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Caderno de Lei Seca (1)

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CADERNO DE LEI SECA 
SEMANA 05 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
 
CADERNO DE LEI SECA - SEMANA 05/18 
 
 
 
Sumário 
SEGUNDA-FEIRA ........................................................................................................................... 5 
Leitura da Lei 7716 (Lei de Racismo) ............................................................................................ 5 
Leitura da Constituição Federal – Art. 59 a 69 ............................................................................ 13 
TERÇA-FEIRA .............................................................................................................................. 19 
Leitura da Lei 9784/99 – Artigos 1 ao 69-A ................................................................................. 19 
QUARTA-FEIRA ........................................................................................................................... 40 
Leitura do Código de Processo Penal – Artigos 155 a 158-D ....................................................... 40 
Leitura da Constituição Federal – Artigos 70 a 75 ...................................................................... 45 
QUINTA-FEIRA ............................................................................................................................ 49 
Leitura do Código de Processo Penal – Artigos 158-E a 173 ....................................................... 49 
SEXTA-FEIRA ............................................................................................................................... 54 
Leitura do Código de Processo Penal – Artigos 174 a 196 .......................................................... 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
 
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SEGUNDA-FEIRA 
 
Leitura da Lei 7716 (Lei de Racismo) 
 
Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte 
Lei: 
 
Art. 1º. Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de 
raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. 
(Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
 
 
Art. 2º. (VETADO). 
 
 
Art. 2º-A. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de RAÇA, COR, ETNIA 
OU PROCEDÊNCIA NACIONAL. 
(Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023) 
Pena - RECLUSÃO, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
(Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023) 
Parágrafo único. A pena é AUMENTADA DE METADE se o crime for cometido mediante concurso de 
2 (duas) ou mais pessoas. 
(Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023) 
⚠ ATENÇÃO! O crime previsto neste artigo terá sua pena AUMENTADA de 1/3 até a METADE, quando 
praticados por funcionário público, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-la. 
↳ Previsão no art. 20-B, incluído pela Lei nº 14.532/2023. 
 
 
Art. 3º. Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da 
Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos. 
Pena - RECLUSÃO de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça, cor, etnia, 
religião ou procedência nacional, obstar a promoção funcional. 
(Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/VEP-LEI-7716-1989.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art60
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
 
CADERNO DE LEI SECA - SEMANA 05/18 
 
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Art. 4º. Negar ou obstar emprego em empresa privada. 
Pena - RECLUSÃO de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. 
§ 1º. Incorre na mesma pena (reclusão – de 2 a 5 anos) quem, por motivo de discriminação de raça 
ou de cor ou práticas resultantes do preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica: 
(Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) 
I - deixar de conceder os equipamentos necessários ao empregado em igualdade de condições com os 
demais trabalhadores; 
(Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) 
II - impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar outra forma de benefício profissional; 
(Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) 
III - proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no ambiente de trabalho, especialmente 
quanto ao salário. 
(Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) 
§ 2º. Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo atividades 
de promoção da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de 
trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não 
justifiquem essas exigências. 
 
 
Art. 5º. Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou 
receber cliente ou comprador. 
Pena - RECLUSÃO de 1 (um) a 3 (três) anos. 
 
 
Art. 6º. Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino 
público ou privado de qualquer grau. 
Pena - RECLUSÃO de 3 (três) a 5 (cinco) anos. 
Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de 18 (dezoito) anos a pena é AGRAVADA de 
1/3 (um terço). 
 
 
Art. 7º. Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou qualquer 
estabelecimento similar. 
Pena - RECLUSÃO de 3 (três) a 5 (cinco) anos. 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art60
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Art. 8º. Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais 
semelhantes abertos ao público. 
Pena - RECLUSÃO de 1 (um) a 3 (três) anos. 
 
 
Art. 9º. Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos, casas de diversões, 
ou clubes sociais abertos ao público. 
Pena - RECLUSÃO de 1 (um) a 3 (três) anos. 
 
 
Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de cabeleireiros, barbearias, termas ou 
casas de massagem ou estabelecimento com as mesmas finalidades. 
Pena - RECLUSÃO de 1 (um) a 3 (três) anos. 
 
 
Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou 
escada de acesso aos mesmos: 
Pena - RECLUSÃO de 1 (um) a 3 (três) anos. 
 
 
Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes públicos, como aviões, navios barcas, barcos, ônibus, 
trens, metrô ou qualquer outro meio de transporte concedido. 
Pena - RECLUSÃO de 1 (um) a 3 (três) anos. 
 
 
Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas. 
Pena - RECLUSÃO de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. 
 
 
Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência familiar e social. 
Pena - RECLUSÃO de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. 
 
 
Art. 15. (VETADO). 
 
 
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, 
e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a 3 (três) meses. 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/VEP-LEI-7716-1989.pdf
PREPARAÇÃOPRÉ EDITAL 
 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
 
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↳ Não automático ⇾ motivado e declarado na sentença. 
 
 
Art. 17. (VETADO). 
 
 
Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei NÃO são automáticos, devendo ser 
motivadamente declarados na sentença. 
 
 
Art. 19. (VETADO). 
 
