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Livro Didático Digital de Tecnologia da Informação Gerencial

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gente criando o futuro
GESTÃO DE SISTEMA
DE INFORMAÇÃO
Organizadora Jessica Laisa Dias da Silva
GESTÃO DE SISTEMA
DE INFORMAÇÃO
Organizadora Jessica Laisa Dias da Silva
Gestão de Sistem
a de Inform
ação
GRUPO SER EDUCACIONAL 
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Gestão de Sistema da 
Informação
© by Editora Telesapiens
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro 
tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia 
autorização, por escrito, da Editora Telesapiens.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Bibliotecária: Maria Isabel Schiavon Kinasz, CRB9 / 626
Silva, Jessica Laisa Dias da 
S586g Gestão de sistema da informação [recurso eletrônico] 
/ Jessica Laisa Dias da Silva; coordenação de David Lira Stephen 
Barros; organização de Cristiane Silveira Cesar de Oliveira - Recife: 
Telesapiens, 2021. 
196p.: il.; 23cm 
ISBN 978-65-5873-026-2 
1. Sistemas da informação - Gestão. I. Barros, David Lira Stephen 
(coord.). II. Oliveira, Cristiane Silveira Cesar de (org.). III. Título. 
CDD 658.4038 (22.ed)
CDU 658
Fundador e Presidente do Conselho de Administração: 
Janguê Diniz 
Diretor-Presidente: 
Jânyo Diniz 
Diretor de Inovação e Serviços:
Joaldo Diniz 
Diretoria Executiva de Ensino:
Adriano Azevedo
Diretoria de Ensino a Distância:
Enzo Moreira
Créditos Institucionais
Todos os direitos reservados
2020 by Telesapiens
Gestão de Sistema da 
Informação
Olá. Sou Jessica Laisa Dias da Silva Possuo graduação em 
Sistema da Informação e Mestrado em Sistema e Computação na 
UFRN. Tenho experiência na área de Informática na educação, 
com ênfase em Mineração de Dados Educacionais como 
também atual no estimulo dos jovens e crianças no estudo de 
ensino a programação. Realizo trabalhos e pesquisas voltados ao 
universo dos jogos digitais inseridos no contexto educacional, 
como incentivo deles no ensino dos jovens e aos professores. 
Atualmente realizo pesquisas no contexto de disseminação 
do pensamento computacional. para crianças e jovens. As 
áreas de interesse de estudo são: Educação, Engenharia de 
Software, Mineração de dados, Pensamento Computacional, 
Jogos Digitais Educativos, Gerenciamento de projeto. Por isso 
fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
A AUTORA
JESSICA LAISA DIAS DA SILVA
ICONOGRÁFICOS
Esses ícones que irão aparecer em sua trilha de aprendizagem 
significam:
OBJETIVO
Breve descrição do objetivo 
de aprendizagem; +
OBSERVAÇÃO
Uma nota explicativa 
sobre o que acaba de 
ser dito;
CITAÇÃO
Parte retirada de um texto;
RESUMINDO
Uma síntese das 
últimas abordagens;
TESTANDO
Sugestão de práticas ou 
exercícios para fixação do 
conteúdo;
DEFINIÇÃO
Definição de um 
conceito;
IMPORTANTE
O conteúdo em destaque 
precisa ser priorizado;
ACESSE
Links úteis para 
fixação do conteúdo;
DICA
Um atalho para resolver 
algo que foi introduzido no 
conteúdo;
SAIBA MAIS
Informações adicionais 
sobre o conteúdo e 
temas afins;
+++
EXPLICANDO 
DIFERENTE
Um jeito diferente e mais 
simples de explicar o que 
acaba de ser explicado;
SOLUÇÃO
Resolução passo a 
passo de um problema 
ou exercício;
EXEMPLO
Explicação do conteúdo ou 
conceito partindo de um 
caso prático;
CURIOSIDADE
Indicação de curiosidades 
e fatos para reflexão sobre 
o tema em estudo;
PALAVRA DO AUTOR
Uma opinião pessoal e 
particular do autor da obra;
REFLITA
O texto destacado deve 
ser alvo de reflexão.
SUMÁRIO
UNIDADE 01
O avanço da tecnologia e a organização digital 14
O mundo digital e a indústria 4.0 14
Contexto histórico da organização digital com relação a 
biblioteca 17
Organização digital 18
Algumas formas de organização digital 21
A era digital e sua contribuição nos negócios 25
A era digital e os modelos de negócios 25
Modelos de negócio na Era Digital 28
Negócios realizados na internet 29
O impacto da internet nos modelos de negócio 31
Exemplo de um grande modelo de negócios 32
O profissional do século XXI 35
A formação do profissional do século XXI 35
O profissional do século XXI 37
O gestor de tecnologia da informação 40
Gestão de tecnologia da informação 45
O papel da tecnologia da informação 45
A gestão da informação 48
O profissional da informação 49
O impacto da gestão de informação nas organizações 51
Casos de sucesso em gestão de tecnologia da informação 52
UNIDADE 02
Informática: Hardware e Software 58
História da informática 58
Memória RAM e o primeiro sistema 62
UNIVAC I, o computador industrial 62
Silício 62
Programação no ensino militar 62
Armazenamento em disco rígido 63
FORTRAN, a linguagem científica 63
Hardware versus Software 65
A área de TI e seus conhecimentos técnicos 69
A tecnologia da informação na tomada de decisão 70
Conhecimentos técnicos da área de TI 73
As principais técnicas modernas para TI 74
Executive Information Systems 74
Enterprise Resource Planning 74
Sistemas de apoio a decisões 74
Sistemas gerenciadores de banco de dados 75
Data warehouse 76
Recursos da inteligência artificial 76
Sistemas especialistas 76
Data mining 77
Database marketing 78
Recursos On-line Analytic Processing 79
Governança corporativa e gestão de TI 80
Governança corporativa 80
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa 83
Governança de TI 84
Gestão de TI 87
Modelos para gestão de TI 89
A governança e o gerenciamento de TI 90
Compreensão do Big Data, os aspectos legais e política de 
uso das tecnologias da informação 92
Big Data 92
Os aspectos legais e a política de uso das tecnologias da 
informação 94
Código de ética do profissional de informática 101
UNIDADE 03
Gestão estratégica em Tecnologia da Informação 106
O que é a gestão estratégica? 106
Estratégias gerenciais na TI 110
O que são sistemas gerenciais de informação (SIG)? 116
A informação e a gestão sob um enfoque sistêmico 116
O que vem a ser um Sistema Gerencial de Informação? 119
Arquitetura de SIG e tipos de sistemas 126
Arquitetura de SIG 126
Tipos de sistema de informação para diferentes organizações 131
Segurança e riscos em SIG 135
Riscos em SIG 135
Segurança em SIG 139
UNIDADE 04
Tópicos avançados em Gestão de TI 148
O gestor de TI e a tomada de decisão 148
Business Intelligence no processo decisório 153
Big data e tecnologias exponenciais 158
Big data na era digital: efeitos e desafios 158
Gestão disruptiva para tecnologias exponenciais 162
IA na gestão de TI: riscos e conflitos 168
Inteligência Artificial e tecnologias emergentes na gestão 
de TI 168
Riscos e conflitos para o gestor de TI 172
Panorama do mercado de TI: Sucessos e tendências 177
Aspirações do mercado de TI no Brasil 177
Casos de sucesso na gestão de TI 180
Gestão de Sistema de Informação 11
UNIDADE
01
Gestão de Sistema da Informação12
O mundo está em constante evolução, pessoas inventam 
coisas novas todos os dias, os reis da informática estão cada vez 
mais facilitando a vida das pessoas, estamos vivendo uma nova 
era, a Era Digital. Essa nova era surgiu devida a indústria 4.0, 
trazendo vários impactos positivos para nossa sociedade, um 
desses impactos foi a criação da tecnologia da informação. Nesta 
unidade estudaremos sobre como a tecnologia vem crescendo 
cada vez mais e como o gestor da informação vem sendo um 
profissional que cada dia que passa vem ganhando mais seu 
espaço. Estudaremos também, como é o profissional do século 
XXI e as importantes mudanças que esse século trouxe para a 
sociedade. Empolgados? Vamos lá!
INTRODUÇÃO
Gestão de Sistema de Informação 13
Olá. Seja muito bem-vindo a nossa Unidade 1. Nesta unidade, 
o nosso objetivo é auxiliá-lo no desenvolvimento das seguintes 
competências profissionais:
OBJETIVOS
1 Compreender uma organizaçãodigital;
2 Identificar negócios inteligentes na era digital;
3 Desenvolver e gerir o profissional do século XXI;
4 Diagnosticar os influenciadores estratégicos para gestão em tecnologia da informação.
Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
Gestão de Sistema da Informação14
O avanço da tecnologia e a organização 
digital
 
A tecnologia vem ganhando um espaço cada vez maior, 
hoje, a sociedade vive o que podemos chamar de era digital, 
considerada a era em que as pessoas mudaram a forma de 
interagir e de guardar suas coisas, como fotos, documentos, 
apostilas, entre outros. 
A tecnologia vem se mostrando como a melhor alternativa 
para que se possa gerencias o aumento crescente do volume de 
informações que a cada dia que passa vem sendo produzidas e 
disseminadas.
O mundo digital e a indústria 4.0
Quando falamos em mundo digital e indústria 4.0, nos 
remetemos ao passado, em que, foi depois da Terceira Revolução 
Industrial que teve um maior destaque devido a seus avanços 
tecnológicos e científicos, que começou a Era digital com a 
indústria 4.0.
De acordo com Pereira e Simonetto (2018) o termo 
Indústria 4.0 foi utilizado pela primeira vez em 2011, na 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de entender como 
começou a chamada Indústria 4.0, compreendendo suas bases 
e suas fazes. Posteriormente, você será capaz de compreender 
sobre a organização digital e sua importância para organização 
e facilitação da vida. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
Gestão de Sistema de Informação 15
Feira de Hanover, Alemanha, para definir o que seria a Quarta 
Revolução Industrial, vindo após três revoluções que resultaram 
da mecanização, eletricidade e das tecnologias da informação, 
como na figura 1.
