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11 2 Segurança de Dignatários pdf

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Aula 11 - Parte II
Segurança Corporativa p/ BACEN
(Técnico Área 2 - Segurança
Institucional) 2021 - Pré-Edital
Autor:
Alexandre Herculano, Lucas
Guimarães, Marcos Girão, Thais
de Assunção (Equipe Marcos
Girão)
09 de Novembro de 2020
 
 
 
 
 
 
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Apresentação .................................................................................................................... 3 
I - SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS ........................................................................................ 3 
6. Planejamento da Segurança de Dignitários .................................................................... 3 
6.1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .................................................................................................. 4 
6.2. PLANEJAMENTO OPERACIONAL ................................................................................................. 4 
6.2.1. Elementos do Planejamento Operacional ............................................................................................................. 4 
6.2.1.1. Missão ................................................................................................................................................................ 4 
6.2.1.2. Estudo de Situação ............................................................................................................................................. 5 
6.2.1.3. Atividade de Inteligência .................................................................................................................................... 7 
6.2.1.4. Reuniões Preparatórias ...................................................................................................................................... 8 
6.2.1.5. Treinamento ....................................................................................................................................................... 8 
6.2.1.6. Plano de Ação ..................................................................................................................................................... 8 
6.2.1.7. Execução da Missão ............................................................................................................................................ 8 
7. O Itinerário ................................................................................................................... 9 
7.1. Itinerário PRINCIPAL ................................................................................................................ 10 
7.2. Itinerário ALTERNATIVO ........................................................................................................... 10 
7.3. Itinerários EVENTUAIS ............................................................................................................. 10 
7.4. Pontos CRÍTICOS e Pontos de APOIO ....................................................................................... 10 
7.5. SELEÇÃO do itinerário para deslocamento A PÉ ..................................................................... 11 
7.6. PLANEJAMENTO do itinerário p/ deslocamento A PÉ ............................................................. 12 
7.7. PLANEJAMENTO do itinerário p/ deslocamento MOTORIZADO .............................................. 14 
8. A Escolta Pessoal.......................................................................................................... 22 
8.1. Escolta BÁSICA (01 agente) ..................................................................................................... 24 
8.2. Escolta com 02 AGENTES ......................................................................................................... 25 
8.3. Escolta com 03 AGENTES ......................................................................................................... 26 
8.4. Escolta com 04 AGENTES.......................................................................................................... 27 
8.5. Escolta com 05 AGENTES ......................................................................................................... 29 
8.6. Formações e Estratégias de Posicionamento .......................................................................... 29 
8.6.1. Em LINHA À RETAGUARDA .................................................................................................................................. 31 
8.6.2. Em LINHA FRONTAL ............................................................................................................................................. 32 
8.6.3. Em CUNHA .......................................................................................................................................................... 32 
Alexandre Herculano, Lucas Guimarães, Marcos Girão, Thais de Assunção (Equipe Marcos Girão)
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8.6.4. Formação EM "V" ou "CUNHA ABERTA" .............................................................................................................. 33 
8.6.5. Em LOSANGO ....................................................................................................................................................... 34 
8.7. EVACUAÇÃO ............................................................................................................................. 37 
8.7.1. REAÇÃO da Equipe ............................................................................................................................................... 38 
8.7.2. COBERTURA Corporal .......................................................................................................................................... 38 
8.7.3. EXECUÇÃO da Evacuação ..................................................................................................................................... 39 
9. A Escolta Motorizada ................................................................................................... 42 
9.1. Estruturação da Escolta Motorizada ....................................................................................... 43 
9.1.1. O Veículo do Dignitário ........................................................................................................................................ 44 
9.1.2. Os Veículos de Cobertura (ou de Segurança Aproximada) .................................................................................. 44 
9.1.3. O Veículo Varredura ............................................................................................................................................ 45 
9.1.4. O Veículo Fecha-Comboio.................................................................................................................................... 46 
9.1.5. Os Veículos Balizadores (motocicletas) ............................................................................................................... 46 
9.1.6. O Veículo Reserva ................................................................................................................................................ 47 
9.2. Armamento e Equipamentos da Escolta Motorizada ............................................................. 48 
9.3. Procedimentos da Escolta Motorizada ................................................................................... 49 
10. QUESTÕES DE SUA AULA ............................................................................................ 80 
11. GABARITO ................................................................................................................ 100 
 
 
 
 
Alexandre Herculano, Lucas Guimarães, Marcos Girão, Thais de Assunção (Equipe Marcos Girão)
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APRESENTAÇÃO 
Olá, caro aluno! 
Nesta aula, vamos continuar os estudos sobre a doutrina de Segurança de Dignitários, 
direcionando nossos esforços para tópicos imprescindíveis (e muito bons de prova!): técnicas, 
táticas e operacionalização, assim como o objeto e o modus operandi. 
 
I - SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS 
 
6. PLANEJAMENTO DA SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS 
A organização executora do serviço de segurança de autoridades não pode funcionar apenas na 
base da improvisação. É necessário que esta organização desenvolva a capacidade de determinar 
antecipadamente quais são os objetivos que devem ser atingidos e como se deve fazer para 
alcançá-los, escolhendo antecipadamente o melhor curso de ação e tomando no presente decisões 
que afetem o futuro, para reduzir sua incerteza. 
PLANEJAMENTO é a técnica ou processo que serve para lidar com futuro. 
Sendo o futuro não apenas inevitável, mas também incerto, essa incerteza aumenta na medida em 
que não se dispõe de informações não se tem controle sobre os acontecimentos. 
Para uma organização que possui a missão de proteger uma autoridade, o futuro toma-se incerto 
quando não existem suficientes informações sobre a conjuntura socioeconômica e política, o grau 
de risco e o tipo de ameaças a que está sujeita esta autoridade, as circunstâncias que envolvem 
determinada programação, a disponibilização de meios, etc. 
Portanto, o processo de planejamento é a ferramenta que as organizações usam para administrar 
suas relações com o futuro, sendo uma aplicação específica do processo decisório. 
Pela abrangência, podemos observar níveis distintos e hierarquizados de planejamento, onde 
consideramos o nível estratégico e o operacional, enquanto que o processo de planejamento 
pressupõe também a existência de ciclos contínuos de reflexão estratégica que permitam à 
organização executora do "serviço de segurança pessoal" buscar, permanentemente, os melhores 
caminhos (estratégias) para atingir seus resultados de curto e longo prazos. 
 
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6.1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
O planejamento estratégico corresponde a um trabalho mais amplo, que abrange toda a 
organização e é projetado para longo prazo, envolvendo a organização como uma totalidade. Por 
ser definido pela cúpula, subordina todos os outros tipos de planejamentos. 
Este tipo de planejamento refere-se à maneira pela qual a organização encarregada do serviço de 
segurança pessoal pretende aplicar suas estratégias para alcançar os objetivos propostos para a 
proteção da autoridade usuária desse serviço. Procura, dessa forma, adaptar com sucesso a 
organização ao seu ambiente, tendo como base para a sua formulação a descrição minuciosa dos 
aspectos externos e internos relevantes, pois quanto maior a instabilidade e complexidade do 
meio envolvente, maior a necessidade do enfoque sistêmico e do planejamento estratégico. 
 
6.2. PLANEJAMENTO OPERACIONAL 
Já o "planejamento operacional" é mais específico. Projetado para o curto prazo, envolve as 
tarefas isoladamente e preocupa-se com o alcance de metas específicas, sendo definido em nível 
operacional. 
O domínio do planejamento operacional está na definição das atividades e dos recursos 
necessários para a realização dos objetivos estratégicos e administrativos. 
O ponto de partida para a elaboração dos planos operacionais são os objetivos de nível mais alto 
(objetivos principais ou objetivos estratégicos). 
A organização precisa ter um processo de planejamento estruturado que garanta uma análise 
rigorosa das alternativas e dos recursos disponíveis, ainda mais quando existem várias alternativas 
para se atingir os resultados desejados, e que o atingimento de um resultado pode ser conflitante 
com a busca de outros, particularmente quando os recursos disponíveis são escassos. 
 
