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1
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2
Índice
ALTERAÇÕES NO CÓDIGO PENAL.............................................................................................................................................. 4
ALTERAÇÕES NA LEP (LEI 7210/84).......................................................................................................................................... 25
ALTERAÇÕES NA LEI DE CRIMES HEDIONDOS (LEI 8072/90)........................................................................................ 30
ALTERAÇÕES NA LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (LEI 8429/92).................................................................32
ALTERAÇÕES NA LEI DE INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA (LEI 9296/96)......................................................................33
ALTERAÇÕES NA LEI DE LAVAGEM (LEI 9613/98)............................................................................................................... 34
ALTERAÇÕES NO ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI 10826/03)............................................................................35
ALTERAÇÕES NA LEI DE DROGAS (LEI 11343/06)............................................................................................................... 37
ALTERAÇÕES NA LEI DE TRANSFERÊNCIA/INCLUSÃO DE PRESOS EM ESTABELECIMENTOS PENAIS
FEDERAIS DE SEGURANÇA MÁXIMA (LEI 11671/08)........................................................................................................ 38
ALTERAÇÕES NA LEI DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL (LEI 12037/09)..........................................................................39
ALTERAÇÕES NA LEI DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS (LEI 12850/13)...................................................................41
ALTERAÇÕES NA LEI DO DISQUE-DENÚNCIA (LEI 13608/18)....................................................................................... 46
ALTERAÇÕES NA LEI 8038/90..................................................................................................................................................... 47
ALTERAÇÕES NA LEI DO FUNDO NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA (LEI 13756/18)...................................48
ALTERAÇÕES NO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR............................................................................................ 49
3
ALTERAÇÕES NO CÓDIGO PENAL
Art. 25. Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o
agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de
crimes.
Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada perante o juiz da execução penal e será
considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às
causas interruptivas e suspensivas da prescrição.
EXECUÇÃO DA PENA DE MULTA
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será
considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas
da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública,
inclusive no que concerne às causas interruptivas e
suspensivas da prescrição. 
A multa será EXECUTADA PERANTE O JUIZ DA EXECUÇÃO
PENAL e será considerada dívida de valor, aplicáveis as
normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública.
STF R eação legislativa : é uma forma de "ativismo congressual"
com o objetivo de o Congresso Nacional reverter situações de
autoritarismo judicial ou de comportamento antidialógico por
parte do STF, estando, portanto, amparado no princípio da
separação de poderes. O ativismo congressual consiste na
participação mais efetiva e intensa do Congresso Nacional nos
assuntos constitucionais.
O legislador pode, por emenda constitucional ou lei ordinária,
superar a jurisprudência. Trata-se de uma reação legislativa à
decisão da Corte Constitucional com o objetivo de reversão
jurisprudencial. No caso de reversão jurisprudencial proposta
por lei ordinária, a lei que frontalmente colidir com a
jurisprudência do STF nasce com presunção relativa de
inconstitucionalidade, de forma que caberá ao legislador o
ônus de demonstrar, argumentativamente, que a correção do
precedente se afigura legítima. Para ser considerada válida, o
Congresso Nacional deverá comprovar que as premissas
fáticas e jurídicas sobre as quais se fundou a decisão do STF
no passado não mais subsistem. O Poder Legislativo
promoverá verdadeira hipótese de mutação constitucional
pela via legislativa. 
https://www.dizerodireito.com.br/2015/10/superacao-
legislativa-da-jurisprudencia.html 
Quem executa a pena de multa?
• Prioritariamente: o MP , na vara de execução penal ,
aplicando-se a LEP.
• Caso o MP se mantenha inerte por mais de 90 dias após
ser devidamente intimado: a Fazenda Pública irá executar,
na vara de execuções fiscais, aplicando-se a Lei nº 6.830/80.
STF. Plenário. ADI 3150/DF, Rel. para acórdão Min. Roberto
Barroso, julgado em 12 e 13/12/2018 (Info 927).STF. Plenário.
AP 470/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 12 e
13/12/2018 (Info 927).
Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 40 anos.
§ 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 40 anos, devem elas ser
unificadas para atender ao limite máximo deste artigo.
TEMPO DE CUMPRIMENTO PPL
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
30 anos 40 anos
Novatio legis in pejus (não retroage)
4
Art. 83. 
III - comprovado:
a) bom comportamento durante a execução da pena;
b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 meses;
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e
d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto;
REQUISITOS LIVRAMENTO CONDICIONAL
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
III - comprovado comportamento SATISFATÓRIO durante a
execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi
atribuído e aptidão para prover à própria subsistência
mediante trabalho honesto;
III - comprovado:
a) BOM comportamento durante a execução da pena;
b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 meses;
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e
d) aptidão para prover a própria subsistência mediante
trabalho honesto;
Art. 91-A. Na hipótese de condenação por infrações às quais a lei comine pena máxima superior a 6 anos de reclusão,
poderá ser decretada a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor
do patrimônio do condenado e aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito.
§ 1º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entende-se por patrimônio do condenado todos os bens:
I - de sua titularidade, ou em relação aos quais ele tenha o domínio e o benefício direto ou indireto , na data da infração
penal ou recebidos posteriormente; e
II - transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante contraprestação irrisória, a partir do início da atividade criminal.
§ 2º O condenado poderá demonstrar a inexistência da incompatibilidade ou a procedência lícita do patrimônio.
§ 3º A perda prevista neste artigo deverá ser requerida expressamente pelo Ministério Público, por ocasião do oferecimento
da denúncia, com indicação da diferença apurada.
§ 4º Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor da diferença apurada e especificar os bens cuja perda for
decretada.
§ 5º Os instrumentos utilizados para a prática de crimes por organizações criminosas e milícias deverão ser declarados
perdidos em favor da União ou do Estado, dependendo da Justiça onde tramita a ação penal, ainda que não ponham em
perigo a segurança das pessoas, a moral ou a ordem pública, nem ofereçam sério risco de ser utilizados para o
cometimento de novos crimes.
Art. 116. 
II - enquanto o agentecumpre pena no exterior; 
III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal.
CAUSAS IMPEDITIVAS DA PRESCRIÇÃO ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de
que dependa o reconhecimento da existência do crime; 
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de
que dependa o reconhecimento da existência do crime; 
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; 
III - na pendência de embargos de declaração ou de
recursos aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de
não persecução penal.
5
Art. 121, §2°. 
VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido 
HOMICÍDIO QUALIFICADO PELO EMPREGO DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO OU PROIBIDO
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
-----
O emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido
passou a qualificar o crime de homicídio, tornando-o, por
consequência, hediondo (art. 1°, I, Lei 8072/90).
Qualificadora de ordem objetiva
“A qualificadora é uma norma penal em branco, pois os con-
ceitos relativos às armas de uso restrito e às armas de uso
proibido devem ser obtidos no art. 3º, parágrafo único, do
Anexo I do Decreto 10.030/19:
“II – arma de fogo de uso restrito – as armas de fogo auto-
máticas, de qualquer tipo ou calibre, semiautomáticas ou de
repetição que sejam:
a) não portáteis;
b) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição
comum, atinja, na saída do cano de prova, energia cinética su-
perior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte jou-
les; ou
c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utiliza-
ção de munição comum, atinja, na saída do cano de prova,
energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seis-
centos e vinte joules”.
“III – arma de fogo de uso proibido:
a) as armas de fogo classificadas como de uso proibido em
acordos ou tratados internacionais dos quais a República Fe-
derativa do Brasil seja signatária; e
b) as armas de fogo dissimuladas, com aparência de objetos
inofensivos”.
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2021/04/21/pacote-anticrime-congresso-
derruba-vetos-dispositivos-cp-cpp-e-da-lep/
Art. 141.§ 2º. 
§ 2º Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores,
aplica-se em triplo a pena 
CAUSA DE AUMENTO DE PENA NOS CRIMES CONTRA A HONRA
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
Segundo a doutrina, o crime contra a honra cometido ou
divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da
rede mundial de computadores poderia ser enquadrado no
inciso III:
 Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se
de 1/3 se qualquer dos crimes é cometido:
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a
divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
§ 2º Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer
modalidades das redes sociais da rede mundial de
computadores, aplica-se em triplo a pena .
O que pode ser considerado uma rede social para os
efeitos desta majorante? 
Em dezembro de 2019, o Conselho Nacional de Justiça editou
a Resolução 305, que estabelece os parâmetros para o uso das
6
redes sociais pelos membros do Poder Judiciário. 
De acordo com o parágrafo único do art. 2º, são considerados
redes sociais os “sítios da internet, plataformas digitais e
aplicativos de computador ou dispositivo eletrônico móvel
voltados à interação pública e social, que possibilitem a
comunicação, a criação ou o compartilhamento de
mensagens, de arquivos ou de informações de qualquer
natureza”. 
Parece um bom parâmetro para a interpretação desta causa de
aumento de pena, pois especifica que rede social é um
mecanismo voltado à interação pública e social, o que exclui
meios de contato privado. Assim, podem ser consideradas
redes sociais plataformas como Facebook, Twitter, Instagram,
YouTube, LinkedIn, Pinterest e grupos ou canais de acesso
aberto no Telegram. Excluem-se, por outro lado, meios
dedicados à comunicação privada como o Skype, o próprio
Telegram utilizado com acesso restrito e o WhatsApp, ainda
que, no caso deste último, se trate de grupos, que, pelas
características do aplicativo, são restritos a pessoas
individualmente adicionadas pelos administradores.
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2021/04/21/pacote-anticrime-congresso-
derruba-vetos-dispositivos-cp-cpp-e-da-lep/
Art. 157.§ 2º. 
VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca;
§ 2º-B.  Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-se em
dobro a pena prevista no caput deste artigo.
ROUBO COM EMPREGO DE ARMA
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
Emprego de arma branca não era causa de aumento de pena A pena aumenta-se de 1/3 até 1/2 se a violência ou grave
ameaça é exercida com emprego de ARMA BRANCA
A pena aumenta-se de 2/3 se a violência ou ameaça é
exercida com emprego de arma de fogo
A pena aumenta-se de 2/3 se a violência ou ameaça é
exercida com emprego de ARMA DE FOGO
Aplica-se a pena em DOBRO se a violência ou grave ameaça é
exercida com emprego de ARMA DE FOGO DE USO
RESTRITO OU PROIBIDO
Art. 171.  § 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for:
I - a Administração Pública, direta ou indireta;
II - criança ou adolescente;
III - pessoa com deficiência mental; ou
IV - maior de 70 anos de idade ou incapaz.
AÇÃO PENAL NO CRIME DE ESTELIONATO
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
Ação penal pública INCONDICIONADA REGRA Ação penal pública CONDICIONADA à representação
da vítima
EXCEÇÃO Ação penal pública INCONDICIONADA quando a vítima
for:
7
I - a Administração Pública, direta ou indireta;
II - criança ou adolescente;
III - pessoa com deficiência mental; ou
IV - maior de 70 anos de idade ou incapaz.
A exigência de representação da vítima no crime de estelionato não retroage aos processos cuja denúncia já foi oferecida.
STJ. 3ª Seção. HC 610.201/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/03/2021 (Info 691).
Em face da natureza mista (penal/processual) da norma prevista no §5º do artigo 171 do Código Penal, sua aplicação retroativa
será obrigatória em todas as hipóteses onde ainda não tiver sido oferecida a denúncia pelo Ministério Público,
independentemente do momento da prática da infração penal, nos termos do art. 2º, do CPP, por tratar-se de verdadeira
“condição de procedibilidade da ação penal”. 
Assim, é inaplicável a retroatividade do §5º do art. 171 do Código Penal, às hipóteses onde o Ministério Público tiver oferecido
a denúncia antes da entrada em vigor da Lei nº 13.964/2019; uma vez que, naquele momento a norma processual em vigor
definia a ação para o delito de estelionato como pública incondicionada, não exigindo qualquer condição de procedibilidade
para a instauração da persecução penal em juízo. 
Em suma, a nova legislação não prevê a manifestação da vítima como condição de prosseguibilidade quando já oferecida a
denúncia pelo Ministério Público. 
STF. 1ª Turma. HC 187341, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 13/10/2020. STF. 2ª Turma. ARE 1230095 AgR, Rel.
Gilmar Mendes, julgado em 24/08/2020.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A mudança na ação penal do crime de estelionato, promovida pela Lei 13.964/2019, retroage para alcançar os processos penais que já estavam em curso?. 
Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/48dfb0e62ef53dc160c26788433c2d1a>. Acesso em: 26/04/2021
Art. 316. 
Pena - reclusão, de2 a 12 anos, e multa.
