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1 CPM - Parte geral - TITULOS I II e IV PMMG

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Decreto-Lei nº 1001/69 
Código Penal 
Militar 
 
AULA 01 
 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 1 
PMMG 
 
 
SUMÁRIO 
 
DECRETO-LEI Nº 1.001, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969 ....................................................................2 
TÍTULO I - DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR .................................................................... 2 
Crimes militares em tempo de paz (Art. 9º) ................................................................................9 
Crimes militares em tempo de guerra (Art. 10º) .......................................................................10 
QUESTÕES ......................................................................................................................................13 
TÍTULO II – DO CRIME ........................................................................................................... 19 
QUESTÕES ......................................................................................................................................26 
TÍTULO IV – DO CONCURSO DE AGENTES .............................................................................. 30 
QUESTÕES ......................................................................................................................................32 
GABARITO COMENTADO ...............................................................................................................35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 2 
PMMG 
 
 
 
 
 
Segundo o Instituto AOCP, o direito penal militar é o ramo especializado do direito penal, 
cujo corpo de normas se volta à instituição de infrações penais militares, com as sanções 
pertinentes, voltadas a garantir os princípios basilares das Forças Armadas, constituídos pela 
hierarquia e pela disciplina. As normas do direito penal militar estão contidas no código penal 
militar (CPM), instituído em outubro de 1969 pelo Decreto-Lei nº 1.001/1969. 
 
 Neste material, você estudará a aplicação da lei penal militar, contida na primeira parte 
da legislação, trazendo toda a sua teoria. 
 
 
 
Princípio de 
legalidade 
Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legal. 
 
Lei 
supressiva de 
incriminação 
Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei 
posterior deixa de considerar crime, cessando, 
em virtude dela, a própria vigência de sentença 
condenatória irrecorrível, salvo quanto aos 
efeitos de natureza civil. 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 3 
PMMG 
 
 
Retroatividade 
de lei mais 
benigna 
§ 1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, 
favorece o agente, aplica-se retroativamente, 
ainda quando já tenha sobrevindo sentença 
condenatória irrecorrível. 
 
Apuração 
da maior 
benignidade 
§ 2° Para se reconhecer qual a mais favorável, a 
lei posterior e a anterior devem ser consideradas 
separadamente, cada qual no conjunto de suas 
normas aplicáveis ao fato. 
 
Medidas de 
segurança 
Art. 3º As medidas de segurança regem-se pela lei 
vigente ao tempo da sentença, prevalecendo, 
entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da 
execução. 
 
Lei excepcional 
ou temporária 
Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora 
decorrido o período de sua duração ou cessadas 
as circunstâncias que a determinaram, aplica-se 
ao fato praticado durante sua vigência. 
 
Tempo do crime 
Art. 5º Considera-se praticado o crime no 
momento da ação ou omissão, ainda que outro 
seja o do resultado. 
Lugar do crime 
Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em 
que se desenvolveu a atividade criminosa, no 
todo ou em parte, e ainda que sob forma de 
participação, bem como onde se produziu ou 
deveria produzir-se o resultado. Nos crimes 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 4 
PMMG 
 
 
omissivos, o fato considera-se praticado no lugar 
em que deveria realizar-se a ação omitida. 
Territorialida-
de, Extraterri-
torialidade 
Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo 
de convenções, tratados e regras de direito 
internacional, ao crime cometido, no todo ou em 
parte no território nacional, ou fora dele, ainda 
que, neste caso, o agente esteja sendo 
processado ou tenha sido julgado pela justiça 
estrangeira. 
 
Território 
nacional por 
extensão 
§ 1° Para os efeitos da lei penal militar 
consideram-se como extensão do território 
nacional as aeronaves e os navios brasileiros, 
onde quer que se encontrem, sob comando 
militar ou militarmente utilizados ou ocupados 
por ordem legal de autoridade competente, ainda 
que de propriedade privada. 
 
Ampliação a 
aeronaves ou 
navios 
estrangeiros 
. 
§ 2º É também aplicável a lei penal militar ao 
crime praticado a bordo de aeronaves ou navios 
estrangeiros, desde que em lugar sujeito à 
administração militar, e o crime atente contra as 
instituições militares. 
 
Conceito de 
navio 
§ 3º Para efeito da aplicação deste Código, 
considera-se navio toda embarcação sob 
comando militar. 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 5 
PMMG 
 
 
Pena cumprida 
no estrangeiro 
Art. 8° A pena cumprida no estrangeiro atenua a 
pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, 
quando diversas, ou nela é computada, quando 
idênticas. 
 
