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gente criando o futuro GESTÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO Organizadora Jessica Laisa Dias da Silva GESTÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO Organizadora Jessica Laisa Dias da Silva Gestão de Sistem a de Inform ação GRUPO SER EDUCACIONAL C M Y CM MY CY CMY K Gestão de Sistema da Informação © by Editora Telesapiens Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora Telesapiens. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Bibliotecária: Maria Isabel Schiavon Kinasz, CRB9 / 626 Silva, Jessica Laisa Dias da S586g Gestão de sistema da informação [recurso eletrônico] / Jessica Laisa Dias da Silva; coordenação de David Lira Stephen Barros; organização de Cristiane Silveira Cesar de Oliveira - Recife: Telesapiens, 2021. 196p.: il.; 23cm ISBN 978-65-5873-026-2 1. Sistemas da informação - Gestão. I. Barros, David Lira Stephen (coord.). II. Oliveira, Cristiane Silveira Cesar de (org.). III. Título. CDD 658.4038 (22.ed) CDU 658 Fundador e Presidente do Conselho de Administração: Janguê Diniz Diretor-Presidente: Jânyo Diniz Diretor de Inovação e Serviços: Joaldo Diniz Diretoria Executiva de Ensino: Adriano Azevedo Diretoria de Ensino a Distância: Enzo Moreira Créditos Institucionais Todos os direitos reservados 2020 by Telesapiens Gestão de Sistema da Informação Olá. Sou Jessica Laisa Dias da Silva Possuo graduação em Sistema da Informação e Mestrado em Sistema e Computação na UFRN. Tenho experiência na área de Informática na educação, com ênfase em Mineração de Dados Educacionais como também atual no estimulo dos jovens e crianças no estudo de ensino a programação. Realizo trabalhos e pesquisas voltados ao universo dos jogos digitais inseridos no contexto educacional, como incentivo deles no ensino dos jovens e aos professores. Atualmente realizo pesquisas no contexto de disseminação do pensamento computacional. para crianças e jovens. As áreas de interesse de estudo são: Educação, Engenharia de Software, Mineração de dados, Pensamento Computacional, Jogos Digitais Educativos, Gerenciamento de projeto. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! A AUTORA JESSICA LAISA DIAS DA SILVA ICONOGRÁFICOS Esses ícones que irão aparecer em sua trilha de aprendizagem significam: OBJETIVO Breve descrição do objetivo de aprendizagem; + OBSERVAÇÃO Uma nota explicativa sobre o que acaba de ser dito; CITAÇÃO Parte retirada de um texto; RESUMINDO Uma síntese das últimas abordagens; TESTANDO Sugestão de práticas ou exercícios para fixação do conteúdo; DEFINIÇÃO Definição de um conceito; IMPORTANTE O conteúdo em destaque precisa ser priorizado; ACESSE Links úteis para fixação do conteúdo; DICA Um atalho para resolver algo que foi introduzido no conteúdo; SAIBA MAIS Informações adicionais sobre o conteúdo e temas afins; +++ EXPLICANDO DIFERENTE Um jeito diferente e mais simples de explicar o que acaba de ser explicado; SOLUÇÃO Resolução passo a passo de um problema ou exercício; EXEMPLO Explicação do conteúdo ou conceito partindo de um caso prático; CURIOSIDADE Indicação de curiosidades e fatos para reflexão sobre o tema em estudo; PALAVRA DO AUTOR Uma opinião pessoal e particular do autor da obra; REFLITA O texto destacado deve ser alvo de reflexão. SUMÁRIO UNIDADE 01 O avanço da tecnologia e a organização digital 14 O mundo digital e a indústria 4.0 14 Contexto histórico da organização digital com relação a biblioteca 17 Organização digital 18 Algumas formas de organização digital 21 A era digital e sua contribuição nos negócios 25 A era digital e os modelos de negócios 25 Modelos de negócio na Era Digital 28 Negócios realizados na internet 29 O impacto da internet nos modelos de negócio 31 Exemplo de um grande modelo de negócios 32 O profissional do século XXI 35 A formação do profissional do século XXI 35 O profissional do século XXI 37 O gestor de tecnologia da informação 40 Gestão de tecnologia da informação 45 O papel da tecnologia da informação 45 A gestão da informação 48 O profissional da informação 49 O impacto da gestão de informação nas organizações 51 Casos de sucesso em gestão de tecnologia da informação 52 UNIDADE 02 Informática: Hardware e Software 58 História da informática 58 Memória RAM e o primeiro sistema 62 UNIVAC I, o computador industrial 62 Silício 62 Programação no ensino militar 62 Armazenamento em disco rígido 63 FORTRAN, a linguagem científica 63 Hardware versus Software 65 A área de TI e seus conhecimentos técnicos 69 A tecnologia da informação na tomada de decisão 70 Conhecimentos técnicos da área de TI 73 As principais técnicas modernas para TI 74 Executive Information Systems 74 Enterprise Resource Planning 74 Sistemas de apoio a decisões 74 Sistemas gerenciadores de banco de dados 75 Data warehouse 76 Recursos da inteligência artificial 76 Sistemas especialistas 76 Data mining 77 Database marketing 78 Recursos On-line Analytic Processing 79 Governança corporativa e gestão de TI 80 Governança corporativa 80 O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa 83 Governança de TI 84 Gestão de TI 87 Modelos para gestão de TI 89 A governança e o gerenciamento de TI 90 Compreensão do Big Data, os aspectos legais e política de uso das tecnologias da informação 92 Big Data 92 Os aspectos legais e a política de uso das tecnologias da informação 94 Código de ética do profissional de informática 101 UNIDADE 03 Gestão estratégica em Tecnologia da Informação 106 O que é a gestão estratégica? 106 Estratégias gerenciais na TI 110 O que são sistemas gerenciais de informação (SIG)? 116 A informação e a gestão sob um enfoque sistêmico 116 O que vem a ser um Sistema Gerencial de Informação? 119 Arquitetura de SIG e tipos de sistemas 126 Arquitetura de SIG 126 Tipos de sistema de informação para diferentes organizações 131 Segurança e riscos em SIG 135 Riscos em SIG 135 Segurança em SIG 139 UNIDADE 04 Tópicos avançados em Gestão de TI 148 O gestor de TI e a tomada de decisão 148 Business Intelligence no processo decisório 153 Big data e tecnologias exponenciais 158 Big data na era digital: efeitos e desafios 158 Gestão disruptiva para tecnologias exponenciais 162 IA na gestão de TI: riscos e conflitos 168 Inteligência Artificial e tecnologias emergentes na gestão de TI 168 Riscos e conflitos para o gestor de TI 172 Panorama do mercado de TI: Sucessos e tendências 177 Aspirações do mercado de TI no Brasil 177 Casos de sucesso na gestão de TI 180 Gestão de Sistema de Informação 11 UNIDADE 01 Gestão de Sistema da Informação12 O mundo está em constante evolução, pessoas inventam coisas novas todos os dias, os reis da informática estão cada vez mais facilitando a vida das pessoas, estamos vivendo uma nova era, a Era Digital. Essa nova era surgiu devida a indústria 4.0, trazendo vários impactos positivos para nossa sociedade, um desses impactos foi a criação da tecnologia da informação. Nesta unidade estudaremos sobre como a tecnologia vem crescendo cada vez mais e como o gestor da informação vem sendo um profissional que cada dia que passa vem ganhando mais seu espaço. Estudaremos também, como é o profissional do século XXI e as importantes mudanças que esse século trouxe para a sociedade. Empolgados? Vamos lá! INTRODUÇÃO Gestão de Sistema de Informação 13 Olá. Seja muito bem-vindo a nossa Unidade 1. Nesta unidade, o nosso objetivo é auxiliá-lo no desenvolvimento das seguintes competências profissionais: OBJETIVOS 1 Compreender uma organizaçãodigital; 2 Identificar negócios inteligentes na era digital; 3 Desenvolver e gerir o profissional do século XXI; 4 Diagnosticar os influenciadores estratégicos para gestão em tecnologia da informação. Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! Gestão de Sistema da Informação14 O avanço da tecnologia e a organização digital A tecnologia vem ganhando um espaço cada vez maior, hoje, a sociedade vive o que podemos chamar de era digital, considerada a era em que as pessoas mudaram a forma de interagir e de guardar suas coisas, como fotos, documentos, apostilas, entre outros. A tecnologia vem se mostrando como a melhor alternativa para que se possa gerencias o aumento crescente do volume de informações que a cada dia que passa vem sendo produzidas e disseminadas. O mundo digital e a indústria 4.0 Quando falamos em mundo digital e indústria 4.0, nos remetemos ao passado, em que, foi depois da Terceira Revolução Industrial que teve um maior destaque devido a seus avanços tecnológicos e científicos, que começou a Era digital com a indústria 4.0. De acordo com Pereira e Simonetto (2018) o termo Indústria 4.0 foi utilizado pela primeira vez em 2011, na OBJETIVO Ao término deste capítulo você será capaz de entender como começou a chamada Indústria 4.0, compreendendo suas bases e suas fazes. Posteriormente, você será capaz de compreender sobre a organização digital e sua importância para organização e facilitação da vida. