Buscar

Modulo 5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MÓDULO 5 - FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS MJSP
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Neste módulo, o profissional do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) conhecerá as soluções tecnológicas oferecidas pelo MJSP bem como conceitos e práticas da coleta, operação e integração de dados em segurança pública.
Pretende-se demonstrar como tais ferramentas podem ajudar na prevenção e redução da violência, propiciando uma atuação policial mais efetiva e segura a partir do uso adequado de dados e ferramentas operacionais. Serão vistos exemplos de uso de tais sistemas e como eles ajudam a reduzir a criminalidade.
É importante recordar que este curso se articula com outros oferecidos pelo MJSP. Assim, eventualmente, outras capacitações da Rede EaD Senasp serão recomendadas.
Antes de iniciar seus estudos, leia o parágrafo a seguir:
Você sabia que o MJSP desenvolve e fornece diversos sistemas para os profissionais do SUSP? E que tais sistemas são oferecidos sem custo às forças policiais?
Assista ao vídeo a seguir...
O uso de sistemas integrados e interoperáveis tem o poder de aumentar muito a eficiência e eficácia da segurança pública no país. O compartilhamento de dados em tempo real, de forma automatizada e confiável, traz mais efetividade para o trabalho policial, bem como propicia um ambiente de trabalho mais seguro para todos.
Reflita sobre o tema abordado acima partindo das seguintes questões:
● Por que estatísticas são importantes para instituições de segurança pública?
● Quais os custos e dificuldades você percebe no cotidiano de sua instituição que dificultam o uso de sistemas informatizados colaborativos?
● Você saberia comparar a situação do feminicídio no DF e no estado de MG?
● Após a reflexão, guarde as respostas para uso ao longo do estudo do módulo.
Por fim, acompanhe a história a seguir que, apesar de verídica, será relatada com nomes fictícios.
A narrativa se passou no Rio de Janeiro, entre os meses de março e junho de 2006 e foi protagonizada por três pessoas que se viram juntas em meio ao acaso da vida.
Entre os personagens que compõem a trama, é preciso conhecer o primeiro vértice deste triângulo, a gentil e carente Maria Morena - mulher balzaquiana, casada há 5 anos com José dos Anzóis com quem dividia pacotes de sal.
A harmonia do casal foi abalada quando Morena foi fisgada pelas frases bonitas e intenções misteriosas de seu novo vizinho, Felício Felino.
A paquera logo avançou para a fase dos encontros, que apesar de discretos, não passaram despercebidos pelos olhares mais atentos e curiosos de alguns moradores. A fofoca cumpriu sua sina e alcançou José, que àquela altura era o último a saber.
O que sabia, no entanto, era que, apesar de viver outros dois romances extraconjugais simultâneos, precisava se vingar e partiu à procura de Felício.
Para azar de ambos, o encontro ocorreu quando José, de tocaia no escuro, qual bicho do mato, enxergou um Felino, desprevenido e despreocupado, num beco que não dispunha de uma parede sequer em que pudesse se esconder.
Anzóis, descontrolado e com a cabeça cheia, não tinha planos para o ato seguinte. Em um curto instante, o marido traído desferiu dois disparos e acertou precisamente o rival, que caiu desfalecido. Já não havia Felício e em breve também não haveria mais José.
E agora, José?
Sem saber para onde fugir, José estava só. Sem mulher e sem carinho, pensou em ir para Minas, mas decidiu começar uma nova vida no Ceará.
Anos se passaram e José acabou, mas não virou um sem nome. Adotou uma outra identidade. Não sem antes conseguir uma certidão de óbito para dar fim a tudo que houve antes.
Na busca pelo criminoso, a polícia do Rio de Janeiro tomou conhecimento da certidão de óbito do foragido, emitida em 2019, no Ceará. O documento tinha a assinatura de um médico e a informação de que ele teria sido sepultado. Apesar disso, tanto o médico, o hospital e os dois cemitérios do município negaram terem registros de uma pessoa com o nome de José dos Anzóis.
Conforme apurado posteriormente, o antigo José se estabeleceu em outra cidade e iniciou uma nova vida com outros documentos e abriu um negócio.
Trabalhando apenas localmente, a polícia do RJ não conseguia avançar nas investigações. No entanto, com a evolução dos sistemas, a polícia obteve êxito ao descobrir que havia conseguido nova identidade.
Uma cooperação entre a Polícia Federal e os bancos nacionais de mandados de prisão encontraram indícios de que nos últimos 10 anos passou a se apresentar como Tristonho dos Santos.
Diante das desconfianças e a partir da confirmação obtida mediante reconhecimento biométrico, José, há uma década Tristonho, recebe uma visita inesperada: _ Toc, Toc, Toc… era a Polícia Federal que batia à porta.
E tudo isso graças à integração de sistemas e bases de dados que permitiram a comparação e correspondência biométrica do passaporte de Tristonho, que há 10 anos escondia José.
OBJETIVOS DO MÓDULO
Apresentar os sistemas oferecidos pelo MJSP para entidades do SUSP, abordando seu potencial de uso e principais funcionalidades. É importante lembrar que alguns destes sistemas são de uso obrigatório por todos os componentes do SUSP, enquanto outros são de uso opcional. Entretanto, caso o ente escolha outros sistemas, deve haver uma interoperabilidade entre todos.
Importante: este curso possui forte relação com o curso de Análise Criminal.
ESTRUTURA DO MÓDULO
Este módulo compreende as seguintes aulas:
Aula 1 – Soluções Tecnológicas – SINESP.
Aula 2 – Adesão às Soluções SINESP.
Aula 3 – Córtex e Outras Soluções.
AULA 1 – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS SINESP
As “Soluções tecnológicas do SINESP” são ferramentas produzidas pelo MJSP, voltadas ao cumprimento da missão do SINESP.
Neste módulo trataremos destas soluções. De forma geral, elas possuem o nome de “SINESP” + “nome da solução específica”. Ou seja, cada solução tecnológica trata, em geral, de apenas um problema em particular da segurança pública.
Figura 20: Soluções tecnológicas fornecidas pelo MJSP
Fonte: Sinesp
Estas soluções são mantidas e hospedadas em ambiente adequado para suportar o volume e a criticidade de tais dados. Além disso, conta com sistemas de segurança e auditoria planejados para o uso da segurança pública, entregando as informações de forma facilitada aos agentes.
Figura 21: Implantações das soluções Sinesp.
Fonte: DGI/Sinesp.
Custos das soluções É importante destacar que tais soluções apresentam custo elevado, tanto para desenvolvimento e manutenção quanto para hospedagem. No entanto, tais custos são suportados pelo governo federal, sem nenhum tipo de cobrança para os entes que se utilizam de tais sistemas.
Saiba mais
IMPORTANTE!
Não confunda “Soluções tecnológicas do Sinesp” com SINESP!
O SINESP, em sua concepção original é um sistema - na sua compreensão mais abrangente - que visa ordenar o conjunto de ações, políticas, recursos e informações relacionadas à segurança pública. Neste módulo abordamos o SINESP para que todos possam compreender o conjunto das ações e, assim, entender melhor o papel de cada um nos processos.
SINESP (Lei 12.681/2012) x Sinesp (Lei 13.675/2018)
O Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp) é um sistema utilizado no Brasil para coletar e fornecer dados e informações, bem como disponibilizar serviços relacionados à segurança pública. Seus primórdios remetem a Lei nº 12.681, de 2012, a qual foi a responsável por instituir o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas - SINESP no âmbito nacional, estabelecendo as diretrizes gerais do sistema e definindo as informações que seriam disponibilizadas aos órgãos de segurança pública e aos cidadãos. No entanto, a Lei 13.675, de 2018, também conhecida como a “Lei do Susp”, revogou a “Lei do SINESP” do Artigo 1º ao 8º, e instituiu o “Sinesp” no seu Artigo 35.
A Lei nº 13.675, de 2018 (Susp), trouxe algumas modificações e aprimoramentos ao instituir o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais,de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp). Essa lei alterou dispositivos da lei anterior e ampliou as possibilidades de consulta e acesso às informações pelo sistema. Além disso, ela estabeleceu a obrigatoriedade de integração entre os órgãos de segurança pública para o compartilhamento de dados e informações.
A Lei do Susp também trouxe a previsão de que o acesso ao Sinesp poderia ser estendido a outros órgãos públicos e entidades privadas, desde que fosse de interesse da segurança pública.
Em resumo, a Lei nº 12.681, de 2012, foi a responsável por instituir o “SINESP”, enquanto a Lei nº 13.675, de 2018 o revogou e instituiu o “Sinesp”, trazendo alterações e ampliações ao sistema, permitindo um acesso mais amplo às informações de segurança pública e estabelecendo a obrigação de integração entre os órgãos de segurança.
1.1 OBJETIVOS DO SINESP
De acordo com o Artigo 36 da Lei do Susp, os objetivos do Sinesp são:
· Realizar a coleta, análise, atualização, sistematização, integração e interpretação de dados e informações relacionados às políticas de segurança pública e defesa social:
Esse objetivo estabelece a importância do Sinesp como um sistema abrangente e centralizado para coletar, analisar e interpretar dados e informações relevantes às políticas de segurança pública e defesa social. O objetivo é fornecer subsídios para o desenvolvimento e aprimoramento dessas políticas, bem como para a formulação de estratégias eficazes de combate à criminalidade e promoção da segurança na sociedade.
