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Tópicos avançados em biotecnologia CEN0400 1° Semestre de 2023 Biossegurança em Biotecnologia CONTEÚDO • Microrganismos e organismos geneticamente modificados • Agências e comissões reguladoras e legislação em Biossegurança • Biossegurança e classificação de riscos biológicos • Laboratórios de biossegurança e sinalizações • Normas de conduta e procedimentos operacionais padrão • Gerenciamento e classificação de resíduos biológicos • Vacinação Microrganismos • A humanidade sempre conviveu com os microrganismos • Muitas vezes sem entender que eles estavam presentes • Por que o leite azeda? O pão cresce? O vinho fermenta e as vezes vira vinagre? O pão As bebidas fermentadas (vinho e cerveja)Leite e derivados A biologia molecular e os avanços da biotecnologia • Os estudos destes cientistas pioneiros deu início ao campo da microbiologia • Estes conhecimentos permitiram o desenvolvimento de medicamentos e vacinas • O estudo e uso de microrganismos permitiu também a descoberta da do primeiro antibiótico: a penicilina Jonas Salk (1955) desenvolveu a vacina contra a poliomielite Alexander Fleming (1881 - 1955), descobriu a penicilina A microbiologia e a biotecnologia • Hoje, a microbiologia é uma parte essencial da ciência e da biotecnologia • Alimentos, medicamentos, vacinas, exames clínicos,.... • Cada vez mais, a microbiologia, genética e biologia molecular fazem parte da nossa vida Porém, nem sempre foi assim... • Nos anos 60 e 70, surge a biologia molecular • Ou seja, a capacidade de alterar o conteúdo genético de um organismo • Surge o medo que isto possa ser utilizado para criar super- organismos • Espalhar doenças, toxinas,... Porém, nem sempre foi assim... • Nos anos 60 e 70, surge a biologia molecular • Ou seja, a capacidade de alterar o conteúdo genético de um organismo • Surge o medo que isto possa ser utilizado para criar super- organismos • Espalhar doenças, toxinas,... Os cientistas se reúnem para discutir • Em 1975, ocorre o famoso encontro em Asilomar (Califórnia) • Neste encontro, uma série de medidas são adotas para limitar os experimentos com OGMs até entendermos melhor suas implicações • Mais de 40 anos se passaram, e nenhuma das previsões catastróficas se tornou realidade Maxine Singer, Norton Zinder, Sydney Brenner, e Paul Berg Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) • No Brasil, em 2005, foi criada a CTNBio, uma agência cuja finalidade é a de implementar as normas de biossegurança relativa a manipulação de organismos geneticamente modificados (OGM) • Enquanto a CTNBio regulamente, a ANVISA vistoria e fiscaliza os laboratórios que trabalham com OGM ctnbio.mcti.gov.br/ Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) http://portal.anvisa.gov.br/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) O trabalho com microrganismos é cadastrado, fiscalizado e aprovado nas Instituições pela CIBio O que é CIBio – Comissão Interna de Biossegurança? As CIBios são componentes essenciais para o monitoramento e vigilância dos trabalhos de engenharia genética, manipulação, produção e transporte de OGMs e para fazer cumprir a regulamentação de Biossegurança exigida pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança). O CENA possui um CQB (Certificado de Qualidade de Biossegurança) único junto à CTNBio. Todas as solicitações, propostas de uso, importações entre outros são discutidas em reuniões realizadas pela CIBio, descritas em atas. Ao final de cada ano a CIBio solicita o relatório anual obrigatório de cada docente autorizado. No início de cada ano encaminhamos à CTNBio o Relatório Anual da CIBio que aborda: - Descrição sobre atividades de capacitação obrigatórias para funcionários e alunos - Relatórios anuais de cada docente, - Formulários de Proposta - Descrição das medidas de biossegurança que vêm sendo adotadas - Cópias das atas das reuniões realizadas do ano anterior, incluindo todos os documentos das referidas reuniões Relatório anual é um documento importante -Informações sobre materiais importados Atividades da CIBio Saber a classificação dos OGMs e dos laboratórios onde serão realizados os experimentos. Tanto os OGMs como os laboratórios podem ter uma classificação de nível 1 a 4. Submeter o projeto para aprovação pela CIBio. Se o projeto envolve organismos NB-2, você precisa de um laboratório NB2 para realizar a pesquisa e seu projeto deve ser aprovado em Brasília pela CTNBio O que é preciso saber para trabalhar com microrganismos e OGMs? Biossegurança do CENA http://www.cena.usp.br/pesquisa/comissoes-pesquisa O que é biossegurança? • Precisamos obedecer certas regras para trabalhar de forma segura com microrganismos • Precisamos proteger os pesquisadores e técnicos, e o meio ambiente Símbolo de material biológico O que é biossegurança? • Trata das regras e condutas para a utilização, contenção, transporte e eliminação de (micro)organismos. • Visa a prevenção do escape de organismos patogênicos, de substâncias nocivas e de OGMs; • Visa e prevenção à saúde do trabalhador e ao meio ambiente Bactéria Escherichia coli Plantas transgênicasAnimais transgênicos (OGM) de laboratório Pontos básicos de biossegurança • Treinamento; Planejamento e Organização: • Manuseio e transporte de vidrarias, reagentes, equipamentos, instrumentos e outros materiais; • Higiene, limpeza, desinfecção • Resíduos biológicos, químicos, etc. • Utilização de EPC e EPI; • Sinalização; • Procedimentos operacionais padrão; • Registros de atividades; • Registros e comunicação de acidentes Bactéria Escherichia coli Os perigos da pesquisa com microrganismos • As infecções associadas ao trabalho com micro-organismos em laboratórios têm ocorrido desde os primórdios