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Análise das Demonstrações Contábeis AI

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matriz de Atividade INDIVIDUAL
	
	Estudante: Larissa Caroline da Silva Borges
	Disciplina: Análise das Demonstrações Contábeis
	Turma: Gestão Financeira
1. Introdução
O Magazine Luiza (B3: MGLU3) ou Magalu, surgiu em 1957, na cidade de Franca, interior de São Paulo. Seus fundadores são Pelegrino José Donato e sua esposa Luiza Trajano Donato. O nome surgiu, sendo uma das referências do setor do varejo, em um concurso promovido por Luiza, no qual o comércio passou a se chamar Magazine Luiza. No ano de 2011, a empresa Magazine Luiza abre capital e foi considerada uma das mais populares na Bolsa de Valores do Brasil. 
Hoje, é uma das maiores empresas do varejo do Brasil, sendo considerada nos últimos 5 anos, uma das empresas de capital aberto que mais valorizou no mundo. 
Dada a introdução sobre a empresa Magazine Luiza, este relatório tem como objetivo apresentar a análise das demonstrações contábeis com base em informações obtidas no Balanço Patrimonial (BP) e na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) entre os anos de 2019 e 2020.
2. Análise horizontal e Análise vertical
Segundo Alexandre Assaf Neto essa análise é um processo temporal, desenvolvido por meio de números-indices, com o objetivo de compreender o desempenho de cada setor de uma empresa separadamente, comprando-se um mesmo setor em um período diferente. 
A análise horizontal é uma técnica utilizada na análise financeira para comparar os valores de uma mesma conta ao longo de períodos diferentes, geralmente em termos de percentuais. Ela é útil para identificar tendências e mudanças ao longo do tempo.
A fórmula para calcular a análise horizontal é:
Onde:
- Valor Atual: O valor da conta ou item financeiro no período atual.
- Valor Base: O valor da mesma conta ou item financeiro no período anterior (base de comparação).
Essa fórmula calcula a variação percentual entre os dois períodos.
Em continuação com as afirmações do Assaf Neto, a Análise Vertical também é um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo demonstrativo. 
Desta forma, pode-se apurar facilmente a participação relativa de cada item contábil no ativo, no passivo ou na demonstração de resultados, e sua evolução no tempo. 
A fórmula para calcular a análise vertical é:
No quadro abaixo, destaco a Análise Horizontal e Vertical da Magazine Luiza (2019 x 2020):
	Balanço Patrimonial
	 