Tabela 1: Revoluções Industriais e suas respectivas tecnologias 
Fonte: Elaborado pela autora com informações encontradas em Tropia, Silva e Dias (2017)
Desta forma, a indústria 4.0 tem como uma de suas 
grandes bases tecnológicas a introdução da tecnologia da 
internet nas indústrias. Segundo Pereira e Simonetto (2018) a 
indústria 4.0 tem ligação direta com os Sistemas Ciber-Físicas 
que são componentes que integram o mundo físico ao virtual, 
para entender esse sistema existem três fases:
 � 1ª fase – as comunicações de sistemas de produção 
estão cada vez mais fáceis, pois agora existe mais infraestrutura. 
Desta forma, a comunicação pode ser feita em qualquer lugar, 
essa tendência tem aumentado cada vez mais e não é forçada por 
ninguém;
 � 2ª fase – os dispositivos de campo, fábricas, os produtos, 
as máquinas, deverão estar conectadas a uma rede, como a 
internet, podendo armazenar dados em tempo real, a partir de 
qualquer lugar;
 � 3ª fase - os dispositivos de campo, fábricas, os 
produtos, as máquinas, terão capacidade de manter armazenado 
documentos e conhecimento sobre si dentro da rede, de fora da 
1ª Revolução 
Industrial
2ª Revolução 
Industrial
3ª Revolução 
Industrial
4ª Revolução 
Industrial
Aprimora-
mento das 
máquinas 
a vapor, 
criação do tear 
mecânico.
Utilização do 
aço, da energia 
elétrica, 
motores 
elétricos e dos 
combustíveis 
fosseis
Avanço da 
eletrônica, 
sistemas 
computa-
dorizados e 
robóticos para 
manufatura
Sistemas 
ciber - físicos 
e aplicação da 
“Internet das 
Coisas”
1780 1870 1970 HOJE
Gestão de Sistema da Informação16
sua estrutura física. Essas informações poderão ser atualizadas 
no decorrer do tempo, podendo a partir delas, serem executadas 
algumas funcionalidades, como por exemplo a negociação.
A chave da indústria 4.0 são as fabricas inteligentes 
que buscam a criação de processos, produtos procedimentos 
inteligentes, fazendo com que as pessoas e as máquinas 
estabeleçam uma comunicação natural.
Essa indústria 4.0 nomeamos de 4ª Revolução Industrial, 
que trouxe junto dela os maiores avanços tecnológicos dos 
últimos tempos. Um dos pilares da indústria 4.0 segundo Pereira 
e Simonetto (2018) é o big data e a análise de dados, onde as 
grandes quantidades de dados sobre a manufatura podem ser 
obtidas de várias formas, como sistema de gestão de empresa 
e clientes, equipamentos de produção, devendo ser analisados 
para que assim, possam ser utilizados para tomada de decisão.
Além disso, a indústria 4.0 trouxe a internet das coisas, 
criando a conexão entre as máquinas e sistemas, fazendo com 
que o trabalho seja efetuado de forma mais rápida, pois faz com 
que as máquinas produzam relatórios instantâneos, fazendo com 
que uma pessoa de um setor, tenha acesso direto as informações 
de outro setor só pela conexão de rede.
Graças a integralização cada vez maior da tecnologia 
da informação no processo industrial que as transformações e 
mudanças nas estruturas organizacionais estão a todo vapor.
Desta forma, ao vermos a importância do avanço 
tecnológico e o quanto a indústria 4.0 veio para causar um avanço 
no meio e na agilidade dos processos, por meio das máquinas e 
redes, vamos estudar agora acerca da organização digital que se 
torna necessária devido a esse avanço tecnologia, tendo em vista 
o aumento na quantidade de informações e as possibilidades 
que surgiram para facilitação de pesquisas e agrupamento de 
conteúdos.
Gestão de Sistema de Informação 17
Contexto histórico da organização digital 
com relação a biblioteca 
Ao estudarmos história, vemos que a biblioteca já existia 
no período do descobrimento do Brasil, sendo o melhor meio 
para que os conhecimentos produzidos pela humanidade fossem 
organizados e gerenciados, tendo por incumbência guardar, 
controlar e distribuir informações. Durante anos a biblioteca foi 
o maior local de armazenamento de informações.
Com o passar dos anos, como vimos, a tecnologia veio 
ganhando espaço e seu poder informacional, de armazenamento 
e de distribuição vem sendo utilizado eficientemente cada 
vez mais, tendo custos mais baixos e os seus processos sendo 
realizados de forma mais rápida.
Anna (2015) p.4 diz que:
Projetadas, a priori, sob uma função custodial, 
as bibliotecas atravessaram várias fases ao longo 
da história, desfalecendo-se na atualidade como 
um espaço em prol de satisfazer as necessidades 
e exigências demandadas por seus usuários, 
migrando-se do paradigma da posse/guarda para 
o acesso. Ao analisar os diversos estágios porque 
passaram as bibliotecas ao longo da historiografia 
humana, observa-se, de modo geral, certos 
aspectos que permearam todos os tempos: desde 
os primórdios da humanidade, com os tabletes de 
argila até as páginas eletrônicas da internet, as 
bibliotecas foram se reestruturando conforme as 
tendências sociais, tendo o aparato tecnológico 
como ferramenta indissociável.
A tecnologia primeiro foi entrando aos poucos nas 
bibliotecas, sendo utilizado os computadores para serviços 
como catalogação, indexação e organização do acervo de 
livros, entre outros serviços básicos. Todavia, posteriormente a 
Gestão de Sistema da Informação18
tecnologia trouxe a internet, que possui um universo digital, pelo 
qual se pode ter acesso remoto a informações, sendo o usuário 
autossuficiente.
Devido a essa gama de informações, viu-se necessário 
uma organização digital, pois além dos documentos que antes 
só eram encontrados em biblioteca, as pessoas começaram a 
entender que com a nova era digital, ela não precisava mais do 
uso de tantos papéis, ou, se fosse necessário esse uso, se viram 
em meio ao avanço com a possibilidade de guardar tudo em 
computadores ao invés de escritórios.
Segundo Anna (2015) p.6:
Embora a preocupação em organizar o 
conhecimento venha sendo discutida desde 
tempos antigos, é no final do século XX que essa 
área ganhou proporções ainda mais gigantescas, 
despertando atenção de pesquisadores e 
profissionais. Essa atenção especial é justificada 
devido a vários fatores.
Esses fatores, são citados por ANDRADE (2006, p. 47), 
são eles: o aumento de informação em circulação, a diversidade 
de suportes paraseu registro e, em especial, o desenvolvimento 
das tecnologias da informação.
Para poder guardar esses documentos, as pessoas notaram 
que não poderia ser de qualquer forma, pois poderiam perde-los. 
Notando que os arquivos da internet eram todos organizados, 
notou-se que para que pudesse ter seus documentos organizados 
seria necessária uma organização também, vindo a surgir a 
organização digital.
Organização digital
A Industria 4.0 em que nos encontramos tem como 
característica uma constante inovação, surgindo sempre novas 
descobertas, fazendo com que o homem interaja cada vez mais 
Gestão de Sistema de Informação 19
com a máquina. Graças a esses avanços, segundo Kanan e 
Arruda (2013), credita-se à mudança do trabalho nos últimos 
50 anos a maior mudança vivida pela sociedade. A era digital 
vem mudando os valores da sociedade, além de mudar também 
a conjuntura dos laboratórios e o relacionamento humano.
A organização digital vem para ajudar as pessoas, empresas, 
instituições a deixar seus arquivos digitais em ordem, no que 
se refere a documentos, imagens, aplicativos, enfim, todos os 
arquivos importantes que fazem parte do acervo do local. Além 
disso, ajuda as pessoas a organizar as informações advindas das 
novas máquinas que possuem ligação direta com o computador, 
passando informações sobre produtividade, assiduidade, entre 
Seu principal benefício é garantir que as pessoas consigam 
gerenciar todos os seus arquivos, economizando tempo na 
hora das buscas por aquilo que deseja e utilizando das novas 
tecnologias para um melhor avanço da sua empresa, indústria, 
entre outros.
Para que se possa ter uma organização digital, existem 
vários processos, que segundo Anna (2015) são chamados 
de tratamento informacional. O processo de tratamento 
informacional compreende um conjunto de estudos realizados 
nos documentos, com o intuito de descrevê-lo ou representa-lo 
de forma descritiva e temática de acordo com as características 
essenciais do documento.
REFLITA
Como era a vida antes da tecnologia e o quanto ela vem mudando 
a vida das pessoas, fazendo elas trabalharem menos e ganharem 
mais.
Gestão de Sistema da Informação20
Quando o profissional organiza a informação digital 
ele deve levar em consideração todas as possibilidades de 
relacionamento que um documento possa estabelecer com outro, 
pois, o intuito da organização digital é fazer com que as pessoas 
encontrem seus documentos e informações sem precisar de 
outras pessoas.
