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LOGÍSTICA DE PRODUÇÃO, SERVIÇOS E DISTRIBUIÇÃO

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ACESSE AQUI ESTE 
MATERIAL DIGITAL!
DAIANA MENDES FAGANELLO
FERNANDO EDUARDO CARDOSO
MARINA ROZIN
TIAGO DE ARRUDA CAMARGO
LOGÍSTICA 
DE PRODUÇÃO, 
SERVIÇOS E 
DISTRIBUIÇÃO
Coordenador(a) de Conteúdo 
Rodrigo Borsatto Sommer da Silva
Projeto Gráfico e Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Alan Da Silva Francisco
Edinei Tomelin
Matheus Silva de Souza
Renan Willian Pacheco
Design Educacional
Bárbara Tamires Neves
Revisão Textual
Meyre Aparecida Barbosa da Silva
Harry Wiese
Ilustração
Andre Luis Azevedo da Silva
Eduardo Aparecido Alves
Fotos
Shutterstock e Envato
Impresso por: 
Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.
Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Núcleo de Educação a Distância. FAGANELLO, Daiana Mendes; 
CARDOSO, Fernando Eduardo; ROZIN, Marina; CAMARGO, Tiago de 
Arruda.
Logística de produção, serviços e distribuição / Daiana Mendes 
Faganello, Fernando Eduardo Cardoso, Marina Rozin, Tiago de Arruda 
Camargo. - Florianópolis, SC: Arqué, 2023.
200 p.
ISBN papel 978-65-6083-094-3
ISBN digital 978-65-6083-089-9
1. Logística 2. Produção 3. Serviços 4. Distribuição 5. EaD. I. Título. 
CDD - 658.5
EXPEDIENTE
FICHA CATALOGRÁFICA
N964
180501
RECURSOS DE IMERSÃO
Utilizado para temas, assuntos ou con-
ceitos avançados, levando ao aprofun-
damento do que está sendo trabalhado 
naquele momento do texto. 
APROFUNDANDO
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você 
terá indicações de filmes 
que se conectam com o 
tema do conteúdo.
INDICAÇÃO DE FILME
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você 
terá indicações de livros 
que agregarão muito na 
sua vida profissional.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Utilizado para desmistificar pontos 
que possam gerar confusão sobre o 
tema. Após o texto trazer a explicação, 
essa interlocução pode trazer pontos 
adicionais que contribuam para que 
o estudante não fique com dúvidas 
sobre o tema. 
ZOOM NO CONHECIMENTO
Este item corresponde a uma proposta 
de reflexão que pode ser apresentada por 
meio de uma frase, um trecho breve ou 
uma pergunta. 
PENSANDO JUNTOS
Utilizado para aprofundar o 
conhecimento em conteúdos 
relevantes utilizando uma lingua-
gem audiovisual.
EM FOCO
Utilizado para agregar um con-
teúdo externo.
EU INDICO
Professores especialistas e con-
vidados, ampliando as discus-
sões sobre os temas por meio de 
fantásticos podcasts.
PLAY NO CONHECIMENTO
PRODUTOS AUDIOVISUAIS
Os elementos abaixo possuem recursos 
audiovisuais. Recursos de mídia dispo-
níveis no conteúdo digital do ambiente 
virtual de aprendizagem.
4
139U N I D A D E 3
CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO 140
PAPEL DO OPERADOR LOGÍSTICO NA DISTRIBUIÇÃO 160
COMPONENTES E ESTRUTURA DE DISTRIBUIÇÃO 180
7U N I D A D E 1
LOGÍSTICA DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 8
CONTROLE DO SISTEMA LOGÍSTICO 32
PLANEJAMENTO LOGÍSTICO DE SERVIÇOS E CONTROLE DE ARMAZENAMENTO 52
75U N I D A D E 2
GESTÃO DE QUALIDADE NO SISTEMA DE PRODUÇÃO 76
SISTEMAS DE APOIO NA LOGÍSTICA 98
CADEIA DE ABASTECIMENTOS E SUPRIMENTOS 118
5
SUMÁRIO
UNIDADE 1
MINHAS METAS
LOGÍSTICA DE PRODUÇÃO E 
OPERAÇÕES
Reconhecer os conceitos de administração, produção e logística.
Compreender e determinar quais são os objetivos da produção.
Conhecer os fluxos operacionais input e output.
Diferenciar os diferentes sistemas de produção.
Assimilar as implicações da administração logística para a produção e operações
Apreender o planejamento como ferramenta indispensável para o sistema logístico.
Incorporar o processo de planejamento e controle da capacidade da produção.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1
8
INICIE SUA JORNADA
Estudante! Você, como futuro operador do sistema logístico, que busca uma 
carreira bem-sucedida e consolidada, pode se perguntar: como relacionar os 
conceitos vistos em sala de aula com sua realidade profissional?
Quando falamos em logística de produção e operações, devemos compreen-
der que se trata de um campo multidisciplinar que abrange aspectos da gestão 
de operações, cadeia de suprimentos, tecnologia e recursos humanos.
Neste sentido, buscando alcançar a excelência em nossa vida profissional, 
é imprescindível que conheçamos os conceitos básicos e as ferramentas dis-
poníveis sobre o tema. 
Podemos perceber também, que a área de estudo desta disciplina está em cons-
tante mudança, com a tecnologia tornando-se uma aliada, mas trazendo vários de-
safios, e, aliás, cabe a nós, aplicarmos as ferramentas tecnológicas de maneira hábil, 
refletindo e buscando soluções para os problemas cotidianos das organizações. 
O dia a dia das pessoas, muitas vezes corrido, não as permite perceber que 
fazemos parte de uma engrenagem, e os sistemas logísticos fazem parte desse 
cotidiano, trazendo reflexos diretos em nossas vidas.
A cada bem ou serviço que você, estudante, utiliza, há todo um processo 
oculto, fazendo o sistema funcionar, e é visando esclarecer como funciona esta 
engrenagem e torná-lo parte integrante dela, que este tema de aprendizagem 
irá apresentar conceitos e ferramentas que poderão ser usadas por você ao 
longo de sua carreira.
Siga com sua jornada em busca de conhecimento, pois assim desenvolverá 
ainda mais suas habilidades e estará mais capacitado para enfrentar os desafios 
do mercado de trabalho com competência. 
Bons estudos!
Bem-vindo ao podcast desta disciplina. Hoje mergulharemos nos setores da 
economia e veremos como estão intrinsecamente ligados, formando a cadeia pro-
dutiva brasileira. Vamos conhecer o que faz e os impactos que cada um dos seg-
mentos desta mesma cadeia produtiva? Aproveite! Recursos de mídia disponíveis 
no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
UNIASSELVI
9
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
VAMOS RECORDAR?
Dando continuidade aos nossos estudos, devemos relembrar alguns tópicos 
essenciais, sendo logística um dos principais. Segundo o Dicionário Aurélio 
(FERREIRA, 2010, on-line), logística vem do francês logistique e tem como uma 
de suas definições: “parte da arte da guerra que trata do planejamento e da 
realização de projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, 
distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material (para fins operativos 
ou administrativos)”. 
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Para compreendermos o tema logística de produção e operação, é importante que 
tenhamos claros alguns conceitos básicos que nos auxiliarão na compreensão do 
tema principal desta disciplina.
PRODUÇÃO
O primeiro conceito que precisamos compreender é de “produção”. A produção 
é o processo de transformação de matérias-primas, mão de obra e informa-
ções, em produtos ou serviços que devem atender às necessidades ou aos 
desejos dos consumidores, ou seja, devem atender à demanda da sociedade. 
A produção também pode ser vista como um processo de transformação com 
objetivo de gerar riquezas. 
Quando analisamos a história da humanida-
de, nós percebemos que os processos produtivos 
ocorrem desde o período neolítico, quando os 
humanos se tornaram sedentários, ou seja, fixa-
ram-se na Mesopotâmia, e ali começaram a criar 
grupos e “produzir” itens para a sua sobrevivência. 
Nessa época, os humanos começaram a transformar o barro em cerâmica 
com o objetivo de armazenar alimentos, as pedras em armas e ferramentas, cul-
tivar o solo e, assim, mais dominar do que serem dominados pela natureza. 
A produção também 
pode ser vista como 
um processo de 
transformação com 
objetivo de gerar 
riquezas
1
1
A partirdeste período, os sistemas produtivos passaram a evoluir e se torna-
rem cada vez mais eficientes, até chegarmos ao ponto de produção que encontra-
mos hoje, com máquinas, ferramentas, processos altamente eficazes, diminuição 
exponencial do uso de recursos produtivos e de mão de obra, e a produção em 
massa, que teve início na Revolução Industrial. 
Objetivos da produção
Quando observamos a atividade de produção, percebemos que existem alguns 
objetivos que são comuns, independentemente da área de atuação da empresa. A 
seguir, veremos alguns desses objetivos, que devem ser conhecidos e dominados 
pelos operadores desse processo que são: 
CUSTO
Valor total gasto no processo de transformação de insumos em produto ou serviço 
acabado, podendo ser classificado em diretos e indiretos. 
RAPIDEZ
Capacidade de executar um processo de maneira eficiente no menor tempo possível. 
QUALIDADE
Medida na qual um produto, serviço ou processo obedece a padrões preestabelecidos. 
CONFIABILIDADE
Capacidade de realizar e apresentar ao cliente a constância e eficiência. 
FLEXIBILIDADE
Capacidade de adaptação a mudanças no decorrer do processo produtivo. 
UNIASSELVI
1
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Setores da economia 
Ainda sobre produção, é importante sabermos que classificamos a produção em 
setores, você sabe quais são e o que produzem?
Setor primário
Responsável pela extração de matéria-prima. 
Estão inclusas, neste setor, as atividades de 
agricultura, pecuária, extrativismo mineral e 
vegetal, a caça e a pesca.
Setor secundário
É a indústria, responsável pela transformação 
da matéria-prima em bens materiais.