 
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou 
procedência nacional: 
(Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
Pena - RECLUSÃO de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. 
(Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
⚠ ATENÇÃO! O crime previsto neste artigo terá sua pena AUMENTADA de 1/3 até a METADE, quando 
praticados por funcionário público, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-la. 
↳ Previsão no art. 20-B, incluído pela Lei nº 14.532/2023. 
 
O racismo, previsto no art. 20 da Lei nº 7.716/89, é um crime imprescritível? 
SIM. Nunca houve dúvidas quanto a isso, aplicando-se a ele o art. 5º, XLII, da CF/88: 
Art. 5º (...) XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, 
nos termos da lei; 
O crime de injúria racial, previsto no art. 140, § 3º do CP, também é crime imprescritível? A injúria racial pode 
ser enquadrada também no art. 5º, XLII, da CF/88? 
SIM. A prática de injuria racial, prevista no art. 140, § 3º, do Código Penal, traz em seu bojo o emprego de 
elementos associados aos que se definem como raça, cor, etnia, religião ou origem para se ofender ou 
insultar alguém. Em ambos os casos, há o emprego de elementos discriminatórios baseados na raça para a 
violação, o ataque, a supressão de direitos fundamentais do ofendido. Sendo assim, não se pode excluir o 
crime de injúria racial do mandado constitucional de criminalização previsto no art. 5º, XLII, restringir-lhe 
indevidamente a aplicabilidade. 
STF. Plenário. HC 154248/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 28/10/2021 (Info 1036). 
No mesmo sentido, já era o entendimento do STJ: AgRg no REsp 1849696/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, 
julgado em 16/06/2020. 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/VEP-LEI-7716-1989.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/VEP-LEI-7716-1989.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
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CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O crime de injúria racial, espécie do gênero racismo, é imprescritível. 
Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/212ab20dbdf4191cbcdcf015511783f
4>. 
Acesso em: 04/02/2023 
 
A Lei nº 7.716/89 pode ser aplicada para punir as condutas homofóbicas e transfóbicas 
1. Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a implementar os mandados de 
criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição da República, as condutas 
homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, que envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à 
identidade de gênero de alguém, por traduzirem expressões de racismo, compreendido este em sua 
dimensão social, ajustam-se, por identidade de razão e mediante adequação típica, aos preceitos primários 
de incriminação definidos na Lei nº 7.716, de 08.01.1989, constituindo, também, na hipótese de homicídio 
doloso, circunstância que o qualifica, por configurar motivo torpe (Código Penal, art. 121, § 2º, I, “in fine”); 
2. A repressão penal à prática da homotransfobia não alcança nem restringe ou limita o exercício da liberdade 
religiosa, qualquer que seja a denominação confessional professada, a cujos fiéis e ministros (sacerdotes, 
pastores, rabinos, mulás ou clérigos muçulmanos e líderes ou celebrantes das religiões afro-brasileiras, entre 
outros) é assegurado o direito de pregar e de divulgar, livremente, pela palavra, pela imagem ou por qualquer 
outro meio, o seu pensamento e de externar suas convicções de acordo com o que se contiver em seus livros 
e códigos sagrados, bem assim o de ensinar segundo sua orientação doutrinária e/ou teológica, podendo 
buscar e conquistar prosélitos e praticar os atos de culto e respectiva liturgia, independentemente do espaço, 
público ou privado, de sua atuação individual ou coletiva, desde que tais manifestações não configurem 
discurso de ódio, assim entendidas aquelas exteriorizações que incitem a discriminação, a hostilidade ou a 
violência contra pessoas em razão de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero; 
3. O conceito de racismo, compreendido em sua dimensão social, projeta-se para além de aspectos 
estritamente biológicos ou fenotípicos, pois resulta, enquanto manifestação de poder, de uma construção 
de índole histórico-cultural motivada pelo objetivo de justificar a desigualdade e destinada ao controle 
ideológico, à dominação política, à subjugação social e à negação da alteridade, da dignidade e da 
humanidade daqueles que, por integrarem grupo vulnerável (LGBTI+) e por não pertencerem ao estamento 
que detém posição de hegemonia em uma dada estrutura social, são considerados estranhos e diferentes, 
degradados à condição de marginais do ordenamento jurídico, expostos, em consequência de odiosa 
inferiorização e de perversa estigmatização, a uma injusta e lesiva situação de exclusão do sistema geral de 
proteção do direito. 
STF. Plenário. ADO 26/DF, Rel. Min. Celso de Mello; MI 4733/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 
13/6/2019 (Info 944). 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A Lei nº 7.716/89 pode ser aplicada para punir as condutas homofóbicas 
e transfóbicas. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
 
 
 