Militares 
estrangeiros 
Art. 11. Os militares estrangeiros, quando em 
comissão ou estágio nas forças armadas, ficam 
sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado o 
disposto em tratados ou convenções 
internacionais. 
 
Equiparação a 
militar da ativa 
Art. 12. O militar da reserva ou reformado, 
empregado na administração militar, equipara-se 
ao militar em situação de atividade, para o efeito 
da aplicação da lei penal militar. 
Militar da 
reserva ou 
reformado 
Art. 13. O militar da reserva, ou reformado, 
conserva as responsabilidades e prerrogativas do 
posto ou graduação, para o efeito da aplicação da 
lei penal militar, quando pratica ou contra ele é 
praticado crime militar. 
 
Defeito de 
incorporação 
Art. 14. O defeito do ato de incorporação não 
exclui a aplicação da lei penal militar, salvo se 
alegado ou conhecido antes da prática do crime. 
Tempo de 
guerra 
Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da 
aplicação da lei penal militar, começa com a 
declaração ou o reconhecimento do estado de 
guerra, ou com o decreto de mobilização se nele 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 6 
PMMG 
 
 
estiver compreendido aquele reconhecimento; e 
termina quando ordenada a cessação das 
hostilidades. 
Contagem de 
prazo 
Art. 16. No cômputo dos prazos inclui-se o dia do 
começo. Contam-se os dias, os meses e os anos 
pelo calendário comum. 
Legislação 
especial. 
Salário-mínimo 
Art. 17. As regras gerais deste Código aplicam-se 
aos fatos incriminados por lei penal militar 
especial, se esta não dispõe de modo diverso. Para 
os efeitos penais, salário-mínimo é o maior 
mensal vigente no país, ao tempo da sentença. 
 
Crimes 
praticados em 
prejuízo de país 
aliado 
Art. 18. Ficam sujeitos às disposições deste Código 
os crimes praticados em prejuízo de país em 
guerra contra país inimigo do Brasil:I - se o crime é praticado por brasileiro; 
II - se o crime é praticado no território nacional, 
ou em território estrangeiro, militarmente 
ocupado por força brasileira, qualquer que seja o 
agente. 
 
Infrações 
disciplinares 
Art. 19. Este Código não compreende as infrações 
dos regulamentos disciplinares. 
Crimes 
praticados em 
tempo de 
guerra 
Art. 20. Aos crimes praticados em tempo de 
guerra, salvo disposição especial, aplicam-se as 
penas cominadas para o tempo de paz, com o 
aumento de um terço. 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 7 
PMMG 
 
 
Assemelhado 
Art. 21. Considera-se assemelhado o servidor, 
efetivo ou não, dos Ministérios da Marinha, do 
Exército ou da Aeronáutica, submetido a preceito 
de disciplina militar, em virtude de lei ou 
regulamento. 
 
Pessoa 
considerada 
militar 
Art. 22. É considerada militar, para efeito da 
aplicação deste Código, qualquer pessoa que, em 
tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às 
forças armadas, para nelas servir em posto, 
graduação, ou sujeição à disciplina militar. 
 
Equiparação a 
comandante 
Art. 23. Equipara-se ao comandante, para o efeito 
da aplicação da lei penal militar, toda autoridade 
com função de direção. 
Conceito de 
superior 
Art. 24. O militar que, em virtude da função, 
exerce autoridade sobre outro de igual posto ou 
graduação, considera-se superior, para efeito da 
aplicação da lei penal militar. 
Crime praticado 
em presença do 
inimigo 
Art. 25. Diz-se crime praticado em presença do 
inimigo, quando o fato ocorre em zona de efetivas 
operações militares, ou na iminência ou em 
situação de hostilidade. 
Referência a 
"brasileiro" ou 
"nacional" 
Art. 26. Quando a lei penal militar se refere a 
"brasileiro" ou "nacional", compreende as pessoas 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 8 
PMMG 
 
 
enumeradas como brasileiros na Constituição do 
Brasil. 
Estrangeiros 
Parágrafo único. Para os efeitos da lei penal 
militar, são considerados estrangeiros os 
apátridas e os brasileiros que perderam a 
nacionalidade. 
 
