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avaliação pré-participação

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA 
CAMPUS: URUGUAIANA 
Fisioterapia Desportiva 
 Docente responsável: Profa. Michele Forgiarin i Saccol 
 
 
AVALIAÇÃO PRÉ-PARTICIPAÇÃO 
 
 Embora seja uma avaliação genérica, deve ser planejada para a 
atividade, esporte ou idade do grupo a ser avaliado. P.ex, futebol (trauma) e 
corrida (sobrecarga). Nível ou intensidade do exame varia de exame médico 
mínimo ou “físico” a um exame extensivo com testes de estresse, raio X, e 
outros protocolos especiais além do exame médico. Varia também com o tipo de 
esporte, quanto mais atividade extrema e àquelas envolvendo contato ou colisão 
requerem um exame mais detalhado. 
 Idealmente, a avaliação deve ser feita 6 semanas antes da atividade 
iniciar, o que permite tempo para consulta com especialistas, se necessário, e 
tempo para corrigir defeitos mínimos como desordens da pele, fraqueza 
muscular, infecções menores, e problemas médicos menores. 
 Médico da família seria o ideal, que está familiarizado com a história do 
atleta e de sua família. Entretanto, médico da equipe também pode ser utilizado. 
 Freqüentemente, o exame é feito anualmente, embora não necessite ser 
tão extenso após o primeiro ano. Nos anos subseqüentes, avaliação pode 
envolver apenas as partes que podem ser afetadas na última temporada. P.ex, 
teste de força apenas nas articulações que ocorreram lesão para garantir que o 
paciente está pronto para participar novamente. 
 McKeag (1985) delineou 5 populações específicas nas quais áreas de 
especial preocupação devem ser incluídas no exame. Nos pacientes pré-
púberes (6 a 10 anos de idade), avaliações devem incluir exame de 
anormalidades congênitas que podem não ter sido diagnosticadas previamente. 
No paciente púbere (11 a 15 anos), o exame deve centrar-se na avaliação da 
maturidade física e práticas saudáveis para permitir participação saudável. O 
pós-púbere ou adulto jovem (16 a 30 anos) possue a mais ampla variedade de 
habilidades, níveis e motivação. Para este grupo, a história de lesões prévias e 
exames específicos do esporte são particularmente importantes. Para a 
população adulta (30 a 65 anos), prevenção de lesão (i.e, overuse), padrões de 
lesões prévias e condicionamento devem ser incluídos no exame. O grupo final 
consiste em pacientes idosos (65 anos ou mais), que requerem um exame 
baseado nas exigências individuais, pois muitas dessas pessoas realizam 
exercícios ou aumentam a atividade física após uma doença. 
 
Objetivos da avaliação 
 O objetivo desta avaliação não é desqualificar o paciente, mas garantir a 
saúde do paciente e segurança . Um paciente desqualificado deve ser 
encorajado a encontrar outras atividades, exercícios ou esportes que não sejam 
impedidos pelos resultados do exame. 
 
 A avaliação pré-participação auxilia o examinador a desenvolver um 
perfil musculoesquelético , que é utilizado para determinar se o paciente 
apresenta atributos físicos para a atividade. Pacientes com história de lesão ou 
cirurgia devem ser avaliados fisicamente e psicologicamente para assegurar que 
eles possam resistir as forças normalmente encontradas na atividade, exercício 
ou esporte. Ao desenvolver este perfil, o examinador pode estabelecer valores 
de normalidade ou base para o paciente de forma que lesão futura pode ser 
avaliada corretamente. Ou seja, a avaliação não pode ser apenas questões 
simples do tipo “sim” ou “não”, mas uma avaliação completa e que estabeleça 
níveis apropriados de aptidão para a atividade. 
 Também pode ser utilizada para determinar o estado de saúde do 
sujeito antes que ele ou ela seja exposto à participação ou competição. 
Também auxilia a prevenir lesões através da identificação de anormalidades, 
inadequações físicas, ou condicionamento pobre que poderiam colocar o 
paciente em risco. 
 O exame pode identificar condições previamente não suspeitadas 
que são possíveis de corrigir ou evitar a participação na atividade desejada. 
Similarmente, a avaliação auxilia a evitar más-interpretações dos achados que 
parecem ser novos mas existiam previamente. 
 Também valiosa na garantia de tratamentos serem conduzidos e 
condições previamente diagnosticadas terem sido tratadas propriamente. Assim, 
atua como processo de “screening” para garantir que o tratamento de condições 
médicas e cirúrgicas potencialmente graves sejam realizados. Além disso, 
avaliar se uma lesão ocorrida no final da temporada anterior tenha sido tratada 
apropriadamente, pois freqüentemente os atletas não realizam o tratamento ou o 
abandonam no final da temporada, pois eles acreditam que a lesão irá cicatrizar 
com o tempo. 
 A avaliação também dá a equipe médica à chance de favorecer práticas 
saudáveis e promover ótima saúde e aptidão. P.ex, determinar a classe de 
atletas por peso como na luta greco-romana ou levantamento de peso. Ao 
mesmo tempo, pode explicar os perigos envolvidos em dietas relâmpagos e 
desidratação excessiva. 
 Também permiti atualização de imunizações, descartar doenças 
contagiosas e estabelecer um relacionamento com o atleta. O examinador 
pode aprender o que motiva o paciente, e, ao mesmo tempo, ajuda a 
estabelecer a confiança do paciente na equipe médica. 
 
