essas diferenças denominaci- onais ou doutrinárias, cada currículo é diferente do outro na form a como abor da o aprendizado bíblico. E como se al guém perguntasse: "Quais são as dife renças entre as várias marcas de auto móvel?" A reposta é que todos eles pos suem quatro rodas, um motor, um vo lante e assentos, mas cada marca possui características únicas que ditam a dife rença de uma para outra. ■ Há crianças que freqüentam a ED, mas crescem, em seus lares, sob padrões de conduta que não condi zem com a Palavra de Deus. Nesses casos, como controlar a influência que a família exerce no caráter da criança? Precisamos enfrentar a realidade que, mesmo dentro de muitos lares cristãos, os pais falham quanto à qualidade do tempo passado com os filhos. Gosto de desafiar os pais a passarem com seus f i lhos, no mínimo, o mesmo tempo que passam à frente da tevê. Se cada pai f i zesse isso, uma mudança revolucioná ria ocorreria com as famílias. I K idbuilders é um programa de li teratura específica para alcançar cri anças não-evangelizadas. Como as histórias da vida de Jesus sã*o tra balhadas para gerar transformação no caráter das crianças? Kidbuilders é baseado em 50 va lores bíblicos, as pedras fundam entais do caráter cristão. Cada um deles ê aprendido nas 50 histórias sobre a vida de Jesus usadas neste programa. Por exemplo, aprendemos sobre a honesti dade na história de Zaqueu. Ele men tiu, trapaceou, roubou o seu povo e os enganou. Ele fo i um exemplo de pes soadesonesta. Então, ele encontrou Jesu s, e Jesu s mudou a sua vida. Zaqueu tornou-se uma pessoa hones ta da cidade. A verdade aprendida é que Jesus pode transformar uma pes soa desonesta em honesta. J ■ O senhor elaborou a B íb lia p a s so a p asso , recomendada para cri anças a partir de quatro anos. O que motivou a idealização dessa Bíblia? Desenvolvi a Bíblia passo a passo porque a maioria das pessoas, até mes mo cristãos adultos, não enxerga a Bí blia numa perspectiva histórica. Uma certa manhã, em uma classe de adultos da ED, o professor pediu aos alunos que listassem as pessoas da Bíblia em uma ordem histórica: Moisés, José, Davi etc. A maioria fracassou no teste. Idealizamos uma forma de as crian ças verem como a Bíblia fluiu no curso da história. Por exemplo, os relatos de Ester, Esdras e Neemias dispostos den tro da cronologia dos fatos. ■ Nas Bíblias infantis raramente estão inseridos todos os relatos da Palavra de Deus. Considerando sua experiência, ao se organizar uma obra para crianças, quais os critéri os de seleção das histórias que irão integrar essa compilação? Existem mais de 600 histórias na Bíblia. Quando selecionei as histórias para o livro de histórias bíblicas, consi derei primeiro quais ensinavam os valo res essenciais, aqueles que devem ser transmitidos à criança. Busquei relatos que se encaixavam no nível de idade que desejava alcançar. O relacionamento entre Davi e Bate-Seba, por exemplo, não é uma história para ser explorada em ensinos direcionados a uma criança em idade pré-escolar. M Muitas crianças têm a tendência de aceitar Jesus sempre que escu tam o convite no culto público. Tra- ta-se de uma reação natural da in fância ou de algo que deve ser me lhor trabalhado na ministração do ensino bíblico? Muita coisa precede a decisão que uma pessoa toma de aceitar um convite durante um culto. Comigo, sendo um garoto de 16 anos, lutei por três meses com a dúvida de aceitar Jesus. Então, vejo que a questão é esta: o que estamos fazendo para preparar o caminho para que a criança aceite Jesus; seja respon dendo a um convite na igreja, seja ajoe lhando-se ao lado da sua cama junto de seus pais? Precisamos ajudar a criança a aprender sobre como se tornar uma pessoa santa em Jesus Cristo, ajudá-la a compreender o significado da vida cris tã e como viver como um verdadeiro f i lho de Deus. O momento da decisão ge nuína poderá ocorrer em qualquer está gio desse aprendizado. ■ Como falar da salvação para cri anças especiais, fazendo com que elas tenham o pleno entendimento do Evangelho? Há crianças especiais menos capazes e crianças especiais mais capazes. Todas as crianças acham difícil compreender o Evangelho quando muitos adultos ten tam explicá-lo. Para evangelizar um adulto que tem uma "cesta" cheia de pecados acumulados é certo começar com o tópico sobre o pecado - ajudando-o a ver a si mesmo como pecador necessita do de arrependimento e, assim, trazê-lo Fotos: Arquivo pessoal a Jesus. Mas para uma criança peque na, embora de natureza pecaminosa, a questão do pecado não é tão óbvia. Gos to de conversar com uma criancinha so bre como tornar-se amiga de Jesu s , aprendendo a amá-lo e aceitá-lo porque Ele a ama também. Podemos focalizar a “amizade eter na" de Jesus. Então, uma criança per gunta por que Jesus não pode nos levar para a sua casa como somos? E por que fazemos coisas ruins que são chamadas de pecado e que nos sujam por dentro? Então, explicamos que Jesus não pode levar coisas ou pessoas sujas para o seu Lar Perfeito, ou lá deixaria de ser o Céu. Assim, mostramos para a criança a ne cessidade de pedir que Jesus limpe os nossos corações e as nossas mentes quando o aceitamos. H O senhor participou do I o Con gresso Nacional de ED, promovido pela CPAD em 1998. Qual foi sua impressão da Educação Cristã bra sileira? Fiquei muito impressionado pela pro fundidade e amplitude do interesse e da preocupação com a excelência em Edu cação Cristã. ■ Passados cinco anos, o senhor volta ao Brasil para participar da quarta edição desse Congresso. Sua palestra C onstruindo o ca rá fer d as cr ian ça s será m inistrada em duas partes. Comente sobre sua trajetória ministerial envolvendo esse tema. Durante os últimos 47 anos, desde o início do desenvolvimento de currí culos para o estudo da Palavra de Deus, dediquei-m e à construção do caráter a partir da Bíblia. Elaborei um material em torno do tema com 40 va lores ou traços característicos, que ser viu como ponto central de um currí culo. Com o passar dos anos, tenho escrito mais de 150 livros, a maioria para o público infantil. Muitos deles trabalham o desenvolvimento do cará ter na criança, .