 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/212ab20dbdf4191cbcdcf015511783f4
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/212ab20dbdf4191cbcdcf015511783f4
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/ae581798565c3b1c587905bff731b86a?palavra-chave=7.716&criterio-pesquisa=e
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<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/ae581798565c3b1c587905bff731b86
a>. 
Acesso em: 04/02/2023 
§ 1º. Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou 
propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. 
(Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
Pena - RECLUSÃO de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa. 
(Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
§ 2º. Se qualquer dos crimes previstos neste artigo for cometido por intermédio dos meios de 
comunicação social, de publicação em redes sociais, da rede mundial de computadores ou de publicação 
de qualquer natureza: 
(Redação dada pela Lei nº 14.532, de 2023) 
Pena - RECLUSÃO de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa. 
(Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
§ 2º-A. Se qualquer dos crimes previstos neste artigo for cometido no contexto de atividades 
esportivas, religiosas, artísticas ou culturais destinadas ao público: 
(Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023) 
Pena - RECLUSÃO, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e PROIBIÇÃO de frequência, por 3 (três) anos, a locais 
destinados a práticas esportivas, artísticas ou culturais destinadas ao público, conforme o caso. 
(Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023) 
§ 2º-B. Sem prejuízo da pena correspondente à violência, incorre nas mesmas penas previstas no 
caput deste artigo quem obstar, impedir ou empregar violência contra quaisquer manifestações ou 
práticas religiosas. 
(Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023) 
§ 3º. No caso do § 2º deste artigo, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido 
deste, ainda ANTES DO INQUÉRITO POLICIAL,sob pena de desobediência: 
(Redação dada pela Lei nº 14.532, de 2023) 
I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo; 
(Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas, televisivas, eletrônicas ou da publicação 
por qualquer meio; 
(Redação dada pela Lei nº 12.735, de 2012) 
III - a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na rede mundial de 
computadores. 
(Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) 
§ 4º. Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação, após o trânsito em julgado da decisão, a 
destruição do material apreendido. 
(Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
 
 
 
 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/ae581798565c3b1c587905bff731b86a
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/ae581798565c3b1c587905bff731b86a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12735.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art64
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm#art1
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DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
 
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Art. 20-A. Os crimes previstos nesta Lei terão as penas AUMENTADAS de 1/3 (um terço) ATÉ A 
METADE, quando ocorrerem em contexto ou com intuito de descontração, diversão ou recreação. 
(Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023) 
 
 
Art. 20-B. Os crimes previstos nos arts. 2º-A e 20 desta Lei terão as penas AUMENTADAS de 1/3 (um 
terço) ATÉ A METADE, quando praticados por funcionário público, conforme definição prevista no Decreto-
Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), no exercício de suas funções ou a pretexto de 
exercê-las. 
(Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023) 
Funcionário público 
Art. 327, CP. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou 
sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 
§ 1º. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e 
quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade 
típica da Administração Pública. 
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
§ 2º. A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem 
ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração 
direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. 
(Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980) 
 
 
Art. 20-C. Na interpretação desta Lei, o juiz deve considerar como DISCRIMINATÓRIA qualquer 
atitude ou tratamento dado à pessoa ou a grupos minoritários que cause constrangimento, humilhação, 
vergonha, medo ou exposição indevida, e que usualmente não se dispensaria a outros grupos em razão da 
cor, etnia, religião ou procedência. 
(Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023) 
 
 
Art. 20-D. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a vítima dos crimes de racismo DEVERÁ 
ESTAR ACOMPANHADA DE ADVOGADO OU DEFENSOR PÚBLICO. 
(Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023) 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9983.htm#art327%C2%A71
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L6799.htm#ART327%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art1
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Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
(Renumerado pela Lei nº 8.081, de 21.9.1990) 
 
 
Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário. 
(Renumerado pela Lei nº 8.081, de 21.9.1990) 
 
 
Brasília, 5 de janeiro de 1989; 168º da Independência e 101º da República. 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8081.htm
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Leitura da Constituição Federal – Art. 59 a 69 
 
Seção VIII 
Do Processo Legislativo 
 
Subseção I 
Disposição Geral 
 
Art. 59. O processo legislativo compreende a ELABORAÇÃO de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
Processo legislativo compreende a elaboração de • Emendas à Constituição; 
• Leis complementares; 
• Leis ordinárias; 
• Leis delegadas; 
• Medidas provisórias; 
• Decretos legislativos; 
• Resoluções. 
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das 
leis. 
 
 
Subseção II 
Da Emenda à Constituição 
 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante PROPOSTA: 
I - de 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados OU do Senado Federal; 
• 81 senadores. 1/3 = 27 senadores. 
• 513 deputados. 1/3 = 171 deputados. 
II - do Presidente da República; 
III - de MAIS DA METADE das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, 
cada uma delas, pela maioria RELATIVA de seus membros. 
 
 
 
 
file:///C:/Users/maria/AppData/Local/Temp/Temp1_cronograma_lei_seca_-_pt_1.zip/CAD%20LEI%20SECA%20-%20SEMANA%201.docx%23_Toc36661662
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
 
CADERNO DE LEI SECA - SEMANA 05/18 
 
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EMENDA À CONSTITUIÇÃO 
Pode ser emendada mediante PROPOSTA • de 1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos 
Deputados OU do Senado Federal; 
 • do Presidente da República; 
 • de MAIS DA METADE das Assembleias 
Legislativas das unidades da Federação, 
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria 
RELATIVA de seus membros. 
• A Constituição NÃO PODERÁ SER EMENDADA na vigência de intervenção federal, de estado de defesa 
ou de estado de sítio. 
• . A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos, considerando-
se APROVADA se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos membros. 
• A emenda à Constituição será PROMULGADA pelas MESAS da Câmara dos Deputados E do Senado 
Federal, com o respectivo número de ordem. 
 
