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44 Recursos no Processo Civil 3

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· Teoria Geral dos Recursos ◄ (aula 19/02)
· Eu preciso primeiro verificar a presença ou o preenchimento de todos os pressupostos recursais; de todos os requisitos de admissibilidade, para depois em seguida passar para o julgamento do mérito recursal.
· Juízo da admissibilidade antecede o juízo de mérito.
· Em todo recurso, se analisa primeiro questão relativa admissibilidade para depois, se possível, se realizar a análise do mérito. Por que se possível? Porque se os pressupostos; os requisitos de admissibilidade não forem preenchidos isso inviabiliza o julgamento do mérito recursal. P.ex. a tempestividade, todo recurso tem o seu prazo para a interposição, se eu interponho um recurso fora do prazo eu não preencho então, o requisito da admissibilidade e assim meu recurso é inadmitido, sendo inadmitido o meu recurso, o Tribunal se quer passa o julgamento do mérito que foi aduzido na minha peça recursal.
-A interposição do recurso, como regra, é realizada pelo “juízo a quo”, o juízo a quo é o juízo que proferiu a decisão recorrida. P.ex: eu tenho um determinado processo que tramita na vara civil, nesse processo se profere a sentença, eu quero interpor o recurso de apelação, a interposição do recurso de apelação se dará perante o juízo a quo que é o juízo que proferiu a sentença. A regra da interposição do recurso é realizada perante o órgão; o juízo a quo.
· Excepcionalmente, a interposição do recurso pode ser realizada perante o órgão ad quem, ad quem é o órgão que julgara o recurso, aqui nesse exemplo é o TJ.
· Então, como regra, você interpõe o recurso direito pro juízo que proferiu a decisão, excepcionalmente você pula o juízo que proferiu a decisão e faz o protocolo direto ao tribunal, um exemplo disso é o agravo de instrumento, no agravo você não leva o recurso lá pro órgão que proferiu a decisão interlocutória agravada que foi o juízo da base, você leva o seu agravo direto para o TJ, e o processo fica lá na vara que ele estava migrando.
· Qual é o papel do juízo a quo, quando você realiza a interposição do recurso; o que que ele vai fazer? Simplesmente vai realizar o processamento do recurso, o processamento é deixar o recurso no ponto de ser remetido ao tribunal. Então, o juízo a quo recebe a minha apelação, intima a parte contraria para apresentar as contrarrazões, tendo apelações e contrarrazões no altos, o juízo a quo remete a apelação para o tribunal, e vão nos autos sentença, contrarrazão e apelação para o tribunal. Termina o processamento, está tudo pronto, o juízo a quo vai mandar o processo para o órgão ad quem que é o TJ, chegando no TJ, isso aqui vai ser sorteado e vai ganhar um relator, chegando lá no tribunal o órgão ad quem é o responsável por exercer o juiz de admissibilidade, a interposição e o processamento, são feitos perante o órgão a quo, o juízo de admissibilidade não é feito no a quo, só a interposição, a admissibilidade é feita no juízo ad quem
· Esse juízo de admissibilidade que é feito aqui pelo Tribunal, ele pode ser um juízo provisório ou definitivo, ele pode ser esses dois ai, porque é possível que o relator faca um juízo de admissibilidade positivo e ao levar ao colegiado, o colegiado faz um juízo de admissibilidade que agora é negativo.
· Quando chega a hora do julgamento do colegiado é possível que ele inadmite o recurso, então nós temos ai um juízo prévio e um juízo definitivo de admissibilidade. Esse juízo de admissibilidade também pode ser positivo ou negativo. Esse juízo de admissibilidade positivo: é quando se preenche os requisitos de admissibilidade e negativo quando se não se preenche os requisitos de admissibilidade.
· Esse juízo de admissibilidade ele pode ser feito de forma provisória como de forma definitiva, como por exemplo, o relator ao receber um recurso e decidir burocraticamente o relator faz um juízo prévio ou provisório de admissibilidade que pode está sujeito a modificação pelo próprio colegiado.
