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Complicações do diabetes Complicações agudas Complicações crônicas Complicações do diabetes Tempo de controle inadequado Tempo de presença do diabetes Predisposição genética Doenças associadas Outras complicações crônicas já presentes Não há uma definição consensual de hipoglicemia ADA : valores que variam de <54 a <70mg/dl SBD: valores inferiores ou iguais a 50 mg/dl É a intercorrência aguda mais comum no tratamento do DM (Amiel et al., 2008; Nery, 2008; Grossi; Pascali, 2009) Complicações agudas HIPOGLICEMIA Dona Tereza tem 60 anos e DM1 desde os 15 anos de idade, fazendo uso de insulina. Às 2:00h de hoje, acordou com mal-estar e sua glicemia estava em 48 mg/dl. Complicações agudas Sr. Francisco tem 72 anos e DM2 desde os 63 anos de idade, fazendo uso de glicazida. Por volta de 16:30h, apresentou mal-estar e sua glicemia estava em 56 mg/dl. HIPOGLICEMIA DM1: uso de insulina exógena e secreção prejudicada de glucagon, sendo a liberação de adrenalina o principal fator protetor DM2: uso de antidiabéticos orais (secretagogos), insulina exógena Complicações agudas HIPOGLICEMIA Sinais e sintomas da hipoglicemia Pode ser leve, moderada ou severa, com consequente sequela neurológica, podendo levar ao óbito, se não tratada em tempo Grave: auxílio de outra pessoa para a correção. Sintomas como mudança de comportamento, convulsão ou coma Moderada: o estado neurológico está alterado, mas continua a ter o grau de alerta suficiente para se tratar Leve: não afeta o estado neurológico e a própria pessoa pode este resolvê-la sem dificuldades Hipoglicemia: sinais e sintomas G L I C E M I A Hipoglicemia: sinais e sintomas Hipoglicemia: prevenção Monitorização, quando glicosímetro disponível, de 3 a 4 vezes por dia e sempre que sintomas de hipoglicemia estiverem presentes Alimentação em horários determinados Consumo de lanche antes de dormir para a prevenção da hipoglicemia noturna Atenção aos medicamentos prescritos, minimizando erros de dosagem Atenção à alimentação quando houver a realização da atividade física Recomendações para tratamento da hipoglicemia em ambiente extra-hospitalar. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diagraphic; 2006 Estado no qual a glicemia está igual ou superior a 250mg/dl (BARONE et al., 2007) Sociedade Brasileira de Diabetes. Posicionamento Oficial SBD nº 01/2014: Conduta terapêutica no DM tipo 2 – Algoritmo SBD 2014. São Paulo: AC Farmacêutica, 2014. Hiperglicemia: definição Hiperglicemia: causas Doses insuficientes de medicamentos e/ou insulina Omissão de uma ou mais doses de medicamentos orais e/ou insulina Abusos alimentares ou ingestão de doces Infecções, de modo geral Falta de exercício físico rotineiro (Grossi; Pascali, 2009) Hiperglicemia: sinais e sintomas Muita fome Muita sede e garganta seca Poliúria Perda de peso Visão turva Muito cansaço e sonolência Indigestão, vômitos, dor abdominal Inconsciência nos casos graves Hiperglicemia: tratamento Oferecer bastante líquido (água). Se não for possível (vômitos), a hidratação deve ser parenteral Verificar a glicemia com glicosímetro Procurar o pronto-atendimento (Grossi; Pascali, 2009) Manter a dieta habitual Não tomar medicação “extra” Diferenças clínicas entre hipo e hiperglicemia: Complicações crônicas 15 Complicações crônicas São as modificações patológicas que acontecem ao longo do desenvolvimento do diabetes Essas mudanças envolvem o sistema vascular principalmente, porém afetando ao mesmo tempo nervos, pele e olhos. Adicionalmente os diabéticos são susceptíveis a certos tipos de infecções disfunção erétil. 