Através da coleta e análise desses dados, o Sinesp busca gerar informações atualizadas e sistematizadas que possam ser interpretadas e utilizadas de forma inteligente na tomada de decisões, no planejamento e no acompanhamento das políticas de segurança pública e defesa social. Isso contribui para uma atuação mais eficiente e embasada dos órgãos e instituições responsáveis por essas áreas, visando à proteção da população e à promoção de um ambiente seguro no país.
· Disponibilizar estudos, estatísticas, indicadores e outras informações para auxiliar na formulação, implementação, execução, monitoramento e avaliação de políticas públicas:
Esse objetivo legal destaca a importância do Sinesp como um sistema que visa disponibilizar informações relevantes para a formulação, implementação, execução, monitoramento e avaliação de políticas públicas relacionadas à segurança. O sistema tem a finalidade de fornecer estudos, estatísticas, indicadores e outras informações que possam subsidiar a tomada de decisões e o desenvolvimento de estratégias eficazes na área da segurança pública.
Ao disponibilizar essas informações, o Sinesp contribui para o embasamento das políticas públicas, permitindo que sejam desenvolvidas com base em dados concretos e atualizados. Isso facilita o acompanhamento e a avaliação dos resultados dessas políticas, auxiliando na identificação de medidas bem-sucedidas e na correção de eventuais problemas ou desafios enfrentados.
Em resumo, o objetivo do Sinesp é não apenas coletar e analisar informações, mas também disponibilizá-las de forma acessível para que sejam utilizadas na formulação de políticas públicas mais efetivas e embasadas, contribuindo para a melhoria da segurança e defesa social no país.
· Promover a integração das redes e sistemas de dados e informações de segurança pública e defesa social, criminais, do sistema prisional e sobre drogas:
Este objetivo enfatiza a importância do Sinesp como um sistema que busca a integração das redes e sistemas de dados e informações relacionados à segurança pública, defesa social, questões criminais, sistema prisional e informações sobre drogas.
A integração das redes e sistemas é essencial para garantir o compartilhamento eficiente e seguro de informações entre os diferentes órgãos e entidades responsáveis pela segurança pública. Ao promover essa integração, o Sinesp facilita o acesso e a troca de informações relevantes, proporcionando uma visão mais abrangente e completa das questões relacionadas à segurança, crime, sistema prisional e drogas.
Essa integração também permite uma atuação mais coordenada e sinérgica dos órgãos e instituições envolvidos, facilitando a identificação de padrões, a análise de tendências e o desenvolvimento de estratégias conjuntas para enfrentar os desafios nessas áreas.
Em resumo, o objetivo do Sinesp é promover a integração das redes e sistemas de dados e informações relacionados à segurança pública, defesa social, sistema prisional, questões criminais e drogas, visando aprimorar a cooperação entre os órgãos e a eficácia das ações e políticas de segurança no país.
Figura 22: Soluções por público-alvo
Fonte: Diretoria de Gestão e Integração de Informações (DGI/Senasp) 2023
· Garantir a interoperabilidade dos sistemas de dados e informações, conforme os padrões definidos pelo conselho gestor:
Esse objetivo ressalta a importância de assegurar a interoperabilidade dos sistemas de dados e informações dentro do âmbito do Sinesp. A interoperabilidade refere-se à capacidade dos sistemas e redes de compartilhar e trocar dados de forma eficiente e integrada, independentemente das suas estruturas ou plataformas tecnológicas.
O objetivo é estabelecer padrões e diretrizes definidos pelo conselho gestor do Sinesp para garantir a compatibilidade e a interconexão dos diversos sistemas de dados e informações relacionados à segurança pública, prisional, rastreabilidade de armas e munições, material genético, digitais e drogas.
Essa interoperabilidade é fundamental para viabilizar a troca ágil e precisa de informações entre os diferentes órgãos e instituições envolvidos no âmbito do Sinesp. Ela permite uma visão mais abrangente e integrada dos dados, facilitando a análise, o compartilhamento de conhecimentos, a tomada de decisões e a formulação de políticas públicas mais eficazes no campo da segurança.
Ao garantir a interoperabilidade dos sistemas de dados e informações, o Sinesp busca superar barreiras técnicas e promover a colaboração entre os diversos atores envolvidos na segurança pública, possibilitando uma atuação mais coordenada e eficiente no enfrentamento dos desafios relacionados à segurança e defesa social.
· Produzir dados sobre a qualidade de vida e a saúde dos profissionais de segurança pública e defesa social:
Essa adição à lei enfatiza a importância de monitorar e produzir dados sobre a qualidade de vida e a saúde dos profissionais que atuam na área de segurança pública e defesa social. Reconhece-se que esses profissionais enfrentam desafios específicos e podem estar expostos a riscos e situações que afetam sua saúde e bem-estar.
Produzir dados nessa área permite obter informações relevantes sobre aspectos como condições de trabalho, saúde mental, estresse ocupacional, acidentes de trabalho e demais fatores que impactam a qualidade de vida desses profissionais. Esses dados podem subsidiar a implementação de ações e políticas voltadas para a melhoria das condições de trabalho, a prevenção de doenças e a promoção da saúde e bem-estar dos profissionais de segurança pública.
Ao incluir esse objetivo, o Sinesp amplia seu escopo para além das questões criminais e da segurança em si, reconhecendo a importância de cuidar e acompanhar a saúde dos profissionais que atuam nessa área fundamental para a sociedade.
Essa adição demonstra o compromisso com o bem-estar dos profissionais de segurança pública e defesa social, buscando não apenas garantir a segurança da população, mas também promover condições adequadas de trabalho e cuidado com a saúde dos servidores que desempenham um papel essencial na proteção da sociedade.
· Produzir dados sobre a vitimização dos profissionais de segurança pública e defesa social, inclusive fora do horário de trabalho:
Essa adição à lei ressalta a importância de coletar e produzir dados sobre a vitimização dos profissionais que atuam na área de segurança pública e defesa social. Reconhece-se que esses profissionais podem ser alvo de violência e vitimização,tanto no exercício de suas funções quanto em momentos fora do horário de trabalho.
Produzir dados nessa área permite obter informações relevantes sobre a incidência de violência e vitimização enfrentadas pelos profissionais de segurança pública. Esses dados podem subsidiar a implementação de ações e políticas voltadas para a prevenção da vitimização, o fortalecimento das medidas de proteção e o suporte adequado aos profissionais que sofreram violência.
Essa adição reforça o compromisso com a segurança e bem-estar dos profissionais de segurança pública, reconhecendo os riscos e desafios que eles enfrentam no exercício de suas atividades. Ao produzir dados sobre a vitimização, o Sinesp busca fornecer subsídios para a implementação de medidas efetivas de proteção, aprimoramento das condições de segurança e atendimento adequado aos profissionais que foram vítimas de violência.
Dessa forma, o Sinesp amplia seu escopo para além das estatísticas de criminalidade, contemplando também a realidade da vitimização dos próprios profissionais de segurança pública e defesa social.
· Produzir dados sobre os profissionais de segurança pública e defesa social com deficiência em decorrência de vitimização na atividade:
Essa adição à lei ressalta a importância de coletar e produzir dados sobre os profissionais de segurança pública e defesa social que adquiriram deficiência em decorrência de vitimização durante o exercício de suas atividades. Reconhece-se que esses profissionais podem sofrer lesões ou desenvolver deficiências físicas, mentais ou sensoriais como resultado de eventos violentos ou traumáticos relacionados ao trabalho.
Produzir dados nessa área permite obter informações relevantes sobre a ocorrência de deficiências em decorrência da vitimização dos profissionais de segurança pública. Esses dados podem subsidiar a implementação de ações e políticas voltadas para a prevenção de vitimização, o fortalecimento das medidas de proteção, a reabilitação e o suporte adequado aos profissionais com deficiência.
Reforça o compromisso com a segurança, bem-estar e inclusão dos profissionais de segurança pública que sofreram vitimização e adquiriram deficiência como resultado disso. Ao produzir dados sobre os profissionais com deficiência em decorrência da vitimização, o Sinesp busca fornecer subsídios para a implementação de medidas efetivas de prevenção, proteção e apoio aos profissionais que passaram por essa situação.
Dessa forma, o Sinesp amplia seu escopo para contemplar a realidade das pessoas com deficiência que atuam na segurança pública e defesa social, levando em consideração suas necessidades específicas e promovendo a inclusão e a garantia de direitos desses profissionais.
· Produzir dados sobre os profissionais de segurança pública e defesa social que sejam dependentes químicos em decorrência da atividade:
Destaca a importância de coletar e produzir dados sobre os profissionais de segurança pública e defesa social que desenvolvem dependência química em decorrência das atividades relacionadas ao trabalho. Reconhece-se que esses profissionais podem estar sujeitos a situações de estresse, traumas e pressões que podem levar ao uso abusivo de substâncias químicas.
Produzir dados nessa área permite obter informações relevantes sobre a ocorrência de dependência química entre os profissionais de segurança pública. Esses dados podem subsidiar a implementação de ações e políticas voltadas para a prevenção do uso abusivo de substâncias, a promoção da saúde mental, o tratamento e o suporte adequado aos profissionais que desenvolveram dependência química.
Demonstra o reconhecimento dos riscos específicos que os profissionais de segurança pública enfrentam em relação à dependência química e ressalta a importância de oferecer suporte adequado a esses profissionais. Ao produzir dados sobre os profissionais dependentes químicos em decorrência da atividade, o Sinesp busca fornecer subsídios para a implementação de medidas de prevenção, tratamento e acompanhamento para aqueles que necessitam de apoio nesse sentido. Dessa forma, o Sinesp amplia seu escopo para além das questões de segurança e criminalidade, contemplando também a saúde mental e a dependência química dos profissionais que atuam na segurança pública e defesa social. Essa inclusão visa garantir o bem-estar e o cuidado com a saúde dos profissionais, oferecendo as medidas adequadas para lidar com a dependência química que possa surgir em decorrência da atividade.