Setor terciário 
Corresponde ao setor da economia 
responsável pelo fornecimento de serviços 
de qualquer natureza.
1
1
Esses três setores da economia desempenham papéis vitais no desenvolvimento 
e funcionamento de uma nação. O setor primário é a base, fornecendo as ma-
térias-primas essenciais para a produção. O setor secundário transforma essas 
matérias-primas em produtos tangíveis, impulsionando a industrialização e o 
comércio. Por fim, o setor terciário é o alicerce dos serviços, garantindo que a 
sociedade seja atendida em suas necessidades diárias. É fundamental compreen-
der a interconexão e a importância de cada setor para alcançar um crescimento 
econômico sustentável e equilibrado.
INPUTS E OUTPUTS
Tendo o domínio do conceito de produção, seus objetivos principais e as suas 
subdivisões dentro da economia, daremos sequência aos estudos do tema, e, para 
tal, precisaremos compreender como os sistemas de produção operam. 
Os sistemas produtivos são a forma na qual as organizações gerenciam 
sua produção de bens ou serviços, e como administram os subsídios neces-
sários para que esta operação aconteça. São partes integrantes de um sistema 
produtivo os inputs, ou seja, as entradas de insumos, como matérias-primas, 
água, energia, mão de obra, maquinários, informações entre outros e os outputs, 
que são as saídas deste processo, seja o produto ou serviço final, ou até mesmo 
as informações dentro do próprio fluxo produtivo. 
Segundo Slack (2015, p. 12) “Todos os processos têm inputs de transformação 
e recursos transformados que usam para criar produtos e serviços”. É importante 
que compreendamos, que independentemente do setor de atuação, toda organi-
zação terá processos de entradas e saídas. 
Nesse sentido Slack (2015) classifica as entradas em: 
Recursos transformados: são todos os insumos que são modificados, sejam 
eles matérias-primas, informações ou até mesmo os próprios consumidores. 
Recursos de transformação: são os elementos que agem sobre os inputs 
transformando-os, como as instalações fabris, as ferramentas, maquinários e a 
própria mão de obra envolvida no processo produtivo. 
Para que o processo de produção ocorra, os inputs necessitam passar por 
um processo de transformação. Este processo se dá através da modificação dos 
insumos, que podem ser de três categorias, conforme vemos a seguir:
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
MATERIAIS
Transformação da matéria-prima em produto acabado.
INFORMAÇÃO
Transformação de informações em dados, que poderão ser usados na tomada de 
decisão.
CLIENTES
Alterações que ocorrem no próprio consumidor.
Para demonstrar de maneira prática, acompanhe exemplos de como se dão as 
operações de input e output nos diferentes setores produtivos.
OPERAÇÃO INPUTS PROCESSOS DA OPERAÇÃO OUTPUTS
Extração de 
petróleo
Plataformas e 
equipamentos de 
equipamentos
Planejamento e preparação 
Instalações 
Perfuração
Bombeamento 
Petróleo 
refinado 
entregue ao 
consumidor 
Tecnologia de extra-
ção refino e armaze-
nagem 
Extração 
Refino 
Armazenagem 
Mão de obra Acompanhamento e moni-
toramento do processo por 
profissionais da área
Logística e trans-
porte
Transporte do petróleo bruto 
para refinarias 
Informações legais Processos burocráticos
Quadro 1 – Sistema produtivo setor primário / Fonte: a autora.
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OPERAÇÃO INPUTS PROCESSOS DA OPERAÇÃO OUTPUTS
Fabricação 
de camiseta
Tecido, linhas, avia-
mentos
Modelagem 
Corte
Camiseta 
pronta para 
a venda e 
distribuição
Mão de obra espe-
cializada
Montagem 
Costura
Tecnologia e equi-
pamentos
Impressão de estampas, aca-
bamentos
Produtos auxilia-
res como água e 
energia
Lavagem 
Tingimento 
Engomação
OPERAÇÃO INPUTS PROCESSOS DA OPERAÇÃO OUTPUTS
Serviços 
educacio-
nais
Conhecimento e 
competência do 
professor
Estudo aprofundado 
Revisão bibliográfica
Preparação prévia 
Explicação durante a aula
Aluno capaci-
tado e trans-
formando 
informações 
em conheci-
mento
Material didático Processo de criação de ma-
terial; Integração de diversas 
mídias
Tempo e planeja-
mento
Definição dos objetivos, me-
tas, abordagem da aula
Interesse e partici-
pação do aluno
Organização, atenção e reali-
zação de atividades
Quadro 2 – Sistema produtivo setor secundário / Fonte: a autora.
Quadro 3 – Sistema produtivo setor terciário / Fonte: a autora.
Através dos quadros acima, nós podemos perceber as particularidades de cada 
setor produtivo, e como os inputs e outputs são relevantes para o entendimento 
desses processos. 
UNIASSELVI
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Os 4Vs
Segundo Slack (2015), mesmo que os processos de transformação das entradas 
sejam semelhantes, existem quatro aspectos conhecidos como os 4Vs, que são 
especialmente importantes, que seguem:
Quando falamos em volume estamos falando na frequência, rapidez e quan-
tidade de saídas do processo de transformação, o que resulta em alguns aspectos 
comuns como, a produção em massa, sem personalização do produto, que 
gera um processo produtivo repetitivo e sistematizado. 
A variedade: é definida como a diversidade de produtos e serviços ofe-
recidos pela empresa. Podemos fazer um comparativo entre os serviços de 
transporte; a Uber possui uma variedade de traslados praticamente infinita, 
com horários, preços e condições adaptáveis a necessidade de seu cliente, em 
comparação ao transporte público, que tem rotas, horários e lotação pré-de-
terminados e inalterados. 
Quando falamos em variação, estamos tratando das flutuações que a deman-
da pode apresentar ao longo do tempo. Podemos citar como exemplo as estações 
do ano, e seu impacto na produção agrícola e nas redes hoteleiras, que precisam 
adaptar seu sistema produtivo para se manterem em funcionamento.
No que concerne à visibilidade, segundo Slack (2015), é uma das dimensões 
mais complexas de se avaliar, pois se trata “do quanto das atividades de uma 
operação é percebida pelos clientes ou quanto da operação está exposto a eles” 
(SLACK, 2015, p. 23). 
Cabe, aqui, uma reflexão acerca dos sistemas produtivos, principalmente, 
quando falamos em aumento da operação utilizando a produção em massa com 
pouca ou nenhuma personalização. Precisamos ter em mente que este modelo 
não se aplica a todos os tipos de negócio, já que existem organizações que alcan-
çam sucesso, justamente por trilharem o caminho oposto à padronização.Após conhecermos os processos de entrada (input) e de transformação, pre-
cisamos entender detalhadamente as saídas desse processo – os outputs. 
Assim como já vimos anteriormente, os outputs são o resultado da transfor-
mação dos insumos, podendo ser produtos ou serviços, mas na maioria das vezes 
é a união dos dois. A seguir veremos as principais características desses outputs. 
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1
TANGIBILIDADE
• produtos: tangíveis, ou seja, podemos tocar;
• serviços: intangíveis, são ações ou experiências.
ARMAZENAMENTO
• produtos: podem ser estocados e transportados;
• serviços: não podem ser estocados.
PRODUÇÃO E CONSUMO
• produto: a produção acontece geralmente antes do consumo;
• serviço: acontece simultaneamente ao consumir.
AVALIAÇÃO E QUALIDADE
• produto: a produção acontece geralmente antes do consumo; 
• serviço: acontece simultaneamente ao consumo.
Assim, podemos concluir que as saídas do processo produtivo são os produtos 
ou serviços fornecidos aos clientes, e com este conceito encerramos os estudos 
introdutórios acerca da produção. 
LOGÍSTICA
Dando sequência aos nossos estudos sobre logística de produção e operações, 
vamos agora nos aprofundar no tema logística e suas contribuições para a pro-
dução e operação de uma organização. 
UNIASSELVI
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1
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Você sabe quando a logística surgiu?
A logística já era utilizada desde a Idade Antiga, pelos gregos e egípcios na con-
strução das pirâmides, templos, e pelos exércitos. 
Durante a Primeira Guerra Mundial, era vista com extrema importância no apoio 
militar, armazenando e transportando toda sorte de suprimentos, desde alimentos 
e roupas a armamentos. 
Com o passar do tempo, a logística foi evoluindo e saiu dos campos de batalha 
para as empresas. 
Durante a Revolução Industrial, a logística passou a ser departamento indispensáv-
el para as organizações, até chegar ao patamar atual com sistemas integrados de 
gestão, tecnologia de ponta, profissionais capacitados e importância devidamente 
reconhecida.
APROFUNDANDO
Como vimos anteriormente, o sistema produtivo depende de insumos para 
que possa ocorrer, porém como fazer com que esses insumos cheguem à fá-
brica? Como dispor, transportar e armazenar esses insumos para potencializar 
a produção? 
Esta é a função da logística. Mas afinal, o que é logística? Para Ballou 
(2006, p. 27),
 “ logística é o processo de planejamento, implantação e controle do 
fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações 
relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o 
propósito de atender às exigências dos clientes.
Percebemos, através do conceito apresentado por Ballou (2006), a abrangência 
que a logística possui nas organizações, principalmente no que tange aos pro-
cessos operacionais. 
Podemos, então, concluir que a logística não trata apenas de armazenar e 
transportar, mas é um sistema integrado de ações, que vão desde a escolha do 
fornecedor à entrega do produto ou serviço final ao cliente. 
Passando para nosso último assunto, vamos ampliar nossos conhecimentos 
acerca do planejamento e controle da produção.
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8
PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Chegamos à etapa final da nossa conversa e, para que possamos ampliar nos-
sos conhecimentos, veremos mais a fundo o que é planejamento e controle da 
produção e qual sua importância para o sucesso do processo produtivo e conse-
quentemente das empresas. 