16 Complicações associadas ao diabetes Retinopatia, glaucoma ou cataratas Nefropatia Neuropatia MICROVASCULARES MACROVASCULARES Doença Cerebrovascular Doença arterial coronária Doença vascular periférica UK Prospective Diabetes Study Group. UKPDS 33. Lancet 1998; 352:837–853. Complicações crônicas 18 Complicações crônicas Classificação das complicações vasculares São complicações associadas aos vasos sanguíneos menores, e a capilaridade das arteríolas. Manifesta-se principalmente pelo engrossamento da membrana basal dos vasos capilares. Estas complicações dão origem à Retinopatia e Nefropatia diabéticas, na retina e nos rins respectivamente. Complicações microvasculares 19 Complicações crônicas Classificação das complicações vasculares As complicações associadas aos vasos sanguíneos maiores no diabetes estão associadas a um quadro de ateroesclerose. Estas modificações aumentam a incidência de infartos do miocárdio e gangrena periférica. As causas das complicações macrovasculares ainda não estão esclarecidas, porém anormalidade nos vasos sanguíneos, plaquetas, hemácias e metabolismo dos lipídeos tem sido implicados neste processo. Complicações macrovasculares 20 Complicações crônicas Fatores genéticos A susceptibilidade genética associada às complicações crônicas do diabetes ainda não tem sido determinada Porém, na população diabética 60 % sofre consequências mínimas 40 % sofre consequências severas Por que??? 21 Complicações crônicas Patogênese Complicações oftalmológicas Retinopatia diabética 1) Retinopatia não proliferativa 2) Retinopatia proliferativa Complicações crônicas Retinopatia não proliferativa Representa o estágio precoce do envolvimento na retina pelo diabetes e se caracteriza pela presença de microaneurismas, hemorragias e edema, após a morte das células contrácteis microvasculares Durante este estagio os capilares da retinas introduzem proteínas, lipídeos ou hemácias dentro da retina. Este processo afeta as células visuais e causa perda da agudeza visual Patogênese Complicações oftalmológicas Retinopatia diabética 18 % dos diabeticos tipo 2 23 Complicações crônicas Retinopatia proliferativa Envolve o crescimento de novos vasos e fibras na retina e na câmara vítrea (mediado por VEGF), como consequência da oclusão dos vasos, a qual causa hipóxia na retina. Uma fase anterior, pré-proliferativa, pode estar presente, com isquemia arterial que manifesta-se como “fibras de algodão” na retina. A visão pode ser normal até aparecer hemorragias no humor vítreo ou queda da retina Patogênese Complicações oftalmológicas Retinopatia diabética 24 Ocorre em ambos tipos e diabetes e se desenvolve durante 7-10 anos, atingindo 25% de prevalência após 15 anos da doença. A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira adquirida no Brasil Complicações crônicas Prevalência Complicações oftalmológicas Retinopatia diabética 25 O principal tratamento é a foto coagulação à laser de argônio o xenônio A destruição do tecido retinal danificado por foto coagulação permite que o tecido sobrevivente disponha de mais oxigênio e impede desta forma o crescimento de novos vasos estimulados por hipóxia. Complicações crônicas Tratamento Complicações oftalmológicas Retinopatia diabética 26 Complicações crônicas Complicações oftalmológicas Cataratas Representa uma mudança esclerótica do núcleo do cristalino. Ocorre predominantemente em diabéticos tipo 1 e manifesta-se precocemente. Apresenta correlação significativa com a hiperglicemia crônica A catarata senil é muito comum em pessoas acima de 70 anos Normal Catarata 27 Complicações crônicas Complicações oftalmológicas Cataratas Duas anormalidade associadas à hiperglicemia contribui à formação de cataratas: 1) Glicosilação de proteínas do cristalino 2) O excesso de sorbitol formado pelo excesso de glicose armazenada no cristalino. Esta acumulação leva a mudanças nas propriedades osmóticas do cristalino Normal Catarata 28 Complicações crônicas