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Aula Biosseguranca CEN0400

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Tópicos avançados em biotecnologia
CEN0400
1° Semestre de 2023
Biossegurança em 
Biotecnologia
CONTEÚDO
• Microrganismos e organismos geneticamente 
modificados
• Agências e comissões reguladoras e legislação em 
Biossegurança
• Biossegurança e classificação de riscos biológicos
• Laboratórios de biossegurança e sinalizações
• Normas de conduta e procedimentos operacionais 
padrão
• Gerenciamento e classificação de resíduos biológicos
• Vacinação
Microrganismos
• A humanidade sempre conviveu com 
os microrganismos
• Muitas vezes sem entender que eles 
estavam presentes
• Por que o leite azeda? O pão cresce? 
O vinho fermenta e as vezes vira 
vinagre? O pão
As bebidas fermentadas (vinho e cerveja)Leite e derivados
A biologia molecular e os avanços da biotecnologia
• Os estudos destes cientistas pioneiros deu início ao 
campo da microbiologia
• Estes conhecimentos permitiram o desenvolvimento 
de medicamentos e vacinas
• O estudo e uso de microrganismos permitiu também 
a descoberta da do primeiro antibiótico: a penicilina
Jonas Salk (1955) 
desenvolveu a 
vacina contra a 
poliomielite
Alexander Fleming (1881 - 1955), 
descobriu a penicilina
A microbiologia e a biotecnologia
• Hoje, a microbiologia é uma parte 
essencial da ciência e da biotecnologia
• Alimentos, medicamentos, vacinas, 
exames clínicos,....
• Cada vez mais, a microbiologia, genética 
e biologia molecular fazem parte da 
nossa vida
Porém, nem sempre foi assim...
• Nos anos 60 e 70, surge a 
biologia molecular
• Ou seja, a capacidade de alterar 
o conteúdo genético de um 
organismo
• Surge o medo que isto possa ser 
utilizado para criar super-
organismos
• Espalhar doenças, toxinas,...
Porém, nem sempre foi assim...
• Nos anos 60 e 70, surge a 
biologia molecular
• Ou seja, a capacidade de alterar 
o conteúdo genético de um 
organismo
• Surge o medo que isto possa ser 
utilizado para criar super-
organismos
• Espalhar doenças, toxinas,...
Os cientistas se reúnem para 
discutir
• Em 1975, ocorre o famoso 
encontro em Asilomar
(Califórnia)
• Neste encontro, uma série de 
medidas são adotas para limitar 
os experimentos com OGMs até 
entendermos melhor suas 
implicações
• Mais de 40 anos se passaram, e 
nenhuma das previsões 
catastróficas se tornou realidade
Maxine Singer, Norton Zinder, Sydney Brenner, 
e Paul Berg 
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio)
• No Brasil, em 2005, foi criada a CTNBio, uma agência cuja finalidade é a de 
implementar as normas de biossegurança relativa a manipulação de organismos 
geneticamente modificados (OGM)
• Enquanto a CTNBio regulamente, a ANVISA vistoria e fiscaliza os laboratórios que 
trabalham com OGM
ctnbio.mcti.gov.br/
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio)
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
http://portal.anvisa.gov.br/
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
O trabalho com microrganismos é 
cadastrado, fiscalizado e aprovado nas 
Instituições pela CIBio
O que é CIBio – Comissão Interna de Biossegurança?
As CIBios são componentes essenciais para o monitoramento e vigilância dos trabalhos
de engenharia genética, manipulação, produção e transporte de OGMs e para fazer
cumprir a regulamentação de Biossegurança exigida pela CTNBio (Comissão Técnica
Nacional de Biossegurança).
O CENA possui um CQB (Certificado de Qualidade de Biossegurança) único junto à 
CTNBio.
Todas as solicitações, propostas de uso, importações entre outros são discutidas em reuniões realizadas pela
CIBio, descritas em atas.
Ao final de cada ano a CIBio solicita o relatório anual obrigatório de cada docente autorizado.
No início de cada ano encaminhamos à CTNBio o Relatório Anual da CIBio que aborda:
- Descrição sobre atividades de capacitação obrigatórias para funcionários e alunos
- Relatórios anuais de cada docente,
- Formulários de Proposta
- Descrição das medidas de biossegurança que vêm sendo adotadas
- Cópias das atas das reuniões realizadas do ano anterior, incluindo todos os documentos das referidas reuniões
Relatório anual é um documento importante
-Informações sobre materiais importados
Atividades da CIBio
Saber a classificação dos OGMs e dos laboratórios onde serão realizados os experimentos. Tanto os OGMs
como os laboratórios podem ter uma classificação de nível 1 a 4.
Submeter o projeto para aprovação pela CIBio.
Se o projeto envolve organismos NB-2, você precisa de um laboratório NB2 para realizar a pesquisa e
seu projeto deve ser aprovado em Brasília pela CTNBio
O que é preciso saber para trabalhar 
com microrganismos e OGMs?
Biossegurança do CENA
http://www.cena.usp.br/pesquisa/comissoes-pesquisa
O que é biossegurança?
• Precisamos obedecer certas 
regras para trabalhar de forma 
segura com microrganismos
• Precisamos proteger os 
pesquisadores e técnicos, e o 
meio ambiente
Símbolo de material biológico
O que é biossegurança?
• Trata das regras e condutas para a 
utilização, contenção, transporte e 
eliminação de (micro)organismos.
• Visa a prevenção do escape de 
organismos patogênicos, de substâncias 
nocivas e de OGMs;
• Visa e prevenção à saúde do trabalhador 
e ao meio ambiente
Bactéria Escherichia coli
Plantas transgênicasAnimais transgênicos (OGM) 
de laboratório
Pontos básicos de biossegurança
• Treinamento; Planejamento e Organização:
• Manuseio e transporte de vidrarias, reagentes, 
equipamentos, instrumentos e outros materiais;
• Higiene, limpeza, desinfecção
• Resíduos biológicos, químicos, etc.