	31/12/2019
	A.V. %
	31/12/2020
	A.V. %
	A.H. %
	ativo total
	18.611.817
	100%
	22.296.830
	100%
	20%
	ativo circulante
	12.157.015
	65%
	14.799.483
	66%
	22%
	caixa e equivalentes de caixa
	180.799
	1%
	1.281.569
	6%
	609%
	aplicações financeiras
	4.446.143
	24%
	1.220.095
	5%
	-73%
	contas a receber
	2.769.649
	15%
	3.460.711
	16%
	25%
	estoques
	3.509.334
	19%
	5.459.037
	24%
	56%
	ativos biológicos
	0
	0%
	0
	0%
	0%
	tributos a recuperar
	777.929
	4%
	594.782
	3%
	-24%
	outros ativos circulantes
	473.161
	3%
	2.783.289
	12%
	488%
	ativo não circulante
	6.454.802
	35%
	7.497.347
	34%
	16%
	ativo realizável a longo prazo
	1.491.070
	8%
	1.585.551
	7%
	6%
	investimentos
	1.240.664
	7%
	1.705.072
	8%
	37%
	imobilizado
	3.196.199
	17%
	3.613.297
	16%
	13%
	intangível
	526.869
	3%
	593.427
	3%
	13%
	passivo total
	18.611.817
	59%
	22.296.830
	67%
	20%
	passivo circulante
	7.203.042
	39%
	11.512.179
	52%
	60%
	obrigações sociais e trabalhistas
	309.007
	2%
	294.314
	1%
	-5%
	fornecedores
	5.413.546
	29%
	7.679.861
	34%
	42%
	obrigações fiscais
	307.695
	2%
	331.113
	1%
	8%
	empréstimos e financiamentos
	8.192
	0%
	1.666.243
	7%
	20240%
	outras obrigações
	1.164.602
	6%
	1.540.648
	7%
	32%
	passivo não circulante
	3.843.838
	21%
	3.459.364
	16%
	-10%
	empréstimos e financiamentos
	838.862
	5%
	17.725
	0%
	-98%
	arrendamento mercantil
	1.893.790
	10%
	2.156.522
	10%
	14%
	tributos diferidos
	3.725
	0%
	0
	0%
	-100%
	provisões fiscais, trabalhistas e cíveis
	767.938
	4%
	998.250
	4%
	30%
	lucros e receitas a apropriar
	339.523
	2%
	286.867
	1%
	-16%
	patrimônio líquido
	7.564.937
	41%
	7.325.287
	33%
	-3%
	capital social realizado
	5.952.282
	32%
	5.952.282
	27%
	0%
	reservas de capital
	198.730
	1%
	-213.037
	-1%
	-207%
	reservas de lucros
	1.410.757
	8%
	1.574.891
	7%
	12%
	outros resultados abrangentes
	3.168
	0%
	11.151
	0%
	252%
Fonte: Demonstração Financeira da Magazine Luiza ano 2019 e 2020
Cálculos: Elaborado pelo autor
3. Cálculo dos índices de liquidez
Os índices de liquidez são ferramentas importantes na análise financeira que ajudam a avaliar a capacidade de uma empresa de cumprir suas obrigações de curto prazo.
Esses índices são cruciais para os investidores, credores e gestores financeiros, pois fornecem uma visão rápida da saúde financeira de uma empresa em termos de sua capacidade de cumprir suas obrigações de curto prazo. No entanto, é importante considerar outros fatores, além dos índices de liquidez, ao avaliar a solidez financeira de uma empresa.
Abaixo destaco os indíces de liquidez da Magazine Luiza dos períodos de 2019 e 2020:
	Contas
	
	2019
	2020
	caixa e equivalentes de caixa
	=
	 180.799 
	 1.281.569 
	Passivo Circulante
	
	 7.203.042 
	 11.512.179 
	Liquidez Imediata
	
	0,03
	0,11
	
	
	
	
	Contas
	
	2019
	2020
	Ativo Circulante
	=
	 12.157.015 
	 14.799.483 
	Passivo Circulante
	
	 7.203.042 
	 11.512.179 
	Liquidez Corrente
	
	1,69
	1,29
	
	
	
	
	Contas
	
	2019
	2020
	Ativo Circulante - Estoques
	=
	 8.647.681 
	 9.340.446 
	Passivo Circulante
	
	 7.203.042 
	 11.512.179 
	Liquidez Seca
	
	1,20
	0,81
	
	
	
	
	Contas
	
	2019
	2020
	Índice Liquidez Corrente - Índice Liquidez Seca 
	=
	 0,49 
	 0,47 
	Índice Liquidez Corrente
	
	 1,69 
	 1,29 
	GDE
	
	0,29
	0,37
	
	
	
	
	Contas
	
	2019
	2020
	Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
	=
	 13.648.085 
	 16.385.034 
	Passivo Circulante + Passivo não Circulante
	
	 11.046.880 
	 14.971.543 
	Liquidez Geral
	
	1,24
	1,09
Fonte: Demonstração Financeira da Magazine Luiza ano 2019 e 2020
Cálculos: Elaborado pelo autor
4. Cálculo da estrutura de capital
O índice de estrutura de capital é uma medida financeira que ajuda a avaliar a composição do financiamento de uma empresa, ou seja, a forma como ela é financiada por meio de dívida e patrimônio líquido. Em resumo, o índice de estrutura de capital é uma medida fundamental que ajuda a entender como uma empresa é financiada e qual é o equilíbrio entre capital próprio e capital de terceiros em sua estrutura financeira.
Abaixo destaco os indíces de estrutura de capital da Magazine Luiza dos períodos de 2019 e 2020:
	Contas
	