da Microbiologia • Muitas vezes tais infecções podem resultar na morte do indivíduo, animais, plantas e o meio ambiente em geral • Ao contrário dos acidentes envolvendo substâncias químicas e fogo, é mais difícil, na maioria das vezes, determinar se certa moléstia infecciosa foi contraída no laboratório • O indivíduo pode ficar enfermo muitos dias ou semanas após o contagio, sem fazer associação • Por isso, é essencial a atenção aos cuidados com a sua segurança ao trabalhar num laboratório biológico O que é risco biológico • Os “riscos biológicos” pode ser classificados de acordo com sua gravidade inerente às pesquisas com micro-organismos patogênicos • O “risco biológico” também leva em conta a facilidade de transmissão do patógeno • Por exemplo, o bacilo de Koch (causador da tuberculose) e o vírus da gripe (influenza) podem ser transmitidos pelo ar Risco = exposição x tempo Exemplos de risco biológico • Outros patógenos, são transmitidos pela água • Um exemplo é a bactéria causadora da cólera (Vibrio colera) • Por isso, laboratórios que trabalham com estes patógenos devem fazê-lo de forma segura • Matando a bactéria antes de eliminar no meio ambiente Mais exemplos de risco biológico • Já o vírus da hepatite B só é transmitido através do contato com sangue contaminado • Por exemplo, compartilhando uma agulha de injeção contaminada Risco biológico na agricultura • Em outros casos, os microrganismos podem ser patógenos de plantas importantes para a agricultura do País • Por exemplo, o câncro cítrico, bactéria que infecta laranjeiras e pode destruir uma safra. • Sua liberação para o meio ambiente pode ser danosa para a produção agrícola. • Por isso, eles precisam ser manuseados no laboratório de forma segura, impedindo sua liberação para o meio ambiente Organismos geneticamente modificados (OGMs) • OGM é a sigla de Organismos Geneticamente Modificados • São organismos manipulados geneticamente, de modo a favorecer características desejadas, como a cor, tamanho, resistência a doenças e pragas, etc. • Os OGMs possuem alteração em trecho(s) dogenoma realizadas através da tecnologia do RNA/DNA recombinante ou engenharia genética. GloFish, peixes ornamentais geneticamente modificados Organismos geneticamente modificados (OGMs) • Na maior parte das vezes, quando se fala em Organismos Geneticamente Modificados, trata-se de organismos transgênicos. • Mas OGMs e transgênicos não são sinônimos: todos os transgênico são organismos geneticamente modificados, mas nem todos os OGM são transgênicos. • Organismos transgênicos contêm um parte do material genético (DNA) de um outro organismo • Por exemplo, o milho transgênicos contem um gene que confere resistência ao ataque de insetos Classificação de Risco • O programa especial da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre medidas de segurança em Microbiologia estabeleceu uma classificação dos micro- organismos segundo os riscos que apresentem • Esta classificação de risco leva em conta a gravidade da doença, assim com sua forma de transmissão Símbolo de material infectante Classificação de Risco Biológico • Grupo de Risco I – Pouco risco individual e comunitário. Neste grupo estão incluídos os micro-organismos que têm baixas probabilidades de provocar moléstias humanas e são de pouca importância veterinária. • Grupo II – Risco individual moderado, risco comunitário limitado. Estão aqui agrupados os agentes patogênicos que podem provocar moléstias humanas e aos animais, mas que têm baixas probabilidades de causar perigo grave para o pessoal do laboratório e a comunidade, animais de criação ou para o meio ambiente. A exposição no laboratório pode provocar infecção grave, mas, são disponíveis medidas eficazes de tratamento e prevenção, limitando assim, o risco de propagação. • Grupo III – Risco individual elevado, pequeno risco comunitário. Os agentes patogênicos deste grupo provocam moléstias humanas graves, mas que não se propagam de uma pessoa infectada para outra. • Grupo IV – Elevado risco individual e comunitário. Os agentes patogênicos deste grupo provocam graves moléstias humanas e nos animais, podendo propagar-se facilmente de um indivíduo para outro direta ou indiretamente Classificação de Risco de Agentes Biológicos • Para saber a qual grupo pertence um organismo específico a ser manipulado em seu laboratório, consulte a normativa da ANVISA "Classificação de Risco dos Agentes Biológicos" com a lista completa dos microrganismos • Disponível na página da CIBio do IQ USP - http://www.iq.usp.br/cibio • Exemplos de patógenos para cada grupo de risco: • Grupo I – Neste grupo estão todos os microrganismos que não foram classificados com sendo dos grupos II, III e IV. As principais cepas de bactérias utilizadas em biologia molecular (Escherichia coli) e a levedura do pão (Saccharomyces cerevisiae) estão neste grupo • Grupo II – Estão inclusos neste grupo microrganismos a Helicobacter pylori (causadora da úlcera), o Treponema pallidum (causador da Sífilis), o Adenovirus (causador do resfriado), entre outros. • Grupo III – Estão inclusos neste grupo o Mycobacterium tuberculosis (causador da tuberculose e o virus do HIV • Grupo IV – Estão inclusos neste grupo o vírus causador do Ebola. http://www.iq.usp.br/cibio Laboratórios de biossegurança • Para se manipular um determinado organismo, precisamos conhecer sua classificação de risco • Uma vez determinado seu risco biológico, ele precisa ser nas condições ideais de segurança • Por isso, os laboratórios de biossegurança também são classificados de 1 a 4 • De acordo com sua capacidade de proteger os usuários e meio ambiente dos riscos biológicos inerentes ao organismo de estudo Laboratórios de biossegurança • Laboratórios