-es® / í n t iy o - iPor Elíezer de Lira e Silva Quando a es! Para solidificar a convivência familiar é preciso reorganizar alguns pontos do cotidiano A maior ameaça que uma família pode enfrentar é não ter Deus como seu centro, mesmo que o co nheça. Satanás sempre tentou desvi ar o homem dos caminhos traçados pelo Senhor, e hoje usa meios cada vez mais sutis para desestruturar a família e, em decorrência, a igreja. Os pais devem estar atentos a tudo que possa am eaçar a m anutenção do bem-estar da família. Ao detectarem algo que comprometa o padrão de qualidade da vida familiar, devem, sem demora, restaurar esse padrão. Deus deve ser reconhecido como Criador e Senhor, o único ser digno de todo o louvor, e isto deve ser pra ticado no lar. Nada deve tirar o lu gar de Deus em primeiro lugar em nossas vidas. No entanto, observamos um cer to desequilíbrio em pais que negli genciam o cuidado com sua família por causa dos trabalhos na igreja. Lembremos do que disse o Senhor: "De que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" De que adianta trabalhar por uma igreja in teira e perder sua própria família? Antes de ser um obreiro, o homem tornou-se sacerdote do seu próprio lar, assim que formou sua família. A falta do culto doméstico Em Deuteronômio 6.6-9, Moisés explica que a Lei deve ser, em todo tempo, ensinada no lar. Deus deVe fazer parte clusive, prepara os filhos para uma adoração de qualidade na igreja. É também uma forma de o homem de senvolver o seu sacerdócio, e o seu próprio ministério (caso o tenha). E o momento propício para que os fi lhos assimilem os conceitos básicos da vida cristã tanto para o presente quanto para o futuro. A Palavra ex planada de forma sistemática no cul to doméstico leva a criança à sabe doria (2Tm 3.15). Os pais devem tornar-se dignos de honra. Queremos que nossos fi lhos vivam m uitos dias, felizes. Mais do que os pais, Deus quer. Para tanto, estes filhos devem honrar seus pais (Ex 20.12). Esta honra é devida mereçam os pais ou não, mas é mui to mais nobre que estes pais façam por merecer a honra. Os primeiros na vida da família, nem a própria famí lia. Um marido deve amar a Deus mais que à sua esposa, uma esposa deve amar a Deus mais que ao seu marido. Assim fazendo, eles amar- se-ão com maior força e intensidade; o Senhor estará intermediando este amor. Deus espera que o coloquemos de todos os m o mentos da família. E obrigação dos pais apresentá-lo aos filhos sempre que possível. O culto dom éstico mantém a família agregada física, afetiva e espiritualmente. É um pe ríodo de adoração familiar que, in exemplos dos filhos são seus pais. As crianças percebem as atitudes de seus pais (muito mais do que as pa lavras) diante da vida, e inconscien temente, muitas vezes, duplicam es sas atitudes em suas próprias vidas. m SmiMzdQn.' abilidade do Não só como pais, mas como cris tãos, deve-se ser exemplo para os fi lhos. Exemplo de amor, retidão, per dão, fidelidade, piedade, honestida de, abnegação, solidariedade. Pais que se mostram exemplos destas vir tudes são facilmente honrados por seus filhos e verão a recompensa do Senhor em suas vidas. Ausência no lar Uma outraam eaça à fam ília m oderna é a falta de tempo dos pais para conviver com os filhos e u su fruir momentos agradá veis com sua fam ília. Es co n d e n d o -se a trá s da busca pela provisão, os pais m odernos esque cem -se da convivên cia familiar. É necessário que os pais convivam com seus filhos para que possam lhes transm itir tanto os valores Consumismo A busca desenfreada pelo mate rial ameaça não só a família como um todo, mas cada membro dela que incorrer neste erro. Na realidade, quando se busca as coisas de modo anômalo, peca-se de diversas for mas: tira-se a pri- ^ v»- m a - zia de Deus na vida mais dinheiro ou bens - de qualquer forma não são tratadas como próxi mos, conforme a Bíblia ensina); a convivência familiar, quando existe, é prejudicada. O materialismo resulta de um de senvolvimento anormal do instinto aquisitivo do homem. Quando este não tem um conhecim ento sobre Deus nos padrões bíblicos, apega-se a coisas de maneira que nunca vai se sentir satisfeito. Este comportamento defor ma o ser humano, le- vando-o a ser uma pessoa fria e ego- í s t a . morais quanto os espirituais. Valo res são passados através de vida em comum, de exemplo, de conversas ocasionais. A convivência dos pais com os filhos é imprescindível para uma vida familiar saudável. (o deus agora é o dinheiro ou o que ele possa comprar); as pessoas já não são vistas como preciosas aos seus olhos, dignas de respeito (a não ser que sejam meios de se conseguir sas sao perso nificadas e as pessoas são reduzidas a coisas. Essa realidade é praticada na sociedade em geral e, gradativamen- te, perm eia a fam ília. Nesse ponto, os familiares já não são va lorizados, as coisas e os projetos materiais assumem a prioridade na m “Ao detectarem algo que comprometa o padrão de qualidade da vida familiar, os pais devem, sem demora, restaurar esse padrão” vida do homem. Como resultado, o espaço que deveria ser usado com a Palavra do Senhor bem como os referenciais advindos do caráter de Deus são trocados pelos valores materiais do mundo. A Bíblia é clara ao declarar que a prioridade deve ser o desenvol vim ento do Reino de Deus (Mt 6.33), e esse Reino é constituído de vidas, não de coisas. É bom ressal tar que, quando o m a te ria l é gerenciado de forma correta, ou seja, no seu devido lugar na escala de v a lo re s , D eus to rn a -se um partícipe nessa administração. As sim, os bens constituem -se uma benção para a família e para o Rei no de Deus. Capitalismo O capitalismo é um sistema eco nômico que provoca na comunida de a ele submetida uma falsa neces sidade de se adquirir o supérfluo. Isso tem adquirido tanta força na sociedade a ponto de os próprios governos dos países capitalistas de penderem do ciclo