PENA NO CRIME DE CONCUSSÃO
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
Reclusão, de 2 a 8 anos, e multa Reclusão, de 2 a 12 anos, e multa 
Novatio legis in pejus (não retroage)
8
ALTERAÇÕES NO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
STF suspendeu a eficácia da implantação do juiz das garantias e seus consectários (Artigos 3o-A, 3o-B, 3o-C, 3o-D, 3a-E,
3o-F, do Código de Processo Penal). MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 6.298 
Juiz das Garantias
STF suspendeu a eficácia da implantação do juiz das garantias e seus consectários (Artigos 3o-A, 3o-B, 3o-C, 3o-D, 3a-E,
3o-F, do Código de Processo Penal). MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 6.298 
Art. 3º-A. O processo penal terá ESTRUTURA ACUSATÓRIA, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a
substituição da atuação probatória do órgão de acusação.
Adoção do SISTEMA ACUSATÓRIO de forma expressa
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos
direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe
especialmente:
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII do caput do art. 5º da Constituição Federal;
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da legalidade da prisão , observado o disposto no art. 310 deste
Código;
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja conduzido à sua presença, a qualquer
tempo;
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal;
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste artigo;
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí-las ou revogá-las , assegurado, no
primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência pública e oral, na forma do disposto neste Código ou em legislação
especial pertinente;
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas consideradas urgentes e não repetíveis ,
assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência pública e oral;
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em vista das razões apresentadas pela autoridade
policial e observado o disposto no § 2º deste artigo;
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando não houver fundamento razoável para sua instauração ou
prosseguimento;
X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado de polícia sobre o andamento da investigação;
XI - decidir sobre os requerimentos de:
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática ou de outras formas de
comunicação;
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e telefônico;
c) busca e apreensão domiciliar;
d) acesso a informações sigilosas;
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos fundamentais do investigado;
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento da denúncia;
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade mental;
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste Código;
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o direito outorgado ao investigado e ao seu defensor de acesso a
todos os elementos informativos e provas produzidos no âmbito da investigação criminal, salvo no que concerne,
estritamente, às diligências em andamento;
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a produção da perícia;
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução penal ou os de colaboração premiada , quando
formalizados durante a investigação;
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no caput deste artigo.
§ 1º O preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será encaminhado à presença do juiz de
garantias no prazo de 24 horas, momento em que se realizará audiência com a presença do Ministério Público e da
Defensoria Pública ou de advogado constituído, VEDADO o emprego de videoconferência
9
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e ouvido o
Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 dias, após o que, se ainda assim a
investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA POR VIDEOCONFERÊNCIA
“A Resolução 357/20 do CNJ, alterando o art. 19 da sua Resolução 329/20, admite a audiência de custódia por
videoconferência quando não for possível a realização presencial em 24 horas. Deve ser garantido o direito de entrevista prévia
e reservada entre o preso e o advogado ou defensor, tanto presencialmente quanto por videoconferência, telefone ou
qualquer outro meio de comunicação. Para prevenir qualquer tipo de abuso ou constrangimento ilegal:
I – deverá ser assegurada privacidade ao preso na sala em que se realizar a videoconferência. O preso deve permanecer
sozinho durante a realização de sua oitiva, ressalvada a possibilidade de presença física de seu advogado ou defensor no
ambiente;
II – a condição exigida no inciso I poderá ser certificada pelo próprio Juiz, Ministério Público e Defesa, por meio do uso
concomitante de mais de uma câmera no ambiente ou de câmeras 360 graus, de modo a permitir a visualização integral do
espaço durante a realização do ato; 
III – deverá haver também uma câmera externa a monitorar a entrada do preso na sala e a porta desta; e
IV – o exame de corpo de delito, a atestar a integridade física do preso, deverá ser realizado antes do ato. 
A norma administrativa ainda dispõe que deve ser assegurada a participação do Ministério Público, que pode propor, inclusive,
o acordo de não persecução penal (art. 28-A do CPP). Alerta, por fim, que as salas destinadas à realização de atos processuais
por sistema de videoconferência podem ser fiscalizadas pelas corregedorias e pelos juízes que presidem as audiências. Agora,
com a promulgação do §1º do art. 3º-B, instala-se o retrocesso. A videoconferência não pode ser demonizada; deve ser
encarada como inevitável instrumento de progresso, celeridade e eficiência. Adotadas as cautelas impostas pelo CNJ, a
presença virtual não traz prejuízos.”
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2021/04/21/pacote-anticrime-congresso-derruba-vetos-dispositivos-cp-cpp-e-da-lep/
A audiência de custódia, no caso de mandado de prisão preventiva cumprido fora do âmbito territorial da jurisdição do Juízo
que a determinou, deve ser efetivada por meio da condução do preso à autoridade judicial competente na localidade em que
ocorreu a prisão. Não se admite, por ausência de previsão legal, a sua realização por meio de videoconferência, ainda que pelo
Juízo que decretou a custódia cautelar.
STJ. 3ª Seção. CC 168522-PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 11/12/2019 (Info 663).
Obs1: após esse julgado, o CNJ aprovou resolução proibindo a realização de audiência de custódia por videoconferência.
Segundo o Min. Dias Toffoli, “audiência de custódia por videoconferência não é audiência de custódia e não se equiparará ao
padrão de apresentação imediata de um preso a um juiz, em momento consecutivo a sua prisão, estandarte, por sinal, bem
definido por esse próprio Conselho Nacional de Justiça quando fez aplicar em todo o país as disposições do Pacto de São José
da Costa Rica.”
Obs2: considerando a pandemia mundial (Covid-19), o CNJ aprovou a Resolução 357/2020, permitindo a audiência de custódia
por videoconferência quando não for possível a realização, em 24 horas, de forma presencial. Além disso, também prevê a
possibilidade de o Ministério Público propor acordo de não persecução penal (ANPP) nas hipóteses previstas no artigo 28-A
do Código de Processo Penal.No mesmo sentido, confira esse julgado do STF:
A pandemia causada pelo novo coronavírus não afasta a imprescindibilidade da audiência de custódia, que deve ser realizada,
caso necessário, por meio de videoconferência, diante da ausência de lei em sentido formal que proíba o uso dessa tecnologia.
A audiência por videoconferência, sob a presidência do Juiz, com a participação do autuado, de seu defensor constituído ou de
Defensor Público, e de membro do Ministério Público, permite equacionar as medidas sanitárias de restrição decorrentes do
contexto pandêmico com o direito subjetivo do preso de participar de ato processual vocacionado a controlar a legalidade da
prisão.