Afinal, o que é planejamento? 
Segundo Lacombe e Heilborn (2007, p. 162), “planejar é decidir antecipa-
damente o que, como, quando e quem deve fazer”, e deve identificar com ante-
cedência os custos, benefícios e recursos necessários para realizar a atividade. 
Os recursos necessários devem não só ser de natureza financeira, mas também, 
humanos, tecnológicos de insumos e informação. 
De acordo com Chiavenato (1999), planejamento é classificado em três níveis, 
com diferentes atuações.
TIPO PRAZO AMPLITUDE 
Estratégico Longo Empresa como um todo 
Tático Médio Setores 
Operacional Curto Atividades cotidianas
Quadro 4 – Níveis de planejamento / Fonte: Chiavenato (1999, p. 139).
Por fim, podemos afirmar que o planejamento é ferramenta indispensável a todo 
processo empresarial, desde a concepção à operação, e que sem ele a probabi-
lidade de obtermos sucesso nas atividades serão consideravelmente reduzidas. 
Controle da produção e monitoramento de desempenho
O PCP – Planejamento e Controle da Produção “é uma função que apoia 
a coordenação em várias atividades de acordo com os planos de produção, de 
modo que os programas preestabelecidos possam ser atendidos nos prazos e 
quantidades” (RUSSOMANO, 2000, p. 49).
Em complemento, Slack (2013) diz que o PCP é o planejamento e a atividade 
que garante entregas eficientes de produtos e serviços aos clientes, garantindo o 
controle de recursos e atividades envolvidos no processo. 
UNIASSELVI
1
9
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Ainda segundo Silva 2013, devemos adaptar nosso planejamento ao tipo de 
produção, dos quais ele cita quatro. 
1. Produção de produto único: também conhecida como produção sob 
encomenda, quando cada produto tem especificações próprias, podendo 
ser produzidos em lotes. 
2. Produção rígida em massa: produção em larga escala de um produto 
ou serviço. 
3. Produção flexível em massa: quando processos, peças, maquinários, são 
utilizados de diferentes formas, para produzir diferentes produtos, mas 
muito semelhantes. 
4. Processo ou fluxo de produção: é a produção contínua de um produto 
ou serviço. 
Com o conceito e os objetivos do PCP devidamente compreendidos, vamos 
conhecer quais as principais atividades desempenhadas por essa função. 
O PCP precisa inicialmente responder aos questionamentos que seguem:
O que produzir
- que produto ou serviço vamos produzir?
- pesquisa de mercado;
- avaliar a demanda;
- equiparar o produto às metas organizacionais.
Como produzir
- qual processo de fabricação usaremos?
- máquinas e equipamentos;
- viabilidade de produção; 
- mão de obra e fluxo de trabalho.
1
1
Quanto produzir 
- qual a capacidade de produção?
- previsão de demanda;
- possibilidade de aumento da capacidade 
de produção e das instalações se necessário;
- análise das oportunidades e ameaças 
levantadas;
- definição e concretização do plano.
Onde produzir
- onde serão nossas instalações?
- acesso a fornecedores;
- escaneamento de produção;
- vias alternativas;
- acesso aos clientes.
De maneira adicional, o conceito de demanda merece destaque em nossos es-
tudos. Cabe ressaltar que todos os itens acima listados têm impacto direto no 
sucesso do planejamento da produção, e, consequentemente, da organização, 
mas a demanda, sendo o primeiro passo desta análise, caso seja calculada com 
erros significativos, ou não tenha sido definida adequadamente, vai impactar 
diretamente na escolha das demais variáveis do processo. 
UNIASSELVI
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1
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
DEMANDA
Demanda significa a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores 
desejam adquirir por um preço definido em um mercado.
Complementando o processo de definição da demanda, ainda precisamos dis-
tinguir as demandas dependentes e demandas independentes. 
Segundo Slack (2013, p. 282), a demanda independente “não tem visibilida-
de segura sobre os pedidos dos clientes”, ou seja, não há como ter certeza da de-
manda, apenas estimá-la. Quando falamos em demanda dependente temos uma 
facilidade de previsão, pois estão ligadas à produção de outro bem ou serviço. 
Podemos usar o exemplo das montadoras de veículos, em que a demanda 
de pneus está diretamente ligada à de veículos fabricados. Diferentemente de 
um hotel, onde não é possível prever exatamente quantos clientes receberá em 
determinado período de tempo. 
Vale ressaltar que a responsabilidade de determinar a demanda, na maioria 
das empresas cabe ao setor de marketing e vendas, mas cabe ao PCP ajustar às 
demandas do comercial a realidade e a capacidade produtiva pré-estabelecida.Definição da capacidade produtiva
A definição da capacidade produtiva, ou seja, a definição da quantidade de pro-
dutos ou serviços que uma empresa possui, para atender à demanda, é um ponto 
crucial no planejamento e controle da produção, pois é nesta mensuração que 
se deve buscar um equilíbrio entre a demanda e a produção propriamente dita. 
A capacidade da produção precisa ser analisada sob algumas óticas, dentre 
elas o tamanho das instalações, a quantidade de estoques e seus controles, além 
do lote econômico de compras, que vai avaliar custos de pedido, custos de ma-
nutenção, de capital, armazenagem, entre outros. 
Para a definição da capacidade de produção dois elementos são indispensá-
veis: o planejamento agregado e o plano mestre de produção. 
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1
Planejamento agregado: definição de aproximadamente quanto de cada recurso 
(matéria-prima, mão de obra, equipamentos, maquinário, espaço físico, entre out-
ros) deve ser colocado à disposição para atender à demanda (SILVA, 2013).
Plano mestre de produção: trata da especificação diária e semanal dos recur-
sos que serão necessários para a produção de cada produto ou serviço, em que 
devem estar descritos dados como: previsão da demanda, programação da pro-
dução, níveis de estoque, requisitos da capacidade e políticas de atendimento.
APROFUNDANDO
A seguir abordaremos as principais atividades inerentes ao planejamento e ao 
controle da produção, ampliando nossos conhecimentos, trazendo ferramentas 
e possíveis soluções para os problemas rotineiros desta atividade. 
Atividades de planejamento e controle 
Para que o planejamento e controle da produção seja capaz de ajustar demanda 
e oferta, é necessário que tenhamos bem definidos quantidade, volume e tempo 
de resposta ou timing da nossa produção. 
Timing – é momento certo de realizar algo. 
Em busca desse objetivo, Slack (2015, p. 286) 
afirma que “há quatro atividades sobrepostas: 
carregamento, sequenciamento, programação e 
monitoramento e controle”.
Carregamento: não podemos aqui confundir o carregamento logístico 
que trata de carregamento de produtos em veículos, trens e aviões com o car-
regamento da produção. O carregamento da produção é responsável por alo-
car as tarefas, atividades e ordens de produção às máquinas, equipamentos ou 
unidades produtivas. 
Timing – é momento 
certo de realizar 
algo
UNIASSELVI
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Dentro da atividade de carregamento, temos dois conceitos importantes: Carre-
gamento finito: responsável por determinar se os postos de trabalho suportam o 
volume de atividades agendadas. Já o carregamento infinito não leva em consid-
eração a capacidade de cada posto de trabalho.
ZOOM NO CONHECIMENTO
Sequenciamento: é a etapa responsável por determinar a sequência na qual as 
atividades serão executadas, independentemente se o carregamento for finito ou 
infinito. O sequenciamento trata, desta forma, da ordem de prioridade da pro-
dução, podendo ser definida pelas restrições físicas, prioridade do cliente, data 
devida, ou ainda podem utilizar os sistemas FIFO e LIFO, que serão estudados 
com maior profundidade nos próximos termos de aprendizagem deste livro. 
Os sistemas FIFO (First In, First Out) e LIFO (Last In, First Out) são métodos de gestão 
de inventário. No FIFO, os itens que entram primeiro no estoque são os primeiros 
a serem vendidos ou usados, seguindo uma ordem cronológica. Por outro lado, 
no LIFO, os itens mais recentemente adquiridos ou produzidos são os primeiros a 
serem consumidos, deixando os mais antigos para serem usados por último. Essas 
abordagens têm implicações importantes na contabilidade, custos e avaliação de 
estoque para as empresas.
APROFUNDANDO
Programação: “Tendo a sequência em que o trabalho será desenvolvido, algumas 
operações requerem um cronograma detalhado, mostrando em que momento 
os trabalhos devem começar e quando devem terminar” SLACK (2015, p. 293).
Monitoramento e controle: por fim, chegamos ao monitoramento e con-
trole da operação. Esta é uma etapa essencial para que o plano de produção fun-
cione. É neste momento que os processos devem ser acompanhados, e corrigidos 
sempre que necessário. 
Em muitas organizações, o monitoramento é negligenciado, o que gera cus-
tos, falhas e gargalos que poderiam ter sido evitados. 
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Chegamos ao final deste tema de aprendizagem e podemos concluir que o 
planejamento e controle da produção são ferramentas indispensáveis para o bom 
funcionamento do processo produtivo. 
Além disso, a determinação da demanda e a criação do plano mestre de pro-
dução são partes inerentes ao processo, e que auxiliam no alcance do objetivo 
principal, que é atender ao cliente em quantidades, qualidade e no tempo espe-
rado, com o menor custo para a empresa. 
Administração da produção 
Autoria: Nigel Slack, Alistair Brandon-Jones e Robert Johnston
Sinopse: o livro tem por objetivo traçar um percurso lógico das 
atividades desempenhadas pela administração da produção. 
Traz os problemas mais comuns enfrentados pela área e al-
ternativas de resolução e apresenta tópicos importantes como 
organização, planejamento, layout e operações práticas.
INDICAÇÃO DE LIVRO
É importante ressaltar que cabe ao profissional do setor logístico, sempre 
ampliar seus conhecimentos e manter-se atualizado acerca das novidades e 
tendências do setor. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
NOVOS DESAFIOS
Uma das maiores preocupações dos estudantes que buscam o ensino superior é 
conseguir aplicar, em suas profissões, os conceitos vistos na academia.