Etapas da avaliação 
 
1. Anamnese 
 - Dados pessoais 
 - História completa 
- Interrogatório familiar 
- Interrrogatório sobre diversos aparelhos 
- Intercorrências ortopédicas e traumatológicas 
 
Uma história completa pode usualmente identificar 60 a 75% dos 
problemas afetando um paciente (Hunter, 1994). Para indivíduos mais jovens, 
tanto o paciente como seus pais devem fornecer a história para garantir 
integralidade nas informações. Restante da avaliação é embasada na 
informação determinada na história. Geralmente, a história é completada com o 
paciente respondendo questões no formato “sim-não”, as afirmativas sendo 
investigadas em outras partes da avaliação. A história deve incluir a história 
médica do paciente assim como possíveis problemas familiares congênitos, 
hereditários ou de lesão. 
 Algumas questões possíveis para serem enviadas aos pais: 
1. O seu filho queixa de dor ou outro sintoma? 
( ) Não ( ) Sim, aonde? 
2. O seu filho tem ou teve alguma doença ou internação? 
( ) Não ( ) Sim, qual? 
3. Tem doenças em familiares (pais, avós, tios ou irmãos)? 
( ) Não ( ) Sim, qual? 
4. Está com vacinações em dia? 
( ) Não ( ) Sim, qual falta? 
5. Quantas horas seu filho assiste televisão ou joga vídeo game? 
R: __________________________________________ 
6. Seu filho dorme bem, ronca, para de respirar a noite, fica cansado 
durante o dia? 
R: __________________________________________ 
 
 
2. Exame físico 
 Deve ser completo e específico para atividade, exercício ou esporte que a 
pessoa pretende participar. P.ex, os ouvido nos nadadores, membros superiores 
em esportes de raquete, coluna, joelho e tornozelo em jogadores de futebol. 
 Parte inicial do exame é realizada para estabelecer os parâmetros 
fisiológicos dos pacientes e sinais vitais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTURA 
 IMC = peso (kg) 
PESO altura²(m) 
 
ALTURA 
PESO 
 PULSO (frequência cardíaca): 
 Homens 60-100 bpm 
 Mulheres 60-100 bpm 
 Crianças 120-140 bpm 
 Atletas bem condicionados 50+ bpm 
 PRESSÃO ARTERIAL 
 Adultos 120/80 mmHg 
 Crianças 105/70 mmHg (idade: 10 anos) 
(tabelas em anexo do percentil de IMC pela idade) 
 
Exame dos olhos 
Visão periférica e profundidade da percepção deve ser testada. Questões 
relativas ao exame visual devem incluir: 
1. Você já apresentou algum problema com a visão ou seus olhos? 
2. Alguma vez você machucou seus olhos? 
3. Você usa óculos, lentes de contato ou protetores nos olhos/ 
4. Você é daltônico? 
5. Você possui problema com sua visão periférica? 
 
Qualquer anormalidade ou resposta positiva requer exame mais 
aprofundado, p.ex, visão apenas em um olho, miopia severa, deslocamento de 
retina. 
 
Aspectos neurológicos e desordens convulsivas 
Especialmente em atividades de contatoou colisão, questões mais 
freqüentes: 
1. Você já desmaiou ou ficou inconsciente? 
2. Você já teve uma lesão na cabeça? 
3. Você já teve um ataque (SEIZURE)? 
4. Você já sentiu alguma vez que um ou mais de seus membros ficaram 
adormecidos durante a atividade? 
5. Você já teve algum acidente automobilístico ou caiu e bateu a 
cabeça? 
 