6.2.1. Elementos do Planejamento Operacional 
6.2.1.1. Missão 
O planejamento da segurança inicia com o recebimento da missão em que busca definir os 
aspectos fundamentais do seu cumprimento, tais como: o que a autoridade irá fazer, quando e 
onde será o evento, qual o prazo disponível, qual será o meio de deslocamento, quem irá 
acompanhar a autoridade, implicações quanto ao sigilo, considerações políticas e outros julgados 
úteis. 
A programação oficial é que, geralmente, condiciona as ações que serão planejadas e executadas. 
Normalmente já vem imposto e com muita pouca flexibilidade, o que ocasiona um esforço maior 
na execução da proteção da autoridade. 
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A autoridade deve ser estudada em detalhes, visando a identificação de suas características 
pessoais, personalidades e hábitos, para facilitar a definição da melhor proposta de execução da 
proteção. 
O grau de risco e a importância dessa autoridade devem ser considerados para a formulação do 
planejamento. 
A missão pode ser também a segurança de um determinado evento, a proteção de uma comitiva, a 
segurança de uma instalação ou ainda a segurança de material que seja de interesse para o serviço 
de segurança. 
 
6.2.1.2. Estudo de Situação 
Caracterizada a missão, inicia-se o estudo de situação, que corresponde à fase analítica em que 
ocorre a determinação de todos os fatores que vão influenciar na adoção de linhas de ação. Trata-
se de um processo lógico e ordenado de raciocínio para o exame de todos os fatores que possam 
influir no cumprimento da missão, para se chegar a uma decisão mais apropriada. 
A análise de riscos e o reconhecimento das vulnerabilidades no tocante a ameaças à integridade 
física, moral e psicológica da autoridade são realizados, via de regra, pela equipe de segurança, 
denominada equipe precursora, responsável pelo levantamento e confirmação de dados para o 
planejamento inicial da operação de segurança de autoridade, inclusive o levantamento das 
características socioeconômicos, psicossociais e culturais. 
Primeiramente deve ser considerado o cenário geográfico. São os locais de aparições em público e 
deslocamentos, que correspondem às áreas que serão frequentadas pela autoridade, bem como 
os itinerários que serão percorridos. Suas características interferem nas ações, razão pela qual 
requer um reconhecimento minucioso e um estudo detalhado. 
A equipe precursora deve reconhecer o local do evento em detalhes, buscando levantar dados 
importantes para a elaboração de um planejamento eficaz. Nenhuma dependência pode ser 
desconhecida da equipe e é importante que esse reconhecimento seja acompanhado do 
organizador ou responsável pelo local. 
Vejamos uma questão que trata das funções da equipe precursora: 
 
 
26. [CESPE – AGENTE MOTORISTA-SEGURANÇA – MPE/AM- 2008] Verificar condições do 
local e do público antes da passagem ou chegada da autoridade é responsabilidade da equipe 
de segurança ostensiva. 
 
Comentário: 
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Fácil, não é mesmo? Acabamos de ver que esse é o trabalho da equipe precursora, e não da 
ostensiva. 
Lembro a você que a equipe de segurança ostensiva é visível, identificável, compõe o 
perímetro de segurança pessoal e tem a função de atuar com sinergia em caso de real 
ameaçaà autoridade protegida. 
Gabarito: Errado 
 
Os itinerários devem ser minuciosamente reconhecidos e estudados, inclusive com a 
cronometragem e a marcação da quilometragem dos deslocamentos. Os pontos dominantes, 
pontos de risco e pontos de fuga devem ser considerados, bem como os locais que necessitam de 
policiamento. Deve-se considerar sempre a possibilidade de ocorrerem fatos que possam causar 
interferência visual, tais como manifestações, pichações, etc. 
Em seguida, deve ser considerada a presença de público, pois, normalmente, a autoridade 
protegida necessita interagir com o povo, principalmente nas situações em que ocorre grande 
ajuntamento de pessoas (solenidades oficiais, comícios, etc.). Daí a importância de se conhecer as 
características socioeconômicas, psicossociais, culturais, etc. O fator criminalidade e as 
possibilidades de ruptura da ordem pública são considerados em amplo aspecto, no que diz 
respeito à área de influência onde vai estar presente a autoridade protegida. 
Finalmente analisam-se as vulnerabilidades no tocante à efetivação de ameaças contra a 
autoridade protegida, incluindo-se a capacidade de defesa e de reação e às possibilidades de êxito 
dos elementos adversos. 
Após enfocar as vulnerabilidades deve-se proceder à busca pelas alternativas mais viáveis para 
superar as falhas e cumprir a missão. E a fase que correspondente à formulação das linhas de ação. 
Após esta formulação, cada linha de ação é analisada de acordo com as vantagens e desvantagens 
oferecidas, determinando as prováveis consequências de cada uma delas para, em seguida, 
compará-las. 
A fase final sobre a linha de ação selecionada é traduzida em uma decisão completa e detalhada. É 
nessa fase que se avaliam as necessidades e se desenvolvem os pedidos de pessoal, material e 
credenciamento, além de se definirem as missões específicas dos agentes de segurança pessoal. 
A estimativa inicial do número de agentes de segurança e a disposição dos mesmos são 
formuladas, conforme as necessidades para o cumprimento da missão, atribuindo-lhes 
responsabilidades e deveres específicos, designando um chefe para cada local sempre que 
possível. 
A avaliação do tipo e quantidade de material necessário para a realização da operação, inclusive o 
necessário para os bloqueios e isolamentos, também são indicados. Os meios disponíveis são, 
portanto, os recursos em pessoal e material colocados à disposição do Serviço de Segurança para o 
cumprimento da missão, devendo ser adequados e suficientes de acordo com a importância da 
autoridade e com a conjuntura do momento, sendo que estes condicionam o emprego de 
diferentes meios e a montagem das propostas de execução. 
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Credenciamento de todo o pessoal empenhado na segurança e no apoio, como também os 
convidados, jornalistas, etc. Para tanto, utilizam-se distintivos de lapela, cartões de identificação, 
cartões para o para-brisa dos veículos, etc. 
Estabelecimento das ligações com as autoridades locais através de contatos com os órgãos de 
segurança e de apoio que necessitem ser envolvidos para que seja possível a realização do evento. 
Locais de atuação e atribuições gerais de cada elemento de apoio (policiamento ostensivo, 
dispositivo de trânsito, etc.). 
É o momento em que a segurança realiza a ambientação com a área de atuação. 
 
 
27. [CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TST – 2008] Uma equipe de profissionais 
responsável pela segurança de uma autoridade do poder executivo tem a missão de 
acompanhá-la e protegê-la em uma solenidade em que, conforme notícias, um grupo de 
pessoas pretende confrontá-la publicamente. O espaço destinado ao evento é um auditório 
fechado com capacidade para dois mil lugares. Para essa situação, é correto que seja 
elaborado um planejamento de segurança, para o qual deverão ser coletadas informações 
inerentes ao evento, tais como número de participantes, controle de entrada, identificação 
de participantes, levantamento do local, grau de risco a que estará exposta a autoridade, 
entre outras. 
 
Comentário: 
É exatamente na fase do PLANEJAMENTO OPERACIONAL, principalmente na definição da 
MISSÃO, que todos esses detalhes precisam ser cuidadosamente definidos. Uma equipe de 
segurança que bem planeja todas as suas ações, considerando, principalmente, o grau de 
risco e a importância da autoridade protegida, certamente logrará êxito em suas missões. 
Gabarito: Certo 
 
6.2.1.3. Atividade de Inteligência 
Os dados e informações constituem-se em elementos fundamentais para o planejamento. Eles são 
obtidos através dos organizadores dos eventos, jornais, revistas, rádios, televisão e órgãos oficiais. 
A coleta de informações proporciona o conhecimento das adversidades existentes ou potenciais, 
possibilitando condições de planejamento para maior proteção à autoridade. Os assuntos de 
interesses políticos ou de foro íntimo da autoridade são considerados desde que não exponham a 
sua intimidade. 
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Essencial para a realização do planejamento de qualquer operação de segurança de autoridade, 
deve ser realizada de forma permanente e contínua para obtenção de informações nas mais 
diversas áreas, principalmente na segurança pública. 
 
6.2.1.4. Reuniões Preparatórias 
Através destas se estabelece os locais de atuação e atribuições gerais dos elementos de apoio 
(policiamento ostensivo, dispositivo de trânsito, etc.). 
Nela se estabelecem os planos de controle da população no local de aparição, nos pontos de 
chegada e saída da autoridade, bem como a distância entre a autoridade e os expectadores, sendo 
estas distâncias mantidas mediante o emprego de policiais e barreiras. 
Procura envolver, para o caso de eventual necessidade, a participação de órgãos responsáveis por 
outros serviços que possam ser úteis para a segurança de autoridades, tais como bombeiros, 
serviço de saúde, energia elétrica, reboques, caminhões pipas, etc. 
 
