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II. INSS: Em relação às contribuições previdenciárias. III. Caixa Econômica Federal: é a gestora do FGTS, logo, fiscaliza o recolhimento. Art. 114, VII: as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; E a OAB, é um órgão de fiscalização da profissão e das relações de trabalho da advocacia? Autarquia sui generis, logo, competência da Justiça Comum Federal Súmula 66, STJ: compete à Justiça Federal processar e julgar execução fiscal promovida por Conselho de fiscalização profissional. E se for em face do tomador de serviço em caso de terceirizado? O entendimento que prevalece na jurisprudência, deve ser feita interpretação literal, se o legislador falou EMPREGADOR é só relação de emprego. Logo, é competência é da Justiça Comum Federal (união). E as ações que já tinham sido ajuizadas antes dessa Emenda? Se elas já tinham sentença de mérito elas ficaram onde elas estavam. Se elas não tinham justiça de mérito elas passaram para justiça do trabalho (Súmula 367, STJ). Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II as ações que envolvam exercício do direito de greve; III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. Art. 652 - Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento: a) conciliar e julgar: I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado; II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho; III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice; IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho; V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho; b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência; f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a reclamação também versar sobre outros assuntos. 1.3.2 COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA * A competência em razão da pessoa é determinada pela qualidade partes que litigam em juízo * Exemplo: ação contra União, ação contra sindicato Ente de direito público externo: Art. 114, I, CF: as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Quem são os entes de direito público externo? Estados estrangeiros e organismos internacionais. Essa analise deve ser feita de forma bem cautelosa. Não somos competentes na forma que está no artigo 114, I. Nós não somos competentes a julgar ação trabalhista contra entes de direito público externo de forma discriminada, esse entendimento foi modificado por uma decisão do Supremo. Os estados estrangeiros têm uma repartição dos atos: atos de império e atos de gestão. Quando o estado estrangeiro contrata alguém para trabalhar ele não pratica atos de império e sim atos de gestão, e por isso, ele não tem imunidade de jurisdição quanto à esses atos, por isso, pode ser ajuizada no Brasil. Só tem imunidade de execução, então, deverei fazer essa execução por carta rogatória. A execução poderá ser feita no Brasil se o estado renunciar sua imunidade. Com relação aos organismos internacionais o instituto é diferente. Não interesse se ele realiza atos de império ou gestão. Eles possuem por trás dos seus atos tratados internacionais que lhe dão imunidade ABSOLUTA, tanto de jurisdição quanto de execução. Só poderão ser peticionados ou executados se houver renuncia expressa, e isso é pautado em um entendimento estabelecido na Convenção de Viena de 1961, essa Convenção não foi ratificada no Brasil. OJ 416 SDI-1: As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. Cartório extrajudicial Continuação de competência em razão da pessoa. São os entes de direito público externo e os cartórios extrajudiciais. a) Ente de direito público externo: são dois – 1) os estados estrangeiros e os 2)organismos internacionais. Deve ser feito uma interpretação restritiva do art. 114, I da CF/88, o qual diz que: “Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”. De acordo com a jurisprudência atual do STF e TST, a justiça brasileira é competente para julgar os estados estrangeiros, como regra, e não os organismos internacionais. Em relação aos estados estrangeiros, os seus atos são divididos em atos de império e atos de gestão. Os atos de império possuem imunidade absoluta, ou seja, de jurisdição e execução. Os atos de gestão possuem apenas imunidade de execução, ou seja, podem ser processados pela Justiça do Trabalho brasileira, mas não pode ser executado aqui. Exemplo de brasileiros que