de biossegurança permitem o manuseio de microrganismos e OGMs de forma segura • A primeira informação importante é o tipo de organismo que será manipulado • Quanto mais perigoso organismo (risco biológico), mais precauções precisam ser tomadas • Para proteger as pessoas e o meio ambiente Laboratórios de biossegurança • Os laboratórios de biossegurança podem ser de 4 tipos • NB1, NB2, NB3 e NB4 • Eles são utilizados para manipular organismos dos grupos de risco I, II, II e IV, respectivamente NB1 NB3 organismos do grupo de risco I organismos do grupo de risco III Tipos de laboratórios de biossegurança • Os laboratórios podem ser classificados de acordo com o nível de segurança • Os laboratórios NB-1 são apropriados para manipular organismos com risco biológico 1 (microrganismos não patogênicos) Laboratórios NB1 Os espaços entre as bancadas, cabines e equipamentos devem ser suficientes de modo a permitir fácil limpeza; OGMs serão manipulados em áreas sinalizadas com o símbolo universal de risco biológico, com acesso restrito à equipe técnica e de apoio ou de pessoas autorizadas; As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas pelo menos uma vez ao dia ou sempre que ocorrer contaminação. Recomenda-se que seja desinfetada no início e ao final da jornada de trabalho; Todo resíduo líquido ou sólido contaminado deve ser descontaminado antes de ser descartado, assim como todo material ou equipamento que tiver entrado em contato com o OGM; Sinalização NB-1 Na porta de entrada, deve conter: - Sinalização com nome do laboratório e responsáveis - Aviso de proibido comer e beber - Aviso dos EPIs obrigatórios - Nome do laboratório - Símbolo de risco biológico - Grau de risco biológico - Nome dos Docentes Responsáveis - Telefone - Nome dos Técnicos Responsáveis - Telefone - Número do CQB do Instituto Exemplo da sinalização da porta de entrada Na porta de entrada também deve constar lista com nome e telefone das pessoas autorizadas a trabalhar no local Dentro do laboratório, em local visível próximo a entrada deve ser repetido o aviso dos EPIs e proibido comer e beber Laboratórios NB2 No interior das instalações, os frequentadores devem utilizar os equipamentos apropriados de proteção individual tais como jalecos, luvas, toucas, máscaras, óculos, protetores pró-pé, entre outros, os quais devem ser retirados antes da pessoa deixar as instalações credenciadas; Após o uso, os equipamentos de proteção individual não descartáveis devem ser limpos e guardados fora da área contaminada e as pessoas devem ser treinadas para seu manuseio e guarda apropriada; Todos os requisitos necessários para a entrada nas instalações credenciadas devem estar indicados na porta de entrada Laboratórios NB2 Os laboratórios NB2 são para manipulação de organismos (OGMs ou não) que apresentam moderado risco individual e limitado risco para a comunidade. Inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. Exemplos: Schistosoma mansoni eVírus da Rubéola. Para saber a qual classe pertence o organismo que você irá manipular, consulte a normativa daANVISA "Classificação de Risco dos Agentes Biológicos" com a lista completa dos microrganismos. Laboratórios NB2 ▪ As instalações e procedimentos exigidos para o NB-2 devem atender às especificações estabelecidas para o NB-1 ▪ Devem ainda ser acrescidas da necessidade de haver uma autoclave disponível em seu interior, de modo a permitir a descontaminação de todo o material antes do descarte, sem o trânsito do OGM por corredores e outros espaços não controlados; autoclave A sinalização do laboratório NB-2 é dentro do NB-1 A área NB-2, dentro do laboratório também deve ser sinalizada, com aviso de entrada somente de pessoas autorizadas. Deve ser repetido o aviso de proibido comer e beber e uso de EPIs. Sinalização NB-2 Deve ser repetido o aviso com símbolo de risco biológico, com nome do laboratório e responsáveis. Deve conter nome e telefone, somente das pessoas autorizadas a trabalhar com NB-2. LaboratóriosNB1 x NB2 NB2NB1 autoclave cabine de biossegurança Laboratórios NB3 Laboratórios do tipo NB3 são utilizados para manipular organismos do tipo III O vírus da gripe (Influenza) e o bacilo de Koch (tuberculose) são alguns exemplos Estes organismos podem ser transmitido pela via área Por isso, o ar do laboratório precisa ser filtrado e os operadores protegidos O IQ não tem laboratório NB3 Laboratórios NB4 Utilizado para manipular o vírus do Ebola Neste caso, o ar do laboratório precisa ser filtrado antes de ser liberado para o meio ambiente Nível de contenção ainda mais alto Normas de conduta nos laboratórios • Para trabalhar num laboratório de biossegurança é obrigatório o uso de equipamentos de proteção (EPIs) e seguir as instruções de segurança. • Procedimento geral: ao entrar no laboratório, lave as mãos, vista seu avental, e utilize todos os EPIs necessários para seu trabalho (luvas, óculos de proteção e/ou máscara). Normas de conduta • As normas de segurança nos laboratórios de biossegurança do IQ-USP tem o objetivo de proteger a saúde dos profissionais do laboratório no nosso Instituto e do público geral que circula pela nossa instituição • Visam também proteger o meio ambiente dos riscos associados à exposição acidental a micro-organismos, organismos e materiais biológicos experimentais • Os acidentes em laboratórios de Microbiologia, normalmente ocorrem pela formação de aerossóis, por respingos, pipetagens incorretas ou injeções • Trabalhos com grandes quantidades e/ou concentrações elevadas de micro- organismos, laboratórios superlotados de pessoal e material • Outro cuidado são as infestação por roedores ou insetos e entrada de pessoas não autorizadas. 49 LEIA E SIGA AS INSTRUÇÕES!! 