· Quando se fala de juízo de admissibilidade, o recurso é admitido ou inadmitido, ou ainda conhecido ou não conhecido. Então, quando você cara pessoa que está lendo esse resumo, ler uma decisão judicial que é escrita assim: “conheço do recurso”, é sinal que o recurso preencheu os requisitos de admissibilidade, ou ainda “admito o recurso”, recurso preenche os requisitos de admissibilidade. “inadmito o recurso” ou “desconheço do recurso” significa que o recurso de admissibilidade foi negativo.
· Superado o juízo de admissibilidade passasse então, a análise do mérito do recurso, eu só passo a análise do mérito se o juízo de admissibilidade for positivo, se for negativo eu não analiso o mérito recursal. Chegando no juízo de mérito ai então o órgão julgador vai dizer se dar provimento ou não ao recurso. No juízo de mérito você dar ou nega provimento ao recurso.
· Condições ou requisitos de admissibilidade:
a) Requisitos intrínsecos: são aqueles que estão relacionados com a própria existência do direito de recolher.
1º condição implícita de admissibilidade é o cabimento recursal: todo recurso tem previsão legal acerca da sua hipótese de cabimento. P.ex. para sentença lei prevê a interposição de
apelação, embargos de declaração servem para qualquer decisão desde que presentes naqueles vícios.
b) Legitimidade (art.996, CPC/15): a lei prevê, como legitimados para interpor o recurso, essas pessoas que estão no rol acima, que são as partes, terceiro interessado ou ainda o MP atuando tanto como parte como fiscal da lei. Só que nós temos uma pequena confusão aqui entre interessado e legitimado, porque a lei prevê um rol de legitimados, mas gera um confusão com relação aos interesses – quando a lei fala pela parte vencida está se falando dos dois, então mesclam dentro do mesmo dispositivo a legitimidade e o interesse, as partes como um todo, tanto autor quando o réu, são partes legitimas para recorrer, mas o interessado para recorrer é a parte prejudicada/ parte vencida.
c) Interesse: muito embora as partes, terceiros, MP sejam legitimados para recorrer, eles só têm interesses recursais quando receber uma decisão desfavorável. Existe interesse recursal, mesmo que o julgamento seja de procedência, mas a parte deseja discutir somente os honorários advocatícios.
d) Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer:
· Renúncia, desistência, preclusão lógica e etc.
· A desistência ou a renúncia, impedem a interposição do recurso. P.ex. se eu renunciei ao meu direito de recorrer e apresento o meu recurso, o meu recurso é inadmitido.
· Requisitos extrínsecos :estão relacionados com a forma como se exerce o direito de recorrer. Os intrínsecos a existência do direito de recorrer, os extrínsecos é a forma de exercício do direito de recorrer.
· 1º requisito a ser observado- é o requisito da tempestividade:
- Todo e qualquer recurso possui um prazo. Todos os recursos possuem prazo de 15 dias, com exceção dos embargos de declaração que possuem prazo de 5 dias.
· A contagem do prazo recursal se dar em dias uteis, começa a contar o prazo no primeiro dia útil subsequente a intimação. A parte é considerada intimada, quando a publicação no diário oficial. O termino do prazo, se cair em final de semana prorroga para o próximo dia útil. Essa contagem do prazo pode ser diferenciada, em litisconsórcio com múltiplos procuradores de escritórios de advocacia distintos em processos físicos.
· É possível a prática de um ato processual antes do seu prazo? Sim, é possível, antes não se admitia a interposição de recurso antes do prazo, sendo chamada esses recursos de extraporanho, prematuro ou antes tempos.
· Com relação ao prazo em dobro, não é aplicado a parte que teve seus pedidos providos, somente a parte que teve seus pedidos improvidos. Além de que, não se conta prazo em dobro se um dos litisconsórcios sucumbiu.
· Regularidade formal:
· Como regra, os atos processuais são de forma livre, o importante é que o ato processual atinja a sua finalidade, então o que importa é a finalidade em detrimento da forma, mas
em algumas hipóteses a nossa lei vai prever, que o atotem que se revestir de uma determinada solenidade, de uma determinada formalidade.