STF. 2ª Turma. HC 186421, Rel. Celso de Mello, Rel. P/ Acórdão Edson Fachin, julgado em 20/10/2020. 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. (Não) É cabível a realização de audiência de custódia por meio de videoconferência. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/219e052492f4008818b8adb6366c7ed6>. Acesso em: 26/04/2021
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, EXCETO AS DE MENOR POTENCIAL
OFENSIVO, e CESSA COM O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA na forma do art. 399 deste Código.
10
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento.
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias NÃO VINCULAM o juiz da instrução e julgamento, que, após o recebimento
da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 dias.
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria desse juízo, à
disposição do Ministério Público e da defesa, e não serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da instrução e
julgamento, ressalvados os documentos relativos às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de
antecipação de provas, que deverão ser remetidos para apensamento em apartado.
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na secretaria do juízo das garantias.
Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 5º deste Código
FICARÁ IMPEDIDO de funcionar no processo.
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um juiz, os tribunais criarão um sistema de rodízio de magistrados, a
fim de atender às disposições deste Capítulo.
Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as normas de organização judiciária da União, dos Estados e do Distrito
Federal, observando critérios objetivos a serem periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal.
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos presos, impedindo o
acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa submetida à prisão,
sob pena de responsabilidade civil, administrativa e penal.
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades deverão disciplinar, em 180 dias, o modo pelo qual as informações
sobre a realização da prisão e a identidade do preso serão, de modo padronizado e respeitada a programação normativa
aludida no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a efetividade da persecução penal, o direito à informação e
a dignidade da pessoa submetida à prisão.
JUIZ DAS GARANTIAS
É responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos
direitos individuais
A competência abrange todas as infrações penais, EXCETO AS DE MENOR POTENCIAL
OFENSIVO 
A competência CESSA COM O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA
Suas decisões NÃO vinculam o juiz da instrução e julgamento
O juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato incluído nas competências dos arts.
4º e 5º deste Código FICARÁ IMPEDIDO de funcionar no processo.
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal (polícia federal;
polícia rodoviária federal; polícia ferroviária federal; polícias civis; polícias militares e corpos de bombeiros militares ; polícias
penais federal, estaduais e distrital) figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e
demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados
no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor.
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do procedimento
investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 horas a contar do recebimento da citação.
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade
responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência
dos fatos, para que essa, no prazo de 48 horas, indique defensor para a representação do investigado.
§ 3º Havendo necessidade de indicação de defensor nos termos do § 2º deste artigo, a defesa caberá preferencialmente
à Defensoria Pública, e, nos locais em que ela não estiver instalada , a União ou a Unidade da Federação correspondente à
respectiva competência territorial do procedimento instaurado deverá disponibilizar profissional para acompanhamento e
realização de todos os atos relacionados à defesa administrativa do investigado. 
§ 4º A indicação do profissional a que se refere o § 3º deste artigo deverá ser precedida de manifestação de que não
existe defensor público lotado na área territorial onde tramita o inquérito e com atribuição para nele atuar, hipótese em que
poderá ser indicado profissional que não integre os quadros próprios da Administração .
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§ 5º Na hipótese de não atuação da Defensoria Pública, os custos com o patrocínio dos interesses dos investigados
nos procedimentos de que trata este artigo correrão por conta do orçamento próprio da instituição a que este esteja
vinculado à época da ocorrência dos fatos investigados
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares vinculados às instituições dispostas no art. 142 da
Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem.
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o
órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a
instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.
STF suspendeu a eficácia da alteração do procedimento de arquivamento do inquérito policial (art. 28, caput). MEDIDA
CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 6.298 
Art. 28 (REDAÇÃO ANTERIOR). Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento
do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas,
fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do
Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de
30 dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial ,
conforme dispuser a respectiva lei orgânica.
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios , a revisão do
arquivamento do inquérito policial poderá ser provocadapela chefia do órgão a quem couber a sua representação
judicial.
ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
MP requeria o arquivamento ao juiz, que homologava ou não. MP ordena o arquivamento e remete os autos à instância de
revisão ministerial para fins de homologação
Arquivamento realizado na justiça Arquivamento realizado no âmbito do MP
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de
infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 anos, o Ministério Público poderá propor
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime ,
mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente:
I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo;
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito
do crime;
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao
delito diminuída de 1/3 a 2/3, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de
7 de dezembro de 1940 (Código Penal);
IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente,
como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível
com a infração penal imputada.
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de
aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto.
§ 2º O disposto no caput deste artigo NÃO SE APLICA nas seguintes hipóteses:
I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei;
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual,
reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas;
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III - ter sido o agente beneficiado nos 5 anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal,
transação penal ou suspensão condicional do processo; e
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da
condição de sexo feminino, em favor do agressor.
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público,
pelo investigado e por seu defensor.
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada audiência na qual o juiz deverá verificar a sua
voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença do seu defensor, e sua legalidade.
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições dispostas no acordo de não persecução penal,
devolverá os autos ao Ministério Público para que seja reformulada a proposta de acordo, com concordância do investigado e
seu defensor.
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para
que inicie sua execução perante o juízo de execução penal.
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a
adequação a que se refere o § 5º deste artigo.
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para a análise da necessidade de
complementação das investigações ou o oferecimento da denúncia.
§ 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não persecução penal e de seu descumprimento.
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá
comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior oferecimento de denúncia.
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério
Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo.
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão de certidão de antecedentes
criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste artigo.
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente decretará a extinção de punibilidade.
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não persecução penal, o investigado poderá
requerer a remessa dos autos a órgão superior, na forma do art. 28 deste Código.
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL
RESOLUÇÃO 181/17 DEPOIS DA LEI 13964/19
Pena mínima inferior a 4 anos Pena mínima inferior a 4 anos
Crime não for cometido com violência ou grave ameaça a
pessoa, o investigado tiver confessado formal e circunstan-
ciadamente a sua prática
Investigado confessado formal e circunstancialmente a
prática de infração penal sem violência ou grave ameaça
CONDIÇÕES:
I – reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, salvo im-
possibilidade de fazê-lo; 
II – renunciar voluntariamente a bens e direitos, indicados
pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou pro-
veito do crime; 
II – prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas
por período correspondente à pena mínima cominada ao
delito, diminuída de 1/3 a 2/3, em local a ser indicado pelo
Ministério Público; 
IV – pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos
do art. 45 do Código Penal, a entidade pública ou de interes-
se social a ser indicada pelo Ministério Público, devendo a
prestação ser destinada preferencialmente àquelas entidades
que tenham como função proteger bens jurídicos iguais ou se-
melhantes aos aparentemente lesados pelo delito;
V – cumprir outra condição estipulada pelo Ministério Públi-
co, desde que proporcional e compatível com a infração
penal aparentemente praticada. 