Impacto significante se alguma dessas respostas for positiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Convulsões: serviço médico da equipe deve saber sobre a freqüência dos 
episódios, como e se o controle foi alcançado, medicações de rotina, 
circunstâncias ativadoras, e se o paciente entende as circunstâncias, seus riscos 
e fatores predisponentes. Pacientes com convulsões não devem realizar 
atividades com trauma de cabeça recorrentes, quedas inesperadas que levam a 
lesões graves (montanha, trabalhar nas alturas, etc), esportes aquáticos, corrida 
de carros. 
 
 
Exemplos de condições neurológicas ou sinais e sint omas 
necessitando de exame adicional 
Mais de uma concussão 
Qualquer história de lesão na cabeça 
Qualquer história de agulhamento, queimação ou neuropraxia 
Qualquer história de quadriplegia transitória 
Qualquer história de paralisia de nervo 
Aspectos cardiovasculares 
Mais de 90% das mortes súbitas em exercício e esportes entre 
participantes mais jovens que 30 anos envolvem o sistema cardiovascular. 
Morte súbita em atletas considerados saudáveis é rara: 
1/280.000 recreativos (Ragosta,1984) 
1/300.000 colegiais (Van Camp, 1995) 
1/200.000 crianças/adolescentes (CJSM,2004) 
 
Questões: 
1. Você já experienciou vertigem ou tontura durante ou após atividade, 
exercício ou esporte? 
2. Você já sentiu dor no peito durante ou após atividade, exercício ou 
esporte? 
3. Quando está realizando atividade, exercício ou esporte, você se 
cansa mais rapidamente que os outros durante as mesmas 
atividades? 
4. Alguma vez você teve pressão sanguínea elevada? 
5. O seu coração alguma vez bateu fortemente ou acelerado? 
6. Alguém já lhe falou que você tem um murmúrio no coração? 
7. Alguém na sua família têm ou faleceu por problemas cardíacos? 
8. Alguém na sua família faleceu repentinamente antes dos 50 anos? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de condições cardiovasculaes ou sinais e s intomas 
necessitando de exame adicional 
 
 Dor no peito 
 Tontura/vertigem com a atividade 
 Batida do coração anormal (taxa, ritmo) 
 Hipertensão anormal (instável ou orgânica) 
 Murmúrio do coração 
 História familiar de problemas cardíacos 
 Cardiomegalia hipertrófica 
 Anormalidades de condução 
 Arritmias 
 Problemas valvulares 
 Defeitos da artéria coronária 
 Coarctação da aorta 
 Síndrome de Marfan 
 Defeitos do septo atrial 
 Dextrocardia 
 Coração do atleta 
 Doença aterosclerótica 
 Insuficiência mitral 
 Anemia 
 Baço aumentado 
Cardiomiopatia hipertrófica é a causa mais comum de morte súbita em 
atletas, seguida de ruptura da aorta associado com Síndrome de Marfan, 
anomalias congênitas da artéria coronária e doença ateroesclerótica da artéria 
coronária. Se uma dessas condições é presente, atividade vigorosa é contra-
indicada. 
 
Aspectos pulmonares 
Geralmente realizado com o exame cardiovascular. Questões: 
1. Você alguma vez experienciou períodos prolongados de tosse 
intermitente? 
2. Você já teve tosse durante ou após atividade, exercício ou esporte? 
3. Você já experienciou respiração curta ou ofegante durante ou após 
atividade, exercício ou esporte? 
 
Aspectos gastrointestinais 
 Sistema digestivo, hábitos alimentares e nutrição. Questões: 
1. Você acha que come regularmente e apresenta uma dieta bem 
balanceada? 
2. Existem certos grupos de frutas que você não come? 
3. Você já realizou alguma dieta? 
4. Você se acha muito magra, muito gorda ou no peso ideal? 
5. Você já tentou controlar seu peso? Se afirmativo, como? 
6. Você já apresentou azia ou indigestão excessiva? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Alguns casos ou esportes, notavelmente os estéticos e consciência do 
peso (p.ex, ginástica, balé, nado sincronizado, luta greco-romana), é 
recomendável checar o estado nutricional do paciente, especialmente se existe 
tendência para anorexia ou bulemia. 
 