· Produzir dados sobre transtornos mentais e comportamento suicida dos profissionais de segurança pública e defesa social:
Essa adição à lei ressalta a importância de coletar e produzir dados sobre os transtornos mentais e o comportamento suicida dos profissionais de segurança pública e defesa social. Reconhece-se que esses profissionais podem estar sujeitos a altos níveis de estresse, traumas e desafios emocionais decorrentes do trabalho, o que pode levar ao desenvolvimento de transtornos mentais e ao risco de comportamento suicida.
Produzir dados nessa área permite obter informações relevantes sobre a prevalência e as características dos transtornos mentais, bem como sobre o comportamento suicida entre os profissionais de segurança pública. Esses dados podem subsidiar a implementação de medidas e políticas de prevenção, promoção da saúde mental, suporte psicológico e intervenção adequada para aqueles que estejam enfrentando essas situações.
Esse objetivo reflete a preocupação em garantir o bem-estar e a saúde mental dos profissionais de segurança pública e defesa social. Ao produzir dados sobre transtornos mentais e comportamento suicida, o Sinesp busca fornecer subsídios para a implementação de ações de prevenção, detecção precoce, tratamento e suporte psicossocial, a fim de melhorar a qualidade de vida e reduzir os riscos enfrentados por esses profissionais.
Dessa forma, o Sinesp amplia seu escopo para incluir a saúde mental dos profissionais que atuam na segurança pública e defesa social, reconhecendo os desafios específicos que eles enfrentam em relação a transtornos mentais e comportamento suicida. A coleta de dados nessa área possibilita uma compreensão mais abrangente das necessidades desses profissionais e contribui para a implementação de políticas e práticas que visam à promoção da saúde mental e à prevenção do suicídio. Além dos objetivos do Sinesp definidos na Lei do Susp, ao analisar todo o conteúdo do marco legal depreende-se a amplitude de ação do Sinesp, que engloba desde coleta e tratamento de dados para auxiliar na formulação e avaliação das políticas de segurança pública, até mesmo a integração das informações de segurança pública de forma operacional.
Figura 23: Soluções Sinesp
Fonte: DGI/Sinesp.
1.2 FINALIDADES DO SINESP
A Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018, estabelece a criação do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp). O artigo 35 da referida lei institui o Sinesp com o objetivo principal de armazenar, tratar e integrar dados e informações que auxiliem na formulação, implementação, execução, acompanhamento e avaliação de políticas relacionadas às seguintes áreas:
I. Segurança pública e defesa social;
II. Sistema prisional e execução penal;
III. Rastreabilidade de armas e munições;
IV. Banco de dados de perfil genético e digitais; e
V. Enfrentamento do tráfico de drogas ilícitas.
A partir dessa disposição legal, o Sinesp é reconhecido como um instrumento essencial para o compartilhamento e a gestão de informações relevantes nessas áreas. O sistema visa integrar dados de diversas fontes, permitindo uma visão abrangente e estruturada das questões relacionadas à segurança pública, sistema prisional, rastreabilidade de armas e munições, perfil genético e digitais, bem como o combate ao tráfico de drogas.
Ao armazenar, tratar e integrar essas informações, o Sinesp busca oferecer subsídios para a tomada de decisões, o desenvolvimento de políticas públicas maiseficazes e a avaliação do impacto das ações implementadas. Além disso, o sistema contribui para a coordenação entre os órgãos responsáveis pela segurança pública e justiça criminal, promovendo uma atuação mais eficiente e integrada no enfrentamento dos desafios nessas áreas.
Passaremos a discorrer sobre alguns destes dispositivos:
1.3 INTEGRAÇÃO E ATUAÇÃO OPERACIONAL DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA
A atuação operacional recebe destaque no Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, sobretudo quanto a eficiência e integração na prestação dos serviços.
O Art. 4º estabelece como princípio do PNSPDS a eficiência na prevenção, controle, e repressão das infrações penais (Inc IV, V e VI), bem como em emergências e desastre, além de preconizar a otimização de recursos (Inc. XIII).
Já o Art. 5º estabelece como Diretriz do PNSPDS o Atendimento Imediato ao Cidadão (Inc. I), a atuação integrada nas ações de segurança pública, através da coordenação, cooperação e colaboração dos órgãos e racionalização dos meios (Inc IV e V), além da Unidade de Registro Policial (Inc. XXII) e uso do Sistema Integrado de Informações (Inc. XXIII).
O Artigo 6º, por sua vez, define como objetivos do plano o fomento à Integração Estratégica e Operacional (Inc I) e a Padronização de Tecnologia dos órgãos de segurança pública (inc. III).
Neste mesmo diapasão, o Art. 10 estabelece como meio para a integração e coordenação dos órgãos as operações integradas (Inc. I) e o compartilhamento e a integração das informações de segurança pública (Inc. IV e V cominado com § 4º).
Por fim, cabe destacar que a PNSPDS, Artigo 14, inciso I, estabelece como responsabilidade do Ministério da Justiça e Segurança Pública disponibilizar sistema padronizado, informatizado e seguro que permita o intercâmbio de informações entre os integrantes do Susp.
Para permitir esta importante integração operacional, ao longo dos anos muitos Estados investiram em Centros Integrados de Operações, mantendo em um mesmo espaço físico agentes, gestores e despachantes de diversas agências. Entretanto, nem sempre está integração física é possível, seja por questões administrativas ou de recursos.
Desta forma, o que o PNSPDS busca é uma integração sistematizada por meios eletrônicos, disponibilizada pelo Sinesp, que seja interoperável, eficiente e transparente, permitindo aos órgãos integrados compartilhar informações relevantes que ocorrem em tempo real em suas circunscrições e arredores e solicitar os respectivos auxílios quando for necessário.
Além da integração operacional, o sistema deve permitir um atendimento imediato ao cidadão.
1.4 AFERIÇÃO DAS ATIVIDADES DE POLÍCIA OSTENSIVA E PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA
A lei estabelece que o Ministério da Justiça e Segurança Pública deve aferir as atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública por meio de parâmetros do Sinesp:
Art. 12. A aferição anual de metas deverá observar os seguintes parâmetros:
III - as atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública serão aferidas, entre outros fatores, pela maior ou menor incidência de infrações penais e administrativas em determinada área, seguindo os parâmetros do Sinesp;
Neste sentido, é necessário considerar a dualidade organizacional existente no Brasil, que separa as atividades de polícia judiciária das atividades de polícia ostensiva. Esta separação é refletida no registro dos eventos atinentes à segurança pública, tendo em vista que nem todas as ocorrências registradas pela polícia ostensiva são efetivamente registradas como boletim de ocorrência na polícia judiciária.
Além disso, embora ainda não definidos pelo Sinesp, entre os outros parâmetros previstos no Art. 12, Inciso III, é inegável a importância de aferir as atividades preventivas da polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, como abordagens, patrulhamentos, averiguações, entre outras.
Desta forma, os parâmetros para definir a atividade de polícia ostensiva certamente devem ser balizados a partir dos dados dos atendimentos emergenciais realizados e registrados pela polícia ostensiva em suas centrais de operações.
1.5 SEGURANÇA PÚBLICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS E O PLANEJAMENTO OPERACIONAL
Dentre os objetivos do Sinesp estabelecidos pela PNSPDS, o inciso II do artigo 36 prevê a disponibilização de estatísticas e indicadores para formulação e execução de políticas públicas. Além disso, o inciso XX do artigo 5º estabelece como diretriz a distribuição de efetivos através de critérios técnicos.
Em outras palavras, os dispositivos legais preveem que seja realizado o planejamento operacional dos órgãos de segurança pública através da análise criminal com base no maior número possível de informações disponíveis, buscando descobrir tendências espaciais e temporais nos dados de criminalidade, para empregar os recursos disponíveis de forma eficiente para prevenção da ação delituosa.
Disto tudo se depreende que o Sinesp, além de realizar a coleta e tratamento dos dados do policiamento ostensivo, deve permitir, através da análise de dados diversos, a recomendação do policiamento inteligente orientado para a resolução do problema, através do emprego adequado dos recursos, formando um verdadeiro ciclo completo de informações. Ou seja, através de um Agente Policial os dados são coletados, e a própria solução devolve a informação através de propostas de ações de policiamento, como áreas a serem patrulhadas com o efetivo disponível.
1.6 ADOÇÃO DE PADRÕES DE INTEGRIDADE, DISPONIBILIDADE, CONFIDENCIALIDADE, CONFIABILIDADE E TEMPESTIVIDADE DOS SISTEMAS INFORMATIZADOS DO GOVERNO FEDERAL
O parágrafo único do Artigo 36 da Lei do Susp estabelece que o Sinesp deve adotar os padrões de integridade, disponibilidade, confidencialidade, confiabilidade e tempestividade dos sistemas informatizados do governo federal.
Essa disposição ressalta a importância de garantir a segurança e a eficácia dos sistemas de informação utilizados pelo Sinesp. Os padrões mencionados, como integridade, disponibilidade, confidencialidade, confiabilidade e tempestividade, são critérios fundamentais para assegurar a qualidade e a robustez dos sistemas de informação governamentais. 