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Gestão de Sistema de Informação 15 Feira de Hanover, Alemanha, para definir o que seria a Quarta Revolução Industrial, vindo após três revoluções que resultaram da mecanização, eletricidade e das tecnologias da informação, como na figura 1. Tabela 1: Revoluções Industriais e suas respectivas tecnologias Fonte: Elaborado pela autora com informações encontradas em Tropia, Silva e Dias (2017) Desta forma, a indústria 4.0 tem como uma de suas grandes bases tecnológicas a introdução da tecnologia da internet nas indústrias. Segundo Pereira e Simonetto (2018) a indústria 4.0 tem ligação direta com os Sistemas Ciber-Físicas que são componentes que integram o mundo físico ao virtual, para entender esse sistema existem três fases: � 1ª fase – as comunicações de sistemas de produção estão cada vez mais fáceis, pois agora existe mais infraestrutura. Desta forma, a comunicação pode ser feita em qualquer lugar, essa tendência tem aumentado cada vez mais e não é forçada por ninguém; � 2ª fase – os dispositivos de campo, fábricas, os produtos, as máquinas, deverão estar conectadas a uma rede, como a internet, podendo armazenar dados em tempo real, a partir de qualquer lugar; � 3ª fase - os dispositivos de campo, fábricas, os produtos, as máquinas, terão capacidade de manter armazenado documentos e conhecimento sobre si dentro da rede, de fora da 1ª Revolução Industrial 2ª Revolução Industrial 3ª Revolução Industrial 4ª Revolução Industrial Aprimora- mento das máquinas a vapor, criação do tear mecânico. Utilização do aço, da energia elétrica, motores elétricos e dos combustíveis fosseis Avanço da eletrônica, sistemas computa- dorizados e robóticos para manufatura Sistemas ciber - físicos e aplicação da “Internet das Coisas” 1780 1870 1970 HOJE Gestão de Sistema da Informação16 sua estrutura física. Essas informações poderão ser atualizadas no decorrer do tempo, podendo a partir delas, serem executadas algumas funcionalidades, como por exemplo a negociação. A chave da indústria 4.0 são as fabricas inteligentes que buscam a criação de processos, produtos procedimentos inteligentes, fazendo com que as pessoas e as máquinas estabeleçam uma comunicação natural. Essa indústria 4.0 nomeamos de 4ª Revolução Industrial, que trouxe junto dela os maiores avanços tecnológicos dos últimos tempos. Um dos pilares da indústria 4.0 segundo Pereira e Simonetto (2018) é o big data e a análise de dados, onde as grandes quantidades de dados sobre a manufatura podem ser obtidas de várias formas, como sistema de gestão de empresa e clientes, equipamentos de produção, devendo ser analisados para que assim, possam ser utilizados para tomada de decisão. Além disso, a indústria 4.0 trouxe a internet das coisas, criando a conexão entre as máquinas e sistemas, fazendo com que o trabalho seja efetuado de forma mais rápida, pois faz com que as máquinas produzam relatórios instantâneos, fazendo com que uma pessoa de um setor, tenha acesso direto as informações de outro setor só pela conexão de rede. Graças a integralização cada vez maior da tecnologia da informação no processo industrial que as transformações e mudanças nas estruturas organizacionais estão a todo vapor. Desta forma, ao vermos a importância do avanço tecnológico e o quanto a indústria 4.0 veio para causar um avanço no meio e na agilidade dos processos, por meio das máquinas e redes, vamos estudar agora acerca da organização digital que se torna necessária devido a esse avanço tecnologia, tendo em vista o aumento na quantidade de informações e as possibilidades que surgiram para facilitação de pesquisas e agrupamento de conteúdos. Gestão de Sistema de Informação 17 Contexto histórico da organização digital com relação a biblioteca Ao estudarmos história, vemos que a biblioteca já existia no período do descobrimento do Brasil, sendo o melhor meio para que os conhecimentos produzidos pela humanidade fossem organizados e gerenciados, tendo por incumbência guardar, controlar e distribuir informações. Durante anos a biblioteca foi o maior local de armazenamento de informações. Com o passar dos anos, como vimos, a tecnologia veio ganhando espaço e seu poder informacional, de armazenamento e de distribuição vem sendo utilizado eficientemente cada vez mais, tendo custos mais baixos e os seus processos sendo realizados de forma mais rápida. Anna (2015) p.4 diz que: Projetadas, a priori, sob uma função custodial, as bibliotecas atravessaram várias fases ao longo da história, desfalecendo-se na atualidade como um espaço em prol de satisfazer as necessidades e exigências demandadas por seus usuários, migrando-se do paradigma da posse/guarda para o acesso. Ao analisar os diversos estágios porque passaram as bibliotecas ao longo da historiografia humana, observa-se, de modo geral, certos aspectos que permearam todos os tempos: desde os primórdios da humanidade, com os tabletes de argila até as páginas eletrônicas da internet, as bibliotecas foram se reestruturando conforme as tendências sociais, tendo o aparato tecnológico como ferramenta indissociável. A tecnologia primeiro foi entrando aos poucos nas bibliotecas, sendo utilizado os computadores para serviços como catalogação, indexação e organização do acervo de livros, entre outros serviços básicos. Todavia, posteriormente a Gestão de Sistema da Informação18 tecnologia trouxe a internet, que possui um universo digital, pelo qual se pode ter acesso remoto a informações, sendo o usuário autossuficiente. Devido a essa gama de informações, viu-se necessário uma organização digital, pois além dos documentos que antes só eram encontrados em biblioteca, as pessoas começaram a entender que com a nova era digital, ela não precisava mais do uso de tantos papéis, ou, se fosse necessário esse uso, se viram em meio ao avanço com a possibilidade de guardar tudo em computadores ao invés de escritórios. Segundo Anna (2015) p.6: Embora a preocupação em organizar o conhecimento venha sendo discutida desde tempos antigos, é no final do século XX que essa área ganhou proporções ainda mais gigantescas, despertando atenção de pesquisadores e profissionais. Essa atenção especial é justificada devido a vários fatores. Esses fatores, são citados por ANDRADE (2006, p. 47), são eles: o aumento de informação em circulação, a diversidade de suportes paraseu registro e, em especial, o desenvolvimento das tecnologias da informação. Para poder guardar esses documentos, as pessoas notaram que não poderia ser de qualquer forma, pois poderiam perde-los. Notando que os arquivos da internet eram todos organizados, notou-se que para que pudesse ter seus documentos organizados seria necessária uma organização também, vindo a surgir a organização digital. Organização digital A Industria 4.0 em que nos encontramos tem como característica uma constante inovação, surgindo sempre novas descobertas, fazendo com que o homem interaja cada vez mais Gestão de Sistema de Informação 19 com a máquina. Graças a esses avanços, segundo Kanan e Arruda (2013), credita-se à mudança do trabalho nos últimos 50 anos a maior mudança vivida pela sociedade. A era digital vem mudando os valores da sociedade, além de mudar também a conjuntura dos laboratórios e o relacionamento humano. A organização digital vem para ajudar as pessoas, empresas, instituições a deixar seus arquivos digitais em ordem, no que se refere a documentos, imagens, aplicativos, enfim, todos os arquivos importantes que fazem parte do acervo do local. Além disso, ajuda as pessoas a organizar as informações advindas das novas máquinas que possuem ligação direta com o computador, passando informações sobre produtividade, assiduidade, entre Seu principal benefício é garantir que as pessoas consigam gerenciar todos os seus arquivos, economizando tempo na hora das buscas por aquilo que deseja e utilizando das novas tecnologias para um melhor avanço da sua empresa, indústria, entre outros. Para que se possa ter uma organização digital, existem vários processos, que segundo Anna (2015) são chamados de tratamento informacional. O processo de tratamento informacional compreende um conjunto de estudos realizados nos documentos, com o intuito de descrevê-lo ou representa-lo de forma descritiva e temática de acordo com as características essenciais do documento. REFLITA Como era a vida antes da tecnologia e o quanto ela vem mudando a vida das pessoas, fazendo elas trabalharem menos e ganharem mais. Gestão de Sistema da Informação20 Quando o profissional organiza a informação digital ele deve levar em consideração todas as possibilidades de relacionamento que um documento possa estabelecer com outro, pois, o intuito da organização digital é fazer com que as pessoas encontrem seus documentos e informações sem precisar de outras pessoas. São benefícios trazidos pela organização digital: �Melhoramento na tomada de decisões – pois as pessoas terão ao seu dispor as informações reais para embasamento de suas decisões, o que trará mais embasamento para tomada de decisão; �Aumento da produtividade – pois as pessoas perderam menos tempo procurando documentos, o que acarretará mais tempo para trabalhar. Além disso, máquinas já enviam informações diretamente para os computadores, o que faz a pessoa ter controle da produtividade sabendo de que forma pode melhorar diretamente e ainda, podendo adiantar de imediato seus trabalhos; �Torna tarefas cotidianas mais fáceis – pois permitem que as tarefas sejam feitas de forma fácil e rápida, devido a tecnologia disponível; � Faz a pessoa se sentir mais relaxada – pois a pessoa sabe que tem todos os seus documentos organizados, sabendo desta forma, que na hora que precisar estarão todos em um só lugar. Além disso, sabe que possui o controle de todos os procedimentos a sua frente por meio da tecnologia; �Minimiza os riscos – pois tendo em vista que todos os documentos estarão em seu computador de forma organizada, não haverá risco de perdê-los e ainda, tem acesso graças as máquinas de toda a movimentação, podendo se prevenir de todos os possíveis risco causados pela produção; �Reduz o estresse – pois lidar com papéis, ou até mesmo com arquivos no computador desorganizado faz o nível de Gestão de Sistema de Informação 21 estresse da pessoa elevar ao procurar o que deseja e, as máquinas facilitam todo o processo de produção; �Aumenta a disponibilidade – pois assim como aumenta a produtividade, as pessoas têm seu tempo de disponibilidade aumentado tendo