Os que se 
compreendem, 
como 
funcionários da 
Justiça Militar 
Art. 27. Quando este Código se refere a 
funcionários, compreende, para efeito da sua 
aplicação, os juízes, os representantes do 
Ministério Público, os funcionários e auxiliares da 
Justiça Militar. 
 
Casos de 
prevalência do 
Código Penal 
Militar 
Art. 28. Os crimes contra a segurança externa do 
país ou contra as instituições militares, definidos 
neste Código, excluem os da mesma natureza 
definidos em outras leis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 9 
PMMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei penal 
comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; 
II - os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando 
praticados: 
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as 
instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso 
I, como os do inciso II, nos seguintes casos: 
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma 
situação ou assemelhado; 
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à 
administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou 
civil; 
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza 
militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar 
contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; 
 d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, 
ou reformado, ou assemelhado, ou civil; 
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a 
administração militar, ou a ordem administrativa militar; 
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa 
militar; 
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou 
assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no 
exercício de função inerente ao seu cargo; 
c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, 
observação, exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras; 
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função 
de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e 
preservação da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente 
requisitado para aquele fim, ou em obediência a determinação legal superior. 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 10 
PMMG 
 
 
 
§ 1º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares 
contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri. 
 
 
§ 2º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por 
militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, 
se praticados no contexto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I - do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da 
República ou pelo Ministro de Estado da Defesa; 
II - de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que 
não beligerante; ou 
III - de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou 
de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da 
Constituição Federal. 
I - os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra; 
 
I - os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra; 
II - os crimes militares previstos para o tempo de paz; 
 
II - os crimes militares previstos para o tempo de paz; 
III - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na 
lei penal comum ou especial, quando praticados, qualquer que seja o agente: 
 
IV - os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste 
Código, quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em território 
estrangeiro, militarmente ocupado. 
a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado; 
b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparação, a 
eficiência ou as operações militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a 
segurança externa do País ou podem expô-la a perigo; 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 11 
PMMG 
 
 
PARA NÃO ESQUECER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crimes comissivos: LUTA (Lugar: Ubiquidade; Tempo: Atividade) 
Crimes omissivos: LATAO (Lugar: Atividade; Tempo: Atividade; Omissivo) 
Forças Armadas: Marinha, Aeronáutica e Exército. 
Teoria da atividade
Teoria do resultado
Teoria da ubiquidade
O CPM adota a TEORIA DA ATIVIDADE, ou seja, para fins de aplicação da lei penal militar, 
considera-se tempo do crime aquele em que ocorre a ação ou omissão, 
independentemente de quando ocorre o resultado. 
 
 
O CPM adota a TEORIA DA ATIVIDADE, ou seja, parafins de aplicação da lei penal militar, 
considera-se tempo do crime aquele em que ocorre a ação ou omissão, 
independentemente de quando ocorre o resultado. 
 
O CPM adota a TEORIA DA UBIQUIDADE, podendo, assim, ser tanto o local em que 
ocorreu a conduta quanto aquele em que que ocorreu o resultado e ainda menciona a 
“participação” como meio de evitar que esta se exclua do cenário do lugar do crime. 
Teoria da atividade
Teoria do resultado
Teoria da ubiquidade
Art. 8° A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo 
crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
 
C.I-D.A. (Computa = Idêntica ou Diferente = Atenua) 
 
 
Art. 8° A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo 
crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
 
C.I-D.A. (Computa = Idêntica ou Diferente = Atenua) 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 12 
PMMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO AOS § 1º E § 2º (ART. 9) 
 
 
Art. 9 ANTES da Lei nº 13.491/17 
Crime militar era apenas aquele previsto 
no CPM e aqueles não previstos no CPM, 
mas augurados em outras leis, eram 
julgados como crime comuns, mesmo se 
praticado por militar. 
 
QUESTÕESArt. 9 ANTES da Lei nº 
13.491/17 
Crime militar era apenas aquele previsto 
no CPM e aqueles não previstos no CPM, 
mas augurados em outras leis, eram 
julgados como crime comuns, mesmo se 
praticado por militar. 
Art. 9 DEPOIS da Lei nº 13.491/17 
Seu novo texto, passou a conter “e os 
previstos na legislação penal”, ampliando 
a competência da Justiça Militar. Sendo 
assim, os crimes configurados no art. 9 
podem ser considerados crimes militares. 
 
