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Curso de Contabilidade

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LICEU BRASIL 
CURSO DE 
CONTABILIDADE
Balanço patrimonial
CONTEUDO PROGRAMATICO
 Módulo 1 – Introdução 
 Módulo 2 – Balanço Patrimonial
 Módulo 3 – Razão
 Módulo 4 – Apresentação do Balanço
 Módulo 5 – Demonstração do Resultado do Exercício
 Módulo 6 – Operações com Mercadorias
 Módulo 7 – Depreciação – Despesa Contábil
 Módulo 8 – Contabilização de Receitas/Despesas
 Módulo 9 – Regime de Competência
 Módulo 10 – Reservas e Provisões
 Módulo 11 – Fechamento do Balanço Patrimonial
Bens Direitos Obrigações
CONCEITOS
Para iniciar o estudo da contabilidade é muito importante
entender alguns conceitos básicos, a começar pela
conceituação do seu objeto de estudo, o patrimônio.
PATRIMÔNIO
O patrimônio de uma pessoa física ou jurídica é composto
pelo conjunto de bens, direitos e obrigações, passíveis de
mensuração, de sua propriedade.
Patrimônio
PATRIMÔNIO
O patrimônio é composto por elementos positivos e negativos.
Os bens e direitos 
representam o aspecto 
positivo patrimonial, que 
é denominado de “Ativo”.
As obrigações 
representam o aspecto 
negativo patrimonial, que 
é denominado de 
“Passivo”.
Elementos Positivos Elementos Negativos
PATRIMÔNIO - Bens
Bens são todos os elementos corpóreos ou incorpóreos que
integram o patrimônio. Para fins contábeis estes elementos
devem ser passíveis de mensuração.
Os bens corpóreos, também conhecidos como materiais ou
tangíveis compreendem os bens que possuem “existência
física”, como dinheiro, terrenos, veículos, salas comerciais,
móveis e utensílios, máquinas e equipamentos, estoques,
dentre outros.
PATRIMÔNIO - Bens
Já os bens incorpóreos, também conhecidos como imateriais
ou intangíveis compreendem os bens que não existem
fisicamente, como software, marcas, patentes, propriedade
científica, ponto comercial, dentre outros.
Para garantir 
exclusividade e 
proteção de marcas e 
patentes a empresa 
deve efetuar o 
registro no INPI.
PATRIMÔNIO - Direitos
Direitos são todos os créditos (haveres) de uma pessoa
física ou jurídica contra terceiros.
Normalmente, os direitos são representados por títulos e
documentos, como a duplicata, fatura, nota fiscal-fatura, nota
promissória, conforme o caso.
Representam direitos os adiantamentos a
fornecedores, adiantamentos a empregados,
impostos e contribuições a recuperar, dentre
outros.
PATRIMÔNIO - Obrigações
As obrigações são representadas por todas as dívidas com 
terceiros, como:
- duplicatas a pagar;
- promissórias a pagar;
- salários e ordenados;
- impostos e contribuições a recolher;
- financiamentos;
- empréstimos;
- provisões para férias;
- 13° salário;
- dentre outros.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O Patrimônio Líquido pode ser representado por uma das 
seguintes fórmulas:
PL = Bens + Direitos - Obrigações 
ou
PL = Ativo - Passivo
A fórmula do patrimônio líquido serve para medir a riqueza 
que a empresa possui.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Considere uma empresa que possui 15.000,00 em bens, R$
3.000,00 em direitos, e R$ 25.000,00 em obrigações. Esta
empresa terá um Patrimônio Líquido:
PL = Bens + Direitos - Obrigações 
PL = 15.000 + 3.000 – 25.000
PL = - 7.000
Esta situação é vantajosa para a empresa?!
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
A situação NÃO é vantajosa tendo em vista que o ativo,
mesmo que transformado em dinheiro, não seria suficiente
para cobrir as obrigações contraídas pela empresa.
Nesta situação ocorre 
o que alguns autores 
denominam como 
“passivo a descoberto” 
ou “situação líquida 
negativa”.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Segundo o artigo 178, § 2°, inciso III da Lei 6404/76 o 
patrimônio líquido é dividido nos seguintes grupos:
- capital social;
- reservas de capital;
- ajustes de avaliação patrimonial;
- reservas de lucros;
- ações em tesouraria; e
- prejuízos acumulados.
O patrimônio líquido também é conhecido como “capital 
próprio”, “recursos próprios” ou “passivo não-exigível”.
ATIVO
Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado
de eventos passados e do qual se espera que resultem
futuros benefícios econômicos para a entidade.
No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente
de grau de liquidez:
Disponibilidade
Clientes
Estoques
Investimentos 
Imobilizado
ATIVO
Os elementos do ativo serão registrados em dois grupos:
- ativo circulante; e
- ativo não circulante.
ATIVO CIRCULANTE
No ativo circulante devem constar:
- as disponibilidades;
- os direitos realizáveis no curso do exercício social 
subsequente; e
- as aplicações de recursos em despesas do exercício 
seguinte.
(Art. 179, inciso I da Lei 6.404/76)
ATIVO CIRCULANTE
Hoje (2011) 01/01/2012 01/01/201331/12/2012 31/12/2013
Curto Prazo Longo Prazo
O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do 
término será fixada no estatuto (Art. 175 da Lei 6.404/76).
Normalmente o exercício social, coincide com o ano civil, e 
encerra-se em 31 de dezembro de cada ano.
Curto Prazo
Os direitos realizáveis no curso do exercício social
subsequente, normalmente, se subdividem em:
- clientes;
- outros créditos;
- tributos a recuperar;
- investimentos temporários a curto prazo; e
- estoques.
ATIVO CIRCULANTE
As disponibilidades compreendem os elementos
do ativo que representam dinheiro ou que sejam
facilmente convertidos, a exemplo da conta caixa,
bancos conta movimento, aplicações financeiras
de liquidez imediata e numerários em trânsito.
ATIVO CIRCULANTE
As aplicações de recursos em despesas do exercício
seguinte, ou “despesas antecipadas”, representam os gastos
efetuados no ano em curso, mas que serão “consumidos”
apenas no próximo exercício social.
Tais gastos são lançados no ativo
circulante por serem semelhantes
aos “direitos” da empresa, tendo
em vista que se tornarão despesas
quando efetivamente incorridos.
Como devo lançar uma apólice de
seguros com cobertura de 24 meses?!
ATIVO NÃO CIRCULANTE
No ativo não circulante são classificados os direitos
realizáveis a longo prazo e os bens corpóreos e incorpóreos
de uso permanente, normalmente de propriedade da
companhia.
O que é longo prazo?!
O ativo não circulante se subdivide em:
- ativo realizável a longo prazo;
- investimentos;
- ativo imobilizado;
- intangível.
ATIVO NÃO CIRCULANTE - Ativo 
Realizável a Longo Prazo
Classificam-se como ativo realizável a longo prazo os direitos
realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como
os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a
sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou
participantes no lucro da companhia, que não constituírem
negócios usuais na exploração do objeto da companhia.
ATIVO NÃO CIRCULANTE - Investimentos
Classificam-se como investimentos as participações
permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer
natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se
destinem à manutenção da atividade da companhia ou da
empresa.
ATIVO NÃO CIRCULANTE - Imobilizado
Classificam-se como ativo imobilizado os direitos que
tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção
das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos
com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações
que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle
desses bens.
O leasing financeiro passou a ser
contabilizado como imobilizado a
partir das alterações promovidas
pela Lei 11.638/07.
ATIVO NÃO CIRCULANTE - Intangível
Classificam-se como intangível os direitos que tenham por
objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da
companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o
fundo de comércio adquirido.
São exemplos de bens classificáveis no ativo intangível:
- softwares;
- marcas;
- patentes;
- direitos de exploração;
- direitos autorais;
- ponto comercial adquirido;
- dentre outros.
PASSIVO
O passivo é a parte do balanço patrimonial que evidencia as
obrigações e o patrimônio líquido.
As contas representativas de obrigações devem ser
classificadas observando-se a ordem decrescente do grau
de exigibilidade dos elementos nela registrados.Fornecedores 
Empréstimos e Financiamentos
Obrigações Tributárias 
Obrig. Trabalhistas 
Destinações dos Lucros
PASSIVO
Grau de exigibilidade representa o maior ou o menor prazo
em que a obrigação deve ser paga. Quanto maior o grau
de exigibilidade menor o prazo para pagamento.
No passivo, as contas serão classificadas 
nos seguintes grupos:
- passivo circulante;
- passivo não circulante; e
- patrimônio líquido.
PASSIVO CIRCULANTE
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para
aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas
no passivo circulante, quando se vencerem no exercício
seguinte.
O grupo do passivo circulante poderá conter subdivisões de 
acordo com a natureza das obrigações, como a exemplo de:
- fornecedores;
- empréstimos e financiamentos;
- obrigações tributárias;
- obrigações trabalhistas e previdenciárias;
- obrigações com sócios e participantes dos lucros;
- provisões; e
- outras obrigações.
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para
aquisição de direitos do
classificadas no passivo
ativo não circulante, 
não circulante, se
serão 
tiverem
O grupo “resultado de exercícios futuros” foi extinto pela
Lei 11.941/09, e o saldo existente em 31/12/2008 deverá
ser reclassificado para o PñC em conta representativa
de receita diferida e do respectivo custo diferido.
vencimento após o término do exercício seguinte.
Lembre-se do conceito de curto e longo prazo!!!
RESULTADO
O resultado é representado por lucro ou prejuízo.
As contas do ativo, passivo e patrimônio líquido são
consideradas contas patrimoniais, já as de receitas e
despesas são consideradas contas de resultado.
LUCRO PREJUÍZO
RECEITAS
As receitas são variações positivas do
patrimônio líquido. Podem ser obtidas através
de comercialização, industrialização, prestação
de serviços, dentre outras formas.
Para fins da DRE, a empresa terá:
- a receita bruta;
- receita líquida;
- as receitas financeiras (como dedução das despesas
financeiras); e
- as outras receitas
(Art. 187 da Lei 6.404/76)
RECEITAS
A receita bruta compreende o preço de venda de
mercadorias e serviços antes:
- das deduções das vendas;
- dos abatimentos de impostos e contribuições;
- das vendas canceladas e das devoluções de vendas.