produção-consu- mo para sobreviverem. O cristão responsável deve criar e manter uma resistência ao consu mo desenfreado. Desta maneira, ele terá garantia de não entrar em difi culdades decorrentes da má admi nistração financeira. Quando Jesus diz em Mateus 6.32-33 que "vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas; mas buscai pri meiro o Reino de Deus, e a sua justi ça...", Ele está expressando um pa drão de vida centrado em priorida des. Uma família conduzida por um sacerdote responsável nessa área tem grandes possibilidades de viver num clima de tranqüilidade e segu rança social. Liderança em desequilíbrio Deus criou a família com uma es trutura bem definida. Paulo evoca essa estrutura quando fala da igre ja. Cristo é a cabeça da igreja assim como o marido é a cabeça da mu lher (Ef 5.23). Temos nesse particu lar duas coisas a destacar: o amor do marido pela esposa e a submis são desta esposa a seu marido. A Bíblia é muito clara e não dei xa espaço para exageros de ambas as partes. A esposa deve ser submis sa a seu marido como ao Senhor. O marido, por sua vez, deve amá-la como Cristo amou a igreja, entre gando-se a si mesmo por ela. E um amor sacrificia l. Amar a esposa mais que a própria vida. E tão fácil ser submissa a um marido assim! Os desajustes nesta estrutura re percutem na família. Os filhos de vem ter referência de liderança mas culina no lar. Quando a esposa é au toritária e insubmissa, esta referên cia se perde, causando prejuízos, às vezes, irreparáveis, principalmente para os filhos homens. Da mesma forma, pais excessiva mente autoritários tolhem a liberda de de expressão dos filhos e da es posa, tornando-os pessoas sem ini ciativa, que terão dificuldades em se relacionar com o mundo externo à família. Os filhos de um lar dita torial dificilmente serão bem-suce didos como líderes, considerando que esse modelo de formação pro voca bloqueios nessa área. A estru tura mostrada na Bíblia representa o equilíbrio que deve reinar no lar. Lar em reconstrução O p on to de p a rtid a p ara a reestruturação da família, à luz da Bíblia, é o conhecim ento mútuo tridimensional (espiritual, afetivo e social) entre o marido e a esposa. Assim como Cristo conhece a igre ja, o marido também deve conhe cer sua esposa - respeitando as de vidas proporções. A cultura que nos é imposta tem levado os cônjuges a uma intensa vida profissional. Esse fator vem sacrificando a vida relacional e, conseqüentem ente, embaraçando esse conhecim ento indispensável no processo da reconstrução fam i liar. Deus concedeu ao homem a res ponsabilidade de ser o mentor es piritual da sua mulher. Por isso, o conhecimento mútuo torna-se im prescindível. Isto só pode ser ad quirido com dedicação, atenção, perícia, m aturidade, paciência e, acima de tudo, conhecim ento da P alavra de D eus. É im p o ssív el uma fam ília chegar a um padrão de excelência no relacionam ento se o casal deixa a desejar nessa área. Uma vez que o casal *esteja ajustado, pode montar um plano de reconstrução com base na Pa lavra de Deus e na oração, sem abrir mão da disposição para levá- lo a efeito. Em meio a todos os desajustes familiares, até mesmo em meio ao caos, nada está perdido quando se deseja uma recuperação aos pés do Senhor. "Porque para Deus nada é im possível", Lc 1.37. Elíezer de Lira e Silva é pastor na AD em Prado Velho, Curitiba (PR), e comentarista das Lições Bíblicas para Jovens e Adultos deste trimestre cujo tema é Família Cristã. m Sxem fiC o- de 'THeáfoe ; Por Andreia Di Mare com tradução de Carla Ribas . ... ..... Cinco minutos com Marlene LeFever Professora norte-americana analisa a globalização, relacionando o comportamento das crianças de hoje com o ensino bíblico c o m o d e muita gente. Que sin- tam-se pouco confortáveis, e isso os incentive a criar métodos de ensino. m estre em Educação Cris tã, conferencista e auto ra dos livros Estilos de aprendizagem e Métodos criativos de ensino (editados pela CPAD), Marlene LeFever é uma das preletoras internacionais de destaque no 4o Congresso Nacional de ED, a ser realizado entre 29 de julho e 1 de agosto, no Centro de Convenções Anhembi, em São Paulo. A seguir, você acompanha uma entrevista ex clusiva que esta professora - um exemplo de mestre dos nossos tem pos - concedeu à Ensinador Cristão. Em termos culturais, o que pode m os considerar universal na criança? Essa é a primeira geração em que as crianças se parecem mais entre si do que com seus pais. Elas vêem os mes mos filmes, vêem os mesmos progra mas de televisão, ouvem as mesmas músicas, vestem a mesma roupa. Mui tas delas têm a mesma atitude quanto à vida: "Eu vou viver para hoje, por que talvez não tenha o amanhã". Mui tas têm os mesmos medos - da Aids, morte do planeta, balas perdidas, vio lência. A maioria delas, especialmente nas nações mais desenvolvidas, se pre ocupa com o desaparecimento da fa mília - o pai vai embora, nada é estável. A g loba lização pode d istanciar as crianças da cultura de seus países? A globalização é muito óbvia, masexiste o fato de as pessoas estarem indo em outra direção. Algumas nações es tão percebendo que se não trouxerem as suas crianças de volta para a sua cultura, as perderão. Elas ainda têm as crianças, mas estas serão membros da nação do mundo, não do Japão, não do Iraque, nem mesmo do Canadá, e as sim por diante. Então, o p ro fessor de ED tem de estar aten to p ara a qu estão da g lo ba lização? Se eu estivesse ensinando alunos entre as idades de 9 e 25 anos, eu ouvi ria a música deles, veria os mesmos fil mes que eles acham importantes, as sistiria aos programas de televisão que eles assistem. Dessa forma, eu poderia fazer uma relação de tudo com o Jesus que eu ensino na Bíblia. Eu usaria a vida diária deles como lição. Muitas crianças, em muitos países, acham que a igreja é cercada por muros enormes, e o que acontece nela é completamen te diferente do que acontece com o resto do m u n do. É bem diferente o jeito que eles agem na igreja para o jeito que eles agem na escola e na