em vista que perdem menos tempo procurando o que desejam e as máquinas já realizam boa parte do trabalho que antes era de competência de uma pessoa; Algumas formas de organização digital Inúmeras são as formas de organização digital, muitas delas todos tem conhecimento, todavia, é importante frisar as formas que consideramos mais importantes. Existem diversas formas de se organizar arquivos, citaremos algumas: �Criar pastas – uma das principais maneiras de organização de arquivos é a criação de pastas, isto porque, se você salvar todos os seus arquivos em um único local, será um desastre na hora de achar devido à grande quantidade de arquivos. A ideia das pastas é facilitar ainda mais na hora de procura por aquilo que se deseja; EXEMPLO Um exemplo de criação de pastas em empresa pode ser: pasta dados dos funcionários– nessa pasta conterá os arquivos de todos os funcionários. Pasta documentos da empresa – nessa pasta irá conter os documentos inerentes a empresa como o contrato social. Gestão de Sistema da Informação22 �Criar subpastas – as subpastas servirão para delimitar ainda mais o conteúdo do documento. Um exemplo utilizando os de cima é: subpastas dentro da pasta de dados dos funcionários relativa aos funcionários do escritório – quando a empresa é grande e possui vários funcionários, é importante para que a busca seja mais rápida que a pasta dos funcionários contenha subpastas relativas a cada setor da empresa; �Organização das pastas por mês e ano – para facilitar na busca, é importante colocar o mês e o ano nas pastas, pois na hora de procurar já saberemos de que mês e ano o documento é, facilitando. Um exemplo é nas pastas de fotos na hora da organização, classificar elas com sua data e mês tornarão mais fácil encontrar a foto da viagem que a pessoa queira; � Salve os arquivos com nomes fáceis – na hora de salvar os arquivos, opte por salvá-los com nomes fáceis de serem posteriormente encontrados. Temos como exemplo uma pasta com os nomes dos funcionários, mas seus documentos contêm como descrição: Funcionário 1, funcionário 2, ..., assim fica difícil saber em qual documento ao certo está o do funcionário que você está procurando; � Pelo menos mensalmente faça uma limpeza em seu computador – não existe nada pior para organização do que documentos desnecessários nas pastas. Desta forma, o melhor a se fazer, pelo menos mensalmente é apagar arquivos que sejam desnecessários, melhorando assim o fluxo de dados; �Uso de HD externo – organizar os arquivos no computador e depois da mesma forma salva-los no HD externo é uma forma de manter seus arquivos sempre em segurança, isto porque, o HD externo funcionara como uma cópia dos seus arquivos e além disso, ele pode ser levado para todos os lugares de maneira fácil; Gestão de Sistema de Informação 23 �Organizar arquivos na nuvem – além da memória do computador a internet nos proporciona a opção de salvar os arquivos na nuvem. O que seria a computação em nuvem? Segundo RUSCHEL; ZANOTTO; MOTA (2010, p. 1): A computação em nuvem é a ideia de utilizarmos, em qualquer lugar e independente de plataforma, os mais variados tipos de aplicações através da internet com a mesma facilidade de tê-las instaladas em nossos próprios computadores. Com isso, os supercomputadores terão os seus destinos a quem realmente precisam, pois tudo será baseado na internet. Assim, ao organizar os arquivos na nuvem a pessoa terá acesso aos documentos em qualquer lugar que esteja, contanto que possua acesso à internet. As plataformas existentes de nuvem são: Cloudbox, Google Drive, Evernote e Dropbox. IMPORTANTE A organização na nuvem vem sendo considerada uma das melhores formas inovações, pois os arquivos contidos nela poderão ser acessados em qualquer lugardo mundo, permitindo assim uma maior amplitude na conectividade dos sistemas. Gestão de Sistema da Informação24 RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Neste capítulo foi tratada sobre os avanços da tecnologia e a Industria 4.0, trazendo seus impactos para os novos tempos. Abordamos em seguida sobre a organização digital, levando em consideração que com o avanço tecnológico é preciso saber como ter um sistema organizado, para que assim, possa usufruir de maneira melhor dos avanços da nova era. Gestão de Sistema de Informação 25 OBJETIVO Neste capítulo será abordado os avanços que a Era Digital proporcionou para os modelos de negócio. Ao término desse capítulo você terá conhecimento sobre os modelos de negócio e ainda, o impacto causado pela internet nos negócios. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! A era digital e sua contribuição nos negócios Com a era digital todo o mundo se reinventou, os avanços tecnológicos fizeram com que as empresas se reinventassem tanto para seu crescimento quanto para atender as demandas dos seus clientes. A tecnologia trouxe ganhos para a produtividade, educação, saúde, qualidade de vida, entre outras inúmeras áreas que ela atingiu. Cada pessoa utiliza a tecnologia para seu benefício de acordo com sua necessidade e sua a conectividade para alcançar seus objetivos. A era digital e os modelos de negócios De acordo com ALBERTIN (2002) p.8: Os Negócios na Era Digital são formados de forma evolutiva com a aplicação de tecnologias de informação e comunicação, tendo sido iniciada pelos computadores de grande e pequeno porte, ambientes de redes de comunicação, sistemas de informações e sistemas integrados de gestão Gestão de Sistema da Informação26 empresarial, integração eletrônica entre empresas, pessoas e governo, e, finalmente, a Internet. Na Internet podem ser identificadas várias aplicações, tais como correio eletrônico, troca eletrônica de dados etc. Assim, a tecnologia vem ingressando cada vez mais nos negócios, fazendo com que haja a diminuição e muitas vezes eliminação das restrições que existem no ambiente social e empresarial. A tecnologia da informação (TI) tanto influência quanto é influenciada pelos ambientes e componentes que as organizações definem como seu modelo de negócio. A TI pode mudar a forma de atuação das organizações no mercado, contribuindo com suas estratégias, com sua forma de atuação, com a estrutura organizacional e com a capacidade que se deve exigir das pessoas e dos processos envolvidos na organização. Mas o que vem a ser modelos de negócio? De acordo com ALBERTIN (2002), os modelos de negócio são a relação criada entre os ambientes internos e externos das organizações, suas estratégias, estrutura e processos, indivíduos e cultura, e processos gerenciais. São esses componentes e sua inter-relação que definirão de que maneira a organização irá realizar sua participação no mercado. O ambiente externo das organizações é formado pelos clientes, parceiras, prestadores de serviço, fornecedores, infraestrutura, entre outros. É o ambiente externo que define o ambiente interno causando também influencia sobre ele, sendo este último o que garante o exercício bem sucedido da organização. Para que uma empresa possa funcionar de forma a agradar todos, ela tem que voltar sua atenção para o ambiente externo analisando seus clientes, suas parcerias, sua infraestrutura, para que assim, ela possa crescer cada vez mais. Gestão de Sistema de Informação 27 É de acordo com os ambientes externos e internos que as organizações traçam suas estratégias, metas e objetivos. Dentro das estratégias conterão pessoas encarregadas de executa- las e entre essas pessoas estão as responsáveis pelo setor de tecnologia, sendo os responsáveis pela organização dos dados da empresa e por sua evolução. A tecnologia da informação que começou a evolução nas empresas, realizando uma exploração nos métodos de negócio e nas suas integrações, chegando desta forma aos sistemas de informação integrado para a gestão empresarial. É a evolução que leva a integração com o ambiente externo e em seguida deste com o ambiente interno, que tem início com a troca eletrônica de dados indo até a interdependência organizacional e utilização de infraestrutura de comunicação e informação pública. Figura 1: Tecnologia da informação Fonte: Pixabay Tapscott (1996) diz que a base fundamental para a economia digital e para era da inteligência em rede são as redes de comunicação, que também são chamadas de infraestrutura de comunicação e informação pública. Segundo ALBERTIN (2002, p.12), a infraestrutura é composta por três componentes: Equipamentos de acesso: são geralmente ignorados nas discussões sobre a infovia, mas representam um categoria crítica, devido a ausência ou o progresso lento de componentes dos quais outros segmentos Gestão de Sistema da Informação28 da infovia dependem; estrutura de acesso local: são ligações entre empresas, escolas, residências etc. com a estrutura principal de comunicações; e redes globais de distribuição de informação: representam a infraestrutura entre grandes centros. Desta forma, todas as perspectivas do ambiente digital são voltadas para que o acesso à internet seja amplo, sendo efetuado tanto pela empresa quanto pelo consumidor. A internet conecta todos os meios seja no nível empresarial, seja no de consumo. Modelos de negócio na Era Digital O termo Modelo de negócios começou a ser utilizado no fim dos anos de 1990 de acordo com Siqueira e Crispim (2012), e Albertin (2002) diz que existem oito modelos essenciais de negócio na era digita que servem para descrever uma forma diferente de conduzir os negócios de forma eletrônica, sendo eles: � Provedor de conteúdo – encarregado de fornecer informação, produtos digitais e serviços através de intermediário; �Direto ao cliente – fornece produtos e serviços diretamente ao cliente, as vezes sem intermediação dos canais tradicionais; � Provedor de