1- É proibido comer e/ou beber no interior dos laboratórios. Normas de conduta gerais Alimentos e cosméticos • Não se alimente, não beba e não guarde alimentos no local de trabalho • Não fume no laboratório • Não aplique cosméticos no recinto de trabalho • São possíveis rotas para contaminação direta com microrganismos 51 2- Uso obrigatório de avental/jaleco, sapatos fechados, calças compridas, luvas, óculos de segurança, luvas descartáveis. Normas de conduta gerais Normas de condutas gerais É obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) nos laboratórios de Biossegurança. Procedimento geral: ao entrar no laboratório, lave as mãos, vista seu avental, e utilize todos os EPIs necessários para seu trabalho (• Luvas. • Aventais/jalecos • Máscaras • Óculos • Sapatos fechados • Calças). http://www.fiocruz.com.br 52 Óculos de segurança Avental (jaleco) de manga comprida Luvas descartáveis Calça compridaCalça comprida Sapato fechado Jaleco não é capa do Superman!! Tem que usar abotoado!! https://br.pinterest.com Sapatilha não é sapato fechado!! ≠ www.marisa.com http://ehs.virginia.edu Normas de conduta gerais Se vc não gosta da vestimenta de laboratório mantenha suas roupas de trabalho no local de trabalho e use-as no seu local de trabalho. Ao terminar seu trabalho, troque de roupa. 53 sapatilha sapato fechado Óculos de segurança Avental (jaleco) de manga comprida Luvas descartáveis Calça compridaCalça comprida Sapato fechado NUNCA pipete com a boca! • NUNCA pipete com a boca material infeccioso ou tóxico • Proteja a ponta superior das pipetas com algodão antes da esterilização e utilize ponteiras com filtro, para minimizar as chances de contaminar o aparelho pipetador Mantenha o laboratório limpo e organizado • Mantenha o laboratório limpo e em ordem, devendo ser dele retirados quaisquer materiais que não tenham relação com o trabalho 56 Normas de conduta gerais LEIA E SIGA AS INSTRUÇÕES!! Âmbito e aplicabilidade Âmbito: Onde eu trabalho (Instituto, Universidade, etc.) Aplicabilidade: Os POPs devem estar presentes em todos os laboratórios (unidade operacional) que tenham sido classificados em quaisquer um dos níveis de Biossegurança (NB1, NB2, NB3 ou NB4). 57 Procedimento Operacional Padrão (POP') E uma descrição detalhada de todas as operações necessárias para a realização de uma tarefa, ou seja, é um roteiro padronizado para realizar uma atividade. É um texto destinado a quem realmente vai executar a tarefa, ou seja, o operador. 58 http://rushartsbiology.wikispaces.com O POP é o "procedimento que busca fazer com que um processo, independente da área, possa ser realizado sempre de uma mesma forma, permitindo a verificação de cada uma de suas etapas. Ele deve ser escrito de forma detalhada para a obtenção de uniformidade de uma rotina operacional, seja ela na produção ou na prestação de serviços". Rev. Assoc. Med. Bras. vol.53 no.1 São Paulo Jan./Feb. 2007 Procedimentos operacionais padronizados em centros de pesquisa 59 60 Procedimento operacional padrão (POP) Instituição Comissão responsável Nome do POP Descrição das etapas da tarefa (Procedimento) Objetivo do POP Data da aprovação do POP Local da realização da tarefa Porque precisamos dos POPs? POPs são importantes para a segurança individual e coletiva h tt p s: // s- m ed ia -c ac h e 61 https://s-media-cache/ Os POPs ajudam a melhorar a qualidade de nossos experimentos e reduzem os riscos de acidentes. Quem está mais seguro aqui? 62 63 Procedimentos operacionais padrão (POPs) http://www.anvisa.gov.br 1. Molhe as mãos 2. Aplique sabonete 3. Ensaboe as palmas 4. Esfregue o dorso 5. Esfregue intergitiais 6. Esfregue dorso dos dedos 7. Esfregue o polegar 8. Friccione ponta dos dedos 9. Esfregue punho 10. Enxágue as mãos 11. Seque as mãos Procedimento de higienização das mãos Procedimento de desinfecção das mãos e superfícies Álcool a 70% (etanol ou isopropílico): O álcool a 70% (v/v) é um dos desinfetantes mais empregados no laboratório. Utilização: para desinfecção da pele, bancada e equipamentos. Procedimento Após a limpeza com água e sabão deve-se esfregar um pano ou algodão embebido com a solução de álcool a 70%. Tempo de inativação: deixar a superfície a ser descontaminada em contato com a solução por no mínimo 15 minutos. Preparo do Álcool a 70% (v/v): Etanol a 95º (p/v) .........................................................73,7ml Água destilada q.s.p .....................................................100 ml Desinfecção = matar microorganismos que podem causar doenças (patogênicos) 65 1° Limpeza com água e sabão 2° Limpeza com Álcool 70% Procedimento de desinfecção das superfícies http://homepage.smc.edu Procedimentos operacionais padrão (POPs) Procedimento de descontaminação de SUPERFÍCIE de trabalho Após o termino do trabalho 1 – Guardar todo material utilizado 2 – Limpar com água e sabão e desinfetar a bancada com álcool 70% 3 – Descartar resíduos em local adequado 4 – Deixar a bancada organizada https://happilabs.files.wordpress.com http://blog.labguru.com 66 Hipoclorito de sódio 2%: Utilização: descontaminação de pisos, vidrarias, inativação química de material biológico. Procedimento: Após a limpeza com água e sabão deve- se passar pano ou material absorvente com a solução de hipoclorito 2% no piso, ou submergir vidraria em solução, garantindo que a solução esteja em contato com toda parede do objeto a ser descontaminado. Atenção para descontaminação de resíduos líquidos e semi- sólidos, colocar hipoclorito concentrado na proporção de 1 para 19 partes do resíduo em descontaminação (concentração final 0,1% de hipoclorito). Procedimento de desinfecção de materiais Tempo de inativação: deixar em contato a superfície a ser descontaminada por no mínimo 