Exame musculoesquelético 
Questões: 
1. Você já rompeu (distensão) algum músculo? 
2. Você já rompeu (estirou) um ligamento? 
3. Você já subluxou ou deslocou uma articulação? 
4. Você já quebrou (fraturou) um osso? 
5. Alguma articulação sua já inchou? 
6. Você já teve dor nos músculos ou articulações durante ou após 
atividade, exercício ou esporte? 
Exemplos de condições gastrointestinais ou sinais e sintomas 
necessitando de exame adicional 
 
 Aumento do tamanho dos órgãos (p.ex fígado, baço) 
 Anorexia 
 Bulimia 
 
 
O exame musculoesquelético inicia com observação da postura do 
paciente, procurando assimetrias. Assimetria combinada á história pode levar o 
examinador a um exame físico detalhado da articulação. 
 
Alinhamento e desvios posturais (Capítulo do livro MOLINARI, 2003) 
VISTA ANTERIOR: 
 Pés: calosidades, pé abdutor ou adutor 
 Pé abdutor- projeção dos pés para fora da linha média do corpo; 
 Pé adutor- é a projeção dos pés para dentro da linha média; 
Normal é de 8-10° de rotação lateral da tíbia. 
 Pernas: se apresenta perna arqueada ou não. 
 Joelhos: se possui joelho varo ou valgo. Normalmente, joelho possui 13-
18° de valgo. 
 Joelho varo- projeção do(s) joelho(s) para fora da linha média do corpo.
 Joelho valgo- projeção do(s) joelho(s) para dentro da linha média do 
corpo. 
 
 varo valgo 
 
 
 
 
 
Linha do quadril: união de dois pontos iliocristais. Essas duas linhas 
deverão ser paralelas; se não estiverem, poderão indicar uma possível 
escoliose, ou seja, desvios laterais da coluna vertebral. 
Linha dos ombros: linha imaginária formada pela união dos pontos 
acromiais que devem estar na mesma altura. 
Pescoço: verificar o alinhamento da cabeça. 
Face: se existe simetria ou assimetria. 
 
VISTA POSTERIOR 
 Confirmar o que foi observado na posição anterior em relação à linha dos 
ombros, quadril e joelhos. 
 Tendão de Aquiles: observar se o indivíduo apresenta um calcâneo varo 
ou valgo 
 Calcâneo varo: projeção do tendão de Aquiles para fora da linha média do 
corpo. 
 Calcâneo valgo: projeção do tendão de Aquiles para dentro da linha 
média do corpo. 
 Panturrilha: se a musculatura está simétrica ou assimétrica 
 Linha poplíteas: analisar se estão na mesma altura 
 Pregas glúteas: verificar se estão na mesma altura, qualquer 
desalinhamento poderá indicar um desvio de quadril ou coluna. 
 Quadril: se as espinhas ilíacas póstero-superiores estão paralelas; 
qualquer desalinhamento poderá indicar um desvio lateral. 
 Coluna vertebral: desvio lateral das vértebras caracterizando como 
escoliose. 
 Escápulas: na posição neutra, bordas mediais essencialmente paralelas 
e cerca de 7,5 a 10 cm separadas; analisar se estão abduzidas ou aduzidas. 
 
VISTA LATERAL 
 Com auxílio da projeção lateral da linha da gravidade: 
 Pés: observar o arco longitudinal, pé plano, normal ou cavo. 
 Joelhos: normalmente de 0-5° de flexão. Observar se o joelho é 
recurvado ou flexo 
 Joelho recurvado: é a projeção do(s) joelho(s) para trás da linha da 
gravidade. 
 Joelho flexo: é a projeção do(s) joelho(s) à frente da linha média. 
 Coluna lombar : verificar se apresenta uma hiperlordose lombar ou dorso 
plano. 
 Hiperlordose lombar: acentuação da curvatura da coluna lombar, causada 
pela fraqueza da musculatura abdominal e encurtamento da musculatura 
lombar, colocando o ponto trocantérico fora da linha de gravidade. 
Dorso plano: diminuição ou inversão de qualquer um dos segmentos da 
coluna vertebral; geralmente encontrada na região lombar. 
 Coluna dorsal: se apresenta uma hipercifose. 
 Hipercifose: acentuação da coluna dorsal. 
 Coluna cervical: se apresenta hiperlordose cervical 
 Hiperlordose cervical: acentuação da curvatura da coluna cervical. 
 