serviço integral – fornece uma variedade completa de serviços em um domínio, seja ele financeiro, corres- pondente a saúde, entre outros, diretamente ou através de parceiros, voltado para o próprio relacionamento com o consumidor; � Intermediário – junta compradores e vendedores por concentrar informação; � Infraestrutura compartilhada – junta múltiplos compe- tidores em cooperação compartilhada infraestrutura comum da tecnologia da informação; Gestão de Sistema de Informação 29 � Integrador de rede de valor – coordena atividades através de rede de valor, armazenando, sintetizando e distribuindo informações; �Comunidade virtual – cria e facilita uma comunidade virtual de pessoas com interesses em comum, possibilitando interação e oferecendo serviços; �Empresa completa/governo – fornece um único ponto de contato, consolidando todos os serviços oferecidos por uma grande empresa com várias unidades. Esses modelos são uma descrição de regras e relacionamentos entre os consumidores, clientes, fornecedores e parceiros de uma empresa, servindo para identificar os fundamentais fluxos de produtos, informações e dinheiro, e seus benefícios para os participantes. Desta forma, podem uma empresa pode combinar diversos modelos diferentes como parte de sua estratégia de negócio. Todas essas mudanças e adaptações trazidas pelo mercado para amoldamentos dos processos de negócios da empresa, tem como suporte os sistemas de informações. Os sistemas da informação é uma ferramenta cada vez mais importante e está evoluindo a cada dia que passa. Seu principal objetivo, segundo Albertin (2002) é atender as necessidades de obtenção, armazenamento, tratamento, comunicação e disponibilização de informação da organização, tanto de forma internaquanto externa, em seus vários níveis hierárquicos, áreas funcionais e integração. Negócios realizados na internet Os negócios realizados na internet são chamados de e-business, tendo como criação de valor e direcionador de valor os fatos que melhoram o valor total que foi criado por um negócio eletrônico. Siqueira e Crispim (2012) traz quatro principais e inter-relacionados direcionadores de valor no e-business, sendo: Gestão de Sistema da Informação30 �Eficiência – a eficiência da transação aumenta quando os custos por transação diminuem, um exemplo seria o leilão de carros pela internet; �Complementariedade – quando se tem um pacote de produtos ou serviços que possui mais valor que os produtos ou serviços vendidos separadamente. Com a ajuda do e-business que é alavancado o potencial para geração do valor por meio de ofertas de produtos e serviços complementares; �Lonk-in – cria os valores prevenindo contra a migração de clientes e a possibilidade de parceiros se tornarem competidores. O e-business possibilita que seus clientes customizem produtos e serviços ou informação que atendam suas necessidades pessoais. Um exemplo são alguns sites que utilizam da técnica de mineração dos dados, servindo para oferecer produtos personalizados conforme histórico de compra dos usuários; �Novidade – os negócios realizados na internet também inovam no modo como as empresas fazem negócios, estruturando suas transações. Exemplo disso é o groupon.com que surgiu com o conceito de compra coletiva. REFLITA Com a criação do mercado virtual que não possuem barreiras físicas e geográficas, fluxo reverso de informações dos clientes para fornecedores, técnicas de canalização, agregação de novas informações, fazem com que as possibilidades de inovações sejam infinitas. Gestão de Sistema de Informação 31 O impacto da internet nos modelos de negócio A Internet no surgimento dos novos modelos de negócio tem uma influência ligada estritamente com as duas fases de evolução e desenvolvimento da rede mundial, a primeira fase é conhecida como Web 1.0 e a segunda como Web 2.0 (SIQUEIRA; CRISPIM, 2012). Na primeira fase, tem como tendência a replicação das particularidades dos modelos do mundo real, tendo como base a utilização da virtualização física da infraestrutura para venda de produtos de característica tangível e algumas categorias de serviços, a exemplo da internet banking e agências de viagens virtuais. Também é incluído nessa primeira fase, os produtos que podem ser facilmente convertidos para o meu digital, como por exemplo músicas, revistas, publicidade e livros. Figura 2: Livro digital Fonte: Pixabay Por fim, a primeira fase traz o que é chamado de shoppings de comparação, que servem para comprar os preços dos produtos em diversos sites. Gestão de Sistema da Informação32 A segunda fase, surgiu em 2004 de acordo com Siqueira e Crispim (2012), em um momento que a internet atingiu seu ápice de importância, pois estavam surgindo novas aplicações e sites com regularidade imensurável. Veio como uma revolução nos negócios da indústria da informática, trazendo dois grupos de modelos de negócios. O primeiro grupo, veio com uma prática de conceito chamada de Long tail, este conceito se baseia na observação de que uma fonte de lucros mais elevados pode vim da venda de muitos produtos menos populares, do que o lucro da venda de produtos mais populares. O segundo grupo são soluções que se sustentam em dois pilares, o primeiro pilar diz respeito às características da Web 2.0 e com o papel da participação crescente de usuários da internet na geração de conteúdo online, elas visam tirar proveito das comunidades online. Um exemplo desse pilar são os empréstimos sociais que se referem a sites intermediários entre os usuários que emprestam dinheiro uns aos outros e tem como lucro a comissão de cada transação. O segundo pilar desse grupo é baseado nas ofertas gratuitas de produtos ou serviços básicos, devendo-se, todavia, pagar por uma versão ampliada. Exemplo são os sites que limitam a quantidade de fotos que podem ser feitos os downloads, mas caso pague uma quantia mensal, a quantidade será ilimitada. Exemplo de um grande modelo de negócios Já é de circulação mundial o quanto a Apple é um dos maiores exemplos de modelo de negócio, mas seu sucesso teve início em 2003, com o lançamento do iPod com o iTunes Store, criando assim um mercado e transformando a empresa. Gestão de Sistema de Informação 33 Figura 3: iPod Fonte: Pixabay Os autores Siqueira e Crispim (2012) em seu artigo, trouxe a informação de que Apple levou somente três anos para que a combinação do iPod com o iTunes se tornasse o produto de quase 10 bilhões de dólares, sendo equivalente a quase 50% da receita da Apple. Muitas pessoas já conhecem essa história, o que poucos sabem é que não foi a Apple a primeira a empresa a levar os tocadores de música para o mercado, em 1998, a Diamnond Multimedia introduziu o “The Rio”, sendo um equipamento que funcionava bem, era portátil e elegante. O que muitos se perguntam é por que o iPod que obteve sucesso ao invés do The Rio? Isto aconteceu porque a Apple inovou, tornando o download de música digital fácil e conveniente. Para que isso acontecesse, a Apple construiu um modelo de negócio inovador que trazia em sua configuração uma combinação de hardware, software e serviço. Assim, utilizou de uma boa tecnologia envolvendo-a em um excelente modelo de negócio. Gestão de Sistema da Informação34 RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Neste capítulo, tratamos sobre os modelos de negócio, trazendo em questão os impactos da Era Digital e como os negócios hoje podem ser feitos pela internet. Vemos como a internet vem ser um canal importante para o aumento da empresa e das suas vendas, trouxemos também um exemplo de um grande modelo de negócio. Gestão de Sistema de Informação 35 O profissional do século XXI A sociedade vive em constante desenvolvimento, sendo a sociedade do conhecimento e que os indivíduos são a parte fundamental para esse desenvolvimento. Peter Drucker, em seu livro sociedade pós-capitalista afirma que o conhecimento não é algo impessoal, não residindo em um livro, em um banco de dados, em um programa de software, pois estes contêm informações. O conhecimento está sempre incorporado por uma pessoa, sendo transportado, criado, ampliado ou aperfeiçoado por uma pessoa, sendo também aplicado, ensinado e transmitido por uma pessoa e, por fim, usado, bem ou mal, por uma pessoa. A formação do profissional do século XXI A aprendizagem é fundamental para humanidade, servindo para construção da paz, da liberdade e da justiça social, é ela que torna o desenvolvimento humano mais harmonioso, mais autêntico, fazendo com que a pobreza seja recuada, assim como a exclusão social, as opressões, entre outros. Uma comissão da Unesco presidida por Jacques Delors, concluiu que a educação deve ser organizada com base em quatro pilares do conhecimento, sendo eles: OBJETIVO Neste capítulo, trataremos do profissional do século XXI. Começaremos tratando da formação do profissional nesse século e as importantes mudanças na educação, para então tratarmos de como deve ser o profissional do século XXI e, por fim, falarmos do gestor de tecnologia da informação, profissão chave desse século. Espero que gostem. Vamos lá!! Gestão de Sistema da Informação36 �Aprender a conhecer – é um tipo de aprendizagem que tem como objetivo o domínio dos instrumentos de conhecimento. Levando em considerado a forma que o conhecimento é múltiplo e evolui com um ritmo ininterrupto, sendo quase impossível obter conhecimento sobre tudo. É o prazer de aprender para compreender, conhecer e descobrir. Sendo o mais importante é saber os meios para se chegarao conhecimento; �Aprender a fazer – tem associação com aprender a conhecer, sendo ligado à educação profissional. Mesmo com os avanços tecnológicos, é importante que haja uma associação da teoria com a técnica, todavia, levando