são contratados para trabalhar em embaixadas e tem seus direitos violados, podem ingressar com a ação na Justiça do Trabalho brasileira. Manda uma carta rogatória para o outro país, para que seja executado lá. Exceção: Hipóteses em que não irá se aplicar essa imunidade de execução: 1) quando o Estado estrangeiro renunciar essa imunidade de execução. Essa renúncia deve ser expressa; 2) A jurisprudência entende que se o estado tiver bens desafetados aqui no Brasil, estes podem ser penhorados. Ex: A casa de um ex-embaixador que não esta sendo utilizado para a atividade diplomática. Em relação aos organismos internacionais, eles possuem imunidade absoluta: de jurisdição e execução. Esses organismos internacionais nasceram pautados na Convenção de Viena, editada em 1961 e reeditada em 1963. Essa Convenção foi ratificada pelo Brasil. Essa convenção diz que esses organismos internacionais possuem imunidade absoluta. Não diz especificamente que é uma imunidade trabalhista. Diz que é uma imunidade Civil absoluta. Mas, pelo fato de em muitos países não ter a distinção entre Civil e trabalhista, o STF entende também que essa intimidade seaplica ao direito do trabalho. A única exceção: renúncia expressa desse organismo internacional a imunidade de jurisdição e execução. OJ 416, SDI-1, TST - As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. 1Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. § 1º Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal dos notários, dos oficiais de registro e de seus prepostos, e definirá a fiscalização de seus atos pelo Poder Judiciário. § 2º Lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro. § 3º O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de seis meses. Por isso, se for organismo internacional, deve ser observado se existe um tratado internacional que ampara. b) Cartórios extrajudiciais: São os cartórios de títulos e protestos, registros, notas reconhecimento de firma. Esses cartórios são gerenciados, administrados pelos escriturários, que fazem o concurso de notário, e passam a atuar como órgão delegatario do poder público estadual. A relação do notário não é competência da Justiça do Trabalho por ser uma relação jurídico administrativa, que é competência da justiça comum estadual. O único servidor é notário. Todos os demais funcionários contratados para trabalhar no cartório são regidos pela CLT, sendo competência da Justiça do trabalho. São funcionários do cartório, contratados por este que possui CNPJ. Quando o cartório contrata funcionários é uma relação tipicamente privada. Por isso, devem entrar com a ação contra o cartório e não contra o Estado, que não pode ser colado como responsável subsidiário, por ser uma relação tipicamente privado. ASSUNTO EM SEDE REPERCUSSÃO GERAL PARA SABER SE O ESTADO PODE SER RESPONSABILIZADO. Art. 236 da CF/88:Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. §1º Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal dos notários, dos oficiais de registro e de seus prepostos, e definirá a fiscalização de seus atos pelo Poder Judiciário. § 2º Lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro. § 3º O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de seis meses. 3.3 Competência funcional ou hierárquica Relacionada a competência dos órgãos da justiça do trabalho para julgar as causas. Qual é a competência de cada órgão que compõem a justiça do trabalho. Composição judiciaria que temos na justiça do trabalho: em primeiro lugar nos temos as VARAS DO TRABALAHO, segundo os TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO (TRT), e em terceiro o TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO). Essa estrutura organizacional só foi possível após a extinção dos juízes classistas, com a Emenda Constitucional 24/1999. A justiça do trabalho nasceu na esfera administrativa, com as câmaras de conciliação e câmaras mistas de conciliação (já extintas também). Os conciliadores eram pessoas de influência. Depois, com a CF/1946 reconheceu a justiça do trabalho como órgão do poder judiciário, mas ainda aproveitou o modelo administrativo existente: juntas de conciliação de julgamento, TRT e TST. Tínhamos um juiz de direito e dois classistas (vogais), que representam os empregados e os empregadores, isso em todas as esferas. Essa extinção dos classistas se deu com a EC/24. Razões: custos, e também