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Decreto-Lei nº 1001/69 Código Penal Militar AULA 01 AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 1 PMMG SUMÁRIO DECRETO-LEI Nº 1.001, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969 ....................................................................2 TÍTULO I - DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR .................................................................... 2 Crimes militares em tempo de paz (Art. 9º) ................................................................................9 Crimes militares em tempo de guerra (Art. 10º) .......................................................................10 QUESTÕES ......................................................................................................................................13 TÍTULO II – DO CRIME ........................................................................................................... 19 QUESTÕES ......................................................................................................................................26 TÍTULO IV – DO CONCURSO DE AGENTES .............................................................................. 30 QUESTÕES ......................................................................................................................................32 GABARITO COMENTADO ...............................................................................................................35 AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 2 PMMG Segundo o Instituto AOCP, o direito penal militar é o ramo especializado do direito penal, cujo corpo de normas se volta à instituição de infrações penais militares, com as sanções pertinentes, voltadas a garantir os princípios basilares das Forças Armadas, constituídos pela hierarquia e pela disciplina. As normas do direito penal militar estão contidas no código penal militar (CPM), instituído em outubro de 1969 pelo Decreto-Lei nº 1.001/1969. Neste material, você estudará a aplicação da lei penal militar, contida na primeira parte da legislação, trazendo toda a sua teoria. Princípio de legalidade Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Lei supressiva de incriminação Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 3 PMMG Retroatividade de lei mais benigna § 1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. Apuração da maior benignidade § 2° Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato. Medidas de segurança Art. 3º As medidas de segurança regem-se pela lei vigente ao tempo da sentença, prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da execução. Lei excepcional ou temporária Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Tempo do crime Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado. Lugar do crime Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 4 PMMG omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. Territorialida- de, Extraterri- torialidade Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no território nacional, ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira. Território nacional por extensão § 1° Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade privada. Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros . § 2º É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as instituições militares. Conceito de navio § 3º Para efeito da aplicação deste Código, considera-se navio toda embarcação sob comando militar. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 5 PMMG Pena cumprida no estrangeiro Art. 8° A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. Militares estrangeiros Art. 11. Os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio nas forças armadas, ficam sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado o disposto em tratados ou convenções internacionais. Equiparação a militar da ativa Art. 12. O militar da reserva ou reformado, empregado na administração militar, equipara-se ao militar em situação de atividade, para o efeito da aplicação da lei penal militar. Militar da reserva ou reformado Art. 13. O militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação, para o efeito da aplicação da lei penal militar, quando pratica ou contra ele é praticado crime militar. Defeito de incorporação Art. 14. O defeito do ato de incorporação não exclui a aplicação da lei penal militar, salvo se alegado ou conhecido antes da prática do crime. Tempo de guerra Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei penal militar, começa com a declaração ou o reconhecimento do estado de guerra, ou com o decreto de mobilização se nele AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 6 PMMG estiver compreendido aquele reconhecimento; e termina quando ordenada a cessação das hostilidades. Contagem de prazo Art. 16. No cômputo dos prazos inclui-se o dia do começo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Legislação especial. Salário-mínimo Art. 17. As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei penal militar especial, se esta não dispõe de modo diverso. Para os efeitos penais, salário-mínimo é o maior mensal vigente no país, ao tempo da sentença. Crimes praticados em prejuízo de país aliado Art. 18. Ficam sujeitos às disposições deste Código os crimes praticados em prejuízo de país em guerra contra país inimigo do Brasil:I - se o crime é praticado por brasileiro; II - se o crime é praticado no território nacional, ou em território estrangeiro, militarmente ocupado por força brasileira, qualquer que seja o agente. Infrações disciplinares Art. 19. Este Código não compreende as infrações dos regulamentos disciplinares. Crimes praticados em tempo de guerra Art. 20. Aos crimes praticados em tempo de guerra, salvo disposição especial, aplicam-se as penas cominadas para o tempo de paz, com o aumento de um terço. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 7 PMMG Assemelhado Art. 21. Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou não, dos Ministérios da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, em virtude de lei ou regulamento. Pessoa considerada militar Art. 22. É considerada militar, para efeito da aplicação deste Código, qualquer pessoa que, em tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às forças armadas, para nelas servir em posto, graduação, ou sujeição à disciplina militar. Equiparação a comandante Art. 23. Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicação da lei penal militar, toda autoridade com função de direção. Conceito de superior Art. 24. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre outro de igual posto ou graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal militar. Crime praticado em presença do inimigo Art. 25. Diz-se crime praticado em presença do inimigo, quando o fato ocorre em zona de efetivas operações militares, ou na iminência ou em situação de hostilidade. Referência a "brasileiro" ou "nacional" Art. 26. Quando a lei penal militar se refere a "brasileiro" ou "nacional", compreende as pessoas AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 8 PMMG enumeradas como brasileiros na Constituição do Brasil. Estrangeiros Parágrafo único. Para os efeitos da lei penal militar, são considerados estrangeiros os apátridas e os brasileiros que perderam a nacionalidade. Os que se compreendem, como funcionários da Justiça Militar Art. 27. Quando este Código se refere a funcionários, compreende, para efeito da sua aplicação, os juízes, os representantes do Ministério Público, os funcionários e auxiliares da Justiça Militar. Casos de prevalência do Código Penal Militar Art. 28. Os crimes contra a segurança externa do país ou contra as instituições militares, definidos neste Código, excluem os da mesma natureza definidos em outras leis. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 9 PMMG I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; II - os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando praticados: III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou assemelhado; b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar; a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar; b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo; c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, observação, exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras; d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquele fim, ou em obediência a determinação legal superior. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 10 PMMG § 1º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri. § 2º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no contexto: I - do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da Defesa; II - de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não beligerante; ou III - de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Federal. I - os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra; I - os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra; II - os crimes militares previstos para o tempo de paz; II - os crimes militares previstos para o tempo de paz; III - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum ou especial, quando praticados, qualquer que seja o agente: IV - os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste Código, quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em território estrangeiro, militarmente ocupado. a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado; b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparação, a eficiência ou as operações militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa do País ou podem expô-la a perigo; AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 11 PMMG PARA NÃO ESQUECER Crimes comissivos: LUTA (Lugar: Ubiquidade; Tempo: Atividade) Crimes omissivos: LATAO (Lugar: Atividade; Tempo: Atividade; Omissivo) Forças Armadas: Marinha, Aeronáutica e Exército. Teoria da atividade Teoria do resultado Teoria da ubiquidade O CPM adota a TEORIA DA ATIVIDADE, ou seja, para fins de aplicação da lei penal militar, considera-se tempo do crime aquele em que ocorre a ação ou omissão, independentemente de quando ocorre o resultado. O CPM adota a TEORIA DA ATIVIDADE, ou seja, parafins de aplicação da lei penal militar, considera-se tempo do crime aquele em que ocorre a ação ou omissão, independentemente de quando ocorre o resultado. O CPM adota a TEORIA DA UBIQUIDADE, podendo, assim, ser tanto o local em que ocorreu a conduta quanto aquele em que que ocorreu o resultado e ainda menciona a “participação” como meio de evitar que esta se exclua do cenário do lugar do crime. Teoria da atividade Teoria do resultado Teoria da ubiquidade Art. 8° A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. C.I-D.A. (Computa = Idêntica ou Diferente = Atenua) Art. 8° A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. C.I-D.A. (Computa = Idêntica ou Diferente = Atenua) AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 12 PMMG ATENÇÃO AOS § 1º E § 2º (ART. 9) Art. 9 ANTES da Lei nº 13.491/17 Crime militar era apenas aquele previsto no CPM e aqueles não previstos no CPM, mas augurados em outras leis, eram julgados como crime comuns, mesmo se praticado por militar. QUESTÕESArt. 9 ANTES da Lei nº 13.491/17 Crime militar era apenas aquele previsto no CPM e aqueles não previstos no CPM, mas augurados em outras leis, eram julgados como crime comuns, mesmo se praticado por militar. Art. 9 DEPOIS da Lei nº 13.491/17 Seu novo texto, passou a conter “e os previstos na legislação penal”, ampliando a competência da Justiça Militar. Sendo assim, os crimes configurados no art. 9 podem ser considerados crimes militares. Art. 9 DEPOIS da Lei nº 13.491/17 Seu novo texto, passou a conter “e os previstos na legislação penal”, ampliando a competência da Justiça Militar. Sendo assim, os crimes configurados no art. 9 podem ser considerados crimes militares. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 13 PMMG 01 (INSTITUTO AOCP - 2018 - PM-SC - Aspirante da Polícia Militar) O direito penal militar é um ramo especializado, cujo corpo de normas se volta à instituição de infrações penais militares, com as sanções pertinentes, voltadas a garantir os princípios basilares das Forças Armadas, constituídos pela hierarquia e pela disciplina. Quanto ao direito penal militar vigente no Brasil, assinale a alternativa correta. A) O direito penal militar contempla o princípio constitucional da legalidade, qual seja, não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. B) Por se tratar de ramo peculiar do Direito, o direito penal militar não precisa guardar coerência com o direito constitucional vigente desde 1988. C) O militar infrator pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime. D) A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente não pode ser aplicada retroativamente. E) A pena cumprida no estrangeiro não atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime. 02 (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) Assinale a opção correta com base no direito penal militar. A) Os crimes contra a administração militar são crimes militares próprios, ou seja, não são perpetrados por civis. B) No tocante ao lugar do crime, o CPM aplica a teoria da ubiquidade para os crimes comissivos e omissivos, do mesmo modo que o CP. C) O CPM admite retroatividade de lei mais benigna e dispõe que a norma penal posterior que favorecer, de qualquer outro modo, o agente deve ser aplicada retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. O referido código determina também que, para se reconhecer qual norma é mais benigna, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato. D) No sistema penal castrense, a ação penal é, em qualquer hipótese, pública e incondicionada, por expressa disposição do CPM. E) Nas infrações penais conexas, especificamente em relação aos crimes militares próprios, AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 14 PMMG a declaração de extinção da punibilidade de um dos delitos impede que este agrave a pena resultante dos demais delitos da conexão. 