Com isso chega-se à receita líquida.
O efeito da receita sobre o patrimônio pode
consistir no aumento do ativo ou na redução do
passivo. De uma forma ou de outra, a receita
aumenta a situação líquida da empresa.
RECEITAS
As receitas financeiras compreendem:
- os juros ativos;
- descontos condicionais obtidos;
- variações monetárias ativas;
- variações cambiais ativas;
- dentre outros.
Já as “outras receitas” abrangem os lucros de participações 
societárias, as vendas diversas, os ganhos de capital, e os 
demais ganhos.
Com as alterações promovidas pela Lei 11.941/09 as “receitas 
não-operacionais” passam a denominar-se “outras receitas”.
DESPESAS
As despesas são variações negativas do patrimônio líquido.
Possuem como objetivo, direto ou indireto, à obtenção de
receitas.
O efeito da despesa sobre o
patrimônio pode consistir na redução
do ativo ou no aumento do passivo
por despesa incorrida e não paga.
De uma forma ou de outra, a
despesa reduz a situação líquida da
empresa.
DESPESAS
São exemplos de despesas nas atividades da empresa:
- os salários;
- encargos e contribuições como INSS e FGTS;
- impostos;
- materiais de uso e consumo;
- depreciação;
- aluguéis;
- energia, água e telefone;
- dentre outros.
Com as alterações promovidas pela Lei 11.941/09 as
“despesas não-operacionais” passam a denominar-se
“outras despesas”.
DESPESAS
As despesas, normalmente são divididas em:
- despesas de vendas;
- despesas gerais;
- despesas administrativas;
- financeiras; e
- “outras despesas”.
GASTOS
Gasto é todo o sacrifício suportado pela empresa para a
obtenção de bens e serviços que possam, de alguma
maneira, contribuir para a geração de receita.
Os gastos que alteram o patrimônio líquido são:
- despesas;
- custos;
- encargos; e
- perdas.
GASTOS
“Na determinação do resultado do exercício serão
computados os custos, despesas, encargos e perdas, pagos
ou incorridos” correspondentes as respectivas receitas e
rendimentos reconhecidos (Art. 187, §1°, alínea b da Lei
6.404/76).
Custos
Despesas
Encargos
Perdas
Receitas
Resultado do 
Exercício
GASTOS - Despesas
As despesas são “variações negativas 
do patrimônio líquido”. Os custos, 
encargos, e perdas também! Então 
qual a diferença entre eles?!
As despesas representam apenas uma
parcela de todos os gastos da empresa.
Esta parcela compreende os gastos no
consumo de bens ou serviços fora da área
de produção de outros bens ou serviços,
tais como gastos de vendas, gerais e de
administração da empresa.
GASTOS
DESPESAS
GASTOS - Custos
bens eOs custos representam gastos no consumo de 
serviços para a produção de outros bens ou serviços.
Considerando uma indústria de móveis, qual funcionário 
representa um custo e qual representa despesa?
Produtos em
Elaboração
Produtos 
Acabados
CPV
Resultado
Despesas
de Vendas
Resultado
Marceneiro
Vendedor
GASTOS - Encargos
Encargos correspondem à perda gradual de valor de bens
através de depreciação, amortização ou exaustão.
Por motivos práticos, os encargos são considerados como
despesas de depreciação, amortização ou exaustão, porém,
se estiverem diretamente vinculados à produção de bens e
serviços serão considerados como custo.
Ao longo do tempo 
os bens podem 
ficar desgastados 
ou obsoletos!
GASTOS - Perdas
O consumo de bens ou serviços de forma involuntária ou
anormal na administração da empresa será considerado
despesa, porém se a perda ocorrer na área de produção
será considerado custo.
.Em uma refinaria de petróleo a
evaporação dos combustíveis produzidos
será considerada um custo, desde que
dentro de um padrão comum.
Já se houver algum acidente e
vazamento dos combustíveis, esses
deverão ser considerados despesas.
CONTAS DE COMPENSAÇÃO
As contas de compensação constituem sistema próprio para
controle e registro dos fatos relevantes que resultam em
assunção de direitos e obrigações da entidade cujos efeitos
materializar-se-ão no futuro e que possam se traduzir em
modificações no patrimônio da entidade.
Contrato de Comodato 
(Empréstimo)
O bPeomdereaclteebriadrooem
coempmaoptdriaémtsoôtindmieovdefaszerlp
aanrçtaededomoeppmraets“rCiamoônntaios
defdCuatouemrmapmperenensstaaeç?ã!o”.
PLANO DE CONTAS
Os elementos que formam o patrimônio e suas alterações
são controlados por meio de contas, cuja função, é registrar
e representar os bens, os direitos, as obrigações e a
situação líquida patrimonial, além das receitas e despesas.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PASSIVO
Obrigações
Situação Líquida
ATIVO
Bens
Direitos
PLANO DE CONTAS
De acordo com a Lei 6.404//76 as contas podem ser dividas 
em dois grupos:
- contas patrimoniais; e
- contas de resultado.
A Resolução CFC 1.330/11 prevê um terceiro grupo
chamado “contas de compensação” para registro dos fatos
extrapatrimoniais.
ATIVO
Ativo Circulante 
Ativo Não Circulante
Ativo Realizável a Longo 
Prazo
Investimentos 
Imobilizado 
Intangível
PASSIVO
Passivo Circulante 
Passivo Não Circulante 
Patrimônio Líquido 
Capital Social 
Reservas de Capital 
Ajustes de Avaliação 
Patrimonial
Reservas de Lucros 
Ações em Tesouraria 
PrejuízosAcumulados
O agrupamento mínimo das contas patrimoniais, conforme 
artigo 178 da Lei 6.404/76, deverá ser:
PLANO DE CONTAS
O Plano de Contas é composto por contas SINTÉTICAS e 
contas ANALÍTICAS.
Algumas contas SINTÉTICAS foram pré-definidas pela legislação.
1. ATIVO
1.1 Ativo Circulante
1.1.01 Disponibilidades
1.1.01.001 Caixa
Sintética
Sintética
Sintética
Analítica
Lei 6.404/76
Usos e 
Costumes
Sintéticas são contas que se Subdividem em Subcontas.
PLANO DE CONTAS
O detalhamento do plano de contas deverá ser diretamente
proporcional à complexidadedas operações da entidade e
dos requisitos de informação a ela aplicáveis.
Algumas entidades reguladoras, como ANS, BACEN,
SUSEP, dentre outras, podem requerer o uso de um Plano
de Contas específico (padronizado).
O CFC determina que as empresas não devem
necessariamente observar um padrão pré-definido para o
Plano de Contas, exceto se submeterem a órgãos
reguladores.
LANÇAMENTO CONTÁBIL
O lançamento contábil serve para a escrituração dos fatos
contábeis da entidade. Cada operação é objeto de um
lançamento. A escrituração contábil deve ser executada:
-em idioma e em moeda corrente nacionais;
-em forma contábil;
-em ordem cronológica de dia, mês e ano;
-com ausência de espaços em branco, entrelinhas, 
borrões, rasuras ou emendas; e
-com base em documentos de origem externa ou interna
ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou
evidenciem fatos contábeis.
LANÇAMENTO CONTÁBIL
A escrituração em forma contábil deve conter, no mínimo:
-data do registro contábil;
-conta devedora;
-conta credora;
-histórico;
valor do registro contábil;
-informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os 
registros que integram um mesmo lançamento contábil.
O registro contábil deve conter o número de identificação do
lançamento em ordem sequencial relacionado ao respectivo
documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, em
elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
Os lançamentos, que consistem no registro
contábeis, são processados com base no método
de fatos 
das
partidas dobradas.
O método das partidas dobradas foi citado, pela primeira
vez, em Veneza, na Itália, em 1494, pelo frade franciscano
Luca Pacioli.
Neste método, também conhecido como “digrafia”, a
escrituração é bilateral, ou seja, para todo débito deve haver
pelo menos um crédito.
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
Na sua origem, o método envolvia apenas uma conta a
crédito e uma a débito. Atualmente um lançamento pode
envolver um ou mais débitos e um ou mais créditos.
Desta forma, observa-se uma das quatro combinações:
O uso deste método permite o controle simultâneo de todos
os elementos patrimoniais e de resultado envolvidos em
cada fato.
DOCUMENTOS CONTÁBEIS
Documentação contábil é aquela que comprova os fatos que
originam lançamentos na escrituração da entidade e compreende
todos os documentos livros, papéis, registros e outras peças, de
origem interna ou externa, que apoiam ou componham a
escrituração.
A documentação contábil é hábil
quando revestida das características
intrínsecas ou extrínsecas
definidas na legislação,
essenciais, 
na técnica-
pelos “usos econtábil ou aceitas 
costumes”.
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
Os Princípios de Contabilidade representam a essência das
doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade. 
São Princípios de Contabilidade:
- o da ENTIDADE;
- o da CONTINUIDADE;
- o da OPORTUNIDADE;
- o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
- o da COMPETÊNCIA; e
- o da PRUDÊNCIA.
A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui
infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei
n.º 9.295/46 e, quando aplicável, ao Código de Ética
Profissional do Contabilista.
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS –
Princípio da Entidade
Sócios Pessoa Jurídica
Fulano
Beltrano
Integralização de Capital
Integralização de Capital
Quotas
Quotas
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS – Princípio 
da Entidade
O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto
da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a
necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no
universo dos patrimônios existentes, independentemente de
pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade,
com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta
acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos
seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição.
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS – Princípio 
da Continuidade
O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade
continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração
e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em
conta esta circunstância.
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS – Princípio da Oportunidade
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais
para produzir informações íntegras e tempestivas.
A falta de integridade e tempestividade
na produção e na divulgação da
informação contábil pode ocasionar a
perda de sua relevância, por isso é
necessário ponderar a relação entre a
oportunidade e a confiabilidade da
informação.
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS – Registro pelo Valor Original
Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os
componentes 
registrados
do patrimônio 
pelos valores
devem 
originais
ser inicialmente 
das transações,
expressos em moeda nacional.
As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em
graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de
diferentes formas:
- custo histórico;
- variação do custo histórico.
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS – Princípio 
da Competência
O Princípio da Competência determina que os efeitos das
transações e outros eventos sejam reconhecidos nos
períodos a que se referem, independentemente do
recebimento ou pagamento.
