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Por @med_rabiscos Referência literária: Embriologia Clínica – Keith L. Moore Cavidades: pericárdicas, pleural e abdominal Mesentério: prega de peritônio, colada uma na outra, que prende os órgãos na parte ventral e dorsal Diafragma: órgão muscular tendinoso, que se separa o antigo celoma em cavidade torácica e abdominal No início da quarta semana de desenvolvimento, o celoma intraembrionário aparece como uma cavidade em formato de ferradura ➢ A flexura da cavidade na extremidade cranial do embrião representa a futura cavidade pericárdica ➢ Membros (extensões laterais) indicam as futuras cavidades pleurais e peritoneais ➢ A parte distal de cada membro do celoma intraembrionário é contínua com o celoma extraembrionário nas bordas laterais do disco embrionário ➢ O celoma intraembrionário fornece espaço para os órgãos se desenvolverem e se moverem – permite herniação normal do intestino médio para dentro do cordão umbilical Durante o dobramento no plano horizontal: os membros do celoma são reunidos no aspecto ventral do embrião – mesentério ventral se degenera na região da futura cavidade peritoneal – resulta em uma grande cavidade peritoneal embrionária que se estende do coração à região pélvica CELOMA E DERIVADOS O celoma intraembrionário torna-se a cavidade do corpo embrionário, que é dividido em três cavidades definidas durante a quarta semana ➢ Uma cavidade pericárdica ➢ Dois canais pericardioperitoneais ➢ Uma cavidade peritoneal Essas cavidades possuem uma parede parietal (futura camada parietal ou peritônio) e uma parede visceral (futura camada visceral do peritônio) • A cavidade peritoneal é conectada com o celoma extraembrionário no umbigo (até 11ª semana, quando os intestinos do cordão umbilical retornam ao abdome) • Durante a formação da prega cefálica: coração e cavidade pericárdica realocados ventralmente, anterior ao intestino anterior • A cavidade pericárdica abre nos canais pericardioperitoneais, dorsalmente ao intestino anterior • Parte caudal do intestino anterior, do intestino médio e do intestino posterior ficam suspensas na cavidade peritoneal a partir da parede abdominal dorsal – pelo mesentério dorsal MESENTÉRIO • Dupla camada de peritônio, que vai do parietal ao visceral • Liga o órgão à parede do corpo e transmite vasos e nervos • Mesentérios dorsal e ventral dividem a cavidade peritoneal em metades direita e esquerda • Degeneração parcial dos mesentérios (no intestino primitivo, degenera quase toda ventral e parte dorsal) • Artérias que irrigam o intestino primitivo passam entre as camadas do mesentério dorsal (tronco arterial celíaco, artéria mesentérica superior e artéria mesentérica inferior) • O esôfago tem os dois mesentérios Divisão da cavidade geral • Cada canal pericardioperitoneal encontra-se lateralmente à parte proximal do intestino anterior (futuro esôfago) e dorsal ao septo transverso • Pregas e membranas pleuropericárdicas • A divisão se dá por duas pregas • Entre a cavidade pericárdica e o canal pericárdico peritoneal: prega pleuropericárdica (pericardiopleural) e membrana pericárdio peritoneal – as pregas pleuropericárdicas estão localizadas superiormente aos pulmões em desenvolvimento • Membrana pleuropericárdica: separa ventralmente a cavidade pericárdica e dorsalmente o canal pericárdico peritoneal • À medida que o pulmão vai crescendo, a membrana vai consolidando • Pleura visceral em torno do pulmão e pleura parietal grudada ao mesentério dorsal 4 estruturas se juntam para formar o diafragma: o mesentério dorsal do esôfago, membrana pleuroperitoneal, a invasão muscular lisa da parede do corpo e o septo transverso ➢ A prega pleuroperitoneal vai fechando o canal pericárdico peritoneal ➢ Cristas caudais – pregas pleuroperitoneais – localizadas inferiormente aos pulmões Formação defeituosa e/ou fusão das membranas pleuropericárdicas: defeito congênito do pericárdio; geralmente assintomático e do lado esquerdo; a cavidade pericárdica se comunica com a pleural; em casos incomuns, uma parte do átrio esquerdo do coração hernia-se na cavidade pleural a cada batimento cardíaco DIAFRAGMA • Separa as cavidades torácica e abdominal • Septo transverso: placa de tecido mesodérmico crescendo em forma de prateleira convexa que separa o coração do fígado; funde-se com o mesênquima ventral do esôfago; forma o tendão central do diafragma; ocupa o espaço entre a cavidade torácica e o ducto onfaloentérico • Membranas pleuroperitoneais: grande parte do diafragma embrionário; pouca participação no neonato (é basicamente só o tendão central, a crura do diafragma e a invasão muscular) • Mesentério dorsal do esôfago: junções e cruras do diafragma; constitui a porção mediana do diafragma • Crescimento muscular das paredes laterais do corpo: Infiltração de mioblastos a partir da parede do corpo; fechando com músculo o diafragma A extensão adicional das cavidades pleurais em desenvolvimento para o interior das paredes laterais do corpo forma os recessos costodiafragmáticos (que após o nascimento se tornam maiores ou menores – inspiração e expiração) Defeito posterolateral do diafragma: hérnia diafragmática congênita (HDC); leva a herniação do conteúdo abdominal para a cavidade torácica Capítulo 08
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