6.2.1.5. Treinamento 
O planejamento de segurança é colocado em execução com um treinamento. Nessa oportunidade, 
é verificado o dispositivo adotado, a compreensão das missões atribuídas, as providências para as 
emergências e os perigos e as possíveis falhas do planejamento. 
Nesta oportunidade verifica-se a necessidade de alteração do plano final. Para a consolidação do 
plano final, há o desencadeamento das providências quando se inclui o treinamento, com a 
finalidade de se aplicar às medidas previstas e verificar a sua eficiência. 
Esse treinamento ou ensaio é conduzido desde que não prejudique o sigilo atribuído à missão. 
Sempre que houver necessidade o plano final é alterado, de modo que a autoridade tenha à sua 
disposição melhor sistema de segurança possível. 
 
6.2.1.6. Plano de Ação 
Após serem avaliados os dados obtidos nos reconhecimentos, reuniões e treinamentos, é 
elaborado o planejamento final, que deverá incluir itens sobre as medidas administrativas, as 
comunicações, o credenciamento, o controle de pessoas e as ordens aos agentes participantes. 
 
6.2.1.7. Execução da Missão 
O dispositivo da segurança deverá ser montado com antecedência em relação à realização do 
evento. O dispositivo é instalado, de modo que os agentes ocupem suas posições, as vistorias 
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sejam executadas sem a presença do público e as pessoas participantes sejam orientadas para os 
lugares adequados. 
A missão da segurança pessoal é executada de acordo com o planejamento. A flexibilidade é 
aspecto fundamental, devendo orientar a atividade de acordo com as possíveis alterações, no 
entanto estas não devem provocar surpresa à equipe de segurança. 
 
7. O ITINERÁRIO 
Outro bom foco de questões de concursos tem a ver com a seleção de itinerários para o 
deslocamento da autoridade protegida. Desta forma, faço questão de abordar em detalhes sobre o 
tema, frente a grande importância para provas de concursos. 
Ponto sensível para a proteção de autoridades, erros no planejamento do itinerário podem ser 
FATAL na medida em que pode representar momento de grande exposição e vulnerabilidade. 
O itinerário deve ser entendido como sendo o caminho ou percurso pelo qual se desloca um 
dignitário, a pé ou com a utilização de um meio de transporte. Constitui-se, portanto, em todo e 
qualquer deslocamento de uma pessoa protegida de um local para outro, seja a pé ou motorizado 
e que acarrete em algum tipo de exposição ao público. 
Esta exposição da pessoa protegida representa sempre uma situação de grande vulnerabilidade, a 
despeito de todas as medidas preventivas que venham a ser adotadas. Esse fato é comprovado 
pelo registro de inúmeros atentados praticados contra governantes e celebridades no decorrer da 
história e que foram perpetrados exatamente ao longo de algum tipo de itinerário. 
Uma das razões deste fenômeno é a divulgação do evento e do roteiro a ser seguido pelo 
dignitário, possibilitando o tempo necessário para a preparação da ação agressora. Por esse 
motivo, os itinerários devem ser metodicamente escolhidos e preparados, assegurando a proteção 
adequada ao dignitário. 
Outra razão se deve aos deslocamentos rotineiros entre residência e local de trabalho, dois 
destinos habituais de qualquer dignitário e que apresentam pouca variação quanto a horário e 
percurso. Desses itinerários habituais os sequestradores escolheram exatamente as ruas estreitas 
e de pouco movimento para executar o sequestro. 
 
 
 
Portanto, para se chegar ao itinerário mais seguro é necessário que haja o 
planejamento apropriado, com o estabelecimento de vias alternativas e, sempre que 
possível, com o reconhecimento do percurso e o local de destino do protegido. 
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É imprescindível que a escolha de um itinerário seja baseada nestes critérios, mas podem, 
também, ocorrer situações em que o itinerário é definido somente de última hora (inopinado), não 
possibilitando a adoção de medidas de segurança apropriadas. 
A diversidade dos itinerários pode ser resumida da seguinte forma: 
 
7.1. ITINERÁRIO PRINCIPAL 
A princípio o itinerário principal deve ser o mais seguro possível, escolhido prioritariamente 
através de um planejamento adequado e do consequente reconhecimento do percurso. 
 
7.2. ITINERÁRIO ALTERNATIVO 
No caso de alteração ou modificação dos fatores condicionantes iniciais, que inviabilizam ou 
desaconselham a utilização do itinerário principal, deve ser utilizado o itinerário alternativo, que 
também deve ser indicado logo na fase preliminar do planejamento da operação de segurança. 
 
7.3. ITINERÁRIOS EVENTUAIS 
O conhecimento de todas as opções de percurso possibilita também a utilização de itinerários 
eventuais, por motivo de perigo ou emergência, que seriam ramificações do itinerário principal ou 
do itinerário alternativo, utilizados no caso de abandono do itinerário usado. Itinerários 
inopinados, ou súbitos, de improviso, devem ser evitados! 
 
7.4. PONTOS CRÍTICOS E PONTOS DE APOIO 
É extremamente importante a identificação dos pontos críticos e dos pontos de apoio que estejam 
inseridos ao longo do percurso. 
Os pontos CRÍTICOS (ou DE RISCO) são os locais que, por suas características, oferecem situações 
de risco, tais como viadutos, curvas acentuadas, obras ao longo de uma via, lombadas ou 
depressões que obrigam o comboio a reduzir a velocidade, etc. 
Os pontos DE APOIO (ou DE FUGA) seriam todos os locais que servem para acolhimento e 
proteção da autoridade no caso de perigo ou emergência, ou para a colocação de meios auxiliares 
ao deslocamento, tais como quartéis, delegacias, hospitais, repartições públicas em geral, etc. 
Olha só duas questõezinhas simples: 
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28. [CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TRE/AL – 2004] Para garantir a segurança de 
autoridades e evitar agressões físicas, danos morais e até mortes, foram criados grupos 
especializados formados por indivíduos treinados e bem aparelhados. Tráfego intenso, sinais 
luminosos, passarelas, túneis, vias com vegetação lateral, lombadas, subidas íngremes e 
obras são alguns dos pontos críticos quanto à segurança durante o transporte de uma 
autoridade. 
 
Comentário: 
Parece até que foi tirada de nosso material!! (rsrs) Os pontos críticos são aqueles que podem 
causar algum tipo de risco para o trajeto da autoridade e devem ser cuidadosamente 
pensados e cuidados. 
Gabarito: Certo. 
 
29. [CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TJDFT – 2008] O itinerário a ser percorrido pelo 
dignitário deve, o quanto possível, restringir-se ao conhecimento da assessoria de segurança. 
 
Comentário: 
Alguma dúvida de que está certa a questão? 
Em se tratando da escolha do itinerário, item bastante sensível para a segurança, faz-se 
extremamente necessário que a equipe de segurança o mantenha em total sigilo, a fim de se 
resguardar ao máximo das ações de elementos adversos. 
Gabarito: Certo. 
 
7.5. SELEÇÃO DO ITINERÁRIO PARA DESLOCAMENTO A PÉ 
 
 
 
 
 
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Os deslocamentos a pé expõem a pessoa protegida a um ambiente que geralmente representa 
uma situação de risco. Diversas vulnerabilidades surgem em decorrência dessa exposição, 
principalmente quando é necessário manter a proximidade da autoridade com algum ajuntamento 
de pessoas. 
Diante dessa realidade, os itinerários a pé devem ser escolhidos com base em um reconhecimento 
antecipado e planejado adequadamente, em trajetos que possibilitem coordenação, controle, 
flexibilidade e o maior nível de segurança possível. 
Para os deslocamentos a pé dá-se preferência aos itinerários de curta distância, pouca duração, 
cobertos e abrigados, de fácil localização e sem obstáculos, visando a evitar a exposição 
desnecessária do dignitário. 
Outro fator que acentua a vulnerabilidade dos deslocamentos a pé se dá nos casos em que o 
dignitário "interfere" no deslocamento planejado, optando por outro de sua própria escolha. 
 
 
 
Tomando o dignitário uma iniciativa própria de mudar o itinerário, ele DEVERÁ SER 
ALERTADO PELA SEGURANÇA a respeito dos riscos e desestimulado a adotar tal atitude. 
 
Porém, se for mantida a alteração do percurso por parte do protegido, cabe à segurança procurar 
reforçar seu esquema tático e, se for o caso, acionar outros meios, em apoio à segurança pessoal. 
O conhecimento dessa informação por todos os envolvidos no "sistema de segurança" é 
fundamental para que o dispositivo seja reajustado. 
 