rua. Que contribu ição a irm ã espera que seus d o is liv ros la n ça d o s no B rasil traga p ara a E ducação Cris tã em n osso país? Espero que os professores leiam o Estilos de aprendizagem e mudem o jeito como ensinam. Nós temos perdido muitas crianças porque temos ensina do a elas de um jeito ou de outro. Esti los de aprendizagem não vai resolver tudo, mas vai começar a ganhar alguns de nossos filhos. As crianças não cos tumam deixar a igreja por causa do Di abo; elas deixam a igreja por causa dos cristãos, que não as amam, que ensi nam a elas de uma forma que não en tendem, que não tem nada relevante para dizer sobre o mundo delas. Já o Métodos criativos de ensino se tor na uma ferramenta para ensinar os di ferentes tipos de aprendizado. Espero que esse li vro in- /4 n t< m àx Conhecimento em Razão e capacidade sensorial são g | mecanismos básicos à aquisição do saber * 9 Vejamos os meios de aquisição do conhecimento, inclusive o bíblico e es piritual. O m eio ou can a l da percepção É a nossa percepção sensorial mediante os sentidos físicos, que captam as impressões, imagens e mensagens do mundo à nossa volta e transmitem aos centros de processamento da mente. A Meios de aquisição do conhecimento fetas da época, alienados do conhe cimento de Deus, também fizeram o povo errar (Jr 50.6 e Mq 3.5). Esse assunto do conhecimento é realmen te oportuno no momento, por tratar- se de um dos sinais precursores da volta do Senhor, como está predito em Daniel 12.4. O conhecimento realmente meri tório, sacrossanto e de valor e efeito benditos e inestimáveis é o conheci- jn en to de Deus. "Mas o que se glori ar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor", Jr 9.24. Já o homem natural, por não conhe cer a Deus, esforça-se por conhecer ao máximo e com prioridade a si mesmo, como apregoava o famoso filósofo grego Sócrates: "Homem, conhece-te a ti mesmo". O conheci mento que nos é de fato prioritário e indispensável é o de nosso Senhor Je sus Cristo, o qual deve ser precedido do nosso crescimento na graça divi na (2Pd 3.18). Em Cristo estão escon didos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl 2.3). este artigo vamos tratar dos meios de aquisição do conhecimento em geral. Não é primeira mente da sabedoria como tal que va mos tratar, mas do conhecimen to. Ter alguém sabedoria, pres- supõe-se que ele tem conheci mento. Daí, até certo ponto, sabedoria é o emprego lógi co, dosado e oportuno do conhecimento adqui rido, tanto o geral como o bíblico. Ve mos nitidamente em Romanos 11.33 que sa bedoria e conhecimen to são elementos distin tos, mas interdependen tes. O profeta Oséias falan do da parte de Deus acerca dos terríveis males que so brevieram ao povo de Israel, declara: "O meu povo foi destruído porque lhe faltou o conhecimento". Maus pas tores e falsos pro geral, ,___ mo adquin percepção é um recurso básico e indis pensável à obtenção de conhecimento. Esse conhecimento que nos chega atra vés da percepção, tendo os sentidos fí sicos como canais de aprendizagem, costuma ser chamado de conhecimen to empírico. Aí está à nossa volta o mundo da imagem e das impressões mediante as cenas, gravuras, quadros, gráficos, ex perimentação, observação pela visão, ouvido, olfato, paladar, tato etc. Este meio de conhecimento é limitado de vido a fragilidade dos nossos sentidos, cuja capacidade, em grande parte dos casos, é menor do que a maioria dos animais. Não era assim no princípio quando Deus criou o homem, mas o efeito deletério do pecado vem redu zindo desde a queda do homem, essa capacidade. No campo da nossa percepção através dos sentidos e da empatia, a Criação é um imenso livro aberto, cujas "palavras" são os objetos, as pessoas, o espaço, os astros, campos, rios, bosques, animais, plantas, mon tanhas, dias, noites, fenômenos e leis da natureza etc. O crente precisa e deve sempre ser um atento observa dor da natureza. Recomendamos aqui que o leitor examine cuidadosa mente Jó 12.7-11, Salmos 8.3 e 19.1-4, Provérbios 6.6 e Romanos 1.20. Esta última referência bíblica é de grande peso no contexto aqui enfocado. Certos fatos, práticas, ocorrências e incidentes da vida humana também podem contribuir para reduzir a capa cidade sensorial do ser humano, como doenças, enfermidades, atrofias, defor midades, abusos, vícios, excessos di versos, acidentes sofridos, idade, e \ l maus hábitos no emprego dos sentidos. Alguns textos da Escri tura nos ajudam a entender o valor da percepção através dos sentidos físicos na aquisição do conhecimen to. Em João 20.29, Jesus dirigiu-se a Tomé, um dos seus discípulos, di- zendo-lhe, "Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não vi ram e creram!". Em 2 Samuel 5.24, Deus instruiu a Davi quando da guerra mo vida contra Israel pelos filisteus, dizen do-lhe, "Ouvindo tu um estrondo de marcha pelas copas da amoreiras, en tão te apressarás, porque o Senhor saiu, então, diante de ti, a ferir o arraial dos filisteus". Em Atos 2, a percepção dos discípulos quanto aos fenômenos pen- tecostais ocorridos no Dia de Pentecos tes ficou registrada na Bíblia. "Um som como de um vento veemente", v2. "E foram vistas por eles lín guas repartidas como que de fogo", v3, e mais: "cada um os ouvia fa lar na sua própria língua", v6. Como está a n o ssa percep- m ção fisiopsíquica do meio ambiente e de tudo mais à nossa vol ta através dos sentidos físicos? O conhecim ento através da razão A razão é a mais alta faculdade psicos social do ser humano. É um atributo do nos so raciocínio; da nossa inteligência. A razão devidamente funcionando é o pensa mento e a reflexão transformados em imagens e projetados na "tela" da men te. O uso devido e organizado da ra zão conduz ao discernimento e ao ti rocínio. Os pensadores gregos são até hoje admirados, estudados e festejados por utilizarem o raciocínio filosófico ao máximo, enquanto hoje é comum os usuários lançarem mão de fontes do cumentais e de plágios, transcrevendo- os sem criatividade ou originalidade por parte deles ao apresentarem