São benefícios trazidos pela organização digital:
 �Melhoramento na tomada de decisões – pois as pessoas 
terão ao seu dispor as informações reais para embasamento de 
suas decisões, o que trará mais embasamento para tomada de 
decisão;
 �Aumento da produtividade – pois as pessoas perderam 
menos tempo procurando documentos, o que acarretará 
mais tempo para trabalhar. Além disso, máquinas já enviam 
informações diretamente para os computadores, o que faz a 
pessoa ter controle da produtividade sabendo de que forma pode 
melhorar diretamente e ainda, podendo adiantar de imediato 
seus trabalhos;
 �Torna tarefas cotidianas mais fáceis – pois permitem 
que as tarefas sejam feitas de forma fácil e rápida, devido a 
tecnologia disponível;
 � Faz a pessoa se sentir mais relaxada – pois a pessoa 
sabe que tem todos os seus documentos organizados, sabendo 
desta forma, que na hora que precisar estarão todos em um 
só lugar. Além disso, sabe que possui o controle de todos os 
procedimentos a sua frente por meio da tecnologia;
 �Minimiza os riscos – pois tendo em vista que todos os 
documentos estarão em seu computador de forma organizada, 
não haverá risco de perdê-los e ainda, tem acesso graças as 
máquinas de toda a movimentação, podendo se prevenir de 
todos os possíveis risco causados pela produção;
 �Reduz o estresse – pois lidar com papéis, ou até mesmo 
com arquivos no computador desorganizado faz o nível de 
Gestão de Sistema de Informação 21
estresse da pessoa elevar ao procurar o que deseja e, as máquinas 
facilitam todo o processo de produção;
 �Aumenta a disponibilidade – pois assim como aumenta 
a produtividade, as pessoas têm seu tempo de disponibilidade 
aumentado tendo em vista que perdem menos tempo procurando 
o que desejam e as máquinas já realizam boa parte do trabalho 
que antes era de competência de uma pessoa;
Algumas formas de organização digital
Inúmeras são as formas de organização digital, muitas 
delas todos tem conhecimento, todavia, é importante frisar as 
formas que consideramos mais importantes.
Existem diversas formas de se organizar arquivos, 
citaremos algumas:
 �Criar pastas – uma das principais maneiras de 
organização de arquivos é a criação de pastas, isto porque, se 
você salvar todos os seus arquivos em um único local, será 
um desastre na hora de achar devido à grande quantidade de 
arquivos. A ideia das pastas é facilitar ainda mais na hora de 
procura por aquilo que se deseja;
EXEMPLO
Um exemplo de criação de pastas em empresa pode ser: pasta 
dados dos funcionários– nessa pasta conterá os arquivos de 
todos os funcionários. Pasta documentos da empresa – nessa 
pasta irá conter os documentos inerentes a empresa como o 
contrato social.
Gestão de Sistema da Informação22
 �Criar subpastas – as subpastas servirão para delimitar 
ainda mais o conteúdo do documento. Um exemplo utilizando os 
de cima é: subpastas dentro da pasta de dados dos funcionários 
relativa aos funcionários do escritório – quando a empresa é 
grande e possui vários funcionários, é importante para que a 
busca seja mais rápida que a pasta dos funcionários contenha 
subpastas relativas a cada setor da empresa;
 �Organização das pastas por mês e ano – para facilitar 
na busca, é importante colocar o mês e o ano nas pastas, pois na 
hora de procurar já saberemos de que mês e ano o documento 
é, facilitando. Um exemplo é nas pastas de fotos na hora da 
organização, classificar elas com sua data e mês tornarão mais 
fácil encontrar a foto da viagem que a pessoa queira;
 � Salve os arquivos com nomes fáceis – na hora de salvar 
os arquivos, opte por salvá-los com nomes fáceis de serem 
posteriormente encontrados. Temos como exemplo uma pasta 
com os nomes dos funcionários, mas seus documentos contêm 
como descrição: Funcionário 1, funcionário 2, ..., assim fica 
difícil saber em qual documento ao certo está o do funcionário 
que você está procurando;
 � Pelo menos mensalmente faça uma limpeza em seu 
computador – não existe nada pior para organização do que 
documentos desnecessários nas pastas. Desta forma, o melhor a 
se fazer, pelo menos mensalmente é apagar arquivos que sejam 
desnecessários, melhorando assim o fluxo de dados;
 �Uso de HD externo – organizar os arquivos no 
computador e depois da mesma forma salva-los no HD externo 
é uma forma de manter seus arquivos sempre em segurança, 
isto porque, o HD externo funcionara como uma cópia dos seus 
arquivos e além disso, ele pode ser levado para todos os lugares 
de maneira fácil;
Gestão de Sistema de Informação 23
 �Organizar arquivos na nuvem – além da memória 
do computador a internet nos proporciona a opção de salvar 
os arquivos na nuvem. O que seria a computação em nuvem? 
Segundo RUSCHEL; ZANOTTO; MOTA (2010, p. 1):
A computação em nuvem é a ideia de utilizarmos, em 
qualquer lugar e independente de plataforma, os mais variados 
tipos de aplicações através da internet com a mesma facilidade 
de tê-las instaladas em nossos próprios computadores. Com isso, 
os supercomputadores terão os seus destinos a quem realmente 
precisam, pois tudo será baseado na internet.
Assim, ao organizar os arquivos na nuvem a pessoa terá 
acesso aos documentos em qualquer lugar que esteja, contanto 
que possua acesso à internet. As plataformas existentes de nuvem 
são: Cloudbox, Google Drive, Evernote e Dropbox.
IMPORTANTE
A organização na nuvem vem sendo considerada uma das 
melhores formas inovações, pois os arquivos contidos nela 
poderão ser acessados em qualquer lugardo mundo, permitindo 
assim uma maior amplitude na conectividade dos sistemas.
Gestão de Sistema da Informação24
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Neste capítulo foi tratada sobre os avanços da 
tecnologia e a Industria 4.0, trazendo seus impactos para os 
novos tempos. Abordamos em seguida sobre a organização 
digital, levando em consideração que com o avanço tecnológico 
é preciso saber como ter um sistema organizado, para que assim, 
possa usufruir de maneira melhor dos avanços da nova era.
Gestão de Sistema de Informação 25
OBJETIVO
Neste capítulo será abordado os avanços que a Era Digital 
proporcionou para os modelos de negócio. Ao término desse 
capítulo você terá conhecimento sobre os modelos de negócio 
e ainda, o impacto causado pela internet nos negócios. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. 
Avante!
A era digital e sua contribuição nos 
negócios
Com a era digital todo o mundo se reinventou, os avanços 
tecnológicos fizeram com que as empresas se reinventassem 
tanto para seu crescimento quanto para atender as demandas dos 
seus clientes.
A tecnologia trouxe ganhos para a produtividade, educação, 
saúde, qualidade de vida, entre outras inúmeras áreas que ela 
atingiu. Cada pessoa utiliza a tecnologia para seu benefício de 
acordo com sua necessidade e sua a conectividade para alcançar 
seus objetivos.
A era digital e os modelos de negócios 
De acordo com ALBERTIN (2002) p.8:
Os Negócios na Era Digital são formados de 
forma evolutiva com a aplicação de tecnologias 
de informação e comunicação, tendo sido iniciada 
pelos computadores de grande e pequeno porte, 
ambientes de redes de comunicação, sistemas 
de informações e sistemas integrados de gestão 
Gestão de Sistema da Informação26
empresarial, integração eletrônica entre empresas, 
pessoas e governo, e, finalmente, a Internet. Na 
Internet podem ser identificadas várias aplicações, 
tais como correio eletrônico, troca eletrônica de 
dados etc.
Assim, a tecnologia vem ingressando cada vez mais nos 
negócios, fazendo com que haja a diminuição e muitas vezes 
eliminação das restrições que existem no ambiente social e 
empresarial.
A tecnologia da informação (TI) tanto influência quanto é 
influenciada pelos ambientes e componentes que as organizações 
definem como seu modelo de negócio. A TI pode mudar a forma 
de atuação das organizações no mercado, contribuindo com 
suas estratégias, com sua forma de atuação, com a estrutura 
organizacional e com a capacidade que se deve exigir das 
pessoas e dos processos envolvidos na organização.
Mas o que vem a ser modelos de negócio?
De acordo com ALBERTIN (2002), os modelos de negócio 
são a relação criada entre os ambientes internos e externos das 
organizações, suas estratégias, estrutura e processos, indivíduos 
e cultura, e processos gerenciais. São esses componentes e sua 
inter-relação que definirão de que maneira a organização irá 
realizar sua participação no mercado.
O ambiente externo das organizações é formado pelos 
clientes, parceiras, prestadores de serviço, fornecedores, 
infraestrutura, entre outros. É o ambiente externo que define 
o ambiente interno causando também influencia sobre ele, 
sendo este último o que garante o exercício bem sucedido da 
organização.
Para que uma empresa possa funcionar de forma a agradar 
todos, ela tem que voltar sua atenção para o ambiente externo 
analisando seus clientes, suas parcerias, sua infraestrutura, para 
que assim, ela possa crescer cada vez mais.
Gestão de Sistema de Informação 27
É de acordo com os ambientes externos e internos que as 
organizações traçam suas estratégias, metas e objetivos. Dentro 
das estratégias conterão pessoas encarregadas de executa-
las e entre essas pessoas estão as responsáveis pelo setor de 
tecnologia, sendo os responsáveis pela organização dos dados 
da empresa e por sua evolução.
A tecnologia da informação que começou a evolução nas 
empresas, realizando uma exploração nos métodos de negócio 
e nas suas integrações, chegando desta forma aos sistemas de 
informação integrado para a gestão empresarial. É a evolução 
que leva a integração com o ambiente externo e em seguida deste 
com o ambiente interno, que tem início com a troca eletrônica de 
dados indo até a interdependência organizacional e utilização de 
infraestrutura de comunicação e informação pública.
Figura 1: Tecnologia da informação
 
Fonte: Pixabay 
Tapscott (1996) diz que a base fundamental para a 
economia digital e para era da inteligência em rede são as redes 
de comunicação, que também são chamadas de infraestrutura 
de comunicação e informação pública. Segundo ALBERTIN 
(2002, p.12), a infraestrutura é composta por três componentes:
Equipamentos de acesso: são geralmente ignorados 
nas discussões sobre a infovia, mas representam um 
categoria crítica, devido a ausência ou o progresso 
lento de componentes dos quais outros segmentos 
Gestão de Sistema da Informação28
da infovia dependem; estrutura de acesso local: 
são ligações entre empresas, escolas, residências 
etc. com a estrutura principal de comunicações; 
e redes globais de distribuição de informação: 
representam a infraestrutura entre grandes centros. 
Desta forma, todas as perspectivas do ambiente digital são 
voltadas para que o acesso à internet seja amplo, sendo efetuado 
tanto pela empresa quanto pelo consumidor.
A internet conecta todos os meios seja no nível empresarial, 
seja no de consumo.