A adoção desses padrões implica em assegurar que os dados e as informações armazenadas e processadas pelo Sinesp sejam:
I. precisos, completos e não sofram alterações indevidas (integridade), estejam acessíveis quando necessários (disponibilidade);
II. sejam protegidos contra acessos não autorizados (confidencialidade);
III. sejam consistentes e confiáveis (confiabilidade); e
IV. estejam disponíveis de forma oportuna para atender às necessidades dos usuários (tempestividade).
Esses padrões são cruciais para garantir a confiabilidade e a segurança das informações no âmbito do Sinesp, especialmente quando se trata de dados sensíveis e estratégicos relacionados à segurança pública, prisional, rastreabilidade de armas, material genético, digitais e drogas.
Ao adotar esses padrões, o Sinesp demonstra o compromisso em cumprir requisitos de segurança e confiabilidade exigidos pelo governo federal, contribuindo para a proteção dos dados e das informações e para a efetividade das políticas e ações relacionadas à segurança pública.
Portanto, o parágrafo único do Artigo 36 da Lei do Susp enfatiza a importância de assegurar a adoção dos padrões adequados de segurança e confiabilidade nos sistemas de informação do Sinesp, a fim de garantir a qualidade e a proteção das informações e dados utilizados no âmbito desse sistema.
1.7 INTEGRANTES DO SINESP
O Artigo 37 da Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018, estabelece que todos os entes federados devem integrar o Sinesp por meio de órgãos criados ou designados para esse propósito.
Essa disposição destaca a necessidade de participação de todos os entes federados - União, estados, Distrito Federal e municípios - no Sinesp. Para isso, é esperado que cada ente federado estabeleça órgãos específicos que serão responsáveis por integrar e contribuir com o sistema.
A integração de todos os entesfederados no Sinesp é fundamental para promover a cooperação, a troca de informações e o compartilhamento de dados entre as diversas esferas governamentais. Isso permite uma visão mais abrangente e integrada da segurança pública, contribuindo para o desenvolvimento de políticas mais eficazes, a coordenação de ações conjuntas e a otimização dos recursos disponíveis.
Ao estabelecer essa integração, a lei busca fortalecer a articulação e a cooperação entre os diferentes níveis de governo no que diz respeito à segurança pública, prisional, rastreabilidade de armas, material genético, digitais e drogas. Essa colaboração é essencial para enfrentar os desafios e as demandas relacionados à segurança, bem como para promover a eficiência e a eficácia das políticas e ações nessa área.
O Artigo 37 da Lei do Susp estabelece a obrigatoriedade de participação de todos os entes federados no Sinesp, por meio de órgãos específicos, com o objetivo de promover a integração e a cooperação na área de segurança pública. Essa medida busca potencializar a efetividade das ações e o compartilhamento de informações entre os diferentes níveis de governo, visando a um sistema mais abrangente e eficiente.
Dessa forma, o organograma do Sinesp, segundo o Art. 37 da Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018, está disposto da seguinte maneira:
· Nível Federal:
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP):
Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp)
Departamento de Polícia Federal (DPF)
Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF)
Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen)
Outros órgãos federais relacionados à segurança pública e controle de drogas.
· Nível Estadual:
Secretaria de Segurança Pública Estadual:
Polícia Civil
Polícia Militar
Corpo de Bombeiros Militar
Departamento de Trânsito Estadual (Detran)
Órgão de Administração Penitenciária Estadual
Outros órgãos estaduais relacionados à segurança pública e controle de drogas.
· Nível Municipal:
Secretaria de Segurança Pública Municipal:
Guarda Municipal
Secretaria de Trânsito Municipal
Órgão de Administração Penitenciária Municipal
Outros órgãos municipais relacionados à segurança pública e controle de drogas.
É importante destacar que os integrantes do Sinesp, previstos no Art. 37 da Lei do Susp, não se confundem com os integrantes do Susp, dispostos no Art. 9º do mesmo dispositivo.
Portanto, embora tanto o Sinesp quanto o Susp estejam relacionados à segurança pública, eles possuem características distintas em termos de seus integrantes. O Sinesp é composto por representantes específicos de determinadas entidades, conforme mencionado no Art. 37, enquanto o Susp abrange um conjunto mais amplo de órgãos e entidades envolvidos na segurança pública, conforme estabelecido no Art. 9º. É fundamental compreender essa diferença para uma correta interpretação e aplicação das disposições legais relacionadas à segurança pública no Brasil.
A Lei nº 13.675/2018, de 11 de junho de 2018, que “Disciplina a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, nos termos do § 7º do art. 144 da Constituição Federal; cria a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS); institui o Sistema Único de Segurança Pública (Susp); altera a Lei Complementar nº 79, de 7 de janeiro de 1994, a Lei nº 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, e a Lei nº 11.530, de 24 de outubro de 2007; e revoga dispositivos da Lei nº 12.681, de 4 de julho de 2012.”
O ponto importante desta lei, para o tema que estamos estudando, é a criação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Esta lei reafirma que a segurança pública é dever do Estado e responsabilidade de todos, compreendendo a União, os Estados, o Distrito Federal e os Munícipios. Esta lei induz tais entes realizar integração e coordenação de esforços em prol da segurança pública.
Um aspecto muito importante desta coordenação nacional é a integração e interoperabilidade das informações e sistemas.
Por outro lado, produzir sistemas informatizados é custoso para o estado por vários motivos:
I. existe um custo de concepção;
II. existe um custo de criação;
III. existe um custo de manutenção;
IV. existe um custo de hospedagem e ambiente; e
V. existe um custo operacional de contratação e segurança.
Assim, em função dos ganhos de escala no desenvolvimento de sistemas de alcance nacional e em função da necessidade de padrões de bancos de dados, o MJSP passou a investir na criação de tais soluções.
Vamos conhecer cada uma das ferramentas disponíveis para os agentes e para as instituições?
Ademais, na Aula 2, verificaremos como ocorre a adesão para utilização nos estados e municípios.
1.8 SINESP SEGURANÇA
O sistema Sinesp Segurança é uma solução abrangente voltada para prover serviços essenciais relacionados à autenticação, autorização e gestão de usuários, perfis e papéis, máquinas e Estruturas Organizacionais – EO para todas as aplicações do Sinesp e ferramentas integradas dos órgãos parceiros, com o objetivo de fornecer informações cruciais no contexto da segurança pública nas esferas administrativas federal, estadual e municipal.
Por se tratar de um sistema de autenticação e autorização de usuários focado na segurança da informação desempenha um papel fundamental na proteção dos dados e sistemas do Sinesp e de qualquer organização, garantindo a integridade, confidencialidade e disponibilidade das informações.
O serviço de autenticação forte assegura que apenas usuários autorizados tenham acesso aos dados sensíveis da organização. Isso impede que informações pessoais e profissionais dos usuários, assim como àquelas fornecidas por sistemas como o Sinesp Infoseg caiam nas mãos erradas.
Já o serviço de autorização controla o que os usuários podem fazer após a autenticação. Isso evita que indivíduos não autorizados executem ações indevidas nos sistemas ou aplicativos integrados.
Juntos os dois serviços dificultam o sucesso de ataques cibernéticos, como invasões por força bruta e tentativas de phishing, garantindo resiliência para os sistemas, mitigando riscos internos e externos, garantindo que os servidores acessem apenas os recursos necessários para as suas funções, evitando congestionamentos da infraestrutura e mantendo a disponibilidade de sistemas críticos, sendo, portanto, a primeira linha de defesa na segurança da informação do Sinesp, garantindo a conformidade com regulamentações de segurança de dados do Governo Federal.
Além de prover serviços como assinatura eletrônica e autenticação documental para todas as aplicações de segurança pública que forem integradas, o Sinesp Segurança possibilita realizar a integração de qualquer sistema dos órgãos de segurança pública permitindo o Single Sign-On (SSO), simplificando o gerenciamento de autenticação e melhorando a experiência dos usuários. O SSO é uma funcionalidade que permite que os usuários acessem múltiplos sistemas ou aplicativos com apenas uma única autenticação, simplificando a gestão de identidades, economizando tempo e esforço que seriam gastos em logins repetidos, e proporcionando benefícios significativos em termos de segurança, produtividade e eficiência para as organizações.
Por se tratar de uma aplicação que dispõe de uma base de dados biográficas e biométricas dos servidores das diversas instituições do Sistema Único de Segurança Pública, essa ferramenta pode ser utilizada em apoio no fornecimento e gerenciamento dessas informações para vários projetos e programas da Política de Segurança Pública como o Sistema de Gestão de Identidades Funcionais e o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – Pronasci.
1.8.1 Funcionalidades Chave do Sinesp Segurança
Autenticação e Autorização:
O Sinesp Segurança oferece mecanismos seguros para autenticação de usuários, garantindo que apenas pessoas autorizadas tenham acesso às informações sensíveis. Isso é essencial para proteger dados críticos e garantir a integridade das operações realizadas nos sistemas de segurança pública providos pelo Sinesp.
Gestão de Usuários, Perfis e Papeis:A plataforma permite a administração eficiente de usuários, perfis e papéis, garantindo que cada membro da equipe de segurança tenha o nível apropriado de acesso e responsabilidades.
Máquinas e Estruturas Organizacionais:
O Sinesp Segurança gerencia não apenas os usuários humanos, mas também máquinas e estruturas organizacionais (organograma das instituições), facilitando a coordenação de recursos e informações em grande escala.
Assinatura Eletrônica e Autenticação Documental:
A capacidade de assinatura eletrônica e autenticação de documentos é crucial para garantir a validade e autenticidade de registros e documentos utilizados nos sistemas do Sinesp ou integrados.