Para isso torna-se indispensável que você, após compreender os conceitos desta 
disciplina, pare e reflita acerca dos principais desafios que sua profissão apresenta. 
Acompanhar as tendências, grupos especializados e noticiários, é essencial. 
Quando damos sequência ao processo de aprendizagem, ganhamos vantagem 
competitiva, tanto na esfera social, como na profissional. 
Com a expansão dos negócios, redes logísticas interligando o planeta, te-
mos alguns desafios a enfrentar. Precisamos nos adaptar constantemente às 
flutuações que ocorrem nas demandas, não só relacionada a quantidades, mas 
também a produtos e serviços que ainda nem existem, além da complexa ca-
deia de suprimentos que deve ser gerida, desde fornecedores confiáveis e que 
atendam às necessidades de qualidade, preços e prazos, até a localização das 
unidades de produção. Estar perto do fornecedor, da via de escoamento e do 
cliente não é tarefa fácil.
Outra incerteza da logística de produção são as questões ambientais, cada dia 
mais exigidas pela sociedade e pelas legislações vigentes. 
Não há dúvidas de que o maior desafio a ser enfrentado pelos operadores 
logísticos é o constante avanço da tecnologia e automação, pois mesmo sendo 
ferramentas essenciais e indispensáveis aos sistemas logísticos e de produção, 
trazem o desafio de constante atualização e concorrência acirrada. 
A aplicação dos conceitos vistos nesta conversa serão um diferencial no de-
sempenho das atividades no dia a dia dos profissionais desta área, que está em 
constante crescimento.
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1. Segundo Lacombe e Heilborn (2007, p. 162), “planejar é decidir antecipadamente o quê, 
como, quando e quem deve fazer”, e deve identificar com antecedência os custos, benefí-
cios e recursos necessários para realizar a atividade. Os recursos necessários devem não só 
ser de natureza financeira, mas também, humanos, tecnológicos de insumos e informação. 
Lacombe e Heilborn (2007, p. 162) afirmam ainda que “podemos imaginar o planejamento 
como uma ponte que vai do ponto que estamos aonde queremos chegar”.
Fonte: LACOMBE, F.; HEILBORN, G. Administração: princípios e tendências. São Paulo: 
Saraiva, 2007.
O planejamento nas organizações possui três níveis: o planejamento estratégico, o tático e 
o operacional. Sobre o planejamento estratégico, é verdadeiro afirmar que: 
a) Possui longo prazo e analisa a empresa como um todo.
b) Possui longo prazo e determinaas atividades setoriais.
c) É de curto prazo e amplitude nas atividades cotidianas.
d) É usado apenas nas empresas de grande porte.
e) Os profissionais que os executam são de nível médio, como coordenadores e supervisores.
2. Segundo Slack, Brandon-Jones e Johnston (2015), mesmo que os processos de transfor-
mação das entradas sejam semelhantes, existem quatro aspectos conhecidos como os 4 
Vs, que são especialmente importantes: Volume, Variedade, Variação da demanda e Visi-
bilidade. 
Fonte: SLACK, N.; BRANDON-JONES, A.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 4. ed. 
São Paulo: Atlas, 2015.
A variedade é a diversidade de produtos e/ou serviços oferecidos pela empresa, já a variação 
trata das oscilações que ocorrem na demanda ao longo de determinado período. Com base 
nos conceitos descritos, assinale a alternativa correta:
a) O excesso de variedade de produtos e serviços pode causar aumento dos custos, já que 
o processo produtivo terá que sofrer alterações constantes para atender à demanda. 
b) Quando a variedade for alterada a variação será proporcionalmente alterada.
c) A variedade e a variação não possuem qualquer relação entre si.
d) As estações do ano são exemplos de variedade no processo de transformação.
e) A variedade se refere à capacidade de uma empresa oferecer produtos ou serviços de 
forma oculta.
AUTOATIVIDADE
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3. No que concerne à visibilidade, segundo Slack, Brandon-Jones e Johnston (2015, p. 23), é 
uma das dimensões mais complexas de se avaliar, pois se trata “do quanto das atividades 
de uma operação é percebida pelos clientes ou quanto da operação está exposto a eles”. 
Fonte: SLACK, N.; BRANDON-JONES, A.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 4. ed. 
São Paulo: Atlas, 2015.
Quando falamos em percepção de valor, estamos usando a dimensão da visibilidade trazida 
nos 4 Vs do processo de transformação, pois, muitas vezes, o cliente, por não conhecer o 
processo de transformação do produto, não percebe a complexidade da elaboração do 
produto ou serviço em questão. Assim, é correto o que se afirma em:
a) A falta de visibilidade não impacta na percepção de valor para o consumidor.
b) Nos 4 Vs não se considera a visibilidade como fator relacionado ao processo de trans-
formação.
c) A atividade de transformação não é relevante para a percepção de valor pelos clientes.
d) A visibilidade é o fator de transformação que determina a quantidade de produtos a 
serem produzidos pela organização.
e) Quando possível, trazer visibilidade ao processo produtivo, que pode gerar valor para 
o consumidor.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5. ed. Porto 
Alegre: Bookman, 2006. 
BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. 2. ed. São Paulo: Sa-
raiva, 2009.
CHIAVENATO, I. Administração: teoria, processo e prática. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1999.
FERREIRA, A. B. de H. (2010). Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 5. ed. Disponível em: 
http://www.dicionarioaurelio.com/. Acesso em: 8 jul. 2023.
LACOMBE, F.; HEILBORN, G. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2007.
OLIVEIRA, D. de P. R. de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia, práticas. 18. ed. São 
Paulo: Atlas, 2002.
RUSSOMANO, V. H. Planejamento e controle da produção. 6.ed. São Paulo: Pioneira, 2000.
SILVA, R. O. da. Teorias da Administração. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2013.
SLACK, N.; BRANDON-JONES, A.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 4. ed. São Paulo: 
Atlas, 2015.
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http://www.dicionarioaurelio.com/
http://www.dicionarioaurelio.com/
1. 
a) Correta: planejamento estratégico analisa toda a organização e é de longo prazo, em 
média de 5 a 10 anos. 
b) Errada: determina as operações globais e não setoriais. 
c) Errada: é de longo prazo e não curto. 
d) Errada: deve ser utilizado em todas as organizações independentemente do seu 
tamanho.
e) Errada: quem executa o planejamento estratégico são os profissionais de alto escalão 
como diretores e presidentes. 
2. 
a) Correta. Quanto mais produtos e serviços uma empresa produz, mais processos, in-
sumos e atividades precisará desempenhar, e assim, a depender do produto ou serviço, 
poderá ter seus custos aumentados.
b) Errada. Mesmo havendo uma relação entre a variedade e a variação, elas não são 
proporcionais. 
c) Errada. Possuem relação entre si, já quanto maior a variedade, maior o mix de produtos 
e serviços oferecidos aos clientes e assim, mais variáveis precisarão ser controladas e 
acompanhadas. 
d) Errada. São exemplos de variações.
e) Errada. A variedade refere-se ao mix de produtos ou serviços. 
3. 
a) Errada. A visibilidade do processo produtivo traz ao cliente o conhecimento sobre a 
confecção de seu produto ou serviço e isso gera valor ao cliente.
b) Errada. A visibilidade é um dos 4 Vs. 
c) Errada. É relevante, à medida que o consumidor conhece o processo, se sensibiliza 
e compreende prazos e preços. 
d) Errada. A visibilidade é quanto a operação é percebida pelo cliente. 
e) Correta. A visibilidade do processo produtivo traz ao cliente o conhecimento sobre a 
confecção de seu produto ou serviço e isso pode gerar sensibilização e compreensão 
do porquê dos prazos, preços, qualidade etc. 
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS METAS
CONTROLE DO SISTEMA LOGÍSTICO
Introduzir o controle logístico como conhecimento básico para operadores logísticos.
Definir e aferir a importância do controle no contexto logístico.
Reconhecer os principais elementos logísticos sujeitos a controle, como estoques, 
transporte e produção. 
Aprofundar os conhecimentos sobre estoque planejamento seus tipos e classificações.
Conhecer os indicadores de desempenho.
Aprofundar os conhecimentos acerca da análise e controle de custos.
Explorar os desafios e tendências no controle logístico: exploração das dificuldades 
enfrentadas no controle logístico e as tendências emergentes, como a automação e a 
análise de big data.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 2
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INICIE SUA JORNADA 
A realidade vivenciada pela sociedade nos dias atuais, quando analisada sob a 
ótica do consumo, traz questões importantes a serem discutidas, como a globa-
lização, avanços tecnológicos, mudança no comportamento do consumidor, as-
pectos esses que trazem desafios diários para os operadores do sistema logístico. 
Hoje, mais do que nunca, é necessário que conceitos como eficiência e eficá-
cia, saiam das academias e tornem-se rotina nas organizações. 
A concorrência, antes local, hoje é global, fortalecendo ainda mais a relevân-
cia da rede de suprimentos. 
Ter acesso à matéria-prima, mão de obra e equipamentos, no local certo e 
no momento ideal, são necessidades básicas e não mais opções a uma empresa 
que almeja ser minimamente competitiva, sendo necessário ainda correlacionar 
o tempo, custo e qualidade desses insumos. 
Sem dúvidas, o controle logístico é a resposta para muitas das perguntas que 
fizemos acima, sendo uma fonte de estratégias, métodos e ferramentas de plane-
jamento, execução, checagem e ajustes, que tornarão o cotidiano das organizações 
mais eficiente e eficaz. 
O controle logístico ainda traz soluções para questões relacionadas ao pla-
nejamento e gerenciamento de estoque, armazenamento e distribuição, fazendo 
uso de tecnologias como o RFID e GPS. 