seus trabalhos no mundo das letras e das artes etc. O uso ordenado da razão no estudo individual ou em grupo é fator primor dial para o estudioso na aquisição do conhecimento. Além dos processos co muns e habituais de tal estudo, estão também a inquirição, a investigação, a entrevista, e pesquisa em geral propri amente dita, conforme a prática que o aluno tenha em metodologia científica. Na Bíblia temos muitas idéias dis so. Em Daniel 9.2, o profeta Daniel, que foi homem de estado em Babilônia e também muito culto, afirma, "Eu, Daniel, entendi pelos livros que o nú mero de anos de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos." Lucas dá idênti co testemunho no tocante ao seu tra balho literáriopara relatar "por sua ordem" os fatos da vida de Cristo, ele (Lucas) informou-se "minuciosamen te de tudo desde o princípio" (Lc 1.3). Vemos que Lucas através da facul dade da razão e sob a inspiração divina aprofun dou-se no exame minucioso dos fa tos que ocorreram com Jesus e assim nos legou o Evan gelho que leva o seu nome como escritor. O versí culo 4 declara o objetivo cognitivo de tudo isso: "Para que conheças a cer teza das coisas de que já estás infor mado". A colônia judaica da cidade de Beréia, no sul da Macedônia, ao receber de bom grado a Palavra de Deus minis trada por Paulo e Silas, fez um meticu loso uso da razão, pois examinaram "cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim" (At 17.11). Outro notável emprego da razão na aquisição do co nhecimento é o que está narrado em Ester 6, a começar do primeiro versícu lo. O desfecho do drama, de que se ocu pa o referido livro, que resultou no li vramento dos judeus de morte certa foi a pesquisa racional ordenada pelo rei, "no livro das memórias das crônicas" do Império Medo-Persa. Qual é o atual estado, a robustez, a pujança, a amplitude e a qualidade do nosso raciocínio? Dos elementos cognitivos da nossa mente? O conhecim ento p ela intu ição Intuição é o conhecimento direto das coisas sem prévia ajuda da razão, nem da percepção. A intuição procede da área psíquica do sentimento da pes soa; isto é, a pessoa "sente" psiquica mente. A mulher é em geral mais intuitiva do que o homem, pelo fato de ser mais suscetível de sentir psiquicamente. O fenômeno dos sonhos, quando normais e naturais, pode estar relacionado à intuição. “Há pessoas que deixam de aprender mais, inclusive sobre aquilo que já sabem um pouco, por acharem que sabem tudo” A m ed iação humana Da mediação humana vem o co nhecim ento m ediativo. Aí está a aprendizagem obtida através dos mestres, dos cursos, dos livros, mas também o exemplo dos outros, mo tivando a aquisição do conheci mento. As vezes aprendemos mais com a pessoa do mestre do que com a sua aula formal. Na nossa aqui sição de conhecimento mediativo é de maior importância a atenção do aluno para com o professor, e do mesmo tempo o interesse do aluno pelo assunto que o professor ensi na. Em 2 Timóteo 2.2 vemos algo do conhecimento mediativo. " E o que de mim, entre muitas testemunhas ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os o u tro s." Em Atos 18.26 temos um notável exemplo do que estamos a discorrer, quan do um casal cristão na cidade de Éfeso, na Ásia Proconsular, levou consigo o celebrado e eloqüente mestre Apoio, de Alexandria, para lhe ensinar com minúcias o cami nho do Senhor. Apoio certamente já conhecia o geral, mas agora che gara a vez de conhecer com preci são o referido assunto. Vemos aqui a humildade do grande Apoio. Há pessoas que deixam de aprender mais, inclusive sobre aquilo que já sabem um pouco, por acharem que sabem tudo. Pode ser pecado de presunção, de altivez, de arrogân cia. Neste particular, a humildade de espírito é uma bênção em nossa vida. O crente humilde de espírito aprende mais, e aprende mais rá pido. O orgulho endurece o cora ção; a humildade abranda-o, o que facilita a gravação do ensino minis trado. A com panhe, na próxim a ed ição , a segunda parte deste artigo na qual p asto r A ntonio G ilberto acrescenta m ais in form ações e traz a conclusão do assunto. Aprendendo sempre mais para ensinar cada vez melhor MAfilOSIÍIIIR Teologia M anua E d u c a ç ã o Cristã Professor d e fsco ia DorrÄ-f-ü iVorcos tuíe? C!au<^C^or de Andrade Bibliãmàõ j i Manual do Prof< de Escola Domii Marcos Tu ler Com a finalidade de auxilii através de um estilo claro, leitor a assimilar os cortei didática. Fruto de uma exj tanto no magistério cristão livro é o professor que esc 232 páginas - Formato: 14 x Um verdadeiro suporte para pastores, superintendentes, líderes o i Nas livrarias evangéjicas ou pelo 0300-789 Estilos de Aprendizagem MarieneD. LeFever Todo educador cristão pode beneficiar-se deste livro — tanto professores quanto administradores, sejam novos na tarefa ou tenham anos de experiência. Este livro compartilha informações básicas sobre estilos de aprendizagem em termos de ação. De fácil leitura, sem ser simpiste, o 'ivro está cheio de histórias, casos reais e sugestões práticas Métodos Criativos de Ensino Mar/ene D, LeFerzer Com idéias práticas e utilizáveis que tornarão o ensino criativo uma realidade em sala de aula, a autora esbanja a prática da criatividade dando oportunidade de usá-ja inúmeras vezes 432 páginas / Formato: 14,5% 22,5cm MARLENE D. LeFEVEP? 