7.6. PLANEJAMENTODO ITINERÁRIO P/ DESLOCAMENTO A PÉ 
O planejamento sobre qualquer deslocamento a pé representa um procedimento específico 
destinado a subsidiar um planejamento mais abrangente (Planejamento Operacional da Segurança 
de Dignitários). Este procedimento inclui os seguintes itens, que podem influir no resultado da 
missão: 
 
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➢ Conhecimento da missão - possuindo o CONHECIMENTO ANTECIPADO dos detalhes sobre 
o itinerário a pé a ser realizado pelo dignitário, seja através de uma programação 
previamente elaborada ou através de uma rotina já estabelecida para o serviço, a 
segurança pessoal passa a fazer a análise dos dados, valendo-se de mapas ou croquis do 
local, fazendo os primeiros levantamentos e avaliações dos caminhos possíveis de serem 
utilizados. Nessa fase, os tópicos referentes às características dos itinerários são 
considerados, e é estabelecida uma prioridade; 
➢ Data e horário - o conhecimento antecipado sobre a data e horário em que será realizado 
determinado itinerário a pé é importante para possibilitar uma previsão das condições 
atmosféricas, de temperatura e de luminosidade; 
➢ Local de origem e de destino - normalmente definem o trajeto de deslocamento a pé e são 
locais indicativos da permanência rápida ou demorada da autoridade, o que desfavorece a 
segurança nos casos de local descoberto; 
➢ Roteiro - o roteiro do deslocamento a pé é definido a partir dos locais de origem e de 
destino. Preferencialmente os trajetos a pé devem ser curtos e de pequena duração. 
Sempre que possível deve-se utilizar itinerários alternativos, de uma forma que favoreça a 
segurança; 
➢ Meios de transporte utilizados, antes e depois do deslocamento: o meio de transporte 
pode restringir o número de agentes de segurança a serem deslocados, o que obriga, em 
alguns casos, ao deslocamento antecipado de agentes para os locais de origem e de destino 
da autoridade; 
➢ Acompanhantes - o dignitário pode ser acompanhado por outras autoridades, público, 
imprensa e pessoal de apoio. A quantidade de acompanhantes deve ser levantada para 
efeito de planejamento, pois as condições do trajeto podem dificultar o movimento e a 
circulação, inclusive da própria segurança; 
➢ Procedimentos de emergência - no planejamento são verificadas as rotas de fuga para 
atender a qualquer emergência ou situação de perigo. Para tanto, itinerários de 
emergência são reconhecidos, tendo por base o itinerário principal e os alternativos; 
➢ Reconhecimento - todo deslocamento a pé deve ter itinerário reconhecido pela segurança 
pessoal. Devem ser levantados todos os dados que possam influir de maneira positiva ou 
negativa no fluxo da autoridade e acompanhantes. Se as condições permitirem, serão 
reconhecidos itinerários alternativos e de emergência; 
➢ Treinamentos - sempre que possível o deslocamento a pé é ensaiado. Quanto maiores as 
dificuldades e os riscos, mais importantes se tornam os ensaios; 
➢ Execução - o êxito dos deslocamentos a pé está diretamente ligado ao reconhecimento, à 
implantação das medidas de coordenação e controle e ao preparo da segurança. A 
execução é conduzida em coordenação com a equipe de cerimonial que, em alguns casos, 
tem a missão de orientar o dignitário sobre a sequência do evento. 
 
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7.7. PLANEJAMENTO DO ITINERÁRIO P/ DESLOCAMENTO MOTORIZADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O planejamento sobre qualquer deslocamento motorizado representa um procedimento específico 
destinado a subsidiar um planejamento mais abrangente e complexo (planejamento Operacional 
da Segurança de Autoridade). Este procedimento inclui os seguintes itens, que podem influir no 
resultado da missão: 
 
➢ Conhecimento da missão - possuindo o conhecimento antecipado dos detalhes sobre o 
itinerário motorizado a ser realizado pela autoridade, seja através de uma programação 
previamente elaborada ou através de uma rotina já estabelecida para o serviço, a segurança 
pessoal passa a fazer a análise dos dados, valendo-se de mapas ou croquis do local, fazendo 
os primeiros levantamentos e avaliações dos caminhos possíveis de serem utilizados. Nessa 
fase os tópicos referentes às características dos itinerários são considerados, e é 
estabelecida uma prioridade; 
➢ Data e horário - o conhecimento antecipado sobre a data e horário em que será realizado 
determinado itinerário motorizado é importante para possibilitar uma previsão das 
condições atmosféricas, de temperatura e de luminosidade, bem como as CONDIÇÕES DE 
TRÁFEGO E FLUIDEZ DO TRANSITO; 
➢ Roteiro - o roteiro do deslocamento é definido a partir da origem e do destino. Os trajetos 
motorizados podem ser curtos e de pequena duração ou longos e demorados, como os 
deslocamentos rodoviários. 
 
Sempre que possível deve- se utilizar itinerários alternativos, de uma forma que favoreça a 
segurança; 
 
➢ Reconhecimento do itinerário - após a análise dos dados é realizado o reconhecimento, 
considerando-se a programação da autoridade, o tipo de deslocamento e os dados obtidos 
na fase de planejamento, corrigindo ou confirmando a prioridade inicial. Para tanto devem 
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ser observados os aspectos da segurança, da comodidade e do interesse político. Na fase de 
reconhecimento, os itinerários motorizados devem ser percorridos sempre no sentido 
previsto para o deslocamento da autoridade e, de preferência, NO MESMO HORÁRIO 
PREVISTO NA PROGRAMAÇÃO. Quando a programação for realizada à noite, é importante 
não só a realização do percurso no mesmo horário previsto na programação oficial, para se 
adaptar principalmente à luminosidade, mas também o reconhecimento diurno, para se 
obter o conhecimento detalhado do percurso. São reconhecidos também os itinerários 
alternativos e eventuais, os pontos críticos e de apoio, principalmente os que conduzem aos 
hospitais de sobreaviso e os que permitem a fuga. Nessa oportunidade devem ser avaliadas 
as possibilidades de um atentado, a quantidade de pessoal, e o material necessário para 
oferecer segurança em todo o itinerário; 
➢ Seleção dos itinerários - após o reconhecimento e avaliadas todas as componentes, é feita a 
seleção dos itinerários principal, alternativos ou secundários e eventuais. A escolha do 
itinerário deve preferencialmente recair sobre o itinerário mais protegido e seguro, mesmo 
que não seja o mais curto; 
➢ Treinamento - havendo disponibilidade de tempo deve ser realizado um treinamento, 
conferindo o dispositivo adotado, a compreensão das missões distribuídas, as providências 
em caso de emergência e as possíveis falhas de planejamento. 
 
No dia do evento, após a montagem do dispositivo, antes do deslocamento da autoridade e COM 
BOA ANTECEDÊNCIA, é realizada uma inspeção final, com o intuito de vistoriar o itinerário e 
detectar alguma incorreção do dispositivo ou evidência de perigo. 
De certa forma, a pessoa protegida fica vulnerável diante de qualquer situação de deslocamento, 
seja em maior ou menor grau. Porém o risco poderá ser minimizado com a elaboração de um 
efetivo planejamento e com a adoção de algumas regras importantes (adoradas pela FCC), tais 
como: 
 
 
 
✓ evitar rotina, mudando horários, percursos e tipo de veículo,se considerar necessário; 
✓ manter sigilo sobre datas e horários; 
✓ fazer o reconhecimento prévio do percurso antes de conduzir a "pessoa protegida”; 
✓ adotar velocidade segura; 
✓ manter atenção redobrada para os pontos críticos, posicionando o policiamento sempre 
que possível; 
✓ utilizar o caminho mais seguro, mesmo que seja mais longo; 
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✓ usar veículos semelhantes; 
✓ adotar itinerários alternativos devidamente reconhecidos; 
✓ viabilizar uma rede de comunicação (em caso de comboio); 
✓ conduzir equipamento especializado para utilização na viatura de segurança. 
 
 
Finalizamos mais um tópico superimportante! 
Vamos ver como o assunto foi cobrado: 
 
 
30. [FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU - 2007] Com relação à segurança de dignitários, 
na escolha de trajetos apropriados a serem utilizados, a equipe de segurança deve considerar 
como adequados, dentre outros, os aspectos: 
(A) o reconhecimento do planejamento do dignitário e as condições de tráfego do trajeto. 
(B) a vontade do dignitário na decisão do trajeto e a execução das ações de segurança. 
(C) a preparação e o planejamento do dignitário, bem como a execução das ações de 
emergência. 
(D) a determinação da vontade do dignitário e o reconhecimento da região de destino. 
(E) o exame em carta (mapa), o reconhecimento dos trajetos e áreas de destino, bem como o 
planejamento das ações de segurança decorrentes. 
 