Sabendo o impacto que o controle do sistema logístico causa em toda a ca-
deia de suprimentos, cabe a nós operadores responsáveis pela gestão e execução 
desses processos, a reflexão acerca das nossas ações, sabendo que elas refletirão 
por todo o processo e tornando a busca pela melhoria contínua seja através do 
conhecimento ou da tecnologia uma responsabilidade. 
Nossa dedicação em compreender as nuances da logística moderna e em 
aplicar estratégias eficazes não só impulsionará o sucesso das organizações, mas 
também contribuirá para a eficiência geral das redes de suprimentos em um 
cenário global cada vez mais dinâmicoe competitivo.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Olá, estudante, seja bem-vindo a mais um podcast da nossa disciplina. Hoje, conver-
saremos sobre a importância de apropriarmos em nossa rotina profissional os concei-
tos de eficiência e eficácia, tão necessários para todas as atividades relacionadas à 
gestão. Estes conceitos além de necessários à vida profissional, podem nos fornecer 
habilidades de gestão, inclusive aplicáveis a nossa vida pessoal e acadêmica. Não 
basta saber o que fazer, precisamos saber como, quando e de que forma. 
Aproveite o debate e não perca esta oportunidade de aprendizado! Recursos de 
mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Para que possamos seguir com nossos estudos sobre o controle do sistema logístico, 
conhecer os desafios dos modais de transporte no Brasil, é parada obrigatória. 
Acompanhe o vídeo a seguir e reflita sobre como este fator influenciará suas 
decisões e ações na gestão de toda a cadeia de suprimentos. Recursos de mídia 
disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
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DESENVOLVA SEU POTENCIAL 
CONTROLE LOGÍSTICO
Para darmos sequência aos estudos é importante que tenhamos conhecimento 
prévio sobre alguns conceitos, que servirão de alicerce para esta disciplina. 
No módulo anterior, conceituamos logística, e a partir de agora veremos a 
importância do controle logístico e seus principais elementos no contexto da mo-
vimentação de materiais, produção e operações, já que não é possível controlar 
o que não conhecemos. Alguns conceitos têm especial relevância para nossos 
estudos: materiais, estoque, transporte e planejamento de suprimentos. 
LOGÍSTICA
É o campo que planeja, executa e controla de maneira eficiente o fluxo de informações, 
materiais e serviços, desde sua origem até o destino. Seu principal objetivo é atender às 
necessidades dos consumidores, com o menor tempo e custo sem perder a qualidade.
MATERIAIS
São considerados materiais todos os recursos físicos inerentes ao processo produtivo, 
seja de bens ou serviços, como suprimentos, matéria-prima e componentes.
ESTOQUE
É a reserva física que a empresa mantém, para que o processo aconteça de maneira 
mais eficaz, rápida e sem pausas, por conta da falta de suprimentos. Em complemento 
Russomano (2000, p. 152) diz que estoque “é qualquer quantidade de material que seja 
armazenada, para uso futuro, por algum intervalo de tempo”.
TRANSPORTE
É a movimentação física seja de matérias-primas, pessoas ou mercadoria de um local 
para outro
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Segundo Bertaglia (2009, p. 331), “o gerenciamento de estoque é um ramo da 
administração de empresas que está relacionado com o planejamento e o con-
trole de estoque de materiais ou produtos que serão utilizados na produção ou 
comercialização de bens ou serviços”. 
Após conhecermos o que são os materiais, estoques, transporte e gerenciamento 
de estoque, fica mais simples visualizarmos sua importância do controle logístico 
nas organizações. 
Reflita, em todas as etapas de um processo produtivo, desde a obtenção de 
matéria-prima, até a entrega do produto ou serviço para o consumidor final o 
controle logístico está presente. Ele é usado na otimização dos recursos, redução 
de custos, agilidade e qualidade no atendimento aos clientes, redução de riscos 
empresariais, sociais e ecológicos, sendo um importante aliado na tomada de 
decisões embasada em dados e informações. 
Planejamento e controle na gestão de materiais
As empresas, quando fazem seu planejamento estratégico, devem incluir a gestão 
de estoques como um fator determinante no sucesso de suas operações, tendo os 
estoques como um aliado ao setor produtivo e no alcance da eficiência operacional. 
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De acordo com Bertaglia (2009), muitos fatores influenciam a maneira de 
gerir os estoques, dentre os quais ele cita:
 ■ gestão em lotes;
 ■ estoques de segurança;
 ■ níveis de serviço ao cliente;
 ■ estoque de antecipação. 
Ainda de acordo com Bertaglia (2009), a gestão de estoques tem dois objetivos 
principais que são a maximização dos recursos da empresa e o fornecimento 
de produtos e serviços satisfatórios aos clientes.
Quando falamos em estoque precisamos conhecer e distinguir as diversas 
categorias que integram este setor, e como são classificadas de acordo com os 
diferentes fluxos processuais, que Bertaglia (2009), lista conforme segue: 
 Matérias-primas 
são os itens obtidos ou comprados 
que serão transformados durante o 
processo produtivo. 
 Produtos semiacabados 
são os produtos que se encontram em 
alguma etapa do processo de fabricação. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
 Produtos semiacabados 
são aqueles produtos que ficam es-
tocados por um período aguardando 
uma etapa extra, por exemplo, uma 
customização. 
 Produtos acabados 
são os produtos que já passaram por 
todos os processos, inclusive por veri-
ficações de qualidade e estão à espera 
do transporte. 
 Estoque de distribuição 
refere-se aos produtos acabados que 
por algum motivo foram transferidos 
para um centro de distribuição.
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É perceptível que os estoques apresentam diversas nuances, demandando 
que as organizações compreendam a própria natureza e reúnam informações 
abrangentes sobre essas peculiaridades, a fim de realizar uma gestão eficien-
te de seus estoques. Nesse contexto, a obtenção de informações é facilitada 
pelo emprego de um controle do sistema logístico, em que os indicadores 
desempenham um papel vital. 
A seguir estudaremos mais a fundo esses indicadores. 
 Estoque em consignação 
são os produtos que já passaram por 
todos os processos, inclusive por veri-
ficações de qualidade e estão à espera 
do transporte. 
 Provisão para MRO 
 (manutenção , reparos e operações) 
são aqueles produtos que estão à dis-
posição da empresa para atividades rela- 
cionadas à manutenção de maquinários, 
ferramentas ou equipamentos.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
INDICADORES DE DESEMPENHO 
Para que haja uma gestão de desempenho adequada é necessário que utilizemos 
métricas e indicadores, que nos auxiliam no monitoramento da eficiência, no 
controle de custos e na previsão e planejamento dos estoques. Dentre os vários 
indicadores utilizados podemos destacar o giro de estoque, o nível de serviço ao 
cliente e a acurácia. 
Para Bertaglia (2009, p. 333) o “giro de estoque corresponde ao número de 
vezes que o estoque é totalmente consumido durante um determinado período 
(normalmente um ano)”. 
Para calcularmos o giro de estoque usamos a fórmula feita em moeda (R$) 
ou em unidades.
Giro de estoque = vendas anuais 
 estoque médio 
Já quando falamos sobre o nível de serviço ao cliente, usamos o indicador 
OTIF (on time in full) que significa o nível de desempenho que a empresa al-
cança, quando cruza os dados de pedidos atendidos no prazo e nas quantidades 
solicitadas pelos clientes.
E por fim, temos a acurácia, que é a comparação entre os dados contidos no 
sistema de gestão e a contagem física dos estoques. Este indicador pode parecer 
simples, porém é de grande valia. 
Você sabe a diferença entre quantidade física e quantidade teórica de um estoque? 
Refere-se à quantidade física todo resultado obtido através da contagem pe-
riódica dos estoques. Por outro lado, a quantidade teórica é o resultado obtido 
nos sistemas de gestão após o lançamento das entradas e saídas de materiais. 
Ao longo do curso, sempre falamos sobre os benefícios da tecnologia para a 
logística, mas, muitas vezes, esquecemos que os responsáveis pela inserção das 
informações nos sistemas de gestão são as pessoas, e que estas pessoas precisam 
estar cientes da importância da precisão de lançamento de dados. 
Uma das principais funções do estoque é equilibrar a demanda da organiza-
ção e o fornecimento , e para isso há alguns aspectos a serem observados: 
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Quando falamos em estoques,é interessante que conheçamos alguns fatores 
que podem afetar o estoque das organizações, como a sazonalidade: a maioria 
dos produtos agrícolas possuem esta característica, mas também produtos que 
não são sazonais, mas que apresentam em sua composição insumos sazonais; 
SAZONALIDADE
São os produtos que possuem variação em determinado período de tempo, como 
vestimentas próprias para determinadas estações, produtos relacionados a festas 
como Natal e Páscoa e a maioria dos produtos agrícolas.
ESTOQUE DE SEGURANÇA
“É responsável por proteger a empresa contra imprevistos na demanda e no suprimen-
to” (BERTAGLIA, 2009, p. 339).
ESTOQUE POR TAMANHO DE LOTE
É formado por aqueles produtos que possuem uma quantidade mínima para fabricação 
ou fornecimento. Geralmente, a quantidade mínima supera a quantidade necessária 
para a organização naquele momento.
ESTOQUE HEDGE (DE PROTEÇÃO)
Tem por objetivo “proteger-se contra eventualidades que envolvem especulações de 
mercado relacionadas à greves, aumento de preços, situações econômicas e políticas 
instáveis, ambiente inflacionário e imprevisível” (BERTAGLIA, 2009, p. 342).
ESTOQUE DE TRÂNSITO
Corresponde a todos os materiais que estão em trânsito, seja de uma operação para 
outra, de um fornecedor para outro ou do fornecedor para o cliente. Segundo Bertaglia 
(2009), esse estoque possui três estágios: suprimento, processamento interno ou entre-
ga do produto.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
diversidade de produtos: quanto maior o mix de produtos, maior será a im-
portância do estoque, pois o planejamento deverá ser ainda mais minucioso; 
prazo de validade: fator relevante na gestão de estoques, devendo ser analisado 
a validade ou prazo de vigência, produtos perecíveis, orgânicos por exemplo, pre-
cisam ter um giro muito mais rápido; tempo de produção: o tempo de duração 
e a criação de estoques são diretamente proporcionais, quanto maior o tempo de 
produção, maior será a necessidade de armazenamento de insumos. 
