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A literatura e o movimentos sociais: Guerra de Canudos
Os sertões, do escritor e jornalista brasileiro Euclides da Cunha, é certamente a obra mais famosa sobre a Guerra de Canudos, considerado um movimento social, o conflito ocorreu em 1896 e 1897, no interior da Bahia. De um lado da batalha, o Exército brasileiro. Do outro, os sertanejos liderados por Antônio Conselheiro. Em disputa, a terra rebatizada por Conselheiro como Belo Monte.  No livro, Euclides da Cunha descreve a guerra como um evento extremamente violento e marcado pelo fanatismo religioso. 
A Guerra de Canudos, ocorrida no final do século XIX, teve como documento histórico e literário uma das maiores obras escritas em território nacional: "Os Sertões", de Euclides da Cunha (1866 - 1909), em que se realiza um profundo estudo in loco sobre as características da terra, do homem local e do próprio conflito, estudos à luz das teorias científicas então vigentes (determinismo). A obra encerra com um caráter de denúncia ao massacre desferido pelas tropas republicanas, ou seja, revela um crime cometido pelo próprio governo federal. 
Antônio Conselheiro é uma das personagens mais controvertidas na história do Brasil, tendo se valido de uma postura messiânica para a liderança de um povoado que já contava com milhares de pessoas.
A aldeia de Canudos contava com um regime de produção coletiva. As desobediências do povoado em relação ao governo tratavam-se, por exemplo, da recusa ao casamento religioso e ao pagamento de impostos federais. Desta forma, os órgãos oficiais vão criando sobre Canudos a imagem de um núcleo de perigosos rebeldes monarquistas fanáticos. Aos olhos de todos, parecia evidente que a aldeia deveria ser eliminada. Contando com essa ideia em vigência, o governo baiano organiza expedições que viriam malograr na tomada do território. Mais tarde, o próprio Governo Federal encarrega-se de enviar mais duas expedições, valendo-se de organização militar e armamento altamente ostensivo, terminando assim por aniquilar milhares de habitantes da aldeia, juntamente com o próprio Antônio Conselheiro.

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