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AULA 01 E 02

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DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL - TEORIA DA CONSTITUIÇÃO 
CARGA HORARIA: 60h/a
PERIODO: 3º 
E-mail de contato: andre.lemos@iesgo.edu.br
EMENTA
Teoria da Constituição. O Estado moderno e o constitucionalismo. O Direito Constitucional e a Constituição. Classificação das constituições. Estudo histórico das constituições brasileiras. A constituição de 1988. Poder constituinte, poderes estatais constitucionais e interpretação da constituição. Aplicabilidade das Normas Constitucionais. Controle de Constitucionalidade. Direitos fundamentais e direitos humanos. Nacionalidade e Direitos Políticos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 BIBLIOGRAFIA BÁSICA
NADER, Paulo. Curso de Direito Civil: Parte Geral. 11. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018. (E-book).
TARTUCE, Flávio. Direito civil, v. 1 lei de introdução e parte geral. 16. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018. (E-book).
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil, v. 1 parte geral. São Paulo: Atlas, 2020. (E-book)
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
 AZEVEDO, Álvaro Villaça. Curso de direito civil, v. 1 teoria geral do direito civil: parte geral. 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2019. (E-book).
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, v. 1 parte geral. 18. Ed. São Paulo: Saraiva 2019. (E-book).
FARIAS, Cristiano Chaves de. Novo tratado de responsabilidade civil. 4. Ed. São Paulo: Saraiva: 2019. (E-book).
GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, v. 1 parte geral. 22. Ed. São Paulo: Saraiva, 2019. (E-book).
LÔBO, Paulo. Direito civil parte geral. 9. Ed. São Paulo: Saraiva, 2019. (E-book).
AVALIAÇÃO E PONTUAÇÃO
Duas avaliações que totalizam 7 pontos.
Datas segundo o calendário acadêmico:
21, 22, 25, 26 e 27/03 – Avaliações B1
12,13,14,17 e 18/06 – Avaliações B2
As provas conterão questões discursivas e objetivas em quantidade mínima de 10.
As provas se basearão nas provas da OAB e ENADE.
Atentem-se ao uso adequado do vernáculo e escrita legível.
Trabalho(s) acadêmico(s) que totalizam 3 pontos.
Data e forma de aplicação a ser definida.
OBS: Em caso de atraso na entrega do(s) trabalho(s) acadêmico(s), será permitida uma única entrega a ser realizada impreterivelmente na aula seguinte com redução da pontuação para o máximo de 75% da nota total. 
CONTEÚDO DA AULA
Capítulo I – Noções Fundamentais 
Introdução 2. Estado. 3. Formas de Estado 4. Formas de governo 5. Sistemas de governo. 6. Regimes políticos. 
Capítulo II – Direito Constitucional 
1. Conceito. 2. Natureza jurídica. 3. Origem
O aparecimento histórico do Estado
As conclusões principais dessa indagação parecem ser:
a)Necessidade, em toda a sociedade humana, de um mínimo de organização política;
b)Necessidade de situar, no tempo e no espaço, o Estado entre as organizações políticas;
c)Constante transformação das organizações políticas e das formas ou tipos de Estado em particular;
Sociedades políticas pré–estatais
Encontram–se sociedades historicamente antecedentes da formação do Estado, entre outras, a família patriarcal, o clã e a tribo, a gens romana, a fratria* grega, o senhorio feudal...
*na Grécia antiga, cada uma das três divisões das tribos atenienses e de outras cidades áticas.
Processos de formação do Estado:
Conhecem–se formas pacíficas e violentas; 
Conhecem-se a formação de acordo com as leis vigentes no Estado ou na sociedade a que a nova comunidade e formação contra essas leis; 
Existe a possibilidade formação de harmonia com o Direito internacional ou à sua margem; 
Pode-se ocorrer a formação por desenvolvimento interno e por influência externa.
No plano da História comparada, revelam–se processos mais importantes:
a conquista, a migração, a aglutinação por laços de sangue ou por laços económicos, a evolução social pura e simplesmente para organizações cada vez mais complexas. 
No plano do Direito constitucional comparado e do Direito internacional dos últimos duzentos anos é também possível tipificar processos como:
 a elevação a Estado de comunidade dependente, a secessão ou o desmembramento de Estado preexistente.
O que é o Estado?
O Estado, na tradicional obra de Jellinek, necessita de três elementos fundamentais: poder/soberania, população e território. 
O Estado, portanto, é forma histórica de organização jurídica limitado a um determinado território e com população definida e dotado de soberania.
O que é soberania?
Em termos gerais e no sentido moderno, configura-se como um poder supremo no plano interno e em um poder independente no plano internacional.
Justifica-se a existência do Estado?
São várias as teorias que justificam sua existência, dentre elas:
pela legitimidade da criação do mais forte (teoria do poder de Hobbes);
 dos laços jurídico-sociológicos (Pacto social de Rousseau e Kant);
da vontade divina (Santo Agostinho); 
da necessidade moral (Platão, Aristóteles, e, mais recentemente, Hegel).
Igualmente, outras tantas teorias pretendem justificar os fins do Estado, apontando-o como:
 necessário à conservação das instituições (Stahl), 
à realização e aperfeiçoamento moral (Hegel), 
à realização do direito (Locke, Kant), 