Modelos de negócio na Era Digital
O termo Modelo de negócios começou a ser utilizado no 
fim dos anos de 1990 de acordo com Siqueira e Crispim (2012), 
e Albertin (2002) diz que existem oito modelos essenciais de 
negócio na era digita que servem para descrever uma forma 
diferente de conduzir os negócios de forma eletrônica, sendo eles:
 � Provedor de conteúdo – encarregado de fornecer 
informação, produtos digitais e serviços através de intermediário;
 �Direto ao cliente – fornece produtos e serviços diretamente 
ao cliente, as vezes sem intermediação dos canais tradicionais;
 � Provedor de serviço integral – fornece uma variedade 
completa de serviços em um domínio, seja ele financeiro, corres-
pondente a saúde, entre outros, diretamente ou através de parceiros, 
voltado para o próprio relacionamento com o consumidor;
 � Intermediário – junta compradores e vendedores por 
concentrar informação;
 � Infraestrutura compartilhada – junta múltiplos compe-
tidores em cooperação compartilhada infraestrutura comum da 
tecnologia da informação;
Gestão de Sistema de Informação 29
 � Integrador de rede de valor – coordena atividades 
através de rede de valor, armazenando, sintetizando e distribuindo 
informações;
 �Comunidade virtual – cria e facilita uma comunidade 
virtual de pessoas com interesses em comum, possibilitando 
interação e oferecendo serviços;
 �Empresa completa/governo – fornece um único ponto 
de contato, consolidando todos os serviços oferecidos por uma 
grande empresa com várias unidades.
Esses modelos são uma descrição de regras e 
relacionamentos entre os consumidores, clientes, fornecedores 
e parceiros de uma empresa, servindo para identificar os 
fundamentais fluxos de produtos, informações e dinheiro, e 
seus benefícios para os participantes. Desta forma, podem uma 
empresa pode combinar diversos modelos diferentes como parte 
de sua estratégia de negócio.
Todas essas mudanças e adaptações trazidas pelo mercado 
para amoldamentos dos processos de negócios da empresa, tem 
como suporte os sistemas de informações.
Os sistemas da informação é uma ferramenta cada vez mais 
importante e está evoluindo a cada dia que passa. Seu principal 
objetivo, segundo Albertin (2002) é atender as necessidades 
de obtenção, armazenamento, tratamento, comunicação e 
disponibilização de informação da organização, tanto de forma 
internaquanto externa, em seus vários níveis hierárquicos, áreas 
funcionais e integração.
Negócios realizados na internet
Os negócios realizados na internet são chamados de 
e-business, tendo como criação de valor e direcionador de valor 
os fatos que melhoram o valor total que foi criado por um negócio 
eletrônico. Siqueira e Crispim (2012) traz quatro principais e 
inter-relacionados direcionadores de valor no e-business, sendo:
Gestão de Sistema da Informação30
 �Eficiência – a eficiência da transação aumenta quando 
os custos por transação diminuem, um exemplo seria o leilão de 
carros pela internet;
 �Complementariedade – quando se tem um pacote de 
produtos ou serviços que possui mais valor que os produtos ou 
serviços vendidos separadamente. Com a ajuda do e-business 
que é alavancado o potencial para geração do valor por meio de 
ofertas de produtos e serviços complementares;
 �Lonk-in – cria os valores prevenindo contra a 
migração de clientes e a possibilidade de parceiros se tornarem 
competidores. O e-business possibilita que seus clientes 
customizem produtos e serviços ou informação que atendam 
suas necessidades pessoais. Um exemplo são alguns sites que 
utilizam da técnica de mineração dos dados, servindo para 
oferecer produtos personalizados conforme histórico de compra 
dos usuários;
 �Novidade – os negócios realizados na internet também 
inovam no modo como as empresas fazem negócios, estruturando 
suas transações. Exemplo disso é o groupon.com que surgiu com 
o conceito de compra coletiva. 
REFLITA
Com a criação do mercado virtual que não possuem barreiras 
físicas e geográficas, fluxo reverso de informações dos clientes 
para fornecedores, técnicas de canalização, agregação de novas 
informações, fazem com que as possibilidades de inovações 
sejam infinitas.
Gestão de Sistema de Informação 31
O impacto da internet nos modelos de negócio 
A Internet no surgimento dos novos modelos de negócio 
tem uma influência ligada estritamente com as duas fases 
de evolução e desenvolvimento da rede mundial, a primeira 
fase é conhecida como Web 1.0 e a segunda como Web 2.0 
(SIQUEIRA; CRISPIM, 2012).
Na primeira fase, tem como tendência a replicação das 
particularidades dos modelos do mundo real, tendo como base 
a utilização da virtualização física da infraestrutura para venda 
de produtos de característica tangível e algumas categorias de 
serviços, a exemplo da internet banking e agências de viagens 
virtuais. Também é incluído nessa primeira fase, os produtos que 
podem ser facilmente convertidos para o meu digital, como por 
exemplo músicas, revistas, publicidade e livros.
Figura 2: Livro digital
Fonte: Pixabay 
Por fim, a primeira fase traz o que é chamado de shoppings 
de comparação, que servem para comprar os preços dos produtos 
em diversos sites.
Gestão de Sistema da Informação32
A segunda fase, surgiu em 2004 de acordo com Siqueira 
e Crispim (2012), em um momento que a internet atingiu seu 
ápice de importância, pois estavam surgindo novas aplicações e 
sites com regularidade imensurável. Veio como uma revolução 
nos negócios da indústria da informática, trazendo dois grupos 
de modelos de negócios.
O primeiro grupo, veio com uma prática de conceito 
chamada de Long tail, este conceito se baseia na observação de 
que uma fonte de lucros mais elevados pode vim da venda de 
muitos produtos menos populares, do que o lucro da venda de 
produtos mais populares.
O segundo grupo são soluções que se sustentam em dois 
pilares, o primeiro pilar diz respeito às características da Web 
2.0 e com o papel da participação crescente de usuários da 
internet na geração de conteúdo online, elas visam tirar proveito 
das comunidades online. Um exemplo desse pilar são os 
empréstimos sociais que se referem a sites intermediários entre 
os usuários que emprestam dinheiro uns aos outros e tem como 
lucro a comissão de cada transação.
O segundo pilar desse grupo é baseado nas ofertas gratuitas 
de produtos ou serviços básicos, devendo-se, todavia, pagar 
por uma versão ampliada. Exemplo são os sites que limitam a 
quantidade de fotos que podem ser feitos os downloads, mas 
caso pague uma quantia mensal, a quantidade será ilimitada.
Exemplo de um grande modelo de negócios
Já é de circulação mundial o quanto a Apple é um dos 
maiores exemplos de modelo de negócio, mas seu sucesso teve 
início em 2003, com o lançamento do iPod com o iTunes Store, 
criando assim um mercado e transformando a empresa.
Gestão de Sistema de Informação 33
Figura 3: iPod
 
Fonte: Pixabay
Os autores Siqueira e Crispim (2012) em seu artigo, trouxe 
a informação de que Apple levou somente três anos para que 
a combinação do iPod com o iTunes se tornasse o produto de 
quase 10 bilhões de dólares, sendo equivalente a quase 50% da 
receita da Apple. Muitas pessoas já conhecem essa história, o que 
poucos sabem é que não foi a Apple a primeira a empresa a levar 
os tocadores de música para o mercado, em 1998, a Diamnond 
Multimedia introduziu o “The Rio”, sendo um equipamento que 
funcionava bem, era portátil e elegante. O que muitos se perguntam 
é por que o iPod que obteve sucesso ao invés do The Rio?
Isto aconteceu porque a Apple inovou, tornando o download 
de música digital fácil e conveniente. Para que isso acontecesse, 
a Apple construiu um modelo de negócio inovador que trazia 
em sua configuração uma combinação de hardware, software e 
serviço. Assim, utilizou de uma boa tecnologia envolvendo-a em 
um excelente modelo de negócio.
Gestão de Sistema da Informação34
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir 
tudo o que vimos. Neste capítulo, tratamos sobre os modelos 
de negócio, trazendo em questão os impactos da Era Digital e 
como os negócios hoje podem ser feitos pela internet. Vemos 
como a internet vem ser um canal importante para o aumento da 
empresa e das suas vendas, trouxemos também um exemplo de 
um grande modelo de negócio.
Gestão de Sistema de Informação 35
O profissional do século XXI
A sociedade vive em constante desenvolvimento, sendo 
a sociedade do conhecimento e que os indivíduos são a parte 
fundamental para esse desenvolvimento. Peter Drucker, em 
seu livro sociedade pós-capitalista afirma que o conhecimento 
não é algo impessoal, não residindo em um livro, em um banco 
de dados, em um programa de software, pois estes contêm 
informações. O conhecimento está sempre incorporado por uma 
pessoa, sendo transportado, criado, ampliado ou aperfeiçoado 
por uma pessoa, sendo também aplicado, ensinado e transmitido 
por uma pessoa e, por fim, usado, bem ou mal, por uma pessoa.
A formação do profissional do século XXI
A aprendizagem é fundamental para humanidade, servindo 
para construção da paz, da liberdade e da justiça social, é ela 
que torna o desenvolvimento humano mais harmonioso, mais 
autêntico, fazendo com que a pobreza seja recuada, assim como 
a exclusão social, as opressões, entre outros.
Uma comissão da Unesco presidida por Jacques Delors, 
concluiu que a educação deve ser organizada com base em 
quatro pilares do conhecimento, sendo eles:
OBJETIVO
Neste capítulo, trataremos do profissional do século XXI. 
Começaremos tratando da formação do profissional nesse século 
e as importantes mudanças na educação, para então tratarmos de 
como deve ser o profissional do século XXI e, por fim, falarmos 
do gestor de tecnologia da informação, profissão chave desse 
século. Espero que gostem. Vamos lá!!
Gestão de Sistema da Informação36
 �Aprender a conhecer – é um tipo de aprendizagem que 
tem como objetivo o domínio dos instrumentos de conhecimento. 