CONDIÇÕES:
I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na
impossibilidade de fazê-lo;
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados
pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou
proveito do crime;
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas
por período correspondente à pena mínima cominada ao
delito diminuída de 1/3 a 2/3, em local a ser indicado pelo
juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal);
IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos
do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a
ser indicada pelo juízo da execução, que tenha,
preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais
ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indica-
da pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatí-
vel com a infração penal imputada.
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NÃO CABÍVEL:
I – for cabível a transação penal, nos termos da lei; 
II – o dano causado for superior a 20 salários mínimos ou a
parâmetro econômico diverso definido pelo respectivo órgão
de revisão, nos termos da regulamentação local;
III – o investigado incorra em alguma das hipóteses previs-
tas no art. 76, § 2º, da Lei nº 9.099/95;
IV – o aguardo para o cumprimento do acordo possa acar-
retar a prescrição da pretensão punitiva estatal;
V – o delito for hediondo ou equiparado e nos casos de in-
cidência da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006; 
VI – a celebração do acordo não atender ao que seja neces-
sário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime. 
NÃO CABÍVEL:
I - se for cabível transação penal de competênciados
Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei;
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos
probatórios que indiquem conduta criminal habitual,
reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as
infrações penais pretéritas;
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 anos anteriores ao
cometimento da infração, em acordo de não persecução
penal, transação penal ou suspensão condicional do
processo; e
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência domésti-
ca ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da
condição de sexo feminino, em favor do agressor.
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-
Caberá RESE da decisão, despacho ou sentença que recusar
homologação à proposta de acordo de não persecução pe-
nal, previsto no art. 28-A desta Lei.
O acordo de não persecução penal (ANPP) aplica-se a fatos ocorridos antes da Lei nº 13.964/2019, desde que não recebida a
denúncia. 
STJ. 5ª Turma. HC 607.003-SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 24/11/2020 (Info 683).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O acordo de não persecução penal (ANPP) aplica-se a fatos ocorridos antes da Lei nº 13.964/2019, desde que não recebida a denúncia. Buscador Dizer o
Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/ddd1df443471e3abe89933f20d08116a>. Acesso em: 26/04/2021
Art. 122. Sem prejuízo do disposto no art. 120 (restituição), as coisas apreendidas serão alienadas nos termos do disposto no
art. 133 deste Código.
Art. 124-A. Na hipótese de decretação de perdimento de obras de arte ou de outros bens de relevante valor cultural ou
artístico, se o crime não tiver vítima determinada, poderá haver destinação dos bens a museus públicos.
Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou a requerimento do interessado ou do Ministério
Público, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público cujo perdimento tenha sido decretado.
§ 1º Do dinheiro apurado, será recolhido aos cofres públicos o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé.
§ 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo Penitenciário Nacional, exceto se houver previsão diversa em lei especial.
Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a utilização de bem sequestrado, apreendido ou
sujeito a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de segurança pública previstos no art. 144 da Constituição Federal, do
sistema prisional, do sistema socioeducativo, da Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto Geral de Perícia , para
o desempenho de suas atividades.
§ 1º O órgão de segurança pública participante das ações de investigação ou repressão da infração penal que ensejou a
constrição do bem terá prioridade na sua utilização.
§ 2º Fora das hipóteses anteriores, demonstrado o interesse público, o juiz poderá autorizar o uso do bem pelos demais órgãos
públicos.
§ 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo for veículo, embarcação ou aeronave, o juiz ordenará à autoridade de
trânsito ou ao órgão de registro e controle a expedição de certificado provisório de registro e licenciamento em favor
do órgão público beneficiário, o qual estará isento do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à
disponibilização do bem para a sua utilização, que deverão ser cobrados de seu responsável.
§ 4º Transitada em julgado a sentença penal condenatória com a decretação de perdimento dos bens , ressalvado o direito
do lesado ou terceiro de boa-fé, o juiz poderá determinar a transferência definitiva da propriedade ao órgão público
beneficiário ao qual foi custodiado o bem.
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Art. 157. § 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível NÃO PODERÁ proferir a sentença ou
acórdão.
STF suspendeu a eficácia da implantação do art. 157, § 5º MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE 6.298 
CAPÍTULO II
DO EXAME DE CORPO DE DELITO, DA CADEIA DE CUSTÓDIA E DAS PERÍCIAS EM GERAL
A cadeia de custódia da prova consiste no caminho que deve ser percorrido pela prova até a sua análise pelo magistrado,
sendo certo que qualquer interferência indevida durante esse trâmite processual pode resultar na sua imprestabilidade (STJ. 5ª
Turma. RHC 77.836/PA, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 05/02/2019). 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É dever do Estado a disponibilização da integralidade das conversas advindas nos autos de forma emprestada, sendo inadmissível a seleção pelas
autoridades de persecução de partes dos áudios interceptados. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/
565e8a413d0562de9ee4378402d2b481>. Acesso em: 26/12/2019 
Cadeia de Custódia é o processo de documentar a história cronológica da evidência, esse processo visa a garantir o
rastreamento das evidências utilizadas em processos judiciais, registrar quem teve acesso ou realizou o manuseio desta
evidência. No que diz respeito à preservação das informações coletadas a cadeia de custódia possibilita documentar a
cronologia das evidências, quem foram os responsáveis por seu manuseio, garantir a inviolabilidade do material, lacrar
as evidências, restringir acesso, tudo isso visando à perda da confiança do elemento (com)probatório, seja em qual
área for.
No processo penal, como não poderia deixar de ser, por envolver instrumento processual que pode culminar com a restrição
da liberdade de locomoção do cidadão, o tema preservação das fontes de prova ganha ainda maior importância e, nesse
contexto, a preservação da cadeia de custódia probatória segue mesma sorte. A sua preservação, em verdade, é erigida a
verdadeira “condição de validade da prova”.
https://blog.ebeji.com.br/o-que-e-quebra-da-cadeia-de-custodia/ 
Qual a consequência da quebra da cadeia de custódia (break on the chain of custody)? Sem dúvida deve ser a proibição
de valoração probatória com a consequente exclusão física dela e de toda a derivada. 
https://www.conjur.com.br/2015-jan-16/limite-penal-importancia-cadeia-custodia-prova-penal 
Art. 158-A. Considera-se CADEIA DE CUSTÓDIA o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e
documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e
manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais
nos quais seja detectada a existência de vestígio.