8sti/o& de COMO AICANÇA& CADA UM QUE DEUS IHF.CONWOÜ PARA ENSINAR 384 páginas / formato: 14,5 x 22; mnm _____ m. www,cpad,çoi Professores veteranos somam competência com experiência e fazem da sabedoria uma aliada nas classes de EDO tema envelhecimento ga nhou crescente interesse da sociedade a partir de es tatísticas que projetam um período de 50 anos para que o número de idosos supere a marca do bilhão. No Brasil, de acordo com o último censo demográfico realizado em 2000, o nú mero de habitantes aproximou-se da marca de 170 milhões. Nos anos 70, projetava-se que em 2000 a população brasileira ultrapassaria os 200 milhões de habitantes. A diminuição da fecun didade, no entanto, reduziu o ritmo de crescimento populacional e provocou o envelhecimento dessa população. Como resultado, o Brasil deixou de ser um país predominantemente de jo vens, passando a ser um país cuja pi râmide etária apresenta maior concen tração de pessoas na faixa da meia ida de. Outro fator a ser considerado é o aumento do número dos mais idosos (acima de 80 anos), alterando a com posição etária dentro do próprio gru po. Significa dizer que a população considerada idosa também está enve lhecendo. Estudos recentes indicam que este segmento é o que mais cresce no Brasil, podendo chegar a quase 15% do contingente populacional em 2020. Enquanto o assunto Envelheci mento Populacional tem sido ampla mente discutido em conferências mundiais, nas igrejas a valorização dos idosos é uma realidade: idade avançada é reconhecida como a soma da experiência com o conhecimento. As Assembléias de Deus, por exem plo, aproveitam essa valiosa mão- de-obra em seus departam entos, principalm ente na Escola Domi nical, onde esses veteranos, com idade acima de 77 anos, continu am a exercer o magistério cris tão. Para eles, que esbanjam vitali dade nas classes, ensinar faz parte da aprendiza gem, pois quem ensina, aprende. A maioria assu miu o ministério na juventude como auxiliar da ED. Hoje, a idade não é empecilho - eles não pensam em parar. E por isso, par ticipam de treinamentos, congressos e conferências de ED, buscando recur sos que os aperfeiçoem mais. Vigor e disposição A valorização dos idosos pode ser conferida na AD em Belém (PA), lide rada pelo pastor Samuel Câmara. Se gundo o superintendente-geral da ED, pastor Raimundo Corrêa Costa Lima, a igreja conta com mais de 100 profes sores nesta faixa etária. E o caso de , Alfredo Gansez do Nascimento, 85 anos, que guarda experiências marcan tes de sua vida cristã. "Sinto-me feliz por ter presenciado no decorrer do meu ministério almas aceitando a Cristo, curas divinas e batismos no Espírito Santo. Muitos dos meus alunos hoje são professores de ED e pastores. Es ses resultados me motivam a continu ar com a missão de educador cristão e não penso em parar", ressalta. Outro professor de ED que faz questão de ser exemplo para a igreja é o pastor Carlos Padilha de Siqueira, líder da AD em Presidente Prudente (SP), I o vice-presidente da Conven ção Fraternal e Interestadual do Belém (Confradesp) e presidente do Sttàúuld&l' em prática Conselho de Missões da CGADB. Aos 78 anos, destes 50 ministrando aulas na EscolaDominical, ele conta que a ED foi a base de sua vida. "Até aos 12 anos acompanhava minha mãe à igreja. Depois, me afastei. O que aprendi na igreja foi o que me fez re jeitar os vícios. Retornei aos caminhos do Senhor com 18 anos, e assim que passei pelas águas comecei a dar au las na classe de adultos e estou até hoje". Pastor Padilha chama a atenção da liderança para a importância da ED e reivindica apoio do líder em re lação à Escola. "Nos dias atuais te mos lutado muito para manter a ED, porque nem todo membro é aluno. Mas se o pastor divulgar a ED nos cultos, fará da igreja uma grande Escola. O crescimento da Escola Do gue o pasrminical está no incentivo tor dá. Há algum tempo iniciamos uma classe de novos casais. Nota mos a ausência de pessoas recém-ca- sadas e, então, começamos a visitá- las. O resultado foi excelente: a nova classe já conta com mais de 60 alu nos matriculados", avalia. Pastor José Pimentel de Carvalho, líder da AD em Curitiba, assegura que a liderança que mantém a assi duidade na ED garante o seu bom andamento. "Como líder da igreja, não permito que nenhuma ativida de atrapalhe o funcionamento da Es cola. Tenho 87 anos, comecei na ED aos 15, como auxiliar, logo após a minha conversão", recorda. Incentivador do currículo infan til, pastor Pim entel não perde a chance de divulgar o ensino bíblico. "Faço questão de ensinar na ED por entender que ela é uma das colunas que sustentam a igreja. A aproxima ção do aluno com o professor des perta o interesse pelas aulas. Na clas se de ED, o aluno tem mais chance de aprender e questionar do que no culto. A Escola Dominical deixa o aluno mais receptivo ao aprendiza do. E fundamental que os líderes priorizem a Escola e incentivem os seus membros a serem alunos dela, pois a ED é a maior e mais impor tante Escola do mundo", afirma. Idade não atrapalha Nem mesmo a idade impediu irmã Luiza Ivo da Silva, 77 anos, membro da AD em Recife, a cursar o ensino bá sico de Teologia aos 60 anos. "Há 58 anos sou professora de ED. Atualmen te melhoramos muito, pois no passa do não tínhamos as facilidades ofere cidas hoje. Aprendíamos uns com os outros. Graças a Deus, hoje os profes sores têm mais recursos disponíveis", analisa. Na |— opinião de la, a idade avançada não preju dica o an d a m e n to das aulas. "Eu, por ex em p lo , Dj al m a Ba rb os a da Si jv a Com 77 anos de idade, professora Luiza Ivo (de pé) ministra a lição dominical na AD em Recife com o mesmo entusiasmo que há 58 anos, quando assumiu sua primeira classe de ED quanto mais estudo, mais quero apren der. Para dar aulas, leio livros, pesquiso e principalmente leio a Palavra de Deus", revela. Rita de Calda Silva, membro da AD em Recife e aluna da irmã Luiza Ivo, diz que é um privilégio ter a irmã Luiza como professora na ED. "Ela é dinâ mica, integrada com o assunto, tem co nhecimento na Palavra e muita expe riência. A idade dela faz com que te nha muito a oferecer para o aluno", tes temunha. Os professores veteranos são unâ nimes ao concordarem que a faixa etária deles não prejudica o andamen to das aulas. "Há pessoas que envelhe cem cedo, se aposentam e não querem fazer nada na vida; há também pesso as mais jovens que não têm entusias mo para fazer nada. O importante é que o espírito seja sempre novo", diz pastor Padilha. Para esses incansáveis ensinadores, a idade, de fato, não serve de obstáculo. Irmã Judite Holder, membro da AD em Porto Velho (RO), encaixa-se neste per fil. Ela comemora seus 90 anos e se ale gra por dedicar 64 deles na ED. "Dar aulas na ED é prazeroso e quem me