Art. 9 DEPOIS da Lei nº 13.491/17 
Seu novo texto, passou a conter “e os 
previstos na legislação penal”, ampliando 
a competência da Justiça Militar. Sendo 
assim, os crimes configurados no art. 9 
podem ser considerados crimes militares. 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 13 
PMMG 
 
 
 
01 (INSTITUTO AOCP - 2018 - PM-SC - Aspirante da Polícia Militar) O direito penal militar é um 
ramo especializado, cujo corpo de normas se volta à instituição de infrações penais militares, 
com as sanções pertinentes, voltadas a garantir os princípios basilares das Forças Armadas, 
constituídos pela hierarquia e pela disciplina. Quanto ao direito penal militar vigente no Brasil, 
assinale a alternativa correta. 
A) O direito penal militar contempla o princípio constitucional da legalidade, qual seja, não 
há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
B) Por se tratar de ramo peculiar do Direito, o direito penal militar não precisa guardar 
coerência com o direito constitucional vigente desde 1988. 
C) O militar infrator pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime. 
D) A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente não pode ser aplicada 
retroativamente. 
E) A pena cumprida no estrangeiro não atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime. 
 
02 (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) Assinale a opção correta com base no direito 
penal militar. 
A) Os crimes contra a administração militar são crimes militares próprios, ou seja, não são 
perpetrados por civis. 
B) No tocante ao lugar do crime, o CPM aplica a teoria da ubiquidade para os crimes 
comissivos e omissivos, do mesmo modo que o CP. 
C) O CPM admite retroatividade de lei mais benigna e dispõe que a norma penal posterior 
que favorecer, de qualquer outro modo, o agente deve ser aplicada retroativamente, 
ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. O referido código 
determina também que, para se reconhecer qual norma é mais benigna, a lei posterior e 
a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas 
aplicáveis ao fato. 
D) No sistema penal castrense, a ação penal é, em qualquer hipótese, pública e 
incondicionada, por expressa disposição do CPM. 
E) Nas infrações penais conexas, especificamente em relação aos crimes militares próprios, 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 14 
PMMG 
 
 
a declaração de extinção da punibilidade de um dos delitos impede que este agrave a 
pena resultante dos demais delitos da conexão. 
 
03 (Prova: CESPE - 2010 - DPU - Defensor Público Federal) Diversamente do direito penal 
comum, o direito penal militar consagrou a teoria da ubiquidade, ao considerar como tempo do 
crime tanto o momento da ação ou omissão do agente quanto o momento em que se produziu 
o resultado. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
04 (CESPE - 2018 - MPU - Analista do MPU – Direito) Julgue o próximo item, com base em normas 
do direito penal militar. 
Os crimes militares em tempo de paz são somente aqueles que constam no Código Penal 
Militar, mesmo que alguns deles tenham igual definição na lei penal comum. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
05 (CESPE - 2018 - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária) À luz do Código Penal Militar, julgue 
o item a seguir, no que diz respeito a aplicação da lei penal, imputabilidade penal, crime e 
extinção da punibilidade. 
Situação hipotética: Um soldado das Forças Armadas, no cumprimento das atribuições que 
lhe foram estabelecidas pelo ministro de Estado da Defesa, cometeu crime doloso contra a 
vida de um civil. Assertiva: Nessa situação, o autor do delito deverá ser processado e julgado 
pela justiça militar da União. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
06 (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área 
XVII) Julgue o item que se segue, a respeito da justiça militar. 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 15 
PMMG 
 
 
O crime militar cometido no exterior é enquadrado na lei penal militar brasileira, de acordo 
com o Código Penal Militar. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
07 (CESPE - 2013 - STM - Juiz-Auditor Substituto) A respeito da lei penal militar no espaço, 
do lugar do crime e da pena cumprida no estrangeiro, assinale a opção correta. 
A) O CPM pune o infrator aos seus preceitos, qualquer que seja sua nacionalidade ou o lugar 
onde tenha delinquido, dentro ou fora do território nacional, processado ou julgado por 
justiça estrangeira. 
B) Os prédios das embaixadas não são considerados, para o direito penal militar, como 
extensão do território nacional, visto que pertencem aos Estados que representam. 
C) Para a verificação do lugar do crime, o CPM adotou, apenas, a teoria da atividade, 
considerando praticado o fato no lugar em que se tiver desenvolvido a atividade 
criminosa. 
D) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, 
quando diversas, ou nesta é computada, quando idênticas. Assim, se for mais severa, a 
pena cumprida no estrangeiro funcionará, por não ser idêntica, apenas como uma 
atenuante, não podendo ser computada na pena aqui imposta. 
E) Da mesma forma que o CP, o CPM adota, como regra, o princípio da territorialidade e, 
como exceção, o princípio da extraterritorialidade. 
 