O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da
confrontação de receitas e de despesas correlatas.
É possível possuir lucro sem 
possuir saldo em caixa ou banco?!
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS – Princípio 
da Prudência
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor
valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do
PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que
alterem o patrimônio líquido.
O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau
de precaução no exercício dos julgamentos necessários às
estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de
que ativos e receitas superestimados e que
passivos e despesas subestimados, atribuindo
maior confiabilidade
não sejam 
não sejam 
ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais.
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis são as extraídas dos registros
e documentos que compõem o sistema contábil de qualquer
tipo de entidade.
O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer
informações sobre a posição patrimonial e financeira, o
desempenho e as mudanças na posição financeira da
entidade, que sejam úteis a um grande número de usuários
em suas avaliações e tomadas de decisão econômica.
Demonstrações contábeis preparadas de acordo com os
preceitos contábeis atendem às necessidades comuns da
maioria dos usuários.
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Existem diversos tipos de demonstrações, sendo as principais:
- Balanço Patrimonial (BP);
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
- Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
- Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
- Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
- Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA);
- Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
Porém, algumas podem ser exigidas ou não dependendo do tipo da
empresa: Sociedade Anônima, Sociedade de Grande Porte ou
Pequenas e Médias Empresas.
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – Sociedades Anônimas
Conforme disciplinam os artigos 176 e 177 da Lei 6.404/76, 
com alterações da Lei 11.638/07, as Sociedades Anônimas
ao fim de cada exercício social deverão elaborar as
seguintes demonstrações financeiras:
- balanço patrimonial;
- demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
- demonstração do resultado do exercício; e
- demonstração dos fluxos de caixa; e
- se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a
indicação dos valores correspondentes das demonstrações
do exercício anterior.
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – Grande Porte
O artigo 3º da Lei 11.638/07 determina que se aplique às
sociedades de grande porte, ainda que NÃO constituídas
sob a formade sociedades por ações, as disposições da Lei
6.404/76, sobre escrituração e elaboração de demonstrações
financeiras.
Considera-se de grande porte a sociedade ou conjunto de
sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social
anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e
quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a
R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Pequenas e Médias Empresas
As PMEs enquadradas na NBC TG 1000, aprovada pela
Resolução CFC 1.255/09, deverão apresentar o conjunto
completo de demonstrações contábeis da entidade, que
deverá incluir todas as seguintes demonstrações:
- balanço patrimonial ao final do período;
- demonstração do resultado do período de divulgação;
- demonstração do resultado abrangente;
- demonstração das mutações do patrimônio líquido;
- demonstração dos fluxos de caixa;
- notas explicativas.
BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial é a demonstração financeira (contábil)
destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, em
uma determinada data, a posição patrimonial e financeira da
entidade.
Ele é formado por duas partes: ativo
e passivo, sendo que no ativo
encontram-se os bens e os direitos,
enquanto no passivo encontram-se
as obrigações e o patrimônio líquido.
BALANÇO PATRIMONIAL
O BP deve apresentar, no mínimo, as seguintes contas:
- caixa e equivalentes de caixa;
- clientes e outros recebíveis;
- estoques;
- ativos financeiros;
- total de ativos classificados como disponíveis para venda;
- ativos biológicos;
- investimentos avaliados pelo MEP;
- propriedades para investimento;
- imobilizado;
- intangível;
BALANÇO PATRIMONIAL
-contas a pagar comerciais e outras;
-provisões;
-obrigações financeiras;
-obrigações e ativos relativos à tributação corrente;
-impostos diferidos ativos e passivos;
-obrigações associadas a ativos à disposição para venda;
-participação de não controladores apresentada de forma 
destacada dentro do patrimônio líquido; e
-capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis 
aos proprietários da entidade.
BALANÇO PATRIMONIAL
Tradicionalmente o balanço patrimonial é apresentado em
uma forma gráfica “T” (forma horizontal), onde do lado
esquerdo encontram-se os elementos do ativo e do lado
direito o passivo:
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
A DRE é um relatório contábil destinado a evidenciar a
composição do resultado formado em determinado período
de operações da entidade.
A DRE deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas:
-receitas;
-custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços 
vendidos;
-lucro bruto;
-despesas com vendas, gerais, administrativas e outras 
despesas e receitas operacionais;
-parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida 
por meio do método de equivalência patrimonial;
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
- resultado antes das receitas e despesas financeiras
- despesas e receitas financeiras;
- resultado antes dos tributos sobre o lucro;
- despesa com tributos sobre o lucro;
- resultado líquido das operações continuadas;
- valor líquido dos seguintes itens:
-resultado líquido após tributos das operações
descontinuadas;
-resultado após os tributos decorrente da mensuração ao
valor justo menos despesas de venda ou na baixa dos
ativos ou do grupo de ativos à disposição para venda que
constituem a unidade operacional descontinuada;
- resultado líquido do período;
DEMOSNTRAÇÃO DO RESULTADO DO
EXERCÍCIO
A DRE é apresentada somente de forma vertical, conforme 
exemplo a seguir:
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU 
PREJUÍZOS 
ACUMULADOS
A DLPA é um relatório que tem por finalidade evidenciar a
destinação do lucro líquido apurado no final de cada exercício
social. A DLPAdiscriminará:
-o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e
a correção monetária do saldo inicial;
-as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
-as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos
lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.
Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas
os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da
retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e
que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes.
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS 
OU PREJUÍZOS 
ACUMULADOS
A DLPA também é apresentada de forma vertical conforme 
modelo:
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO
A DMPL é um relatório contábil que visa evidenciar as
variações ocorridas em todas as contas que compõem o
Patrimônio Líquido em um determinado período.
A DMPL é elaborada com colunas que representam as
contas do Patrimônio Líquido, e linhas que representam as
transações ocorridas e que devem ser evidenciadas com
relação a cada conta (coluna) do patrimônio.
A DMPL possui a seguinte estrutura:
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
ABRANGENTES
A DRA apresenta as receitas, despesas e outras mutações que
afetam o patrimônio líquido, mas que não foram reconhecidas
ainda na DRE, conforme disposição de Pronunciamentos,
Interpretações e Orientações que regulam a atividade contábil.
A DRA pode ser apresentada dentro da DMPL, ou através de
relatório próprio. O CPC sugere que se faça uso da
apresentação na DMPL.
Quando apresentada em demonstrativo próprio, a DRA tem
como valor inicial o resultado líquido do período apurado na
DRE, seguido dos outros resultados abrangentes, conforme
estrutura mínima para a Demonstração do Resultado
Abrangente estabelecida pelo CPC 26:
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS ABRANGENTES
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
A DFC é um relatório contábil que tem por finalidade
evidenciar as transações ocorridas em um determinado
período e que provocaram modificações no saldo da conta
Caixa e Equivalentes de Caixa.
A DFC é uma demonstração sintetizada dos fatos
administrativos que alteram o caixa e equivalentes de caixa
durante um determinado período.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa compreende o fluxo
das atividades operacionais, dos financiamentos e dos
investimentos, e pode ser elaborada através do método
direto ou indireto.
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
A DVA é um relatório contábil que evidencia o quanto de
riqueza uma empresa produziu, isto é, quanto ela adicionou
de valor aos seus fatores de produção, e o quanto e de que
forma essa riqueza foi distribuída (entre empregados,
governo, acionistas, financiadores de capital) bem como a
parcela retida na empresa para reinvestimento.
A DVA evidencia a riqueza econômica produzida pela
empresa em determinado exercício.
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
A partir da DVA das empresas pode-se obter, dentre outras, 
as seguintes principais informações:
a)acontribuição da empresa na formação do Produto 
Interno Bruto (PIB);
b)o nível de contribuição de uma empresa para a riqueza 
regional ou setorial;
c)verificar a contribuição da empresa à sociedade em geral 
através de pagamentos de impostos ao governo;
d)as empresas podem medir o nível de participação da mão-
de-obra na geração de sua riqueza.
O modelo a seguir apresentado deve ser entendido como indicativo, e
um maior detalhamento, em nome da maior transparência, poderá ser
utilizado:
NOTAS EXPLICATIVAS
As notas explicativas são exigidas pelo § 4º do art. 176 da 
Lei 6.404/76 e pela Resolução CFC 1.255/09. Portanto, as
notas explicativas
são
obrigatórias para as Sociedades
Anônimas, de
Grande
Porte, e Pequenas e Médias
Empresas.As notas explicativas são esclarecimentos que visam
complementar as demonstrações contábeis e informar os
critérios contábeis utilizados pela empresa, a composição de
saldos e determinadas contas, os métodos de depreciação,
os principais critérios de avaliação dos elementos
patrimoniais, dentre outros
LIVROS CONTÁBEIS E 
COMERCIAIS
Os livros contábeis mais conhecidos são: Livro Diário, Livro
Razão, Caixa e Contas Correntes. Enquanto os livros
principais, diário e razão, registram todos os fatos contábeisem
um determinado período, os livros auxiliares, caixa e contas
corrente, registram apenas alguns fatos contábeis.
O Livro Diário é obrigatório e exigido pelo
Código Civil. No Livro Diário devem ser
lançadas, em ordem cronológica, com
individualização, clareza e referência ao
documento probante, todas as operações
ocorridas, e quaisquer outros fatos que
provoquem variações patrimoniais.
CASOS PRÁTICOS
CASOS PRÁTICOS
Para fins didáticos serão explanados
alguns conceitos para cada tópico
abordado, e os respectivos exemplos
de lançamentos contábeis.
Nos exemplos práticos não serão abordados os métodos
de valor justo, impairment, ajuste a valor presente,
aplicáveis sobre ativos e passivos, tendo em vista que o
estudo a que esse curso se propõe é de conhecimento
básico da contabilidade.
LANÇAMENTOS DE ABERTURA DE EMPRESA
Para as empresas desenvolverem suas atividades, é preciso
que estejam devidamente constituídas e legalizadas. Para
isto, é necessário o registro dos atos constitutivos, pelo
menos nos seguintes órgãos:
-Junta Comercial do Estado (Empresas Mercantis);
-Cartório do Registro Civil de Pessoas Jurídicas (Empresas 
Não Mercantis);
-Receita Federal;
-Secretaria do Estado da Fazenda;
-Prefeitura do Município de jurisdição da empresa;
-Previdência Social;
-Delegacia Regional do Trabalho.