	2019
	2020
	Passivo Circulante + Passivo não Circulante
	=
	 11.046.880 
	 14.971.543 
	Ativo total
	
	 18.611.817 
	 22.296.830 
	Endividamento Geral
	
	59%
	67%
	
	
	
	
	Contas
	
	2019
	2020
	Passivo Circulante
	=
	 7.203.042 
	 11.512.179 
	Passivo Circulante + Passivo não Circulante
	
	 11.046.880 
	 14.971.543 
	Composição do Endividamento
	
	65%
	77%
	
	
	
	
	Contas
	
	2019
	2020
	Ativo não Circulante - Realizável a Longo Prazo
	=
	 4.963.732 
	 5.911.796 
	Patrimônio Líquido
	
	 7.564.937 
	 7.325.287 
	Imobilização do Capital Próprio
	
	66%
	81%
	
	
	
	
	Contas
	
	2019
	2020
	Ativo não Circulante - Realizável a Longo Prazo
	=
	 4.963.732 
	 5.911.796 
	Patrimônio Líquido + Passivo não Circulante
	
	 11.408.775 
	 10.784.651 
	Imobilização dos recursos não correntes
	
	44%
	55%
	
	
	
	
	Contas
	
	2019
	2020
	PCF + PNCF
	=
	 847.054 
	 1.683.968 
	Ativo total
	
	 18.611.817 
	 22.296.830 
	Passivo oneroso sobre ativo
	
	5%
	8%
Fonte: Demonstração Financeira da Magazine Luiza ano 2019 e 2020
Cálculos: Elaborado pelo autor
5. Cálculo da lucratividade
A análise da lucratividade é uma avaliação crítica da capacidade de uma empresa de gerar lucros em relação às suas vendas ou receitas. Examinando o quanto uma empresa está ganhando em termos absolutosou em relação ao volume de negócios.
Abaixo destaco a análise vertical e horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) da Magazine Luiza dos períodos de 2019 e 2020:
	Demonstração do Resultado do Exercício
	 
	31/12/2019
	A.V. %
	31/12/2020
	A.V. %
	A.H. %
	receita de venda de bens e/ou serviços
	18.491.861
	100%
	26.130.544
	100%
	41%
	custo dos bens e/ou serviços vendidos
	-13.464.405
	-73%
	-19.672.090
	-75%
	46%
	resultado bruto
	5.027.456
	27%
	6.458.454
	25%
	28%
	despesas/receitas operacionais
	-3.745.083
	-20%
	-5.753.929
	-22%
	54%
	despesas com vendas
	-3.134.586
	-17%
	-4.476.887
	-17%
	43%
	despesas gerais e administrativas
	-972.582
	-5%
	-1.295.041
	-5%
	33%
	perdas pela não recuperabilidade de ativos
	-69676
	0%
	-100388
	0%
	44%
	outras receitas operacionais
	352.031
	2%
	81.834
	0%
	-77%
	resultado de equivalência patrimonial
	79.730
	0%
	36.553
	0%
	-54%
	resultado antes do resultado financeiro e dos tributos
	1.282.373
	7%
	704.525
	3%
	-45%
	receitas financeiras
	647.421
	4%
	201.463
	1%
	-69%
	despesas financeiras
	-714.410
	-4%
	-526.543
	-2%
	-26%
	resultado antes dos tributos sobre o lucro
	1.215.384
	7%
	379.445
	1%
	-69%
	imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
	-293.556
	-2%
	12.264
	0%
	-104%
	lucro/prejuízo do período
	921.828
	5%
	391.709
	1%
	-58%
Fonte: Demonstração Financeira da Magazine Luiza ano 2019 e 2020
Cálculos: Elaborado pelo autor
6. Cálculo da rentabilidade 
A análise de rentabilidade vai além da lucratividade e examina como uma empresa está gerando retorno sobre seus investimentos e recursos. Ela se concentra no retorno gerado em relação aos ativos ou ao capital investido.
Abaixo destaco os índices de rentabilidade da Magazine Luiza dos períodos de 2019 e 2020
	Contas
	