em consideração que os avanços tecnológicos estão modificando as qualificações, fazendo com que as atividades puramente físicas sejam substituídas por tarefas de produção mais intelectual, devendo o profissional possuir competência técnica e profissional e também, disposição para o trabalho em equipe, capacidade de tomar iniciativa; �Aprender a viver juntos – é um dos pilares mais importantes, pois tudo está ligado e o que acontece no mundo afeta todas as pessoas. Todavia, a tendência dos seres humanos é supervalorizar as suas qualidades e as dos grupos a que pertencem, alimento preconceito com relação aos outros. Isso se dá também pela grande competitividade existente entre os países que aumenta o espirito de competitividade entre as pessoas. Desta forma, a educação deve ser feita para as pessoas conhecerem um ano outro, vivendo conjuntamente, criando um espírito que graças a interdependência das pessoas possa promover a realização de projetos comuns, formando uma gestão inteligente; �Aprender a ser – o ser humano deve ser preparado para possuir autonomia intelectual e também, para ter uma visão crítica da vida, sendo capaz de formular seus próprios pensamentos, de desenvolver sua capacidade de discernimento e de saber como agir nas diferentes circunstâncias da vida. Sendo a maturação do ser humano que possui relação com: memória, raciocínio, Gestão de Sistema de Informação 37 capacidade física, imaginação, facilidade de comunicação com os outros, sentido estético, entre outros. De acordo com Silva e Cunha (2002, s.p.): A educação no século XXI deverá ser uma educação ao longo da vida. Este conceito permite “ordenar as diferentes sequências de aprendizagem (educação básica, secundária e superior), gerir as transições, diversificar os percursos, valorizando-os”. A educação deverá se preocupar com a formação do cidadão, da pessoa em seu sentido amplo, e não somente com a formação profissional. A mente humana deve ser preparada para os erros, pois todos estamos sujeitos a errar. Devendo também aprender a ser, viver, dividir, se comunicar. E desta forma, aprender a lidar com as mudanças e diversidades tecnológicas, econômicas e culturais. Desta forma, estudado sobre a educação no século XXI, vamos saber como são os profissionais desse século. O profissional do século XXI O mundo evoluiu, a sociedade evoluiu, os produtos evoluíram, desta forma, os profissionais obrigatoriamente devem evoluir para conseguir ingressar no mercado de trabalho. REFLITA As concepções para uma melhor educação fazem com que os profissionais se tornem melhor. Você acha que teve uma boa educação? Gestão de Sistema da Informação38 Todavia, as pessoas não devem se assustar, assim como os avanços das máquinas, as pessoas também podem avançar e se reinventar. De acordo com Ketzer (2010) o profissional do passado executava tarefas com segurança, previsibilidade, certezas, constância, tornando-se tarefas repetitivas. Já o profissional do século XXI vem da inovação, devendo entre algumas das suas especialidades ser adaptável, prever, possuir autonomia, criar, partilhar, integrar, associar, possuir responsabilidade social, possuir flexibilidade, entre outras. A autora acima citada diz que as exigências para o profissional do século XXI, são: �Conhecimento profundo da área de atuação – melhor são as chances para aqueles que conhecem da sua área como ninguém mais, demonstrando eficiência e prontidão; �Base cultural, científica e humanística ampla; � Familiarização com modernas tecnologias – o avanço tecnológico é o pilar do século XXI, estamos vivendo a Era Digital, sendo assim, imprescindível para o profissional desse século ter conhecimento das modernas tecnologias; �Conhecimento de língua (s) estrangeira (s) – devido à enorme concorrência e a amplitude do mercado, onde a maioria das empresas trabalham com empresas estrangeiras, o profissional do século XXI deve conhecer outra (s) língua (s) fora o português; �Trabalho em equipe, colegiado – realizar a tarefa sem olhar para o companheiro de trabalho é coisa do passado. O profissional do século XXI deve estar preparado para exercer seu trabalho em equipes multidisciplinares, devendo desenvolver projetos comuns nas diversas áreas do conhecimento; �Respeito a hierarquias – respeito hierárquico é algo que vem desde o passado e nenhum profissional deve se esquecer; Gestão de Sistema de Informação 39 � Incorporação do erro como elemento sistemático (levando em consideração os pilares da aprendizagem acima estudado em que tratamos que todos estão sujeitos a errar); �Busca de alteridade nas relações – devendo trabalhar com a diversidade sem eliminar o que é diferente; �Convivência com as incertezas – deve saber lidar com as incertezas, o mundo é uma constante mudança e evolução, a incerteza faz parte do dia a dia; �Consciência sobre a importância da formação/educação continuada – um dos pontos mais importantes para o profissional do século XXI, pois devido as constantes mudanças o profissional deve sempre se manter atualizado e não deixar de estudar nunca, reduzindo os riscos de desatualização e de obsolescência; � Inovação – por fim, o profissional do século XXI deve sempre se atualizar e inovar, demonstrando seu interesse para com o mercado. O ponto chave do profissional do século XXI é o pensar fora da caixa, onde as pessoas devem pensar de forma inovadora, criativa, indo além dos padrões convencionais e, desta forma, se destacando. REFLITA Com as mudanças que ocorrem os profissionais devem se reinventar para garantir seu lugar no mercado de trabalho e, também, para fazer do seu próprio negócio um destaque. Gestão de Sistema da Informação40 Figura 4: Pensar fora da caixa Fonte: Pixabay O gestor de tecnologia da informação Após estudarmos sobre o profissional no século XXI, estudaremos sobre o gestor de tecnologia, isto porque, a área da tecnologia é a que mais vem se destacando as inovações do século XXI. Com o avanço tecnológico, a Tecnologia da informação de acordo com Mariani (2015) é um recurso valioso que provoca uma grande repercussão em diversos níveis da estrutura organizacional, seja nos níveis operacionais, estratégicos ou administrativos. É tecnologia muda à nossa maneira de pensar e de agir, fazendo com que haja uma modificação entre os produtos e os consumidores. Cada setor possui a sua forma de utilização da tecnologia da informação devido a diversidade de setores, todavia, existem características em comum, que são aquelas que podem ter como definição o conjunto de todas as atividades e soluções que provém de recursos computacionais que se destinam a permitir o armazenamento, a obtenção, o gerenciamento, a obtenção e o uso das informações. Gestão de Sistema de Informação 41 Cada área de uma empresa possui funções diferentes, desta forma, cada setor que trabalha com tecnologia da informação irá lidar com programas e situações diferentes, mas é máster destacar que apesar de serem funções diferentes e programas diferentes, existem fatores que todos os gestores da tecnologia da informação devem ter conhecimento. Mariani (2015) em entrevista com o pós-doutor Bruno Santos Pimentel que possui experiência em pesquisa, desenvolvimento, inovação e tecnologia, diz que a tecnologia da informação tem um papel fundamental tanto no planejamento quanto na execução da estratégia empresarial. É de suma importância que os investimentos da tecnologia da informação estejam alinhados aos objetivos traçados pelos negócios de curto e longo prazo, porém de acordo com o entrevistado Bruno Santos, precisam ser ressaltados três importantes papeis a serem desempenhados pela tecnologia da informação embusca de resultados sustentáveis: �Viabilização de novos produtos, processos e modelos de negócio; �Melhoria e a inovação em processos internos de uma organização e de suas interfaces com o mercado; � Suporte aos processos internos de gestão da inovação e do conhecimento. Com a realização de forma coordenada desses papeis faz com que suba o potencial e realização das estratégias empresariais e potencialize o aumento da competitividade. Mariani também traz, que, segundo o entrevistado Bruno Santos entre as metodologias para a gestão e tecnologia da informação é importante que o analista e o gestor de tecnologia da informação reconheçam a importância de se identificar as metodologias e as ferramentas que são mais adequadas para o seu negócio, pensando no contexto atual e no futuro, outro fator que influência nessa análise é o porte da empresa e seu mercado Gestão de Sistema da Informação42 de atuação. São importantes as metodologias COBIT e ITIL, são importantes para governança e infraestrutura, mas é considerada mais relevante para empresas de grande porte. Mas o que vem a ser COBIT e ITIL? Ainda de acordo com Fagundes (2012), são três as audiências para qual o COBIT é projeto: �Gerentes que necessitam avaliar o risco e controlar os investimentos da tecnologia da informação em uma organização; �Usuários que precisam ter garantias de que os serviços de tecnologia da informação que dependem dos seus produtos e serviços para os clientes internos e externos sejam bem gerenciados; �Auditores que podem ter como apoio as recomendações trazidas pelo COBIT na avaliação do nível de gestão da tecnologia da informação e na hora de aconselhar o controle interno da organização. O Cobit possui quatro domínios: planejamento e organização; aquisição e implementação; entrega e suporte; monitoramento. DEFINIÇÃO De acordo com Fagundes (2012), o COBIT é um guia para a gestão de tecnologia da informação recomendado pelo Information Systems Audit and Control Foundation, ele inclui recursos como sumário executivo, framework, controle de objetivos, mapas