08 (CESPE - 2013 - STM - Juiz-Auditor Substituto) Com relação a tempo e lugar do crime, bem 
como à territorialidade e extraterritorialidade da lei penal militar, assinale a opção correta à 
luz do CPM e da doutrina de referência. 
A) No que se refere à aplicação da lei penal militar no espaço, adota-se no CPM, de forma 
expressa, os princípios da justiça universal ou cosmopolita, da personalidade ou 
nacionalidade e da defesa real.B) No CPM, é adotada a teoria mista em relação ao tempus delictis, considerando-se 
praticado o crime tanto no momento da conduta ou omissão quanto no momento do 
resultado do crime. 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 16 
PMMG 
 
 
C) Para os crimes permanentes e continuados, é estabelecida no CPM regra específica em 
relação ao tempo do crime, adotando-se a teoria da atividade, que se fundamenta nos 
princípios constitucionais da legalidade e da ultratividade da lei penal mais favorável ao 
réu. 
D) Diferentemente do sistema adotado no CP, no CPM considera-se lugar do crime apenas o 
lugar onde se tenha produzido ou deveria produzir-se o resultado, consoante a teoria do 
resultado. 
E) A extraterritorialidade da lei penal militar constitui regra geral no CPM, a qual se aplica, 
inclusive, ao caso de o agente — de qualquer nacionalidade — ter praticado crime militar 
e estar sendo processado ou ter sido julgado por justiça estrangeira. 
 
09 (CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Execução de Mandados – Específicos) Em relação 
ao tempo do crime, o Código Penal Militar adotou a teoria da atividade. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
10 (CESPE - 2013 - STM - Juiz-Auditor Substituto) Assinale a opção correta a respeito da aplicação 
da lei penal militar no tempo e das leis penais excepcionais e temporárias. 
A) As normas do CPM relativas aos crimes militares praticados em tempo de guerra não 
constituem exemplo de lei penal temporária. 
B) Aos condenados por crimes praticados em tempo de guerra serão aplicadas as penas mais 
severas estabelecidas, ainda que a sentença condenatória seja proferida depois da 
cessação do estado de guerra. 
C) Ao contrário do que ocorre no direito penal comum, no direito penal militar, a lei posterior 
que deixa de considerar determinado fato como crime estende-se aos efeitos de natureza 
civil. 
D) De acordo com o CPM, para se reconhecer qual a lei mais favorável, a lei posterior e a 
anterior devem ser combinadas, extraindo-se de cada uma delas o dispositivo que mais 
beneficie o réu. 
E) O princípio da retroatividade benigna não é aplicável às medidas de segurança. 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 17 
PMMG 
 
 
11 (CFSD QPPM - 2019) Em relação aos crimes militares em tempo de paz, previstos no CPM, 
analise as assertivas e marque a alternativa CORRETA: 
I - Militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em 
formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar comete crime militar contra 
militar da reserva, ou reformado, ou civil. 
II - Militar em situação de atividade ou assemelhado comete crime militar em lugar sujeito à 
administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil. 
III - Militar em situação de atividade ou assemelhado comete crime militar contra militar da 
reserva em qualquer circunstância. 
IV - Militar durante o período de manobras ou exercício comete crime militar somente contra 
militar da reserva ou civil. 
V - Militar em situação de atividade, ou assemelhado, comete crime militar contra o 
patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar. 
A alternativa CORRETA é: 
A) Somente as assertivas I, II e V estão corretas. 
B) Somente as assertivas I, III e IV estão corretas. 
C) Somente a assertiva II está correta. 
D) Todas as assertivas estão corretas. 
 