20 minutos. Hipoclorito de sódio a 2%: • Hipoclorito é degradado pela ação da luz. • Por isso, mantenha o hipoclorito em frasco escuro. • Use of hipoclorito dentro da validade do produto. Mantenha o hipoclorito ao abrigo da luz!! Sempre!! Hipoclorito é sensível a luz e se degrada com o tempo perdendo sua ação desinfetante! Procedimentode desinfecção de materiais Frascos escuros ou que não deixam a luz passar!! MICRORGANISMOS E OGM CONGELADOS EM N2 LIQUIDO Operação para o descongelamento e o transporte de microrganismos e OGMs congelados: CUIDADO: Nitrogênio líquido é extremamente frio (-196 o C) e pode causar congelamento da pele. Manipule com cuidado e use os EPIs apropriados (luvas térmicas, sapato fechado, jaleco reforçado, óculos de segurança ou máscara). www.laboratory-journal.com www.yoycart.com Procedimentos operacionais padrão (POPs) Tanques de transporte de N2 Líquido EPIs para manipulação de N2 Líquido Queimaduras de N2 Líquido Sammut et al. (2008) Dermatology Online Journal, 14(6) 69 http://www.laboratory-journal.com/products/laborgeraete/protective-cryogenic-gloves-protective-gloves-laboratories-personal-protection http://www.yoycart.com/category/50012518/Face_protection?&p=100 http://escholarship.org/uc/doj?volume=14;issue=6 1. Retirar a ampola ou tubo do botijão de nitrogênio líquido e colocá-lo imediatamente na caixa com gelo seco. 2. Transportar a ampola ou tubo criogênico para a sala de cultura. 3. Proceder com o descongelamento, colocando a ampola ou tubo criogênico no banho a 37 o C. Fechar imediatamente o banho com a tampa. Usar a mascara de proteção, pois o tubo ainda pode explodir! 4. Uma vez que as células descongelaram e tubo atingiu 37 o C, você já pode retirar a mascara, levar o tubo para o fluxo laminar, e continuar o procedimento de cultura celular. 5. Em caso de acidente (explosão do tubo) dentro da caixa de gelo seco, iniciar o procedimento de desinfecção. Deixe a caixa com o gelo-seco fechada, em lugar isolado e identificada com o símbolo de material biológico. Quando o gelo-seco evaporar completamente, jogue hipoclorito 2% para desinfetar, deixe agir por 30 minutos, e descarte a caixa no lixo biológico. 6. Em caso de acidente no banho-maria, jogue solução de hipoclorito 2% na água e deixe agir por 30 minutos. Limpe a tampa com hipoclorito também. Descarte a água do banho. MICRORGANISMOS E OGM CONGELADOS EM N2 LIQUIDO Procedimentos operacionais padrão (POPs) do IQ descongelamento e o transporte de microrganismos e OGMs congelados 70 Procedimentos operacionais padrão (POPs) Orientações gerais para Derramamento em CENTRIFUGAS 1. Desligar a centrífuga e manter fechada por 30 minutos para dispersão de aerossóis. 2. Usar EPIs (luvas e avental). 3. Retirar estilhaços com auxílio de pinça, e descartar em caixa de perfurocortante. 4. Limpar caçapas, pinos e rotor com solução de hipoclorito de sódio a 2% 5. Limpar internamente a centrífuga com gaze embebida em uma solução de hipoclorito de sódio 2%. 6. Repetir o processo com um pano embebido em água e sabão 7. Descartar todo o material no lixo infectante 8. COMUNICAR o responsável do laboratório sobre o acidente http://www.imgrum.org Água sanitária/Hipoclorito de sódio 2% http://www.suprimix.com 71 1. Abrir a tampa soltando os manípulos e verificar se o registro de dreno está fechado. 2. Colocar água na caldeira até cobrir o descanso do cesto. Em seguida, introduzir o material a ser esterilizado, fechar a tampa, apertando por igual os manípulos; 3. Abrir o registro de vapor e ligar a chave no calor máximo (MÁX); 4. Saindo vapor pela válvula, esperar 10 minutos para que todo o ar seja expulso do interior da autoclave e, só então, fechar o registro de vapor; 5. Quando a pressão (1,1 Kgf) e temperatura (121° C) de trabalho forem atingidas, mudar a chave para a posição MÉDIO, a fim de manter a pressão; 6. Terminado o tempo de esterilização (20 minutos), desligar a autoclave; NÃO ABRA A AUTOCLAVE AINDA! 7. Esperar que o ponteiro do manômetro desça até o zero e, então, abrir a válvula de vapor; 8. Aguardar 5 minutos e abrir a tampa. Procedimentos operacionais padrão (POPs) Limpeza: A água na caldeira deve ser trocada conforme necessidade. manípulos Registro de vapor Chave Manômetro Operação da AUTOCLAVE 72 Procedimentos operacionais padrão (POPs) Orientações gerais para DERRAMES de microrganismos 1. Impedir a Propagação do OGM fechando as portas do laboratório. 2. Neutralizar a solução derramada com solução de hipoclorito a 2%. Deixe agir por 20 minutos. 3. Sinalizar a área contendo o derramamento. 4. Conter o derrame com papel absorventes, descartando todo o material contaminado em sacos brancos para lixo infectante. 5. Descontaminar a área e os equipamentos afetados. www2.lbl.gov 73 Procedimentos operacionais padrão (POPs) Procedimento de uso de cabine de segurança biológica (FLUXO LAMINAR) Antes de iniciar o trabalho: 1. Limpar toda a superfície interna da cabine com álcool 70%; 2. Verificar se existem pipetas, ponteiras (preferencialmente com filtros) e tubos suficientes para o experimento; 3. Colocar o pipetador dentro da capela biológica; 4. Ligar a ventilação da cabine e a luz UV por 10 a 15 minutos antes do uso. As cabines devem ser certificadas anualmente. Filtros e lâmpadas devem ser trocados quando necessário. http://www.veco.com.br www.onboardsolutions.com.au 74 http://www.onboardsolutions.com.au/clean-room/flow-cabinets/biolsafety-cabinets/ Durante o uso: 1. Conduzir as manipulações no centro da cabine, mantendo o vidro frontal na posição; 2. Minimizar os movimentos dentro da cabine. Após o termino do trabalho: 1. Limpar e guardar o pipetador automático desligado e carregando; 2. Limpar a superfície de trabalho da cabine com álcool 