• Utilização de EPC e EPI;
• Sinalização;
• Procedimentos operacionais padrão;
• Registros de atividades;
• Registros e comunicação de acidentes
Bactéria Escherichia coli
Os perigos da pesquisa com 
microrganismos
• As infecções associadas ao trabalho com micro-organismos em laboratórios têm 
ocorrido desde os primórdios da Microbiologia
• Muitas vezes tais infecções podem resultar na morte do indivíduo, animais, 
plantas e o meio ambiente em geral
• Ao contrário dos acidentes envolvendo substâncias químicas e fogo, é mais 
difícil, na maioria das vezes, determinar se certa moléstia infecciosa foi 
contraída no laboratório
• O indivíduo pode ficar enfermo muitos dias ou semanas após o contagio, sem 
fazer associação
• Por isso, é essencial a atenção aos cuidados com a sua segurança ao trabalhar 
num laboratório biológico
O que é risco biológico
• Os “riscos biológicos” pode ser 
classificados de acordo com sua 
gravidade inerente às pesquisas 
com micro-organismos patogênicos
• O “risco biológico” também leva em 
conta a facilidade de transmissão 
do patógeno
• Por exemplo, o bacilo de Koch
(causador da tuberculose) e o vírus 
da gripe (influenza) podem ser 
transmitidos pelo ar
Risco = exposição x tempo
Exemplos de risco biológico
• Outros patógenos, são transmitidos 
pela água
• Um exemplo é a bactéria causadora 
da cólera (Vibrio colera)
• Por isso, laboratórios que trabalham 
com estes patógenos devem fazê-lo 
de forma segura
• Matando a bactéria antes de 
eliminar no meio ambiente
Mais exemplos de risco biológico
• Já o vírus da hepatite B só é 
transmitido através do contato 
com sangue contaminado
• Por exemplo, compartilhando uma 
agulha de injeção contaminada
Risco biológico na agricultura
• Em outros casos, os microrganismos 
podem ser patógenos de plantas 
importantes para a agricultura do País
• Por exemplo, o câncro cítrico, bactéria 
que infecta laranjeiras e pode destruir 
uma safra. 
• Sua liberação para o meio ambiente pode 
ser danosa para a produção agrícola.
• Por isso, eles precisam ser manuseados 
no laboratório de forma segura, 
impedindo sua liberação para o meio 
ambiente
Organismos geneticamente
modificados (OGMs)
• OGM é a sigla de Organismos Geneticamente 
Modificados
• São organismos manipulados geneticamente, 
de modo a favorecer características 
desejadas, como a cor, tamanho, resistência 
a doenças e pragas, etc. 
• Os OGMs possuem alteração em trecho(s) dogenoma realizadas através da tecnologia do 
RNA/DNA recombinante ou engenharia 
genética.
GloFish, peixes ornamentais 
geneticamente modificados
Organismos geneticamente
modificados (OGMs)
• Na maior parte das vezes, quando se fala em 
Organismos Geneticamente Modificados, trata-se 
de organismos transgênicos. 
• Mas OGMs e transgênicos não são sinônimos: 
todos os transgênico são organismos 
geneticamente modificados, mas nem todos os 
OGM são transgênicos.
• Organismos transgênicos contêm um parte do 
material genético (DNA) de um outro organismo
• Por exemplo, o milho transgênicos contem um 
gene que confere resistência ao ataque de insetos
Classificação de Risco
• O programa especial da Organização 
Mundial de Saúde (OMS) sobre medidas 
de segurança em Microbiologia 
estabeleceu uma classificação dos micro-
organismos segundo os riscos que 
apresentem
• Esta classificação de risco leva em conta a 
gravidade da doença, assim com sua 
forma de transmissão
Símbolo de material 
infectante 
Classificação de Risco Biológico
• Grupo de Risco I – Pouco risco individual e comunitário. Neste grupo estão 
incluídos os micro-organismos que têm baixas probabilidades de provocar moléstias 
humanas e são de pouca importância veterinária.
• Grupo II – Risco individual moderado, risco comunitário limitado. Estão aqui 
agrupados os agentes patogênicos que podem provocar moléstias humanas e aos 
animais, mas que têm baixas probabilidades de causar perigo grave para o pessoal 
do laboratório e a comunidade, animais de criação ou para o meio ambiente. A 
exposição no laboratório pode provocar infecção grave, mas, são disponíveis 
medidas eficazes de tratamento e prevenção, limitando assim, o risco de 
propagação.
• Grupo III – Risco individual elevado, pequeno risco comunitário. Os agentes 
patogênicos deste grupo provocam moléstias humanas graves, mas que não se 
propagam de uma pessoa infectada para outra.
• Grupo IV – Elevado risco individual e comunitário. Os agentes patogênicos deste 
grupo provocam graves moléstias humanas e nos animais, podendo propagar-se 
facilmente de um indivíduo para outro direta ou indiretamente
Classificação de Risco de Agentes
Biológicos
• Para saber a qual grupo pertence um organismo específico a ser manipulado em 
seu laboratório, consulte a normativa da ANVISA "Classificação de Risco dos 
Agentes Biológicos" com a lista completa dos microrganismos 
• Disponível na página da CIBio do IQ USP - http://www.iq.usp.br/cibio
• Exemplos de patógenos para cada grupo de risco:
• Grupo I – Neste grupo estão todos os microrganismos que não foram classificados com sendo dos 
grupos II, III e IV. As principais cepas de bactérias utilizadas em biologia molecular (Escherichia coli) e 
a levedura do pão (Saccharomyces cerevisiae) estão neste grupo
• Grupo II – Estão inclusos neste grupo microrganismos a Helicobacter pylori (causadora da úlcera), o 
Treponema pallidum (causador da Sífilis), o Adenovirus (causador do resfriado), entre outros.
