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12 homens e uma sentença

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Universidade Paulista – UNIP 
 
 
 
 
 
 
12 HOMENS E UMA 
SENTENÇA 
Análise da argumentação jurídica 
 
 
 
 
 
São Paulo 
12 Homens e uma Sentença 
Análise e argumentação jurídica 
 
 O filme ´´ 12 homens e uma sentença´´ acontece em uma sala do júri, em que 12 sujeitos 
debatem o veredito que será atribuído ao réu, julgado por matar o pai friamente a facadas. 
Na condição de ser considerado culpado, a sanção estabelecida ao jovem de 18 anos será a 
pena de morte. 
 Em prévia à relação de argumentação dos indivíduos, é indispensável a análise do meio e 
as condições em que o julgamento se processa. O momento do filme se passa no sexto dia 
de audiência e, obrigatoriamente, os doze jurados acompanharam todo o processo. A 
princípio, a comissão demonstra-se inquieta e indiferente em relação a seus deveres como 
júri, visto que outros assuntos são pautados, como: a temperatura do dia em questão, o 
trabalho de cada indivíduo, um deles trabalha em jingle durante a discussão, as ações de 
mercado de esporte. Desde o modo, aludo que o caso era tratado pela grande maioria com 
desprezo, e por outros, como um emblema social. 
 Não obstante, a defesa do réu não foi efetiva. O advogado de defesa, acabara de se 
formar, estava no caso porque foi nomeado, não incitou testemunhas e declarou o caso 
como perdido. Em contrapartida, o advogado de acusação dispôs dos fatos não apurados 
pela defesa e apresentou testemunhas. Ele era compreendido como um sujeito inteligente, 
e que fez um trabalho de ética. Assim, o júri estava convicto da culpabilidade do réu. 
 Após a organização do júri, é feita uma votação preliminar. Dos 12 juristas presentes, 
somente um alega inocência do indivíduo e ao ser questionado, ele apresenta um simples 
argumento de escolha: ´´Quando há 11 votos culpados não é fácil levantar a minha mão e 
mandá-lo para a morte. Estamos aqui para falar sobre a vida de alguém imagine se estamos 
errados´´. Não obstante, ele ressalta características infelizes da vida do réu: um garoto 
periférico que perdeu a mãe aos 8 anos de idade, e viveu durante um ano e meio no 
orfanato enquanto o pai esteve detido. Ao fazer uso deste argumento, ele não se baseia em 
fatos, contudo convence aqueles que se deixam levar pela emoção. 
 Diante da relutância em acreditar na inocência do réu, propõe-se que cada um dos onze 
homens tente convencer o outro de que ele está errado. As ideias que decorrem são 
pautadas nos fatos e testemunhas demonstrados no tribunal, entretanto, abrem espaço 
para retóricas que serão esclarecidas no recorrer do filme. 
 O jurista número 6 levanta um argumento casual, defendido pelo advogado de acusação, 
ele diz: ´´Se não houver motivo, não há um caso´´. Ele se baseia no depoimento das pessoas 
que estavam no corredor do apartamento, no qual eles afirmam que, por volta das 19 
horas, houve uma discussão entre o pai e o filho. Essa alteração fez com que o pai agredisse 
o filho e o garoto, por sua vez, sai furioso da casa. Contudo, em defesa, um dos juristas 
apresenta um argumento de igualdade, na qual ele diz que o réu já apanhou muitas vezes, 
portanto, isso não seria motivo para cometer o crime. 
 No decorrer do longa-metragem, é notório, por parte de alguns juristas, o preconceito 
que há a respeito do meio vivente do réu. Assegurando que o acusado é marginal, fruto de 
favela, sendo, um problema em potencial para a sociedade, um dos jurados faz uso do 
argumento figurativo e generalizado. Em resposta, um deles se opõe e estabelece um 
argumento de có , na qu n qualal ele afirma ter analisado o decorrer do caso e estranha o 
fato de que todos afirmam que ele é culpado, integralmente os fatos estão positivados, 
ressalta que o advogado de defesa não incitou testemunhas, consequentemente isso o 
invalida.a. 
 O idoso que vivia no andar de baixo da cena do crime alegou ter ouvido ruídos de luta e o 
garoto jurando, em alto e bom som, a morte do pai, logo após, ouve o barulho do corpo 
caindo ao chão. Ele se levanta em 15 segundos, vai até a porta e vê o culpado descendo as 
escadas. Simultaneamente, uma mulher que mora do outro lado da rua onde uma linha de 
trem ficava entre eles, declara que na noite do ato, em razão do calor excessivo, estava com 
dificuldade para dormir. Olhou para a janela e viu o garoto esfaqueando o pai e fugindo, ela 
grita e aciona as autoridades. Esses argumentos pautados na descrição das testemunhas são 
de autoridades, contudo revelam fragilidade. Em resposta, os juristas refazem toda a cena 
do crime, e levantam argumentos descritivos que tornam os testemunhos suspeitos ao 
revelar segurança na argumentação e descrição dos fatos que foram comprovados. 
 No desfecho do caso, um dos juristas faz alegação de marcas do uso de óculos na senhora 
que afirma ter visto, através do trem, com as luzes apagadas o garoto matar o pai e fugir. 
Esse argumento ad hominem, atacar quem apresenta o argumento em vez do argumento 
em si, faz com que a decisão de absolvição do réu seja quase unanime. 
 O último jurista transparece seu envolvimento emotivo com o caso, visto que ele julgava 
baseado em seu desacordo com o filho, declarando o réu inocente. 
 
 
 
Referências: 
Filme 12 homens e uma sentença, disponível no prime video 
 
FFilme 12 homens e uma sentença, com base em artigo publicado pelo Conselho Federal da 
OAB

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