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Pré-operatório – o pré-operatório nos auxilia a quantificar a gra- vidade da cirurgia, o que interfere de forma direta no re- sultado. Viabiliza otimizar o estado geral, reconhecer e con- trolar comorbidades, identificar e estratificar riscos clínicos e cirúrgicos, além de viabilizar o estabelecimento de medi- das profiláticas. Relacionados ao procedimento Duração > 4 horas Perda de sangue > 1,5L Invasão de cavidades (p.ex.: peritoneal e pleural) Anestesia geral ou bloqueio neuroaxial Cirurgia de emergência Relacionados ao paciente > 70 anos Doença CV, pulmonar, metabólica, renal ou hepática Baixa capacidade funcional Instabilidade cardiovascular e respiratória Estratifica o paciente de acordo com seu estado físico e comorbidades. ASA ASA I Hígido. ASA II Condições sistêmicas leves e compensadas. ASA III Condições sistêmicas moderadas e descompensa- das. ASA IV Doença sistêmica que causa incapacidade funcional ou que causa ameaça à vida constantemente. ASA V Moribundo. ASA VI Morte encefálica. Mantêm BBs (p.ex.: carvedilol, metoprolol e etc.) BCCs (p.ex.: anlodipino, verapamil, nifedipino e etc.) Estatinas (p.ex.: sinvastatina atorvastatina e etc.) 2-agonitas (p.ex.: metildopa) Tireoide (p.ex.: levotiroxina) ACO Corticoides (se uso crônico) Suspende No dia – Diuréticos (exceto em casos de IC grave), fibratos, niacina, antidiabéticos orais, IECA e BRA 5 a 7 dias antes – fitoterápicos 7 dias antes – AAS (exceto em casos de cirurgia de carótidas, arterial periférica, by-pass ou colocação de stents. 5 dias antes - Clopidogrel, Varfarina (Marevan) 3 dias antes – AINEs, rivaroxabana e apixabana 2 dias antes – Dabigatrana 12 horas antes – Heparina ISRS – suspender, exceto em casos de procedimentos cardi- ológicos ou neurológicos. – em casos de eventos importantes próxi- mos, o ideal é manter a medicação, enquanto em eventos importantes distantes o ideal é a suspensão dos medica- mentos. Em casos de cirurgias de emergência – a reversão do efeito de fármacos como o AAS, clopidogrel, rivaroxabana, apixabana e dabigatrana deve ser feita a partir da transfu- são de plasma. Quando do uso de varfarina (Marevan), po- demos fazer a reversão com a vitamina K ou plasma. A varfarina é monitorada através do INR, sendo neces- sário um INR < 1,5 para que seja viável a realização do pro- cedimento. Em casos de INR entre 2-3 o que pode ser feito é a compensação com plasma ou vitamina K. Devemos aguardar 12hrs. Após o procedimento a varfarina deve vol- tar a ser administrada em até 24hrs, entretanto, seu efeito pleno farmacológico demora até cinco dias para acontecer. Sendo assim, é importante que seja realizada a associação de varfarina e heparina durante esse período. Pacientes coronariopatas que não fazem uso de BB de- vem iniciar medicação uma semana antes. A retirada abrupta de corticoide pode desencadear a síndrome de Addison. Os antidiabéticos orais devem ser suspensos (caso gli- cemia em um intervalo de 110-180mg/dL) e, em casos de Hb1Ac abaixo de 7 não é necessária a administração de in- sulina. A suspensão de fármacos BCCs ocasiona o risco de ar- ritmias. Apesar dos BB mascararem taquicardia e hemorra- gia é importante que eles sejam mantidos. A retirada de fármacos como a levotiroxina podem desencadear uma crise tireotóxica. Valem de 90-180 dias, mas no caso de doenças renais, hepáticas, endócrinas ou de imunossupressão (p.ex.: HIV) a validade é de até 30 dias. – eletrocardiograma, hemograma, função renal, coagulograma, glicemia de jejum e eletrólitos. Hemograma – para cirurgias grandes é necessária uma Hb >10 e em cirurgias pequenas uma Hb entre 7-10. Coagulograma – em cirurgias grandes é necessário que as plaquetas estejam > 100.000 e em cirurgias pequenas é aceitável plaquetas em 50.000. U .T . I – a solicitação de exames conforme a faixa etá- ria deve ocorrer de acordo com a tabela abaixo. Faixa etária < 45 Nenhum exame. 