70%; 3. Deixar a cabine e a luz UV ligadas por 10 a 15 minutos; 4. Desligar o fluxo laminar completamente. Procedimentos operacionais padrão (POPs) Procedimento de uso de cabine de segurança biológica (FLUXO LAMINAR) http://info.bakerco.com/ 75 76 • Separe itens limpos e itens sujos (exemplo: limpos à esquerda, sujos à direita) para evitar contaminação. • Não coloque nada sobre a grade de entrada de ar. • Desinfete os itens com álcool 70% antes de colocar na cabine a após o uso antes da retirada deles da câmara. • Coloque dentro da cabine somente os itens essenciais ao procedimento a ser feito. • Separe o lixo biológico em uma bolsa ou recipiente no interior da cabine antes de retirá-lo dela. Procedimentos operacionais padrão (POPs) Procedimento de uso de cabine de segurança biológica (FLUXO LAMINAR) • Use chama aberta somente em momentos extremamente necessários. O calor da chama afeta o fluxo de ar, pode danificar o filtro HEPA e pode gerar acúmulo de gases inflamáveis na câmara. Os materiais perfurocortantes infectantes (como agulhas e seringas, bisturis e lâminas cortantes) devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de descarte. É expressamente proibido o esvaziamento dos recipientes para perfurocortantes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente. Os recipientes coletores só devem ser preenchidos até os 2/3 de sua capacidade, ou o nível de preenchimento ficar a 5 (cinco) cm de distância da boca do recipiente Procedimentos operacionais padrão (POPs) Procedimento de Descarte de PERFUROCORTANTES http://www.primecirurgica.com.br/ Nível máximo http://www.fibracirurgica.com.br/ 77 78 Procedimentos operacionais padrão (POPs) Aventais ou materiais utilizados em laboratórios NB2 devem ser esterilizados nos próprios laboratórios NB2 antes de serem retirados destes ambientes Nunca leve o avental usado em laboratório NB2 e sujo para outros ambientes Leve ao interior dos laboratórios NB2 somente os materiais estritamente necessários Como trabalhar em um laboratório NB2 (Nível de Biossegurança -2) Procedimentos operacionais padrão (POPs) SOMENTE pessoas autorizadas podem entrada nos laboratórios NB-2 (se o seu nome não estiver na lista afixada na porta de entrada, NÃO ENTRE!) Os laboratórios NB2 são para manipulação de organismos (OGMs ou não) que apresentammoderado risco individual e limitado risco para a comunidade. PARE e LEIA! Verifique se você está autorizado a entrar! 79 É obrigatório o uso de mascaras, luvas e aventais dentro do NB2: 1. Avental: Uma vez usado no NB2 passa a ser de uso exclusivo da unidade. 2. Estes devem ser retirados ao sair da sala e estão acondicionados nos armários ou cabides da pré-sala. 3. As Luvas devem ser substituídas a cada experimento e/ou sempre que retiradas. 4. As Máscaras e os aventais podem ser substituídos sempre que necessário. 5. Ninguém deve permanecer no interior do NB2 a menos que seja necessário. Dentro dos laboratórios é PROIBIDO: 1. Comer, beber, falar ao telefone ou usar equipamentos eletrônicos desnecessários aos experimentos. 2. A entrada de representantes comerciais, crianças ou animais domésticos. 3. É proibido o uso de sandálias, chinelos, bermudas, shorts e saias. 80 Como trabalhar em um laboratório NB-2 (Nível de Biossegurança -2) Procedimentos operacionais padrão (POPs) Observações: 1- Evitar conversas desnecessárias e falar em frente das estufas abertas. 2-Toda manutenção deve ser agendada previamente e a desinfecção do laboratório deve ser repetida após a saída dos técnicos de manutenção. 81 Procedimentos operacionais padrão (POPs) 1. Usar EPI para o transporte. Não é permitido o transporte de OGM sem EPIs dentro do IQ-USP. 2. O microrganismo ou OGM deve estar acondicionado em frascos fechados (p.ex., tubos falcons, erlenmeyers com tampa para cultura). 3. Desinfetar a superfície do frasco com etanol 70% de modo a não permitir a contaminação com o OGM manipulado fora do laboratório. 4. O frasco contendo o OGM deve ser acomodado dentro de uma caixa de transporte (p.ex., uma caixa de isopor) com tampa, de forma que o frasco seja carregado com segurança. 5. A caixa, contendo o(s) frasco(s) deve ser transportado para fora do laboratório de forma segura, num carrinho. Levar um frasco com solução de hipoclorito 2% para desinfecção, em caso de acidentes. O ideal é que transporte seja realizado por duas pessoas. 6. Em caso de acidentes (quebra do frasco ou vazamentos), utilizar os procedimentos de contenção de OGMs (identificar a área, colocar solução desinfetante, e notificar o docente responsável e a CIBio). Transporte de microrganismos e OGMs 82 Procedimentos operacionais padrão (POPs) Transporte de Microrganismos e OGMs Exemplos de acondicionamento de material biológico para transporte https://www.sarstedt.com http://www.thecompliancecenter.com http://www.un3373.com https://www.bioexpress.com Caixas, frascos, tubos devem sempre ter uma TAMPA!! 83 Procedimentos de emergência e descarte de OGMs Procedimentos operacionais padrão (POPs) Caso ocorra a liberação acidental de OGM no meio ambiente, deve-se procurar imediatamente o responsável do laboratório ou o pesquisador principal para tomar as providências iniciais de contenção que serão definidas caso a caso. OGM = organismos geneticamente modificados 84 1. No caso de liberação/derramamento de pequenas quantidades de material contendo OGMs, estes podem ser desinfetados com solução de hipoclorito 2% e contidos com toalhas de papel, que devem ser descartadas em lixo biológico (POP - Procedimentos gerais de derrames de OGM). Procedimentos de emergência e descarte de OGMs Procedimentos operacionais padrão (POPs) 85 2. Caso o material entre em contato com o corpo do manipulador, a superfície da pele deverá ser lavada com água e sabão desinfetante. Suas vestimentas devem ser retiradas imediatamente e autoclavadas (121 °C, 30 minutos) ou descontaminadas em solução de hipoclorito de sódio 2% antes da lavagem. 