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2023 USP EACH SISTEMA TRIBUTARIO NACIONAL Porf Silas

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“Política Fiscal e Coesão Social” 
USP-EACH-2023
JULHO/2023
JULHO/2023
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
SILAS FERRAZ
- Julgador Tributário e Gestor de Capacitação do Tribunal de Impostos e Taxas do Estado
de São Paulo – TIT
- Advogado – Presidente da Comissão de Direito Tributário da OAB-SP-OSASCO
- Contador e Gestor Público
- Representante Regional de Educação Fiscal da Delegacia Regional Tributária de Osasco e
Região
- Professor Palestrante Convidado da Disciplina Educação Fiscal e Coesão Social - ACH3798
- USP LESTE
- Professor Palestrante Convidado de Educação e Cidadania Fiscal em Instituições, Escolas
e Universidades Públicas e Privadas (UNIFESP – FIPECAFI - CIEE – SEBRAE)
- Especialista em Direito Tributário pela FAZESP - ESCOLA FAZENDÁRIA DO ESTADO DE SÃO
PAULO e Especialista em Direito Tributário pelo IBET - INSTITUTO BRASILEIRO DE
ESTUDOS TRIBUTÁRIOS
UNIDADE 1
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
1. ATIV. FINANC. DO ESTADO
Conceito de Estado:
Entidade com força superior para elaborar regras de 
conduta, necessárias para a convivência do homem em 
sociedade, construindo assim o direito.
Função do Estado:
Saúde
Educação
Segurança
Bem-estar social
Etc.
1. ATIV. FINANC. DO ESTADO
Atividade Financeira do Estado:
É o conjunto de atos praticados pelo Estado na 
obtenção, na gestão e na aplicação de recursos 
financeiros de que necessita para atingir os seus fins.
CAPTAÇÃO
GESTÃO
APLICAÇÃO
RECEITAS
ORIGINÁRIAS
DERIVADAS
RECURSOS
RECURSOS
DESPESAS
INVEST. FIXOS
2. PODER DE TRIBUTAR DO ESTADO
• ESTADO: Entidade soberana
• SOBERANIA: Poder superior às vontades 
individuais. Poder que não conhece outro maior.
• PODER DE TRIBUTAR: É um exercício da 
soberania estatal. Emana do povo, por seus 
representantes legais. Consiste na instituição de 
tributos.
• TRIBUTAÇÃO: Tem como fundamento a soberania. 
Não é simplesmente uma relação de poder. É uma 
relação jurídica.
3. PODER E COMPETÊNCIA
• COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: É o poder tributário 
juridicamente delimitado.
• CONSTITUIÇÃO FEDERAL: É o instrumento de 
atribuição de competência.
• A QUEM É ATRIBUÍDA: Às pessoas juríidicas 
dotadas de Poder Legislativo, uma vez que a 
competência só pode ser exercida por lei.
SENADOR
4. ATRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Previsão: Art. 153 ao 156 da CFB/88
• Partilha de poder tributário: Poder de instituir e de 
cobrar tributos.
• Importante! Descentraliza o poder político mas não 
minimiza as desigualdades sociais.
5. DISTRIBUIÇÃO DE RECEITAS
• Previsão: Art. 153 ao 162 da CFB/88
• Em que consiste: Divisão do produto da 
arrecadação de tributos de uma entidade com 
outras entidades.
• Incoveniente: Estados e municípios ficam 
dependendo do governo central
UNIDADE 2
DIREITO TRIBUTÁRIO
1. FISCO
DENOMINAÇÃO CONCEDIDA AO ESTADO
ENQUANTO ESTE EXERCE
ATIVIDADE
DE TRIBUTAÇÃO
2. DIR. TRIBUTÁRIO E DIR. FINANC.
• TRIBUTÁRIO - Ramo do Dir. Público que se ocupa 
com as relações entre o fisco e as pessoas sujeitas 
às imposições tributárias de quaisquer espécies, 
limitando o poder de tributar do Estado e 
protegendo o cidadão contra os abusos deste 
poder. 
• FINANCEIRO - Abrange o Direito Tributário. Regula 
a atividade financeira. 
3. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
• É um conjunto de regras jurídicas concernente a 
tributos e às relações jurídicas pertinentes aos 
mesmos.
• Não envolve o estudo da aplicação e da 
interpretação, nem o exame dos julgados e dos 
princípios jurídicos elaborados pela doutrina.
3. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
4. ELISÃO E EVASÃO FISCAL
• EVASÃO: Campo 
ilícito (sonegação).
• ELISÃO: Campo da 
legalidade ou da 
licitude.
Redução da 
Tributação
5. CONCEITO DE TRIBUTO
“É toda prestação
pecuniária (1) 
compulsória,(2)
em moeda, ou em cujo
valor nela se possa
exprimir (3), que não se
constitua sanção de
ato ilícito (4), instituído em
lei (5) e cobrado mediante
atividade administrativa
plenamente vinculada (5)”
Art. 3.º do CTN
6. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
• IMPOSTO (Art. 5.º e 16 do CTN)
• TAXA (Art. 5.º e 77 do CTN)
• CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (Art. 5.º e 81 do CTN)
• CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (Art.217 do CTN e 149 e 195 CFB)
•CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
•DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO
•DE INTERESSE DE CATEGORIAS PROFISSIONAIS
•CONTRIBUIÇÕES DE SEGURIDADE SOCIAL
• EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS (Art. 148 da CFB)
6. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
• IMPOSTO (Art. 5.º e 16 do CTN)
• Não depende de atividade estatal específica
• Tributo não vinculado (regra)
6. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
VINCULAÇÃO ??? - EXCESSÃO - EDUCAÇÃO
CF - Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de
dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte
e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de
impostos, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino.