	2019
	2020
	Vendas Líquidas
	=
	 18.491.861 
	 26.130.544 
	Ativo total
	
	 18.611.817 
	 22.296.830 
	Giro do Ativo
	
	 0,99 
	 1,17 
	
	
	
	
	Contas
	
	2019
	2020
	Lucro Líquido
	=
	 921.828 
	 391.709 
	Patrimônio Líquido
	
	 7.564.937 
	 7.325.287 
	Rentabilidade do PL (ROE)
	
	12%
	5%
	
	
	
	
	Contas
	
	2019
	2020
	Lucro Líquido
	=
	 921.828 
	 391.709 
	Ativo total
	
	 18.611.817 
	 22.296.830 
	Rentabilidade dos Investimentos (ROI)
	
	5%
	2%
Fonte: Demonstração Financeira da Magazine Luiza ano 2019 e 2020
Cálculos: Elaborado pelo autor
7. Conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa
Ao examinar os investimentos da Magalu, fica evidente que a maior parcela dos recursos, representando 66% em 2020 e 65% em 2019, está direcionada para ativos de liquidez, os quais fazem parte do grupo do Ativo Circulante. Esses ativos, se gerenciados de forma adequada, podem ser convertidos em dinheiro dentro de um período de até 12 meses. Destaca-se um aumento de 22% nos investimentos circulantes em comparação com o ano anterior.
Quanto aos ativos não circulantes, destinados a buscar rentabilidade, a empresa alocou 34% do montante total, registrando um crescimento de 16% em relação ao exercício anterior.
No que diz respeito aos investimentos em liquidez (Ativo Circulante), os mais significativos estão associados às contas de Caixa e equivalentes de caixa (2020 - 6% e 2019 - 1%), registrando um aumento de 609%. As Aplicações Financeiras (2020 - 5% e 2019 - 24%) apresentaram uma redução de 73%, enquanto os Estoques (2020 - 24% e 2019 - 19%) aumentaram em 56%. Já os Outros Ativos Circulantes (2020 - 12% e 2019 - 3%) experimentaram um crescimento de 488%, sendo substancialmente compostos por partes relacionadas.
No que diz respeito aos investimentos visando rentabilidade (Ativo Não Circulante), destacam-se as seguintes categorias: o ativo realizável a longo prazo (2020 - 7% e 2019 - 8%), registrando um aumento de 6% no exercício de 2020. Além disso, as aplicações de caráter permanente, sem intenção de venda e direcionadas para a manutenção da atividade principal, são representadas por Investimentos (2020 - 8% e 2019 - 7%), com um crescimento de 37%, Ativo Imobilizado (2020 - 16% e 2019 - 17%), com um aumento de 13%. Esses investimentos compreendem bens tangíveis utilizados pela empresa ao longo de sua vida útil para gerar benefícios futuros. Quanto ao Intangível (2020 - 3% e 2019 - 3%), registrou um aumento de 13%, representando bens utilizados na atividade principal.
Analisando as fontes de recursos, percebe-se que nos anos em análise, a empresa recorre mais a fontes de terceiros (grupo do Passivo) - (2020 - 67% e 2019 - 59%), do que a recursos próprios (grupo do Patrimônio Líquido) - (2020 - 33% e 2019 - 41%), para financiar os investimentos registrados no Ativo.
Aprofundando a análise das origens de capital de terceiros, observamos que a empresa está mais dependente de recursos de curto prazo, que serão exigidos nos próximos 12 meses (Passivo Circulante) – (2020 - 52% e 2019 - 39%), do que de origens de recursos de longo prazo, que serão exigidas com um prazo superior a 12 meses (Passivo Não Circulante) – (2020 - 16% e 2019 - 21%).
No que se refere às origens de curto prazo (Passivo Circulante), os aspectos mais significativos estão associados aos fornecedores (2020 - 34% e 2019 - 29%), registrando um aumento de 42%, e aos empréstimos e financiamentos (2020 - 7% e 2019 - 9%).
É interessante observar que a maior variação nos recursos de longo prazo (Passivo Não Circulante) também está relacionada aos empréstimos e financiamentos (2020 - 9% e 2019 - 5%), com uma redução de 98%. Isso sugere que a empresa optou por empréstimos de curto prazo.