Comentário: 
Primeiro de tudo: é preciso que você preste bastante atenção no enunciado da questão. Ele 
pede os aspectos mais adequados a serem considerados pela equipe de segurança quando da 
escolha de trajetos, ou seja, de itinerários. Então, dentre as alternativas, você deve escolher 
a mais apropriada, a que traz mais requisitos de acordo com tudo que você estudou. Vamos 
aos itens! 
Item A - As condições de tráfego no trajeto devem ser, de fato, consideradas. Porém, o 
reconhecimento do planejamento do dignitário não cai muito bem, quando se trata de 
procedimento mais adequado para escolha de trajeto. (Errado) 
Item B - Lembre-se que, na escolha do melhor trajeto, a opinião do dignitário deve ser a 
última a ser ouvida. Um dignitário que respeita sua equipe de segurança sabe que ela 
estudará e planejará o trajeto que oferecerá para ele a melhor condição de segurança. O 
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dignitário deve evitar ao máximo determinar qual deva ser o seu melhor trajeto, pois sua 
equipe está mais tecnicamente preparada para isso. (Errado) 
Item C - A preparação do dignitário não é o fator mais importante nem o aspecto mais 
relevante para o planejamento do trajeto. A equipe de segurança deve conhecer a agenda do 
dia do protegido, as intenções de destinos do dignitário, mas esse não é o aspecto mais 
adequado para a escolha do melhor trajeto. (Errado) 
Item D - O reconhecimento da região de destino é aspecto crucial na escolha do melhor 
trajeto, mas repito: a vontade do dignitário não deve ser prioritariamente considerada nesta 
hora. (Errado) 
Item E - Pronto, isso mesmo! Esses são os aspectos mais importantes na escolha do itinerário. 
Leve-os para a sua prova! (Certo) 
Gabarito: Letra “E”. 
 
31. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/9ª – 2010] Sobre deslocamento de 
dignitários, considere: 
I. Os deslocamentos (a pé ou transportado) são as situações mais vulneráveis às quais uma 
autoridade pode se submeter. 
II. Um dos objetivos da segurança é se antecipar às ações de risco. 
III. O reconhecimento do itinerário deve ser realizado assim que for definido todo o esquema 
de segurança. 
Está correto o que consta em 
(A) I e II, apenas. 
(B) I, II e III. 
(C) II, apenas. 
(D) III, apenas. 
(E) I e III, apenas. 
 
Comentário: 
Item I - Exatamente! Os deslocamentos por si só já deixam a autoridade em uma situação 
mais delicada, pois sua visibilidade aumenta e, consequentemente, sua vulnerabilidade. 
(Certo) 
Item II - Pois é!! Já vimos que o maior foco da segurança e de seu planejamento é a 
prevenção. (Certo) 
Item III - Uma pegadinha interessante! Vimos que, para se chegar ao itinerário mais seguro, é 
necessário que haja o planejamento apropriado, com o estabelecimento prévio de vias 
alternativas e, sempre que possível, com o reconhecimento do percurso e o local de destino 
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do protegido. O reconhecimento do itinerário deve ser feito antes de definido todo o 
esquema de segurança, pois tal definição é um dos componentes essenciais do 
planejamento. Lembre-se disso, beleza? (Errado) 
Gabarito: Letra “A”. 
 
32. [FCC – TECNICO JUD. ESPEC. SEGURANÇA – TRT/6ª – 2012] Sobre as técnicas, táticas e 
modus operandi da segurança de dignitários, é correto afirmar que 
(A) a atuação descaracterizada do segurança facilita ações preventivas, pelo fato de estar 
desuniformizado. 
(B) a lealdade e a sinceridade, independentes dos desdobramentos, são alguns parâmetros 
de conduta por parte do segurança. 
(C) reuniões antes do uso, pela primeira vez, do plano de segurança são ineficazes na 
segurança de dignitários. 
(D) a execução do plano de segurança deve ser colocado em prática logo após sua elaboração 
escrita. 
(E) sempre haverá distinção entre o modus operandi utilizado para a segurança de pessoas e 
do empregado para empresas. 
 
Comentário: 
Item A – Errado! Você já deve ter percebido que esse item é bastante recorrente em provas 
FCC. É de extrema importância que você saiba diferenciar a ação caracterizada da ação 
descaracterizada. Sabendo essa diferença, já terá uma questãozinha na mão! Repetindo: 
Geral ou institucional, a operação da segurança das pessoas pode ser desencadeada: 
De forma caracterizada, quando os agentes atuam, ostensiva ou veladamente, com 
envolvimento direto nas ações ou reações desencadeadas. 
Atuando ostensivamente, a segurança das pessoas utiliza o próprio caráter ostensivo de suas 
ações - seja pela atitude, pelo uso de uniformes ou pelos equipamentos empregados – como 
instrumentos da segurança que busca proporcionar. 
Atuando veladamente, seus agentes operam não uniformizados e com bastante discrição, 
embora sem ocultar completamente sua condição de profissionais de segurança. 
De forma descaracterizada, quando os agentes atuam secretamente e, em princípio, não se 
envolvem diretamente nas ações. 
Operando de forma descaracterizada, os agentes ocultam completamente essa sua condição 
e atuam secretamente direcionados para a prevenção, evitando, salvo em situações 
extremas, o envolvimento direto em ações ou reações, tendo em vista manterem-se 
incólumes. 
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A banca tenta lhe confundir insinuando que estar desuniformizado é o mesmo que estar 
descaracterizado. Pelos conceitos acima, temos que a atuação não uniformizada é a atuação 
caracterizada e velada. 
Item B - Verdade! O agente de segurança deve possuir ou desenvolver qualidades 
intelectuais, morais, físicas e psicológicas necessárias ao bom desempenho da atividadede 
segurança pessoal. Dentre as qualidades morais, temos a lealdade e a honestidade (ou 
sinceridade). 
A lealdade é uma qualidade intrínseca do agente de segurança pessoal. Deve existir sempre o 
forte compromisso do agente de segurança com a atividade que exerce, mantendo-se o 
mesmo totalmente livre de influência política, ideológica, religiosa ou qualquer outra que 
afete seu desempenho ou comprometa o serviço. 
A probidade do agente de segurança (sinceridade) possibilita resguardar o dignitário de 
possíveis traições ou indiscrições. Pela importância atribuída ao dignitário, o agente de 
segurança pode ser um elemento visado e tentado a ser corrompido ou cooptado a fim de 
permitir facilidade para uma aproximação inoportuna ou até mesmo comprometimento da 
segurança do dignitário. 
Logo, seja qual for o desdobramento, podemos concluir que a sinceridade e a lealdade nunca 
poderão deixar de existir como parâmetros de conduta por parte do segurança. (Certo) 
Item C - O planejamento da segurança inicia-se com o recebimento da missão, em que busca 
definir os aspectos fundamentais do seu cumprimento, tais como: o que a autoridade irá 
fazer, quando e onde será o evento, qual o prazo disponível, qual será o meio de 
deslocamento, quem irá acompanhar a autoridade, implicações quanto ao sigilo, 
considerações políticas e outros julgados úteis. 
Nesse contexto, temos a importância da realização de reuniões preparatórias. Através destas 
se estabelece os locais de atuação e atribuições gerais dos elementos de apoio (policiamento 
ostensivo, dispositivo de trânsito, etc.). Nelas, se estabelecem os planos de controle da 
população no local de aparição, nos pontos de chegada e saída da autoridade, bem como a 
distância entre a autoridade e os expectadores, sendo estas distâncias mantidas mediante o 
emprego de policiais e barreiras. 
Após serem avaliados os dados obtidos nos reconhecimentos, reuniões e treinamentos, é 
elaborado o planejamento final, que deverá incluir itens sobre as medidas administrativas, as 
comunicações, o credenciamento, o controle de pessoas e as ordens aos agentes 
participantes. Como dizer então que tais reuniões são ineficazes?? Invenção da banca! 
(Errado) 
Item D - Nem sempre! A organização precisa ter um processo de planejamento estruturado 
que garanta uma análise rigorosa das alternativas e dos recursos disponíveis. Isso fica mais 
latente quando existem várias alternativas para se atingir os resultados desejados e que o 
atingimento de um resultado pode ser conflitante com a busca de outros, particularmente 
quando os recursos disponíveis são escassos. 
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A missão da segurança pessoal é executada de acordo com o planejamento. Nem sempre há 
a possibilidade de que o plano tenha uma versão escrita para ser colocado em prática. A 
flexibilidade é aspecto fundamental, devendo orientar a atividade de acordo com as possíveis 
alterações. No entanto, estas alterações não devem provocar surpresa à equipe de 
segurança. (Errado) 
Item E - A Segurança das Pessoas tornou evidente a existência de dois universos distintos, 
mas expressivamente inter-relacionados: o ambiente privado dos indivíduos ou grupos 
(segurança VIP) e o ambiente corporativo das empresas (Segurança de Dignitários). 
Para a sua prova FCC, é muito importante saber que, tanto em um ambiente quanto no 
outro, o modus operandi é o mesmo: opera-se a segurança atuando de forma caracterizada, 
agindo velada ou ostensivamente, ou de forma descaracterizada, agindo secretamente, 
sempre observando os mesmos fundamentos técnicos e operacionais. O item equivoca-se ao 
afirmar que sempre haverá distinção entre o modus operandi utilizado para a segurança de 
pessoas e do empregado para empresas. De forma alguma! (Errado) 
Gabarito: Letra “B”. 
 