• Grupo III – Estão inclusos neste grupo o Mycobacterium tuberculosis (causador da tuberculose e o 
virus do HIV
• Grupo IV – Estão inclusos neste grupo o vírus causador do Ebola.
http://www.iq.usp.br/cibio
Laboratórios de biossegurança
• Para se manipular um determinado 
organismo, precisamos conhecer sua 
classificação de risco
• Uma vez determinado seu risco 
biológico, ele precisa ser nas 
condições ideais de segurança
• Por isso, os laboratórios de 
biossegurança também são 
classificados de 1 a 4
• De acordo com sua capacidade de 
proteger os usuários e meio 
ambiente dos riscos biológicos 
inerentes ao organismo de estudo
Laboratórios de biossegurança
• Laboratórios de biossegurança 
permitem o manuseio de 
microrganismos e OGMs de 
forma segura
• A primeira informação 
importante é o tipo de 
organismo que será 
manipulado
• Quanto mais perigoso 
organismo (risco biológico), 
mais precauções precisam ser 
tomadas
• Para proteger as pessoas e o 
meio ambiente
Laboratórios de biossegurança
• Os laboratórios de 
biossegurança podem 
ser de 4 tipos
• NB1, NB2, NB3 e NB4
• Eles são utilizados para 
manipular organismos 
dos grupos de risco I, II, 
II e IV, respectivamente
NB1
NB3
organismos do 
grupo de risco I
organismos do 
grupo de risco III
Tipos de laboratórios de 
biossegurança
• Os laboratórios podem ser 
classificados de acordo com o 
nível de segurança
• Os laboratórios NB-1 são 
apropriados para manipular 
organismos com risco biológico 1 
(microrganismos não 
patogênicos)
Laboratórios NB1
 Os espaços entre as bancadas, cabines e 
equipamentos devem ser suficientes de modo a 
permitir fácil limpeza;
 OGMs serão manipulados em áreas sinalizadas com 
o símbolo universal de risco biológico, com acesso 
restrito à equipe técnica e de apoio ou de pessoas 
autorizadas;
 As superfícies de trabalho devem ser 
descontaminadas pelo menos uma vez ao dia ou 
sempre que ocorrer contaminação. Recomenda-se 
que seja desinfetada no início e ao final da jornada 
de trabalho;
 Todo resíduo líquido ou sólido contaminado deve 
ser descontaminado antes de ser descartado, assim 
como todo material ou equipamento que tiver 
entrado em contato com o OGM;
Sinalização NB-1
Na porta de entrada, deve conter:
- Sinalização com nome do laboratório e responsáveis
- Aviso de proibido comer e beber
- Aviso dos EPIs obrigatórios
- Nome do laboratório
- Símbolo de risco biológico
- Grau de risco biológico
- Nome dos Docentes 
Responsáveis
- Telefone
- Nome dos Técnicos 
Responsáveis
- Telefone
- Número do CQB do Instituto
Exemplo da sinalização da porta de entrada
Na porta de entrada também deve constar lista com nome e telefone das pessoas 
autorizadas a trabalhar no local
Dentro do laboratório, em local
visível próximo a entrada deve ser
repetido o aviso dos EPIs e proibido
comer e beber
Laboratórios NB2
 No interior das instalações, os 
frequentadores devem utilizar os 
equipamentos apropriados de proteção 
individual tais como jalecos, luvas, toucas, 
máscaras, óculos, protetores pró-pé, entre 
outros, os quais devem ser retirados antes 
da pessoa deixar as instalações 
credenciadas;
 Após o uso, os equipamentos de proteção 
individual não descartáveis devem ser 
limpos e guardados fora da área 
contaminada e as pessoas devem ser 
treinadas para seu manuseio e guarda 
apropriada;
 Todos os requisitos necessários para a 
entrada nas instalações credenciadas 
devem estar indicados na porta de entrada
Laboratórios NB2
Os laboratórios NB2 são para manipulação de
organismos (OGMs ou não) que apresentam moderado 
risco individual e limitado risco para a comunidade. 
Inclui os agentes biológicos que provocam infecções no 
homem ou nos animais, cujo potencial de propagação 
na comunidade e de disseminação no meio ambiente é 
limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas 
e profiláticas eficazes.
Exemplos: Schistosoma mansoni eVírus da Rubéola.
Para saber a qual classe pertence o organismo que
você irá manipular, consulte a normativa daANVISA 
"Classificação de Risco dos Agentes Biológicos" com a
lista completa dos microrganismos.
Laboratórios NB2
▪ As instalações e procedimentos exigidos 
para o NB-2 devem atender às 
especificações estabelecidas para o NB-1
▪ Devem ainda ser acrescidas da
necessidade de haver uma autoclave
disponível em seu interior, de modo a 
permitir a descontaminação de todo o 
material antes do descarte, sem o 
trânsito do OGM por corredores e
outros espaços não controlados;
autoclave
A sinalização do laboratório NB-2 é dentro do NB-1 
A área NB-2, dentro do laboratório também deve
ser sinalizada, com aviso de entrada somente de
pessoas autorizadas. Deve ser repetido o aviso
de proibido comer e beber e uso de EPIs.
Sinalização NB-2
Deve ser repetido o aviso com símbolo de risco biológico, com nome do laboratório e 
responsáveis.
Deve conter nome e telefone, somente das pessoas autorizadas a trabalhar com NB-2.
LaboratóriosNB1 x NB2
NB2NB1
autoclave
cabine de biossegurança
Laboratórios NB3
 Laboratórios do tipo NB3 são 
utilizados para manipular 
organismos do tipo III
 O vírus da gripe (Influenza) e o 
bacilo de Koch (tuberculose) são 
alguns exemplos
 Estes organismos podem ser 
transmitido pela via área
 Por isso, o ar do laboratório precisa 
ser filtrado e os operadores 
protegidos
 O IQ não tem laboratório NB3
Laboratórios NB4
 Utilizado para manipular o vírus do 
Ebola
 Neste caso, o ar do laboratório 
precisa ser filtrado antes de ser 
liberado para o meio ambiente
 Nível de contenção ainda mais alto
Normas de conduta nos
laboratórios
• Para trabalhar num laboratório de
biossegurança é obrigatório o uso de
equipamentos de proteção (EPIs) e seguir
as instruções de segurança.
• Procedimento geral: ao entrar no
laboratório, lave as mãos, vista seu
avental, e utilize todos os EPIs necessários
para seu trabalho (luvas, óculos de
proteção e/ou máscara).
Normas de conduta
• As normas de segurança nos laboratórios de biossegurança do IQ-USP tem o
objetivo de proteger a saúde dos profissionais do laboratório no nosso Instituto e do
público geral que circula pela nossa instituição
• Visam também proteger o meio ambiente dos riscos associados à exposição
acidental a micro-organismos, organismos e materiais biológicos experimentais
• Os acidentes em laboratórios de Microbiologia, normalmente ocorrem pela
formação de aerossóis, por respingos, pipetagens incorretas ou injeções
• Trabalhos com grandes quantidades e/ou concentrações elevadas de micro-
organismos, laboratórios superlotados de pessoal e material
• Outro cuidado são as infestação por roedores ou insetos e entrada de pessoas não
autorizadas.