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica
responsável por sua preservação.
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração
penal.
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas:
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial;
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e
relacionado aos vestígios e local de crime;
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na
área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo
pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas características e natureza;
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de
acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de
quem realizou a coleta e o acondicionamento;
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VI - transporte:ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições adequadas (embalagens,
veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de
sua posse;
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo, informações
referentes ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou
o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o
recebeu;
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas
características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado , que deverá ser formalizado em laudo
produzido por perito;
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser processado, guardado
para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente;
X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando pertinente, mediante
autorização judicial.
Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial, que dará o encaminhamento
necessário para a central de custódia, mesmo quando for necessária a realização de exames complementares.
§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem ser tratados como descrito nesta Lei, ficando órgão
central de perícia oficial de natureza criminal responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da
liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização.
Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do material.
§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e
a idoneidade do vestígio durante o transporte.
§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas características, impedir contaminação e vazamento, ter
grau de resistência adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo.
§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e, motivadamente, por pessoa autorizada .
§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula do
responsável, a data, o local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado.
§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente.
Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada à guarda e controle dos
vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para conferência, recepção, devolução de
materiais e documentos, possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e
apresentar condições ambientais que não interfiram nas características do vestígio.
§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas, consignando-se informações sobre a
ocorrência no inquérito que a eles se relacionam.
§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a
hora do acesso.
§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser registradas, consignando-se a identificação
do responsável pela tramitação, a destinação, a data e horário da ação.
Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia, devendo nela permanecer.
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de armazenar determinado material, deverá a
autoridade policial ou judiciária determinar as condições de depósito do referido material em local diverso, mediante
requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
Art. 282. 
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal,
por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público.
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§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida
cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 dias , acompanhada de cópia do
requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão ser
justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa medida
excepcional.
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério
Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso,
decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código.
§ 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de
motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar ,
observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de
forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada.
DECRETAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
Serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das
partes ou, quando no curso da investigação criminal, por
representação da autoridade policial ou mediante
requerimento do Ministério Público. 
Serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou,
quando no curso da investigação criminal, por representação
da autoridade policial ou mediante requerimento do
Ministério Público.
O juiz não poderá mais decretar as medidas cautelares de ofício.
Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia
da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar,
determinará a intimação da parte contrária, acompanhada
de cópia do requerimento e das peças necessárias,
permanecendo os autos em juízo.
Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia
da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar,
determinará a intimação da parte contrária, para se
manifestar no prazo de 5 dias , acompanhada de cópia do
requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos
em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão ser
justificados e fundamentados em decisão que contenha
elementos do caso concreto que justifiquem essa medida
excepcional.
Ao receber o pedido de medida cautelar, o juiz deverá intimar a parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 dias. 
Os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão
No caso de descumprimento de qualquer das obrigações
impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do
Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá
substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último
caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único).
No caso de descumprimento de qualquer das obrigações
impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério
Público, de seu assistente ou do querelante, poderá
substituir a medida, impor outra em cumulação,ou, em
último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do
parágrafo único do art. 312 deste Código.
EM CASO DE DESCUMPRIMENTO, o juiz não poderá mais, de ofício, substituir a medida, impor outra em cumulação ou
decretar a prisão preventiva.
O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la
quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem
como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a
medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de
motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se
sobrevierem razões que a justifiquem.
Quando faltar motivo para que subsista a medida cautelar imposta ou quando sobrevierem razões que a justifique, o juiz
poderá, de ofício, revogá-la ou substituí-la, respectivamente. 
A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a
sua substituição por outra medida cautelar 
A prisão preventiva somente será determinada quando não
for cabível a sua substituição por outra medida cautelar,
observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da
substituição por outra medida cautelar deverá ser
justificado de forma fundamentada nos elementos presentes
do caso concreto, de forma individualizada.
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Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou em virtude de condenação criminal transitada em julgado.
PRISÃO EM FLAGRANTE
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária
competente, em decorrência de sentença condenatória
transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do
processo, em virtude de prisão temporária ou prisão
preventiva. 
Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou
por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária
competente, em decorrência de prisão cautelar ou em
virtude de condenação criminal transitada em julgado.
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará a prisão, e o preso, em tal caso, será
imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado, para a realização de audiência de custódia.
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado
não obstará à prisão, e o preso, em tal caso, será
imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o
mandado. 
Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do
mandado não obstará a prisão, e o preso, em tal caso, será
imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o
mandado, para a realização de audiência de custódia.
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 horas após a realização da prisão, o juiz
deverá promover AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da
Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer das condições
constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal)
(legítima defesa), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória , mediante termo de
comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou milícia, ou que porta
arma de fogo de uso restrito, DEVERÁ DENEGAR A LIBERDADE PROVISÓRIA, com ou sem medidas cautelares.
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de custódia no prazo estabelecido
no caput deste artigo (24 horas após recebimento do auto de prisão em flagrante) responderá administrativa, civil e
penalmente pela omissão.
§ 4º Transcorridas 24 horas após o decurso do prazo estabelecido no caput deste artigo, a NÃO REALIZAÇÃO de audiência
de custódia sem motivação idônea ENSEJARÁ também a ILEGALIDADE DA PRISÃO, a ser relaxada pela autoridade
competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva.
STF suspendeu a eficácia da liberalização da prisão pela não realização da audiência de custodia no prazo de 24 horas
(Artigo 310, §4°, do Código de Processo Penal); MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 6.298 
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
Não havia previsão legal.