LANÇAMENTOS DE ABERTURA DE EMPRESA
Após o registro na Junta Comercial ou Cartório, conforme o
caso deverá ocorrer os lançamentos contábeis de abertura
da empresa. Os primeiros lançamentos contábeis a serem
escriturados no Livro Diário são aqueles referentes aos fatos
que ocorreram na fase de constituição das empresas.
Existem dois momentos distintos: o primeiro quando ocorre a
subscrição do capital social, e o segundo pela efetiva
integralização em dinheiro ou em bens. Estes dois
momentos devem ser registrados de forma segregada.
LANÇAMENTOS DE ABERTURA DE
EMPRESA
Considere que em 05/01/2011 a empresa Ecológica Comércio e
Projetos de Móveis Ltda. tenha inscrito JUCESC o seu contrato
social. No contrato social, os sócios Fulano da Silva e Beltrano de
Souza, deliberaram pela subscrição de R$ 100.000,00 que seria
integralizado no ato em moeda corrente. O Contrato Social foi
homologado na JUCESC em 05/01/2011. O sócio Fulano da Silva
integralizou R$ 70.000,00 e o sócio Beltrano de Souza R$
30.000,00. Com isso o capital social ficou composto:
LANÇAMENTOS DE ABERTURA DE
EMPRESA
1) Portanto, para a constituição da empresa, serão necessários os
seguintes lançamentos contábeis:
D – Capital Social Subscrito a Integralizar (PL) ...... R$ 70.000,00 *
D – Capital Social Subscrito a Integralizar (PL) ....... R$ 30.000,00 **
C – Capital Social Subscrito (PL) ............................ R$ 100.000,00
* Hst: Pela subscrição do capital da Sociedade Ecológica Comércio e
Projetos de Móveis Ltda., conforme contrato devidamente arquivado
na Junta Comercial, sob n° 12.345, em 05/01/2011, por subscrição de
70 quotas de Fulano da Silva.
** Hst: Pela subscrição do capital da Sociedade Ecológica Comércio e
Projetos de Móveis Ltda., conforme contrato devidamente arquivado
na Junta Comercial, sob n° 12.345, em 05/01/2011, por subscrição de
30 quotas de Beltrano de Souza.
LANÇAMENTOS DE ABERTURA DE
EMPRESA
2) Pela integralização do Capital Social em dinheiro:
D – Caixa (AC) ......................................................... R$ 100.000,00
C – Capital Social Subscrito a Integralizar (PL)...... R$ 70.000,00 * 
C – Capital Social Subscrito a Integralizar (PL) ..... R$ 30.000,00 **
* Hst: Pela realização de 70 quotas subscritas e integralizadas em 
moeda corrente, pelo sócio quotista Fulano da Silva, conforme 
contrato social arquivado na Junta Comercial.
** Hst: Pela realização de 30 quotas subscritas e integralizadas 
em moeda corrente, pelo sócio quotista Beltrano de Souza, 
conforme contrato social arquivado na Junta Comercial.
LANÇAMENTOS DE ABERTURA DE
EMPRESA
3) Pela abertura da conta corrente no Banco Alfa S/A:
D – Banco Conta Movimento – Banco Alfa S/A (AC) .... R$ 100.000,00 
C – Caixa (AC) ............................................................. R$ 100.000,00
Hst: Pela abertura da conta corrente bancária n° 55, com depósito
inicial correspondente ao total das quotas integralizadas, conforme
comprovante de depósito n° 987.654.
Utilizando o método de lançamentos através de razonetes, têm-se:
LANÇAMENTOS DE ABERTURA DE EMPRESA
Com isso, a empresa Ecológica Comércio e Projetos de Móveis 
Ltda. apresenta o seguinte Balanço de Abertura em 05/01/2011:
COMPRA DE MERCADORIAS PARAREVENDA
As operações que envolvem a compra para revenda de
mercadorias constituem a atividade principal de empresas
comerciais. Para compreensão destas operações é
necessário conhecimento de alguns conceitos básicos:
✓ Compra
✓ Venda
✓ Devolução
✓ Desconto Incondicional
✓ Transferência de Mercadorias
✓ Consignação
✓ Nota Fiscal
✓ Fatura
✓ Duplicata
✓ Aceite de Duplicata
✓ Nota Fiscal – Fatura
COMPRA DE MERCADORIAS PARAREVENDA
Nas operações de compra de mercadorias para revenda, as
empresas comerciais necessitam de alguns resultados para
fins gerenciais como os valores das compras brutas, as
compras líquidas, o valor das mercadorias disponíveis para
venda, o custo das mercadorias vendidas (CMV), o valor das
vendas brutas (VB) e das vendas líquidas (VL) e o resultado
com mercadorias.
Esses resultados podem ser obtidos matematicamente
através de fórmulas ou contabilmente através dos
lançamentos escriturados
COMPRA DE MERCADORIAS PARA
REVENDA
Matematicamente podem ser utilizadas as seguintes fórmulas:
Compras Brutas = Valor da Compra +IPI – ICMS – PIS* – COFINS*
Compras Líquidas = CB + Fretes + Seguros – Dedução 
Mercadorias Disp. Venda = Estoque Inicial + Compras Líquidas 
CMV = Estoque Inicial + Compras Líquidas – Estoque Final 
Vendas Líquidas = Vendas Brutas – Deduções
Resultado Com Mercadorias = VL - CMV
COMPRA DE MERCADORIAS PARA
REVENDA
A contabilidade permite acesso a todos estes dados através dos
lançamentos efetuados nos razonetes e no livro diário. Porém, é
necessário que exista um controle adequado das operações que
envolvem estoques e custo das mercadorias.
Este controle pode ser feito de duas maneiras periodicamente ou
continuamente.
COMPRA DE MERCADORIAS PARA
REVENDA
Em 06/01/2011 a empresa Ecológica Comércio e Projetos de
Móveis Ltda. adquiriu 6 mesas e 4 armários de madeira de
demolição. Cada mesa custou R$ 420,00, e os armários R$
570,00 cada, totalizando uma compra de R$ 4.800,00 que foi paga
à vista.
1) Pelo registro das mercadorias adquiridas para revenda:
D – Estoque (AC) ........................................................ R$ 4.800,00 
C – Banco Conta Movimento (AC) .............................. R$ 4.800,00
Hst: Nota Fiscal n 2.336 da Vende Mais S/A.
Na hipótese de aquisição ocorrer à prazo a contrapartida da conta
“Estoque” seria “Fornecedores” no Passivo Circulante ou Não-
Circulante, conforme o caso.
COMPRA DE MERCADORIAS PARA
REVENDA
Para o recebimento das mesas e armários a empresa Ecológica
Comércio e Projetos de Móveis Ltda. desembolsou um total de R$
300,00 para que a Transportadora Rápida Ltda. efetuasse o
transporte das mercadorias do fornecedor até o seu
estabelecimento.
2) Pelo registro do frete na compra:
D – Estoque (AC) .......................................................... R$ 300,00 
C – Banco Conta Movimento (AC) ................................ R$ 300,00
Hst: Pagamento da NF n° 555 da Transportadora Rápida Ltda. 
referente ao frete das mercadorias sob NF n° 2.336.
COMPRA DE MERCADORIAS PARA
REVENDA
Nestas operações a empresa Ecológica Comércio e Projetos 
de Móveis Ltda. apresenta os seguintes razonetes:
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS NA AQUISIÇÃODE 
MERCADORIAS PARA REVENDA
Nas operações de aquisição de mercadorias para revenda, é
comum nas empresas comerciais, haver crédito de ICMS e
em alguns casos de PIS e COFINS.
Quanto ao PIS e COFINS as empresas sujeitas ao regime
créditos na forma estabelecida na Lei10.637/02 e
não-cumulativo das contribuições poderão usufruir de
Lei
10.833/03.
Já as empresas sujeitas ao regime cumulativo previsto na
Lei 9.718/98 não terão direito a crédito de PIS e COFINS em
suas aquisições.
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS NA AQUISIÇÃODE 
MERCADORIAS PARA REVENDA
O ICMS é considerado um imposto não cumulativo, ou seja,
o valor do imposto pago em uma operação é compensado no
valor do imposto a pagar na operação subsequente.
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS NA 
AQUISIÇÃO DE 
MERCADORIAS PARA
REVENDA
O IPI é considerado também um imposto não cumulativo. 
Porém, somente será aplicada a não-cumulatividade na
aquisição de matérias-primas ou de outros produtos
aplicados na produção.
Na contabilização de aquisições de matérias-primas por
empresas industriais deverá ser observada a mesma 
sistemática de lançamentos do ICMS.
Para fins do estudo a que este curso se propõe, não
haverá hipóteses de crédito de IPI, tendo em vista que
serão abordadas as operações efetuadas por empresas
comerciais e prestadoras de serviços.
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS NA 
AQUISIÇÃO DE 
MERCADORIAS PARA
REVENDA
Continuando o exemplo anterior, considere que nas aquisições
efetuadas pela empresa Ecológica Comércio e Projetos de Móveis
Ltda as mercadorias adquiridas para revenda possuem direito a
crédito de ICMS no percentual de 17% sobre o valor total da
aquisição.
3) Pelo registro do crédito de ICMS sobre as mercadorias 
adquiridas para revenda:
D – ICMS a Recuperar (AC) .......................................... R$ 816,00
C – Estoque (AC) ........................................................... R$ 816,00
Hst: Crédito de 17% de ICMS s/ Nota Fiscal n 2.336 da Vende 
Mais S/A.
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS NA 
AQUISIÇÃO DE 
MERCADORIAS PARA
REVENDAO lançamento de aquisição de mercadoria com direito a crédito 
pode ocorrer através de lançamento aberto:
D – Estoque (AC) ........................................................ R$ 3.984,00
D – ICMS a Recuperar (AC) ....................................... R$ 816,00
C – Banco Conta Movimento (AC) .............................. R$ 4.800,00
Os créditos de IPI, PIS e COFINS sobre as
mercadorias adquiridas, que a empresa possuir
critério de lançamentodireito, tem o mesmo 
demonstrado acima.