VISTA LATERAL COM FLEXÃO DO TRONCO 
 Em posição ortostática,de frente para o avaliador, indivíduo realiza uma 
flexão de tronco. Caso a pessoa apresente uma escoliose e suas vértebras já 
tiverem realizado uma rotação, aparecerá uma gibosidade no local da curvatura 
escoliótica e serão presenciados encurtamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se nenhum problema é observado, o examinador pode fazer um rápido 
exame de membros superiores e inferiores para checar problemas potenciais 
e movimento anormal (p.ex hipomobilidade, hipermobilidade, padrões 
capsulares, fraqueza, padrões anormais de movimento). Dependendo da 
atividade proposta, ênfase pode ser dada para articulações específicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME MUSCULOESQUELÉTICO DE DOIS MINUTOS 
1. Avaliar postura 
Vista anterior: articulação acromioclavicular e hábitos gerais de postura 
Vista posterior: simetria de ombros, escoliose 
Perfil e flexão anterior do corpo (joelhos retos, tocar os dedos dos pés): 
escoliose, movimento do quadril e flexibilidade de IT 
2. Movimento da coluna cervical 
Olhar para o teto, chão, sobre os ombros e tocar com a orelha o ombro. 
3. Avaliação de trapézio superior 
Movimento de “encolher ombros”. 
4. Força do deltóide 
Elevar os braços no plano da escápula 
5. Movimento dos ombros 
Rotação lateral/externa 
6. Movimento do cotovelo 
Flexão e extensão do cotovelo 
7. Movimento do punho e do cotovelo 
Braços ao lado do corpo, cotovelo em 90 de flexão, pronar e supinar 
8. Movimento da mão e dedos (deformidades) 
 Extender os dedos, cerrrar o punho 
9. Simetria e edema em joelhos 
Contrair e relaxar o quadríceps 
10. Movimento de quadril, joelho e tornozelo 
Marcha de pato por 4 passos 
11. Simetria de panturrilha e força das pernas 
Subir nos dedos e nos calcanhares 
 
Exame de membros superiores e inferiores 
Coluna cervical : flexão, extensão, flexão lateral, rotação; 
Elevação dos ombros (resistência pode ser adicionada); 
Ombro: elevação através da abdução, flexão anterior e plano de escápula, 
rotação medial e lateral (resistência pode ser aplicada); 
Cotovelo : flexão, extensão, pronação, supinação; 
Punho: flexão, extensão, desvio radial e ulnar; 
Dedos e polegar : abertura das mãos amplamente, aperto de mão firme; 
Coluna torácica e lombar : flexão (tocar os dedos do pé, joelhos extendidos), 
extensão, flexão lateral, rotação 
Enrijecer/apertar o quadríceps 
Quadril, joelho, tornozelo e pé: agachamento, saltar, caminhada calcanhar-
dedos. 
 
 
 
3. Exames Laboratoriais 
 Geralmente não incluídos na avaliação pré-participação. Porém, se o 
examinador suspeita de problemas para os quais os exames laboratoriais são 
diagnóstico, eles são necessários. 
 Incidência de deficiência de ferro em atletas femininas pós-menarca é tão 
alta quanto 15%. 
 Em alguns esportes, necessidade de antidoping prévio. 
 