NÃO SERÁ OBJETO DE DELIBERAÇÃO a proposta 
de emenda tendente a ABOLIR: 
• a forma federativa de Estado; 
• o voto direto, secreto, universal e periódico; 
• a separação dos Poderes; 
• os direitos e garantias individuais. 
• A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto 
de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
§ 1º. A Constituição NÃO PODERÁ SER EMENDADA na vigência de intervenção federal, de estado de 
defesa ou de estado de sítio. 
§ 2º. A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos, 
considerando-se APROVADA se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos membros. 
§ 3º. A emenda à Constituição será PROMULGADA pelas MESAS daCâmara dos Deputados E do 
Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
§ 4º. NÃO SERÁ OBJETO DE DELIBERAÇÃO a proposta de emenda tendente a ABOLIR: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
§ 5º. A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser 
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
• Sessão legislativa: de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
 
 
Subseção III 
 
 
 
 
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Das Leis 
 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da 
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao 
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos 
(inciativa popular), na forma e nos casos previstos nesta Constituição. 
§ 1º. São de INICIATIVA PRIVATIVA do PRESIDENTE DA REPÚBLICA as leis que: 
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; 
II - disponham sobre: 
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento 
de sua remuneração; 
• Súmula nº 679, STF. A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção 
coletiva. 
• Súmula nº 681, STF. É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais 
ou municipais a índices federais de correção monetária. 
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e 
pessoal da administração dos Territórios; 
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade 
e aposentadoria; 
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas GERAIS 
para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Territórios; 
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 
84, VI; 
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, 
remuneração, reforma e transferência para a reserva. 
Iniciativa popular. 
§ 2º. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto 
de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 5 Estados, com não 
menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles. 
 
 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas 
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º. É VEDADA a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I - relativa a: 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e Direito Eleitoral; 
 
 
 
 
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DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
 
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16 
 
b) Direito Penal, Processual Penal e Processual Civil; 
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, 
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; 
II - que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo 
financeiro; 
III - reservada a lei complementar; 
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou 
veto do Presidente da República. 
§ 2º. Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, EXCETO os previstos nos 
arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro SEGUINTE se houver sido 
convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 
§ 3º. As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 PERDERÃO EFICÁCIA, desde a 
edição, se não forem convertidas em lei no prazo de 60 dias, PRORROGÁVEL, nos termos do § 7º, UMA VEZ 
por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas 
delas decorrentes. 
§ 4º. O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, SUSPENDENDO-
SE durante os períodos de recesso do Congresso Nacional. 
§ 5º. A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas 
provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. 
§ 6º. Se a medida provisória não for apreciada em até 45 dias contados de sua publicação, entrará 
em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando 
SOBRESTADAS, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que 
estiver tramitando. 
§ 7º. Prorrogar-se-á UMA ÚNICA VEZ por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo 
de 60 dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso 
Nacional. 
§ 8º. As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. 
§ 9º. Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre 
elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas 
do Congresso Nacional. 
§ 10. É VEDADA a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido 
rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. 
• Sessão legislativa: período de atividade normal do Congresso a cada ano, de 02 de fevereiro a 17 de julho 
e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
• 4 sessões legislativas = 1 legislatura (mandato de 4 anos). 
 
 
 
 
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§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até 60 dias após a rejeição ou perda de 
eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante 
sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. 
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão ALTERANDO o texto original da medida provisória, esta 
manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. 
 
 
Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista: 
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, 
§ 3º e § 4º; 
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do 
Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público. 
 
 
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do 
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados. 
§ 1º. O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua 
iniciativa. 
§ 2º. Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a 
proposição, cada qual sucessivamente, em até 45 (quarenta e cinco) dias, sobrestar-se-ão todas as demais 
deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional 
determinado, até que se ultime a votação. 
§ 3º. A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de 
10 (dez) dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior. 
§ 4º. Os prazos do § 2º não correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional, nem se aplicam 
aos projetos de código. 
 
 
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão 
e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. 
Parágrafoúnico. Sendo o projeto EMENDADO, voltará à Casa iniciadora. 
 
 
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da 
República, que, aquiescendo, o sancionará. 
§ 1º. Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional (veto 
jurídico) ou contrário ao interesse público (veto político), vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 
 
 
 
 
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dias ÚTEIS, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de 48 horas, ao Presidente do Senado 
Federal os motivos do veto. 
§ 2º. O VETO PARCIAL somente abrangerá TEXTO INTEGRAL de artigo, de parágrafo, de inciso ou de 
alínea. 
§ 3º. Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias, o silêncio do Presidente da República importará SANÇÃO. 
§ 4º. O VETO será apreciado em sessão conjunta, dentro de 30 (trinta) dias a contar de seu 
recebimento, só podendo ser REJEITADO pelo voto da maioria ABSOLUTA dos Deputados e Senadores. 
§ 5º. Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da 
República. 
§ 6º. Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia 
da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. 
§ 7º. Se a lei não for promulgada dentro de 48 horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 
3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-
Presidente do Senado fazê-lo. 
 