DEVOLUÇÃO DE COMPRAS
As devoluções de compras consistem na devolução total ou
parcial das mercadorias adquiridas, tendo em vista fatos
desconhecidos no momento da compra, como avarias no
transporte, incompatibilidade com o pedido efetuado, ou
quaisquer outros fatores que não atendam as expectativas
do adquirente.
Continuando o exemplo anterior, considere que quando do
recebimento das mesas e armários a empresa observou que
uma mesa estava em desacordo com o pedido. Portanto
efetuou a devolução da mesa e obteve o recebimento à vista
do valor pago para a sua aquisição.
DEVOLUÇÃO DE COMPRAS
O valor bruto da mesa adquirida representa R$ 420,00, porém
houve o lançamento do crédito de ICMS, que representa R$ 71,40
relativamente a esta unidade. Com isso a empresa emitiu uma
nota fiscal de devolução de R$ 420,00 com destaque de ICMS
devido no valor de R$ 71,40.
4) Pelo lançamento da devolução de compra com o registro do 
ICMS:
D - Banco Conta Movimento (AC) ............................... R$ 420,00 
C – Estoque (AC) ........................................................ R$ 348,60
C – ICMS a Pagar (PC) ............................................... R$ 71,40
Hst: Devolução de parte da compra efetuada do fornecedor Vende 
Mais S/A. conforme NF n° 001.
DEVOLUÇÃO DE COMPRAS
Após estes lançamentos nas operações de aquisição a empresa
Ecológica Comércio e Projetos de Móveis Ltda. apresentou os
seguintes razonetes:
VENDA DE
MERCADORIASAs vendas de mercadorias representam a principal fonte de
receita para empresas comerciais. As vendas, assim como as
compras, podem ser efetuadas à vista ou a prazo. Na hipótese de
vendas à prazo deverá observar que além da emissão de nota
fiscal deverá emitir a fatura.
Em 10/02/2011 foram efetuadas vendas à vista de 2 mesas e de 4
armários. As mesas foram vendidas por R$ 600,00 cada, e os
armários por R$ 750,00 cada. O total da Nota Fiscal emitida foi de
R$ 4.200,00.
1) Pelo lançamento da Nota Fiscal de Venda:
D – Banco Conta Movimento (AC) ............................. R$ 4.200,00
C – Receita de Vendas (Resultado) ........................... R$ 4.200,00 
Hst: Venda efetuada conforme Nota Fiscal n° 001.
VENDA DE MERCADORIAS
Quando há o lançamento da receita auferida, deve haver o 
lançamento dos custos das unidades revendidas.
Considere que a empresa Ecológica após os cálculos do custo
através da média ponderada tenha obtido um CMV de R$ 377,37
para cada mesa revendida e de R$ 512,14 para cada armário
revendido.
O CMV total é de R$ 2.803,30 [(377,37 x 2) + (512,14 x 4)].
2) Pelo lançamento do custo da mercadoria revendida:
D – Custo das Mercadorias Vendidas (Resultado) ..... R$ 2.803,30 
C – Estoque (AC) ........................................................ R$ 2.803,30
Hst: Custo das Mercadorias Revendidas sob Nota Fiscal n° 001.
TRIBUTOS INCIDENTES NA VENDA E
MERCADORIAS
Consideram-se tributos incidentes
sobre
as vendas
o
s
impostos, as taxas e contribuições, qu
e
guardem
proporcionalidade com o preço da venda efetuada ou dos
serviços prestados, ainda que o montante do referido tributo
integre a sua própria base de cálculo.
Nas operações efetuadas por empresas comerciais são
devidos, normalmente, ICMS, PIS e COFINS (no regime
cumulativo ou não-cumulativo).
Lembre-se do Princípio da Competência: os registros dos
custos e despesas devem ocorrer no mesmo momento em que
as receitas são auferidas e contabilizadas!!!
TRIBUTOS INCIDENTES NA VENDA E
MERCADORIAS
Continuando o exemplo da operação de venda, faz-se necessário,
em 10/02/2011, o reconhecimento dos tributos incidentes sobre a
venda.
Considerando que a Ecológica Comércio e Projetos de Móveis
Ltda. é tributada pelo Lucro Presumido, e sujeita ao Regime
Cumulativo de PIS e COFINS, serão devidos 0,65% de PIS e 3%
de COFINS sobre a receita bruta auferida. É devido também 17%
de ICMS.
Para fins didáticos será adotado o percentual de 17% para ICMS
para toda a resolução do exemplo proposto na apostila. Portanto,
como a venda foi no valor total de R$ 4.200,00 o ICMS devido na
operação de venda representa R$ 714.00.
TRIBUTOS INCIDENTES NA VENDA E
MERCADORIAS
3) Pelo reconhecimento do ICMS devido:
D – ICMS (Resultado – Redutora da Receita Bruta) ...... R$ 714,00 
C – ICMS a Pagar (PC) .................................................. R$ 714,00
Hst: ICMS sobre venda conforme Nota Fiscal n° 001
4) Pelo reconhecimento do PIS devido:
D – PIS (Resultado – Redutora da Receita Bruta) .......... R$ 27,30 
C – PIS a Pagar (PC) ...................................................... R$ 27,30
Hst: PIS sobre venda conforme Nota Fiscal n° 001
5) Pelo reconhecimento do COFINS devido:
D – COFINS (Resultado – Redutora da Receita Bruta) . R$ 126,00 
C – COFINS a Pagar (PC) ............................................. R$ 126,00
Hst: COFINS sobre venda conforme Nota Fiscal n° 001
DEVOLUÇÃO DE
VENDAS
Na devolução de venda, a mercadoria que foi entregue ao
comprador por ele é devolvida, em virtude de algum problema,
seja ele defeito, avaria ou por não estar de acordo com o pedido.
Desta forma considere que um armário revendido em 10/02/2011
tenha sido devolvido pelo cliente. Com isso a empresa Ecológica
deverá efetuar os seguintes registros:
6) pela devolução da mercadoria:
D – Devoluções de Vendas (Red. da RB - Resultado) ... R$ 750,00
C – Banco Conta Movimento (AC) ................................. R$ 750,00
Hst: Devolução de mercadoria conforme nota fiscal e entrada n°
002.
DEVOLUÇÃO DE VENDAS
7) Pelo estorno do custo das mercadorias:
D – Estoque (AC) ........................................................... R$ 512,14
C – Custo das Mercadorias Vendidas (Resultado) ........ R$ 512,14 
Hst: Estorno do CMV por devolução de mercadoria conforme nota 
fiscal e entradan° 002.
8) Pelo ICMS a Recuperar nesta operação:
D – ICMS a Recuperar (AC) .......................................... R$ 127,50
C – ICMS (Red. da Receita Bruta - Resultado) ............. R$ 127,50 
Hst: ICMS a Recuperar sobre devolução de mercadoria conforme 
nota fiscal e entrada n° 002.
Após os registros da venda a empresa Ecológica Comércio e 
Projetos de Móveis Ltda. apresentou os seguintes razonetes:
SERVIÇOS PRESTADOS COM RETENÇÃO DE IMPOSTOS 
E CONTRIBUIÇÕES
Nas operações de serviços, assim como na contabilização
de operações comerciais, devem ser apurados os custos
inerentes a estas operações, bem como os tributos
incidentes sobre a receita bruta de prestação de serviços.
A legislação tributária determina em muitas situações a
retenção de IRRF, de ISS, de INSS, e de PIS/COFINS/CSLL.
A retenção na fonte representa uma antecipação do imposto
devido pelo prestador de serviços. Via de regra, a
responsabilidade pela retenção e pelo pagamento compete à
fonte pagadora (tomador de serviços).
SERVIÇOS PRESTADOS COM RETENÇÃO DE IMPOSTOS 
E CONTRIBUIÇÕES
As retenções “sofridas” por serem “antecipações” do imposto
devido, são normalmente deduzidas dos tributos devidos
pelo prestador.
No período de apuração de cada
tributo o prestador deverá calcular os
tributos próprios e posteriormente
deduzir as retenções sofridas na
condição de prestador.
SERVIÇOS PRESTADOS COM 
RETENÇÃO DE IMPOSTOS 
E CONTRIBUIÇÕES
Em 10/02/2011 também foram prestados serviços a empresa
“Bem Feito Indústria de Móveis Ltda”. A empresa Bem Feito
Indústria de Móveis Ltda. solicitou a Ecológica Comércio e
Projetos de Móveis Ltda. a elaboração de um projeto de móveis
que pudessem utilizar madeira de demolição.
A empresa “Ecológica” cobrou pela prestação de serviços R$
30.000,00 que recebeu a vista.
Sobre a Nota Fiscal de prestação de serviços a empresa “Bem
Feito” efetuou a retenção de 5% de ISS, 1,5% de IRRF, e 4,65%
de PIS, COFINS e CSLL (0,65% de PIS, 3% de COFINS e 1% de
CSLL).
SERVIÇOS PRESTADOS COM 
RETENÇÃO DE IMPOSTOS 
E CONTRIBUIÇÕES
Com isso a Nota Fiscal de Prestação de serviços contêm as 
seguintes informações:
SERVIÇOS PRESTADOS COM 
RETENÇÃO DE IMPOSTOS 
E CONTRIBUIÇÕES
1) Pelo reconhecimento da receita bruta de prestação de serviços 
e as devidas retenções:
D – Banco Conta Movimento (AC) ......................... R$ 26.655,00
D – ISS a Recuperar (AC) ...................................... R$ 1.500,00
D – IRRF a Recuperar (AC) .................................... R$ 450,00
D – PIS a Recuperar (AC) ....................................... R$ 195,00
D – COFINS a Recuperar (AC) ............................... R$ 900,00
D – CSLL a Recuperar (AC) .................................... R$ 300,00
C – Receita de Prestação de Serviços (R) ............. R$ 30.000,00
Hst: Serviços Prestados a Bem Feito Indústria de Móveis Ltda, 
conforme Nota Fiscal de Prestação de Serviços n° 001.
Após estes registros a empresa ecológica apresentou os 
seguintes razonetes:
SERVIÇOS TOMADOS COM RETENÇÃO DE IMPOSTOS E 
CONTRIBUIÇÕES
Quando a empresa encontra-se na condição de tomadora
dos serviços, deve observar quais tributos deverá efetuar a
retenção.
Como o recolhimento pelo tomador se dá por
responsabilidade tributária, e não por obrigação própria, os
tributos cuja retenção é efetuada pelo tomador não serão
passíveis de dedução dos tributos próprios.
