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Segundo esta diretriz, a formação do indivíduo e a sua cultura tornam-se o fim da educação; ou seja, a educação é definida como a formação do homem, ou o amadurecimento do indivíduo, a consecução de sua forma completa ou perfeita. PARADA OBRIGATÓRIA Mas ATENÇÃO! Não podemos esquecer que estamos falando de “tipos ideais” de sociedades, ou melhor, de esquemas mentais formulados para analisar as diversas sociedades. Na realidade, essas duas diretrizes não se acham, nunca, em estado puro; ou seja, não existem sociedades absolutamente primitivas a ponto de não permitirem modificações em suas técnicas culturais, assim como também não existem sociedades absolutamente civilizadas que aceitem a rápida e incessante mudança de suas técnicas, sobretudo, as mais delicadas, ou aquelas que regulam a conduta dos indivíduos e os seus comportamentos recíprocos. O IMPORTANTE é que saibamos distinguir os interesses aos quais serve a educação a fim de realizarmos as escolhas sobre o que, como e porque mudar esta ou aquela técnica. A quem interessa a mudança? As duas formas de educação apresentadas só podem ser compreendidas a partir dessa configuração prática. 2.2. Refletindo sobre a História O que é o tempo? O vento tem seu tempo de correr... A célula tem seu tempo de morrer... O corpo humano tem seu tempo de crescer... A pedra tem seu tempo de enrijecer... Não seria o tempo o próprio movimento? Bem sabemos que o tempo não para, não para! Mas é preciso organizar o tempo e imprimir-lhe uma duração. Como fazer? Com que critério? Com que significado? Consideremos um esquema mental para pensar a vida humana em relação ao tempo, ou à história, a partir de três perspectivas: o homem em face do ambiente físico (natureza), o homem em face dos demais (sociedade) e o homem em relação a si mesmo (subjetividade). Abaixo, a definição de cada perspectiva: Natureza O primeiro, o tempo do ser humano em suas relações com o meio natural que o cerca, põe em questão uma história quase imóvel, quase fora do tempo. Uma “história lenta”, feita de retornos insistentes, de ciclos incessantemente recomeçados. Uma história profundamente justa e que tem cobrado aos homens que reponham as coisas aparentemente inanimadas em seus devidos lugares. Sociedade 12