 
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei REJEITADO somente poderá constituir objeto de novo 
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da MAIORIA ABSOLUTA dos membros de 
QUALQUER DAS CASAS do Congresso Nacional. 
 
 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a 
delegação ao Congresso Nacional. 
§ 1º. Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de 
competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei 
complementar, nem a legislação sobre: 
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; 
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; 
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
§ 2º. A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que 
especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. 
§ 3º. Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em 
votação única, VEDADA qualquer emenda. 
 
 
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria ABSOLUTA. 
 
 
 
 
 
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TERÇA-FEIRA 
 
Leitura da Lei 9784/99 – Artigos 1 ao 69-A 
 
Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte 
Lei: 
 
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 1º. Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da 
Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e 
ao melhor cumprimento dos fins da Administração. 
⇾ Adm. Pública Federal: 
• Direta: União. 
• Indireta: 
Fundações Públicas; 
Autarquias Federais; 
Sociedades de Economia Mista; 
Empresas Públicas. 
 
• Diante da omissão legislativa de determinado estado ou município, este poderá adotar a Lei nº 9.784/99 
para regular normas básicas de processo administrativo. 
§ 1º. Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da 
União, quando no desempenho de função administrativa. 
§ 2º. Para os fins desta Lei, consideram-se: 
I - órgão: a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da 
Administração indireta; (Sem personalidade jurídica). 
II - entidade: a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; 
III - autoridade: o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. 
 
 
Art. 2º. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, 
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, 
interesse público e eficiência. 
 
 
 
 
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⇾ Princípios expressos do processo administrativo: 
• Legalidade; 
• Finalidade; 
• Motivação; 
• Razoabilidade; 
• Proporcionalidade; 
• Moralidade; 
• Ampla defesa; 
• Contraditório; 
• Segurança Jurídica; 
• Interesse público; e 
• Eficiência. 
 
• Súmula Vinculante nº 03: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o 
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar a anulação ou revogação de ato 
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial 
de aposentadoria, reforma e pensão. 
• Súmula nº 20, STF. É necessário processo administrativo com ampla defesa para demissão de funcionário 
público admitido por concurso. 
• Súmula nº 21, STF. Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem 
inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade. 
• Súmula nº 312, STJ. No processo administrativo para imposição de multa de trânsito, são necessárias as 
notificações da autuação e da aplicação da pena decorrente da infração. 
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: 
I - atuação conforme a lei e o Direito; 
II - atendimento a fins de interesse geral, VEDADA a renúncia total ou parcial de poderes ou 
competências, SALVO autorização em lei; 
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou 
autoridades; 
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; (Moralidade). 
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na 
Constituição; 
• Súmula Vinculante nº 14. É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos 
elementos de prova que, já documentados em processo investigatório realizado por órgão com competência 
de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida 
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; 
 
 
 
 
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VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; 
VIII - observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados; 
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e 
respeito aos direitos dos administrados; 
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e 
à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio; 
• Súmula Vinculante nº 05. A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar 
não ofende a Constituição. 
↳ Assim, a presença de advogado em PAD é facultativa. O acusado pode ser acompanhado por advogado se 
assim desejar. No entanto, não é obrigatório que o processado tenha a assistência jurídica. Logo, caso não 
tenha sido auxiliado por advogado, tal circunstância não gera a nulidade do PAD. 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula vinculante 5-STF. Buscador Dizer o Direito,Manaus. Disponível 
em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/5fc7c9bd1fcb12799f02da8adfa4954f
>. Acesso em: 23/04/2022 
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; 
• Súmula Vinculante nº 21. É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro 
ou bens p/ admissibilidade de recurso administrativo. 
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados; 
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim 
público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. (Segurança jurídica). 
 
 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS 
 
Art. 3º. O administrado tem os seguintes DIREITOS perante a Administração, sem prejuízo de outros 
que lhe sejam assegurados: 
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus 
direitos e o cumprimento de suas obrigações; (Princípio da urbanidade). 
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, 
ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; 
III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de 
consideração pelo órgão competente; 
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por 
força de lei. 
 
 
 
 
 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/5fc7c9bd1fcb12799f02da8adfa4954f
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/5fc7c9bd1fcb12799f02da8adfa4954f
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CAPÍTULO III 
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO 
 
(Rol exemplificativo) 
Art. 4º. São DEVERES do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em 
ato normativo: 
I - expor os fatos conforme a verdade; 
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; 
III - não agir de modo temerário; 
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. 
 
 
CAPÍTULO IV 
DO INÍCIO DO PROCESSO 
 
Art. 5º. O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. 
 
 
Art. 6º. O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve 
ser formulado por escrito e conter os seguintes dados: 
I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; 
II - identificação do interessado ou de quem o represente; 
III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações; 
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos; 
V - data e assinatura do requerente ou de seu representante. 
Parágrafo único. É VEDADA à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, 
devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas. 
 