Levando em considerado a forma que o conhecimento é múltiplo 
e evolui com um ritmo ininterrupto, sendo quase impossível 
obter conhecimento sobre tudo. É o prazer de aprender para 
compreender, conhecer e descobrir. Sendo o mais importante é 
saber os meios para se chegarao conhecimento;
 �Aprender a fazer – tem associação com aprender a 
conhecer, sendo ligado à educação profissional. Mesmo com os 
avanços tecnológicos, é importante que haja uma associação da 
teoria com a técnica, todavia, levando em consideração que os 
avanços tecnológicos estão modificando as qualificações, fazendo 
com que as atividades puramente físicas sejam substituídas por 
tarefas de produção mais intelectual, devendo o profissional 
possuir competência técnica e profissional e também, disposição 
para o trabalho em equipe, capacidade de tomar iniciativa;
 �Aprender a viver juntos – é um dos pilares mais 
importantes, pois tudo está ligado e o que acontece no mundo 
afeta todas as pessoas. Todavia, a tendência dos seres humanos 
é supervalorizar as suas qualidades e as dos grupos a que 
pertencem, alimento preconceito com relação aos outros. Isso 
se dá também pela grande competitividade existente entre 
os países que aumenta o espirito de competitividade entre as 
pessoas. Desta forma, a educação deve ser feita para as pessoas 
conhecerem um ano outro, vivendo conjuntamente, criando 
um espírito que graças a interdependência das pessoas possa 
promover a realização de projetos comuns, formando uma 
gestão inteligente;
 �Aprender a ser – o ser humano deve ser preparado para 
possuir autonomia intelectual e também, para ter uma visão crítica 
da vida, sendo capaz de formular seus próprios pensamentos, de 
desenvolver sua capacidade de discernimento e de saber como 
agir nas diferentes circunstâncias da vida. Sendo a maturação 
do ser humano que possui relação com: memória, raciocínio, 
Gestão de Sistema de Informação 37
capacidade física, imaginação, facilidade de comunicação com 
os outros, sentido estético, entre outros. 
De acordo com Silva e Cunha (2002, s.p.):
A educação no século XXI deverá ser uma educação 
ao longo da vida. Este conceito permite “ordenar as 
diferentes sequências de aprendizagem (educação 
básica, secundária e superior), gerir as transições, 
diversificar os percursos, valorizando-os”. A 
educação deverá se preocupar com a formação do 
cidadão, da pessoa em seu sentido amplo, e não 
somente com a formação profissional.
A mente humana deve ser preparada para os erros, pois 
todos estamos sujeitos a errar. Devendo também aprender a 
ser, viver, dividir, se comunicar. E desta forma, aprender a lidar 
com as mudanças e diversidades tecnológicas, econômicas e 
culturais.
Desta forma, estudado sobre a educação no século XXI, 
vamos saber como são os profissionais desse século.
O profissional do século XXI
O mundo evoluiu, a sociedade evoluiu, os produtos 
evoluíram, desta forma, os profissionais obrigatoriamente devem 
evoluir para conseguir ingressar no mercado de trabalho.
REFLITA
As concepções para uma melhor educação fazem com que os 
profissionais se tornem melhor. Você acha que teve uma boa 
educação?
Gestão de Sistema da Informação38
Todavia, as pessoas não devem se assustar, assim como os 
avanços das máquinas, as pessoas também podem avançar e se 
reinventar. De acordo com Ketzer (2010) o profissional do passado 
executava tarefas com segurança, previsibilidade, certezas, 
constância, tornando-se tarefas repetitivas. Já o profissional do 
século XXI vem da inovação, devendo entre algumas das suas 
especialidades ser adaptável, prever, possuir autonomia, criar, 
partilhar, integrar, associar, possuir responsabilidade social, 
possuir flexibilidade, entre outras.
A autora acima citada diz que as exigências para o 
profissional do século XXI, são:
 �Conhecimento profundo da área de atuação – melhor 
são as chances para aqueles que conhecem da sua área como 
ninguém mais, demonstrando eficiência e prontidão;
 �Base cultural, científica e humanística ampla;
 � Familiarização com modernas tecnologias – o avanço 
tecnológico é o pilar do século XXI, estamos vivendo a Era 
Digital, sendo assim, imprescindível para o profissional desse 
século ter conhecimento das modernas tecnologias;
 �Conhecimento de língua (s) estrangeira (s) – devido 
à enorme concorrência e a amplitude do mercado, onde a 
maioria das empresas trabalham com empresas estrangeiras, o 
profissional do século XXI deve conhecer outra (s) língua (s) 
fora o português;
 �Trabalho em equipe, colegiado – realizar a tarefa sem 
olhar para o companheiro de trabalho é coisa do passado. O 
profissional do século XXI deve estar preparado para exercer seu 
trabalho em equipes multidisciplinares, devendo desenvolver 
projetos comuns nas diversas áreas do conhecimento;
 �Respeito a hierarquias – respeito hierárquico é algo que 
vem desde o passado e nenhum profissional deve se esquecer;
Gestão de Sistema de Informação 39
 � Incorporação do erro como elemento sistemático 
(levando em consideração os pilares da aprendizagem acima 
estudado em que tratamos que todos estão sujeitos a errar);
 �Busca de alteridade nas relações – devendo trabalhar 
com a diversidade sem eliminar o que é diferente;
 �Convivência com as incertezas – deve saber lidar com 
as incertezas, o mundo é uma constante mudança e evolução, a 
incerteza faz parte do dia a dia;
 �Consciência sobre a importância da formação/educação 
continuada – um dos pontos mais importantes para o profissional 
do século XXI, pois devido as constantes mudanças o profissional 
deve sempre se manter atualizado e não deixar de estudar nunca, 
reduzindo os riscos de desatualização e de obsolescência;
 � Inovação – por fim, o profissional do século XXI deve 
sempre se atualizar e inovar, demonstrando seu interesse para 
com o mercado.
O ponto chave do profissional do século XXI é o pensar 
fora da caixa, onde as pessoas devem pensar de forma inovadora, 
criativa, indo além dos padrões convencionais e, desta forma, se 
destacando. 
REFLITA
Com as mudanças que ocorrem os profissionais devem se 
reinventar para garantir seu lugar no mercado de trabalho e, 
também, para fazer do seu próprio negócio um destaque.
Gestão de Sistema da Informação40
Figura 4: Pensar fora da caixa
 
Fonte: Pixabay
O gestor de tecnologia da informação
Após estudarmos sobre o profissional no século XXI, 
estudaremos sobre o gestor de tecnologia, isto porque, a área 
da tecnologia é a que mais vem se destacando as inovações do 
século XXI.
Com o avanço tecnológico, a Tecnologia da informação 
de acordo com Mariani (2015) é um recurso valioso que 
provoca uma grande repercussão em diversos níveis da estrutura 
organizacional, seja nos níveis operacionais, estratégicos ou 
administrativos. É tecnologia muda à nossa maneira de pensar 
e de agir, fazendo com que haja uma modificação entre os 
produtos e os consumidores. Cada setor possui a sua forma de 
utilização da tecnologia da informação devido a diversidade de 
setores, todavia, existem características em comum, que são 
aquelas que podem ter como definição o conjunto de todas as 
atividades e soluções que provém de recursos computacionais 
que se destinam a permitir o armazenamento, a obtenção, o 
gerenciamento, a obtenção e o uso das informações.
Gestão de Sistema de Informação 41
Cada área de uma empresa possui funções diferentes, desta 
forma, cada setor que trabalha com tecnologia da informação 
irá lidar com programas e situações diferentes, mas é máster 
destacar que apesar de serem funções diferentes e programas 
diferentes, existem fatores que todos os gestores da tecnologia 
da informação devem ter conhecimento. 
Mariani (2015) em entrevista com o pós-doutor 
Bruno Santos Pimentel que possui experiência em pesquisa, 
desenvolvimento, inovação e tecnologia, diz que a tecnologia da 
informação tem um papel fundamental tanto no planejamento 
quanto na execução da estratégia empresarial. É de suma 
importância que os investimentos da tecnologia da informação 
estejam alinhados aos objetivos traçados pelos negócios de 
curto e longo prazo, porém de acordo com o entrevistado Bruno 
Santos, precisam ser ressaltados três importantes papeis a serem 
desempenhados pela tecnologia da informação embusca de 
resultados sustentáveis:
 �Viabilização de novos produtos, processos e modelos 
de negócio;
 �Melhoria e a inovação em processos internos de uma 
organização e de suas interfaces com o mercado;
 � Suporte aos processos internos de gestão da inovação e 
do conhecimento.
Com a realização de forma coordenada desses papeis faz 
com que suba o potencial e realização das estratégias empresariais 
e potencialize o aumento da competitividade.
Mariani também traz, que, segundo o entrevistado Bruno 
Santos entre as metodologias para a gestão e tecnologia da 
informação é importante que o analista e o gestor de tecnologia 
da informação reconheçam a importância de se identificar as 
metodologias e as ferramentas que são mais adequadas para o 
seu negócio, pensando no contexto atual e no futuro, outro fator 
que influência nessa análise é o porte da empresa e seu mercado 
Gestão de Sistema da Informação42
de atuação. São importantes as metodologias COBIT e ITIL, são 
importantes para governança e infraestrutura, mas é considerada 
mais relevante para empresas de grande porte. Mas o que vem a 
ser COBIT e ITIL?
Ainda de acordo com Fagundes (2012), são três as 
audiências para qual o COBIT é projeto:
 �Gerentes que necessitam avaliar o risco e controlar os 
investimentos da tecnologia da informação em uma organização;
 �Usuários que precisam ter garantias de que os serviços 
de tecnologia da informação que dependem dos seus produtos 
e serviços para os clientes internos e externos sejam bem 
gerenciados;
 �Auditores que podem ter como apoio as recomendações 
trazidas pelo COBIT na avaliação do nível de gestão da tecnologia 
da informação e na hora de aconselhar o controle interno da 
organização.
O Cobit possui quatro domínios: planejamento e organização; 
aquisição e implementação; entrega e suporte; monitoramento.