Acesso a Aplicações da Plataforma Sinesp:
O sistema oferece acesso a uma variedade de aplicações e serviços que apoiam as atividades de segurança pública, tornando-o uma ferramenta central para os profissionais dessa área.
Integração de Sistemas:
O Sinesp Segurança é projetado para se integrar perfeitamente com sistemas de órgãos de segurança pública em diferentes níveis administrativos, promovendo uma comunicação eficaz e compartilhamento de informações críticas.
Single Sign-On (SSO):
Trata-se de uma tecnologia que permite aos usuários fazerem login uma única vez em um sistema central, a partir desse ponto acessar diversos outros sistemas e aplicativos sem a necessidade de autenticação repetida.
Painel de acompanhamento:
O Sinesp Segurança disponibiliza aos gestores painéis com informações sobre as atividades dos sistemas integrados, possibilitando uma gestão eficiente dos usuários e recursos dos sistemas.
1.9 SINESP CAD (CENTRAL DE ATENDIMENTO E DESPACHO)
O Sinesp CAD – Central de Atendimento e Despacho – é uma das soluções do Sinesp, gerenciada pela Diretoria de Gestão e Integração das Informações (DGI) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
A solução dá suporte aos serviços públicos emergenciais, permitindo a integração do atendimento de instituições de segurança pública (Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Rodoviária Federal, Guardas Municipais etc.), otimizando a gestão de recursos e diminuindo o tempo resposta, além da melhoria no planejamento operacional.
O sistema fornece aos profissionais de segurança pública uma solução de tecnologia da informação que permite o atendimento às ocorrências solicitadas a partir de números tri dígitos emergenciais (190, 191, 192, etc) ou de outros canais de acionamento de atendimento ao cidadão, abarcando os processos de atendimento, despacho e fechamento dos atendimentos, além da integração entre as agências de segurança pública em âmbito nacional, estadual e municipal, promovendo uma gestão mais eficaz dos recursos humanos e operacionais disponíveis.
Figura 24: Sinesp CAD
Fonte: DGI/Senasp.
1.9.1 Funcionalidades Chave do Sinesp Segurança
Otimizar sistematicamente, por meios eletrônicos, todos os passos do fluxo de atendimento emergencial, desde o chamado do solicitante até o atendimento da demanda em campo, buscando a redução do tempo de resposta;
Integrar os serviços de notificação de uma demanda emergencial de segurança pública, seja através dos tri dígitos nas centrais telefônicas (190, 191, 193, 181, etc.), ou por meio de aplicativo mobile voltado ao cidadão com esta finalidade, ou ainda através de dispositivos automatizados de notificação, como centrais de alarme de incêndio, câmeras de reconhecimento de placa veicular e facial, sistemas de alerta de redes sociais e montadoras de automóveis etc;
Padronizar o atendimento ao cidadão nas Centrais de Atendimento e Despacho, definindo através de protocolos os critérios de prioridade e de agências a serem envolvidas conforme árvore de perguntas e respostas para cada tipo de natureza;
Gerenciar, em nível local regional e nacional, a força de trabalho da segurança pública, permitindo o empenho dos recursos mais eficazes para cada demanda solicitada;
Integrar, por meio eletrônico, órgãos e agências envolvidos nas emergências de segurança pública, mesmo que não estejam vinculadas à mesma Central de Atendimento e Despacho, permitindo o compartilhamento de informações e solicitações de apoio via sistema;
Simplificar, padronizar e desburocratizar o atendimento de ocorrências policiais, descentralizando, sempre que possível, o atendimento de forma a torná-lo menos formal, mais célere, econômico e eficiente, priorizando a resolução no local do fato;
Registrar o atendimento através de banco de dados unificado e integrado, permitindo o envio de documentos e métodos para os órgãos envolvidos no fluxo da persecução penal de maneira interoperável;
Disponibilizar dados mensuráveis para aferir a qualidade de cada etapa do fluxo do atendimento emergencial, desde o chamado pelo solicitante, passando pelo registro único da ocorrência e consultando de forma interoperável os procedimentos decorrentes da intervenção do estado na emergência;
Propor emprego de recursos eficiente para prevenção criminal, através de planejamento operacional baseado em análise preditiva automatizada.
 
1.10 SINESP PPE (PROCEDIMENTOS POLICIAIS ELETRÔNICOS)
O ordenamento jurídico brasileiro fundamenta os procedimentos policiais na legislação vigente, notadamente no Código de Processo Penal (CPP), que estabelece as diretrizes para a atuação da polícia na investigação e esclarecimento de crimes. O Artigo 6º do CPP atribui à autoridade policial o dever de apurar a materialidade e autoria das infrações penais.
No contexto da confecção de boletins de ocorrência, instrumento essencial para comunicar à autoridade policial a ocorrência de fatos relevantes, o CPP prevê a competência da polícia judiciária para sua elaboração, conforme expresso no Artigo 167. Esses boletins são cruciais não apenas para iniciar a ação penal pública, mas também para documentar diversas situações como crimes, acidentes e perdas de documentos.
Figura 25: Sinesp PPE
Fonte: DGI/Senasp.
O Sinesp PPE é uma das soluções de entrada e produção de dados (registro de ocorrências e demais procedimentos eletrônicos) para o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública – Sinesp, seu desenvolvimento, manutenção e evoluções são totalmente custeados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e desenvolvidos pela empresa Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO.
Essa solução tecnológica desempenha um papel fundamental ao criar boletins de ocorrência e procedimentos eletrônicos de maneira simples e intuitiva. O Sinesp PPE utiliza recursos digitais para agilizar e facilitar a elaboração de boletins e procedimentos, proporcionando maior celeridade no registro de ocorrências seja pela sua interface amigável ao usuário quanto pela sua integração com diversas bases de dados.
Ao integrar o Sinesp PPE aos processos eletrônicos de sua instituição, os usuários poderão se beneficiar de uma plataforma moderna que não apenas otimiza o tempo dedicado à elaboração de boletins de ocorrência, mas também contribui para a eficácia das investigações ao consolidar dados de maneira organizada e acessível.
Além do registro de boletins o sistema abrange uma vasta gama de procedimentos eletrônicos tais como: Termos Circunstanciados de Ocorrência, Boletins de Ocorrência Circunstanciados, Inquéritos Policiais, Autos de Prisão em Flagrante, Auto de Investigação Administrativa Interna e Auto de Apreensão em Flagrante de Adolescente Infrator.
A utilização das soluções Sinesp pelas forças da polícia civil, polícia militar, corpo de bombeiros militar, guarda municipais e demais integrantes do Sistema Único de Segurança Pública – Susp, em especial do Sinesp PPE possibilita a padronização de uma metodologia de registro a nível nacional, por meio de parametrizações de tabelas corporativas, tabelas de naturezas de fatos típicos e atípicos permitindo a obtenção de um dado de altíssima qualidade.
A diversidade e ampla gama de cobertura de atuação das forças de segurança evidenciam o impacto positivo do Sinesp PPE na coleta, tratamento e integração de dados nacionais para o aprimoramentodas políticas de prevenção da violência e combate à criminalidade, proporcionando uma abordagem mais eficaz no enfrentamento dos desafios relacionados à segurança pública.
1.11 SINESP DEVIR (DELEGACIA VIRTUAL)
O Código de Processo Penal (CPP) estabelece as diretrizes para a atuação da polícia na investigação e esclarecimento de crimes. O Artigo 6º do CPP atribui à autoridade policial o dever de apurar a materialidade e autoria das infrações penais, sendo o boletim de ocorrência o instrumento adequado para comunicação de infrações penais à autoridade policial.
Figura 26: Sinesp DEVIR
Fonte: DGI/Sinesp
A Delegacia Virtual - DEVIR do Ministério da Justiça e Segurança Pública, é uma das soluções SINESP que foi desenvolvida com o objetivo de facilitar a comunicação entre o cidadão e a autoridade policial, permitindo a confecção de boletins de ocorrência por meio da internet.
Figura 27: tela inicial da Delegacia Virtual.
Fonte: DGI/Sinesp.
Os boletins de ocorrência são registros que não só desempenham um papel fundamental no início da ação penal, mas também na documentação de uma variedade de situações, incluindo crimes, acidentes e extravios de documentos.
Com um layout simples, moderno, intuitivo e interface responsiva, permite que qualquer cidadão, registre a comunicação de um crime ou fato que necessite atendimento policial, bastando o acesso à rede mundial de computadores, seja através de um computador ou mesmo por dispositivo móvel (smartphones, tablets etc.).
A Delegacia Virtual - DEVIR é nativamente integrada com as soluções Sinesp, em especial ao sistema Procedimentos Policiais Eletrônicos - PPE, ferramenta de registro de Boletins de Ocorrência e Procedimentos Policiais, contudo, desde sua concepção inicial, pretendeu-se desenvolver uma solução que permitisse a sua integração com quaisquer sistemas de registro de boletim de ocorrência da Polícia Judiciária, de forma que sua utilização não esteja restrita apenas ao uso do Sinesp PPE.
Figura 28: tela de comunicação de ocorrência na DEVIR.
Fonte: DGI/Sinesp.
O sistema encontra-se em condições para utilização imediata nos estados que aderiram ao uso do Sinesp PPE, bem como aos demais entes federados que utilizam sistema próprio para registro de boletim de ocorrência e/ou procedimentos eletrônicos, neste último caso, sendo necessário a execução de ações voltadas para integração entre estes sistemas e a Delegacia Virtual - DEVIR.