à criação e asseguração da felicidade (Cristiano Wolff e Bentham) 
para a realização da igualdade econômica. 
Kelsen, dentro do estrito formalismo, justifica o Estado como o “fim em si-mesmo”.
Formas de Estado
Estado simples ou unitário: 
Neste modelo, há centralização política, em que existe apenas uma pessoa jurídica de direito público, e deste poder central decorrem todas as decisões. 
Estado simples ou unitário pode ser dividido em regiões ou possuir um único organismo estatal. 
Subdivide-se nas seguintes possibilidades: 
Estado centralizado ou puro: em que não há divisões internas. Em regra ocorre em Estados muito pequenos, conhecidos como microestados, como no caso do Vaticano e de Mônaco; 
Estado descentralizado: aqueles divididos em regiões, sendo que essas regiões podem exercer funções administrativas ou em alguns casos até funções políticas, por exemplo, Portugal, Equador, Peru etc.
ESTADO AUTÔNOMO e REGIONAL:
Há situações semelhantes entre estas duas formas de Estado:
 em ambas há descentralização administrativa e legislativa e há a necessidade de se manter a unidade territorial.
Há diferenças como a forma de descentralização. 
A descentralização é uma repartição de poderes de decisão. É  a criação de novas pessoas jurídicas de direito público ou privado por parte dos entes da federação, pex.,  criação das entidades da administração indireta.
No Estado regional a descentralização ocorre de cima para baixo.
No Estado autônomo, de baixo para cima.
Ou seja, enquanto no regional o poder é centralizado, por meio de lei, transfere-se uma parcela de competência, seja ela administrativa ou legislativa, para as regiões, podendo estas competências ser ampliadas ou reduzidas pelo poder central. 
No caso do Estado autônomo, há a união de vários aglomerados para se criar, por meio de uma assembleia, um estatuto soberano e autônomo, em que as províncias ou grupos se unem com o objetivo de criar o Estado.
Nestes tipos de Estado podem existir grupos separatistas que buscam sua independência, como no caso da Catalunha, na Espanha, e uma solução que esses países utilizam para garantir a unidade territorial é conceder maior liberdade para essas regiões. Contudo, isso cria a seguinte situação interna: enquanto algumas regiões detêm maior autonomia, outras não a possuem.
ESTADO COMPOSTO
Nesta forma de Estado, há uma organização do poder que cria dois planos distintos de governo, um central e outro regional, cada qual com sua autonomia política, administrativa e judiciária. 
O Estado composto pode ser uma Confederação ou uma Federação.
Confederação: caracteriza-se pela associação de Estados soberanos, criada, em regra, por meio de tratados internacionais, com a finalidade de trabalhar conjuntamente para lidar com determinados assuntos como defesa, comércio internacional, relações exteriores, aspectos monetários etc. 
Federação: temos um único Estado soberano, ou seja, soberania é da Federação, e não dos estados membros, e há umadivisão em regiões, sendo que estas terão autonomia política e administrativa.e Podem ser denominadas de várias formas, Estados, Províncias etc.
E o Brasil?
Nestes moldes, o Brasil e o EUA são uma Federação, pois existem estados membros, os quais possuem certo grau de autonomia.
Nos EUA, esta é muito maior que no Brasil, mas isso não desconfigura ambas como federações, somete o grau de autonomia é que é diferenciado.
Forma de governo
Diferentemente da forma de Estado, que, tem a finalidade de se estudar como o Estado é formado, a forma de governo, analisa-se:
como se dá a condução desse Estado, 
como o Estado pode ser governado;
 quais as implicações da sua governança. 
Temos as seguintes formas de governo:
MONARQUIA: esta forma de governo é marcada pela:
Hereditariedade: levando-se em conta o critério da filiação; 
Vitaliciedade: o governante (monarca) permanece no poder até a sua morte, em regra (ele pode renunciar ou ser deposto por um golpe); e 
Irresponsabilidade: na monarquia tradicional, o rei não erra. 
O exemplo de monarquia que está ligada diretamente a nós, brasileiros, foi determinado pela Constituição de 1824, do Brasil Império, a qual perdurou até a proclamação da República em 15 de novembro de 1889, sendo que a Constituição Republicana somente foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891.
REPÚBLICA: 
Esta forma de governo é marcada pela:
 Efetividade: esculpida no art. 77 da CF/88, determinada pela habitualidade, uma vez que as eleições para Presidente da República já estão determinadas no texto constitucional; 
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente.  
Periodicidade: no sistema republicano o governante exerce um mandado eletivo, ou seja, é eleito para um período determinado e de tempos em tempos, há mudança do representante do povo por meio de uma eleição; 
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de 4 (quatro) anos e terá início em 5 de janeiro do ano seguinte ao de sua eleição.  
Responsabilidade: é a responsabilização dos governantes pelos atos destes.
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra(...)
SISTEMA DE GOVERNO
Após a formação de um Estado e da escolha da forma de governo, faz-se necessário estabelecer qual será o sistema de governo utilizado.
No sistema de Governo é analisado a forma como se dará a relação entre chefe de Estado e o chefe de governo.