45-54 Eletrocardiograma, caso 55-69 Eletrocardiograma, Hemograma e Plaquetas. > 70 Eletrocardiograma, Hemograma e Plaquetas, Ele- trólitos, Creatina, Ureia e Glicemia. Mulheres em idade reprodutiva SEMPRE solicitar - HCG urinário na manhã da cirurgia. Vai solicitar exame? Adicione um coagulograma!!! Faixa etária dos 55 aos 69 anos – Hoje Eu Pirei. Faixa etária > 70 anos – Hoje Eu Pirei E Comi Um Grama. – de acordo com as comorbidades que o paciente possui há a indicação de alguns exames específi- cos. comorbidades Obesidade Glicemia e Perfil Lipídico. DM Glicemia de Jejum e Hb1Ac. Tabagismo Eletrocardiograma. Câncer Raio-X de tórax, PFH e marcadores tu- morais. Albumina. Anticonvulsivantes Hemograma e Plaquetas, PFH. Risco respiratório Raio-X de tórax e espirometria. Risco cardiovascular ECG, ecocardiograma, arteriografia ou exame de perfusão, teste ergométrico, Holter, MAPA, função renal, eletrólitos e órgãos-alvo. – pacientes asmáticos e/ou com DPOC devem receber medicação para otimização da função pul- monar. É recomendada terapia broncodilatadora e antibi- oticoterapia para infecções pré-existentes. É importante a orientação acerca da interrupção do tabagismo 8 semanas antes do procedimento. – cirurgias eletivas podem ser fei- tas em 4-6 semanas pós IAM ou até 8 semanas para AVC. Os riscos cardiovasculares mais comuns são: HAS, IAM e ar- ritmias. As infecções mais comuns são por Sthaphylococcus Au- reus e Epidermidis. A profilaxia é realizada com a adminis- tração de Cefazolina e Cefuroxima. O ideal é iniciar a Anti- bioticoprofilaxia 30 minutos antes, sendo também ideal re- petir as medicações de acordo com a meia-vida do fármaco até o final da cirurgia. – antibióticos profiláticos não são necessários, exceto em colocação de próteses de longa permanência ou quando de osteotomia. – dose única de antibiótico apropriado, administrado antes da incisão cutânea. – preparação mecânica ou antibióticos parenterais com atividade aeróbica e anae- róbica. – mesmo espec- tro de antibiótico que pode ser continuado no pós-opera- tório, no contexto de infecções persistentes ou tto tardio. Em casos de cirurgias em TGI devem ser administrados antibióticos que cubram bactérias gram-negativas (p.ex. metronidazol). Devem ser realizados 30 minutos antes do procedimento. Procedimentos minimamente invasivos não necessi- tam de Antibioticoprofilaxia. Caso o fármaco que o paci- ente já esteja em uso cubra as classes mais comuns, não é necessário o uso de profilaxia. – IMC <18,5 kg/m2, albumina sé- rica < 3g/dL (preditor de resultados ruins) e perda de peso não intencional superior a 10% em 6 meses ou superior a 5% em 1 mês. Ausência de bola de Bichat. – as políticas de jejum reduzem o risco de bronco- aspiração durante a anestesia geral. a) Se sedação leve, jejum de sólidos por 6h. b) Se anestesia geral, jejum de sólidos e líquidos por 8h. c) Se lactentes, jejum de 4h. – identifica distúrbios como anemia, coagulopatia herdada ou adquirida ou estado hi- percoagulável. Transfusões de bolsa de sangue – cada bolsa contém 300mL de sangue e é capaz de aumentar de 0,8 a 1,2 de Hb.
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