O sistema é composto por dois módulos, sendo o primeiro o próprio Portal de acesso público através da url: https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/portal/, onde serão registradas as comunicações de fato e, o segundo, módulo de validação, responsável pela recepção das comunicações geradas a partir do Portal, com acesso restrito a servidores previamente cadastrados e habilitados para função de avaliação das comunicações.
Além de estar plenamente em acordo com a legislação em vigor, oferece uma estratégia mais efetiva na abordagem dos obstáculos ligados à segurança pública. Seu desenvolvimento, manutenção e evoluções são totalmente custeados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e desenvolvidos pela empresa Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO.
1.12 SINESP INFOSEG
O Sinesp Infoseg é uma plataforma que integra diversas bases de dados relacionadas à segurança pública no Brasil. Esse sistema permite o acesso a informações relevantes para profissionais da área de segurança, justiça, fiscalização e órgãos de controle.
Figura 29: Sinesp Infoseg
Fonte: DGI/Sinesp.
O Infoseg do MJSP disponibiliza dados em diferentes categorias, incluindo:
Pessoas: Fornece informações sobre pessoas, como Interpol, índice Nacional, Receita Federal CPF e CNPJ, condutores registrados no BNMP (Cadastro Nacional de Monitoramento de Prisões), SUS (Sistema Único de Saúde), MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), e SISME (Sistema de Informações do Mercosul).
Veículos: Oferece informações sobre veículos como SINIVEM (Sistema Nacional de Informações de Veículos), SISME (Sistema de Informações do Mercosul) e outros dados relacionados a veículos.
Armas: busca no Sinarm.
O Infoseg é uma ferramenta importante para auxiliar as atividades de polícia ostensiva, preservação da ordem pública e investigação criminal, permitindo o acesso a informações cruciais para as autoridades de segurança pública.
É importante observar que o acesso ao Infoseg é restrito aos profissionais de segurança pública e demais órgãos autorizados, visando garantir a confidencialidade e a segurança das informações disponíveis no sistema.
O Sinesp INFOSEG ou Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas, desempenha um papel crucial no cenário da segurança pública brasileira. Essa plataforma, mantida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, representa um avanço significativo na gestão de informações relacionadas à segurança, sistema prisional e controle de drogas no país. Aqui, vamos explorar mais profundamente como o Sinesp INFOSEG funciona e seu impacto na comunidade de segurança pública.
1.12.1 Missão do Sinesp INFOSEG
A missão do Sinesp INFOSEG vai além de ser apenas um banco de dados; ele atua como uma ponte vital entre diversas entidades, como polícias, instituições judiciárias, Ministério Público e outras. Sua missão central é integrar e disponibilizar informações relevantes para melhorar a gestão e a eficácia das atividades relacionadas à segurança e justiça no Brasil. Isso resulta em um compartilhamento de informações estratégicas que ajuda a fortalecer as operações de segurança pública em todo o país.
Saiba mais
Auxílio na Luta Contra o Crime:
Uma das principais funções do Sinesp INFOSEG é auxiliar na investigação e combate ao crime. Com acesso a um amplo conjunto de informações, as autoridades podem traçar conexões entre suspeitos, veículos e armas, o que torna a resolução de casos mais eficaz. Além disso, o sistema contribui para a formulação de políticas públicas de segurança e fornece dados para a produção de estatísticas e análises sobre a criminalidade e a segurança pública no país.
Um destaque notável é a integração de Boletins de Ocorrência (BOs) de todos os estados, o que amplia a capacidade das autoridades de acessar informações cruciais para suas investigações.
1.12.2 Funcionalidades do Sinesp Infoseg
O Sinesp Infoseg é uma plataforma ágil e eficaz que permite a busca de informações e análise de vínculos relacionados a indivíduos, veículos e armas. Sua interface moderna oferece acesso a painéis de gestão de órgãos e usuários bem como auditoria. Além disso, a geração de relatórios dinâmicos segue os padrões estabelecidos pela Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública (DNISP). As consultas podem ser realizadas com até dez parâmetros simultâneos, permitindo uma análise detalhada e rápida das informações.
1.12.3 Acesso Restrito para a Segurança Pública
É crucial destacar que as informações do Sinesp Infoseg são restritas a agentes de segurança pública e órgãos conveniados da União, estados e municípios. Isso garante que as informações sensíveis sejam usadas apenas para fins legais e atividades operacionais, investigativas e de produção de conhecimentos estratégicos.
1.12.4 Impacto e Reconhecimento
O impacto do Sinesp Infoseg foi reconhecido por sua premiação no Concurso Inovação no Setor Público, promovido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Isso demonstra a importância da ferramenta na modernização e melhoria dos serviços de segurança pública no Brasil.
1.12.5 Resultados Concretos
Desde sua ampla disponibilização, em abril de 2017, o Sinesp Infoseg alcançou resultados impressionantes, com mais de 160 mil usuários. Isso superou significativamente o desempenho da antiga ferramenta, a Rede Infoseg, evidenciando seu impacto positivo e eficácia na comunidade de segurança pública.
Em resumo, o Infoseg e sua evolução para o Sinesp Infoseg representam avanços significativos na área de segurança pública no Brasil. Essas ferramentas modernas e eficientes têm se mostradoessenciais no combate ao crime, na investigação de casos e na formulação de políticas de segurança, contribuindo para tornar o país mais seguro e preparado para enfrentar os desafios do século XXI.
Por fim, é importante saber que o Infoseg compartilha diversas de suas bases de busca com o Sistema Córtex do MJSP (essa ferramenta será tratada na AULA 3 desse módulo).
1.13 SINESP AUDITORIA
Um dos grandes problemas em segurança é identificar quem ou o que causou algo. Essa identificação é possível pela gravação e manutenção de uma trilha de ações realizadas no sistema, chamadas trilhas de auditoria.
Auditoria em software significa um conjunto de funções de um sistema, pela gravação e manutenção de uma trilha de ações realizadas no sistema e, posteriormente, pela análise ou visualização desta, ou seja, o sistema mantém os registros de tudo o que foi feito nele de forma que, em caso de problema de segurança, alguém possa identificar o que causou.
Portanto a auditoria é fundamental para o levantamento de rastros/vestígios e após análise tida, poderão tornar-se evidências importantes em apurações administrativas e à produção de provas.
Um dos grandes desafios da Auditoria é o respeito a privacidade dos usuários, sem comprometer o uso adequado do sistema. A LGPD, em sua seção II, em seu Artigo 50, estabelece algumas boas práticas e governança sobre as normas de segurança, padrões técnicos, mecanismos internos de supervisão e mitigação de riscos e outros aspectos relacionados ao tratamento de dados pessoais.
O Decreto nº 9.489, de 30 de agosto de 2018, em seu art.18 §4º diz que:
O fornecimento de dados dos usuários, de acessos e consultas do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas ficará condicionado à instauração e à instrução de processos administrativos ou judiciais, observados, nos casos concretos, os procedimentos de segurança da informação e de seus usuários.
Posto isso, infere-se que o decreto protege os usuários dos Sistemas Sinesp, seus acessos e consultas. Concluindo que as auditorias nos sistemas que visa fornecer os dados dos usuários e os acessos, bem como as consultas nos sistemas, precederão de instauração ou a instrução de processos administrativos ou judiciais.
Um dos princípios relacionados com a segurança da informação e comunicação previstos na Portaria MJSP nº 2, de 28 de janeiro de 2022, que Instituiu o Sistema de Governança do Ministério da Justiça e Segurança Pública, é a auditoria. Competindo sua execução, segundo a Resolução CONSINESP/MJSP Nº 1, DE 17 DE JUNHO DE 2021, privativamente à Diretoria de Gestão e Integração da Informação, a manutenção dos registros e atividades junto ao Infoseg, promovendo as auditorias necessárias no referido sistema.
Em razão disso, foi criada como uma das soluções de sistemas de informação desenvolvidos para o Sinesp, o Sinesp Auditoria, desenvolvido com o objetivo de fornecer insumos para subsidiar as auditorias dos projetos integrantes da solução Sinesp, não só do sistema Infoseg. Permitindo reportar os acessos a recursos e sua utilização pelos usuários das organizações.
Portanto para se manter um sistema com nível alto de segurança, além do controle de acesso, é necessário também a Auditoria dos sistemas, com o intuito de identificar usuários mal-intencionados, considerando a privacidade do usuário, fornecendo às autoridades solicitantes de auditoria elementos para instruções processuais relacionados aos usos das Soluções Sinesp, quando solicitado respeitando os preceitos legais.
1.14 SINESP INTEGRAÇÃO
O Sinesp Integração é uma solução que tem o propósito de integrar informações provenientes de boletins de ocorrência de todo o país. Esta integração é obrigatória para todas as UFs e ocorre em no máximo 1 hora após o fato.
O boletim de ocorrência (BO) é um documento oficial elaborado pelas autoridades policiais para registrar informações sobre um incidente, crime ou evento que requer a intervenção ou o acompanhamento das forças de segurança. O BO é usado para documentar detalhes importantes, como a data, hora, local e natureza do incidente, além de informações sobre as partes envolvidas e testemunhas, quando aplicável.
Figura 30: Sinesp Integração
Fonte: DGI/Sinesp
A elaboração do boletim de ocorrência é uma etapa fundamental no processo de investigação policial e é usada para diversos fins, incluindo:
Investigação: O BO serve como ponto de partida para as investigações policiais. Ele contém informações iniciais que podem ajudar os policiais a entenderem o que aconteceu e a coletar evidências relevantes.