de auditoria, ferramentas de implementação e guia com técnicas de gerenciamento. Gestão de Sistema de Informação 43 Já o ITIL, de acordo com Vetter (2006), foi desenvolvido devido as organizações estarem cada vez mais dependentes da tecnologia da informação para alcançarem seus objetivos, servindo para prover serviços eficientes e efetivos na área da tecnologia da informação, oferecendo um framework comum para todas as atividades do departamento de TI. As principais vantagens do ITIL são: �Os serviços se tornam mais bem descritos, possuindo uma linguagem inteligível para o cliente, e em um detalhe apropriado; �A qualidade e os custos dos serviços são bem gerenciados; �A comunicação com a organização de tecnologia da informação é melhorada pelo acordo através de pontos de contato; �A organização de TI desenvolve uma estrutura mais clara, torna-se mais eficiente e mais focada nos objetivos coorporativos. SAIBA MAIS SAIBA MAIS Para saber mais do funcionamento do COBIT acesse: https://bit. ly/3a1OIng. Para saber mais sobre o ITIL leia o artigo do aluno Fausto Vetter acessando: https://bit.ly/2PrFGbc. Gestão de Sistema da Informação44 O mais importante para saber qual a melhor metodologia para utilizar na gestão e tecnologia da informação é saber identificar qual a melhor técnica para cada problema ou oportunidade que se apresenta. Por fim, Mariani (2015), traz que a principal competência para o gestor de tecnologia da informação seja a gestão de pessoas, pois, gerenciar provoca em alcançar resultados por meio de pessoas, e levando em consideração a dinâmica e a competitividade do mercado de tecnologia da informação, possuindo uma equipe motivada e bem capacitada promove um diferencial competitivo relevante. Além disso, o gestor de tecnologia da informação deve sempre estar inovando nos produtos, processos e serviços, criando também um ambiente profissional que estimule a criatividade, a colaboração e a diversidade. Também deve o gestor de TI ter a capacidade de planejar e executar mantendo o foco nos resultados e nas realizações dos objetivos estratégicos da organização. RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Como visto, neste capítulo tratamos da formação do profissional neste século, vendo o impacto que as novas tecnologias causaram nos estudos e como as pessoas devem sempre se inovar para continuar no mercado de trabalho. Tratamos do gestor de tecnologia da informação, trazendo algumas competências desse profissional. Gestão de Sistema de Informação 45 Gestão de tecnologia da informação Muito falamos em tecnologia da informação nos outros capítulos, porém ainda não a conceituámos, desta forma, de acordo com Laurindo, Shimizu, Carvalho e Júnior (2001) o conceito de tecnologia da informação inclui os sistemas de informação, o uso de hardware e software, telecomunicações, automação, recursos multimídia utilizados pelas organizações para fornecer dados, informações e conhecimentos. É a tecnologia da informação que funciona como arma estratégica de competitividade, pois ela viabiliza as novas estratégias empresariais. O papel da tecnologia da informação Primeiro, é importante analisar os conceitos de eficiência e de eficácia, pois eles são muito importantes o entendimento do papel da tecnologia da informação nas organizações. Laurindo, Shimizu, Carvalho e Júnior (2001) conceitua eficiência como sendo o fazer bem as coisas, estando associada aos aspectos internos à atividade de tecnologia da informação e a adequada utilização dos recursos. Por outro lado, a eficácia diz respeito a fazer as coisas corretas, estando associada com a satisfação de metas, objetivos e requisitos, servindo para confrontar os resultados das aplicações da tecnologia da informação com os resultados no negócio da empresa e os possíveis impactos na sua operação e estrutura, desta forma, ser OBJETIVO Neste capítulo, temos como objeto mostrar o papel da tecnologia nos dias atuais, trazendo a tecnologia da informação e o gestor da informação. Estão prontos para ingressar nesse universo? Vamos lá! Gestão de Sistema da Informação46 eficaz em TI quer dizer utilizá-la para alavancar o negócio da empresa, tornando-a mais competitiva. Figura 5: Quadro eficácia e eficiência da aplicação de tecnologia da informação Fonte: elaborada pela autora de acordo com dados de Laurindo, Shimizu, Carvalho e Júnior (2001) De acordo com Mcgee e Prusak (1994) na atual economia de informação, a concorrência entre as empresas baseia-se em sua capacidade de adquirir, tratar, interpretar e utilizar a informação de forma eficaz. Após analisar a eficiência e a eficácia da tecnologia da informação, analisaremos os modelos que tratam do papel dessa área nas organizações, de acordo com Laurindo, Shimizu, Carvalho e Júnior (2001): �Modelos de diagnóstico – fornecem instrumentos e critérios para que seja diagnosticado o papel da tecnologia da informação nas organizações; �Modelos prescritivos – são os responsáveis por indicar os padrões de benchmark que devem ser seguidos ou que relatam as melhores práticas com relação ao uso estratégico da tecnologia da informação; �Modelos voltados para ações – responsáveis por indicar os procedimentos que devem ser feitos para o planejamento da tecnologia da informação e para a seleção de aplicações nessa Gestão de Sistema de Informação 47 área a serem desenvolvidas de forma a trazer impactos positivos para o desempenho da organização; �Modelos integrativos – esses modelos agregam vários elementos das abordagens acima formando uma estrutura mais ampla de análise. A tecnologia da informação segundo Moraes, Terence e Filho (2004) é considerada importante para as organizações:�Devido proporcionar a inovação de muitos produtos e serviços e ter viabilizado o surgimento de importantes capacidades dentro das organizações como, por exemplo: acesso eletrônico a serviços, pagamento e apresentação eletrônica, entrega online de informações; �Refere-se de uma das maiores e mais poderosas influências no planejamento das organizações, podendo também contribuir com a estratégia competitiva das empresas por oferecer vantagens competitivas; facilitar a entrada em alguns mercados; diferenciar produtos e serviços; permitir novas estratégias competitivas com o uso de sua própria tecnologia; � Ser responsável pelo armazenamento de dados obtidos do ambiente externo, tendo como ferramenta principal o banco de dados que é o repositório central de todas as informações oportunas referente ao relacionamento de uma empresa com seus clientes e fornecedores. SAIBA MAIS Para saber mais sobre os modelos que tratam do papel da TI, leia o artigo “O papel da tecnologia da informação na estratégia das organizações”, disponível em: https://bit.ly/2uDiv6U. Gestão de Sistema da Informação48 Para que a tecnologia seja implementada com êxito em uma empresa Silva e Fischmann (2002) diz que a empresa precisam levar em conta condições básicas como: integrá-la a outras ferramentas de gestão, considerando que adotá-la é apenas uma variável de decisão estratégica, e ter consciência de que os benefícios realmente significativos virão a médio e longo prazo. A gestão da informação Com a indústria 4.0, a Era Digital e a tecnologia da informação, de acordo com o estudado, as empresas se reinventaram criando a gestão da informação. A informação é um dos pontos principais para traçar estratégias e tomar decisões, com a capacidade de promover uma mudança organizacional, mas o que viria a ser gestão? De acordo com Marchiori (2002), gestão pode ser considerada como um conjunto de processos que compreendem as atividades de planejamento, distribuição, organização, direção e controle de recursos de qualquer natureza, tendo em vista à racionalização e à efetividade de um determinado sistema, produto ou serviço. Assim, a gestão da informação é responsável por incluir, levando em consideração dimensões estratégicas e operacionais, técnicas para adquirir e utilizar recursos humanos, financeiros, tecnológicos, físicos e materiais para que possa gerenciar sua própria informação. Essa informação deve ser disponibilizada para as pessoas, para os grupos e para as organizações. Marchiori (2002) também fala que a gestão da informação compreende a interação entre a tecnologia da informação, a comunicação e os conteúdos informativos, objetivando o desenvolvimento de estratégias e a estruturação de atividades organizacionais. Desta forma, a gestão da informação pressupõe a construção de mapas com as informações necessárias, fazer Gestão de Sistema de Informação 49 sua coleta, avaliar sua qualidade, proceder ao armazenamento e à sua distribuição e acompanhar os resultados de seu uso. Assim, analisando em que cenária a empresa se encontra inserida é possível fazer uma análise do quanto esse cenário as pressiona, fazendo com que haja interação com a sociedade que vive em constante mudança, e que essas mudanças oferecem oportunidades, mas também ameaças para os negócios. Assim, os gestores devem analisar as informações de modo a serem utilizadas para conhecer de forma melhor a empresa e o ambiente competitivo em que atua, para que assim possa identificar mais facilmente as ameaças e as oportunidades, e em seguida desenvolver a melhor ação para solucionar os problemas. O profissional da informação O profissional da informação chamado de gestor de TI é encarregado por lidar com a tecnologia da informação. De acordo com, Cruz, Silva, Bufrem e Sobral (2017), esse profissional devem ter em mente as competências que façam sentido com os atuais problemas informacionais, suas competências técnicas são de tomada de decisão, capacidade de adaptação a novas situações, de comunicação oral e escrita e de trabalho em equipe, sendo