As principais fontes de capital próprio (Patrimônio Líquido) incluem a Reserva de Capital, que pode ser utilizada para diversas finalidades, como absorver prejuízos, distribuir dividendos ou financiar investimentos. Nota-se uma redução significativa de 207% nessa reserva, que representa os lucros retidos pela organização para futuros investimentos, aumento de capital ou compensação de prejuízos.
Além disso, observa-se um aumento de 252% nos outros resultados abrangentes, que englobam itens de receita e despesa não incluídos na demonstração de resultado tradicional, mas que afetam o patrimônio líquido. Esses resultados abrangentes refletem a dinâmica financeira da empresa além das operações convencionais, proporcionando uma visão mais abrangente de seu desempenho.
Ao examinar os indicadores de liquidez, em relação à liquidez imediata, comparamos as aplicações de caixa e bancos com o total das origens de curto prazo. Em 2019, o índice era de 3%, enquanto em 2020 a empresa manteve aproximadamente 11% dessas dívidas aplicadas em recursos imediatos, ou seja, recursos já convertidos em dinheiro.
Observa-se uma mudança na estratégia financeira da empresa, na qual, para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo, anteriormente havia R$ 0,03 para cumprir sua obrigação, enquanto em 2020 aumentou para R$ 0,11.
Na análise da liquidez corrente, que avalia a capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo, percebe-se uma queda nos indicadores apresentados (2020 – 1,29 e 2019 – 1,69), indicando uma redução na capacidade de liquidez da empresa. Isso sugere que o valor dos ativos circulantes em relação às dívidas de curto prazo diminuiu.
Ao analisar a liquidez seca, que exclui os estoques do total de aplicações de recursos de curto prazo (Ativo Circulante), observa-se que, para cada R$ 1,00 de endividamento de curto prazo, em 2019 a empresa possuía R$ 1,20, enquanto em 2020 esse valor cai para R$ 0,80. Essa queda sugere uma maior dependência dos estoques como fonte de liquidez.
Na análise da liquidez geral, destaca-se um indicador superior a 100%, indicando que a empresa já alocou nos ativos de curto e longo prazo um montante que excede o total das origens de recursos provenientes de terceiros (Passivo Circulante e Não Circulante). Essa constatação reforça o que foi observado na análise vertical, evidenciando a preferência da empresa por utilizar mais recursos de curto prazo em relação aos de longo prazo.
Na análise da Estrutura de Capital,observa-se que nos dois exercícios analisados o indicador supera os 50% (2020 - 67% e 2019 - 59%). Isso indica que a empresa depende mais de recursos de terceiros do que de capital próprio para financiar suas operações, como também foi evidenciado na análise vertical das origens. Além disso, reforça-se a constatação de que a empresa recorreu mais ao crédito em 2020.
Ao analisar o indicador da composição do endividamento, observa-se que a empresa depende mais de recursos de curto prazo (Passivo Circulante) do que de recursos de longo prazo (Passivo Não Circulante) como fonte de financiamento de terceiros. Mais especificamente, constata-se que mais de 77% das obrigações com terceiros serão exigidas nos próximos 12 meses (2020 - 77% e 2019 - 65%).
Ao analisar a imobilização do Capital Próprio, que avalia se essa fonte é suficiente para financiar as aplicações de caráter permanente (Investimento, Imobilizado e Intangível), observa-se um resultado inferior a 100% (2020 - 81% e 2019 - 66%). Isso indica que a empresa consegue financiar essas aplicações com recursos de longo prazo provenientes do Patrimônio Líquido.
Considerando que o Patrimônio já atende às necessidades de investimento nos grupos de caráter permanente, incluindo o Passivo Não Circulante na fórmula como uma origem de recursos de terceiros de longo prazo, o indicador diminui para uma média de 49% (2020 - 55% e 2019 - 44%). Isso sugere que a empresa utiliza recursos de longo prazo para financiar outros grupos de ativos.