33. [FCC – TECNICO JUD. SEGURANÇA E TRANSP. – TRF/2ª – 2012] Com relação à Segurança 
de Dignitários, é correto afirmar: 
(A) Nos casos de eventos adversos, o protegido é quem dará a ordem final sobre a sua 
segurança. 
(B) A formação policial já credencia e habilita o agente para o exercício da atividade de 
segurança de dignitários. 
(C) Quando o agente atua de forma descaracterizada, ainda assim, ele pode e deve agir de 
forma preventiva. 
(D) Atuando de forma velada, o agente oculta completamente a sua condição e atua 
secretamente. 
(E) Deve-se agir, principalmente, na forma repressiva. 
 
Comentário: 
Item A - A maior colaboração do dignitário para com a sua própria segurança seria ouvir e 
atender as informações e sugestões do seu serviço de segurança, evitando que esse mesmo 
serviço adote uma ação que se desenvolva parcial e sigilosamente, o que dificultaria muito o 
trabalho, e elevaria o risco. 
Com relação ao protegido, em nossa Aula 00 destacamos a importância de não esquecer que 
sua equipe de segurança deve, entre outras medidas: 
→ Deixar claro ao protegido quem decide no caso de eventos adversos; 
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Assim, tenha sempre em mente que em casos adversos não é o protegido quem dará a 
ordem final sobre a sua segurança. Essa responsabilidade é da sua equipe de segurança! 
(Errado) 
Item B - Opa! Ser policial não credencia automaticamente alguém para o exercício da 
atividade de segurança de dignitários, não! 
Até pode ser, mas a figura do agente de segurança corresponde à do profissional (policial, 
militar, segurança privada, etc.) que possui a atribuição legal para salvaguardar a integridade 
física e psicológica de um "dignitário protegido", cuja atuação deve ser sempre orientada 
por um conjunto de métodos e procedimentos padronizados e corretamente assimilados e 
treinados. 
Este "agente de segurança" deve possuir ou desenvolver qualidades intelectuais, morais, 
físicas e psicológicas necessárias ao bom desempenho da atividade de segurança pessoal, 
sendo imprescindível que o mesmo seja submetido a um rigoroso processo de seleção antes 
de assumir a função, no intuito que possa ser avaliado quanto aos seus atributos pessoais. 
(Errado) 
Item C - Isso mesmo! Quando o agente atua de forma descaracterizada, atua secretamente 
e, em princípio, não se envolve diretamente nas ações. 
Operando de forma descaracterizada, o agente oculta completamente essa sua condição e 
atua secretamente direcionado para a prevenção, evitando, salvo em situações extremas, o 
envolvimento direto em ações ou reações, tendo em vista manterem-se incólumes. (Certo) 
Item D - Nossa banca adora esse assunto! Vamos repetir até você não esquecer nunca mais: 
Geral ou institucional, a operação da segurança das pessoas pode ser desencadeada de forma 
caracterizada, quando os agentes atuam, ostensiva ou veladamente, com envolvimento 
direto nas ações ou reações desencadeadas. 
Atuando veladamente, seus agentes operam não uniformizados e com bastante discrição, 
embora sem ocultar completamente sua condição de profissionais de segurança. 
É na forma descaracterizada que os agentes atuam secretamente. (Errado) 
Item E - Nessa afirmação tenho certeza que você, meu estimado aluno do Estratégia, não cai 
mais! O segurança de pessoas deve agir como um "evitador de problemas", prevenindo e 
atuando nas situações de crises e evitando acidentes de toda ordem, agindo, também, em 
emergências medicas, situações embaraçosas ou em contrariedades. Nunca esqueça: o foco 
principal da segurança é a prevenção e não a reação. (Errado) 
Gabarito: Letra “C”. 
 
 
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8. A ESCOLTA PESSOAL 
 
 
 
 
 
 
 
A escolta pessoal é um procedimento de segurança compreendido como sendo a utilização de um 
agente ou de um grupo de agentes, que tem por atribuição realizar o acompanhamento 
aproximado de uma "pessoa protegida" nas mais diversas situações, principalmente naquelas em 
que o protegido se exponha ao público, seja diante de multidões ou na presença de transeuntes 
habituais, tendo muitas das vezes de se movimentar livremente e de forma discreta. 
Numa sociedade livre, onde o acesso aos líderes faz parte da democracia, as necessidades e os 
desafios de um serviço de segurança aumentam em consequência da exposição pública do 
dignitário e da proximidade indiscriminada deste com pessoas desconhecidas. 
Tomando como exemplo a execução de um esquema de proteção de uma autoridade 
governamental, observa-se que a doutrina estabelece, para sua execução, a adoção de círculos ou 
perímetros, que são dispositivos de segurança apropriados para a cobertura de todos os espaços 
em que a autoridade está inserida, propiciando contiguidades de segurança, na medida do 
possível. 
A escolta pessoal equivaleria ao PERÍMETRO DE SEGURANÇA PESSOAL, que é o dispositivo mais 
interno, que atua junto ao protegido o tempo todo. 
No caso da segurança de autoridades governamentais, tal dispositivo é invariavelmente 
complementado, com o reforço das ações especializadas (detecção de ameaças/varredura) e pelo 
perímetro de segurança pública (policiamento ostensivo / esquema de isolamento / dispositivo de 
trânsito). 
Portanto, a escolta pessoal é o núcleo básico de todo o esquema de segurança de dignitários e 
representa a última linha de defesa da “pessoa protegida". Os agentes de segurança devem estar 
aptos a impedir qualquer ameaça dirigida para a "pessoa protegida". Deve merecer atenção 
constante a necessidade da cobertura corporal do protegido por um elemento de segurança que 
esteja sempre próximo ou em condições de aproximar-se rapidamente. 
Cada agente deve estar totalmente concentrado em sua área de responsabilidade durante a 
formação, com cada arco de cobertura visual sobrepondo aquele de outro agente, obedecendo a 
um sistema elástico, que consiste em estar mais aproximado do protegido em locais de maior 
risco, (concentração populares, comícios, etc.) e relativamente afastado em locais de menor risco 
(hotéis, residências, etc.). 
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A imagem da pessoa protegida deve ser preservada pela adoção de um comportamento 
discreto dos agentes de segurança, de forma a não chamar atenção para sua 
atividade. Para neutralizar o risco ou minorá-lo, é de suma importância o correto 
posicionamento tático da equipe de segurança. As formações de segurança devem 
adaptar-se tanto ao ambiente como às circunstancias, cuidando para NÃO SER 
desnecessariamente rigorosa ou arriscadamente descuidada. 
 
A variação do número de integrantes da escolta a pé pode modificar de acordo com diversos 
fatores, porém sua atuação será necessariamente lastreada em um posicionamento tático 
apropriado. 
 Existem diversas regras básicas que são importantes para regular a atuação de uma escolta, tais 
como: 
 