12 (CFSD QPPM - 2019) Para os efeitos da aplicação da lei penal militar, é CORRETO afirmar: 
A) O militar da reserva conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação, 
somente quando contra ele é praticado crime militar. 
B) O militar da reserva, ou reformado, empregado na administração militar, equipara-se ao 
militar em situação de atividade, para o efeito da aplicação da lei penal militar. 
C) O oficial da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto, 
quando pratica ou contra ele é praticado crime militar, o que não ocorre com a praça, por não 
haverem tais prerrogativas em relação à sua graduação. 
D) O militar da reserva ou reformado não goza de prerrogativas do posto ou graduação 
relativas à aplicação da lei penal militar. 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 18 
PMMG 
 
 
 
13 (CFSD QPPM - 2017) Sobre a aplicação da Lei Penal Militar, considerando o regramento 
estabelecido no Código Penal Militar, marque a alternativa CORRETA: 
A) Há crime sem lei anterior que o defina e pena sem prévia cominação legal. 
B) Considera-se praticado o crime no momento da ação, omissão ou do resultado. 
C) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, 
em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos 
efeitos de natureza civil. 
D) Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, e 
não no local onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 19 
PMMG 
 
 
 
 
Art. 29. O resultado de que depende a existência do crime somente é 
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão 
sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
O que isso significa? Tudo o que foi fundamental para que ocorresse aquele crime faz 
parte das causas do crime. Sendo assim, quem foi responsável por uma ou mais causa(s) é 
responsável pelo crime. Será mesmo? 
 
§ 1º A superveniência de causa relativamente independente exclui a 
imputação quando, por si só, produziu o resultado. Os fatos anteriores, 
imputam-se, entretanto, a quem os praticou. 
 
O resultado só pode ter sido considerado causado pelas causas essenciais e diretamente 
ligados a ele. Caso não tivesse esse parágrafo, o vendedor da arma que matou um indivíduo, por 
exemplo, seria culpado e sabemos que não é bem assim. 
 
§ 2º A omissão é relevante como causa quando o omitente devia e podia 
agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
 
 
 
 
 
 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
Art. 31. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na 
execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos 
já praticados. 
1. dever legal; 
2. consentimento; 
3. ingerência. 
/
1. Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou 
vigilância; 
2. A quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade de 
impedir o resultado; 
3. A quem, com seu comportamento anterior, criou o risco de 
sua superveniência. 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 20 
PMMG 
 
 
Crime impossível 
Art. 32. Quando, por ineficácia absoluta do meio empregado ou por 
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime, 
nenhuma pena é aplicável. 
 
 
Tempo do crime - Art. 5º Considera-
se praticado o crime no momento 
da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o do resultado. 
 
Pena de tentativa - Parágrafo único. 
Pune-se a tentativa com a pena 
correspondente ao crime, diminuída 
de 1/3 a 2/3, podendo o juiz, no caso 
de excepcional gravidade, aplicar a 
pena do crime consumado. 
 
 
CULPABILIDADE 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 21 
PMMGNenhuma pena sem culpabilidade 
Art. 34. Pelos resultados que agravam especialmente as penas só 
responde o agente quando os houver causado, pelo menos, 
culposamente. 
 
 
 
 
Erro de 
direito (CPM) 
= Erro de 
proibição (CP) 
Art. 35. A pena pode ser atenuada ou 
substituída por outra menos grave quando o 
agente, salvo em se tratando de crime que 
atente contra o dever militar, supõe lícito o 
fato, por ignorância ou erro de interpretação 
da lei, se escusáveis. 
Ex. “A” adquire um produto 
(máquina) acreditando 
possuir determinada 
finalidade (lavar louça), 
quando na verdade, está 
equivocado (lavar roupas). 
Erro de fato 
(CPM) 
= Erro de tipo 
(CP) 
Art. 36. É isento de pena quem, ao praticar o 
crime, supõe, por erro plenamente escusável, 
a inexistência de circunstância de fato que o 
constitui ou a existência de situação de fato que 
tornaria a ação legítima. 
Ex. O juiz de futebol 
conhece as regras, mas 
interpreta um lance de 
maneira equivocada, de 
acordo com o que viu. 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 22 
PMMG 
 