porque os classistas eram indicados por influência, e não precisava ser profissional do direito, e os julgamentos ficaram prejudicados. Passamos então a ter a configuração das VARAS, TRT E TST. Passamos a ter um poder judiciário monocrático. Mas, em vários artigos da CLT ainda se fala em juntas. Não é mais juntas e sim VARA DO TRABALHO. O que vale é a CONSTITUIÇÃO. Art. 111 da CF/1988: Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: I - o Tribunal Superior do Trabalho; II - os Tribunais Regionais do Trabalho; III - Juízes do Trabalho. Esse artigo coloca como órgão da justiça do trabalho o juiz do trabalho, o TRT e o TST. NÃO COLOCA A VARA DO TRABALHO COMO ORGÃO. Em questão objetiva marcar como está na Lei, e em questão subjetiva falar que embora a vara do trabalho não esteja na Lei, ela também faz parte da justiça do trabalho. Com essa mudança, as varas do trabalho passaram a ser ocupadas apenas por um juiz. Art. 113 da fala que a instalação das varas se dá de acordo com sua aprovação do quantitativo em lei federal (cria as varas). Mas é o tribunal que define em qual várias vai ser instalado. A) VARAS DO TRABALHO Competência para julgar as ações trabalhistas do art. 114 da CF/88 as do artigo 652 da CLT. OBS: LER OS ARTIGOS, POIS SÃO GRANDES PARA COLOCAR NA APOSTILA. Questões relacionadas a lesões do contrato de trabalho, começa na vara do trabalho, a sindicados, a servidores públicos celetistas, etc...todos começam na vara do trabalho. Ação típica a reclamação trabalhista. A vara do trabalho é criada por Lei Federal. Composta por um juiz togado e juiz substituto (pode ser um, dois ou nenhum). Isso é de acordo com a organização do judiciário. Juiz togado é o mesmo que o titular ou singular. A competência da Vara Trabalhista abarca o raio 100km da sede, desde que seja interligada. Tem que ter acesso para os que trabalham na região. Competência voltada a competência de cada um dos órgãos da Justiça do Trabalho. A JT é constituída basicamente de 3 órgãos, Vara, TRT, TST. As Varas são criadas por lei federal e os critérios de localização são estabelecidos pelos tribunais. Elas abarcam até 100km da sede, se tiver via trafegável. A JT é intermunicipalizada, pois menos que não esteja em todos os municípios, está nos principais, e aqueles que não tem são abarcadas pelos municípios que possuem. B) TRT’s Temos 24 TRT’S. Alguns deles abarcam mais de um estado, e há estados que possuem dois trts. A região do Maranhão é 16º. Essa ordem de distribuição se da pela ordem de criação. O TRT é composto por no mínimo 7 desembargadores. Tem acesso a esse cargo por promoção por antiguidade ou merecimento (os juízes togados), e também pelo quinto constitucional, por advogados e membros do ministério público com mais de 10 anos de notável saber jurídico. O tribunal possui o pleno, e também é dividido em turmas. Essas turmas depende do quantitativo de desembargadores. No maranhão temos 8 desembargadores e por isso apenas 2 turmas. Os desembargadores são nomeados pelo presidente da república, pela escolha de lista tríplice. Os desembargadores precisam ter no mínimo 30 anos e no máximo 65. Art. 115 da CF/1988: Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidadee merecimento, alternadamente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999) A competência do Tribunal, como regra, é recursal. É pra julgar o recurso oriundo das decisões que atacam a sentença de 1º grau. Então, sentença de 1º grau foi proferida, não concordei com a decisão, quem julga o recurso é o TRT. O nome desse recurso é recurso ordinário (prazo 8 dias úteis). Mas não quer dizer que é uma competência somente recursal, ela também é uma competência originária, quando julga algumas ações como: mandado de segurança, habeas corpus, ação rescisória. Em geral são ações constitucionais, onde há só matéria de direito a ser discutida, não há matéria fática de modo geral. Outra ação que pode apreciar no TRT é a ação de dissídio coletivo, no qual engloba um diâmetro regional, porque se ela for, além disso, aí vai ser competência do TST; Também tem a ação anulatória de clausula, convenção ou acordo coletivo que tem legitimidade exclusiva do Ministério Publico do Trabalho. A competência funcional do TRT ta no art. 678 e art. 679 da CLT. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
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