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Direito de preempção - Também chamado de direito de preferência/ ou direito de prelação - Direito conferido ao município Restrição ao direito de usar, fruir, dispor e gozar Constitui restrição à modalidade de dispor da coisa O DIREITO DE PREFERÊNCIA PODE SER APRESENTADO DE DUAS FORMAS: • CLAUSULA CONTRATUAL Ex.: Venda de imóvel, venda recorrente deve ter a consulta do ex- proprietário Contrato de locação = transfere-se parte das propriedades contidas no contrato/ posse direta (não pode dispor) • DISPOSIÇÃO LEGAL Código Civil Art. 513 Impõem ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento Doutrina: Direito tanto por tanto Estatuto da Cidade: Art. 25 Concede ao município preferência de aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares. § 2º: independente de quantas alienações sejam feitas, deve-se observar o direito de preferência do município. Caso viole essa exigência legal (art. 166, CC), será declarado nulo de pleno direito (inobservância da preferência do município) O município edita uma lei específica delimitar/demarcar a área suscetível à preferência. Alienação onerosa: antes da venda para terceiros, o proprietário precisa ofertar a propriedade para o município, por meio de contrato, notificação cartorária, protocolo de processo administrativo com legislações e matrícula do imóvel, ou qualquer forma de manifestação válida. É necessário que, por meio desse ato jurídico, apesente-se também um terceiro interessado. Do momento da edição da lei, o prazo de validade dela será de 5 anos, podendo ser renovado por mais 1 ano. O município precisa manifestar, expressamente, o interesse nessa alienação. Art. 26 - Sempre que o poder público necessitar de áreas; I. Regularização fundiária; II. Execução de programas; III. Constituição de reserva fundiária; IV. Ordenamento e direcionamento da expansão urbana; V. Implantação de equipamentos urbanos comunitários = equipamentos sanitários, p/ evitar desapropriação; VI. Criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes; VII. Criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas § único: a legislação especial editada será nula caso o município não promova o objetivo da alienação (dispostos no art. 26) Doutrina Prazo para impugnação desse direito é de 30 dias, após a publicação do edital e do interesse do município de alienar o imóvel. Regras do direito de preempção Art. 27 prazo de 30 dias para apresentação da intenção de venda por parte do proprietário. Desapropriação sanção: o município restringe pela má-fé (venda para terceiro com valor menor do que o avaliado e ofertado para o município) Operações urbanas consorciadas Gestão participativa entre o poder público e a iniciativa privada para desenvolvimento urbano. Ex.: Faria lima com a prefeitura de São Paulo Art. 32 A necessidade de se ter lei municipal específica, baseada no plano diretor, para delimitar área para aplicação de operações consociadas. Iniciativa privada promove a reorganização. § Parceria Público Privada para promoção da operação, coordenada pelo poder público para fomentar melhorias sociais e valorização ambiental. Melhoria urbanística com 2 elementos: • melhorias sociais e • valorização ambiental. Doutrina - Não pode ser empregada para fins de especulações imobiliárias. A lei específica deve delimitar o interesse fundiário - Sempre coordenada pelo Poder Público, podendo ter recursos privados. - O interesse público vai reger toda a operação - A lei específica vai prever a área e as modalidades de intervenções por meio dessa parceria. § 2º O que pode ser previsto nas operações I. Modificação de índices e características sobre o parcelamento do solo, uso e ocupação do solo, bem como alterações de normas edilícias (ventilação, vegetação, impacto ambiental II. A regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a legislação vigente. III. Tratamento paisagístico e ambiental na área de operação urbana consorciada. Art. 33 Plano que desenvolva todos os elementos contidos O município devera expor no seu orçamento o valor utilizado. I – definição da área a ser atingida; II – programa básico de ocupação da área; III – programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação; IV – finalidades da operação; V – estudo prévio de impacto de vizinhança; VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I, II e III do § 2º do art. 32 desta Lei; VII – forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação da sociedade civil. VIII - natureza dos incentivos a serem concedidos aos proprietários, usuários permanentes e investidores privados, uma vez atendido o disposto no inciso III do § 2o do art. 32 desta Lei. Art. 34 possibilidade de que sejam realizadas em aglomerações urbanas ou áreas que compreendam uma dinâmica estadual (transcende a área do município = área intermunicipal) Poderá ser administrada pelo Estado/ parceria entre os municípios Referências Bibliográficas BRASIL. Lei n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União: Brasília, DF: 10 jan. 2002. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em: 19 out. 2023. BRASIL. Lei n.º 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Brasília, 10 jul. 2001. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm. Acesso em: 14 abr. 2024.
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