➢ Formações flexíveis - as formações devem adaptar-se ao ambiente como também à 
situação vivida, isto é, não podem pela sua rigidez prejudicar a imagem do dignitário e nem 
pelo seu relaxamento colocar em risco a vida do mesmo. A adequação do esquema de 
segurança ao estilo do protegido representa um amoldamento do serviço que deve atender 
a limites de razoabilidade. 
➢ Cobertura do corpo - Uma das preocupações constantes da segurança é a de que o corpo 
do dignitário tem que estar sempre resguardado pelo corpo de um agente de segurança ou 
por outra pessoa que faça parte da comitiva que acompanha o dignitário, servindo de 
anteparo contra ameaças, principalmente quando a "pessoa protegida" estiver em locais 
que representam um risco, mesmo que remoto, à sua integridade física e moral. 
➢ Preservar a imagem do dignitário - Esta deve ser uma preocupação constante da segurança 
pessoal. Os homens que dela participam têm que adotar um comportamento o mais 
discreto possível a fim de não chamar a atenção para si. A segurança ideal seria aquela que 
fosse eficiente sem ser vista, porém como isto é praticamente impossível, considera-se 
ideal a segurança eficiente sem que seja notada. Medidas do tipo: 
▪ Evitar o posicionamento que enquadre o agente no foco das teleobjetivas dos 
fotógrafos e filmadoras, de modo que sua imagem não seja veiculada pela imprensa; 
▪ Permanecer tranquilo e calado, agindo sem rispidez, mas com firmeza, evitando 
qualquer atrito com a população, a imprensa e as autoridades; 
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▪ Ter um comportamento social condizente com a função, portando-se educadamente 
e atendendo às solicitações com deferência e objetividade; 
▪ Recatar-se nas recepções e outros ambientes sociais; 
▪ Não fumar ou ingerir bebidas alcoólicas quando em serviço; 
▪ Alimentar-se discretamente e fora do ambiente em que estiver o dignitário 
protegido; 
▪ Trajar-se de forma condizente com o local e a natureza do evento, com vestimentas 
sóbrias, de modo a não chamar a atenção sobre sua pessoa; 
▪ Cuidar da aparência pessoal, mantendo/um aspecto asseado. 
➢ Observação constante - Os homens de segurança têm que estar atentos a tudo que ocorre 
nas imediações, do local por onde o dignitário está passando e, com maior ênfase nas 
pessoas que, pela proximidade, possam causar qualquer tipo de perturbação, bem como 
nas instalações próximas que ofereçam qualquer tipo de vantagem a um possível agressor. 
Os agentes atuam com seus sentidos voltados permanentemente às situações e às pessoas 
circunvizinhas, observando com atenção o seu setor específico de vigilância e procurando 
perceber qualquer ato ou pessoa suspeita. A proteção é estabelecida de modo que haja 
através dos seus integrantes uma amplitude de visualização que possibilite um apoio mútuo 
entre os agentes de segurança. 
➢ Distâncias e intervalos corretos - Não se pode estabelecer distâncias e intervalos fixos, pois 
cada ocasião imporá o distanciamento ideal. Serão corretas as distâncias e intervalos que 
atendam às demais regras básicas para as escoltas. O posicionamento e as distâncias entre 
os agentes e, entre estes e o dignitário são determinadas pela localização do público, da 
imprensa, local do evento e grau de risco ou ameaça. Os agentes se posicionam a uma 
distância em que possam atuar junto ao dignitário, em caso de necessidade, sendo que a 
manutenção do acesso ao dignitário deverá ser uma preocupação permanente. A proteção 
visa impedir agressões físicas e morais dirigidas ao dignitário. Ela exige dos agentes de 
segurança procedimentos próprios para o cumprimento de suas missões. A estrutura de 
proteção apoia-se em formações flexíveis e ágeis capazes de possibilitar a mudança de 
frente, proteção em todas as direções e pronta reação. 
 
Vamos então conhecer as formações de células de proteção mais comumente utilizadas pela 
doutrina de segurança: 
 
8.1. ESCOLTA BÁSICA (01 AGENTE) 
É também conhecida por escolta solitária, formação solo ou MOSCA. Nesta composição 
recomenda-se que o agente fique a distânciade um braço do protegido, permanecendo sempre 
que possível atrás e a direita do mesmo, voltando sua atenção para todas as direções. 
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Este agente, o MOSCA, possui a atribuição de fazer a cobertura corporal do protegido, colocando o 
seu corpo entre ele e a ameaça ou também tentar diminuir a exposição deste ao perigo reduzindo 
sua silhueta (empurrando, abaixando ou derrubando). 
 
 
 
A recomendação para que o agente permaneça sempre que possível atrás e à direita do 
"protegido", se deve ao fato de que os atiradores destros sacam as suas armas pelo 
lado direito. Havendo a necessidade de empunhar a arma, esse saque não poria o 
dignitário em situação de risco, que assim teria sua silhueta "varrida" pela arma do 
próprio agente e poderia acidentalmente ser atingido pelo "fogo amigo". Outra 
justificativa seria que o agente estaria sacando a arma com a mão direita enquanto que 
o braço esquerdo, que está mais próximo do protegido, ficaria livre para diminuir a 
exposição deste ao perigo reduzindo sua silhueta (empurrando, abaixando ou 
derrubando). 
 
O agente de segurança deve adiantar-se e passar na frente quando o protegido necessitar 
transpor uma porta. Deve abri-Ia taticamente, observando os cuidados que a situação requer, 
avaliando a possibilidade da existência de risco (interna ou externamente) para somente depois, o 
protegido transpor tal obstáculo em segurança. 
O agente de segurança deve ir à frente do protegido quando este tiver que transpor multidões 
compactas e não haja condições de transpô-la naturalmente. 
 
8.2. ESCOLTA COM 02 AGENTES 
Estando o dignitário em deslocamento e acompanhado de uma escolta composta de dois agentes 
de segurança, ambos deverão preferencialmente manter-se atrás do protegido, um à esquerda e 
o outro à direita. 
Por ser uma equipe pequena, os agentes devem manter-se entrosados e conservar o olhar sobre o 
parceiro e o protegido e, amiúde, olhar para trás e para os lados, como forma de ampliar o campo 
de visualização e detectar ameaças que possam surgir fora dessa perspectiva visual. 
Quando o dignitário vai transpor uma porta ou penetrar numa multidão, o agente de segurança da 
esquerda deve adiantar-se e passar na frente da autoridade, observando e avaliando as 
possibilidades de ameaças e existência de riscos, ou, no caso de multidões, abrir caminho. 
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Quando ocorrer de o protegido deter-se em algum ponto do itinerário, o agente de segurança 
posicionado à esquerda deslocar-se-á à frente do dignitário e voltar-se-á para ele. O agente da 
direita fica atrás do dignitário também voltado para ele, fazendo com que todos os campos 
possíveis de observação em torno sejam cobertos, bem como a retaguarda de cada agente esteja 
sendo coberta visualmente por outro agente, possibilitando a comunicação visual, por gestos e a 
pronta ação em caso de ataques contra o "protegido". Não se deve olhar fixamente na direção do 
protegido e sim à sua volta. 
O agente que estiver à frente na formação deve, preferencialmente, manter-se ligeiramente à 
esquerda do dignitário, preservando-lhe o lado do coração. Deve olhar frequentemente por cima 
do ombro para se certificar quanto à posição do dignitário. 
O agente que estiver atrás e à direita deverá adotar a posição de MOSCA, permanecendo a mais 
ou menos um braço de distância do protegido, tendo a preocupação de observar também por cima 
do ombro as condições de segurança da sua retaguarda. 
Todos os agentes devem, sempre que necessário, proporcionar a cobertura corporal do 
"protegido", utilizando o próprio corpo como anteparo entre ele e a ameaça. 
A equipe deve, sempre que possível, definir uma rota alternativa e necessariamente estabelecer 
rotas de evacuação. 
 
8.3. ESCOLTA COM 03 AGENTES 
Estando o dignitário em movimento, acompanhado de três agentes de segurança, um deverá estar 
atrás e à direita e os outros distribuídos, um de cada lado do dignitário, modificando esse 
dispositivo de acordo com o ambiente. 
Quando o dignitário vai transpor uma porta ou penetrar numa multidão, o agente de segurança da 
direita deve adiantar-se e passar à frente dele, observando as condições de segurança e a 
existência de riscos. O agente de segurança da esquerda deve atrasar e ficar atrás e ligeiramente à 
esquerda. 
Quando ocorrer de o protegido estacionar, os agentes de segurança devem voltar-se para ele, 
fazendo com que todos os campos possíveis de observação em torno do dignitário sejam cobertos, 
bem como a retaguarda de cada agente esteja sendo coberta visualmente por outro agente, 
possibilitando a comunicação visual por gestos e a pronta ação em caso de ataques contra o 
protegido. 
 
 
NÃO se deve olhar fixamente na direção do protegido e sim À SUA VOLTA. 
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O agente que estiver atrás e à direita deverá adotar a posição de MOSCA, permanecendo a mais 
ou menos um braço de distância do protegido, enquanto os outros se distribuem confere a 
necessidade. 
Todas as formações são adaptáveis às circunstâncias, devendo os agentes estar preparados para 
mudar de posições quando houver mudança de direção e conduzir-se com tranquilidade, sem que 
haja restrições aos movimentos do protegido. 
 
 
Todos os agentes devem, sempre que necessário, proporcionar a cobertura corporal 
do protegido, utilizando o próprio corpo como anteparo entre ele e a ameaça. 
 