03 (Prova: CESPE - 2010 - DPU - Defensor Público Federal) Diversamente do direito penal comum, o direito penal militar consagrou a teoria da ubiquidade, ao considerar como tempo do crime tanto o momento da ação ou omissão do agente quanto o momento em que se produziu o resultado. ( ) Certo ( ) Errado 04 (CESPE - 2018 - MPU - Analista do MPU – Direito) Julgue o próximo item, com base em normas do direito penal militar. Os crimes militares em tempo de paz são somente aqueles que constam no Código Penal Militar, mesmo que alguns deles tenham igual definição na lei penal comum. ( ) Certo ( ) Errado 05 (CESPE - 2018 - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária) À luz do Código Penal Militar, julgue o item a seguir, no que diz respeito a aplicação da lei penal, imputabilidade penal, crime e extinção da punibilidade. Situação hipotética: Um soldado das Forças Armadas, no cumprimento das atribuições que lhe foram estabelecidas pelo ministro de Estado da Defesa, cometeu crime doloso contra a vida de um civil. Assertiva: Nessa situação, o autor do delito deverá ser processado e julgado pela justiça militar da União. ( ) Certo ( ) Errado 06 (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área XVII) Julgue o item que se segue, a respeito da justiça militar. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 15 PMMG O crime militar cometido no exterior é enquadrado na lei penal militar brasileira, de acordo com o Código Penal Militar. ( ) Certo ( ) Errado 07 (CESPE - 2013 - STM - Juiz-Auditor Substituto) A respeito da lei penal militar no espaço, do lugar do crime e da pena cumprida no estrangeiro, assinale a opção correta. A) O CPM pune o infrator aos seus preceitos, qualquer que seja sua nacionalidade ou o lugar onde tenha delinquido, dentro ou fora do território nacional, processado ou julgado por justiça estrangeira. B) Os prédios das embaixadas não são considerados, para o direito penal militar, como extensão do território nacional, visto que pertencem aos Estados que representam. C) Para a verificação do lugar do crime, o CPM adotou, apenas, a teoria da atividade, considerando praticado o fato no lugar em que se tiver desenvolvido a atividade criminosa. D) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nesta é computada, quando idênticas. Assim, se for mais severa, a pena cumprida no estrangeiro funcionará, por não ser idêntica, apenas como uma atenuante, não podendo ser computada na pena aqui imposta. E) Da mesma forma que o CP, o CPM adota, como regra, o princípio da territorialidade e, como exceção, o princípio da extraterritorialidade. 08 (CESPE - 2013 - STM - Juiz-Auditor Substituto) Com relação a tempo e lugar do crime, bem como à territorialidade e extraterritorialidade da lei penal militar, assinale a opção correta à luz do CPM e da doutrina de referência. A) No que se refere à aplicação da lei penal militar no espaço, adota-se no CPM, de forma expressa, os princípios da justiça universal ou cosmopolita, da personalidade ou nacionalidade e da defesa real.B) No CPM, é adotada a teoria mista em relação ao tempus delictis, considerando-se praticado o crime tanto no momento da conduta ou omissão quanto no momento do resultado do crime. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 16 PMMG C) Para os crimes permanentes e continuados, é estabelecida no CPM regra específica em relação ao tempo do crime, adotando-se a teoria da atividade, que se fundamenta nos princípios constitucionais da legalidade e da ultratividade da lei penal mais favorável ao réu. D) Diferentemente do sistema adotado no CP, no CPM considera-se lugar do crime apenas o lugar onde se tenha produzido ou deveria produzir-se o resultado, consoante a teoria do resultado. E) A extraterritorialidade da lei penal militar constitui regra geral no CPM, a qual se aplica, inclusive, ao caso de o agente — de qualquer nacionalidade — ter praticado crime militar e estar sendo processado ou ter sido julgado por justiça estrangeira. 09 (CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Execução de Mandados – Específicos) Em relação ao tempo do crime, o Código Penal Militar adotou a teoria da atividade. ( ) Certo ( ) Errado 10 (CESPE - 2013 - STM - Juiz-Auditor Substituto) Assinale a opção correta a respeito da aplicação da lei penal militar no tempo e das leis penais excepcionais e temporárias. A) As normas do CPM relativas aos crimes militares praticados em tempo de guerra não constituem exemplo de lei penal temporária. B) Aos condenados por crimes praticados em tempo de guerra serão aplicadas as penas mais severas estabelecidas, ainda que a sentença condenatória seja proferida depois da cessação do estado de guerra. C) Ao contrário do que ocorre no direito penal comum, no direito penal militar, a lei posterior que deixa de considerar determinado fato como crime estende-se aos efeitos de natureza civil. D) De acordo com o CPM, para se reconhecer qual a lei mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser combinadas, extraindo-se de cada uma delas o dispositivo que mais beneficie o réu. E) O princípio da retroatividade benigna não é aplicável às medidas de segurança. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 17 PMMG 11 (CFSD QPPM - 2019) Em relação aos crimes militares em tempo de paz, previstos no CPM, analise as assertivas e marque a alternativa CORRETA: I - Militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar comete crime militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil. II - Militar em situação de atividade ou assemelhado comete crime militar em lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil. III - Militar em situação de atividade ou assemelhado comete crime militar contra militar da reserva em qualquer circunstância. IV - Militar durante o período de manobras ou exercício comete crime militar somente contra militar da reserva ou civil. V - Militar em situação de atividade, ou assemelhado, comete crime militar contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar. A alternativa CORRETA é: A) Somente as assertivas I, II e V estão corretas. B) Somente as assertivas I, III e IV estão corretas. C) Somente a assertiva II está correta. D) Todas as assertivas estão corretas. 12 (CFSD QPPM - 2019) Para os efeitos da aplicação da lei penal militar, é CORRETO afirmar: A) O militar da reserva conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação, somente quando contra ele é praticado crime militar. B) O militar da reserva, ou reformado, empregado na administração militar, equipara-se ao militar em situação de atividade, para o efeito da aplicação da lei penal militar. C) O oficial da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto, quando pratica ou contra ele é praticado crime militar, o que não ocorre com a praça, por não haverem tais prerrogativas em relação à sua graduação. D) O militar da reserva ou reformado não goza de prerrogativas do posto ou graduação relativas à aplicação da lei penal militar. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 18 PMMG 13 (CFSD QPPM - 2017) Sobre a aplicação da Lei Penal Militar, considerando o regramento estabelecido no Código Penal Militar, marque a alternativa CORRETA: A) Há crime sem lei anterior que o defina e pena sem prévia cominação legal. B) Considera-se praticado o crime no momento da ação, omissão ou do resultado. C) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil. D) Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, e não no local onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 19 PMMG Art. 29. O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. O que isso significa? Tudo o que foi fundamental para que ocorresse aquele crime faz parte das causas do crime. Sendo assim, quem foi responsável por uma ou mais causa(s) é responsável pelo crime. Será mesmo? § 1º A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado. Os fatos anteriores, imputam-se, entretanto, a quem os praticou. O resultado só pode ter sido considerado causado pelas causas essenciais e diretamente ligados a ele. Caso não tivesse esse parágrafo, o vendedor da arma que matou um indivíduo, por exemplo, seria culpado e sabemos que não é bem assim. § 2º A omissão é relevante como causa quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 31. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. 1. dever legal; 2. consentimento; 3. ingerência. / 1. Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 2. A quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 3. A quem, com seu comportamento anterior, criou o risco de sua superveniência. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 20 PMMG Crime impossível Art. 32. Quando, por ineficácia absoluta do meio empregado ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime, nenhuma pena é aplicável. Tempo do crime - Art. 5º Considera- se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado. Pena de tentativa - Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuída de 1/3 a 2/3, podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado. CULPABILIDADE AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 21 PMMGNenhuma pena sem culpabilidade Art. 34. Pelos resultados que agravam especialmente as penas só responde o agente quando os houver causado, pelo menos, culposamente. Erro de direito (CPM) = Erro de proibição (CP) Art. 35. A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando o agente, salvo em se tratando de crime que atente contra o dever militar, supõe lícito o fato, por ignorância ou erro de interpretação da lei, se escusáveis. Ex. “A” adquire um produto (máquina) acreditando possuir determinada finalidade (lavar louça), quando na verdade, está equivocado (lavar roupas). Erro de fato (CPM) = Erro de tipo (CP) Art. 36. É isento de pena quem, ao praticar o crime, supõe, por erro plenamente escusável, a inexistência de circunstância de fato que o constitui ou a existência de situação de fato que tornaria a ação legítima. Ex. O juiz de futebol conhece as regras, mas interpreta um lance de maneira equivocada, de acordo com o que viu. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 22 PMMG Erro culposo § 1º Se o erro deriva de culpa, a este título responde o agente, se o fato é punível como crime culposo. Ex. O médico receita 10 cm3 de uma substância, quando deveria receitar 1 cm3. Erro provocado § 2º Se o erro é provocado por terceiro, responderá este pelo crime, a título de dolo ou culpa, conforme o caso. Ex. A enfermeira, por falta de atenção, não observa o engano do médico e injeta a substância, causando a morte do paciente. Erro sobre a pessoa Art. 37. Quando o agente, por erro de percepção ou no uso dos meios de execução, ou outro acidente, atinge uma pessoa em vez de outra, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela que realmente pretendia atingir. Devem ter-se em conta não as condições e qualidades da vítima, mas as da outra pessoa, para configuração, qualificação ou exclusão do crime, e agravação ou atenuação da pena. Ex. “A” tinha a intenção de atropelar “B”, porém, ela conseguiu escapar, mas “C” acabou sendo atingido. Erro quanto ao bem jurídico § 1º Se, por erro ou outro acidente na execução, é atingido bem jurídico diverso do visado pelo agente, responde este por culpa, se o fato é previsto como crime culposo. Ex. “A” atira no carro de “C”, erra, acertando em “B”. Duplicidade do resultado § 2º Se, no caso do artigo, é também atingida a pessoa visada, ou, no caso do parágrafo anterior, ocorre ainda o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 79. Art. 79. Quando o agente, mediante 1 ou + ação ou omissão, pratica 2 ou + crimes, idênticos ou não, as penas privativas de liberdade devem ser unificadas. Se as penas são da mesma espécie, a pena única é a soma de tôdas; se, de espécies diferentes, a pena única e a mais grave, mas com aumento correspondente à metade do tempo das menos graves. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 23 PMMG Estado de necessidade, com excludente de culpabilidade Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de pessoa a quem está ligado por estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao direito protegido, desde que não lhe era razoavelmente exigível conduta diversa. Estado de necessidade, como excludente do crime Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal causado, por sua natureza e importância, é consideravelmente inferior ao mal evitado, e o agente não era legalmente obrigado a arrostar o perigo. Teoria diferenciadora: estado de necessidade EXCULPANTE / Teoria diferenciadora: estado de necessidade JUSTIFICANTE / AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 24 PMMG Coação física ou material Art. 40. Nos crimes em que há violação do dever militar, o agente não pode invocar coação irresistível senão quando física ou material. Atenuação de pena Art. 41. Nos casos do art. 38, letras a e b, se era possível resistir à coação, ou se a ordem não era manifestamente ilegal; ou, no caso do art. 39, se era razoavelmente exigível o sacrifício do direito ameaçado, o juiz, tendo em vista as condições pessoais do réu, pode atenuar a pena. Legítima defesa Art. 44. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 25 PMMG QUESTÃO DE PROVA! Atenção ao exemplo do parágrafo único: - Provavelmente você já deve ter assistido alguns filmes de guerra. Agora imagina que você está em um deles. Você está guerreando contra “B” e avisam que “C” se aliou com a tropa inimiga. O que você faria? Talvez tenha pensado em desistir e fugir dali, então, neste caso, o comandante pode “fazer de tudo” para que isso não ocorra, não sendo considerado crime (direito penal militar), mesmo se por meios violentos. Entendeu? AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 26 PMMG 14 (CESPE – 2017 – DPU – Defensor Público Federal) Acerca da aplicação da lei penal militar, dos crimes militares e da aplicação da pena no âmbito militar, cada um do item que se segue apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. Um oficial foi preso em flagrante delito pelo cometimento de crime militar que não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade, tendo sido denunciado e se tornado réu em ação penal militar. Nessa situação, a depender da gravidade, o juiz poderá aplicar a pena do crime consumado, sem diminuí-la. ( ) Certo ( ) Errado 15 (VUNESP – 2016 – TJM-SP – Juiz de Direito Substituto) O autor que, ao praticar o crime, supõe, por erro plenamente escusável, a inexistência de circunstância de fato que o constitui: A) poderá ter a pena atenuada ou substituída por outra menos grave, nos termos do Código Penal Militar, e terá sua conduta considerada como atípica, nos termos do Código Penal Comum. B) poderá ter a pena atenuada ou substituída por outra menos grave, nos termos do Código Penal Comum, e terá sua conduta considerada como atípica, nos termos do Código Penal Militar. C) será isento de pena, nos termos do Código Penal Militar, e terá excluído o dolo, nos termos do Código Penal Comum. D) será isento de pena, nos termos do Código Penal Comum, e terá excluído o dolo, nos termos do Código Penal Militar. E) poderá ter a pena atenuada ou substituída por outra menos grave, salvo em se tratando de crime que atente contra o dever militar, nos termos do Código Penal Militar, e será isento de pena, nos termos do Código Penal Comum. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-dpu-defensor-publico-federal AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 27 PMMG 16 (CESPE – 2018 – STM – Analista Judiciário – Área Judiciária) À luz do Código Penal Militar, julgue o item a seguir, no que diz respeito a aplicação da lei penal,imputabilidade penal, crime e extinção da punibilidade. Situação hipotética: Durante operação conjunta das Forças Armadas, um sargento danificou patrimônio militar. Em sua defesa, ele argumentou que agiu em estado de necessidade, não tendo podido, por esta razão, evitar o dano causado. Assertiva: Nessa situação, o estado de necessidade, se comprovado, será considerado excludente do crime, independentemente da valoração do bem sacrificado. ( ) Certo ( ) Errado 17 (CESPE – 2015 – TJ-DFT – Juiz de Direito Substituto) Francisco, Pedro e Fábio, todos policiais militares, estavam de serviço em uma mesma guarnição comandada por Pedro, até as seis horas da manhã, quando, por volta das quatro horas da manhã, em via pública, se depararam com Abel, de vinte e três anos de idade, capaz, caminhando. Todos os policiais militares desceram da viatura, momento em que Francisco, já com um cassetete na mão, passou a perguntar a Abel o que ele estava fazendo na rua naquele horário, enquanto lhe golpeava os braços com o cassetete. Abel, que estava desarmado e não esboçou nenhuma reação, após a agressão, foi para casa ferido. A ação de Francisco foi presenciada por Pedro e Fábio, que nada fizeram para impedi-lo e não comunicaram o fato ao oficial de dia. Em decorrência das lesões sofridas, Abel ficou quarenta e cinco dias afastado de suas ocupações habituais, conforme laudo pericial juntado aos autos da ação penal ajuizada. A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta. A) Pedro, Fábio e Francisco devem responder por lesões corporais graves na forma comissiva, uma vez que todas as circunstâncias do crime, nesse caso, se comunicam. B) As lesões corporais sofridas por Abel não são de natureza grave, uma vez que não resultaram em incapacidade permanente para o trabalho. C) Francisco cometeu crime de lesões corporais graves tipificado no COM, mas Pedro e Fábio não devem responder por referido crime, uma vez que não participaram das agressões. D) Não se trata de crime militar, uma vez que Abel é civil e não se encontrava em ambiente militar. E) Pedro e Fábio devem responder por lesões corporais graves por omissão em concurso de AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 28 PMMG agentes com Francisco, que responderá na forma comissiva. 18 (MPM – 2013 – MPM – Promotor de Justiça Militar) Acerca das causas excludentes do crime, assinale a alternativa INCORRETA. A) No Código Penal Militar existe uma causa de justificação especial que é a discriminante do comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, concedendo autoridade ao comandante para compelir seus subordinados a realizarem manobras e serviços urgentes, com a finalidade de salvaguardar quer vidas humanas, quer a própria unidade. B) O estrito cumprimento do dever legal é causa de exclusão de ilicitude, prevista no Código Penal Militar de 1969, que não o conceitua, assim como não é conceituado no Código Penal. Ambos, porém, definem o estado de necessidade e a legítima defesa. C) No direito militar pátrio, em matéria de legítima defesa, em que pese ser permitida a repulsa à “agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou de outrem”, serão sempre considerados elementos constitutivos do crime: a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou a de sentinela, vigia ou plantão, quando a ação é praticada em repulsa à agressão. D) A diferença entre o estado de necessidade como excludente de culpabilidade e o estado de necessidade como excludente do crime, quanto aos requisitos que os constituem, é que, neste, o agente não era legalmente obrigado a arrostar o perigo e, naquele, não lhe era razoavelmente exigível conduta diversa. 19 (MPM – 2013 – MPM – Promotor de Justiça Militar) Acerca do tratamento dado ao erro no direito penal pátrio, analise as proposições abaixo e depois assinale a alternativa INCORRETA. A) O erro de direito (art. 35 do COM) se relaciona com a ignorância ou falsa interpretação da lei. É mais severo que o tratamento dado pelo Código Penal comum, pois, mesmo sendo invencível o erro (escusável) não exclui o dolo, mas apenas atenua ou permite a substituição da pena. B) O erro de fato (art. 36 do COM) incide sobre o fato que constitui o crime, e se apresenta de duas formas: a. engano quanto a circunstância de fato que constitui o crime (atualmente é erro de tipo); b. engano quanto a circunstância que se existisse tornaria a ação legítima (descriminante putativa). C) Existe uma correspondência entre as denominações “erro de tipo” e “erro de proibição”, vigentes no direito penal comum, com as denominações “erro de fato” e “erro de direito”, AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 29 PMMG previstas no direito penal militar. E) O erro de tipo, tratado no art. 20 do CP, incide sobre os elementos do tipo, ou seja, sobre um dos fatos que compõe um dos elementos do tipo. Também pode recair sobre um dos elementos normativos do tipo. Seu efeito é a exclusão do dolo porque não há no agente a vontade de realizar o tipo objetivo. Permite, no entanto, a punição por crime culposo, se previsto em lei. 20 (CESPE – 2013 – STM – Juiz-Auditor Substituto) A respeito das causas excludentes de ilicitude e da inexigibilidade de conduta diversa, assinale a opção correta. A) A inexigibilidade de conduta diversa é expressamente prevista pelo COM. B) O COM não permite a legítima defesa contra agressões morais, mas somente físicas. C) Quando os bens e interesses necessariamente sacrificados são inferiores aos protegidos, o estado de necessidade é exculpante; quando iguais ou superiores, é justificante D) No que se refere ao estado de necessidade, o COM adotou a teoria unitária. E) A legítima defesa no contexto dos crimes militares não diverge do regramento estabelecido pelo CP. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 30 PMMG Co-autoria Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas. Condições ou circunstâncias pessoais § 1º A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos outros, determinando-se segundo a sua própria culpabilidade. Não se comunicam, outrossim, as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. Agravação de pena § 2° A pena é agravada em relação ao agente que: I - promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; II - coage outrem à execução material do crime; III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade, ou não punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. Atenuação de pena § 3º A pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação no crime é de somenos importância. Cabeças § 4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam-se cabeças os que dirigem, provocam, instigam ou excitam a ação. § 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais, são estes considerados cabeças, assim como os inferiores que exercem função de oficial. Casos de impunibilidade Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição em contrário, não são puníveis se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV31 PMMG PARA NÃO ESQUECER No Título IV – do concurso de agentes, é possível analisar que o CPM adota a teoria MONISTA, onde há apenas um crime, por mais que outras pessoas participem. Ou seja, o indivíduo pode ter executado o delito propriamente dito ou ter contribuído de alguma forma, independentemente da função, também comete O MESMO CRIME. “Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas.” Sendo assim, todos os autores cometem o mesmo crime. Como não determina nesse artigo quais os limites da atenuação, deve-se utilizar a regra geral disposta no Art. 73 do CPM, entre 1/5 e 1/3. ATENÇÃO (§ 3º): a PENA É ATENUADA se participação no crime é de menor importância. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 32 PMMG 21 (CESPE - 2015 - TJ-DFT - Juiz de Direito Substituto) Acerca do concurso de agentes, assinale a opção correta à luz do CPM. A) No cálculo da pena de crimes militares em que haja concurso de pessoas, as condições ou as circunstâncias de caráter pessoal dos coautores serão consideradas apenas nos casos em que os agentes tenham consciência dessas condições ou circunstâncias. B) O CPM tipifica como causa de aumento da pena o fato de um agente dirigir as atividades dos demais agentes envolvidos no evento delituoso. C) Se o crime for praticado com o concurso de dois ou mais oficiais, a pena desses oficiais deverá ser aplicada em dobro. D) Agente cuja participação no crime seja de menor importância deve ser apenado na mesma proporção que os demais agentes envolvidos no delito. E) Se o crime for cometido por inferiores juntamente com um ou mais oficiais, estes, assim como os demais inferiores que estiverem exercendo função de oficial, serão considerados cabeças da ação delituosa. 22 (CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Execução de Mandados – Específicos) Considerando-se que, em relação ao concurso de agentes, o CPM possui disciplinamento singular, entendendo o “cabeça” como o líder na prática de determinados crimes, é correto afirmar que, havendo participação de oficiais em crime militar, ainda que de menor importância, para todos os efeitos penais, eles devem ser considerados como “cabeças”. ( ) Certo. ( ) Errado. 23 (CESPE - 2013 - STM - Juiz-Auditor Substituto) Em relação ao concurso de agentes e de crimes no direito penal militar, assinale a opção correta. A) No tocante ao concurso de agentes, o CPM adota a teoria pluralista, distinguindo de forma expressa as categorias de autor, coautor e partícipe. B) De acordo com a doutrina majoritária, o civil poderá ser coautor em crime militar próprio, pois, também de acordo com a mesma doutrina, a circunstância de caráter pessoal (ser AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 33 PMMG militar e superior da vítima) pode comunicar-se ao coautor. C) No que tange ao concurso de crimes, o CPM adota idêntico sistema do CP, prevendo a punição do agente com a exasperação da pena no concurso homogêneo. D) Em relação ao crime continuado, há no CPM disposição diversa daquela prevista no CP, vedando-se de forma expressa o reconhecimento da continuidade delitiva nos crimes contra a pessoa, ainda que estes sejam perpetrados contra a mesma vítima. E) Tratando-se de concurso de agentes, as circunstâncias e as condições de natureza pessoal são elementos essenciais à infração penal, uma vez que definem o liame entre as pessoas e a qualidade e quantidade da pena a ser imposta a cada agente. 24 (CESPE - 2004 - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária) O CPM, ao estabelecer que aquele que, de qualquer modo, concorrer para o crime incidirá nas penas a este cominadas, adotou, em matéria de concurso de agentes, a teoria monista. ( ) Certo. ( ) Errado. 25 (Marinha - 2012 - Quadro Técnico - Primeiro Tenente – Direito) Considere as assertivas abaixo, acerca do "concurso de agentes" no Direito Penal Militar. I - De acordo com o Código Penal Militar, a pena é agravada em relação ao agente que promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes. II - De acordo com o Código Penal Militar, a pena é atenuada em relação ao agente que instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade, ou não punível em virtude de condição ou qualidade especial. III - De acordo com o Código Penal Militar, a pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação no crime é de somenos importância. IV - De acordo com o Código Penal Militar, na prática de crime de autoria coletiva necessária, somente os oficiais podem ser considerados cabeças. V - De acordo com o Código Penal Militar, o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio sempre são puníveis, ainda que o crime não chegue, pelo menos, a ser tentado. Assinale a opção correta. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 34 PMMG A) Apenas as assertivas I, III e IV são verdadeiras. B) Apenas as assertivas II e III são verdadeiras. C) Apenas as assertivas III, IV e V são verdadeiras. D) Apenas a assertivas I é verdadeira. E) Apenas as assertivas I e III são verdadeiras. 26 (FUNCAB - 2010 - PM-GO - Soldado da Polícia Militar) Em relação à previsão legal sobre o concurso de agentes no Código Penal Militar,a pena NÃO é agravada em relação ao agente: A) que instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito a sua autoridade. B) que executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. C) cujo participação é de menor importância D) que coage outrem à execução material do crime. E) que promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 35 PMMG 01) A Comentário: A) Correto. Art. 1; B) Incorreto. O CPM vigente foi recepcionado pela Constituição como Lei Ordinária, em que somente assim pode ser alterado por Lei Ordinária, em que modifica um Decreto-Lei formalmente recepcionado; C) Incorreto. Art. 2: ninguém pode ser punido por lei cessada; D) Incorreto. Art 2, § 1º: retroatividade de lei mais benigna; E) Incorreto. Art. 8: atenua quando diversas e é computada quando idênticas. 01) A Comentário: A) Correto. Art. 1; B) Incorreto. O CPM vigente foi recepcionado pela Constituição como Lei Ordinária, em que somente assim pode ser alterado por Lei Ordinária, em que modifica um Decreto-Lei formalmente recepcionado; C) Incorreto. Art. 2: ninguém pode ser punido por lei cessada; D) Incorreto. Art 2, § 1º: retroatividade de lei mais benigna; E) Incorreto. Art. 8: atenua quando diversas e é computada quando idênticas. 02) C Comentário: A) Incorreto. Art. 9, inciso III; B) Incorreto. Art. 6: Ubiquidade para os crimes comissivos e atividade para os crimes omissivos; C) Correto. Art. 2, § 1º e § 2º D) Incorreto. Direito castrense = direito militar. 02) C Comentário: A) Incorreto. Art. 9, inciso III; B) Incorreto. Art. 6: Ubiquidade para os crimes comissivos e atividade para os crimes omissivos; C) Correto. Art. 2, § 1º e § 2º D) Incorreto. Direito castrense = direito militar. 03) Errado Comentário: Art. 5: considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outroseja o do resultado. LUTA para crimes comissivos (Lugar: Ubiquidade; Tempo: Atividade) LATAO para crimes omissivos (Lugar: Atividade; Tempo: Atividade; Omissivos) 03) Errado Comentário: Art. 5: considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado. LUTA para crimes comissivos (Lugar: Ubiquidade; Tempo: Atividade) LATAO para crimes omissivos (Lugar: Atividade; Tempo: Atividade para Omissivos) 04) Errado Comentário: Art. 9, inciso I: os crimes de que trata o CPM quando definidos de modo diverso na lei penal comum (se aplica a todas as pessoas e aos atos delitivos em geral) ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 36 PMMG 05) Certo Comentário: Art. 9, § 2º: os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados [...] 05) Certo Comentário: Art. 9, § 2º: os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados [...] 06) Certo Comentário: Art. 8: a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 06) Certo Comentário: Art. 8: a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 07) A (Art. 7) Comentário: Por que a alternativa D está errada? “A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nesta é computada, quando idênticas. Assim, se for mais severa, a pena cumprida no estrangeiro funcionará, por não ser idêntica, apenas como uma atenuante, não podendo ser computada na pena aqui imposta.” Ser mais severa (+ grave) não significa ser diversa (diferente). Ou seja, caso o militar seja condenado no estrangeiro a 10 anos de prisão e no Brasil for condenado por esse mesmo crime a uma pena de 8 anos de prisão, a condenação em solo nacional não será atenuada, e sim computada, pois, ele já cumpriu + de 8 anos no estrangeiro. 08) E Comentário: A) Incorreto. Art. 7: o Direito Penal Militar não tem os princípios do art. 7º do Código Penal Comum, pois adota-se a extraterritorialidade irrestrita. B) Incorreto. Art. 5: no tempo do crime é adotado a teoria da atividade C) Incorreto. A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. D) Incorreto. Art. 6: teoria da ubiquidade para os crimes comissivos e teoria da atividade para os crimes omissivos E) Correto. Art. 7. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 37 PMMG 10) A Comentário: A) Correto. Art. 10: não é lei penal temporária, é lei penal excepcional. B) Incorreto. Art. 20: os crimes aumentam em 1/3 no tempo de guerra, porém, quando cessado o período, diminui. C) Incorreto. Os efeitos civis persistem também nos crimes militares. D) Incorreto. Não é lícita a combinação de leis. E) Incorreto. A retroatividade benigna se aplica às medidas de segurança. 10) A Comentário: A) Correto. Art. 10: não é lei penal temporária, é lei penal excepcional. B) Incorreto. Art. 20: os crimes aumentam em 1/3 no tempo de guerra, porém, quando cessado o período, diminui. C) Incorreto. Os efeitos civis persistem também nos crimes militares. D) Incorreto. Não é lícita a combinação de leis. E) Incorreto. A retroatividade benigna se aplica às medidas de segurança. 09) Certo Comentário: Art. 5 LUTA para crimes comissivos (Lugar: Ubiquidade; Tempo: Atividade) LATAO para crimes omissivos (Lugar: Atividade; Tempo: Atividade; Omissivos) 09) Certo Comentário: Art. 5 LUTA para crimes comissivos (Lugar: Ubiquidade; Tempo: Atividade) LATAO para crimes omissivos (Lugar: Atividade; Tempo: Atividade para Omissivos) 11) A (Art. 9, inciso II) Comentário: III - Militar em situação de atividade ou assemelhado comete crime militar contra militar da reserva em qualquer circunstância. (Em lugar sujeito à administração militar) IV - Militar durante o período de manobras ou exercício comete crime militar somente contra militar da reserva ou civil. (Contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;) AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 38 PMMG 12) B (Art. 13) Comentário: A) O militar da reserva conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação, somente quando contra ele é praticado crime militar. (Quando pratica ou contra ele é praticado crime militar); C) O oficial da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto, quando pratica ou contra ele é praticado crime militar, o que não ocorre com a praça, por não haverem tais prerrogativas em relação à sua graduação. (O militar da reserva, ou reformado); D) O militar da reserva ou reformado não goza de prerrogativas do posto ou graduação relativas à aplicação da lei penal militar. (Conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação). 