Era prevista na Convenção Americana de Direitos Humanos
(CADH) e no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos
Passou a ser previsto de forma expressa no CPP
Audiência de custódia consiste no direito que a pessoa presa
possui de ser conduzida (levada), sem demora (CNJ adotou
Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo
máximo de até 24 horas após a realização da prisão, o juiz
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o máximo de 24h: Resolução 213/15), à presença de uma
autoridade judicial (magistrado) que irá analisar se os
direitos fundamentais dessa pessoa foram respeitados (ex.:
se não houve tortura) se a prisão em flagrante foi legal ou se
deve ser relaxada (art. 310, I, do CPP) e se a prisão cautelar
(antes do trânsito em julgado) deve ser decretada (art. 310, II)
ou se o preso poderá receber a liberdade provisória (art. 310,
III) ou medida cautelar diversa da prisão (art. 319). 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A falta da audiência de custódia enseja nulidade da prisão
preventiva? O preso deverá ser colocado em liberdade?. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/
05ae14d7ae387b93370d142d82220f1b>. Acesso em: 26/12/2019 
deverá promover AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA com a presen-
ça do acusado, seu advogado constituído ou membro da
Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e,
nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando
presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e
se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautela-
res diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o
agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I
a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal, poderá,
fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade
provisória, mediante termo de comparecimento a todos os
atos processuais, sob pena de revogação.    
Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o
agente praticou o fato em qualquer das condições
constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal) (legítima defesa), poderá, fundamentadamente,
conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo
de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais,
sob pena de revogação.
----------------------------------------------------------
Se o agente é REINCIDENTE ou que INTEGRA
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ARMADA OU MILÍCIA, ou que
PORTA ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO, DEVERÁ
DENEGAR A LIBERDADE PROVISÓRIA, com ou sem medidas
cautelares.
A falta da audiência de custódia não enseja nulidade da
prisão preventiva, superada que foi a prisão em flagrante,
devendo ser este novo título de prisão aquele a merecer o
exame da legalidade e necessidade. STJ. 6ª Turma. RHC
99.091/AL, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 04/09/2018. 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A falta da audiência de custódia enseja nulidade da prisão
preventiva?O preso deverá ser colocado em liberdade?. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/
05ae14d7ae387b93370d142d82220f1b>. Acesso em: 26/12/2019 
Transcorridas 24 horas após o decurso do prazo, a NÃO
REALIZAÇÃO de audiência de custódia sem motivação idônea
ENSEJARÁ também a ILEGALIDADE DA PRISÃO, a ser
relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da
possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva.
Ademais, autoridade que deu causa, sem motivação idônea,
à não realização da audiência de custódia no prazo
estabelecido responderá administrativa, civil e penalmente
pela omissão.
O que acontece se o juiz decretar a prisão preventiva de ofício (sem requerimento)? 
• Regra: a prisão deverá ser relaxada por se tratar de prisão ilegal. 
• Exceção: se, após a decretação, a autoridade policial ou o Ministério Público requererem a prisão, o vício de ilegalidade que
maculava a custódia é suprido (convalidado) e a prisão não será relaxada. O posterior requerimento da autoridade policial pela
segregação cautelar ou manifestação do Ministério Público favorável à prisão preventiva suprem o vício da inobservância da
formalidade de prévio requerimento. 
STJ. 5ª Turma. AgRg RHC 136708/MS, Rel. Min. Felix Fisher, julgado em 11/03/2021 (Info 691).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Não é possível que o juiz, de ofício, decrete a prisão preventiva; vale ressaltar, no entanto, que, se logo depois de decretar, a autoridade policial ou o MP
requererem a prisão, o vício de ilegalidade que maculava a custódia é suprido. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/b0285cbf334be23be58e7ff353af1af2>. Acesso em: 26/04/2021
Após o advento da Lei nº 13.964/2019, não é mais possível a conversão da prisão em flagrante em preventiva sem
provocação por parte ou da autoridade policial, do querelante, do assistente, ou do Ministério Público, mesmo nas
situações em que não ocorre audiência de custódia. 
A Lei nº 13.964/2019, ao suprimir a expressão “de ofício” que constava do art. 282, § 2º, e do art. 311, ambos do CPP, vedou, de
forma absoluta, a decretação da prisão preventiva sem o prévio requerimento das partes ou representação da autoridade
policial. Logo, não é mais possível, com base no ordenamento jurídico vigente, a atuação ‘ex officio’ do Juízo
processante em tema de privação cautelar da liberdade. 
A interpretação do art. 310, II, do CPP deve ser realizada à luz do art. 282, § 2º e do art. 311, significando que se tornou inviável,
mesmo no contexto da audiência de custódia, a conversão, de ofício, da prisão em flagrante de qualquer pessoa em prisão
preventiva, sendo necessária, por isso mesmo, para tal efeito, anterior e formal provocação do Ministério Público, da
autoridade policial ou, quando for o caso, do querelante ou do assistente do MP. Vale ressaltar que a prisão preventiva não é
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uma consequência natural da prisão flagrante, logo é uma situação nova que deve respeitar o disposto, em especial, nos arts.
311 e 312 do CPP. 
STJ. 3ª Seção. RHC 131263, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 24/02/2021 (Info 686). STF. 2ª Turma. HC 192532 AgR,
Rel. Gilmar Mendes, julgado em 24/02/2021.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Depois da Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime), não é mais possível que o juiz, de ofício, converta a prisão em flagrante em prisão preventiva (é
indispensável requerimento). Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/6b5617315c9ac918215fc7514bef514b>.
Acesso em: 26/04/2021
A audiência de custódia (ou de apresentação) constitui direito público subjetivo, de caráter fundamental , assegurado
por convenções internacionais de direitos humanos a que o Estado brasileiro aderiu, já incorporadas ao direito positivo interno
(Convenção Americana de Direitos Humanos e Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos). Traduz prerrogativa não
suprimível assegurada a qualquer pessoa. Sua imprescindibilidade tem o beneplácito do magistério jurisprudencial (ADPF 347
MC) e do ordenamento positivo doméstico (Lei nº 13.964/2019 e Resolução 213/2015 do CNJ). 
STF. HC 188888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 6/10/2020 (Info 994).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A audiência de custódia constitui direito público subjetivo, de caráter fundamental. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/ba7e36c43aff315c00ec2b8625e3b719>. Acesso em: 26/04/2021
A ausência da realização da audiência de custódia qualifica-se como causa geradora da ilegalidade da própria prisão em
flagrante, com o consequente relaxamento da privação cautelar da liberdade. Se o magistrado deixar de realizar a audiência de
custódia e não apresentar uma motivação idônea para essa conduta, ele estará sujeito à tríplice responsabilidade, nos termos
do art. 310, § 3º do CPP. STF. HC 188888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 6/10/2020 (Info 994). 