· Então, a regularidade formal nada mais é do que a forma que se deve revestir o ato processual. Com relação ao recurso, a lei vai prever, em algumas hipóteses, algumas formalidades; solenidades que devem ser observadas pelo recurso, a esse requisito nós damos o nome de regularidade formal.
P.ex. De regularidade formal: no agravo de instrumentos nós temos uma serie de documentos que devem ser juntados para montar o agravo, porque o agravo é um instrumento que peticiona a regra geral de interposição, como regra o local da interposição do recurso se dar no Juízo a quo, o juízo que proferiu a decisão (TJ e juiz de primeiro grau eu estou falando de juízo a quo), com exceção do agravo de instrumento que a interposição se dar lá no tribunal, só que para eu interpor esse recurso no tribunal eu tenho algumas formalidades a serem observadas, entre elas a juntadas de copias de vários documentos do processo, procuração, certidão de intimação, petição inicia, contestação... se eu não junto esses documentos, o requisito inobservado é a regularidade formal do recurso.
· Aplico a complementariedade quando não juntado algum documento que deveria ser juntado
-P.ex. Quando eu vou interpor o recurso para o Tribunal Superior, se eu tenho que demonstrar divergências jurisprudências, eu preciso juntar as copias dos acórdãos que provam as divergências, então não adianta eu colar e copiar uma emenda e dizer que tribunal tal entende isso, eu tenho que pegar o acordão publicado por órgão oficial ou disponibilizado pelo próprio site do tribunal e juntar e dizer que tem uma divergência ali.
· 3 princípio da admissibilidade é o preparo recursal:
· Preparo recursal, compreende as custas e inclusive porte de remessa e retorno decorrente da interposição do recurso. O ato de recorrer não é gratuito, você tem que pagar por isso, e o pagamento por este ato é o pagamento relativo as custas recursais somadas ao porte de remessa e retorno. O que é esse porte, remessa e retorno? O porte de remessa e retorno (quem paga é o recorrente), é o pagamento para que o processo saia de Açailândia e venha para São luís e seja julgada. E no momento da interposição do recurso você tem que comprovar o pagamento, então tu interpõe o recurso e já junta a cópia do boleto e do comprovante de pagamento.
· OBS: Porte de remessa e retorno só é cobrada em processos físicos, porquê altos eletrônicos não faz sentido eu cobrar frete.
· Se eu não demonstrar que eu paguei, ou se eu deixo de pagar, eu sou intimado pra recolher em dobro.
Quem não precisa recolher pré-pago, é o beneficiário da justiça gratuita, defensoria pública( é porque representa os hipossuficientes) MP e Fazenda Pública (é como se o estado do maranhão e o TJ estivessem cobrando do próprio estado do MA pelo MP, não faz sentido, os entes não podem cobrar tributo um do outro., é por isso que não é cobrado)
· Se a parte é intimada para pagar e mesmo assim não paga; não comprova que pagou, ela paga em dobro, e se não pagar o processo fica parado, o processo é considerado deserção. 5 dias para pagar, não pagou deserto.
· Se a parte recolhe a menor as custas, ou seja, as custas eram 100 e a parte vai lá e recolhe 50, a parte é intimada para que no prazo de 5 dias complementar o valor das custas, aqui não tem pagamento em dobro.
· Se eu sou intimado para recolher em dobro, e eu recolho a menor, eu NÃO posso ser intimado de novo para complementar, se não fizer deserção.
· Deserção: quando o recurso é determinado deserto, o recurso é inadmitido, não pode mais recorrer, ACABOU!
· Quando no ato de interposição, demonstrara o recolhimento do pré-pago, caso a lei assim o exija, nós temos dois recursos em que não se exige o recolhimento de custas, que são os embargos de declaração e o agravo interno.
· Pontos importantes – Não sou intimado pela segunda vez/ a decisão que leva deserção é INRECORRÍVEL/ o prazo para a complementação é de 5 DIAS, não efetuou, deserção!
/Se tiver algum problema, crise bancaria, crise no sistema judicial sei lá o que e tal, o relator pode lhe conceder mais um prazo de 5 dias em caso de justo motivo.

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