49
LEIA E SIGA 
AS INSTRUÇÕES!!
1- É proibido comer e/ou beber no interior dos laboratórios.
Normas de conduta gerais
Alimentos e cosméticos
• Não se alimente, não beba e não guarde 
alimentos no local de trabalho
• Não fume no laboratório
• Não aplique cosméticos no recinto de 
trabalho
• São possíveis rotas para contaminação 
direta com microrganismos
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2- Uso obrigatório de avental/jaleco, sapatos fechados, calças compridas, luvas, 
óculos de segurança, luvas descartáveis.
Normas de conduta gerais
Normas de condutas gerais
É obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) nos laboratórios de 
Biossegurança.
Procedimento geral: ao entrar no laboratório, lave as mãos, vista seu avental, e utilize 
todos os EPIs necessários para seu trabalho (• Luvas. • Aventais/jalecos • Máscaras • 
Óculos • Sapatos fechados • Calças).
http://www.fiocruz.com.br
52
Óculos de segurança
Avental (jaleco) de 
manga comprida
Luvas descartáveis
Calça compridaCalça comprida
Sapato fechado
Jaleco não é capa do Superman!!
Tem que usar abotoado!!
https://br.pinterest.com
Sapatilha não é 
sapato fechado!!
≠
www.marisa.com
http://ehs.virginia.edu
Normas de conduta gerais
Se vc não gosta da vestimenta de laboratório mantenha suas roupas de trabalho no local de 
trabalho e use-as no seu local de trabalho. Ao terminar seu trabalho, troque de roupa. 53
sapatilha
sapato
fechado
Óculos de segurança
Avental (jaleco) de 
manga comprida
Luvas descartáveis
Calça compridaCalça comprida
Sapato fechado
NUNCA pipete com a boca!
• NUNCA pipete com a boca material 
infeccioso ou tóxico
• Proteja a ponta superior das pipetas com 
algodão antes da esterilização e utilize 
ponteiras com filtro, para minimizar as 
chances de contaminar o aparelho pipetador
Mantenha o laboratório limpo e 
organizado
• Mantenha o laboratório limpo e em ordem, devendo ser dele retirados quaisquer 
materiais que não tenham relação com o trabalho
56
Normas de conduta gerais
LEIA E SIGA 
AS INSTRUÇÕES!!
Âmbito e aplicabilidade
Âmbito: Onde eu trabalho (Instituto, Universidade, etc.)
Aplicabilidade: Os POPs devem estar presentes em todos os laboratórios
(unidade operacional) que tenham sido classificados em quaisquer um dos
níveis de Biossegurança (NB1, NB2, NB3 ou NB4).
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Procedimento Operacional Padrão (POP') 
E uma descrição detalhada de todas as operações necessárias para a
realização de uma tarefa, ou seja, é um roteiro padronizado para
realizar uma atividade.
É um texto destinado a quem realmente vai executar a tarefa, ou seja, o operador.
58
http://rushartsbiology.wikispaces.com
O POP é o "procedimento que busca fazer com que um processo,
independente da área, possa ser realizado sempre de uma mesma
forma, permitindo a verificação de cada uma de suas etapas. Ele
deve ser escrito de forma detalhada para a obtenção de
uniformidade de uma rotina operacional, seja ela na produção ou
na prestação de serviços".
Rev. Assoc. Med. Bras. vol.53 no.1 São Paulo Jan./Feb. 2007
Procedimentos operacionais 
padronizados em centros de pesquisa
59
60
Procedimento operacional padrão (POP)
Instituição Comissão 
responsável
Nome do POP
Descrição das etapas 
da tarefa 
(Procedimento)
Objetivo do POP
Data da aprovação do POP
Local da 
realização da 
tarefa
Porque precisamos dos POPs? 
POPs são importantes para a segurança individual e coletiva h
tt
p
s:
//
s-
m
ed
ia
-c
ac
h
e
61
https://s-media-cache/
Os POPs ajudam a melhorar a qualidade de nossos 
experimentos e reduzem os riscos de acidentes.
Quem está mais seguro aqui?
62
63
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
http://www.anvisa.gov.br
1. Molhe as mãos
2. Aplique sabonete
3. Ensaboe as palmas
4. Esfregue o dorso
5. Esfregue intergitiais
6. Esfregue dorso dos dedos
7. Esfregue o polegar
8. Friccione ponta dos dedos
9. Esfregue punho
10. Enxágue as mãos
11. Seque as mãos
Procedimento de higienização das mãos
Procedimento de desinfecção das mãos e 
superfícies
Álcool a 70% (etanol ou isopropílico):
O álcool a 70% (v/v) é um dos desinfetantes mais empregados no laboratório.
Utilização: para desinfecção da pele, bancada e equipamentos.
Procedimento
Após a limpeza com água e sabão deve-se esfregar um pano ou algodão 
embebido com a solução de álcool a 70%.
Tempo de inativação: deixar a superfície a ser descontaminada em contato 
com a solução por no mínimo 15 minutos.
Preparo do Álcool a 70% (v/v):
Etanol a 95º (p/v) .........................................................73,7ml
Água destilada q.s.p .....................................................100 ml
Desinfecção = matar microorganismos que podem causar doenças (patogênicos)
65
1° Limpeza com água e sabão 
2° Limpeza com Álcool 70%
Procedimento de desinfecção das superfícies
http://homepage.smc.edu
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
Procedimento de descontaminação de SUPERFÍCIE de trabalho 
Após o termino do trabalho 
1 – Guardar todo material utilizado 
2 – Limpar com água e sabão e desinfetar a bancada com álcool 70% 
3 – Descartar resíduos em local adequado 
4 – Deixar a bancada organizada 
https://happilabs.files.wordpress.com
http://blog.labguru.com
66
Hipoclorito de sódio 2%:
Utilização: descontaminação de pisos, vidrarias,
inativação química de material biológico.
Procedimento: Após a limpeza com água e sabão deve-
se passar pano ou material absorvente com a solução de
hipoclorito 2% no piso, ou submergir vidraria em
solução, garantindo que a solução esteja em contato
com toda parede do objeto a ser descontaminado.
Atenção
para descontaminação de resíduos líquidos e semi-
sólidos, colocar hipoclorito concentrado na proporção
de 1 para 19 partes do resíduo em descontaminação
(concentração final 0,1% de hipoclorito).