Assim, existem dois sistemas:
Presidencialismo.
Parlamentarismo.
PRESIDENCIALISMO
O presidente é ao mesmo tempo o chefe de Estado e chefe de governo (Unidade do Poder Executivo).
Chefes de Estado e Chefes de Governo se diferenciam pelos poderes, funções e responsabilidades atribuídos a eles pela constituição do Estado-nação e pela tradição nacional. 
Enquanto o chefe de Estado desempenha um papel simbólico e cerimonial muito significativo e de enorme visibilidade, o chefe de governo   exercerá as funções executivas e/ou a função de chefiar o governo.
 O Presidente da República exerce as duas funções.
No presidencialismo, há tripartição de poderes e o Presidente tem liberdade de gestão. 
No sistema presidencialista, o Presidente responde tanto por infração penal comum como por crime de responsabilidade, podendo vir a sofrer um impeachment.
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade
Parlamentarismo
Dualidade do Poder Executivo: Existem duas figuras distintas. Um será o chefe de estado e outro o chefe de governo.
Chefe de Estado: presidente ou monarca
Chefe de Governo: 1º ministro
Colaboração entre os poderes: diferente do presidencialismo em que há separação de poderes.
Se quem está exercendo o papel de Primeiro-Ministro perder a maioria do apoio do parcelamento, seu apoio pode ser destituído, sem qualquer necessidade de ter praticado uma infração.
Lado outro, se o Primeiro-Ministro entender que o Parlamento não está mais atuando de forma a representar a vontade popular, pode dissolvê-lo e antecipar as eleições.
Sociedade e participação
O Brasil é uma democracia constitucional em que a Constituição Federal é a norma máxima e estabelece as formas de participação da sociedade no Estado.
A participação social ocorre pelo voto na escolha de seus representantes para os Poderes Executivo e Legislativo, na participação direta por meio do referendo, do plebiscito e da iniciativa popular, bem como nas discussões de assuntos relevantes por meio das audiências públicas e outros instrumentos.
VOTO é o exercício do direito de votar. É a concretização deste direito. É o termo mais conhecido para o exercício da cidadania.
VOTO X SUFRÁGIO X ESCRUTÍNIO
SUFRÁGIO: diz respeito ao direito de participar do sistema democrático.
ESCRUTÍNIO: é o modo pelo qual este direito é realizado, o que no Brasil é secreto.
Por meio do escrutínio que se concretiza o voto, garantido pelo sufrágio.
No Brasil o sufrágio é universal e o escrutínio é secreto.
Plebiscito
Plebiscito: é uma forma direta de exercer a democracia. 
A sociedade é ouvida previamente sobre a aprovação de determinada norma.
A sociedade opinará se determinada lei deve ser aprovada ou rejeitada.
Ou seja, antes da entrada em vigor de determinado instrumento normativo, a sociedade é consultada.
Um exemplo disso foi o plebiscito sobre a criação dos Estados de Tapajós e de Carajás no Estado do Pará. 
A decisão apurada em um plebiscito vincula o Poder Legislativo, que deverá se pronunciar nos termos do que foi decidido, não podendo agir de forma contrária.
Referendo
É também um meio direto de exercício da democracia.
 A sociedade é ouvida posteriormente, ou seja, cria-se a lei e, após, faz-se a manifestação popular para se averiguar sua concordância ou discordância com o ato normativo. 
Do mesmo modo que o plebiscito, depende de autorização do Congresso Nacional, mediante convocação do Senado, da Câmara dos Deputados ou do próprio Congresso. 
O único exemplo que temos da utilização deste mecanismo de participação popular foi com o Estatuto do Desarmamento, no qual, após a edição da citada lei, a sociedade manifestou-se a respeito da concordância ou não sobre a possibilidade da utilização de armas pela sociedade civil.
INICIATIVA POPULAR DE LEI
É a forma mais completa de participação social no processo legislativo da nossa democracia.
Tem previsão no art. 61, § 2º da CF/88, que determina a possibilidade da iniciativa de leis complementares e ordinárias pela sociedade.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. (...)
Essa iniciativa se dá pela apresentação, à Câmara dos Deputados, de projeto de lei subscrito por:
 no mínimo 1% do eleitorado nacional 
distribuído pelo menos por cinco Estados
com não menos de 3/10 % dos eleitores de cada um deles. 
INICIATIVA POPULAR DE LEI
A iniciativa popular, ocorre nos casos em que a sociedade se organiza para apresentar à Câmara dos Deputados, um projeto de lei para que possa ser analisado pelo devido processo legislativo. 
Como exemplos de leis que tiveram sua iniciativa nestes moldes, temos:
 a Lei da Ficha Limpa; 
a Lei de Crimes Hediondos; 
Projeto das 10 Medidas Contra a Corrupção.
AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
Dos demais meios de participação da sociedade nas decisões políticas do Estado, a mais relevante são as audiências públicas.
Têm a finalidade de discutir temas de interessenacional de forma transparente e com ampla discussão entre vários setores da sociedade com as autoridades públicas. 
Essas audiências podem ser realizadas por qualquer entidade estatal, de qualquer um dos Poderes e nas três esferas de governo, como no caso das audiências públicas, realizadas pelo STF, pelo CNJ, pelas agências reguladoras, por órgãos estatais ou municipais. 
Capítulo II – Direito Constitucional
 
