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Processos Morfológicos

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Língua Portuguesa Vocábulo 
Aula 02: O Vocábulo e seus Constituintes 
Tópico 02: Processos morfológicos
VERSÃO TEXTUAL 
No tópico anterior, vimos que os dois constituintes básicos do vocábulo são a raiz e os 
afixos. Desta tipologia, já podemos inferir o processo morfológico mais comum em português: a 
adição de segmentos fônicos, que se subdivide em prefixação e sufixação.
Além deste processo básico de adição, existem outros, conforme descritos a seguir.
PROCESSO CONCEITUAÇÃO
1. Zero
CONCEITUANDO ZERO 
Trata-se de uma ausência significativa. Na verdade, é um artifício para tornar 
a descrição morfológica mais coerente e sistemática. Pode-se recorrer ao zero 
quando não há marca para um significado linguístico.
EXEMPLIFICANDO ZERO
Quando comparamos menino-s e menino, por exemplo, percebemos que há, 
no primeiro, uma marca para a noção de plural - -s - mas nenhuma marca para a 
noção de singular no segundo. Nesse caso, podemos marcar o singular por zero, 
e representarmos essa ausência de qualquer marca por :
/me’ninu-/ “ideia de menino” + /-S/ “noção de plural” = meninos /me’ninu-/ 
“ideia de menino” + “noção de singular” = menino 
2. Cumulação
CONCEITUANDO CUMULAÇÃO
Trata-se do fato de um mesmo segmento fônico, indivisível, manifestar mais 
de uma noção, mais de um morfema. Todas as desinências verbais do português 
são cumulativas, porque todas expressam sempre dois significados. As 
desinências número-pessoais, como o próprio nome diz, expressam número e 
pessoa, e as modo-temporais expressam modo e tempo. Assim, em cantamos, a 
desinência –mos expressa cumulativamente os significados “1ª pessoa” e 
“plural”. Não podemos precisar que parte significa pessoa e que parte indica 
número, porque a forma é indivisível.
3. Alomorfia
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