Registro legal: Um BO fornece uma base legal para o registro formal de um incidente ou crime. Isso pode ser importante em casos de litígio ou para fins de seguro.
Estatísticas criminais: Os BOs são usados para criar estatísticas criminais que ajudam as autoridades a entenderem e analisar tendências criminais em uma determinada área.
Solicitação de medidas legais: Em casos de crimes, como roubos, agressões ou vandalismo, as vítimas muitas vezes precisam de um BO para solicitar medidas legais, como ordens de restrição, indenizações ou prisões.
Documentação: Um BO pode servir como documento de referência para as partes envolvidas, como vítimas, testemunhas e suspeitos, e pode ser usado em processos judiciais.
Os estados da federação têm duas formas de enviarem os boletins de ocorrência. Podem enviar através do WebService do Sinesp Integração ou usar o sistema Sinesp PPE. Os boletins gerados pelo Sinesp PPE (Procedimentos Policiais Eletrônicos) são integrados automaticamente ao Sinesp Integração.
O Sinesp Integração desempenha um papel central na consolidação dos boletins de ocorrência de todo o país. Além disso, ele disponibiliza uma tabela corporativa que desempenha um papel crucial na padronização do preenchimento desses boletins, o que, por sua vez, simplifica a inclusão das seguintes categorias de informações:
Lista de Municípios
Lista de Unidades da Federação
Lista de Países
Lista de Profissões
Lista de Tipos de Documento
Lista de Tipos de Local
Lista de Subgrupos de Local
Lista de Calibres de Armas
Lista de Marcas de Armas
Lista de Modelos de Armas
Lista de Espécies de Armas
Lista de Armas
Lista de Tipos de Objeto
Lista de Grupos de Objeto
Lista de Subgrupos de Objeto
Lista de Subgrupos de Unidade
Lista de Meios Empregados
Lista de Naturezas da Ocorrência
Saiba mais
A Portaria Nº 845, de 19 de novembro de 2019, estabelece os critérios para adesão e classificação de adimplência dos estados e do Distrito Federal. Conforme o Artigo 3º, Parágrafo 2º, apenas os participantes que mantiverem a consistência no envio de dados e informações para o (Sinesp) serão considerados aderentes efetivos ao Sinesp Integração e/ou ao Sinesp PPE.
O integrante aderente que deixar de fornecer ou atualizar seus dados e informações no Sinesp não poderá receber recursos, nem celebrar parcerias com a União para financiamento de programas, projetos ou ações de segurança pública e defesa social e do sistema prisional.
A integração de informações de boletins de ocorrência é uma ferramenta poderosa para as autoridades de segurança pública. Primeiramente, possibilita a identificação de padrões de criminalidade em nível nacional, revelando áreas com maiores índices de crimes, tipos de delitos mais comuns e características dos criminosos. Essa análise profunda das estatísticas é essencial para orientar as estratégias de policiamento e prevenção, permitindo uma alocação mais eficiente dos recursos e a implementação de ações direcionadas.
Outro benefício crucial é a capacidade de prevenir crimes. O uso da análise de dados integrados possibilita a identificação de fatores de risco associados à criminalidade. Essas informações são cruciais para o desenvolvimento de políticas públicas de prevenção, como programas educacionais e de assistência social, que visam abordar as raízes da criminalidade e criar ambientes mais seguros para a comunidade.
1.15SINESP DW ANÁLISE
Trata-se de uma solução do tipo Business Intelligence (BI), isto é, consiste em um ambiente que permite a visualização e a extração de dados dos boletins de ocorrência integrados.
O Sinesp DW utiliza a plataforma MicroStrategy, a qual oferece recursos interativos para a criação de dashboards personalizados para visualização de dados e a transmissão de informações complexas por meio de suas ferramentas de apresentação.
O Sinesp DW tem com fonte de dados o Sinesp Integração que integra de forma eletrônica os Boletins de Ocorrência (BOs) de todas as Unidades Federativas, tanto aqueles registrados no Sinesp PPE (solução do pacote Sinesp para registro de procedimentos policiais eletrônicos), quanto aqueles registrados em sistemas próprios dos órgãos de segurança. Após passarem por um processo de ETL (Transformação e Estruturação de Dados) esses boletins são armazenados na Base de Dados do Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO, passando a estar disponíveis para consulta.
Além disso, o Sinesp DW é disponibilizado de forma online, sem necessidade de instalação de software. A solução recebe nova carga de dados diariamente, sempre refletindo as informações até o dia anterior (D-1) e é disponibilizada para os usuários de segunda a sexta, das 07h às 22h. Em funcionamento, comporta até 100 usuários conectados simultaneamente.
Para acesso à ferramenta, um perfil de acesso deve ser atribuído ao usuário com base em três características:
· Utilização do Sistema:
Básico (apenas visualização de dados e dashboards)
Avançado (consulta, edição e criação de dashboards).
· Perfil Geográfico:
Federal (acesso a consulta de dados em nível nacional)
Estadual (acesso a consulta de dados em nível estadual).
· Dados Sensíveis:
Estatística (acesso anonimizados)
Inteligência (acesso a dados sensíveis e suscetíveis a identificação).
Atualmente, o Sinesp análise possui um total de 171 usuários cadastrados, representando a abrangência de todas as Unidades Federativas do país. A inclusão de novos usuários está condicionada a solicitação de um gestor estadual.
Principais Características:
Ferramenta web.
Base de dados originária do Sinesp Integração, podendo consumir população pelo
IBGE e veículos pelo DETRAN.
Aceita 12GB de utilização de dados externos.
Atualização diária com informações do dia anterior (D-1);
Disponibilidade de acesso por 15h nos 5 dias uteis, das 07h às 22h;
Estimativa de transações com o banco de dados 240 consultas/hora;
Aceita 100 usuários no sistema logados simultaneamente;
Tem-se 556 atributos e 65 métricas para análise;
Público-Alvo: o acesso à ferramenta é de uso exclusivo para profissionais do Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
Assim, o Sinesp Análise se consolida como a solução responsável por fornecer aos gestores e demais interessados os meios apropriados para a construção de estudos e estatísticas nacionais de segurança pública, além de apoiar os processos de investigação e inteligência.
1.16 SINESP AGENTE DE CAMPO
Figura 31: Sinesp Agente de Campo
Fonte: DGI/Sinesp.
Aplicativo gratuito, disponível para dispositivos móveis com sistema operacional Android ou iOS, destinado para os integrantes dos órgãos da segurança pública (Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros Militares, Guarda Municipal, Defesa Civil, entre outros). Nele, os profissionais podem acessar informações em tempo real, ganhando mais agilidade e rapidez no atendimento à população, na oferta de serviços públicos efetivos de segurança e na elucidação de crimes.
Figura 32: Telas demonstrativas do Sinesp Agente de Campo.
Fonte: DGI/Sinesp.
1.17 SINESP CIDADÃO
O Sinesp Cidadão é um aplicativo móvel do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) que oferece ao cidadão brasileiro acesso direto a serviços do Ministério da Justiça e Segurança Pública relativos à segurança pública.
Figura 33: Sinesp Cidadão.
Fonte: DGI/Sinesp.
O aplicativo está disponível para os sistemas operacionais Android, através da loja de aplicativos Google Play, e para iOS na Apple App Store. Após a instalação do aplicativo Sinesp Cidadão, o usuário tem acesso a diversos módulos, que consultam diferentes bases de dados relacionadas à Segurança Pública. Confira abaixo os módulos do aplicativo:
Figura 34: exemplo de telas do Sinesp Cidadão
Fonte: DGI/Sinesp.
Veículos:
O módulo de veículos permite ao cidadão realizar consultas de placas veiculares e verificar dados básicos como marca e modelo dos veículos, parte do número do chassi e se o veículo possui ou não restrições. Os dados provêm da base de dados de veículos do Senatran, combinados com informações de outros sistemas como o Sinesp CAD. É possível consultar placas de quaisquer veículos para verificar restrições de furto e roubo. Para veículos de propriedade do cidadão é possível consultar todos os detalhes do cadastro junto à Senatran.
É importante ressaltar que o próprio cidadão pode registrar uma restrição a veículos. Ao vincular a um veículo do qual é proprietário, o cidadão pode reportar ocorrências de roubo e furto. A restrição permanece por um período de 72 horas e pode perdurar por mais tempo caso o proprietário registre um Boletim de Ocorrência informando o fato à autoridade policial).
Mandados de Prisão:
Este módulo permite consultar mandados de prisão que ainda não foram cumpridos, com o intuito de comunicar à polícia. As informações são consultadas diretamente no Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça – BNMP/CNJ.
Mais Procurados:
Aqui, é exibida a lista dos mais procurados nacionais, que inclui líderes criminosos com atuação nacional e, eventualmente, internacional. As informações são inseridas e atualizadas por meio do Sistema de Gestão de Procurados, gerido pela Senasp.
D O módulo de desaparecidos permite ao cidadão pesquisar pessoas que foram registradas como desaparecidas. As informações vêm de registros de ocorrências de desaparecimentos feitos pelas Polícias Civis dos Estados e enviados ao Sinesp Integração.