Portanto é importante diferenciar tomador de prestador:
SERVIÇOS TOMADOS COM RETENÇÃO 
DE IMPOSTOS E 
CONTRIBUIÇÕES
Tomador de Serviços: Quem contrata o serviço, e fica responsável
pelo pagamento do valor líquido da prestação em decorrência das
retenções efetuadas. Os tributos cujas retenções foram efetuadas
deverão ser recolhidos pelo próprio tomador aos cofres públicos. A
retenção na fonte sem o devido recolhimento aos cofres públicos
representa apropriação indébita. Tomador de Serviços e Fonte
Pagadora possuem o mesmo significado.
Prestador de Serviços: Quem é contratado para executar serviços,
e recebe o valor líquido da prestação em decorrência das
retenções sofridas. Os tributos cujas retenções foram sofridas na
fonte serão passíveis de dedução dos tributos próprios devidos,
tendo em vista que foram recolhidos de forma antecipada pelo
tomador.
SERVIÇOS TOMADOS COM RETENÇÃO DE IMPOSTOS E 
CONTRIBUIÇÕES
Em 20/02/2011 a empresa Ecológica Comércio e Projetos de
Móveis Ltda. tomou serviços e limpeza da empresa Limpa
Bem Ltda. e ficou obrigado a efetuar as seguintes retenções:
SERVIÇOS TOMADOS COM RETENÇÃO 
DE IMPOSTOS E 
CONTRIBUIÇÕES
1) Pelo reconhecimento da despesa com a prestação de serviços 
e as devidas retenções:
D – Serviços Tomados de PJ (Despesas Gerais – R) R$ 8.000,00
C – INSS Retido a Pagar (PC) ................................... R$
C – IRRF a Pagar (PC) ............................................... R$ 
C – PIS/COFINS/CSLL Retido a Pagar (PC) .............. R$
880,00
80,00
372,00
C – Banco Conta Movimento (AC) .............................. R$ 6.668,00
Hst: Serviços Tomados da Limpa Bem Ltda, conforme Nota Fiscal 
de Prestação de Serviços n° 066.
Com isso, a empresa apresentou os seguintes razonetes:
COMPRA DE IMOBILIZADO
Considera-se imobilizado “os direitos que tenham por objeto
bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da
companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens”.
O ativo imobilizado é composto exclusivamente por contas
representativas de bens corpóreos (tangíveis), como
materiais de uso da empresa (móveis, utensílios, veículos,
computadores, dentre outros), como por bens naturais objeto
de exploração pela empresa (jazidas de carvão, ferro, dentre
outros), e bens arrendados pela empresa (bens de posse da
empresa, porém de propriedade de terceiros).
COMPRA DE IMOBILIZADO
A contabilização de bens arrendados através de arrendamento
mercantil financeiro (leasing financeiro) como imobilizado é uma
novidade trazida pela convergência das Normas Internacionais
de Contabilidade.
Os bens corpóreos classificados no ativo imobilizado estão
sujeitos a depreciação ou a exaustão. As contas de depreciação
ou exaustão devem figurar no balanço patrimonial e no plano de
contas como redutora da conta que ensejou tal registro.
O registro da depreciação ou exaustão deverá ocorrer através
de laudo técnico que estime a vida útil e econômica do bem, na
forma estabelecida pela Resolução CFC 1.136/08.
Em 10/01/2011 a empresa Ecológica Comércio e Projetos de
Móveis Ltda. adquire através de financiamento um veículo no valor
de R$ 50.000,00, que deverá ser pago em 20 parcelas, iguais e
sucessivas, de R$ 2.700,00 a partir de 10/02/2011.
1) Pelo registro da aquisição do veículo através de financiamento:
D – Veículos - Imobilizado (AñC) ............................. R$ 50.000,00
D – Encargos Financeiros a Apropriar (PC – Red.) . R$ 4.000,00
C – Financiamento a Pagar (PC) ............................. R$ 54.000,00
Hst: Aquisição de Veículo X, placa n° 4466, através de
financiamento em 20 parcelas com Banco Alfa S/A, conforme 
contrato n° 237.
COMPRA DE IMOBILIZADO
Na operação de aquisição de bem para o imobilizado poderá
haver crédito de ICMS, PIS e COFINS no regime não cumulativo.
Nesta situação o valor a ser debitado no imobilizado será líquido
dos créditos legalmente aceitos, e haverá um registro a débito
para cada conta de tributo a recuperar.
2) Pelo registro do pagamento da 1° parcela em 10/02/2011
D – Financiamento a Pagar ................................. R$ 2.700,00
C – Banco Conta Movimento (AC) ...................... R$ 2.700,00
Hst: Pagamento da parcela 1/20 do financiamento do Veículo X 
com Banco Alfa S/A, conforme contrato n° 237.
COMPRA DE IMOBILIZADO
3) Pelo registro em 10/02/2011 da apropriação de 1/20 avos do
encargo financeiro sobre o financiamento:
D – Despesa de Juros (Resultado) ................................. R$ 200,00
C – Encargos Financeirosa Apropriar (PC – Red.) ........ R$ 200,00
Hst: Despesas de juros sobre financiamento do Veículo X com
Banco Alfa S/A, conforme contrato n° 237.
Mensalmente deverão ser efetuados os lançamentos de
pagamento do financiamento e da apropriação de 1/20 avos do
encargo financeiro.
COMPRA DE IMOBILIZADO
4) Pela apropriação mensal da depreciação, considerando que o
laudo tenha estimado uma vida útil de 10 anos:
D – Despesa de Depreciação (Resultado) ..................... R$ 416,67
C – Depreciação Acumulada (AñC) ................................ R$ 416,67
Hst: Pelo registro mensal da depreciação conforme laudo de vida
útil e econômica do bem.
O valor da depreciação foi obtido através da multiplicação do valor
de R$ 50.000,00 x 10% a.a = R$ 5.000,00 e pela divisão deste por
12 meses, R$ 5.000,00 / 12 = R$ 416,67.
COMPRA DE IMOBILIZADO
VENDA DE IMOBILIZADO
Após três anos a empresa Ecológica Comércio e Projetos de
Móveis Ltda. decidiu vender o automóvel que havia adquirido por
R$ 50.000,00. A venda foi efetuada pelo valor de R$ 43.000,00.
deverá efetuar osa empresa 
e da respectiva depreciação
Pela alienação do imobilizado
registros de baixa do bem
acumulada.
1) Pela baixa do bem:
D – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado) ........ R$ 50.000,00 
C – Veículos - Imobilizado (AñC) ............................. R$ 50.000,00
Hst: Baixa do bem do imobilizado conforme venda efetuada 
através do contrato n° 45 e NF n° 099.
VENDA DE IMOBILIZADO
2) Pela baixa da depreciação acumulada:
D – Depreciação Acumulada (AñC) ......................... R$ 15.000,00 
C – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado) ......... R$ 15.000,00
Hst: Baixa da depreciação do bem do imobilizado conforme venda 
efetuada através do contrato n° 45 e NF n° 099.
3) Pelo recebimento do valor da venda:
D – Banco Conta Movimento (AC) ............................ R$ 43.000,00
C – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado) ........ R$ 43.000,00
Hst: Baixa do bem do imobilizado conforme venda efetuada 
através do contrato n° 45 e NF n° 099.
Desta forma a empresa apresentou os seguintes razonetes após 
conclusão da alienação do bem:
VENDA DE IMOBILIZADO
FOLHA DE SALÁRIOS
A Folha de Salários é o documento que deve ser elaborado, ao
final de cada mês, por todas as entidades que possuem
funcionários, indicando seus nomes com cargo, função ou o
serviço prestado, o valor bruto dos salários, os descontos, o valor
das quotas do salário-família e o valor líquido que cada um tem a
receber. Portanto, os itens essenciais em uma folha de salários
são:
- Salário Bruto;
- INSS os funcionários (dedução do salário bruto);
- INSS Patronal (não é dedução do salário bruto);
- IRRF (dedução do salário bruto);
- FGTS (não é dedução do salário bruto);
- Salário Líquido dos funcionários.
FOLHA DE
SALÁRIOS na folha deAlém dos descontos essenciais poderá constar 
salários outros descontos como:
- Pensão Alimentícia;
- Empréstimos consignados;
- Seguros de vida;
- Contribuições sindicais;
- Adiantamentos salariais;
- Previdência Privada;
- outros.
FOLHA DE SALÁRIOS
Embora, oficialmente não exista um modelo padrão, a
emissão da folha de salários é obrigatória para efeito de
fiscalização trabalhista e previdenciária.
Para compreensão da forma correta de lançamento da folha
de salários, é necessário o entendimento do princípio da
competência, tendo em vista que na maioria das entidades o
pagamento do salário ocorre no mês seguinte ao mês
trabalhado.
Desta forma, os lançamentos da folha deverão ocorrer no
último dia do mês trabalhado, com base nos cálculos
efetuados na folha de pagamento de salários, mesmo que o
pagamento só se concretize no mês seguinte.
FOLHA DE SALÁRIOS
O registro da folha deve ser efetuado em duas etapas. A 1º etapa
refere-se ao registro da folha no mês trabalhado, e a 2º etapa
refere-se aos registros dos pagamentos para liquidação da folha.
Considere que a empresa Ecológica ao calcular a folha do mês
03/2011, sendo que possui apenas um funcionário com cargo de
vendedor, tenha apresentado os seguintes valores:
FOLHA DE SALÁRIOS D 1° ETAPA –
Registro da Folha
1) Pela apropriação das despesas com salários:
D – Salários (Despesas com Pessoal – R) .................. R$ 1.200,00
C – Salários e Ordenados a Pagar (PC) ..................... R$ 1.200,00
Hst: Pela elaboração da folha de salários competência 03/2011.
A conta debitada , intitulada “salários”, poderá fazer parte das
despesas com vendas, despesas administrativas, ou no caso de
empregados da parte produtiva de uma indústria (por exemplo),
fazer parte da formação do custo dos produtos, devendo ser
registrado em “produtos em elaboração”.
FOLHA DE SALÁRIOS D 1° ETAPA –
Registro da Folha
2) Pelo registro do desconto do INSS parte empregado:
D – Salários e Ordenados a Pagar (PC) ........................ R$ 108,00 
C – INSS a Recolher (PC) ............................................. R$ 108,00
Hst: Retenção de 9% de INSS dos empregados conforme folha de 
salários competência 03/2011.