cada vez mais valorizado de acordo com a sua habilidade de estabelecer relações e de liderar, sendo classificado como um trabalhador do conhecimento. De acordo com Freire e Araújo (1999) o gestor de TI tem como característica geral exercitar a responsabilidade social de ajudar a facilitar a comunicação do conhecimento para aqueles que dele necessitam, considerando que esta visão transcende a estrutura organizacional e comunicacional. Gestão de Sistema da Informação50 Assim, a atuação do gestor de TI é marcada: Por uma necessidade de abstração de um mundo real para um modelo físico adaptado a uma tecnologia. Esta forma de atuar o leva a criar interface direta entre ele e o seu usuário e entre ele e a tecnologia disponível. Implica, ainda, criar, dominar e obedecer a uma metodologia de trabalho que contemple de forma suave esta passagem de um mundo abstrato para um mundo de elementos físicos de representação de fenômenos abstratos. (Castro & Sá, 2002, p. 30-31) É de responsabilidade do gestor de TI as aplicações e a infraestrutura do setor, o desenvolvimento de sistemas, a telecomunicação, conectividade entre redes e segurança da informação. Fruet e Mansur (2005) elencam como características principais do gestor de TI: �Visão; � Poder de influência; �Talento para transformar projetos em realidade; �Conhecimento dos processos de negócios; �Manter-se atualizado com a tecnologia; �Reconhecer a importância de outras particularidades no seu perfil de profissional e de gerente, como incorporar técnicas de administração e de psicologia aplicada à empresa. Além dessas características, existem outras compartilhadas por outros autores como: liderança, comunicação, capacidade de absorver as mudanças de impacto para organização, versatilidade, desejo de evolução, qualificação técnica. De maneira geral, é o gestor da informação encarregado de todos as informações relevantes para organização, devendo levar Gestão de Sistema de Informação 51 em consideração tanto os recursos internos quanto os externos, devendo ter o apoio da tecnologia da informação. O impacto da gestão de informação nas organizações De acordo com BRAGA (2000, p. 6-7): As TI são um recurso valioso e provocam repercussões em todos os níveis da estrutura organizacional: ao nível estratégico, quando uma ação é susceptível de aumentar a coerência entre a organização e o meio envolvente, que por sua vez se traduz num aumento de eficácia em termos de cumprimento da missão organizacional; aos níveis operacional e administrativo, quando existem efeitos endógenos, traduzidos em aumento da eficiência organizacional em termos de opções estratégicas. No entanto, ao ser feita esta distinção, não significa que ela seja estanque, independente, pois existem impactes simultâneos aos vários níveis: estratégico, operacional e táctico. O gestor da informação garantirá a competitividade do mercado, fazendo com que haja uma barreira para os concorrentes devido as informações que ele obtém e coloca em prática, além disso, devido à alta tecnologia a relação entre empresa e fornecedor se torna mais estreita, assim qualquer pedido ou sugestão feita pela empresa poderá ser atendida pelo fornecedor. O quanto a tecnologia fez mudanças no cenário da economia mundial. As empresas sabem de forma mais rápida o que os consumidores querem, os fornecedores conseguem controlar de forma mais eficiente e mais rápida os desejos das empresas. Com todas essas novidades o gestor da informação vem sendo cada vez mais valorizado e ganhando seu lugar no mercado de trabalho. Gestão de Sistema da Informação52 De acordo com O’Brien (1996), o poder da tecnologia da informação está em reestruturar as relações nas redes empresariais para aproveitas um leque mais vasto de competências. As tecnologias da informação permitem desta forma, ultrapassar todo um conjunto debarreiras na medida em que existe uma nova maneira de pensar, pois em tempo real é possível às empresas agir e reagir rapidamente aos clientes, mercados e concorrência. Casos de sucesso em gestão de tecnologia da informação Com a abrangência da tecnologia da informação, as empresas vêm cada vez mais aderindo a gestão de tecnologia da informação, pois, para que a empresa possa ter sucesso ela deve se adaptar ao atual modelo da sociedade. Listaremos as empresas de TI do Brasil que fazem mais sucesso, de acordo com TUTIDA, Daniel (2019): � SAP Labs Latin America – atua oferecendo soluções para empresas como sistemas ERP, loT e cadeia de suprimentos digitais, recursos humanos, experiência do cliente e mais. Os profissionais que trabalham nessa empresa têm a oportunidade de se movimentar e transitar em áreas onde a tecnologia da informação pode ser aplicada para melhorar o desempenho; �Dell EMC – trabalha cm servidores, armazenamento e tecnologias de proteção de dados, criando aplicativos nativos na nuvem e soluções de Big Data. O trabalho da empresa permite que outras companhias tenham sistemas de rede mais eficientes, possibilitando novos níveis de desempenho, eficiência e flexibilidade; �Encontre um nerd – empresa que possui como propósito resolver frustações em escritórios e negócios com um foco incomparável na experiência do cliente. Os profissionais que trabalham nessa empresa podem se candidatar a resolver trabalhos remotos de tecnologia da informação e técnico em informática; Gestão de Sistema de Informação 53 �Telefônica vivo – tem como foco soluções de telefonia fixa e móvel, além de internet e TV por assinatura, empregando em sua empresa profissionais de analistas de dados e programadores; �Microsoft – pioneira em inovação e tecnologia no mundo, oferece serviços e produtos baseados em nuvem. Tem como objetivo trazer um impacto positivo para a sociedade; �Visagio – atua na área de engenharia de gestão, atuando desde o diagnóstico e desenho de estratégias e ações de melhoria organizacional, suportando também a implementação operacional das soluções definidas através da consultoria ou por meio da gestão interna. �Dextra – empresa de desenvolvimento de software e transformação digital, sendo pioneiros na adoção de metodologias de gestão ágil, desenvolvendo soluções que criam oportunidades para os clientes. RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Neste capítulo, nos aprofundamos ainda mais na era digital, trazendo átona a tecnologia da informação, tratamos do papel da tecnologia da informação, da gestão da informação e dos profissionais, mostrando o quanto essa área é importante e vem ganhando seu espaço que é de direito. Por fim, trouxemos algumas empresas que estão cada vez mais se destacando no mercado da tecnologia da informação. Espero que tenham gostado. Até a próxima. Gestão de Sistema de Informação 55 UNIDADE 02 Gestão de Sistema da Informação56 O mundo está em constante evolução, pessoas inventam coisas novas todos os dias, os reis da informática estão cada vez mais facilitando a vida das pessoas. Devido a sabermos desse avanço, estudaremos a história da informática partindo de onde começaram os primeiros meios tecnológicos até os dias atuais. Posteriormente, estudaremos sobre o que vem a ser Hardware e Software e como esses dois conceitos se ligam. Depois de estudarmos os conceitos, partiremos para os conhecimentos técnicos da área da tecnologia da informação, mencionando algumas diversas técnicas modernas da tecnologia da informação. Ainda nesse seguimento analisaremos o que vem a ser governança corporativa, trataremos da governança de TI e por fim da gestão de TI, para que assim possamos estudar sobre o que vem a ser o Big Data e os aspectos políticos e legais da tecnologia da informação. INTRODUÇÃO Gestão de Sistema de Informação 57 Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: OBJETIVOS 1 Compreender a história da informática e diferenciar os tipos de software, hardware e peopleware para uma gestão inteligente; 2 Compreender dado, informação e conhecimento para a análise de tomada de decisão; 3 Comparar Governança Corporativa a Gestão de Tecnologia da Informação; 4 Estruturar equipes com base nos aspectos legais e éticos de tecnologia da informação. Então? Preparado para adquirir conhecimento sobre um assunto fascinante e inovador como esse? Vamos lá! Gestão de Sistema da Informação58 Informática: Hardware e Software OBJETIVO Ao término deste capítulo, você será capaz de entender a história da informática, onde deu início o surgimento dos primeiros meios de informação, até o avanço dos dias atuais. Posteriormente diferenciaremos hardware de software. Então vamos lá. Avante! História da informática Primeiro, precisamos definir o que vem a ser informática. De acordo com CERQUEIRA (2004), informática nada mais é do que o tratamento automático da informação através da utilização de técnicas, procedimentos e equipamentos adequados. Desta forma, a informática é associada aos computadores e os computadores são os processadores de dados capazes de aceitar informações, efetuar operações programadas e fornecer resultados para resoluções de problemas. Mas de onde vieram os computadores? CERQUEIRA (2004) também responde essa pergunta, dizendo que o homem sempre procurou uma maneira de produzir mais com menos, desta forma, ele desenvolveu máquinas capazes de otimizar determinadas atividades que se fossem realizadas pelos homens seriam mais demoradas e complicadas. O mais antigo instrumento de cálculo que se tem conhecimento é o ábaco (figura 1), ele era formado em uma armação de madeira que possuía fios amarrados contendo neles pequenas pedras calcárias, onde era atribuído valores de centenas, dezenas, unidades. Gestão de Sistema de Informação 59 Figura 1: Ábaco Fonte: Pixabay Em seguida, surgia a primeira calculadora capaz de