Procedimento de desinfecção de materiais
Tempo de inativação: deixar em contato a superfície a ser descontaminada por no
mínimo 20 minutos.
Hipoclorito de sódio a 2%:
• Hipoclorito é degradado 
pela ação da luz.
• Por isso, mantenha o 
hipoclorito em frasco 
escuro.
• Use of hipoclorito 
dentro da validade do 
produto.
Mantenha o hipoclorito ao abrigo da luz!! Sempre!!
Hipoclorito é sensível a luz e se degrada com o tempo
perdendo sua ação desinfetante!
Procedimentode desinfecção de materiais
Frascos escuros ou que não deixam a luz passar!!
MICRORGANISMOS E OGM CONGELADOS EM N2 LIQUIDO
Operação para o descongelamento e o transporte de microrganismos e OGMs congelados: 
CUIDADO: Nitrogênio líquido é extremamente frio (-196 o C) e pode causar congelamento 
da pele. Manipule com cuidado e use os EPIs apropriados (luvas térmicas, sapato fechado, 
jaleco reforçado, óculos de segurança ou máscara).
www.laboratory-journal.com
www.yoycart.com
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
Tanques de transporte de N2 Líquido
EPIs para manipulação de N2 Líquido
Queimaduras de N2 Líquido
Sammut et al. (2008) Dermatology Online Journal, 14(6)
69
http://www.laboratory-journal.com/products/laborgeraete/protective-cryogenic-gloves-protective-gloves-laboratories-personal-protection
http://www.yoycart.com/category/50012518/Face_protection?&p=100
http://escholarship.org/uc/doj?volume=14;issue=6
1. Retirar a ampola ou tubo do botijão de nitrogênio líquido e colocá-lo imediatamente
na caixa com gelo seco.
2. Transportar a ampola ou tubo criogênico para a sala de cultura.
3. Proceder com o descongelamento, colocando a ampola ou tubo criogênico no banho
a 37 o C. Fechar imediatamente o banho com a tampa. Usar a mascara de proteção,
pois o tubo ainda pode explodir!
4. Uma vez que as células descongelaram e tubo atingiu 37 o C, você já pode retirar a
mascara, levar o tubo para o fluxo laminar, e continuar o procedimento de cultura
celular.
5. Em caso de acidente (explosão do tubo) dentro da caixa de gelo seco, iniciar o
procedimento de desinfecção. Deixe a caixa com o gelo-seco fechada, em lugar
isolado e identificada com o símbolo de material biológico. Quando o gelo-seco
evaporar completamente, jogue hipoclorito 2% para desinfetar, deixe agir por 30
minutos, e descarte a caixa no lixo biológico.
6. Em caso de acidente no banho-maria, jogue solução de hipoclorito 2% na água e
deixe agir por 30 minutos. Limpe a tampa com hipoclorito também. Descarte a água
do banho.
MICRORGANISMOS E OGM CONGELADOS EM N2 LIQUIDO
Procedimentos operacionais padrão (POPs) do IQ
descongelamento e o transporte de microrganismos e OGMs congelados
70
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
Orientações gerais para Derramamento em CENTRIFUGAS
1. Desligar a centrífuga e manter fechada por 30 minutos para dispersão de aerossóis. 
2. Usar EPIs (luvas e avental). 
3. Retirar estilhaços com auxílio de pinça, e descartar em caixa de perfurocortante. 
4. Limpar caçapas, pinos e rotor com solução de hipoclorito de sódio a 2% 
5. Limpar internamente a centrífuga com gaze embebida em uma solução de hipoclorito de 
sódio 2%. 
6. Repetir o processo com um pano embebido em água e sabão 
7. Descartar todo o material no lixo infectante 
8. COMUNICAR o responsável do laboratório sobre o acidente
http://www.imgrum.org
Água sanitária/Hipoclorito de sódio 2%
http://www.suprimix.com 71
1. Abrir a tampa soltando os manípulos e verificar se o 
registro de dreno está fechado.
2. Colocar água na caldeira até cobrir o descanso do 
cesto. Em seguida, introduzir o material a ser 
esterilizado, fechar a tampa, apertando por igual os 
manípulos; 
3. Abrir o registro de vapor e ligar a chave no calor 
máximo (MÁX); 
4. Saindo vapor pela válvula, esperar 10 minutos para 
que todo o ar seja expulso do interior da autoclave e, 
só então, fechar o registro de vapor; 
5. Quando a pressão (1,1 Kgf) e temperatura (121° C) 
de trabalho forem atingidas, mudar a chave para a 
posição MÉDIO, a fim de manter a pressão; 
6. Terminado o tempo de esterilização (20 minutos), 
desligar a autoclave; NÃO ABRA A AUTOCLAVE 
AINDA!
7. Esperar que o ponteiro do manômetro desça até o 
zero e, então, abrir a válvula de vapor; 
8. Aguardar 5 minutos e abrir a tampa. 
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
Limpeza: A água na caldeira deve ser trocada conforme necessidade.
manípulos
Registro de vapor
Chave
Manômetro
Operação da AUTOCLAVE 
72
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
Orientações gerais para DERRAMES de microrganismos
1. Impedir a Propagação do OGM fechando as portas do laboratório. 
2. Neutralizar a solução derramada com solução de hipoclorito a 2%. Deixe agir por 20 minutos. 
3. Sinalizar a área contendo o derramamento. 
4. Conter o derrame com papel absorventes, descartando todo o material contaminado em sacos 
brancos para lixo infectante. 
5. Descontaminar a área e os equipamentos afetados.
www2.lbl.gov
73
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
Procedimento de uso de cabine de segurança biológica 
(FLUXO LAMINAR)
Antes de iniciar o trabalho: 
1. Limpar toda a superfície interna da cabine com álcool 70%; 
2. Verificar se existem pipetas, ponteiras (preferencialmente com filtros) e tubos suficientes para o 
experimento; 
3. Colocar o pipetador dentro da capela biológica; 
4. Ligar a ventilação da cabine e a luz UV por 10 a 15 minutos antes do uso. 
As cabines devem ser certificadas anualmente. Filtros e lâmpadas devem ser trocados quando necessário.
http://www.veco.com.br www.onboardsolutions.com.au
74
http://www.onboardsolutions.com.au/clean-room/flow-cabinets/biolsafety-cabinets/
Durante o uso: 
1. Conduzir as manipulações no centro da cabine, mantendo o vidro frontal na posição;
2. Minimizar os movimentos dentro da cabine. 
Após o termino do trabalho: 
1. Limpar e guardar o pipetador automático desligado e carregando; 
2. Limpar a superfície de trabalho da cabine com álcool 70%; 
3. Deixar a cabine e a luz UV ligadas por 10 a 15 minutos; 
4. Desligar o fluxo laminar completamente. 
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
Procedimento de uso de cabine de segurança biológica 
(FLUXO LAMINAR)
http://info.bakerco.com/
75
76
• Separe itens limpos e itens sujos (exemplo: limpos à esquerda, sujos à direita) para
evitar contaminação.