Obs1: STJ possui julgados em sentido contrário: 
A não realização de audiência de custódia não induz a ilegalidade do decreto preventivo, cujos fundamentos e requisitos de
validade não incluem a prévia realização daquele ato, vinculados, por força de lei, ao que dispõem os arts. 312 e 313 do CPP.
STJ. 6ª Turma. HC 598.525/BA, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/10/2020. 
Obs2: a audiência de custódia deve ser realizada em todas as modalidades de prisão, inclusive as temporárias, preventivas e
definitivas (STF RCL 29303).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O que acontece se, injustificadamente, não for realizada a audiência de custódia?. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/9b0ead00a217ea2c12e06a72eec4923f>. Acesso em: 26/04/2021
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal , caberá a PRISÃO PREVENTIVA decretada pelo
juiz, a requerimento do ministério público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal , quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada em receio de perigo e existência
concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.
Art. 313. § 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de
pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada.
§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a
existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.
§ 2º NÃO SE CONSIDERA FUNDAMENTADA QUALQUER DECISÃO JUDICIAL, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão,
que:
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a
questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo
julgador;
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https://www.buscadordizer/
V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificarseus fundamentos determinantes nem
demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a
existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou do
processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção
a cada 90 dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.
PRISÃO PREVENTIVA
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19
Em qualquer fase da investigação policial ou do processo
penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de
ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do
Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por
representação da autoridade policial 
Em qualquer fase da investigação policial ou do processo
penal, caberá a PRISÃO PREVENTIVA decretada pelo juiz, a
requerimento do ministério público, do querelante ou do
assistente, ou por representação da autoridade policial.
Juiz não poderá mais decretar a prisão preventiva de ofício, mas quando faltar motivo para que subsista ou quando
sobrevierem motivos que a justifique, o juiz poderá, de ofício, revogá-la ou substituí-la, respectivamente. 
A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da
ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da
instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal,
quando houver prova da existência do crime e indício
suficiente de autoria.  
A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da
ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da
instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei
penal, quando houver prova da existência do crime e
indício suficiente de autoria E DE PERIGO GERADO PELO
ESTADO DE LIBERDADE DO IMPUTADO.
----------------------------------------------------------
Não será admitida a decretação com a finalidade de
antecipação de cumprimento de pena ou como
decorrência imediata de investigação criminal ou da
apresentação ou recebimento de denúncia
----------------------------------------------------------
Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de
qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente
a existência de fatos novos ou contemporâneos que
justifiquem a aplicação da medida adotada.
----------------------------------------------------------
NÃO SE CONSIDERA FUNDAMENTADA QUALQUER
DECISÃO JUDICIAL, seja ela interlocutória, sentença ou
acórdão, que:
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de
ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a
questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem
explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer
outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no
processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada
pelo julgador;
V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de
súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes
nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles
fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência
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ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a
existência de distinção no caso em julgamento ou a
superação do entendimento.
O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do
processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem
como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem. 
O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a
prisão preventiva se, no correr da investigação ou do
processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista,
bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões
que a justifiquem. Decretada, deve-se revisar a
necessidade de sua manutenção a cada 90 dias.
Decretada a prisão preventiva, deve-se revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 dias.
A inobservância do prazo nonagesimal do art. 316 do Código de Processo Penal não implica automática revogação da
prisão preventiva, devendo o juízo competente ser instado a reavaliar a legalidade e a atualidade de seus fundamentos. 
STF. Plenário. SL 1395 MC Ref/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14 e 15/10/2020 (Info 995)
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O descumprimento da regra do parágrafo único do art. 316 do CPP NÃO gera, para o preso, o direito de ser posto imediatamente em liberdade. Buscador
Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/ce5d75028d92047a9ec617acb9c34ce6>. Acesso em: 26/04/2021
A obrigação de revisar, a cada 90 (noventa) dias, a necessidade de se manter a custódia cautelar (art. 316, parágrafo único, do
Código de Processo Penal) é imposta apenas ao juiz ou tribunal que decretar a prisão preventiva (julgador que a decretou
inicialmente). A norma contida no parágrafo único do art. 316 do CPP não se aplica aos Tribunais de Justiça e aos Tribunais
Regionais Federais, quando em atuação como órgão revisor. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 569701/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 09/06/2020. STJ. 6ª Turma. HC 589544-SC, Rel. Min.
Laurita Vaz, julgado em 08/09/2020 (Info 680).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A obrigação de revisar, a cada 90 dias, a necessidade de se manter a custódia cautelar (art. 316, parágrafo único, do CPP) é imposta apenas ao juiz ou
tribunal que decretar a prisão preventiva. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/
918f5cd5a5c0d48671d4d4fc54bab2e9>. Acesso em: 26/04/2021
O dever de reavaliar periodicamente, a cada 90 dias, a necessidade da prisão preventiva cessa com a formação de um
juízo de certeza da culpabilidade do réu, declarado na sentença 
Com o fim de assegurar que a prisão não se estenda por período superior ao necessário, configurando verdadeiro
cumprimento antecipado da pena, a alteração promovida pela Lei nº 13.964/2019 ao art. 316 do CPP estabeleceu que o
magistrado revisará a cada 90 dias a necessidade da manutenção da prisão, mediante decisão fundamentada, sob pena de
tornar a prisão ilegal. A norma estabelece expressamente que a revisão da prisão, a cada 90 dias, cabe apenas ao órgão
emissor da decisão, procedimento cabível, portanto, nas fases de investigação e persecução penal. Encerrada a instrução e
formada a culpa, com prolação da sentença, o §1º do art. 387 do CPP determina que “O juiz decidirá, fundamentadamente,
sobre a manutenção ou, se for o caso, a imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do
conhecimento de apelação que vier a ser interposta”. Trata-se de uma imposição legal para uma última atuação do
Magistrado, a qual representa o marco final para a revisão, de ofício, da prisão preventiva do condenado. Assim, em uma
interpretação sistemática, buscando manter a harmonia entre as duas regras do CPP - parágrafo único do art. 316 e §1º do art.
387 - o dever de reavaliar periodicamente, a cada 90 dias, a necessidade da prisão preventiva cessa com a formação de um
juízo de certeza da culpabilidade do réu, declarado na sentença, e ingresso do processo na fase recursal. A partir de então,
eventuais inconformismos com a manutenção da prisão preventiva deverão ser arguidos pela defesa nos autos do recurso ou
por outra via processual adequada prevista no ordenamento jurídico. STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 601.151/PB, Rel. Min.
Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em

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