Complicações oftalmológicas Glaucoma Ocorre em aproximadamente 6% dos indivíduos diabéticos O glaucoma de ângulo fechado (o mais comum) resulta da revascularização da íris. Geralmente aparece após extração das cataratas 29 Complicações crônicas Complicações renais Nefropatia A Nefropatia caracteriza-se por uma hiperfiltração glomerularinduzida pela hiperglicemia, que finalmente danifica a função renal global A dilatação da arteríola glomerular aferente é maior que a eferente, aumentando a pressão glomerular hidrostática e forçando a passagem de liquido pelo aparelho de filtração glomerular. 30 Complicações crônicas Complicações renais Nefropatia Este processo provoca o engrossamento da membrana capilar e do glomérulo renal produzindo glomeruloesclerose e finalmente insuficiência renal A disfunção de este aparelho glomerular é inicialmente manifestada pelo aumento da microalbuminúria. Subsequentemente, a creatinina e uréia acumulam-se também no sangue 31 Complicações crônicas Complicações renais Nefropatia A hemodiálise é o tratamento mais utilizado, porém a diálise peritoneal ambulatorial também tem sido empregada com muito sucesso. O transplante renal é também muito bem sucedido, porém deve-se evitar algumas quando há presença de doenças cardiovasculares severas. Tratamento 32 Complicações crônicas Complicações neurológicas Neuropatias As Neuropatias diabéticas são síndromes que resultam dos danos ocasionados ao sistema nervoso pela hiperglicemia, tanto de maneira direta como indireta A patogênese é pobremente compreendida é não tem tratamento efetivo A fisiopatologia da neuropatia diabética vem sendo explicada através das teorias metabólica, vascular e auto-imune. 33 Complicações crônicas Complicações neurológicas Neuropatias A perda de sensibilidade é precedida por meses ou anos de dor intensa A dor é normalmente presente nas extremidade superiores e inferiores. A neuropatia sensorial avançada impede a percepção de traumas e provoca deformações nos joelhos e ulcerações no pé (pé diabético) Neuropatia sensorial periférica 34 Complicações crônicas Complicações neurológicas Neuropatias A síndrome do “pé diabético” A neuropatia está presente em 80% dos pacientes diabéticos que apresentam ulceração nos pés. O aumento do risco de ulceração ou amputação aumenta com: - sexo masculino - níveis de glicose não controlados complicações cardiovasculares,nefropatia e retinopatia. No Brasil, risco de ocorrência de amputações de membros inferiores 100 vezes maior entre os diabéticos Complicações crônicas Complicações neurológicas Neuropatias A síndrome do “pé diabético” Aproximadamente 15% das pessoas com diabetes desenvolverão úlcera nos pés. Diabéticos têm 15 vezes mais chances de desenvolver úlceras nos pés que conduzem à amputação do que os não diabéticos. Isso implica em altos custos de hospitalização, assim como em termos de afastamento do trabalho, curativos, efeitos sociais e emocionais e reabilitação. Complicações crônicas Complicações neurológicas Neuropatias A síndrome do “pé diabético” Complicações crônicas Complicações neurológicas Neuropatias Quais são os mecanismos moleculares que mediam as complicações crônicas? Complicações crônicas Complicações crônicas Mecanismos moleculares Complicações crônicas Mecanismos moleculares Cicatrização das feridas (pé diabético) Ferida saudável Ferida “diabética” EPCs Células endoteliais progenitoras Brem, H. et al. J Clin Invest. 2007; 117(5):1219 41 Complicações crônicas Mecanismos moleculares Cicatrização das feridas (pé diabético) image1.png image2.png image3.png image4.png image5.jpeg image6.png image7.emf image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.wmf image24.wmf image25.png image26.emf image27.png
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