1. No caso de liberação/derramamento de pequenas quantidades de material contendo OGMs, estes podem ser desinfetados com solução de hipoclorito 2% e contidos com toalhas de papel, que devem ser descartadas em lixo biológico (POP - Procedimentos gerais de derrames de OGM). Procedimentos de emergência e descarte de OGMs Kits de derrame 86 Procedimentos de emergência e descarte de OGMs Procedimentos operacionais padrão (POPs) 3. No caso de liberação/derramamento de grandes quantidade, o pesquisador responsável, assim como membros da CIBio devem ser notificados imediatamente para que as devidas providências sejam tomadas. Toda e qualquer ocorrência deverá ser anotada em livro próprio, relatando o material e as pessoas envolvidas, e comunicada à CIBio e à CIPA. E se algum procedimento que eu faço não estiver listado nos POPs da CIBio. O que eu faço? Entre em contato com a CIBio Envie um e-mail para a secretária do CIBio enviando suas dúvidas ou comentários Sua sugestão ou comentário será analisada pelos membros da CIBio e se for necessário um novo POP será redigido e deve ser revisado pelos membros da CIBio antes de ser implementado em todos os laboratórios de Biossegurança. 87 O que fazer com os resíduos biológicos da minha pesquisa? Resíduo infectante (hospitalar, biológico, biomédico, médico, infeccioso, lixo hospitalar): aqueles que possuem a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção. Qualquer material que contenha ou esteja contaminado com patógenos humanos, com agentes patogênicos de origem animal, com patógenos de plantas ou com DNA recombinante ou organismos recombinantes. Quais são os resíduos biológicos da minha pesquisa? Resíduos de Serviço de Saúde: Aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal e que, por suas características, necessitem de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final. Resíduos biológicos da saúde 91 Serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal incluem: ● laboratórios analíticos de produtos para saúde ● necrotérios, funerárias e medicina legal; ● drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; ● Estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; ● distribuidores de produtos farmacêuticos, ● importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; ● unidades móveis de atendimento à saúde; ● centros de acupuntura e tatuagem, ● dentre outros similares. Resíduos biológicos da saúde Descarte de resíduos biológicos • Material biológico deve ser descartado no lixo apropriado • Materiais e soluções contidas em laboratórios de biossegurança devem ser sempre tratados como potenciais carregadores de material infectante. • A presença ou ausência de um agente infectante em um material ou solução pode ser indistinguível a olho nu. O Lixo deve estar devidamente sinalizado! Lixo Saco Lixo Saco Nunca jogue uma pipeta (mesmo limpa!) no lixo de saco preto! LixoSaco LixoSaco Qual pipeta está contaminda?? • Lembre-se, vidro frio e vidro quente são iguais. Uma solução infectada com microrganismo, muitas vezes é igual a uma solução não infectada. • Desta forma, uma pipeta com água, solução tampão ou meio de cultura virgem, é igual a uma pipeta com meio infectado. Cuidados com agulhas e seringas • Extrema precaução deve ser tomada quando forem manuseadas agulhas, seringas e vidros quebrados, de modo a evitar a auto-inoculação e a produção de aerossóis durante o uso e o descarte • Nunca re-capei uma agulha de seringa • Uma vez utilizada, jogue-a fora no lixo apropriado (ver próximo slide) Agulhas e seringas tem lixo especial • As agulhas não devem ser entortadas, quebradas, recapeadas ou removidas da seringa após o uso • Agulhas, seringas e vidros quebrados devem ser imediatamente colocados em recipiente resistente a perfurações e autoclavados antes do descarte Sacos disponíveis no Almoxarifado de Materiais Acondicionamento de resíduos para descarte Grupo A - Biológico – Infectante Acondicionar em recipientes de paredes rígidas, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, resistentes ao processo de esterilização, com tampa,devidamente identificados com o símbolo internacional de substância infectante, acrescido da inscrição de “ Resíduo Perfurocortante” (tubos capilares, seringas, agulhas, pipetas de vidro, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas, bisturis, lâminas de barbear, ampolas de vidro, todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares). Acondicionamento de resíduos para descarte Grupo E – Perfurocortantes http://www3.iq.usp.br/uploads/grupos/grupo4/Biosseguran%C3%A7a/POPs/Procedimento de descarte de Perfurocortantes.pdf http://www3.iq.usp.br/uploads/grupos/grupo4/Biosseguran%C3%A7a/POPs/Procedimento de descarte de Perfurocortantes.pdf NBR 7500/2003 Deve constar nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e externa, nos recipientes de transporte interno e externo e nos locais de armazenamento. Adoção de etiquetas que permitam rastrear embalagens. Identificação para acondicionamento de resíduos Biológicos para descarte Devem ser descontaminados antes de sua eliminação ou reutilização. Devem ser descartado em lixeiras apropriadas. Resíduos que serão enviados para tratamento externo deverão ser acondicionados em recipientes fechados e impermeáveis; Todas as operações deverão ser efetuadas com o uso dos EPIs apropriados. Os operadores devem estar imunizados quando necessário. Sempre lavar as mãos quando do término do manuseio do resíduos. Tratamento interno dos resíduos biológicos para