• Não coloque nada sobre a grade de entrada de ar.
• Desinfete os itens com álcool 70% antes de colocar na cabine a após o uso antes da
retirada deles da câmara.
• Coloque dentro da cabine somente os itens essenciais ao procedimento a ser feito.
• Separe o lixo biológico em uma bolsa ou recipiente no interior da cabine antes de
retirá-lo dela.
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
Procedimento de uso de cabine de segurança biológica 
(FLUXO LAMINAR)
• Use chama aberta
somente em momentos
extremamente
necessários. O calor da
chama afeta o fluxo de ar,
pode danificar o filtro
HEPA e pode gerar
acúmulo de gases
inflamáveis na câmara.
Os materiais perfurocortantes infectantes (como agulhas e seringas, bisturis e
lâminas cortantes) devem ser descartados separadamente, no local de sua
geração, imediatamente após o uso ou necessidade de descarte. É expressamente
proibido o esvaziamento dos recipientes para perfurocortantes para o seu
reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente
com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou proceder a
sua retirada manualmente. Os recipientes coletores só devem ser preenchidos até
os 2/3 de sua capacidade, ou o nível de preenchimento ficar a 5 (cinco) cm de
distância da boca do recipiente
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
Procedimento de Descarte de PERFUROCORTANTES 
http://www.primecirurgica.com.br/
Nível máximo
http://www.fibracirurgica.com.br/
77
78
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
Aventais ou materiais utilizados em
laboratórios NB2 devem ser esterilizados nos
próprios laboratórios NB2 antes de serem
retirados destes ambientes
Nunca leve o avental usado em laboratório 
NB2 e sujo para outros ambientes
Leve ao interior dos laboratórios NB2 somente os materiais estritamente necessários 
Como trabalhar em um laboratório NB2 (Nível de Biossegurança -2)
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
SOMENTE pessoas autorizadas podem entrada nos laboratórios NB-2 
(se o seu nome não estiver na lista afixada na porta de entrada, NÃO ENTRE!)
Os laboratórios NB2 são para manipulação de organismos (OGMs ou não) que 
apresentammoderado risco individual e limitado risco para a comunidade. 
PARE e LEIA! Verifique se você está autorizado a entrar!
79
É obrigatório o uso de mascaras, luvas e aventais dentro do NB2:
1. Avental: Uma vez usado no NB2 passa a ser de uso exclusivo da unidade.
2. Estes devem ser retirados ao sair da sala e estão acondicionados nos armários ou
cabides da pré-sala.
3. As Luvas devem ser substituídas a cada experimento e/ou sempre que retiradas.
4. As Máscaras e os aventais podem ser substituídos sempre que necessário.
5. Ninguém deve permanecer no interior do NB2 a menos que seja necessário.
Dentro dos laboratórios é PROIBIDO: 
1. Comer, beber, falar ao telefone ou usar equipamentos eletrônicos desnecessários
aos experimentos.
2. A entrada de representantes comerciais, crianças ou animais domésticos.
3. É proibido o uso de sandálias, chinelos, bermudas, shorts e saias.
80
Como trabalhar em um laboratório NB-2 (Nível de Biossegurança -2)
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
Observações: 1- Evitar conversas desnecessárias e falar em frente das estufas abertas.
2-Toda manutenção deve ser agendada previamente e a desinfecção do
laboratório deve ser repetida após a saída dos técnicos de manutenção.
81
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
1. Usar EPI para o transporte. Não é permitido o transporte de OGM sem EPIs dentro 
do IQ-USP. 
2. O microrganismo ou OGM deve estar acondicionado em frascos fechados (p.ex., 
tubos falcons, erlenmeyers com tampa para cultura). 
3. Desinfetar a superfície do frasco com etanol 70% de modo a não permitir a 
contaminação com o OGM manipulado fora do laboratório. 
4. O frasco contendo o OGM deve ser acomodado dentro de uma caixa de transporte 
(p.ex., uma caixa de isopor) com tampa, de forma que o frasco seja carregado com 
segurança. 
5. A caixa, contendo o(s) frasco(s) deve ser transportado para fora do laboratório de 
forma segura, num carrinho. Levar um frasco com solução de hipoclorito 2% para 
desinfecção, em caso de acidentes. O ideal é que transporte seja realizado por duas 
pessoas. 
6. Em caso de acidentes (quebra do frasco ou vazamentos), utilizar os procedimentos 
de contenção de OGMs (identificar a área, colocar solução desinfetante, e notificar o 
docente responsável e a CIBio).
Transporte de microrganismos e OGMs
82
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
Transporte de Microrganismos e OGMs
Exemplos de acondicionamento de material biológico para transporte
https://www.sarstedt.com
http://www.thecompliancecenter.com
http://www.un3373.com
https://www.bioexpress.com
Caixas, frascos, tubos devem sempre ter uma TAMPA!!
83
Procedimentos de emergência e descarte de OGMs
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
Caso ocorra a liberação acidental de OGM no meio ambiente, 
deve-se procurar imediatamente o responsável do laboratório 
ou o pesquisador principal para tomar as providências iniciais de 
contenção que serão definidas caso a caso.
OGM = organismos geneticamente modificados
84
1. No caso de liberação/derramamento de pequenas quantidades de material contendo
OGMs, estes podem ser desinfetados com solução de hipoclorito 2% e contidos com
toalhas de papel, que devem ser descartadas em lixo biológico (POP - Procedimentos
gerais de derrames de OGM).
Procedimentos de emergência e descarte de OGMs
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
85
2. Caso o material entre em contato com o corpo do manipulador, a superfície da pele
deverá ser lavada com água e sabão desinfetante. Suas vestimentas devem ser retiradas
imediatamente e autoclavadas (121 °C, 30 minutos) ou descontaminadas em solução de
hipoclorito de sódio 2% antes da lavagem.