1. Conceito. 
2. Natureza jurídica. 
3. Origem  
CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO
Constituição, lato sensu, é o ato de constituir, de estabelecer, de firmar; ou, ainda, o modo pelo qual se constitui uma coisa, um ser vivo, um grupo de pessoas; organização, formação.
Juridicamente, porém, Constituição deve ser entendida como a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à estruturação do Estado, à formação dos poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos.
Além disso, é a Constituição que individualiza os órgãos competentes para a edição de normas jurídicas, legislativas ou administrativas.
Importante destacar o chamado conceito ideal de constituição, imposto a partir do triunfo do movimento constitucional no início do século XIX. 
Como ensina Canotilho:
a constituição deve consagrar um sistema de garantias da liberdade (esta liberdade essencialmente concebida no sentido do reconhecimento de direitos individuais e da participação dos cidadãos nos atos do poder legislativo através do parlamento); 
a constituição deve conter o princípio da divisão de poderes, no sentido de garantia contra os abusos dos poderes estatais;
a constituição deve ser escrita (documento escrito).
2. Natureza jurídica
A Constituição é entendida como a lei fundamental.
 Ela representa o núcleo de todas as normas.
Ela que fornece o arsenal político e jurídico para a organização do Estado. 
Ela atribui validade a toda a ordem infraconstitucional.
3. Origem
A Constituição nasceu de uma ideia surgida na Antiguidade segundo a doutrina (Karl Loewenstein).
 