descarte Descontaminação, desinfecção, inativação • Química (formaldeído, peróxido de hidrogênio, etanol, isopropanol, glutaraldeído, dióxido de cloro, compostos liberadores de cloro ativo, fenóis sintéticos, quaternário de amônio, iodóforos, óxido de etileno, etc.) • Física: Radiação (UV, gama) Térmico (Estufa, Forno, Autoclave, Fervura) O tempo de ação necessário para que os agentes químicos/físicos inativem um microrganismo varia muito. Deve-se procurar informações exatas para cada agente a ser inativado por cada processo. Tratamento interno dos resíduos para descarte http://www3.iq.usp.br/uploads/grupos/grupo4/Biosseguran%C3%A7a/POPs/Opera%C3%A7%C3%A3o da Autoclave.pdf Álcool a 70% (etanol ou isopropílico): • O álcool a 70% (v/v) é um dos desinfetantes mais empregados no laboratório. • Utilização: para desinfecção da pele, bancada e equipamentos. • Procedimento: Após a limpeza com água e sabão deve-se esfregar um pano ou algodão embebido com a solução de álcool a 70%. • Tempo de inativação: deixar a superfície a ser descontaminada em contato com a solução por no mínimo 15 minutos. • Preparo do Álcool a 70% (v/v): Etanol a 95º (p/v) .........................................................73,7ml Água destilada q.s.p .....................................................100 ml Tratamento interno dos resíduos para descarte Desinfecção com álcool 70% Hipoclorito de sódio 2%: • Utilização: descontaminação de pisos, vidrarias, inativação química de material biológico. • Procedimento: Após a limpeza com água e sabão deve-se passar pano ou material absorvente com a solução de hipoclorito 2% no piso, ou submergir vidraria em solução, garantindo que a solução esteja em contato com toda parede do objeto a ser descontaminado. • Atenção, para descontaminação de resíduos líquidos e semi-sólidos, colocar hipoclorito concentrado na proporção de 1 para 19 partes do resíduo em descontaminação (concentração final 0,1% de hipoclorito). • Tempo de inativação: deixar em contato a superfície a ser descontaminada por no mínimo 20 minutos. • Lembrar que hipoclorito é degradao pela ação da luz. A solução, dentro do prazo de validadem deve ser mantida em frasco escuro. Tratamento interno dos resíduos para descarte Desinfecção com Hipoclorito de sódio Cada resíduo no seu lugar! Nunca jogue lixo biológico no lixo comum Nunca jogue agulhas e seringas no lixo comum! Cada resíduo no seu container! Resíduo Comum Não reciclável Saco Resíduo Biológico Saco Resíduos Químicos Resíduo Comum Reciclável Saco Em caso de acidentes Notificar colegas, sinalizar a área; Lavar pele com sabonete antimicrobiano; Cobrir material contaminado com papel toalha; Saturar com solução de hipoclorito 1-2% (10% volume final); 30 minutos; Descartar material e lavar área de trabalho; Lavar as mãos; Preencher relatório de acidente. Vidro quebrado: Não manipular com a mão, sempre usar pinça ou pá de lixo Acondicionamento apropriado; Tratar quimicamente/autoclavar/lixo biológico Orientações gerais para Derramamento em CENTRIFUGAS Orientações gerais para DERRAMES de OGM Procedimentos de emergência e descarte de OGMs Em caso de acidentes http://www3.iq.usp.br/uploads/grupos/grupo4/Biosseguran%C3%A7a/POPs/Orienta%C3%A7%C3%B5es Gerais para Derrames de OGM.pdf http://www3.iq.usp.br/uploads/grupos/grupo4/Biosseguran%C3%A7a/POPs/Opera%C3%A7%C3%A3o Centrifuga.pdf http://www3.iq.usp.br/uploads/grupos/grupo4/Biosseguran%C3%A7a/POPs/Procedimentos de emerg%C3%AAncia e descarte de OGMs.pdf Para trabalhar em laboratórios de biossegurança é importante estar vacinado As vacinas são recursos indispensáveis para a saúde individual e pública. Através da imunização é possível prevenir infecções e impedir que várias doenças se espalhem por um território. Existem vacinas para o organismo que você trabalha? • A vacina é a maneira mais eficaz de controlar e até erradicar doenças. • Se existem vacinas contra o OGM que você manipula, você deve tomá-la • Por exemplo, se você trabalha com material humano, é importante que seja vacinado contra Hepatite B A carteirinha de vacinação • Por isso, a importância da sua carteira de vacinação • Ela está em dia?? Verifique sua carteirinha de vacinação e veja se você está em dia com as vacinas contra o Tétano, difteria, hepatite B. Se não estiver, procure um posto de saúde para se vacinar Não acredite nas mentiras sobre as vacinas • A internet foi uma conquista importante da humanidade • Dissemina informação e cultura • Aproxima as pessoas • Mas, infelizmente, também é um espaço para "desinformação" e "mentiras" • Mentiras sobre as vacinas: (1) não funcionam.... (2) causam doenças.... (3) causam autismo..... , etc • Todas estas mentiras já foram refutadas com estudos científicos • Em caso de dúvida, converse com seu médico ou procure o posto-de-saúde (ou o SESMT-USP) Não acredite nas mentiras sobre as vacinas • Lembre-se, as vacinas protegem não apenas VOCÊ, mas o seus FAMILIARES e AMIGOS! • As vacinas devem ser tomadas no posto-de-saúde ou no SESMT- USP, sob supervisão de um profissional e orientação médica • Vacinas podem causar pequenos efeitos colaterais (febre), mas seus benefícios são maiores do que os riscos Laboratórios de biossegurança • A vacinação é um direito e dever do cidadão • Uma única pessoa não vacinada pode contribuir para a disseminação da doença • Por isso, a importância da adesão aos planos de vacinação! Laboratórios de biossegurança • A vacinação é um direito e dever do cidadão • Uma única pessoa não vacinada pode contribuir para a disseminação da doença • Por isso, a importância da adesão aos planos de vacinação! Você Seu filho Doente Pessoas vacinadas Dúvidas? Procure a sua CIBio
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