DEFINIÇÃO
De acordo com Fagundes (2012), o COBIT é um guia para 
a gestão de tecnologia da informação recomendado pelo 
Information Systems Audit and Control Foundation, ele inclui 
recursos como sumário executivo, framework, controle de 
objetivos, mapas de auditoria, ferramentas de implementação e 
guia com técnicas de gerenciamento.
Gestão de Sistema de Informação 43
Já o ITIL, de acordo com Vetter (2006), foi desenvolvido 
devido as organizações estarem cada vez mais dependentes 
da tecnologia da informação para alcançarem seus objetivos, 
servindo para prover serviços eficientes e efetivos na área da 
tecnologia da informação, oferecendo um framework comum 
para todas as atividades do departamento de TI. As principais 
vantagens do ITIL são:
 �Os serviços se tornam mais bem descritos, possuindo 
uma linguagem inteligível para o cliente, e em um detalhe 
apropriado;
 �A qualidade e os custos dos serviços são bem gerenciados;
 �A comunicação com a organização de tecnologia da 
informação é melhorada pelo acordo através de pontos de contato;
 �A organização de TI desenvolve uma estrutura mais clara, 
torna-se mais eficiente e mais focada nos objetivos coorporativos.
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Para saber mais do funcionamento do COBIT acesse: https://bit.
ly/3a1OIng.
Para saber mais sobre o ITIL leia o artigo do aluno Fausto Vetter 
acessando: https://bit.ly/2PrFGbc.
Gestão de Sistema da Informação44
O mais importante para saber qual a melhor metodologia 
para utilizar na gestão e tecnologia da informação é saber 
identificar qual a melhor técnica para cada problema ou 
oportunidade que se apresenta. 
Por fim, Mariani (2015), traz que a principal competência 
para o gestor de tecnologia da informação seja a gestão de 
pessoas, pois, gerenciar provoca em alcançar resultados por 
meio de pessoas, e levando em consideração a dinâmica e a 
competitividade do mercado de tecnologia da informação, 
possuindo uma equipe motivada e bem capacitada promove um 
diferencial competitivo relevante.
Além disso, o gestor de tecnologia da informação deve 
sempre estar inovando nos produtos, processos e serviços, 
criando também um ambiente profissional que estimule a 
criatividade, a colaboração e a diversidade. Também deve o 
gestor de TI ter a capacidade de planejar e executar mantendo o 
foco nos resultados e nas realizações dos objetivos estratégicos 
da organização.
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Como visto, neste capítulo tratamos da formação 
do profissional neste século, vendo o impacto que as novas 
tecnologias causaram nos estudos e como as pessoas devem 
sempre se inovar para continuar no mercado de trabalho. 
Tratamos do gestor de tecnologia da informação, trazendo 
algumas competências desse profissional.
Gestão de Sistema de Informação 45
Gestão de tecnologia da informação
Muito falamos em tecnologia da informação nos outros 
capítulos, porém ainda não a conceituámos, desta forma, de acordo 
com Laurindo, Shimizu, Carvalho e Júnior (2001) o conceito de 
tecnologia da informação inclui os sistemas de informação, o uso 
de hardware e software, telecomunicações, automação, recursos 
multimídia utilizados pelas organizações para fornecer dados, 
informações e conhecimentos. É a tecnologia da informação que 
funciona como arma estratégica de competitividade, pois ela 
viabiliza as novas estratégias empresariais. 
O papel da tecnologia da informação
Primeiro, é importante analisar os conceitos de eficiência 
e de eficácia, pois eles são muito importantes o entendimento do 
papel da tecnologia da informação nas organizações. 
Laurindo, Shimizu, Carvalho e Júnior (2001) conceitua 
eficiência como sendo o fazer bem as coisas, estando associada 
aos aspectos internos à atividade de tecnologia da informação 
e a adequada utilização dos recursos. Por outro lado, a eficácia 
diz respeito a fazer as coisas corretas, estando associada com 
a satisfação de metas, objetivos e requisitos, servindo para 
confrontar os resultados das aplicações da tecnologia da 
informação com os resultados no negócio da empresa e os 
possíveis impactos na sua operação e estrutura, desta forma, ser 
OBJETIVO
Neste capítulo, temos como objeto mostrar o papel da tecnologia 
nos dias atuais, trazendo a tecnologia da informação e o gestor da 
informação. Estão prontos para ingressar nesse universo? Vamos lá!
Gestão de Sistema da Informação46
eficaz em TI quer dizer utilizá-la para alavancar o negócio da 
empresa, tornando-a mais competitiva.
Figura 5: Quadro eficácia e eficiência da aplicação de tecnologia da informação
 
Fonte: elaborada pela autora de acordo com dados de Laurindo, Shimizu, Carvalho e Júnior (2001)
De acordo com Mcgee e Prusak (1994) na atual economia 
de informação, a concorrência entre as empresas baseia-se 
em sua capacidade de adquirir, tratar, interpretar e utilizar a 
informação de forma eficaz. 
Após analisar a eficiência e a eficácia da tecnologia da 
informação, analisaremos os modelos que tratam do papel 
dessa área nas organizações, de acordo com Laurindo, Shimizu, 
Carvalho e Júnior (2001):
 �Modelos de diagnóstico – fornecem instrumentos e 
critérios para que seja diagnosticado o papel da tecnologia da 
informação nas organizações; 
 �Modelos prescritivos – são os responsáveis por indicar 
os padrões de benchmark que devem ser seguidos ou que 
relatam as melhores práticas com relação ao uso estratégico da 
tecnologia da informação;
 �Modelos voltados para ações – responsáveis por indicar 
os procedimentos que devem ser feitos para o planejamento da 
tecnologia da informação e para a seleção de aplicações nessa 
Gestão de Sistema de Informação 47
área a serem desenvolvidas de forma a trazer impactos positivos 
para o desempenho da organização;
 �Modelos integrativos – esses modelos agregam vários 
elementos das abordagens acima formando uma estrutura mais 
ampla de análise.
A tecnologia da informação segundo Moraes, Terence e 
Filho (2004) é considerada importante para as organizações:�Devido proporcionar a inovação de muitos produtos 
e serviços e ter viabilizado o surgimento de importantes 
capacidades dentro das organizações como, por exemplo: acesso 
eletrônico a serviços, pagamento e apresentação eletrônica, 
entrega online de informações;
 �Refere-se de uma das maiores e mais poderosas 
influências no planejamento das organizações, podendo também 
contribuir com a estratégia competitiva das empresas por 
oferecer vantagens competitivas; facilitar a entrada em alguns 
mercados; diferenciar produtos e serviços; permitir novas 
estratégias competitivas com o uso de sua própria tecnologia;
 � Ser responsável pelo armazenamento de dados obtidos 
do ambiente externo, tendo como ferramenta principal o banco 
de dados que é o repositório central de todas as informações 
oportunas referente ao relacionamento de uma empresa com 
seus clientes e fornecedores.
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre os modelos que tratam do papel da TI, leia 
o artigo “O papel da tecnologia da informação na estratégia das 
organizações”, disponível em: https://bit.ly/2uDiv6U.
Gestão de Sistema da Informação48
Para que a tecnologia seja implementada com êxito em 
uma empresa Silva e Fischmann (2002) diz que a empresa 
precisam levar em conta condições básicas como: integrá-la a 
outras ferramentas de gestão, considerando que adotá-la é apenas 
uma variável de decisão estratégica, e ter consciência de que os 
benefícios realmente significativos virão a médio e longo prazo.
A gestão da informação
Com a indústria 4.0, a Era Digital e a tecnologia da 
informação, de acordo com o estudado, as empresas se 
reinventaram criando a gestão da informação.
A informação é um dos pontos principais para traçar 
estratégias e tomar decisões, com a capacidade de promover 
uma mudança organizacional, mas o que viria a ser gestão?
De acordo com Marchiori (2002), gestão pode ser 
considerada como um conjunto de processos que compreendem 
as atividades de planejamento, distribuição, organização, direção 
e controle de recursos de qualquer natureza, tendo em vista à 
racionalização e à efetividade de um determinado sistema, 
produto ou serviço.
Assim, a gestão da informação é responsável por incluir, 
levando em consideração dimensões estratégicas e operacionais, 
técnicas para adquirir e utilizar recursos humanos, financeiros, 
tecnológicos, físicos e materiais para que possa gerenciar sua 
própria informação. Essa informação deve ser disponibilizada 
para as pessoas, para os grupos e para as organizações.
Marchiori (2002) também fala que a gestão da informação 
compreende a interação entre a tecnologia da informação, 
a comunicação e os conteúdos informativos, objetivando o 
desenvolvimento de estratégias e a estruturação de atividades 
organizacionais. Desta forma, a gestão da informação pressupõe 
a construção de mapas com as informações necessárias, fazer 
Gestão de Sistema de Informação 49
sua coleta, avaliar sua qualidade, proceder ao armazenamento e 
à sua distribuição e acompanhar os resultados de seu uso.
Assim, analisando em que cenária a empresa se encontra 
inserida é possível fazer uma análise do quanto esse cenário as 
pressiona, fazendo com que haja interação com a sociedade que 
vive em constante mudança, e que essas mudanças oferecem 
oportunidades, mas também ameaças para os negócios. Assim, 
os gestores devem analisar as informações de modo a serem 
utilizadas para conhecer de forma melhor a empresa e o ambiente 
competitivo em que atua, para que assim possa identificar 
mais facilmente as ameaças e as oportunidades, e em seguida 
desenvolver a melhor ação para solucionar os problemas.
O profissional da informação
O profissional da informação chamado de gestor de TI é 
encarregado por lidar com a tecnologia da informação. De acordo 
com, Cruz, Silva, Bufrem e Sobral (2017), esse profissional 
devem ter em mente as competências que façam sentido com 
os atuais problemas informacionais, suas competências técnicas 
são de tomada de decisão, capacidade de adaptação a novas 
situações, de comunicação oral e escrita e de trabalho em equipe, 
sendo cada vez mais valorizado de acordo com a sua habilidade 
de estabelecer relações e de liderar, sendo classificado como um 
trabalhador do conhecimento.