Em relação ao Passivo Oneroso, observa-se que a empresa tem, no exercício atual, 8% do seu ativo comprometido com recursos que geram juros, indicando que a empresa não está excessivamente alavancada financeiramente, o que reduz o risco financeiro (2020 - 8% e 2019 - 5%). Quanto maior for o Passivo Oneroso, maior será o risco de os Ativos não gerarem um retorno superior ao custo financeiro, diminuindo assim a geração do lucro líquido.
Legenda: EG (Endividamento Geral); CE (Composição do Endividamento); ICP (Imobilização do Capital Próprio); IRNC (Imobilização dos recursos não correntes) e POSA (Passivo oneroso sobre ativo)
Nos exercícios analisados em relação à Margem Bruta, os custos absorveram aproximadamente 73% da Receita Líquida em 2019 e 75% em 2020, deixando uma margem de cerca de 25% para atender às necessidades de investimento nas operações (Administrativas e Comerciais), custos financeiros e impostos sobre o Lucro. Observa-se uma redução de 2% na margem bruta em 2020, o que indica que mais recursos poderiam ter sido preservados se a empresa mantivesse a margem de 27% do ano anterior. Com o aumento das vendas em 41%, a margem bruta em termos de valor monetário teve um avanço de 28% entre os exercícios.
Na gestão do Lucro Operacional antes do resultado financeiro, nota-se que a empresa aumentou os gastos com despesas de vendas em 43% (2020 - 17% e 2019 - 17%), os gastos gerais e administrativos em 33% (2020 - 5% e 2019 - 5%), e reduziu os resultados de outras receitas operacionais em 77% (2020 - 0% e 2019 - 2%) e o resultado de equivalência patrimonial em 54%. Com essas ações, o resultado antes do resultado financeiro e dos tributos, que era de 7% da receita líquida, passou a ser cerca de 3% em 2020. Embora a receita tenha aumentado em 41% entre os exercícios, ainda assim, o resultado operacional foi menor em 45% em relação a 2019.
Todas as ações mencionadas contribuíram para uma diminuição da Margem Líquida no exercício atual, principalmente devido à redução das receitas financeiras em 69%. Esse processo concluiu as ações do resultado, levando a empresa a apurar uma margem líquida de 1%, o que representou uma redução de 58% no resultado do exercício em comparação com 2019.
Por fim, ao analisarmos o Lucro Líquido, verificamos que o retorno para os acionistas diminuiu no exercício de 2020 (2020 - 5% e 2019 - 12%). Com essa redução, o retorno dos investimentos feitos pelos acionistas passa a ser de aproximadamente 8 anos para 19 anos.
O retorno para a empresa no exercício atual foi de 1,76% (2020 - 4,95% e 2019 - 1,76%), evidenciando uma redução em relação ao ano anterior. Essa diminuição fez com que o prazo de retorno dos investimentos realizados no Ativo, que era de 20 anos no exercício de 2019, aumentasse para 57 anos no exercício de 2020.
Conforme destacado ao longo das análises, a empresa viu sua capacidade de liquidez diminuir de 2019 para 2020, resultando em um aumento do endividamento e na contração de dívidas a curto prazo. Esses acontecimentos podem ter sido influenciados pela pandemia que afetou o país em 2020, levando diversas empresas a recorrerem a operações de crédito para manter seu fluxo de caixa.
Além disso, apesar do cenário desafiador enfrentado pela Magalu, observa-se que o faturamento foi maior do que no ano anterior, indicando um mercado aquecido. No entanto, devido à estratégia adotada, isso resultou em um lucro líquido inferior ao do ano anterior.
*Referências bibliográficas
- Consulta Pública. História da Magazine Luiza. Disponível em: https://canalconsultapublica.com.br/2022/05/04/noticias/historia-da-magazine-luiza-de-luiza-trajano-ao-sucesso/ Acesso em: 12 Março 2024
- RI Magazine Luiza. https://ri.magazineluiza.com.br/ShowCanal/Quem-Somos?=urUqu4hANldyCLgMRgOsTw==&linguagem=pt Acesso em: 12 Março 2024
- Estrutura e Análise de Balanços: Um Enfoque Econômico-financeiro Alexandre Assaf Neto Acesso em: 19 Março 2024
	
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