12) B (Art. 13) Comentário: A) O militar da reserva conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação, somente quando contra ele é praticado crime militar. (Quando pratica ou contra ele é praticado crime militar); C) O oficial da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto, quando pratica ou contra ele é praticado crime militar, o que não ocorre com a praça, por não haverem tais prerrogativas em relação à sua graduação. (O militar da reserva, ou reformado); D) O militar da reserva ou reformado não goza de prerrogativas do posto ou graduação relativas à aplicação da lei penal militar. (Conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação). 13) C (Art. 2) Comentário: A) Há crime sem lei anterior que o defina e pena sem prévia cominação legal. Art. 1 (não há crime..); B) Considera-se praticado o crime no momento da ação, omissão ou do resultado. Art. 5 (ainda que outro seja o do resultado); D) Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, e não no local onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Art. 6 (bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 13) C (Art. 2) Comentário: A) Há crime sem lei anterior que o defina e pena sem prévia cominação legal. Art. 1 (não há crime..); B) Considera-se praticado o crime no momento da ação, omissão ou do resultado. Art. 5 (ainda que outro seja o do resultado); D) Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, e não no local onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Art. 6 (bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 14) Certo (Art. 30) Comentário: Pena de tentativa (Parágrafo único) - Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuída de 1/3 a 2/3, podendo o juiz, no caso de excepcionalgravidade, aplicar a pena do crime consumado. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 39 PMMG 15) C (Art. 36 = erro de fato) Comentário: A) Incorreto. Erro de direito (Art. 35 CPM) = erro de proibição (Art. 21 CP). Porém é erro de fato/tipo. B) Incorreto. Erro de direito (Art. 35 CPM) = erro de proibição (Art. 21 CP). Conduta atípica no CP. C) Correto. Erro de fato é isento de pena se escusável (Art. 36 CPM) e o erro de tipo exclui o dolo se escusável (Art. 20 CP); D) Incorreto. Erro de fato é isento de pena se escusável (Art. 36 CPM) e o erro de tipo exclui o dolo se escusável (Art. 20 CP); E) Incorreto. Erro de direito (Art. 35 CPM) = erro de proibição (Art. 21 CP). Erro de fato é isento de pena se escusável (Art. 36 CPM). 16) Errado (teoria diferenciadora) Comentário: Art. 43: estado de necessidade justificante (exclui-se o crime). Ex: “A” sacrifica bem menor para salvar bem maior. Art. 39: estado de necessidade exculpante (exclui-se a culpa). Ex: “A” sacrifica bem maior para salvar bem menor (há relações de parentesco). 17) E (Art. 29) Comentário: Art. 29, § 2º - A omissão é relevante como causa quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; a quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; e a quem, com seu comportamento anterior, criou o risco de sua superveniência. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 40 PMMG 18) C (Art. 47) Comentário: A) Correto. Art. 42: exclusão de crime; B) Correto. CMP e CP definem o estado de necessidade e a legitima defesa e não definem o estrito cumprimento do dever legal, nem exercício regular do direito (mencionado no Art. 42 do CPM = Art. 23 CP); C) Incorreto. Art. 47, inciso II: deixam de ser elementos constitutivos do crime: a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou a de sentinela, vigia, ou plantão, quando a ação é praticada em repulsa a agressão; D) Correto. Art. 43: estado de necessidade, como excludente do crime; E) Correto. Art. 39: estado de necessidade, com excludente de culpabilidade. 19) C Comentário: Erro de fato: isenta pena se escusável (Art. 36 CPM); Erro de tipo: exclui o dolo se escusável (Art. 20 CP); Erro de direito: pena atenuada ou substituída (Art. 35 CPM); Erro de proibição: isenta pena se inevitável e diminui se evitável (Art. 21 CP). 20) A Comentário: A) Correto. (Art. 39) [...] desde que não lhe era razoavelmente exigível conduta diversa; B) Incorreto. (Art. 44) entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Ou seja, não estabelece distinção; C) Incorreto. Art. 39: exculpante e Art. 43: justificante; D) Incorreto. CPM: teoria diferenciadora x CP: teoria unitária; E) Incorreto. (Art. 45) O excesso escusável é aplicável à legítima defesa no CPM e não é previsto no CP. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 41 PMMG 21) E (Art. 53, § 5º) Comentário: A) Art. 53, § 1º - A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos outros, determinando-se segundo a sua própria culpabilidade [...]; B) Art. 53, § 2º - A pena é agravada em relação ao agente que [...]; C) Art. 53. § 5º - Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais [...]; D) Art. 53, § 3º - A pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação no crime é de somenos importância. 22) Certo (Art. 53, § 5º) Comentário: [...] havendo participação de oficiais em crime militar, ainda que de menor importância, para todos os efeitos penais, eles devem ser considerados como “cabeças”. § 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais, são estes considerados cabeças, assim como os inferiores que exercem função de oficial. 23) B (Art. 53, § 1º) Comentário: § 1º A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos outros, determinando-se segundo a sua própria culpabilidade. Não se comunicam, outrossim, as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. 24) Certo (Art. 53) Comentário: a única teoria adotada no CPM é a teoria monista ou unitária (há apenas um crime, por mais que mais pessoas dele participe). A título de curiosidade, as outras teorias não adotadas são a teoria dualista (há dois crimes, um cometido pelos coautores e outro pelos participes) e a teoria pluralista (haverá tantos crimes quantos forem os agentes). “Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas.” Sendo assim, todos os autores cometem o mesmo crime. Atenção no § 3º, a pena é atenuada se participação no crime é de menor importância. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 42 PMMG 25) E (Arts. 53 e 54) Comentário: I – Certo. Art. 53, § 2º, inciso I - promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; II – Errado. Art. 53, § 2º - A pena é agravada em relação ao agente que: III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade, ou não punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; III – Certo. Art. 53, § 3º - A pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação no crime é de somenos importância. IV – Errado. Art. 53, § 4º - Na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam se cabeças os que dirigem, provocam, instigam ou excitam a ação. V – Errado. Art. 54 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição em contrário, não são puníveis se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 26) C Comentário: Atenuação de pena. Art. 53, § 3º - A pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação no crime é de somenos importância. AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 43 PMMG
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