De acordo com Freire e Araújo (1999) o gestor de TI tem 
como característica geral exercitar a responsabilidade social de 
ajudar a facilitar a comunicação do conhecimento para aqueles 
que dele necessitam, considerando que esta visão transcende a 
estrutura organizacional e comunicacional.
Gestão de Sistema da Informação50
Assim, a atuação do gestor de TI é marcada: 
Por uma necessidade de abstração de um mundo 
real para um modelo físico adaptado a uma 
tecnologia. Esta forma de atuar o leva a criar 
interface direta entre ele e o seu usuário e entre ele 
e a tecnologia disponível. Implica, ainda, criar, 
dominar e obedecer a uma metodologia de trabalho 
que contemple de forma suave esta passagem de 
um mundo abstrato para um mundo de elementos 
físicos de representação de fenômenos abstratos. 
(Castro & Sá, 2002, p. 30-31)
É de responsabilidade do gestor de TI as aplicações e 
a infraestrutura do setor, o desenvolvimento de sistemas, a 
telecomunicação, conectividade entre redes e segurança da 
informação.
Fruet e Mansur (2005) elencam como características 
principais do gestor de TI:
 �Visão;
 � Poder de influência;
 �Talento para transformar projetos em realidade;
 �Conhecimento dos processos de negócios;
 �Manter-se atualizado com a tecnologia;
 �Reconhecer a importância de outras particularidades no 
seu perfil de profissional e de gerente, como incorporar técnicas 
de administração e de psicologia aplicada à empresa.
Além dessas características, existem outras compartilhadas 
por outros autores como: liderança, comunicação, capacidade de 
absorver as mudanças de impacto para organização, versatilidade, 
desejo de evolução, qualificação técnica.
De maneira geral, é o gestor da informação encarregado de 
todos as informações relevantes para organização, devendo levar 
Gestão de Sistema de Informação 51
em consideração tanto os recursos internos quanto os externos, 
devendo ter o apoio da tecnologia da informação.
O impacto da gestão de informação nas organizações
De acordo com BRAGA (2000, p. 6-7):
As TI são um recurso valioso e provocam 
repercussões em todos os níveis da estrutura 
organizacional: ao nível estratégico, quando uma 
ação é susceptível de aumentar a coerência entre a 
organização e o meio envolvente, que por sua vez 
se traduz num aumento de eficácia em termos de 
cumprimento da missão organizacional; aos níveis 
operacional e administrativo, quando existem 
efeitos endógenos, traduzidos em aumento da 
eficiência organizacional em termos de opções 
estratégicas. No entanto, ao ser feita esta distinção, 
não significa que ela seja estanque, independente, 
pois existem impactes simultâneos aos vários 
níveis: estratégico, operacional e táctico.
O gestor da informação garantirá a competitividade do 
mercado, fazendo com que haja uma barreira para os concorrentes 
devido as informações que ele obtém e coloca em prática, 
além disso, devido à alta tecnologia a relação entre empresa 
e fornecedor se torna mais estreita, assim qualquer pedido ou 
sugestão feita pela empresa poderá ser atendida pelo fornecedor.
O quanto a tecnologia fez mudanças no cenário da 
economia mundial. As empresas sabem de forma mais rápida 
o que os consumidores querem, os fornecedores conseguem 
controlar de forma mais eficiente e mais rápida os desejos das 
empresas. Com todas essas novidades o gestor da informação 
vem sendo cada vez mais valorizado e ganhando seu lugar no 
mercado de trabalho.
Gestão de Sistema da Informação52
De acordo com O’Brien (1996), o poder da tecnologia da 
informação está em reestruturar as relações nas redes empresariais 
para aproveitas um leque mais vasto de competências. As 
tecnologias da informação permitem desta forma, ultrapassar 
todo um conjunto debarreiras na medida em que existe uma nova 
maneira de pensar, pois em tempo real é possível às empresas 
agir e reagir rapidamente aos clientes, mercados e concorrência.
Casos de sucesso em gestão de tecnologia 
da informação 
Com a abrangência da tecnologia da informação, as 
empresas vêm cada vez mais aderindo a gestão de tecnologia da 
informação, pois, para que a empresa possa ter sucesso ela deve 
se adaptar ao atual modelo da sociedade.
Listaremos as empresas de TI do Brasil que fazem mais 
sucesso, de acordo com TUTIDA, Daniel (2019):
 � SAP Labs Latin America – atua oferecendo soluções 
para empresas como sistemas ERP, loT e cadeia de suprimentos 
digitais, recursos humanos, experiência do cliente e mais. Os 
profissionais que trabalham nessa empresa têm a oportunidade 
de se movimentar e transitar em áreas onde a tecnologia da 
informação pode ser aplicada para melhorar o desempenho;
 �Dell EMC – trabalha cm servidores, armazenamento e 
tecnologias de proteção de dados, criando aplicativos nativos na 
nuvem e soluções de Big Data. O trabalho da empresa permite 
que outras companhias tenham sistemas de rede mais eficientes, 
possibilitando novos níveis de desempenho, eficiência e 
flexibilidade;
 �Encontre um nerd – empresa que possui como propósito 
resolver frustações em escritórios e negócios com um foco 
incomparável na experiência do cliente. Os profissionais que 
trabalham nessa empresa podem se candidatar a resolver trabalhos 
remotos de tecnologia da informação e técnico em informática;
Gestão de Sistema de Informação 53
 �Telefônica vivo – tem como foco soluções de 
telefonia fixa e móvel, além de internet e TV por assinatura, 
empregando em sua empresa profissionais de analistas de dados 
e programadores;
 �Microsoft – pioneira em inovação e tecnologia no 
mundo, oferece serviços e produtos baseados em nuvem. Tem 
como objetivo trazer um impacto positivo para a sociedade;
 �Visagio – atua na área de engenharia de gestão, 
atuando desde o diagnóstico e desenho de estratégias e ações de 
melhoria organizacional, suportando também a implementação 
operacional das soluções definidas através da consultoria ou por 
meio da gestão interna.
 �Dextra – empresa de desenvolvimento de software e 
transformação digital, sendo pioneiros na adoção de metodologias 
de gestão ágil, desenvolvendo soluções que criam oportunidades 
para os clientes.
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o 
que vimos. Neste capítulo, nos aprofundamos ainda mais na era 
digital, trazendo átona a tecnologia da informação, tratamos do 
papel da tecnologia da informação, da gestão da informação e 
dos profissionais, mostrando o quanto essa área é importante e 
vem ganhando seu espaço que é de direito. Por fim, trouxemos 
algumas empresas que estão cada vez mais se destacando no 
mercado da tecnologia da informação. Espero que tenham 
gostado. Até a próxima.
Gestão de Sistema de Informação 55
UNIDADE
02
Gestão de Sistema da Informação56
O mundo está em constante evolução, pessoas inventam 
coisas novas todos os dias, os reis da informática estão cada 
vez mais facilitando a vida das pessoas. Devido a sabermos 
desse avanço, estudaremos a história da informática partindo 
de onde começaram os primeiros meios tecnológicos até os 
dias atuais. Posteriormente, estudaremos sobre o que vem 
a ser Hardware e Software e como esses dois conceitos se 
ligam. Depois de estudarmos os conceitos, partiremos para os 
conhecimentos técnicos da área da tecnologia da informação, 
mencionando algumas diversas técnicas modernas da tecnologia 
da informação. Ainda nesse seguimento analisaremos o que vem 
a ser governança corporativa, trataremos da governança de TI e 
por fim da gestão de TI, para que assim possamos estudar sobre 
o que vem a ser o Big Data e os aspectos políticos e legais da 
tecnologia da informação.
INTRODUÇÃO
Gestão de Sistema de Informação 57
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo 
é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências 
profissionais até o término desta etapa de estudos:
OBJETIVOS
1 Compreender a história da informática e diferenciar os tipos de software, hardware e peopleware para uma gestão inteligente;
2 Compreender dado, informação e conhecimento para a análise de tomada de decisão;
3 Comparar Governança Corporativa a Gestão de Tecnologia da Informação;
4 Estruturar equipes com base nos aspectos legais e éticos de tecnologia da informação.
Então? Preparado para adquirir conhecimento sobre um assunto 
fascinante e inovador como esse? Vamos lá!
Gestão de Sistema da Informação58
Informática: Hardware e Software
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender a história 
da informática, onde deu início o surgimento dos primeiros meios 
de informação, até o avanço dos dias atuais. Posteriormente 
diferenciaremos hardware de software. Então vamos lá. Avante!
História da informática
Primeiro, precisamos definir o que vem a ser informática. 
De acordo com CERQUEIRA (2004), informática nada mais 
é do que o tratamento automático da informação através da 
utilização de técnicas, procedimentos e equipamentos adequados. 
Desta forma, a informática é associada aos computadores e 
os computadores são os processadores de dados capazes de 
aceitar informações, efetuar operações programadas e fornecer 
resultados para resoluções de problemas.
Mas de onde vieram os computadores?
CERQUEIRA (2004) também responde essa pergunta, 
dizendo que o homem sempre procurou uma maneira de produzir 
mais com menos, desta forma, ele desenvolveu máquinas capazes 
de otimizar determinadas atividades que se fossem realizadas 
pelos homens seriam mais demoradas e complicadas. O mais 
antigo instrumento de cálculo que se tem conhecimento é o ábaco 
(figura 1), ele era formado em uma armação de madeira que 
possuía fios amarrados contendo neles pequenas pedras calcárias, 
onde era atribuído valores de centenas, dezenas, unidades.
Gestão de Sistema de Informação 59
Figura 1: Ábaco
Fonte: Pixabay
Em seguida, surgia a primeira calculadora capaz de realizar 
operações básicas de adição e subtração, sendo criada no século 
XVII por Blaise Pascal, ficando conhecida como Pascaline, seu 
modelo de calculadora processava até oito dígitos, e encontram-
se presente até os dias de hoje, sendo constituída por várias 
rodas dentadas, que através de seus giros resolviam os cálculos. 