3) Pelo registro do INSS patronal:
D – INSS (Despesas com Pessoal – R) ........................ R$ 321,60 
C – INSS a Recolher (PC) ............................................. R$ 321,60
Hst: INSS Patronal de 26,8% conforme folha de salários 
competência 03/2011.
FOLHA DE SALÁRIOS D 1° ETAPA –
Registro da Folha
4) Pelo registro do FGTS:
D – FGTS (Despesas com Pessoal – Resultado) ............ R$ 96,00 
C – FGTS a Recolher (PC) .............................................. R$ 96,00
Hst: FGTS 8% conforme folha de salários competência 03/2011.
encerram-se os procedimentos necessários àCom isso, 
apropriação da folha de pagamento, dentro do mês de sua
ficamcompetência. Os lançamentos contábeis acima 
demonstrados através de razonetes, da seguinte maneira:
FOLHA DE SALÁRIOS D 1° ETAPA – Registro da Folha
FOLHA DE SALÁRIOS D 2° ETAPA –
Registro da Folha
Após a apropriação da folha de salários a empresa deve
efetuar os pagamentos para liquidação da folha.
Isto pode ocorrer dentro do próprio mês de competência,
para aquelas empresas que optam pelo pagamento no último
dia útil do mês trabalhado, ou no mês subsequente em
atendimento a legislação trabalhista.
Via de regra, as empresas efetuam o pagamento no mês
subsequente ao mês trabalhado.
FOLHA DE SALÁRIOS D 2° ETAPA –
Registro da Folha
Considere que a empresa Ecológica Comércio e Projetos de
Móveis Ltda. efetue o pagamento no 5° dia útil do mês
subsequente ao de competência da folha de pagamento de
salários. Com isso, em abril de 2011 deverá efetuar os seguintes
registros:
5) Pelo pagamento do salário ao José da Silva:
D – Salários e Ordenados a Pagar (PC) ..................... R$ 1.092,00
C – Banco Conta Movimento (AC) .............................. R$ 1.092,00
Hst: Pagamento líquido ao empregado conforme folha de salário 
competência 03/2011
FOLHA DE SALÁRIOS D 2° ETAPA –
Registro da Folha
6) Pelo pagamento do INSS devido:
D – INSS a Recolher (PC) ............................................ R$ 429,60
C – Banco Conta Movimento (AC) ............................... R$ 429,60
Hst: Recolhido conforme Guia da Previdência Social – GPS 
competência 03/2011.
7) Pelo pagamento do FGTS devido:
D – FGTS a Recolher (PC) .............................................. R$ 96,00
C – Banco Conta Movimento (AC) ................................... R$ 96,00
Hst: Recolhido conforme Guia de recolhimento do FGTS 
competência 03/2011.
FOLHA DE SALÁRIOS D 2° ETAPA –
Registro da Folha
Depois de concluída a 2° etapa, os lançamentos contábeis acima 
ficam demonstrados através de razonetes, da seguinte maneira:
* A conta “Banco” foi demonstrada sem saldo inicial ou final neste exemplo, 
apenas para entendimento dos lançamentos de liquidação da folha.
FOLHA DE SALÁRIOS
Após a compreensão dos lançamentos básicos para o registro da
folha de pagamento, podemos avançar para os principais fatos
ocorridos na folha, como:
- o imposto de renda retido na fonte;
- os adiantamentos de salários;
- osdescontos de previdência privada;
- plano de saúde;
- pensão alimentícia;
- vale-transporte;
- salário família e salário-maternidade;
- provisão de 13° salário e de férias.
FOLHA DE SALÁRIOS – Exemplo
Avançado
Consideremos que a empresa Ecológica Comércio e Projetos de
Móveis Ltda. ao calcular a folha de pagamento de salários do mês
abril de 2011, após contratação de mais dois funcionários,
portanto totalizando três, tenha apresentado os seguintes valores:
FOLHA DE SALÁRIOS – Exemplo
Avançado
1) Pela apropriação das despesas com salários:
 D – Salários (Despesas com Pessoal – R) .................. R$ 4.600,00
 C – Salários e Ordenados a Pagar (PC) ..................... R$ 4.600,00
 Hst: Pela elaboração da folha de salários competência 04/2011.
2) Pelo registro do desconto do INSS parte empregado:
 D – Salários e Ordenados a Pagar (PC) ...................... R$ 414,00 C –
INSS a Recolher (PC) ........................................... R$ 414,00
 Hst: Retenção de 9% de INSS dos empregados conforme folha de salários 
competência 04/2011.
FOLHA DE SALÁRIOS – Exemplo
Avançado
3) Pelo registro do INSS patronal:
 D – INSS (Despesas com Pessoal – R) ..................... R$ 1.232,80 C –
INSS a Recolher (PC) ........................................... R$ 1.232,80
 Hst: INSS Patronal de 26,8% conforme folha de salários 
competência 04/2011.
4) Pelo registro do FGTS:
 D – FGTS (Despesas com Pessoal – R) ....................... R$ 368,00 C –
FGTS a Recolher (PC) ........................................... R$ 368,00
 Hst: FGTS 8% conforme folha de salários competência 04/2011.
FOLHA DE SALÁRIOS – Exemplo
Avançado
5) Pelo registro do desconto do plano de saúde dos funcionários:
D – Salários e Ordenados a Pagar (PC) ........................ R$ 150,00
C – Plano de Saúde a Pagar (PC) ................................. R$ 150,00
Hst: Desconto do Plano de Saúde conforme folha de salários 
competência 04/2011.
Algumas empresas oferecem aos seus empregados planos de
saúde coletivos empresariais. Porém, por acordo entre
empregador e empregados, poderá haver o pagamento integral
pela empresa, quando esta assume o ônus da despesa, poderá
haver pagamento integral pelo funcionário, ou ainda pagamento
parcial (parte empresa, parte empregado).
FOLHA DE SALÁRIOS – Exemplo
Avançado
6) Pelo registro do desconto da pensão alimentícia devida pelo 
funcionário Pedro Cardoso:
D – Salários e Ordenados a Pagar (PC) ........................ R$ 400,00
C – Pensão Alimentícia a Repassar (PC) ...................... R$ 400,00
devida 
folha
por Pedro 
de salários
Hst: Desconto pensão alimentícia judicial 
Cardoso a Solange Cardoso conforme 
competência 04/2011.
O artigo 21 da Lei 6.515/77 determina que “para
pagamento da pensão alimentícia, o juiz poderá
assegurar o 
determinar a
constituição de garantia real ou fidejussória”, ou seja, poderá
determinar o desconto da pensão em folha. Desta maneira a empresa
passa a ficar responsável pelo repasse da pensão aos alimentandos.
FOLHA DE SALÁRIOS – Exemplo
Avançado
7 ) Pelo registro do desconto do adiantamento de salários:
D – Salários e Ordenados a Pagar (PC) ........................ R$ 200,00
C – Adiantamento de Salários (AC) ............................... R$ 200,00 
Hst: Desconto de adiantamento de salário conforme folha de 
salários competência 04/2011.
É comum as empresas concederem, uma vez por mês, aos seus
empregados um adiantamento de salário. Quando há
adiantamento de salários a empresa deve efetuar o registro a
crédito na conta caixa ou banco em contrapartida da conta
“adiantamento de 
adiantamento de
salários” no ativo circulante. A conta de 
salários deverá ser zerada quando da
apropriação da folha, e do referido desconto do funcionário.
FOLHA DE SALÁRIOS – Exemplo
Avançado
8) Pelo desconto do vale-transporte:
D – Salários e Ordenados a Pagar (PC) ........................ R$ 276,00
C – Vale-Transporte (Despesas com Pessoal – R) ........ R$ 276,00
Hst: Compensação equivalente a 6% dos salários dos
empregados conforme folha de salários competência 04/2011.
Como o VT é fornecido de forma antecipada, no momento do
pagamento do referido vale, a empresa deve efetuar um lançamento
a crédito de caixa ou banco em contrapartida da conta de despesa.
Desta forma por ocasião da apropriação das despesas e encargos
com a folha, a parte suportada pelos empregados é recuperada pela
empresa, mediante débito conta “salários e ordenados a pagar” e a
crédito da própria conta de despesa.
FOLHA DE SALÁRIOS – Exemplo
Avançado
Os registros da folha foram efetuados através de lançamentos
“fechados” de um débito para um crédito. Porem, opcionalmente
poderá ocorrer os lançamentos da seguinte maneira:
D – Salários (Despesas com Pessoal – R) .................. R$ 4.600,00
C – INSS a Recolher (PC) ............................................ R$ 414,00
C – Plano de Saúde a Pagar (PC) ............................... R$ 150,00
C – Pensão Alimentícia a Repassar (PC) .................... R$ 400,00
C – Adiantamento de Salários (AC) ............................. R$ 200,00
C – Vale-Transporte (Despesas com Pessoal – R) ...... R$ 276,00
C – Salários e Ordenados a Pagar (PC) ..................... R$ 3.160,00 
Hst: folha de salários competência 04/2011.
FOLHA DE SALÁRIOS – Provisão 
13º Salário
O 13° salário, ou gratificação natalina, é um direito do trabalhador,
e é recebido em duas parcelas: a primeira poderá ser paga junto
com as férias do empregado, nos meses de fevereiro a novembro
ou no máximo até o dia 30 de novembro e a segunda no mês de
dezembro até o dia 20.
Caso o trabalhador seja demitido ou desligado durante o ano, terá
direito ao 13º salário proporcional ao número de meses que esteve
à disposição do empregador.
Como o empregado faz jus a 1/12 avos do seu salário a título de
13° salário para cada mês trabalhado a empresa deverá registrar
mensalmente a apropriação deste encargo, e o direito do
funcionário. O lançamento desta provisão atende ao princípio
contábil da competência.
FOLHA DE SALÁRIOS – Provisão 
13º Salário
O cálculo da provisão corresponderá ao valor resultante da
multiplicação de 1/12 avos da remuneração, acrescido dos
encargos sociais cujo ônus cabe à empresa, pelo número de
meses relativos ao período de apuração.