O processo de coleta de informações de desaparecidos segue o fluxo abaixo:
1. Registro da Ocorrência: O indivíduo vai à delegacia comunicar o desaparecimento de uma pessoa, onde é registrado um boletim de ocorrência em que a pessoa desaparecida figura como vítima de uma das naturezas de desaparecimentos do SINESP;
2. Integração do BO: O BO é enviado de forma automática para o Sinesp Integração BO, ficando disponível para ser consumido através de um banco de dados virtual (VDB);
3. Cadastro/Atualização de Desaparecido: A cada hora um script busca boletins de pessoas desaparecidos e localizados, selecionando dados de cada registro e atualizando o banco de dados de desaparecidos hospedado no Ministério da Justiça;
4. Disponibilização para Consulta: Os dados do desaparecido ficam disponíveis no módulo desaparecidos do Sinesp Cidadão; caso exista um BO de localizado da pessoa considerada desaparecida o registro deixa de ser exibido no Sinesp Cidadão;
5. Vinculação e Atualização de Desaparecido: Por meio do aplicativo Sinesp Cidadão, o cidadão pode vincular um desaparecido a sua pessoa e inserir novas informações sobre o desaparecido, seja imagens ou o informe de localização;
6. Emergência: um novo módulo de Emergência será adicionado ao aplicativo Sinesp Cidadão. Este módulo permitirá ao cidadão se comunicar diretamente com as centrais de atendimento, permitindo novos meios de interação como a capacidade de enviar mensagens de texto, áudio e imagens.esaparecidos:
1.18 SINESP JC/VDE
A Senasp já vinha empregando esforços na coleta de dados e informações de interesse da segurança pública desde o ano de 2001, visando a implementação de ações e políticas públicas mais qualificadas.
A coleta informatizada de dados teve origem na implantação do Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal - SinespJC, em 2004 (substituído em 2023 pelo Sinesp VDE). A solução reunia dados AGREGADOS oriundos das Unidades da Federação, permitindo a elaboração de relatórios e indicadores estatísticos.Seu conteúdo era gerado a partir dos boletins de ocorrência registrados pelas Polícias Civis dos Estados e Distrito Federal, reunindo assim, informações sobre o número de ocorrências, natureza do fato registrado, perfil da vítima, perfil do autor, meios empregados, dentre outras.
A partir de 2012, com a instituição do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas - SINESP, por meio da Lei n º 12.681/12, iniciaram-se os projetos para a coleta automatizada de dados e a integração dos sistemas estaduais de registro de ocorrências policiais. Em dezembro de 2014, após a conclusão da primeira etapa de planejamento e desenvolvimento da plataforma Sinesp, foi implementado o Boletim Nacional de Ocorrências Policiais - Sinesp PPE (Procedimentos Policiais Eletrônicos) no estado de Roraima, dando início à coleta de dados de registros de ocorrência em tempo real. Posteriormente, a solução foi implantada em outras Unidades da Federação.
Neste cenário, em 2015, foi desenvolvido e disponibilizado às UFs o Sinesp Integração (ver tópico específico sobre isso), solução destinada à consolidação de dados e informações de múltiplas fontes em uma única Base Nacional, permitindo, dentre outras atividades, a análise de microdados e a produção de estatísticas e relatórios mais qualificados.
1.18.1 Sinesp VDE
Em maio de 2023 o MJSP lançou oficialmente o novo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública Validador de Dados Estatísticos (Sinesp VDE), plataforma usada pelos agentes de segurança pública dos estados para reportar crimes e outras ocorrências.
Esta versão substituiu o antigo Sinesp JC e amplia o painel de indicadores de segurança pública dos nove atuais para 28 dados e mudando a frequência, passando de 90 para 30 dias de atraso.
Outra importante mudança é que o novo sistema apresentará os indicadores a partir do número de vítimas e não apenas de ocorrência, o que possibilita dados mais minuciosos, como gênero, raça e idade.
Consiste numa das soluções da Plataforma Sinesp desenvolvida para inserção, consolidação, consulta e homologação dos Dados Nacionais de Segurança Pública. Essa ferramenta é composta por 28 indicadores, conforme estabelecido pela Resolução CONSINESP Nº 06 de 08 de novembro de 2021, que abrangem diversas informações relevantes para a segurança pública, tais como: homicídio doloso, roubo seguido de morte (latrocínio), lesão corporal seguida de morte, tentativa de homicídio, feminicídio, morte de agente do estado, morte a esclarecer, morte no trânsito ou decorrente dele, morte por intervenção de agente do Estado, suicídio, suicídio de agente do Estado, estupro, roubo e furto de veículos, roubo a instituição financeira, roubo de carga, tráfico de drogas, apreensão de cocaína, maconha e armas de fogo, pessoas desaparecidas e localizadas, mandados de prisão cumpridos, atendimento pré-hospitalar, busca e salvamento, combate a incêndios, emissão de alvarás de licença e realização de vistorias.
O sistema permite que o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) tenha dados nacionais oficiais validados até o décimo quinto dia do mês subsequente, possibilitando sua divulgação no prazo máximo de 30 (trinta) dias, otimizando os subsídios para as tomadas de decisões e implementação de políticas públicas, assim como para a produção e para a publicação de estatísticas criminais em âmbito nacional
Os gestores de estatística são os responsáveis por classificar os usuários do Sinesp VDE em diferentes perfis, de acordo com as permissões de acesso necessárias para desempenhar suas atividades no sistema. Conforme os seguintes perfis:
Visualizador:
perfil com acesso restrito às informações, limitado a consultas nas bases de dados.
Cadastrador:
recebe permissões específicas, este usuário pode inserir dados no sistema, consolidar informações já existentes e realizar consultas abrangentes sobre todos os dados disponíveis. 
Homologador:
sua função primordial envolve a minuciosa conferência e homologação dos dados. Além disso, possui a prerrogativa de inserir e consolidar novas informações, bem como realizar consultas no sistema. Por fim, é responsável pela gestão do acesso dos usuários locais, garantindo a integridade e a confiabilidade do banco de dados.
Os 28 Dados Nacionais de Segurança Pública estão organizados em nove formulários, distribuídos conforme sua categorização. A classificação dos formulários é a seguinte:
Formulário 1 – Vítimas por sexo e municípios:
Homicídio Doloso
Lesão Corporal Seguida de Morte
Roubo Seguido de Morte
Morte no Trânsito
Suicídio
Morte a Esclarecer sem Indício de Crime
Tentativa de Homicídio
Feminicídio.
Formulário 2 – Vítimas por sexo e Profissionais de Segurança Pública:
Morte de Agente de Segurança Pública
Suicídio de Agente de Segurança Pública.
Formulário 3 – Vítimas por sexo:
Estupro
Mortes por Intervenção de Agente do Estado.
Formulário 4 – Ocorrências:
Roubo de Veículos
Roubo de Carga
Roubo a Instituição Financeira
Furto de Veículo
Tráfico de Drogas.
Formulário 5 – Quantidade (Peso em Quilogramas):
Apreensão de Maconha
Apreensão de Cocaína.
Formulário 6 – Quantidade de armas por tipo:
Apreensão de Armas de Fogo
Formulário 7 – Vítimas por sexo e faixa etária:
Pessoa Desaparecida
Pessoa Localizada
Formulário 8 – Mandados por município (Pessoas Presas:
Mandado de Prisão Cumprido
Formulário 9 – Atendimento/Documentos:
Atendimento pré-hospitalar
Busca e Salvamento
Combate a Incêndios
Emissão de Alvarás de Licença
Realização de Vistorias
Os dados nacionais de Segurança Pública serão acessíveis ao público por meio do portal oficial do Ministério da Justiça e Segurança Pública, sendo regularmente atualizados em intervalos mensais. Essa prática assegura a transparência e a oportunidade de acesso constante a informações cruciais, fortalecendo a comunicação eficaz entre as autoridades e a sociedade.
Atualmente, o Sinesp VDE conta com um total de 169 usuários registrados, representando a abrangência de todas as Unidades Federativas do país.
1.19 SINESP GEOINTELIGÊNCIA
O Sinesp Geointeligência é uma ferramenta web, concebida pela Senasp em parceria com a Universidade Federal do Ceará, para a visualização de eventos e “manchas criminais” destinada aos órgãos integrantes do SUSP aderentes ao Sinesp.
Figura 35: tela demonstrativa do Sinesp Geointeligência
Fonte: DGI/Sinesp.
É uma ferramenta para análise de eventos espaço-temporais relacionados com ações delituosas. Permite a criação de manchas criminais dinâmicas geoespaciais e rotas que podem ser utilizadas para inúmeras finalidades, por exemplo, o policiamento ostensivo e comunitário. Esse sistema de geolocalização indica quando e onde aconteceu um crime, através de representações gráficas.
A principal fonte de dados da ferramenta é o Sinesp Integração, solução que integra bases de dados de boletins de ocorrência de todo o país, tenham sido eles produzidos por outra solução do pacote Sinesp, ou outro sistema legado das Unidades Federativas, desde que válidos. Além disso, a solução permite o carregamento de dados externos do tipo ponto e/ou polígonos (como por exemplo limites de municípios e áreas de policiamento ou pontos de interesse, como unidades policiais, agências bancárias etc.).
As principais funcionalidades do Sinesp Geointeligência envolvem a criação de cenários e a utilização de modelos de análise espaço-temporais pré-definidos, a nível municipal, entre as quais destaca-se:
I. Plotagem de pontos (eventos criminais georreferenciados);
II. 
Para acesso à ferramenta, dois perfis de acesso estão disponíveis: um Federal (que permite a visualização e criação de cenários com dados criminais dos municípios de todas as Unidades Federativas) e um Estadual (que tem as mesmas permissões, mas apenas para dados criminais da Unidade Federativa a qual o usuário pertence).
No momento, o Sinesp Geointeligência possui 458 usuários cadastrados de 15 Unidades Federativas diferentes (Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraná, Piauí,

Outros materiais