Todavia, por processar de maneira lenta essa calculadora não 
apresentou vantagem sobre fazer o cálculo manual. 
Após ver a criação de Pascal, Gottfried Leibniz foi além, 
projetou uma máquina que processava operações de adição, 
subtração, multiplicação e divisão. A máquina de Leibniz possuía 
cilindros de rodas dentadas e também um sistema de engrenagem 
complexo. As primeiras máquinas que foram comercializadas 
no século XIX foi inspirada na máquina de Leibniz, mas ainda 
nada comparado a tecnologia atual.
Foi na época da Revolução industrial que as máquinas 
começaram a apresentar um avanço mais significativo, devido a 
ideia de substituir o trabalho humano pelas máquinas. Época em que 
Gestão de Sistema da Informação60
Charles Babbage desenvolveu as “Máquinas Matemáticas”, que 
eram máquinas que calculavam e imprimiam, muito semelhantes 
a nossas impressoras. Em seguida, Babbage criou a “Máquina 
Analítica”, que foi a primeira máquina programável, sendo capaz 
de executar qualquer cálculo, tinha como limitação o fato das suas 
informações serem armazenadas em cartões perfurados, contendo 
programa e dados. Todavia, Babbage obteve vários fracassos o 
que fez seus projetos ficarem abandonados.
Na mesma época de Babbage, George Boole ao estudar 
várias teorias matemáticas introduz a “Lógica Formal” ou 
“Álgebra de Boole”, essa lógica fez com que pudesse identificar se 
uma situação é verdadeira ou falsa através de operadores lógicos“AND”, “OR” e “NOT”, que teve grande importância para o uso 
da técnica de programação. Foi graças aos estudos de Boole que 
outros matemáticos criaram os sistemas de numeração binária.
Com todos esses avanços, foi desenvolvido as diretrizes 
que impulsionaram as atuais técnicas de programação, sendo 
Alan Turing o criador do que hoje é considerado a base de 
todas as técnicas de programação, que se fundamenta em uma 
forma de introduzir dados nas máquinas, sendo conhecida como 
decodificação. Sendo desta forma, concretizada a ideologia 
de uma máquina poder trabalhar com vários dados diferentes 
dependendo somente dos procedimentos e diretrizes que fossem 
inseridos nela, tendo surgido desta forma a máquina programável.
De acordo ainda com Cerqueira (2004), os Estados 
Unidos quiseram em 1890 elaborar um censo, e, se fosse 
utilizar do mecanismo já existente ia levar cerca de 10 anos 
para ser concluído, foi aí que Herman Hollerith desenvolveu um 
aperfeiçoamento dos cartões perfurados conseguindo obter os 
resultados em três anos.
Gestão de Sistema de Informação 61
Cerqueira (2004) diz que o processo desenvolvido por Hollerith 
foi de introduzir os cartões na máquina que os lia a partir de 
pinos metálicos, que ao entrarem em contato com os cartões 
ultrapassavam as marcas perfuradas e entravam em contato direto 
com uma superfície também metálica. No contato dos pinos 
com a superfície metálica era transmitida uma corrente elétrica, 
que era registrada e armazenada na memória da máquina. Essa 
máquina ficou conhecida como Tabulador de Hollerith.
+
OBSERVAÇÃO
Devido ao sucesso obtido por Hollerith com censo, 
ele fundou a Tabulation Machine Company (TMC) em 1896, 
posteriormente em 1914, se associou com duas pequenas empresas 
formando a Computing Tabulation Recording Company que em 
1924 se tornou a famosa Internacional Business Machine (IBM).
Seguindo a linha do tempo da evolução, em 1930 houve o 
marco para o início da moderna era do computador com a invenção 
do Analisador Diferencial de Vanner. Em seguida, em 1936, 
Allan Turing publicou um artigo sobre números computáveis e 
Claude Shannon elaborou uma tese para demonstrar a conexão 
entre os circuitos elétricos, a lógica e a simbólica. Prosseguindo 
nos avanços, em 1937 George Stibitz desenvolveu o “Somador 
Binário”.
Na segunda guerra mundial em 1939, de acordo com 
Laignier (2010), foi que surgiram os primeiros computadores, 
mas não foram com fins comerciais, eram grandes máquinas de 
cálculos para uso na guerra. 
A segunda guerra mundial deixou várias tecnologias que 
foram aprimoradas para atender o mercado industrial. Como 
exemplo dessas tecnologias, tem de acordo com Messina (2019):
Gestão de Sistema da Informação62
Memória RAM e o primeiro sistema
Frederic Williams, Tom Kilburn e Geoff Toothill 
desenvolveram a Small-Scale Experimental Machine, sendo 
construído para testar a nova tecnologia de memória desenvolvida 
por Williams e Kilburn, sendo a primeira random access memory 
ou RAM para computadores.
UNIVAC I, o computador industrial
O UNIVAC I surgiu devido a necessidade da indústria 
norte-americana de novas tecnologias para automatizar seus 
processos, esse computador continha a unidade de fita chamada 
UNISERVO, sendo o primeiro dispositivo de armazenamento 
de fita para um computador comercial, essas fitas pesavam cerca 
de três quilos e cada bobina sua podia conter 1.440.000 dígitos 
decimais podendo ser ligo a 100 polegadas.
Silício
Em 1954, a empresa Texas Instruments criou o primeiro 
transistor utilizando o silício que é um elemento da tabela 
periódica sendo considerado um semicondutor capaz de 
transmitir 95% dos comprimentos de ondas das radiações 
infravermelhas. Foi aí que surgiu a memória virtual, permitindo 
que um computador utilizasse sua capacidade de armazenamento 
para alternar rapidamente entre vários programas ou usuários.
Programação no ensino militar
A IBM produziu o modelo 650 no ano de 1954, seu 
computador trabalhava a 12.500 rpm, possuindo um cilindro de 
armazenamento de dados magnéticos que permitia um acesso 
mais rápido a informações armazenadas. Esse modelo foi 
utilizado em salas de aula para as primeiras aulas de programação, 
a linguagem dessa máquina era de paradigma sequencial, em 
que cada instrução realizada tinha 10 caracteres do tipo “xx 
Gestão de Sistema de Informação 63
yyyy zzzz”, sendo o “xx” representante do código da operação 
realizada, “yyyy” o endereço da memória e o “zzzz” o endereço 
da próxima instrução que seria executada.
Armazenamento em disco rígido
Devido os computadores utilizarem fitas magnéticas para 
armazenar as informações, com pequena quantidade de dados 
já eram gerados grandes rolos de fita. Devido a esse fato se 
iniciou a era do armazenamento em disco magnético com o 
computador RAMAC 305, que foi desenvolvido pela IBM em 
1956. Esse computador possuía uma unidade de disco composta 
por 50 pratos de metal revestidos magneticamente sendo capaz 
de armazenar 5 milhões de caracteres de dados ou 5 Megabytes.
FORTRAN, a linguagem científica
Em 1957, a equipe da IBM desenvolveu o FORTRAN, 
sendo uma língua de computação científica que usa declarações 
em inglês. Depois de alguns anos, o FORTRAN tornou-se a 
linguagem mais utilizada até os dias atuais, suas primeiras 
versões utilizava a programação imperativa e em sua versão 2003 
houve o implemento do paradigma de orientação a objetivos.
Nos anos de 50 e 70 do século XX, surgiram dispositivos 
tecnológicos pequenos, permitindo que o computador saísse do 
ambiente laboratorial, se tornando assim, de forma gradual, objeto 
de consumo e uso pessoal, como exemplo de equipamento dessa 
época podemos citar os chips, transistores, microprocessadores.
Os transistores, de acordo com Laignier (2010) foi criado 
nos anos 40, e o maior avanço da miniaturização aconteceu 
em 1971, onde a empresa norte-americana Intel fabricou o 
primeiro microprocessador comercial. Foi a partir daí que a 
automação das atividades industriais se tornou uma realidade. 
Os microprocessadores foram desenvolvidos novas linguagens 
de programação, de acordo com Messina (2019), Niklaus Wirth 
Gestão de Sistema da Informação64
em 1971 desenvolveu a linguagem Pascal, que trabalhava com 
o paradigma de programação estruturada e imperativa, após 
alguns anos foi desenvolvida para a linguagem Object Pascal, 
estabelecendo um novo paradigma mais confiável.
Em 1972, Dennis Ritchie produziu a linguagem C para 
reescrever o sistema UNIX, servindo de base para diversos 
sistemas. Posteriormente, em 1972 a empresa Xerox PARCcriou 
a linguagem orientada a objetos Smalltalk, sendo primeiramente 
desenvolvida para fins educacionais, mas se tornando uma das 
linguagens mais influentes para a área de desenvolvimento de 
software, sendo seu padrão mais conhecido como Model View 
Controller.
É importante fazer uma ressalva que, segundo Briggs e 
Burke (2004), os primeiros computadores pessoas vendidos 
comercialmente datam dos anos 60 nos Estados Unidos, onde 
seus fabricantes previam que o setor da educação seria sua 
clientela, mas os anos 70 mudou totalmente essa perspectiva.
+
OBSERVAÇÃO
Foi aí que a fase dos computadores começou a crescer, na 
cidade de Silicon Valley, cidade que ficava perto da universidade 
de Stanford, na Califórnia, Estados Unidos, de acordo com 
Laignier (2010) os jovens com conhecimento em eletrônica 
tinham como atividade acadêmica e contracultura montar seu 
próprio computador pessoal com os restos das peças industriais. 
Foi desta forma, que Bill Gates e Paul Allen, em 1975, 
criaram a Microsoft, com a linguagem de programação Basic 
que começou a ser utilizada por vários fabricantes, sendo 
posteriormente utilizado o sistema operacional baseado em Unix, 
Gestão de Sistema de Informação 65
mas foi considerado o sucesso da empresa na época o sistema 
MS-DOS. Em 1985, a Microsoft lançou o sistema operacional 
Microsoft Windows 1.0, sendo avançado no fim de 1987 para 
o Windows 2.0 e em 1994

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