 
Art. 7º. Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados 
para assuntos que importem pretensões equivalentes. 
 
 
Art. 8º. Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos 
idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário. 
 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
 
CADERNO DE LEI SECA - SEMANA 05/18 
 
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CAPÍTULO V 
DOS INTERESSADOS 
 
Art. 9º. São legitimados como interessados no processo administrativo: 
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no 
exercício do direito de representação; 
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados 
pela decisão a ser adotada; 
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; 
IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. 
 
 
Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de 18 (dezoito) anos, ressalvada 
previsão especial em ato normativo próprio. 
 
 
CAPÍTULO VI 
DA COMPETÊNCIA 
 
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída 
como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. 
 
 
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar 
parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente 
subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, 
jurídica ou territorial. 
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos 
colegiados aos respectivos presidentes. 
• A competência privativa pode ser delegada. 
↳ A que NÃO pode ser delegada é a competência EXCLUSIVA. 
 
 
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: (Também se aplica à avocação) 
I - a edição de atos de caráter normativo; 
II - a decisão de recursos administrativos; 
 
 
 
 
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III - as matérias de competência EXCLUSIVA do órgão ou autoridade. 
 
 
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. 
§ 1º. O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do 
delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício 
da atribuição delegada. 
§ 2º. O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. 
§ 3º. As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e 
considerar-se-ão editadas pelo delegado. 
 
 
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a 
avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
 
 
Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das respectivas sedes 
e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de interesse especial. 
 
 
Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante 
a autoridade de menor grau hierárquico para decidir. 
 
 
CAPÍTULO VII 
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO 
 
Impedimento (mais grave). 
Art. 18. É IMPEDIDO de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: 
↳ É obrigado a alegar e a se afastar. 
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; 
II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais 
situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; 
III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou 
companheiro. 
 
 
 
 
 
 
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Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade 
competente, abstendo-se de atuar. 
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos 
disciplinares. 
 
 
Suspeição. 
Art. 20. Pode ser arguida a SUSPEIÇÃO de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou 
inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e 
afins até o terceiro grau. (A autoridade não é obrigada a alegar. Quem tem que alegar é a parte interessada). 
 
 
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito 
suspensivo. 
 
 
CAPÍTULO VIII 
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOSATOS DO PROCESSO 
 
Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a 
lei expressamente a exigir. 
§ 1º. Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua 
realização e a assinatura da autoridade responsável. 
§ 2º. Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida 
de autenticidade. 
§ 3º. A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo. 
§ 4º. O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas. 
 
 
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da 
repartição na qual tramitar o processo. 
Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento 
prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração. 
 
 
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e 
dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de 5 (cinco) dias, SALVO motivo de 
força maior. 
 
 
 
 
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DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
 
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Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada 
justificação. 
 
 
Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o 
interessado se outro for o local de realização. 
 
 
CAPÍTULO IX 
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS 
 
Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a 
intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. 
§ 1º. A intimação deverá conter: 
I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa; 
II - finalidade da intimação; 
III - data, hora e local em que deve comparecer; 
IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar; 
V - informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento; 
VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. 
§ 2º. A intimação observará a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis quanto à data de 
comparecimento. 
§ 3º. A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, 
por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado. 
§ 4º. No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação 
deve ser efetuada por meio de publicação oficial. 
§ 5º. As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o 
comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. 
 
 
Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a 
renúncia a direito pelo administrado. 
Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampla defesa ao 
interessado. 
 
 
 
 
 
 
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Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em 
imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos de outra 
natureza, de seu interesse. 
 
 
CAPÍTULO X 
DA INSTRUÇÃO 
 
Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada 
de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo 
do direito dos interessados de propor atuações probatórias. 
§ 1º. O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários à decisão do 
processo. 
§ 2º. Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se do modo menos 
oneroso para estes. 
 
 
 Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos. 
 
 
 Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente 
poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, 
antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada. 
§ 1º. A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de que 
pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegações 
escritas. 
§ 2º. O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de interessado do processo, 
mas confere o direito de obter da Administração resposta fundamentada, que poderá ser comum a todas as 
alegações substancialmente iguais. 
 
 
 Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, poderá 
ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo. 
 
 
 Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão estabelecer outros 
meios de participação de administrados, diretamente ou por meio de organizações e associações legalmente 
reconhecidas. 
 
 
 
 
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 Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de 
administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado. 
 
 
Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiência de outros órgãos ou entidades 
administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta, com a participação de titulares ou representantes 
dos órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos. 
 
 
 Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao 
órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei. 
 
 
Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes 
na própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente 
para a instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das respectivas cópias. 
 
 
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e 
pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do 
processo. 
§ 1º. Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão. 
§ 2º. Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos 
interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. 
 
 
Art. 39. Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de provas pelos 
interessados ou terceiros, serão expedidas intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e 
condições de atendimento. 
Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão competente, se entender relevante 
a matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo de proferir a decisão. 
 