 
Erro culposo 
§ 1º Se o erro deriva de culpa, a este título 
responde o agente, se o fato é punível como 
crime culposo. 
Ex. O médico receita 10 cm3 
de uma substância, quando 
deveria receitar 1 cm3. 
Erro 
provocado 
§ 2º Se o erro é provocado por terceiro, 
responderá este pelo crime, a título de dolo ou 
culpa, conforme o caso. 
Ex. A enfermeira, por falta 
de atenção, não observa o 
engano do médico e injeta a 
substância, causando a 
morte do paciente. 
Erro sobre a 
pessoa 
Art. 37. Quando o agente, por erro de 
percepção ou no uso dos meios de execução, 
ou outro acidente, atinge uma pessoa em vez 
de outra, responde como se tivesse praticado 
o crime contra aquela que realmente 
pretendia atingir. Devem ter-se em conta não 
as condições e qualidades da vítima, mas as da 
outra pessoa, para configuração, qualificação 
ou exclusão do crime, e agravação ou 
atenuação da pena. 
Ex. “A” tinha a intenção de 
atropelar “B”, porém, ela 
conseguiu escapar, mas “C” 
acabou sendo atingido. 
Erro quanto 
ao bem 
jurídico 
§ 1º Se, por erro ou outro acidente na 
execução, é atingido bem jurídico diverso do 
visado pelo agente, responde este por culpa, se 
o fato é previsto como crime culposo. 
Ex. “A” atira no carro de 
“C”, erra, acertando em 
“B”. 
Duplicidade 
do resultado 
§ 2º Se, no caso do artigo, é também atingida a 
pessoa visada, ou, no caso do parágrafo 
anterior, ocorre ainda o resultado pretendido, 
aplica-se a regra do art. 79. 
Art. 79. Quando o agente, 
mediante 1 ou + ação ou 
omissão, pratica 2 ou + 
crimes, idênticos ou não, as 
penas privativas de 
liberdade devem ser 
unificadas. Se as penas são 
da mesma espécie, a pena 
única é a soma de tôdas; se, 
de espécies diferentes, a 
pena única e a mais grave, 
mas com aumento 
correspondente à metade 
do tempo das menos 
graves. 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 23 
PMMG 
 
 
 
 
Estado de necessidade, com excludente de culpabilidade 
Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio 
ou de pessoa a quem está ligado por estreitas relações de parentesco 
ou afeição, contra perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de 
outro modo evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao 
direito protegido, desde que não lhe era razoavelmente exigível conduta 
diversa. 
Estado de necessidade, como excludente do crime 
Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para 
preservar direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que não 
provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal causado, 
por sua natureza e importância, é consideravelmente inferior ao mal 
evitado, e o agente não era legalmente obrigado a arrostar o perigo. 
Teoria 
diferenciadora: 
estado de 
necessidade 
EXCULPANTE 
/
Teoria 
diferenciadora: 
estado de 
necessidade 
JUSTIFICANTE 
/
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 24 
PMMG 
 
 
Coação física ou material 
Art. 40. Nos crimes em que há violação do dever militar, o agente não 
pode invocar coação irresistível senão quando física ou material. 
Atenuação de pena 
Art. 41. Nos casos do art. 38, letras a e b, se era possível resistir à coação, 
ou se a ordem não era manifestamente ilegal; ou, no caso do art. 39, se 
era razoavelmente exigível o sacrifício do direito ameaçado, o juiz, tendo 
em vista as condições pessoais do réu, pode atenuar a pena. 
Legítima defesa 
Art. 44. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente 
dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a 
direito seu ou de outrem. 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 25 
PMMG 
 
 
 
 
QUESTÃO DE PROVA! Atenção ao exemplo do parágrafo único: 
- Provavelmente você já deve ter assistido alguns filmes de guerra. Agora imagina que 
você está em um deles. Você está guerreando contra “B” e avisam que “C” se aliou com a 
tropa inimiga. O que você faria? Talvez tenha pensado em desistir e fugir dali, então, neste 
caso, o comandante pode “fazer de tudo” para que isso não ocorra, não sendo considerado 
crime (direito penal militar), mesmo se por meios violentos. Entendeu? 
 
 
 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 26 
PMMG 
 
 
 
14 (CESPE – 2017 – DPU – Defensor Público Federal) Acerca da aplicação da lei penal militar, dos 
crimes militares e da aplicação da pena no âmbito militar, cada um do item que se segue 
apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
Um oficial foi preso em flagrante delito pelo cometimento de crime militar que não se consumou 
por circunstâncias alheias à sua vontade, tendo sido denunciado e se tornado réu em ação penal 
militar. Nessa situação, a depender da gravidade, o juiz poderá aplicar a pena do crime 
consumado, sem diminuí-la. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
15 (VUNESP – 2016 – TJM-SP – Juiz de Direito Substituto) O autor que, ao praticar o crime, supõe, 
por erro plenamente escusável, a inexistência de circunstância de fato que o constitui: 
A) poderá ter a pena atenuada ou substituída por outra menos grave, nos termos do Código 
Penal Militar, e terá sua conduta considerada como atípica, nos termos do Código Penal 
Comum. 
B) poderá ter a pena atenuada ou substituída por outra menos grave, nos termos do Código 
Penal Comum, e terá sua conduta considerada como atípica, nos termos do Código Penal 
Militar. 
C) será isento de pena, nos termos do Código Penal Militar, e terá excluído o dolo, nos 
termos do Código Penal Comum. 
D) será isento de pena, nos termos do Código Penal Comum, e terá excluído o dolo, nos 
termos do Código Penal Militar. 
E) poderá ter a pena atenuada ou substituída por outra menos grave, salvo em se tratando 
de crime que atente contra o dever militar, nos termos do Código Penal Militar, e será 
isento de pena, nos termos do Código Penal Comum. 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-dpu-defensor-publico-federal
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 27 
PMMG 
 