1. No caso de liberação/derramamento de pequenas quantidades de material
contendo OGMs, estes podem ser desinfetados com solução de hipoclorito 2% e
contidos com toalhas de papel, que devem ser descartadas em lixo biológico (POP -
Procedimentos gerais de derrames de OGM).
Procedimentos de emergência e descarte de OGMs
Kits de derrame
86
Procedimentos de emergência e descarte de OGMs
Procedimentos operacionais padrão (POPs)
3. No caso de liberação/derramamento de grandes quantidade, o pesquisador
responsável, assim como membros da CIBio devem ser notificados imediatamente
para que as devidas providências sejam tomadas.
Toda e qualquer ocorrência deverá ser anotada em livro próprio, relatando o material
e as pessoas envolvidas, e comunicada à CIBio e à CIPA.
E se algum procedimento que eu faço não 
estiver listado nos POPs da CIBio.
O que eu faço?
Entre em contato com a CIBio
Envie um e-mail para a secretária do CIBio enviando suas dúvidas ou comentários
Sua sugestão ou comentário será analisada pelos membros da CIBio e se for
necessário um novo POP será redigido e deve ser revisado pelos membros da CIBio
antes de ser implementado em todos os laboratórios de Biossegurança.
87
O que fazer com os resíduos
biológicos da minha pesquisa?
Resíduo infectante (hospitalar, biológico, biomédico, médico,
infeccioso, lixo hospitalar): aqueles que possuem a possível
presença de agentes biológicos que, por suas características,
podem apresentar risco de infecção.
Qualquer material que contenha ou esteja contaminado com
patógenos humanos, com agentes patogênicos de origem animal,
com patógenos de plantas ou com DNA recombinante ou
organismos recombinantes.
Quais são os resíduos biológicos
da minha pesquisa?
Resíduos de Serviço de Saúde: Aqueles resultantes de atividades
exercidas nos serviços relacionados com o atendimento à saúde
humana ou animal e que, por suas características, necessitem de
processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não
tratamento prévio à sua disposição final.
Resíduos biológicos da saúde
91
Serviços relacionados com o atendimento à saúde humana
ou animal incluem:
● laboratórios analíticos de produtos para saúde
● necrotérios, funerárias e medicina legal;
● drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação;
● Estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde;
● distribuidores de produtos farmacêuticos,
● importadores, distribuidores e produtores de materiais e
controles para diagnóstico in vitro;
● unidades móveis de atendimento à saúde;
● centros de acupuntura e tatuagem,
● dentre outros similares.
Resíduos biológicos da saúde
Descarte de resíduos biológicos
• Material biológico deve ser 
descartado no lixo apropriado
• Materiais e soluções contidas em 
laboratórios de biossegurança 
devem ser sempre tratados como 
potenciais carregadores de material 
infectante. 
• A presença ou ausência de um 
agente infectante em um material 
ou solução pode ser indistinguível a 
olho nu.
O Lixo deve estar devidamente sinalizado!
Lixo Saco Lixo Saco 
Nunca jogue uma pipeta (mesmo limpa!) no lixo de saco preto!
LixoSaco LixoSaco
Qual pipeta está contaminda??
• Lembre-se, vidro frio e vidro quente 
são iguais. Uma solução infectada 
com microrganismo, muitas vezes é 
igual a uma solução não infectada.
• Desta forma, uma pipeta com água, 
solução tampão ou meio de cultura 
virgem, é igual a uma pipeta com 
meio infectado.
Cuidados com agulhas e seringas
• Extrema precaução deve ser 
tomada quando forem 
manuseadas agulhas, seringas e 
vidros quebrados, de modo a 
evitar a auto-inoculação e a 
produção de aerossóis durante o 
uso e o descarte
• Nunca re-capei uma agulha de 
seringa
• Uma vez utilizada, jogue-a fora 
no lixo apropriado (ver próximo 
slide)
Agulhas e seringas tem lixo
especial
• As agulhas não devem ser 
entortadas, quebradas, 
recapeadas ou removidas da 
seringa após o uso
• Agulhas, seringas e vidros 
quebrados devem ser 
imediatamente colocados em 
recipiente resistente a 
perfurações e autoclavados
antes do descarte
Sacos disponíveis no
Almoxarifado de Materiais
Acondicionamento de resíduos
para descarte
Grupo A - Biológico –
Infectante
 Acondicionar em recipientes de paredes rígidas, resistentes à punctura, ruptura e
vazamento, resistentes ao processo de esterilização, com tampa,devidamente
identificados com o símbolo internacional de substância infectante, acrescido da
inscrição de “ Resíduo Perfurocortante” (tubos capilares, seringas, agulhas, pipetas
de vidro, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas, bisturis, lâminas de
barbear, ampolas de vidro, todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório
(pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares).
Acondicionamento de resíduos
para descarte
Grupo E – Perfurocortantes
http://www3.iq.usp.br/uploads/grupos/grupo4/Biosseguran%C3%A7a/POPs/Procedimento de descarte de Perfurocortantes.pdf
http://www3.iq.usp.br/uploads/grupos/grupo4/Biosseguran%C3%A7a/POPs/Procedimento de descarte de Perfurocortantes.pdf
 NBR 7500/2003
 Deve constar nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de
coleta interna e externa, nos recipientes de transporte interno e
externo e nos locais de armazenamento.
 Adoção de etiquetas que permitam rastrear embalagens.
Identificação para acondicionamento de resíduos
Biológicos para descarte
Devem ser descontaminados antes de sua eliminação ou reutilização.
Devem ser descartado em lixeiras apropriadas.
Resíduos que serão enviados para tratamento externo deverão ser
acondicionados em recipientes fechados e impermeáveis;
Todas as operações deverão ser efetuadas com o uso dos EPIs
apropriados.
Os operadores devem estar imunizados quando necessário.
Sempre lavar as mãos quando do término do manuseio do resíduos.
Tratamento interno dos resíduos biológicos 
para descarte
 Descontaminação, desinfecção, inativação
• Química (formaldeído, peróxido de hidrogênio, etanol, isopropanol,
glutaraldeído, dióxido de cloro, compostos liberadores de cloro ativo, fenóis
sintéticos, quaternário de amônio, iodóforos, óxido de etileno, etc.)