 
Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à 
apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva 
apresentação implicará arquivamento do processo. 
 
 
 
 
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Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima 
de 3 (três) dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização. 
 
 
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido 
no prazo máximo de 15 (quinze) dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. 
§ 1º. Se um parecerobrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não 
terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. 
§ 2º. Se um parecer obrigatório e NÃO vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo 
poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se 
omitiu no atendimento. 
 
 
Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos técnicos de 
órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela 
instrução deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade técnica 
equivalentes. 
 
 
Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de 10 
(dez) dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. 
 
 
Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar 
providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado. 
 
 
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas dos 
dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo 
ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem. 
 
 
Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final elaborará relatório 
indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará proposta de decisão, 
objetivamente justificada, encaminhando o processo à autoridade competente. 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO XI 
DO DEVER DE DECIDIR 
 
Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos 
e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. 
 
 
Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até 30 
(trinta) dias para decidir, SALVO prorrogação por igual período expressamente motivada. 
 
 
CAPÍTULO XI-A 
DA DECISÃO COORDENADA 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
 
Art. 49-A. No âmbito da Administração Pública federal, as decisões administrativas que exijam a 
participação de 3 (três) ou mais setores, órgãos ou entidades poderão ser tomadas mediante decisão 
coordenada, sempre que: 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
I - for justificável pela relevância da matéria; e 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
II - houver discordância que prejudique a celeridade do processo administrativo decisório. 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 1º. Para os fins desta Lei, considera-se decisão coordenada a instância de natureza interinstitucional 
ou intersetorial que atua de forma compartilhada com a finalidade de simplificar o processo administrativo 
mediante participação concomitante de todas as autoridades e agentes decisórios e dos responsáveis pela 
instrução técnico-jurídica, observada a natureza do objeto e a compatibilidade do procedimento e de sua 
formalização com a legislação pertinente. 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 2º. (VETADO). 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 3º. (VETADO). 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 4º. A decisão coordenada não exclui a responsabilidade originária de cada órgão ou autoridade 
envolvida. 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
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§ 5º. A decisão coordenada obedecerá aos princípios da legalidade, da eficiência e da transparência, 
com utilização, sempre que necessário, da simplificação do procedimento e da concentração das instâncias 
decisórias. 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
 
§ 6º. Não se aplica a decisão coordenada aos processos administrativos: 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
I - de licitação; 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
II - relacionados ao poder sancionador; ou 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
III - em que estejam envolvidas autoridades de Poderes distintos. 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
 
 
Art. 49-B. Poderão habilitar-se a participar da decisão coordenada, na qualidade de ouvintes, os 
interessados de que trata o art. 9º desta Lei. 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
Parágrafo único. A participação na reunião, que poderá incluir direito a voz, será deferida por decisão 
irrecorrível da autoridade responsável pela convocação da decisão coordenada. 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
 
 
Art. 49-C. (VETADO). 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
 
 
Decisão coordenada 
obedecerá aos princípios da
Legalidade; Eficiência; Transparência;
Com a utilização, sempre que 
necessário, da simplificação 
do procedimento e da 
concentração das instâncias 
decisórias.
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
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Art. 49-D. Os participantes da decisão coordenada deverão ser intimados na forma do art. 26 desta 
Lei. 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
 
 
Art. 49-E. Cada órgão ou entidade participante é responsável pela elaboração de documento específico 
sobre o tema atinente à respectiva competência, a fim de subsidiar os trabalhos e integrar o processo da 
decisão coordenada. 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
Parágrafo único. O documento previsto no caput deste artigo abordará a questão objeto da decisão 
coordenada e eventuais precedentes. 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
 
 
Art. 49-F. Eventual DISSENSO na solução do objeto da decisão coordenada deverá ser manifestado 
durante as reuniões, de forma fundamentada, acompanhado das propostas de solução e de alteração 
necessárias para a resolução da questão. 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
Parágrafo único. Não poderá ser arguida matéria estranha ao objeto da convocação. 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
 
 
Art. 49-G. A conclusão dos trabalhos da decisão coordenada será consolidada em ata, que conterá 
as seguintes informações: 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
I - relato sobre os itens da pauta; 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
II - síntese dos fundamentos aduzidos; 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
III - síntese das teses pertinentes ao objeto da convocação; 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
IV - registro das orientações, das diretrizes, das soluções ou das propostas de atos governamentaisrelativos ao objeto da convocação; 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
V - posicionamento dos participantes para subsidiar futura atuação governamental em matéria 
idêntica ou similar; e 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
VI - decisão de cada órgão ou entidade relativa à matéria sujeita à sua competência. 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
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(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 1º. Até a assinatura da ata, poderá ser complementada a fundamentação da decisão da autoridade 
ou do agente a respeito de matéria de competência do órgão ou da entidade representada. 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 2º. (VETADO). 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
§ 3º. A ata será publicada por extrato no Diário Oficial da União, do qual deverão constar, além do 
registro referido no inciso IV do caput deste artigo, os dados identificadores da decisão coordenada e o órgão 
e o local em que se encontra a ata em seu inteiro teor, para conhecimento dos interessados. 
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
 