sustenta é o Senhor. Vou parar somente quando Jesus mandar. Ainda sinto mui ta vontade de continuar desen volvendo o mi- _________ ______ r ara o qual fui cha mada", atesta. Para irmã Judite houve grande pro gresso na qualidade do ensino da ED e muitas opções surgiram para quem quer se aprimorar. "Antes, dispúnha mos somente da Bí blia. Hoje temos ao nosso alcance uma variedade de materi al que nos auxilia, a começar pelas Lições Bíblicas e pelos cur sos de aperfeiçoa mento". Sempre aluno Escola Dominical também está entre as prioridades do presi dente da Convenção Geral das Assem bléias de Deus (CGADB) e líder da AD no Belenzinho (SP), pastor José Wel- lington Bezerra da Costa. Sua coope ração na ED não é somente como pro fessor, mas também como aluno. "En sino na ED desde 1956, e tanto ensino quanto aprendo. A ED é uma das opor Na avaliação do pastor José Wellington, a experiência de vida dos professores é uma valiosa contribuição para o ensino bíblico tunidades que o crente tem de apren der, de forma mais minuciosa, as dou trinas bíblicas. Na ED estamos mais perto do aluno e ele tem a chance de tirar suas dúvidas. O aproveitamento é maior", enfatiza. O líder da CGADB concorda que a experiência vivida pe los professores é uma valiosa contribui ção para o ensino bíblico, mas recomen da que o professor atualize-se e bus que reciclar seus conhecimentos bíbli co e teológico. "Quem ensina, precisa acompanhar o desenvolvimento da vida para não ficar ultrapassado", aconselha. Pastor José Wellington observa que a ED tem crescido não somente em nú mero de matricula dos, mas também em qualidade de ensino. "Atualmente temos o privilégio de servir à igreja uma variedade de revistas alcançan do as diversas faixas etárias. São lições de conteúdo precioso, onde os comentaris tas são usados por Deus com unção, abordando assuntos relevantes da vida do crente", analisa, acrescentando que "a CPAD contribui de forma preciosa com a Escola Dominical. A Casa tem criado e inovado principalmente na área infan til, pois neste mundo terrível do peca do, as crianças precisam conhecer, na sua mais tenra idade, quem é Jesus. No que se refere à ED, a igreja tem um bom currículo" Conselhos para os iniciantes Na opinião dos professores veteranos, os irmãos que desejam abraçar o magis tério cristão devem fazê-lo com amor, de dicação, alegria e disposição. “Deve-se considerar que o magistério cristão é an tes de tudo uma vocação divina. Atarefa é árdua, porém gratificante", avisa professor Alfredo Gansez. Pastor Carlos Padilha concorda que haja dificuldades peio caminho, por isso aconselha: “Perseverem porque o desâ nimo vem, e a nossa vida é cheia de ven tos contrários. Não podemos desanimar por qualquer coisa. O professor de ED tem que ser perseverante. Há 58 anos sou professor de ED e nunca me cansei. Nossas armas são o jejum e a oração para professores e obreiros, e o resulta do é maravilhoso”. Para a irmã Luiza Ivo, a perseverança também é fundamental. “Não parem, conti nuem avançando e se interessem pela ED”, diz, ressaltando que “para colher é preciso semear, e ninguém pode dar o que não tem”. m Quer uma ajuda para responder a 100 perguntas como essas? Formato: 14 x 21cm Nas livrarias evangélicas ou pelo 0300- 789-7172 OC B O (custo da ligação R$0,30 por minuto + impostos) www.cpad.com.br Respostas para Dúvidas de seus Adolescentes Charles Colson A adolescência é uma fase de questionamentos e dúvidas. Você está preparado para responder às per guntas de seus adolescentes? Foi pensando nisso que o famoso escritor americano Charles Colson escreveu este livro que se propõe a auxiliar a pais, professores e todos aqueles que se relacionam com adolescentes a responder 100 dúvidas sobre os mais variados assuntos, desde a criação do universo e a existência de Deus até vida cristã. Autor Charles Colson é escritor, autor do conceituado livro E A gora, com o viverem os?, editado no Brasil pela CPAD. E também fundador do Prison Felow shíp nos EUA, um ministério nas prisões que auxilia presidiários, ex-presidiários e seus familiares. http://www.cpad.com.br Bt il E ntrev ista com G iibert B eers, p astor e educador norte- a m e rican o co m iarga experiência em currículosd e ED Subsídios para a Família Crista CUPOM DE ASSINATURA AEC0204 Favor preencher em letra de forma, de maneira legível. Promoção Válida até 30 de julho de 2004 Nome: Endereço; Bairro: P i Cidade: CEP: M i l l - I l l I Tel.: | | I I I I I II Nasc.:_/_/ _ CIC/CPF: M l I I I (Preenchimento obrigatório) Sexo: M ( )F ( ) E-mail.:Q I I I I I I I | I I ( x Sim desejo fazer a assinatura anual da revista Ensinador Cristão por R$ 19,60 FORMA DE RAGAMENTO ( ) Desejo pagar com CARTÃO DE CRÉDITO e receber gratuitamente uma revista a mais, após o término da assinatura anual. Cartão__________________________ (nome do cartão: visa - Diners Club - MasterCard) Validade: / N° Assinatura:. ) Desejo pagar através de BOLETO BANCÁRIO / ín t iy a y_________________________________ «■— |;Por Maria José Costa Lima j n p i ■Oficio de A busca pelo conhecimento precisa ser constante na vida do educador cristão T ornar o aluno um discípulo de Cristo, com prometido com Deus e sua Palavra, é um dos m aio res desafios do professor de Esco la Dom inical. Como m inistros da Palavra, precisam os repensar al gumas atitudes que, infelizm ente, ainda perm eiam nossa prática do cente. É o caso do comodismo pe dagógico, intelectual e espiritual acrescido de preconceitos contra recursos que, se utilizados com sa bedoria e para o engrandecim en to do Reino, podem ser instrumen tos de bênção. Olhando para o nosso M estre por excelência, Jesus Cristo, pode remos aprender as lições do m a gistério. Ao ensinar, Ele utilizava todos os recursos e métodos dis poníveis da sua época. Usava ob jetos, parábolas, histórias, prele- ções, perguntas, discursos etc. Isto porque Jesus tinha como alvo o coração de seus alunos e a trans formação de suas vidas. C onscientes dessa verdade, o professor pergunta-se: "Que pro cesso e