O constitucionalismo teve origem na antiguidade (Idade Antiga), no povo hebreu (na conduta dos profetas) e na Grécia antiga. 
 
Segundo o autor, os profetas fiscalizavam os atos do governante à luz das escrituras. 
 
Na Grécia antiga, em Atenas, haviam ações públicas, chamadas de graphes, ajuizadas por cidadãos e que fiscalizavam os atos dos governantes.
Foi em 1215, na Idade Média, que surgiu a figura da Magna Carta Libertatum. 
 
Ela foi outorgada pelo rei inglês João Primeiro (João-sem-Terra), em que previa uma série de direitos ao povo inglês, limitando os poderes do próprio rei. 
 
O rei foi obrigado a assinar este documento em razão da rebelião dos barões ingleses. E
 
Embora não tenha sido aplicada, na prática, a Magna Carta é a origem histórica de vários direitos. 
Foi em 1215, na Idade Média, que surgiu a figura da Magna Carta Libertatum. 
 
Ela foi outorgada pelo rei inglês João Primeiro (João-sem-Terra), em que previa uma série de direitos ao povo inglês, limitando os poderes do próprio rei. 
 
O rei foi obrigado a assinar este documento em razão da rebelião dos barões ingleses. E
 
Embora não tenha sido aplicada, na prática, a Magna Carta é a origem histórica de vários direitos. 
Na Idade Moderna, no século XVII surgem documentos ingleses, fruto do embate entre o rei e o parlamento. 
Os documentos mais importantes eram “Petition of Rigths” e “Bill of Rights”.  
 No final do século XVIII surge o Constitucionalismo Moderno com três Constituições: 
Constituição da Córsega de 1755, 
a Constituição dos Estados Unidos da América de 1787 e 
a Constituição da França de 1791. 
Constituição da Córsega de 1755: 
Conhecida como Constituição Paolina (autoria de Pascoale Paoli). 
Foi a primeira Constituição a prever a separação dos poderes. 
Durou 14 anos, pois a Córsega foi invadida pela França. 
Constituição dos Estados Unidos da América de 1787: 
Estabeleceu a tripartição de Poderes (legislativo, executivo e judiciário).
A tripartição dos poderes é uma estratégia de desconcentração do poder político. 
De acordo com a Constituição brasileira, as funções do Estado são exercidas por três Poderes distintos e independentes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Eles devem funcionar em harmonia, de maneira a se complementarem e se limitarem em suas ações. Dessa forma, um Poder controla o outro.
Implantaram sistema de freios e contrapesos (”checks and balances”). 
“Da expressão checks and balances, significa o sistema em que os Poderes do Estado mutuamente se controlam, como, por exemplo, o Legislativo julga o presidente da República e os ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade; o presidente da República tem o poder de veto aos projetos de lei e o Poder Judiciário pode anular os atos dos demais Poderes em casos de inconstitucionalidade ou de ilegalidade.”
Estabeleceu como forma de Estado a Federação. 
Nesta forma de Estado, os Estados-Membros possuem autonomia política, que é o poder de auto-organização mediante um poder constituinte próprio. Não há, portanto, hierarquia entre Estados-Membros e União. Mas a soberania pertence à União.
Previu a supremacia da Constituição sobre as demais leis.
Princípio da SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO – O qual situa a Lei Maior no vértice do ordenamento jurídico, constituindo seu texto fundamento de validade para a legislação infraconstitucional. 
Constituição da França de 1791: 
O objetivo principal era transformar a monarquia absolutista em monarquia constitucional. 
Na monarquia absoluta ou absolutista, o monarca possui poderes amplos sobre o país. Assim, além de ser chefe de Estado, o monarca também é chefe de governo. Dentro da monarquia absoluta os poderes do monarca estão acima de qualquer instituição, já que o seu poder é absoluto.
Na monarquia constitucional ou parlamentarista, o rei exerce a função de Chefe de Estado, mas a função de chefe de Governo é exercida pelo primeiro-ministro, que é eleito pelo povo e fiscalizado pelo parlamento.
Outro escopo era o de eliminar os privilégios do clero e da nobreza, comuns no antigo regime.
IDADE CONTEMPORÂNEA:
Neste período, estuda-se o Neoconstitucionalismo, que surgiu após a 2ª Guerra Mundial.
O neoconstitucionalismo, também chamado de constitucionalismo contemporâneo, é uma doutrina do Direito que coloca a Constituição no centro do ordenamento jurídico e que interpreta o direito a partir dos Direitos Fundamentais.
Fruto do pós-positivismo (marco filosófico), tendo como marco teórico a força normativa da Constituição (Konrad Hesse: “A Constituição é capaz de mudar a realidade”).
Tem como o principal objetivo a busca por maior eficácia da Constituição, principalmente dos direitos fundamentais.  
Maior eficácia dos direitos fundamentais, principalmente dos direitos sociais; 
Maior protagonismo do Poder Judiciário (“ativismo judicial)
Constituição da Itália de 1947;
Constituição da Alemanha de 1949: Lei Fundamental de Bonn;
Constituição Brasileira de 1988
Capítulo III – Constituição 
1. Conceito. 2. Concepções de Constituição. 3. Classificação das Constituições. 3.1. Quanto ao conteúdo. 3.2. Quanto à forma. 3.3. Quanto ao modo de elaboração. 3.4. Quanto à origem. 3.5. Quanto à estabilidade, mutabilidade, consistência ou alterabilidade 3.6. Quanto ao modelo ou à sua extensão e finalidades. 3.7. Quanto ao tamanho ou extensão. 3.8. Quanto à dogmática ou à ideologia 3.9. Quanto à concordância com a realidade. 4. Classificação da Constituição Brasileira de 1988. 5. Supremacia da Constituição 
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