 
CAPÍTULO XII 
DA MOTIVAÇÃO 
 
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos 
jurídicos, quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
• Súmula nº 683, STF. O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 
7º, XXX da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser 
preenchido. 
• Súmula nº 684, STF. É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público. 
• Súmula nº 685, STF. É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-
se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a 
carreira na qual anteriormente investido. 
• Súmula nº 686. STF. Só por lei pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo 
público. 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
V - decidam recursos administrativos; 
VI - decorram de reexame de ofício; 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, 
propostas e relatórios oficiais; 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1
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§ 1º. A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de 
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste 
caso, serão parte integrante do ato. 
↳ Motivação aliunde. 
§ 2º. Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que 
reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados. 
§ 3º. A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da 
respectiva ata ou de termo escrito. 
 
 
CAPÍTULO XIII 
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO 
 
Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do 
pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis. 
§ 1º. Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem a tenha formulado. 
§ 2º. A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do 
processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige. 
 
 
Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade ou o 
objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. 
 
 
CAPÍTULO XIV 
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO 
 
Art. 53. A Administração deve ANULAR seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e 
pode REVOGÁ-LOS por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. 
↳ Princípio da autotutela. 
• Súmula nº 473, STF. A administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os 
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
↳ Atos ilegais são anulados. 
↳ Atos inoportunos/inconvenientes são revogados. 
 
 
 
 
 
 
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Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados da data em que foram praticados, SALVO 
comprovada má-fé. 
↳ A prescrição administrativa (5 anos) atrai o princípio da segurança jurídica. 
• Súmula nº 346, STF. A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. 
 
• Prazo p/ anular ato ilegal: 5 anos. 
↳ Exceção: quando o beneficiário do ato agiu de má-fé p/ aquele ato ser produzido – não existe prazo 
prescricional. 
§ 1º. No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do 
primeiro pagamento. 
§ 2º. Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que 
importe impugnação à validade do ato. 
 
 
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a 
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. 
 
 
CAPÍTULO XV 
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO 
 
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito. 
§ 1º. O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo 
de 5 (cinco) dias, o encaminhará à autoridade superior. 
§ 2º. Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução. 
• Súmula nº 373, STJ. É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso 
administrativo. 
§ 3º. Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula vinculante, 
caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar 
o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. 
(Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). 
 
 
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo 
disposiçãolegal diversa. 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art8
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Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo: 
I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; 
II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida; 
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; 
IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. 
 
 
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de 10 (dez) dias o prazo para interposição de recurso 
administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida. 
§ 1º. Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo 
máximo de 30 (trinta) dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente. 
• O prazo de julgamento do recurso é impróprio, ou seja, o seu desrespeito não gera nulidade do processo, 
configurando mera irregularidade, podendo gerar responsabilização do agente que ensejou o atraso. 
§ 2º. O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual período, ante 
justificativa explícita. 
 
 
Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os 
fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes. 
 
 
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. 
Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da 
execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito 
suspensivo ao recurso. 
 
 
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais 
interessados para que, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, apresentem alegações. 
 
 
Art. 63. O recurso NÃO será conhecido quando interposto: 
I - fora do prazo; 
II - perante órgão incompetente; 
III - por quem não seja legitimado; 
IV - após exaurida a esfera administrativa. 
 
 
 
 
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§ 1º. Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe 
devolvido o prazo para recurso. 
§ 2º. O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde 
que não ocorrida preclusão administrativa. 
 
 
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, 
total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. 
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação do 
recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão. 
 
 
Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula vinculante, o órgão competente 
para decidir o recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. 
(Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). 
 
 
Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação fundada em violação de enunciado 
da súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do 
recurso, que deverão adequar as futuras decisões administrativas em casos semelhantes, sob pena de 
responsabilização pessoal nas esferas cível, administrativa e penal. 
(Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). 
 
 
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, 
a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a 
inadequação da sanção aplicada. 
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. 
 
 
CAPÍTULO XVI 
DOS PRAZOS 
 
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem 
o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. 
§ 1º. Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em 
que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal. 
§ 2º. Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art9
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§ 3º. Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento não 
houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês. 
 
 
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se 
suspendem. 
 
 
CAPÍTULO XVII 
DAS SANÇÕES 
 
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza pecuniária ou 
consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa. 
 
 
CAPÍTULO XVIII 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-
lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei. 
↳ Aplicação subsidiária. 
 
 
Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos 
administrativos em que figure como parte ou interessado: 
(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; 
(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental; 
(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
III - (VETADO). 
(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia 
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, 
nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), 
contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em 
conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo. 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Msg/VEP-609-09.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
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(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
§ 1º. A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá requerê-
lo à autoridade administrativa competente, que determinará as providências a serem cumpridas. 
(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
§ 2º. Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o regime de 
tramitação prioritária. 
(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
§ 3º. (VETADO). 
(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
§ 4º. (VETADO). 
(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). 
 
 
Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Brasília 29 de janeiro de 1999; 178º da Independência e 111º da República. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Msg/VEP-609-09.htm

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