No caso de o protegido ser uma pessoa pública, deve-se preservar sua imagem, permitindo que as 
pessoas e a imprensa o vejam normalmente. 
 
8.4. ESCOLTA COM 04 AGENTES 
Estando o dignitário deslocando-se acompanhado de quatro agentes de segurança, um deverá 
estar atrás e à direita, um à frente e um de cada lado. 
Este dispositivo permite variação de acordo com a situação. 
Podem ser adotadas diversas formações com esse numero de agentes, a partir de um 
posicionamento básico e fundamental em que os agentes estejam mais agregados, pois as 
variações que deverão ocorrer, de acordo com a situação a ser enfrentada pelo “protegido" e o 
respectivo esquema de proteção, são facilmente executadas, permitindo-se muita eficácia nas 
ações contra ataques próximos, como no caso da tentativa de invasão da zona de proteção pela 
força. 
Apresenta como variações: 
 
✓ Formação em forma de quadrado, para médios espaços; 
✓ Cristal, para saída de aposentos e escadas; 
✓ Circular, para grandes espaços; 
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✓ Cunha invertida ou em "V" aberto, utilizada quando a frente para onde se desloca o 
dignitário acha-se se protegida (dispositivo chama menos a atenção e favorece a imagem do 
dignitário frente às câmeras e ao público). 
 
Um exemplo da formação em “V” aberto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adiante, veremos outras imagens que ilustram algumas dessas formações. Segura aí! 
Quando ocorrer de o dignitário deter-se em algum ponto de seu itinerário, os elementos de 
segurança, partindo das posições acima, devem voltar-se paraele, fazendo com que todos os 
campos possíveis de observação, em torno dele, sejam cobertos. 
Este posicionamento, voltado para o dignitário, facilita o trabalho, bem como faz com que a 
retaguarda de cada agente esteja sendo coberta por outro agente, possibilitando a comunicação 
visual, por gestos e a pronta ação em caso de ataques contra o dignitário. 
Um dos agentes de segurança deve sempre se adiantar e passar na frente quando o dignitário 
necessitar transpor uma porta ou uma multidão. Deve avaliar as possibilidades de risco para, 
somente depois, o protegido transpor tais obstáculos em segurança. 
A regra é bem semelhante ao que já vimos: o agente que estiver à frente na formação deve, 
preferencialmente, manter-se ligeiramente à esquerda da pessoa protegida, preservando-lhe o 
lado do coração. Um dos agentes deverá adotar a posição de MOSCA, permanecendo atrás e à 
direita, a mais ou menos um braço de distância do protegido, enquanto os outros se distribuem 
conforme a necessidade. 
Quando ocorrer de o dignitário estacionar, os agentes de segurança devem voltar-se para ele, 
fazendo com que todos os campos possíveis de observação em torno sejam cobertos, bem como a 
retaguarda de cada agente esteja sendo coberta visualmente por outro agente, possibilitando a 
comunicação visual, por gestos e a pronta ação em caso de ataques contra o "protegido". 
O agente que estiver atrás e à direita deverá adotar a posição de MOSCA, permanecendo a mais 
ou menos um braço de distância do protegido, enquanto os outros se distribuem confere a 
necessidade. 
 
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Todos os agentes devem, sempre que necessário, proporcionar a cobertura corporal 
do protegido, utilizando o próprio corpo como anteparo entre ele e a ameaça. 
 
No caso de o protegido ser uma pessoa pública, deve-se preservar sua imagem, permitindo que as 
pessoas e a imprensa o vejam normalmente. 
 
8.5. ESCOLTA COM 05 AGENTES 
Estando o dignitário em um deslocamento a pé acompanhado de cinco agentes de segurança, dois 
deverão estar atrás, um à esquerda, um à direita e outro à frente. 
O agente que estiver atrás e à direita deverá adotar a posição de MOSCA, permanecendo a mais 
ou menos um braço de distância do protegido, enquanto os outros se distribuem confere a 
necessidade. 
Todas as formações são adaptáveis às circunstancias, devendo os agentes estar preparados para 
mudar de posições quando houver mudança de direção e conduzir-se com tranquilidade, sem que 
haja restrições aos movimentos do protegido. 
 
8.6. FORMAÇÕES E ESTRATÉGIAS DE POSICIONAMENTO 
Como acabamos de ver, as escoltas a pé são esquematizadas através de uma grande diversidade 
de formações e visam ao atendimento das diferentes situações que se apresentam, proporcionado 
uma permanente segurança ao dignitário. 
O tipo de formação adotado, em um determinado momento, é proveniente de uma conjugação de 
fatores, tais como: 
 
✓ A análise do local; 
✓ As informações obtidas sobre o evento; 
✓ O nível de segurança exigido e a quantidade de agentes envolvidos; 
✓ O apoio fornecido; 
✓ A extensão do deslocamento a pé; 
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✓ O tipo de público envolvido; 
✓ A participação da imprensa. 
 
 
 
A escolta deve manter como principal diretriz a orientação para que os agentes de 
segurança que estão mais próximos, normalmente à retaguarda do dignitário, sejam os 
principais responsáveis pela sua proteção física e pela sua retirada do local, em caso de 
perigo ou emergência, cabendo aos demais neutralizar a ação adversa e proteger a 
retirada do dignitário. 
 
Uma quantidade maior de agentes permite uma diversidade maior de formações, contanto que as 
modificações que venham a ocorrer, de acordo com a situação a ser enfrentada pelo protegido e 
seu esquema de segurança, sejam facilmente executadas. 
As circunstâncias é que definirão o espaçamento caso a formação seja mais aberta ou mais 
fechada. Há nomenclaturas utilizadas pela doutrina para cada tipo de formação. 
São elas: 
 
▪ Homem ponta, para 02 agentes; 
▪ Linear, para 03 agentes; 
▪ Quadrado, para 04 agentes, utilizada para espaços médios; 
▪ Círculo, para 04 ou 05 agentes utilizada em grandes espaços; 
▪ Caixa, para 05 agentes; 
▪ Losango, para 04 ou 05 agentes; 
▪ Cunha invertida ou em "V" aberto, para 04 ou 05 agentes; 
▪ Cunha, para 04 ou 05 agentes. 
 
Mesmo existindo uma grande diversidade de formações, as mais frequentes em provas e 
consagradas pelos maiores serviços de segurança são as que dispõem os agentes em linha, em 
cunha, em "V" aberto e em losango. 
Questão simples: 
 
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[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TSE – 2006] Acerca das formações das escoltas a 
pé, julgue os itens a seguir. 
34. Qualquer que seja a formação, o mosca é o último recurso utilizado em caso de um 
atentado. 
 
Comentário: 
Verdade! O mosca possui a atribuição de fazer a cobertura corporal do protegido, colocando 
o seu corpo entre ele e a ameaça, e/ou de também tentar diminuir a exposição deste ao 
perigo, reduzindo sua silhueta (empurrando, abaixando ou derrubando). 
Ele deve ser, de fato, o último recurso a ser utilizado. É quando todos os demais agentes 
falharam ou não conseguiram evitar a proximidade da ameaça à vítima. Nesses casos, o 
mosca, além de buscar a cobertura do dignitário, será o último a tentar impedir o atentado. 
Gabarito: Certo. 
 
Caro aluno, diante da variedade de combinações, vamos aqui, para fins de provas de concursos, ter 
uma ideia um pouco mais prática de como funciona essas mais frequentes e consagradas 
formações: 
 
8.6.1. Em LINHA À RETAGUARDA 
É a formação utilizada quando: 
✓ os flancos estão protegidos; 
✓ a frente está livre; e 
✓ há necessidade de resguardar a retaguarda do dignitário. 
Em caso de contato direto da autoridade com o público, torna-se essencial a obtenção de 
informações sobre o tipo de pessoas que o compõe e a utilização de agentes infiltrados para 
reforçar o perímetro de segurança pessoal. 
 
 
 
 
 
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Nestas circunstâncias, em que o dignitário está envolvido por um grande público, é necessário 
também a utilização de barreiras (cordas, jarros, biombos, etc.), que garantam algum isolamento 
físico na frente do dignitário e impeçam o avanço da multidão. 
 
8.6.2. Em LINHA FRONTAL 
Essa formação é utilizada quando: 
✓ o deslocamento for em via protegida nos flancos; e 
✓ quando houver necessidade de uma maior cobertura da frente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.6.3. Em CUNHA 
Tipo de formação utilizada quando a frente para onde se desloca o protegido não é segura e se 
faz necessário romper algum tipo de bloqueio; quando há necessidade de romper a frente, 
protegendo a autoridade nos flancos. A retaguarda deve estar coberta por outros dignitários e 
acompanhantes do protegido.

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