A provisão de décimo terceiro salário será classificada no passivo
circulante, tendo como contrapartida a despesa com décimo
terceiro salário mais encargos (FGTS e INSS – encargo da
empresa), onde por ocasião do pagamento, quer seja por
desligamento do funcionário, que seja por outras razões, baixa-se
a provisão contra disponibilidades.
Em dezembro de cada ano a conta de provisão para 13º deverá
ter saldo zero, visto que o mesmo deverá ser quitado até o dia 20
de dezembro de cada ano, conforme determina a legislação.
FOLHA DE SALÁRIOS – Provisão 
13º Salário
A empresa Ecológica Comércio e Projetos de Móveis Ltda. deverá
efetuar os seguintes registros com relação a provisão de 13°
salários relativa a abril de 2011:
1) Pela provisão da parcela devida aos empregados:
D – 13° Salário (Despesas com Pessoal – R) ............... R$ 383,33
C – Provisão para 13º Salário (PC) ................................ R$ 383,33
Hst: Provisão 13° salário que se constitui conforme folha de
salários competência 04/2011.
Como o salário bruto dos funcionários da empresa Ecológica
Comércio e Projetos de Móveis Ltda. foi de R$ 4.600,00 em abril
de 2011, a provisão será de R$ 4.600,00 /12 = R$ 383,33
FOLHA DE SALÁRIOS – Provisão 
13º Salário
2) Pela provisão do INSS sobre 13° salário:
D – INSS s/ Provisão de 13º Salário (Resultado) ......... R$ 102,73 
C – INSS s/ Provisão de 13º Salário (PC) ..................... R$ 102,73 
Hst: Provisão INSS parte empresa de 26,8% s/ 13° salário 
conforme folha de salários competência 04/2011.
Sobre o valor de R$ 383,33 de provisão de 13° devem ser
calculados 26,8% para fins de provisão do INSS parte empresa a
pagar. Portanto, R$ 383,33 x 26,8% = 102,73.
FOLHADE SALÁRIOS – Provisão 
13º Salário
3) Pela provisão do FGTS sobre o 13° salário:
D – FGTS s/ Provisão de 13º Salário (Resultado) ............ R$ 30,67
C – FGTS s/ Provisão de 13º Salário (PC) ....................... R$ 30,67
Hst: Provisão FGTS conforme folha de salários competência
04/2011.
Sobre o valor de R$ 383,33 de provisão de 13° devem ser
calculados 8% para fins de provisão do FGTS. Portanto, R$
383,33 x 8% = 30,67.
Após os registros da provisão de 13° salário a empresa Ecológica
Comércio e Projetos de Móveis Ltda. apresenta os seguintes
razonetes:
FOLHA DE SALÁRIOS – Provisão 13º Salário
FOLHA DE SALÁRIOS – Provisão 
13º Salário
Com a provisão mensal do 13° salário, mês a mês, a empresa irá
considerar como despesas a parcela devida aos empregados
adicionada dos encargos e acumulará a obrigação do passivo, nas
contas que registram as respectivas provisões.
Se a empresa efetuar aumento de salário no decorrer do ano terá
que recalcular a provisão de 13° salário.
Quando houver o pagamento da 1° parcela de 13° salário a
empresa deverá efetuar o registro a crédito de caixa ou banco em
contrapartida a “adiantamento de 13° salário” no ativo circulante.
Quando do pagamento da 2° parcela em dezembro a conta de
“adiantamento de 13° salário” será zerada contra a conta de
“provisão para 13º salário” no passivo circulante, para liquidação
do saldo contabilizado na conta de provisão.
FOLHA DE SALÁRIOS – Provisão de Férias
Conforme dispõe a legislação trabalhista do nosso país, todo
empregado, após cada período de 12 meses trabalhados,
terá direito a um mês de férias regulamentares, observado o
limite de faltas estabelecidas na CLT.
No mês do gozo das férias o empregado receberá o salário
como se estivesse trabalhando. Desta forma, aplicando-se o
princípio da competência, se faz necessário o registro de
1/12 avos, mês a mês, relativo ao valor de 30 dias de férias a
serem pagos ao funcionário.
Esta provisão contempla a inclusão dos gastos incorridos
com a remuneração de férias proporcionais e dos encargos
sociais, cujo ônus cabe à empresa.
FOLHA DE SALÁRIOS – Provisão de Férias
Quanto à classificação contábil, a provisão de férias será
classificada no passivo circulante, tendo como contrapartida
a despesa com férias mais encargos (FGTS e INSS -
encargo da empresa), devida até a data do fechamento do
período.
FOLHA DE SALÁRIOS – Provisão 
de Férias
Com isso a empresa Ecológica Comércio e Projetos de
Móveis Ltda. efetuou os seguintes cálculos de provisão de
férias no mês de abril de 2011:
FOLHA DE SALÁRIOS – Provisão 
de Férias
1) Pelo registro da provisão de férias:
D – Férias (Despesas com Pessoal – R) ........................ R$ 511,11 
C – Provisão para Férias (PC) ........................................ R$ 511,11
Hst: Provisão Férias que se constitui conforme folha de salários 
competência 04/2011
2) Pela provisão do INSS sobre férias:
D – INSS s/ Provisão de Férias (R) ............................... R$ 136,98
C – INSS s/ Provisão de Férias (PC) ............................. R$ 136,98
Hst: Provisão INSS s/ Férias que se constitui conforme folha de 
salários competência 04/2011
FOLHA DE SALÁRIOS – Provisão 
de Férias
3) Pela provisão do FGTS sobre férias:
D – FGTS s/ Provisão de Férias (R) ................................. R$ 40,89
C – FGTS s/ Provisão de Férias (PC) .............................. R$ 40,89
Hst: Provisão FGTS s/ Férias que se constitui conforme folha de 
salários competência 04/2011
As contas de provisões de férias no passivo circulante
permanecerão com saldo até a devida liquidação das férias.
Quanto as contas de resultado, deverão ser “zeradas” contra a
conta de resultado do exercício ao final de cada exercício social.
FOLHA DE SALÁRIOS – Provisão 
de Férias
EcológicaApós os registros da provisão férias a empresa 
apresenta os seguintes razonetes:
PROVISÃO PARA IRPJ E CSLL
As pessoas jurídicas de modo geral, com exceção das
imunes ou isentas do imposto de renda, devem tributar sobre
o lucro obtido o IRPJ e CSLL, por uma das seguintes formas:
- Simples Nacional;
- Lucro Presumido;
- Lucro Real
- LucroArbitrado.
No lucro real a apuração do IRPJ e
CSLL é efetuada com base no lucro
fiscal, ou seja, no lucro contábil
ajustado pelas adições e exclusões
previstas na legislação tributária.
PROVISÃO PARA IRPJ E CSLL
No lucro presumido a base de cálculo é obtida através da
aplicação do percentual de presunção previsto na legislação
tributária sobre a receita bruta auferida.
O lucro arbitrado é aplicado, via de regra, quando constatado
infração à legislação do imposto de renda pelo contribuinte
sujeito ao lucro presumido ou real.
No Simples Nacional, as microempresas e empresas de
pequeno porte, poderão na forma estabelecida na LC
123/06, efetuar o pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS,
COFINS, CPP, ICMS e IPI sobre a receita bruta mensal
auferida.
PROVISÃO PARA IRPJ E CSLL
As pessoas jurídicas tributadas pelo Simples Nacional
deverão efetuar o registro dos tributos unificados na forma
do DAS (Documento de Arrecadação do Simples) da
seguinte forma:
D – Despesas Tributárias (Resultado) 
C – Simples Nacional a Pagar (PC)
PROVISÃO PARA IRPJ E CSLL
As demais empresas devem reconhecer contabilmente o
encargo com o IRPJ e CSLL no próprio período da
deocorrência do lucro a que se referem, em contas 
resultado, mesmo quando seja devido em período
subsequente ao de sua apuração e da declaração fiscal.
O artigo 184 da Lei 6.404/76 determina que “as obrigações,
encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive IR a
pagar com base no resultado do exercício, serão
computados pelo valor atualizado até a data do balanço”.
Este entendimento aplica-se também com relação à CSLL.
PROVISÃO PARA 
IRPJ E CSLL CSLL ficariaPortanto, o lançamento da provisão para a 
demonstrado da seguinte forma:
D – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (Resultado) 
C – Provisão para a CSLL (PC)
Já o lançamento da provisão para o IRPJ ficaria demonstrado: 
D – Imposto de Renda (Resultado)
C – Provisão para o IRPJ (PC)
Na DRE estas contas de resultado do IRPJ e CSLL apresentam-se
logo após todas as despesas operacionais e das “outras receitas e
despesas” e anteriormente ao “resultado antes do imposto de
renda e contribuição social”.
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS E
DIVIDENDOS
Dividendo é a remuneração atribuída aos sócios em função do
capital aplicado na sociedade.
Para fins das Sociedades por Ações o dividendo deverá ser pago,
salvo deliberação em contrário da assembléia geral, no prazo de
60 (sessenta) dias da data em que for declarado e, em qualquer
caso, dentro do exercício social (Art. 205, § 3° da Lei 6.404/76).
O Código Civil não fixa um prazo máximo para as demais
sociedades pagarem os respectivos dividendos.
O sócio participa dos lucros e das perdas, na proporção das
respectivas quotas” e “é nula a estipulação contratual que exclua
qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas”.
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS E 
DIVIDENDOS Os lucros apurados no Balanço Patrimonial podem ser distribuídos, com
isenção de imposto de renda.
 O lucro distribuído só será considerado como tributável para o imposto
de renda, caso sua origem não seja comprovada pela contabilidade da
pessoa jurídica.
 - LUCRO REAL
 Para as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda através do
Lucro Real configuram-se como isentos os lucros ou dividendos calculados
com base nos resultados apurados na escrituração contábil.
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS E
DIVIDENDOS
- LUCRO PRESUMIDO
A pessoa jurídica tributada pelo IR com base no lucro presumido,
poderá distribuir lucro independentemente de apuração de lucro
pela contabilidade. Partindo da base de cálculo do IR, deduz-se os
impostos e contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica
(IRPJ, CSSL, PIS e COFINS) onde o resultado é o valor do lucro a
distribuir, isento do imposto de renda na fonte.
É condição para esta regra que a distribuição ocorra após o
encerramento do trimestre de apuração (art. 48 da

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