realizar operações básicas de adição e subtração, sendo criada no século XVII por Blaise Pascal, ficando conhecida como Pascaline, seu modelo de calculadora processava até oito dígitos, e encontram- se presente até os dias de hoje, sendo constituída por várias rodas dentadas, que através de seus giros resolviam os cálculos. Todavia, por processar de maneira lenta essa calculadora não apresentou vantagem sobre fazer o cálculo manual. Após ver a criação de Pascal, Gottfried Leibniz foi além, projetou uma máquina que processava operações de adição, subtração, multiplicação e divisão. A máquina de Leibniz possuía cilindros de rodas dentadas e também um sistema de engrenagem complexo. As primeiras máquinas que foram comercializadas no século XIX foi inspirada na máquina de Leibniz, mas ainda nada comparado a tecnologia atual. Foi na época da Revolução industrial que as máquinas começaram a apresentar um avanço mais significativo, devido a ideia de substituir o trabalho humano pelas máquinas. Época em que Gestão de Sistema da Informação60 Charles Babbage desenvolveu as “Máquinas Matemáticas”, que eram máquinas que calculavam e imprimiam, muito semelhantes a nossas impressoras. Em seguida, Babbage criou a “Máquina Analítica”, que foi a primeira máquina programável, sendo capaz de executar qualquer cálculo, tinha como limitação o fato das suas informações serem armazenadas em cartões perfurados, contendo programa e dados. Todavia, Babbage obteve vários fracassos o que fez seus projetos ficarem abandonados. Na mesma época de Babbage, George Boole ao estudar várias teorias matemáticas introduz a “Lógica Formal” ou “Álgebra de Boole”, essa lógica fez com que pudesse identificar se uma situação é verdadeira ou falsa através de operadores lógicos“AND”, “OR” e “NOT”, que teve grande importância para o uso da técnica de programação. Foi graças aos estudos de Boole que outros matemáticos criaram os sistemas de numeração binária. Com todos esses avanços, foi desenvolvido as diretrizes que impulsionaram as atuais técnicas de programação, sendo Alan Turing o criador do que hoje é considerado a base de todas as técnicas de programação, que se fundamenta em uma forma de introduzir dados nas máquinas, sendo conhecida como decodificação. Sendo desta forma, concretizada a ideologia de uma máquina poder trabalhar com vários dados diferentes dependendo somente dos procedimentos e diretrizes que fossem inseridos nela, tendo surgido desta forma a máquina programável. De acordo ainda com Cerqueira (2004), os Estados Unidos quiseram em 1890 elaborar um censo, e, se fosse utilizar do mecanismo já existente ia levar cerca de 10 anos para ser concluído, foi aí que Herman Hollerith desenvolveu um aperfeiçoamento dos cartões perfurados conseguindo obter os resultados em três anos. Gestão de Sistema de Informação 61 Cerqueira (2004) diz que o processo desenvolvido por Hollerith foi de introduzir os cartões na máquina que os lia a partir de pinos metálicos, que ao entrarem em contato com os cartões ultrapassavam as marcas perfuradas e entravam em contato direto com uma superfície também metálica. No contato dos pinos com a superfície metálica era transmitida uma corrente elétrica, que era registrada e armazenada na memória da máquina. Essa máquina ficou conhecida como Tabulador de Hollerith. + OBSERVAÇÃO Devido ao sucesso obtido por Hollerith com censo, ele fundou a Tabulation Machine Company (TMC) em 1896, posteriormente em 1914, se associou com duas pequenas empresas formando a Computing Tabulation Recording Company que em 1924 se tornou a famosa Internacional Business Machine (IBM). Seguindo a linha do tempo da evolução, em 1930 houve o marco para o início da moderna era do computador com a invenção do Analisador Diferencial de Vanner. Em seguida, em 1936, Allan Turing publicou um artigo sobre números computáveis e Claude Shannon elaborou uma tese para demonstrar a conexão entre os circuitos elétricos, a lógica e a simbólica. Prosseguindo nos avanços, em 1937 George Stibitz desenvolveu o “Somador Binário”. Na segunda guerra mundial em 1939, de acordo com Laignier (2010), foi que surgiram os primeiros computadores, mas não foram com fins comerciais, eram grandes máquinas de cálculos para uso na guerra. A segunda guerra mundial deixou várias tecnologias que foram aprimoradas para atender o mercado industrial. Como exemplo dessas tecnologias, tem de acordo com Messina (2019): Gestão de Sistema da Informação62 Memória RAM e o primeiro sistema Frederic Williams, Tom Kilburn e Geoff Toothill desenvolveram a Small-Scale Experimental Machine, sendo construído para testar a nova tecnologia de memória desenvolvida por Williams e Kilburn, sendo a primeira random access memory ou RAM para computadores. UNIVAC I, o computador industrial O UNIVAC I surgiu devido a necessidade da indústria norte-americana de novas tecnologias para automatizar seus processos, esse computador continha a unidade de fita chamada UNISERVO, sendo o primeiro dispositivo de armazenamento de fita para um computador comercial, essas fitas pesavam cerca de três quilos e cada bobina sua podia conter 1.440.000 dígitos decimais podendo ser ligo a 100 polegadas. Silício Em 1954, a empresa Texas Instruments criou o primeiro transistor utilizando o silício que é um elemento da tabela periódica sendo considerado um semicondutor capaz de transmitir 95% dos comprimentos de ondas das radiações infravermelhas. Foi aí que surgiu a memória virtual, permitindo que um computador utilizasse sua capacidade de armazenamento para alternar rapidamente entre vários programas ou usuários. Programação no ensino militar A IBM produziu o modelo 650 no ano de 1954, seu computador trabalhava a 12.500 rpm, possuindo um cilindro de armazenamento de dados magnéticos que permitia um acesso mais rápido a informações armazenadas. Esse modelo foi utilizado em salas de aula para as primeiras aulas de programação, a linguagem dessa máquina era de paradigma sequencial, em que cada instrução realizada tinha 10 caracteres do tipo “xx Gestão de Sistema de Informação 63 yyyy zzzz”, sendo o “xx” representante do código da operação realizada, “yyyy” o endereço da memória e o “zzzz” o endereço da próxima instrução que seria executada. Armazenamento em disco rígido Devido os computadores utilizarem fitas magnéticas para armazenar as informações, com pequena quantidade de dados já eram gerados grandes rolos de fita. Devido a esse fato se iniciou a era do armazenamento em disco magnético com o computador RAMAC 305, que foi desenvolvido pela IBM em 1956. Esse computador possuía uma unidade de disco composta por 50 pratos de metal revestidos magneticamente sendo capaz de armazenar 5 milhões de caracteres de dados ou 5 Megabytes. FORTRAN, a linguagem científica Em 1957, a equipe da IBM desenvolveu o FORTRAN, sendo uma língua de computação científica que usa declarações em inglês. Depois de alguns anos, o FORTRAN tornou-se a linguagem mais utilizada até os dias atuais, suas primeiras versões utilizava a programação imperativa e em sua versão 2003 houve o implemento do paradigma de orientação a objetivos. Nos anos de 50 e 70 do século XX, surgiram dispositivos tecnológicos pequenos, permitindo que o computador saísse do ambiente laboratorial, se tornando assim, de forma gradual, objeto de consumo e uso pessoal, como exemplo de equipamento dessa época podemos citar os chips, transistores, microprocessadores. Os transistores, de acordo com Laignier (2010) foi criado nos anos 40, e o maior avanço da miniaturização aconteceu em 1971, onde a empresa norte-americana Intel fabricou o primeiro microprocessador comercial. Foi a partir daí que a automação das atividades industriais se tornou uma realidade. Os microprocessadores foram desenvolvidos novas linguagens de programação, de acordo com Messina (2019), Niklaus Wirth Gestão de Sistema da Informação64 em 1971 desenvolveu a linguagem Pascal, que trabalhava com o paradigma de programação estruturada e imperativa, após alguns anos foi desenvolvida para a linguagem Object Pascal, estabelecendo um novo paradigma mais confiável. Em 1972, Dennis Ritchie produziu a linguagem C para reescrever o sistema UNIX, servindo de base para diversos sistemas. Posteriormente, em 1972 a empresa Xerox PARCcriou a linguagem orientada a objetos Smalltalk, sendo primeiramente desenvolvida para fins educacionais, mas se tornando uma das linguagens mais influentes para a área de desenvolvimento de software, sendo seu padrão mais conhecido como Model View Controller. É importante fazer uma ressalva que, segundo Briggs e Burke (2004), os primeiros computadores pessoas vendidos comercialmente datam dos anos 60 nos Estados Unidos, onde seus fabricantes previam que o setor da educação seria sua clientela, mas os anos 70 mudou totalmente essa perspectiva. + OBSERVAÇÃO Foi aí que a fase dos computadores começou a crescer, na cidade de Silicon Valley, cidade que ficava perto da universidade de Stanford, na Califórnia, Estados Unidos, de acordo com Laignier (2010) os jovens com conhecimento em eletrônica tinham como atividade acadêmica e contracultura montar seu próprio computador pessoal com os restos das peças industriais. Foi desta forma, que Bill Gates e Paul Allen, em 1975, criaram a Microsoft, com a linguagem de programação Basic que começou a ser utilizada por vários fabricantes, sendo posteriormente utilizado o sistema operacional baseado em Unix, Gestão de Sistema de Informação 65 mas foi considerado o sucesso da empresa na época o sistema MS-DOS. Em 1985, a Microsoft lançou o sistema operacional Microsoft Windows 1.0, sendo avançado no fim de 1987 para o Windows 2.0 e em 1994
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