Com os indicadores de desempenho abordados, exploraremos agora os cus-
tos de estoque. 
Custos de estoque 
Não é possível falarmos em controle do sistema logístico sem falarmos em con-
trole de custos. Os custos de estoque influenciam diretamente na capacidade de 
concorrência e no nível de satisfação dos clientes. 
Não é tarefa simples, aliar lucratividade, preço atrativo, satisfação do cliente 
e sustentabilidade empresarial. A gestão dos custos de estoque vem mostrando 
ao longo do tempo ser aliada importante neste desafio. 
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É importante que saibamos diferenciar os diversos tipos de custos que podem ocorrer 
nas empresas, e para tal veremos uma separação sugerida por Bertaglia (2009). 
 ■ Custo de aquisição: refere-se aos custos para a realização dos pedidos 
e obtenção dos materiais necessários. Podem ser considerados custo de 
aquisição, mão de obra administrativa, deslocamentos para compras ur-
gentes, entre outros.
 ■ Custo de manutenção de estoques: é todo custo que a empresa terá 
desde o momento da sua obtenção até sua utilização. 
Neste custo estão inclusos: 
a) Custo do armazém: valor da construção ou locação de espaço para ar-
mazenagem, assim como os custos com ferramentas, equipamentos para 
a acomodação dos itens.
b) Custo de capital: dinheiro parado em forma de estoque.
c) Custo dos serviços: para a proteção dos estoques (por exemplo, seguros).
d) Custo de risco: relacionado ao vencimento dos estoques. 
e) Custo por falta de estoque: um dos custos que pode acarretar maiores 
prejuízos para a empresa, pois a falta de estoque geralmente impacta di-
retamente na entrega final, e sua má gestão é percebida pelo consumidor. 
VOCÊ SABE RESPONDER?
O que são custos? 
Segundo Martins (2011), os custos são os recursos financeiros destinados a adquirir, 
ou bem ou serviço que será utilizado para a fabricação de um ou, ou na prestação 
de um serviço. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Administração de estoques 
Durante todo este módulo, expandimos nosso entendimento sobre a gestão de 
estoques. Agora, com as bases conceituais já estabelecidas, podemos nos apro-
fundar na administração de estoques. 
A Curva ABC é uma das ferramentas de gestão de estoque mais difundidas 
em todo o mundo, ela é responsável por gerar uma classificação dos produtos 
estocados usando a regra de Pareto, fazendo uma correlação entre quantidades, 
valores, grau de importância para o negócio e assim apontando quais os itens 
possuem maior relevância para o negócio. 
A classificação ABC de estoques, segundo Bertaglia (2009), possui três etapas quan-
do se fala em produtos acabados, que são a coleta de dados, o cálculo do custo anual 
total de cada item do estoque e a organização dos itens em ordem decrescente de valor. 
Sobre a classificação ABC, Bertaglia (2009) traz a seguinte explicação que 
descreve como esta ferramenta atua nos estoques. 
CLASSIFICAÇÃO A CLASSIFICAÇÃO B CLASSIFICAÇÃO C 
 20 % em quantidade
 80% em valor 
30% em quantidade 
15% em valor 
50 % em quantidade 
5% em valor 
Quadro 1 – Classificação ABC – segundo regra de Pareto / Fonte: a autora.
Quando nos referimos à classificação ZYX, estamos levando em consideração o 
nível de relevância ou necessidade do material para as operações da organização. 
Barbieri e Machline (2006) trazem o quadro, que demonstra de maneira clara 
a aplicabilidade da metodologia nos estoques. 
CLASSE CARACTERÍSTICAS
X
Produtos com pouca importância.
As ausências não interrompem os processos nem geram riscos à segu-
rança pessoal, ambiental e patrimonial.
Grande possibilidade de utilização de materiais substitutos.
Produtos de fácil aquisição.
Y
Importância média.
As ausências podem interromper os processos e gerar riscos às pessoas, 
ambiente e patrimônio.
Possuem produtos substitutos de fácil acesso.
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O método PEPS ou FIFO e UEPS ou LIFO são métodos de valoração de estoques, 
utilizados pelas empresas a fim de verificar o custo dos itens do estoque. 
 ■ PEPS ou FIFO – Primeiro a entrar, primeiro a sair ou first in, first out
Neste método, os custos são calculados sobre a ordem de entrada dos produtos 
no estoque. Em determinadas situações, o valor atribuído ao estoque pode ficar 
desatualizado, gerando resultados dissonantes da realidade em casos onde há 
grandes oscilações nos preços, alta na inflação, ou quando o material fica muito 
tempo no estoque. 
O método também é responsável por auxiliar a rastreabilidade dos itens, 
já que tem como um de seus objetivos garantir que os itens mais antigos sejam 
consumidos ou vendidos antes, assim fornecendo informações importantes para 
a tomada de decisão e minimizando os riscos de obsolescência. 
 ■ UEPS ou LIFO – último a entrar, primeiro a sair ou last in, first out
O método UEPS tem como normativa que o último produto a entrar deve ser o 
primeiro a sair, e neste caso os custos do estoque são calculados sob os valores 
das últimas entradas. 
Este método deve ser preterido sobre o PEPS nos casos em que a inflação ou 
instabilidade econômica estão em alta. 
Cabe lembrar que a valorização ideal é aquela que mais se adapta à orga-
nização e ao cenário no qual ela está inserida, e que outros custos inerentes 
à manutenção e geração de estoques devem ser incluídos nos custos totais de 
estoque, tais como custos de deslocamento, custos de serviços e outros como 
já estudamos anteriormente. 
Z
Produtos imprescindíveis. 
As ausências podem provocar paradas e colocar em risco as pessoas, o 
ambiente e o patrimônio da organização.
Não possuem produtos substitutos e seus equivalentes de difícil aquisição.
Quadro 2 – Classificação ZYX / Fonte: adaptado de Barbieri e Machline (2006).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
A compreensão da importância da administração de estoque para toda a ca-
deia de suprimentos é essencial para que obtenhamos o sucesso empresarial 
almejado, atendendo da melhor maneira tanto as necessidades das empresas 
quanto as dos consumidores. 
NOVOS DESAFIOSNa dinâmica contemporânea dos negócios, uma série de desafios emergem, e neces-
sitam de pessoas capacitadas que busquem soluções para suplantar essas dificuldades. 
Temos à disposição dos operadores do sistema logístico, as tecnologias dis-
ruptivas, como a IOT, inteligência artificial e a automação. Como as ferramentas 
não têm a capacidade cognitiva de resolver as questões cotidianas ou de maior 
complexidade, elas necessitam de um profissional capacitado para isso. 
As tecnologias são uma ferramenta indispensável, mas também fonte constante 
de necessidade de aprimoramento por parte dos profissionais da área, os e-com-
merce surgem como uma grande oportunidade de geração de negócios, trazendo 
a cadeia de suprimentos, hoje global, como desafios a serem enfrentados. 
No contexto empresarial, que está em constante evolução, a utilização de métodos 
de gestão como a classificação ABC, PEPS e UEPS são cruciais para uma gestão 
logística eficaz.
Preparamos um vídeo para você compreender melhor como construir o sucesso 
no dia a dia. Acesse o material e fique por dentro desse tema importante que con-
tribuirá para o seu desenvolvimento. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo 
digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EM FOCO
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Além da cadeia de suprimentos, também temos as demandas globais, com 
consumidores cada dia mais exigentes e buscando produtos e serviços variados 
e personalizados às suas necessidades. 
Um exemplo disso é a própria educação formal, que antes apenas presencial, 
hoje ocorre a qualquer tempo e a qualquer lugar. 
Junto com o desejo de obter produtos e serviços adaptados as suas necessi-
dades, consumidores e empresas vêm a cada dia refletindo sobre a necessidade 
de um olhar atento para as questões sociais e ambientais. 
Nem só de pontos positivos vivem os negócios e cadeia de suprimentos glo-
bais, elas também trazem inúmeros desafios, relacionados à exploração de mão 
de obra, e de recursos naturais. 
O controle do sistema logístico é sem dúvidas uma das formas de solucionar 
vários dos desafios que listamos acima, usado como uma ferramenta eficaz na 
obtenção de negócios eficientes e sustentáveis.
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1. As ferramentas de gestão de estoque são utilizadas para fazer o controle cotidiano das 
operações, mas também como fontes de informações para a tomada de decisão da em-
presa (BERTAGLIA, 2009). 
Fonte: BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 2. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2009. 
Qual indicador amplamente usado na gestão de estoques, classifica os custos dos estoques 
embasado na regra de Pareto?
a) PEPS ou FIFO – Primeiro a entrar, primeiro a sair ou first in, first out.
b) UEPS ou LIFO – último a entrar, primeiro a sair ou last in, first out.
c) Classificação ABC. 
d) Classificação ZYX.
e) Sistemas de Business Intelligence (BI).
2. Quando fazemos menção à categorização ZYX, estamos ponderando o grau de importância 
ou a indispensabilidade do material em relação às atividades da empresa.
Fonte: BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 2. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2009. 
Sobre a curva ZYX é correto afirmar que:
I - Na classe X, os produtos têm pouca importância e são de fácil aquisição.
II - Na classe Y, são de média importância e possuem produtos substitutos de fácil acesso.
III - Na classe Z, são produtos de extrema importância, não possuem produtos substitutos 
e seus equivalentes são de difícil aquisição.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
AUTOATIVIDADE
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3. Quando falamos em custos de estoques, estamos falando no valor desembolsado pela 
empresa para a obtenção de seus estoques. É correto afirmar desta forma, que existem 
custos de aquisição e custos de manutenção (BERTAGLIA, 2009).