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela
União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou
pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada,
para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo
que a transferir.
6. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
VINCULAÇÃO ??? - EXCEÇÃO – SAÚDE – ARTIGO 198 – CF
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do
orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
além de outras fontes.
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e
serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados
sobre:
I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser
inferior a 15% (quinze por cento);
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se
refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II,
deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios;
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se
refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.
6. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
VINCULAÇÃO -EXCEÇÃO – SAÚDE - LC Nº 141/2012
Art. 5º A União aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, o montante
correspondente ao valor empenhado no exercício financeiro anterior, apurado nos termos
desta Lei Complementar, acrescido de, no mínimo, o percentual correspondente à variação
nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei orçamentária
anual.
Art. 6º Os Estados e o Distrito Federal aplicarão, anualmente, em ações e serviços
públicos de saúde, no mínimo, 12% (doze por cento) da arrecadação dos impostos a que
se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam o art. 157, a alínea “a” do inciso I e o
inciso II do caput do art. 159, todos da Constituição Federal, deduzidas as parcelas que
forem transferidas aos respectivos Municípios.
Art. 7º Os Municípios e o Distrito Federal aplicarão anualmente em ações e serviços
públicos de saúde, no mínimo, 15% (quinze por cento) da arrecadação dos impostos a que
se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam o art. 158 e a alínea “b” do inciso I do
caput e o § 3º do art. 159, todos da Constituição Federal.
6. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
• TAXA (fato gerador) (Art. 5.º e 77 do CTN)
• Exercício do poder de polícia Fato Gerador
• Utilização efetiva ou potencial do serviço público 
específico e divisível prestado ao contribuinte
6. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
• CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (Art. 5.º e 81 do CTN)
•Fato Gerador: valorização de imóvel particular 
decorrente de obra pública
• EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS (Art. 148 da CFB)
•Instituído por Lei Complementar nos casos de:
•Investimento público relevante (observância da 
anterioridade)
•Extraordinariamente, em caso de calamidade pública 
ou em iminência de guerra (inobservância da 
anterioridade)7. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
• QUANTO À ESPÉCIE:
•IMPOSTO
•TAXA
•CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
•CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
•EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
7. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
• QUANTO À COMPETÊNCIA IMPOSITIVA:
•FEDERAIS (Art. 153 e 154 da CFB/88)
•ESTADUAIS (Art. 155 da CFB/88)
•MUNICIPAIS (Art. 156 da CFB/88)
7. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
• QUANTO À VINCULAÇÃO COM A ATIVIDADE 
ESTATAL:
•VINCULADOS
•TAXA
•CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
• CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
•NÃO VINCULADOS
•IMPOSTOS
7. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
• QUANTO À FUNÇÃO:
•FISCAL
•(Arrecadação)
•EXTRAFISCAL
•(Intervenção no domínio econômico)
•PARAFISCAL
•(Arrecadação para custear atividades que, 
em princípio, não são próprias do Estado, 
mas este as exerce através de entidades 
específicas)
7. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
•EXTRAFISCAL
•A função primordial dos tributos é arrecadar, mas os tributos 
também podem ser utilizados com outros objetivos
•O uso de tributos com fins não arrecadatórios é usualmente 
conhecido extrafiscalidade
•A utilização de tributos com fins extrafiscais pode ser feita via 
oneração ou desoneração
•Há tributos que possuem características extrafiscais mais 
pronunciadas que outros
•De modo geral, no Brasil há uma utilização mais intensa de 
tributos com finalidades extrafiscais que em outros países, o que 
resulta em grande complexidade do sistema tributário
7. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
EXTRAFISCAL
•(Contribuições de intervenção no domínio econômico:
•CIDE Combustível: Receita destinada principalmente à 
infraestrutura de transporte. 
•CIDE Remessas (ou CIDE Royalties): Incide sobre remessas ao 
exterior vinculadas à aquisição de tecnologia (inclusive patentes 
e marcas) ou contratação de serviços técnicos. Receita 
destinada ao FNDCT - Fundo Nacional de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico.
•Os impostos extrafiscais por natureza são os seguintes: Imposto 
sobre Importação (II), Imposto sobre Exportação (IE), Imposto 
sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Operações 
Financeiras (IOF). Seu objetivo é a intervenção na economia, 
superando a simples arrecadação.
•Também com natureza extrafiscal em alguns casos se 
apresentam o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e 
Imposto Territorial Rural (ITR), para proteção da função social da 
propriedade.
7. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
• DOS IMPOSTOS (QTO. AO FATO GERADOR):
•SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR
•Imposto de Importação
•Imposto de Exportação
7. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
• DOS IMPOSTOS (QTO. AO FATO GERADOR):
•SOBRE O PATRIMÔNIO E A RENDA
•Imposto de Renda
•Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana
•Imposto Territorial Rural
•Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
•Imposto sobre Grandes Fortunas
7. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
• DOS IMPOSTOS (QTO. AO FATO GERADOR):
•SOBRE A PRODUÇÃO E A CIRCULAÇÃO
•Imposto s/a Circulação de Mercadorias e Serv.
•Imposto s/ Produtos Industrializados
•Imp. s/ Operações de Crédito, Câmbio, Seg.
•Imposto s/ Transmissão de Bens Imóveis
•Imposto s/ Transmissão Causa Mortis
Noite:
https://docs.google.com/forms/d/12gws8CYslVcVhR7
BfBK72Xhb2n4jkwEvFJkPIbn6hTo/edit 
OBRIGADO.
sferraz@fazenda.sp.gov.br
2023
realização:
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	Slide 3: SILAS FERRAZ
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	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35: OBRIGADO. sferraz@fazenda.sp.gov.br
	Slide 36

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