ferram entas devo utilizar para atingir o coração das crian ças, adolescentes, jovens e adul tos? Até que ponto minhas aulas têm produzido crescimento efeti vo no meu aluno?" E sias q u estõ es devem fazer parte do cotidiano do professor, e sabe ser. É aquele que reflete sua prática e olha sua form ação não como algo acabado e completo, mas em processo de crescimento. Nesse aspecto podemos aprender com o produto. Mas, ainda há outros qu estio n am en to s que devem ser fe itos pelo professor: "Com o obje tivo de cumprir o desa fio de levar o aluno a Cristo e edificá-lo na Pa lavra, tenho procu rado me aperfeiço ar? Com tantos re cu rso s d isp o n ív e is como revistas, jornais, vídeos, docum entários, palestras, cursos, internet tevê e experiências pesso ais, tenho motivado m eu alu no a ponto de plan tar em seu cora ção o desejo de tam bém ser um conhece dor da Palavra?" Em um conceito moder no de Educação, o profes sor com petente é aquele q u e sabe c o - n h e - cer, sabe fazer e suas respostas farão diferença em sala de aula. O obreiro de ED sabe que a ap ren d iz a g em a co n te ce quando há mudança de com porta mento, logo a aprendizagem deve ser vista como processo, não como m “A aprendizagem deve ser vista como processo, não como produto” profeta O séias, que orientava o povo a conhecer e prosseguir em conhecer ao Senhor (Os 6.3). Limitar-se apenas ao que está na Lição Bíblica do mestre pode até ser mais cômodo, mas não é sinônimo de uma Educação plena. O que se espe ra do docente hoje é leitura, pesqui sa e produção de conhecim ento. Quando observamos o que diz a Bí blia em Lucas 12.48 - a quem muito é dado também será muito exigido - , cabe a nós ter bem definido o grau de exigência que recairá sobre os que fazem a obra do Senhor. Temos a tarefa de refletir sobre nossas aulas e de contextualizar os ensinamentos a fim de que pro duzam no cotidiano do aluno mu dança de vida, conscientes de que a proposta da ED não é apenas form ar para a vida terrena, mas para a eternidade. Não é formar apenas "rep etid o res" de textos bíblicos, mas discípulos de Jesus, que tenham suas próprias experi ências com Ele. Comparo o trabalho do profes sor ao ofício de garim peiro. No preparo da aula, in icia-se o pro cesso de garim pagem , de escava ção do terreno do conhecim ento do tema em estudo. Se o assunto é oração, por exem plo, deve-se procurar livros, revistas, artigos, textos, experiências pessoais, to dos relacionados à oração. Munido do m aterial garim pa do (nunca esquecendo de que o li- vro-texto é a Bíblia), o professor, ao chegar na sala de aula, fará um a a n á lise m u ito m aio r e abrangente sobre a necessidade de viverm os em oração, sendo capaz de inserir com entários sobre cada tópico do tema, tornando a aula mais rica e atrativa. Habilidade sob a unção Em certa ocasião, conversando com uma professora de ED, co mentávamos sobre a formação do professor e as críticas que se tor naram comuns a um termo bas tante utilizado nas escolas - reci clagem de professores. Se visto sob a perspectiva pedagógica, o conceito tem avançado e atu al mente trabalha-se mais com títu los como capacitação, com petên cia e aperfeiçoam ento. P orém , se co n sid e ra rm o s o sim b olism o fe ito por Jerem ias 18.1-6, essa concepção pode ser aplicada ao processo de mudança pelo qual passamos para nos tor nar úteis nas mãos do Oleiro. Essa mudança, de acordo com Roma nos 12.2, ocorre em conseqüência do não conformism o com este sé culo, de uma busca pelo conheci mento da Palavra, que resultará em renovação da mente e intim i dade com Deus. Essa mesma Palavra que tem poder para gerar em nós relacio namento profundo com o Pai, tem a função de água, que lim pa, tira as im purezas, purifica e m odifica o ser por inteiro. Isto porque o processo de formação docente não é via de mão única, não é apenas m aterial e in telectual, mas tam bém e, principalm ente, espiritual. Assim sendo, a Palavra de Deus tem o poder de "reaproveitar" o ser humano, antes morto espiritu alm ente, agora nascido de novo pela lavagem da Água da Vida. Em nossas classes, chegarão a lu n o s a tra v essa n d o co n flito s em várias áreas - m aterial, em o cional, esp iritu al, enfim , neces sitand o de algo que con fron te seu problem a. Nós, professores, ensinam os m elhor o aluno quan do nós m esm o s, p o r m eio de constante pesquisa e prática da P alavra, som os ensinados pelo Senhor. Se esta é uma realidade em nossa vida, certam ente fará efeito prático na vida do nosso aluno. O exem plo continua sen do, ao longo da h istó ria , o m éto do m ais eficaz na vida de quem ensina. Diante dos desafios, você pode estar pensando que tudo é teoria e que a prática é bem mais difícil. Hoje, entendem os que não existe prática sem teoria, nem teoria sem prática. No ensino cristão, no en tanto, temos pelo menos duas for ças geradoras na práxis do educa dor: 1) O Espírito Santo, sem o qual nossas forças e esforço nada va lem e se tornam vãos; 2) A disposição do homem e da mulher em se hum ilhar diante de Deus, colocando-se a serviço do Reino. D evem os entend er que todo nosso conhecim ento intelectual e habilidades pessoais são de extre- * ma im portância, porém sozinhos não form arem os d isc íp u lo s de Cristo, somente pela unção do Es pírito Santo. No momento em que m inistram os a aula, a mensagem que Deus nos concedeu tem que estar queimando em nosso cora ção. É o que estam os ensinando com preparo, ungido pelo Espíri to Santo, que realm ente causará impacto nas pessoas. Maria José Costa Lima é pedagoga, bacharel em Teologia, pós-graduada em M etodologia do Ensino Superior e vice-diretora do Instituto Bíblico da AD no Amazonas. m Sivlòfuzdo-t- .EntreA sp as "É preciso haver conscientiza ção de que o novo discípulo não é uma propriedade particular do discipulador, nem um criado para suprir-lhe caprichos. O discipulador deve resistir à tentação de vir a assenhorear- se do seu discípulo quando
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