Fonte: BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 2. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2009.
Sabendo que custos de aquisição diferem dos de manutenção, assinale a alternativa que 
exemplifica um custo de aquisição. 
a) Mão de obra do setor administrativo, responsável por fazer o pedido de compras.
b) Valor pago em aluguel para as operações de um armazém.
c) Prejuízo tido pela empresa pela falta de um insumo necessário à produção.
d) Valor em produtos vencidos, por haverem perdido seu prazo de validade. 
e) Valor do seguro contra incêndio pago para a proteção dos estoques. 
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial 5. ed. Porto 
Alegre: Bookman, 2006. 
BARBIERI, J. C.; MACHLINE, C. Logística hospitalar: teoria e prática. São Paulo: Saraiva, 2006.
BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 2. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2009. 
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
RAZOLLINI FILHO, E. Logística empresarial no Brasil: tópicos especiais. 2. ed. Curitiba: Intersa-
beres, 2012. 
RUSSOMANO, V. H. Planejamento e controle da produção. 6. ed. São Paulo: Pioneira, 2000.
VIANA, J. J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000. 
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1. Opção C. A Curva ABC é uma das ferramentas de gestão de estoque mais difundidas em todo 
o mundo, ela é responsável por gerar uma classificação dos produtos estocados usando a 
regra de Pareto, fazendo uma correlação entre quantidades, valores, grau de importância 
para o negócio e assim apontando quais itens possuem maior relevância para o negócio.
2. Opção E. Barbieri e Machline (2006) demonstram de maneira clara a aplicabilidade da meto-
dologia nos estoques: Na classe X os produtos tem pouca importância e são de fácil aquisição. 
Na classe Y são de média importância e possuem produtos substitutos de fácil acesso. Na 
classe Z, são produtos de extrema importância e não possuem produtos substitutos e seus 
equivalentes de difícil aquisição.
3. Opção A.
• Custo de aquisição: referem-se aos custos para a realização dos pedidos e obtenção dos 
materiais necessários. Podem ser considerados custo de aquisição, mão de obra adminis-
trativa, deslocamentos para compras urgentes, entre outros.
• Custo de manutenção de estoques: são todos os custos que a empresa terá desde o 
momento da sua obtenção até sua utilização. 
Neste custo estão inclusos: 
Custo do armazém: valor da construção ou locação de espaço para armazenagem, assim 
como os custos com ferramentas, equipamentos para a acomodação dos itens.
GABARITO
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MINHAS METAS
PLANEJAMENTO LOGÍSTICO 
DE SERVIÇOS E CONTROLE DE 
ARMAZENAMENTO
Conceituar armazenagem. 
Definir os objetivos da armazenagem. 
Conhecer os processos de recebimento, controle de qualidade, identificação e 
armazenamento e seus desdobramentos. 
Conhecer as diferentes formas de estocagem (layout e tipos de armazenamento).
Conhecer os sistemas de classificação e codificação. 
Conhecer e identificar os fluxos inerentes ao armazenamento. 
Definir inventário e sua importância no processo logístico. 
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 3
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INICIE SUA JORNADA
Olá, estudante! Ao longo desta disciplina, você conhecerá a importância da lo-
gística para o sucesso das organizações e como ela tem inúmeras ramificações.
A cada página, fica mais evidente que o estudo dessa matéria com o olhar 
atento de um operador logístico faz toda a diferença no âmbito dos negócios e 
reflete diretamente na sociedade. 
É sabido que o gerenciamento de estoques é de suma importância para as 
empresas, mas há alguns pontos que ainda precisamos conhecer e aprofundar 
em nossos estudos. 
Uma das temáticas que iremos explorar é o armazenamento. Afinal, qual é a 
diferença entre armazenamento e estocagem? Qual é o objetivo da armazena-
gem, e que processos fazem parte desta atividade? 
Todos esses temas têm grande relevância e são associados a outros que ve-
remos a seguir. 
Uma das grandes inovações quando falamos em gestão de estoques é o ar-
mazenamentoverde, que busca estratégias de armazenamento sustentável, di-
minuindo embalagens, otimizando as rotas, buscando soluções de armazenagem 
recicláveis ou reaproveitáveis, além do uso da tecnologia, como uma ferramenta 
eficaz contra desperdícios e armazenagem desnecessárias. 
Além das ferramentas logísticas, tão necessárias, outro ponto que estudare-
mos neste módulo é a participação do operador logístico no processo de arma-
zenagem, e como as capacitações podem ser fonte de redução de perdas, desper-
dícios e consequentemente de custos. 
À medida que encerramos mais uma etapa em nossos estudos, seja você um 
estudante, profissional ou empreendedor, lembre-se de que este é apenas o começo. 
A logística está em constante evolução, e precisamos desenvolver-nos com 
ela, através de mentes inquietas, curiosas e inquisitivas, buscando respostas para 
as perguntas não abordadas ao longo dessas páginas, enfrentando os desafios e 
buscando oportunidades nesse ramo tão amplo e complexo.
Estudante! Espero que possa auxiliar você nesta tarefa tão importante que é 
a busca por conhecimento.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Hoje nosso podcast trará um importante debate acerca da importância do 
operador logístico para o sucesso das empresas. 
Muito se fala em tecnologia, sistemas integrados de gestão de estoques, mas 
pouco da necessidade de operadores devidamente capacitados, com con-
hecimento e treinamento periódico para abastecer o sistema tecnológico e 
fazer o sistema “girar”. 
Vamos conversar um pouco, sobre quais conhecimentos, habilidades e ati-
tudes o operador do sistema logístico precisa ter, para se tornar um profissional 
de sucesso. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente 
virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Você sabe como surgiu o armazenamento? 
Assim como a administração, o armazenamento de materiais ocorre desde os tem-
pos antigos. 
O armazenamento iniciou na Mesopotâmica e teve grande importância no Anti-
go Egito, nas Rotas da Seda e das Índias, tendo seu auge durante a Revolução 
Industrial. 
O armazenamento era parte vital para a sobrevivência em tempos de recessão 
alimentícia, em tempos de guerra e foi fator determinante nas primeiras formas de 
comércio de que se tem notícia. 
Outro marco muito importante quando se fala em armazenagem foi a criação dos 
containers no ano de 1955, que revolucionou a maneira com a qual os produtos 
são armazenados e transportados.
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DESENVOLVA SEU POTENCIAL 
ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM
Das antigas civilizações aos modernos e tecnológicos centros logísticos, a ar-
mazenagem é responsável pela gestão e organização do fluxo de mercadorias 
ao longo da história, facilitando primeiramente o escambo e agora as relações 
comerciais globalizadas. 
Vamos iniciar nossos estudos diferenciando armazenagem e estocagem: embo-
ra as palavras sejam frequentemente utilizadas como sinônimas, elas diferem entre si. 
Quando falamos em estocagem, estamos falando da atividade de guardar 
um item, em algum lugar, por determinado período; já quando estamos nos 
referindo à armazenagem, estamos falando de todo o processo envolvido que 
culminará na estocagem.
Segundo Bowersox (2014, p. 227), “a armazenagem incorpora diversos aspectos di-
ferentes das operações logísticas”, ou seja, a armazenagem trata da gestão dos estoques. 
A armazenagem tem como objetivo principal, segundo Ballou (2007), pro-
porcionar um equilíbrio entre a oferta e a demanda, garantindo que os processos 
e clientes sejam atendidos e evitando atrasos, gargalos e insatisfação tanto na 
operação, quanto na entrega aos clientes finais. 
Ballou (2007) ainda destaca que o armazenamento feito de forma eficiente, 
tem o poder de reduzir custos em várias instâncias, como compras excessivas, 
perdas, transporte e outros. 
A armazenagem possui diversos processos que impactam na gestão de esto-
ques, que vão desde seu recebimento até a entrega ao cliente final. 
Na era tecnológica, a logística e os armazéns não ficam para trás na automa-
tização. Conheça um dos armazéns mais automatizados do Brasil. Recursos de 
mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EU INDICO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
O recebimento é o processo de conferir, aceitar, registrar ou produtos ou 
materiais recebidos para serem armazenados, durante esta etapa deve ser feita 
a conferência entre o pedido de compra, a nota fiscal e o produto efetivamente 
recebido. São analisadas, nesse momento, a quantidade, descrição, qualidade, 
ou seja, se o que está sendo recebido confere com o que foi solicitado e com o 
que está na nota fiscal. 
Após a etapa de recebimento, os produtos partem para a classificação e iden-
tificação. Nesta etapa é de extrema importância o conhecimento do operador 
logístico acerca das classificações. Mas afinal, o que é classificar? 
Segundo Cazella et al. (2018), classificar é reunir itens de acordo com sua forma, 
seja por tamanho, massa, categoria e aplicação, unindo-os por suas semelhanças. 
São exemplos de classificação de materiais: perecíveis, não perecíveis, frágeis, 
explosivos, perigosos, sensíveis a condições ambientais (como sol ou calor), re-
frigerados, congelados, contaminantes, entre tantos outros. 
Além das classificações acima listadas, também temos as classificações rela-
cionadas a tamanho, tipo de embalagem ou condições especiais de armazena-
mento, como é o caso dos produtos perecíveis, sazonalidade, nível de demanda 
e tempo de entrega. 
Vale lembrar que a legislação brasileira possui regras a respeito do armaze-
namento e transporte de materiais especiais, e que tanto as embalagens quanto 
o modal que o transporta deve estar identificado com o que chamamos de sim-
bologia de risco. 