• Física: Radiação (UV, gama)
Térmico (Estufa, Forno, Autoclave, Fervura)
 O tempo de ação necessário para que os agentes químicos/físicos inativem
um microrganismo varia muito. Deve-se procurar informações exatas para
cada agente a ser inativado por cada processo.
Tratamento interno dos resíduos 
para descarte
http://www3.iq.usp.br/uploads/grupos/grupo4/Biosseguran%C3%A7a/POPs/Opera%C3%A7%C3%A3o da Autoclave.pdf
Álcool a 70% (etanol ou isopropílico):
• O álcool a 70% (v/v) é um dos desinfetantes mais empregados no laboratório.
• Utilização: para desinfecção da pele, bancada e equipamentos.
• Procedimento: Após a limpeza com água e sabão deve-se esfregar um pano ou algodão 
embebido com a solução de álcool a 70%.
• Tempo de inativação: deixar a superfície a ser descontaminada em contato com a solução 
por no mínimo 15 minutos.
• Preparo do Álcool a 70% (v/v):
Etanol a 95º (p/v) .........................................................73,7ml
Água destilada q.s.p .....................................................100 ml
Tratamento interno dos resíduos 
para descarte
Desinfecção com álcool 70%
Hipoclorito de sódio 2%:
• Utilização: descontaminação de pisos, vidrarias, inativação química de material biológico.
• Procedimento: Após a limpeza com água e sabão deve-se passar pano ou material absorvente 
com a solução de hipoclorito 2% no piso, ou submergir vidraria em solução, garantindo que a 
solução esteja em contato com toda parede do objeto a ser descontaminado.
• Atenção, para descontaminação de resíduos líquidos e semi-sólidos, colocar hipoclorito 
concentrado na proporção de 1 para 19 partes do resíduo em descontaminação (concentração 
final 0,1% de hipoclorito).
• Tempo de inativação: deixar em contato a superfície a ser descontaminada por no mínimo 20 
minutos.
• Lembrar que hipoclorito é degradao pela ação da luz. A solução, dentro do prazo de validadem 
deve ser mantida em frasco escuro.
Tratamento interno dos resíduos 
para descarte
Desinfecção com Hipoclorito de sódio
Cada resíduo no seu lugar! Nunca jogue lixo 
biológico no lixo comum
Nunca jogue agulhas e seringas no lixo comum!
Cada resíduo no seu container!
Resíduo Comum
Não reciclável
Saco 
Resíduo Biológico Saco 
Resíduos Químicos
Resíduo Comum
Reciclável
Saco 
Em caso de acidentes
Notificar colegas, sinalizar a área;
Lavar pele com sabonete antimicrobiano;
Cobrir material contaminado com papel toalha;
Saturar com solução de hipoclorito 1-2% (10% volume final);
30 minutos;
Descartar material e lavar área de trabalho;
Lavar as mãos;
Preencher relatório de acidente.
Vidro quebrado: Não manipular com a mão, sempre usar pinça ou pá de 
lixo
Acondicionamento apropriado;
Tratar quimicamente/autoclavar/lixo biológico
Orientações gerais para Derramamento em CENTRIFUGAS
Orientações gerais para DERRAMES de OGM
Procedimentos de emergência e descarte de OGMs
Em caso de acidentes
http://www3.iq.usp.br/uploads/grupos/grupo4/Biosseguran%C3%A7a/POPs/Orienta%C3%A7%C3%B5es Gerais para Derrames de OGM.pdf
http://www3.iq.usp.br/uploads/grupos/grupo4/Biosseguran%C3%A7a/POPs/Opera%C3%A7%C3%A3o Centrifuga.pdf
http://www3.iq.usp.br/uploads/grupos/grupo4/Biosseguran%C3%A7a/POPs/Procedimentos de emerg%C3%AAncia e descarte de OGMs.pdf
Para trabalhar em laboratórios de 
biossegurança é importante estar 
vacinado
As vacinas são recursos indispensáveis para a saúde 
individual e pública. 
Através da imunização é possível prevenir infecções e 
impedir que várias doenças se espalhem por um 
território. 
Existem vacinas para o organismo que você
trabalha?
• A vacina é a maneira mais eficaz de 
controlar e até erradicar doenças.
• Se existem vacinas contra o OGM que 
você manipula, você deve tomá-la
• Por exemplo, se você trabalha com 
material humano, é importante que 
seja vacinado contra Hepatite B
A carteirinha de vacinação
• Por isso, a 
importância da sua 
carteira de 
vacinação
• Ela está em dia??
Verifique sua carteirinha de vacinação e veja se você está em dia com as vacinas contra o 
Tétano, difteria, hepatite B. Se não estiver, procure um posto de saúde para se vacinar 
Não acredite nas mentiras sobre as vacinas
• A internet foi uma conquista importante da humanidade
• Dissemina informação e cultura
• Aproxima as pessoas
• Mas, infelizmente, também é um espaço para "desinformação" 
e "mentiras"
• Mentiras sobre as vacinas: (1) não funcionam.... (2) causam 
doenças.... (3) causam autismo..... , etc
• Todas estas mentiras já foram refutadas com estudos científicos
• Em caso de dúvida, converse com seu médico ou procure o 
posto-de-saúde (ou o SESMT-USP)
Não acredite nas mentiras sobre as vacinas
• Lembre-se, as vacinas protegem não apenas VOCÊ, mas o seus 
FAMILIARES e AMIGOS!
• As vacinas devem ser tomadas no posto-de-saúde ou no SESMT-
USP, sob supervisão de um profissional e orientação médica
• Vacinas podem causar pequenos efeitos colaterais (febre), mas 
seus benefícios são maiores do que os riscos
Laboratórios de biossegurança
• A vacinação é um direito e dever 
do cidadão
• Uma única pessoa não vacinada 
pode contribuir para a 
disseminação da doença
• Por isso, a importância da adesão 
aos planos de vacinação!
Laboratórios de biossegurança
• A vacinação é um direito e 
dever do cidadão
• Uma única pessoa não 
vacinada pode contribuir 
para a disseminação da 
doença
• Por isso, a importância da 
adesão aos planos de 
vacinação!
Você
Seu
filho
Doente
Pessoas
vacinadas
Dúvidas? Procure a sua CIBio

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