 
4. Perfil de aptidão física 
 Basicamente, o perfil é obter informações sobre atributos físicos do 
participante. Este perfil auxilia na determinação se o indivíduo apresenta os 
atributos, habilidades, e capacidades necessárias para a participação e satisfaz 
as demandas da atividade, o que deve ser ajustado para a atividade específica, 
exercício ou esporte. Deve ser planejado para estressar o corpo, de forma que 
qualquer fraqueza ou patologia existente seja aparente. Desta forma, deve ser 
usado como um esquema/dispositivo de triagem para prevenir lesões. O perfil 
também provê uma linha base no evento de lesão ou para demonstrar a 
necessidade de, ou efeito de, condicionamento necessário para a atividade. Um 
perfil de aptidão física pode envolver diversos aspectos ou parâmetros, incluindo 
força, resistência, flexibilidade, desempenho cardiovascular, e maturação. 
 FORÇA: mensurações de força podem ser isométricas, isotônicas ou 
isocinéticas, atividades funcionais, levantamento de pesos livres, ou, em alguns 
casos, teste simples de preensão manual. 
 POTÊNCIA: arremessar uma medicine ball, saltar de uma altura,... 
 FLEXIBILIDADE E AMPLITUDE DE MOVIMENTO: testes de flexibilidade 
devem ser específicos para a atividade que o paciente deseja participar, ou até 
específicos da posição. P.ex, em esportes de corrida, flexibilidade de membros 
inferiores (especialmente flexores de quadril, IT, reto femoral, banda iliotibial, e 
gastrocnêmio) é de grande importância, enquanto na natação, flexibilidade de 
membros superiores (especialmente abdução do ombro e rotação medial e 
lateral) é mais importante. Em algumas atividades como balé, ginástica, e nado 
sincronizado, flexibilidade geral é essencial. No beisebol, arremessador 
freqüentemente requer maior flexibilidade de ombro, quadril e tronco que os 
demais jogadores. Flexibilidade deve ser mensurada com goniômetro, 
flexômetro ou medida com fita. 
 Ao considerar ADM, importante observar que hipermobilidade ou lassidão 
em uma articulação ou uma direção do movimento articular não 
necessariamente significa hipermobilidade em todas as articulações ou todas as 
direções. Pessoas hipermóveis ou com articulação “frouxa” são mais suscetíveis 
a entorses articulares, dor lombar crônica, prolapso discal, espondilolistese, pés 
planos, edema articular e tendinites geradas por falta de controle. No atleta 
hipermóvel, se força e resistência não estão em um nível apropriado para 
suporte da articulação, a articulação é freqüentemente instável ou sujeita a 
cargas potencialmente lesantes. Estes atletas tendem a ter um desempenho 
muito pobre em eventos de força. 
 Existem diversos sistemas de classificação de frouxidão ligamentar 
generalizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se uma pessoa é hipermóvel, então deve evitar alongamento adicional e 
prover suporte articular através de programas de fortalecimento. Deve ser 
ensinado o posicionamento adequado, e existindo hipermobilidade articular, 
provavelmente existem articulações próximas que necessitam ser mobilizadas. 
 VELOCIDADE: corrida de 100 m, 400 m ... 
 APTIDÃO CARDIOVASCULAR E RESISTÊNCIA: importante saber se o 
nível de estresse produzido no exercício e se o sistema cardiovascular responde 
ao mesmo. 
 AGILIDADE, EQUILÍBRIO E TEMPO DE REAÇÃO: agilidade e testes de 
equilíbrio são freqüentemente medidos pelo tempo ou acurácia. 
MATURAÇÃO E CRESCIMENTO: o crescimento refere-se ao aumento 
do tamanho do corpo ou de partes específicas do corpo; já a maturação ao 
tempo e ritmo de progresso para o estado biológico maduro (Malina & Bouchard, 
1991). 
O perfil de maturação não deve ser utilizado para identificar crianças para 
determinadas atividades ou excluí-las. Em adolescentes, padrões de 
crescimento podem ter efeito na participação em atividades, exercícios, e 
esporte e podem ter um papel ao afetar padrões de lesão. P.ex, estirão de 
crescimento para um ginasta pode afetar adversamente equilíbrio e flexibilidade. 
 Usualmente, o desenvolvimento esquelético é avaliado usualmente por 
raios-X do punho e o método mais comum de mensurar a maturação em 
homens e mulheres é a escala de Tanner. 
 COMPOSIÇÃO CORPORAL E ANTROPOMETRIA: perfil é 
esquematizado para gerar análise detalhada de músculo, gordura e massa 
óssea. Antropometria pode ser usada para determinar o tipo corporal do 
paciente (mesomórfico, endomórfico e ectomórfico) para verificar se a pessoa é 
apropriada para a atividade desejada, exercício, esporte ou posição no esporte. 
 
Magee, D. Avaliação Musculoesquelética. Manole, 2003. 
Critérios de Hi permobilidade articular generalizada 
 Polegar ao antebraço 
 Hiperextensão da metacarpofalangeana do quinto dedo maior que 90°
 Hiperextensão do cotovelo maior que 10° 
 Hiperextensão do joelho maior que 10° 
 Hiperextensão do tornozelo maior que 45° 
 Palmas das mãos levadas ao chão (com joelhos retos) 
 
 Mobilidade excessiva da patela 
Mobilidade excessiva do ombro 
 
critérios ainda em estudo

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