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Figura 1 - Simbologia de risco
Descrição da Imagem: a imagem apresenta vários triângulos equilátero na cor vermelha, cada um contendo um 
símbolo distintivo no centro. O primeiro triângulo traz uma chama no centro, um alerta claro de que o produto 
é inflamável; o segundo triângulo, à esquerda, vemos a figura de uma pessoa, alertando sobre o risco à saúde; 
o terceiro triângulo mostra uma árvore sem flores, simbolizando o dano ao meio ambiente que o produto pode 
causar; o quarto triângulo, várias faíscas de fogo saltam, indicando que o produto é explosivo e representa um 
risco significativo de explosão; o quinto triângulo ostenta um ponto de exclamação, alertando para a necessidade 
de atenção especial ao lidar com o produto; sexto triângulo, um cilindro indica que o produto está sob pressão; 
sétimo triângulo exibe um crânio e ossos cruzados, alertando para a toxicidade do produto; no oitavo triângulo, 
uma substância está caindo em uma mão aberta, indicando que o produto é corrosivo e pode causar danos graves 
e por fim, um triângulo apresenta uma chama sobre um círculo, simbolizando que o produto é oxidante e pode 
intensificar o fogo em contato com materiais combustíveis.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Assim, a ANVISA classifica como perigosos os produtos que contenham as 
características a seguir: 
 ■ gases;
 ■ substâncias químicas;
 ■ substâncias tóxicas à pele;
 ■ líquidos criogênicos;
 ■ líquidos inflamáveis;
 ■ oxidantes e peróxido orgânico;
 ■ substâncias tóxicas; 
 ■ substâncias corrosivas;
 ■ dano ao meio ambiente.
Após a devida classificação os produtos devem ser identificados, ou seja, apre-
sentar informações suficientes sobre o produto, por meio de números e letras 
(RUSSO, 2013), podendo ser de forma manual ou tecnológica. 
1. Manual: através de etiquetas, com ou sem código de barras ou QR codes, 
que posteriormente são lidos por dispositivos. 
2. Tecnológica: hoje a tecnologia trouxe muita facilidade ao processo de 
estocagem. Temos à disposição, o RFID (radio frequency identification ou 
identificação por radiofrequência), para a identificação e rastreamento 
de materiais e os sistemas WMS que rastreiam e localizam materiais uti-lizando códigos, categorias e informações eletrônicas. 
Você sabia que de acordo com o artigo 8º da Lei nº 9782/99 cabe à ANVISA 
regulamentar, controlar e fiscalizar os produtos e serviços que envolvem risco 
à saúde pública? Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do am-
biente virtual de aprendizagem.
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Posteriormente à identificação, chegamos à etapa de separação dos estoques. Para 
Fontana (2022, p. 74), separação é o “processo pelo qual quantidades apropriadas de 
produtos são retiradas a partir de um local específico no armazém para atender aos 
pedidos de clientes”. Vale lembrar que quando falamos em armazenagem, não falamos 
apenas de produtos acabados, mas também em estoque de matéria-prima para a 
operação, sendo assim, o cliente pode ser interno (produção) e externo (consumidor). 
Com a separação devidamente concluída temos as etapas de embalagem 
e estocagem. 
Muitas vezes, os produtos são recebidos paletizados e necessitam de fracio-
namento e reembalagem. São aspectos importantes sobre embalagens, o design e 
identidade visual, sustentabilidade e impacto ambiental, legislação e regulamen-
tação e os impactos das embalagens da distribuição e estocagem de materiais. 
Já a estocagem é a atividade relativa à guarda do material, em local adequado, 
seguro e preservado. Ainda devem ser avaliadas as movimentações necessárias, 
levando-se em conta as características do produto. 
Devemos avaliar o layout do armazém, a rotatividade do produto, seu tamanho, 
que máquinas e equipamentos são necessários para manuseá-lo quando necessário. 
Espaço físico – Layout 
Após conhecermos os processos básicos inerentes ao processo de armazenamen-
to, há uma variável de extrema importância a ser analisada: o layout do armazém. 
Assim como vimos acima, os materiais têm diversas formas, tamanhos, clas-
sificações e especificidades, e para cada um desses elementos é necessário um tipo 
de equipamento e ferramentas de manuseio e guarda. 
Para Fontana (2022, p. 52) o layout é “a integração do fluxo típico de materiais, 
da operação dos equipamentos de movimentação, combinados com as caracte-
rísticas que conferem maior produtividade ao elemento humano”.
Fontana (2022 p. 52) ainda explica que o objetivo de um layout eficiente é “uma 
maior velocidade do fluxo dos materiais e uma redução dos tempos de trabalho”. 
Quando falamos em armazenagem, não podemos deixar de citar a importân-
cia dos equipamentos e maquinário, que vão desde o simples carrinho até robôs 
de armazenagem.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Carrinhos
Escadas
Paleteiras manuais
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Empilhadeiras
Paleteiras automática
Estante e prateleiras
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Robôs de armazém
Etiquetadora
Esteira transportadora
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O layout de um armazém influencia em vários fatores, como economia de tem-
po, deslocamento, segurança dos produtos, custos diretos e indiretos, além da 
manutenção e preservação dos materiais. 
Quando falamos em manutenção, preservação e segurança, precisamos 
compreender que estes elementos, não são apenas operacionais, mas estratégicos. 
O cuidado com as instalações, preservação dos itens estocados, relacionado à 
umidade, à luz solar e até mesmo a pragas, não influenciam apenas na vida útil dos 
materiais, mas também na qualidade e consequentemente na reputação da empresa. 
Estantes elevadas, limpezas periódicas, controle climático e controle de pra-
gas devem ser práticas periódicas em um armazém. 
TÉCNICAS DE ESTOCAGEM 
Técnica de estocagem é o enfoque que a empresa dá à organização, armazena-
mento e gerenciamento dos produtos ou materiais que nela serão armazenados. 
Estas técnicas vão determinar a estratégia que a empresa pretende seguir em 
sua gestão de estoques. Alguns pontos a serem analisados quando falamos em 
técnicas de estocagem:
 ■ Otimização de espaço 
 ■ Minimização de tempo de movimentação 
 ■ Disposição física: 
 ■ Prateleiras comuns
 ■ Prateleiras dinâmicas
 ■ Racks 
 ■ Pallets
 ■ Identificação dos produtos
 ■ Código de barras 
 ■ RFID
 ■ Estocagem por blocos
 ■ Estocagem por zonas 
 ■ Estocagem por ponto de uso
 ■ Estocagem por picking (processo de selecionar e retirar produtos específicos 
do estoque).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
No contexto da gestão logística, o inventário surge como componente estratégico, 
ele representa um conjunto de recursos que a empresa possui, para garantir o 
fluxo de suas operações. 
Fontana (2022, p. 23), afirma que o inventário “é uma atividade de gestão 
de estoque”, em complemento, Silva (2022) diz que o inventário é uma espécie 
de balanço de materiais que estão à disposição da empresa, com o objetivo de 
verificar a concordância entre os dados físicos e os dados registrados em sistema. 
Silva (2022) ainda orienta, que o inventário pode ser feito de duas formas: 
inventário periódico e inventário cíclico. 
O Inventário periódico é o inventário realizado em intervalos regulares, 
como semestral ou anualmente, o que geralmente despende tempo, mão de 
obra e muitas vezes a necessidade de pausar as operações para alcançar um 
resultado correto. Já o inventário cíclico é aquele realizado sem a necessidade 
de paralisação das operações, ou seja, os itens são contados por etapas. 
Silva (2022) apresenta alguns passos importantes na realização de um inventário:
a) Definição 
 ■ Data de início do inventário. 
 ■ Duração do inventário.
 ■ Itens que serão inventariados (no caso do inventário de fim de ciclo 
para fins contábeis, todos os itens devem ser contabilizados). 
b) Formação das equipes 
 ■ Equipe de contagem. 
 ■ Equipe de conferência. 
 ■ Equipe de digitação. 
c) Orientação das equipes
 ■ As equipes devem ser divididas, por setores, material.
 ■ Devem receber orientações de como preencher as fichas de identifi-
cação e contagem.
 ■ Devem ter um líder de equipe que será responsável por orientar em 
caso de dúvidas. 
 ■ Devem conhecer fisicamente o local.
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É interessante que os inventariantes conheçam os materiais, para que não haja 
contagens errôneas ou identificações equivocadas. Perceba que o processo des-
crito no início deste tema de aprendizagem sobre a classificação e identificação 
dos materiais, neste momento é indispensável para o sucesso da atividade. 
d) Organização 
 ■ Emissão e colocação de etiquetas (1ª, 2ª e 3ª contagem). 
e) Contagem
 ■ Contagem dos materiais e devida anotação nas etiquetas de contagem. 
f) Registro
 ■ Digitação no sistema dos resultados. 
Em resumo, podemos afirmar que as técnicas de estocagem fazem parte do processo 
de planejamento de uma organização e que a adoção de ferramentas, maquinários, 
estratégias e sistemas de gestão adequados à realidade da empresa, terão como re-
sultado a eficácia do setor e consequentemente resultados positivos e escalonáveis. 
MELHORIA CONTÍNUA
Dando sequência aos nossos estudos acerca de armazenamento, um tópico que é in-
dispensável a observância é a gestão da qualidade ou o processo de melhoria contínua. 
De acordo com Bertaglia (2009, p. 427), a qualidade total “é uma descrição 
da cultura, do comportamento e da organização de uma empresa que procura, 
de forma contínua, satisfazer as necessidades de seus clientes”.
Juran (1992) dedica um livro inteiro para o estudo do planejamento da 
qualidade e conceitua qualidade em dois aspectos: Características do produto 
e ausência de deficiências.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
O livro “A qualidade desde o projeto” é um importante alia-
do para a compreensão e aplicação da gestão de qualidade 
no âmbito não só da estocagem, mas de toda a logística. De 
acordo com Juran, a qualidade tornou-se um pré-requisito 
para o sucesso das empresas. Ele cita a perda de participação 
de mercado, o fracasso de produtos e o desperdício como 
resultados do mau planejamento da qualidade. Baseado em 
novas experiências de muitas empresas, novas pesquisas e 
contribuições de seminários para altos executivos ao longo dos

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