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O poder nas organizações

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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
CURSO: NEGÓCIOS/ GESTÃO 
PROFESSOR (A): CÁSSIA FERREIRA
TEMA 10: O poder nas organizações 
Olá pessoal !
As concepções de poder diferem nas diversas ciências e campos de aplicação e que, entre os teóricos, elas também diferem internamente, pois cada uma delas estuda determinado aspecto do fenômeno, que se tem mostrado muito abrangente, multifacetado, dinâmico e multideterminado. Também se evidenciou que os estudiosos do comportamento humano no trabalho requisitam diferentes teorias, das diversas ciências e campos de aplicação, para darem conta de compreender e explicar as relações de poder no ambiente das organizações. 
Se, nas diversas ciências, o estudo do poder se parece com uma “colcha de retalhos” – as diversas ciências fazem interfaces entre si para explicar o fenômeno e diferentes teorias são requisitadas, cada uma delas abrangendo determinado(s) aspecto(s) do poder - o estudo do poder nas organizações, também, não é diferente. Fischer (2001) coloca que poucos temas, no âmbito da teoria organizacional, são tão exaustivamente discutidos; ainda assim, não se consegue escapar de metáforas e redundâncias, quando a questão é o poder. Talvez porque, em sua própria origem, na filosofia política, o poder seja um dos mais complexos e obscuros conceitos (FISCHER, 2001). 
O estudo do poder nas organizações faz interface com outras variáveis do comportamento organizacional, como política, gerência e liderança, influência interpessoal, conflito e negociação, justiça, assédio moral e sexual, comportamento ético, cultura; que o poder é estudado tanto em sua dimensão individual como grupal e/ou organizacional; que os estudiosos do comportamento humano no trabalho parecem mais preocupados em mapear a dinâmica do poder nas organizações (onde ele está, quais suas fontes e como se manifesta na estrutura organizacional), para “ensinar” os administradores, gerentes e líderes a alcançar e exercer poder com eficácia, para atingir os objetivos organizacionais. Também, neste capítulo, observar-se-á que as pesquisas sobre poder utilizam diferentes referenciais teóricos e métodos de pesquisas tanto quantitativos quanto qualitativos. 
O tema poder é de atualidade. Ele assume, não somente, grande importância prática, mas também teórica, pois se situa no centro de múltiplas correntes das ciências humanas e sociais. Quanto às organizações, os autores afirmam que os esquemas hierárquicos e funcionais que a própria organização propõe para descrever a conduta de seus membros são insuficientes para explicar: a integração dos executivos e trabalhadores na grande empresa moderna; a sobrecarga de trabalho aceita e mesmo procurada por muitos; a aceitação de uma ideologia de lucro e de expansão, apesar dos conflitos e sofrimentos que a acompanha; e as influências exercidas sobre cada um na complexa arquitetura da grande organização. Eis alguns motivos para se pesquisar o poder nas organizações, além dos limitados caminhos teóricos empregados, de forma isolada e de maneira muito geral, por diversos estudiosos e também para se compreender o poder no ambiente organizacional.
O jogo de poder é “uma transação ou uma série de transações conscientes, através das quais uma pessoa procura controlar o comportamento da outra”. O significado de jogo, para o autor, é o mesmo de Berne (1977), já que é um de seus discípulos; logo, o jogo é visto como um comportamento que evita a intimidade ou relações sociais autênticas e sinceras. Quanto a poder, o autor trata-o enquanto controle, e este é visto, por ele, como um tipo de poder negativo, baseado na exploração e na manipulação de outras pessoas - o “controle faz com que o poder seja disponível para alguns poucos, pois se apóia na retirada do poder de muitos” (STEINER, 1986, p. 20). O autor condena os jogos de poder por serem “manobras” que o ser humano utiliza para conseguir do outro, e contra sua vontade, algo que deseja; e defende o outro lado do poder: o poder substancial, tangível, utilizável e duradouro do amor, da intuição, da comunicação e da cooperação, por considerá los os responsáveis pelos relacionamentos autênticos e pelo sentimento de felicidade e o poder tem uma relação direta com as políticas organizacionais que funcionam como um meio de regular o acesso a recursos compartilhados. Por isso que elas são tão usadas pelas áreas financeiro, jurídico, controladoria, RH, etc. No entanto, o uso tradicional de políticas muitas vezes vai num sentido de estabelecer controle sobre o trabalho das pessoas por meio dos acionistas mais do que permitir com que ele seja realizado com efetividade.
Durante a leitura você aprendeu que o Poder é definido como capacidade, habilidade e força. Esses substantivos parecem conferir ao “poder” uma qualificação de posse. Alguém - seja pessoa, grupo de pessoas, empresa, cidade ou país - possui a capacidade, a habilidade, a força.
Pontos importantes: As conceituações também mostram que o alvo do poder ou influência, nas organizações, são as pessoas, os acontecimentos e/ou os resultados organizacionais. e não existe e nem deve existir uma única teoria que abarque o poder, devido a sua diversidade e complexidade, provoca questionamentos acerca de como conceituar e como estudar o poder nas organizações.
Vamos em frente! Aproveite o material de pré-aula e continue aprofundando seus conhecimentos.
	
	REFERÊNCIAS
ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. São Paulo: Peason Prentice Hall, 2009.
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