 
16 (CESPE – 2018 – STM – Analista Judiciário – Área Judiciária) À luz do Código Penal Militar, 
julgue o item a seguir, no que diz respeito a aplicação da lei penal,imputabilidade penal, crime e 
extinção da punibilidade. 
Situação hipotética: Durante operação conjunta das Forças Armadas, um sargento danificou 
patrimônio militar. Em sua defesa, ele argumentou que agiu em estado de necessidade, não 
tendo podido, por esta razão, evitar o dano causado. 
Assertiva: Nessa situação, o estado de necessidade, se comprovado, será considerado excludente 
do crime, independentemente da valoração do bem sacrificado. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
17 (CESPE – 2015 – TJ-DFT – Juiz de Direito Substituto) Francisco, Pedro e Fábio, todos policiais 
militares, estavam de serviço em uma mesma guarnição comandada por Pedro, até as seis horas 
da manhã, quando, por volta das quatro horas da manhã, em via pública, se depararam com Abel, 
de vinte e três anos de idade, capaz, caminhando. Todos os policiais militares desceram da 
viatura, momento em que Francisco, já com um cassetete na mão, passou a perguntar a Abel o 
que ele estava fazendo na rua naquele horário, enquanto lhe golpeava os braços com o cassetete. 
Abel, que estava desarmado e não esboçou nenhuma reação, após a agressão, foi para casa 
ferido. A ação de Francisco foi presenciada por Pedro e Fábio, que nada fizeram para impedi-lo e 
não comunicaram o fato ao oficial de dia. Em decorrência das lesões sofridas, Abel ficou quarenta 
e cinco dias afastado de suas ocupações habituais, conforme laudo pericial juntado aos autos da 
ação penal ajuizada. 
A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
A) Pedro, Fábio e Francisco devem responder por lesões corporais graves na forma 
comissiva, uma vez que todas as circunstâncias do crime, nesse caso, se comunicam. 
B) As lesões corporais sofridas por Abel não são de natureza grave, uma vez que não 
resultaram em incapacidade permanente para o trabalho. 
C) Francisco cometeu crime de lesões corporais graves tipificado no COM, mas Pedro e Fábio 
não devem responder por referido crime, uma vez que não participaram das agressões. 
D) Não se trata de crime militar, uma vez que Abel é civil e não se encontrava em ambiente 
militar. 
E) Pedro e Fábio devem responder por lesões corporais graves por omissão em concurso de 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 28 
PMMG 
 
 
agentes com Francisco, que responderá na forma comissiva. 
 
18 (MPM – 2013 – MPM – Promotor de Justiça Militar) Acerca das causas excludentes do crime, 
assinale a alternativa INCORRETA. 
A) No Código Penal Militar existe uma causa de justificação especial que é a discriminante 
do comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, concedendo autoridade ao 
comandante para compelir seus subordinados a realizarem manobras e serviços 
urgentes, com a finalidade de salvaguardar quer vidas humanas, quer a própria unidade. 
B) O estrito cumprimento do dever legal é causa de exclusão de ilicitude, prevista no Código 
Penal Militar de 1969, que não o conceitua, assim como não é conceituado no Código 
Penal. Ambos, porém, definem o estado de necessidade e a legítima defesa. 
C) No direito militar pátrio, em matéria de legítima defesa, em que pese ser permitida a 
repulsa à “agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou de outrem”, serão sempre 
considerados elementos constitutivos do crime: a qualidade de superior ou a de inferior, 
a de oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou a de sentinela, vigia ou plantão, quando a 
ação é praticada em repulsa à agressão. 
D) A diferença entre o estado de necessidade como excludente de culpabilidade e o estado 
de necessidade como excludente do crime, quanto aos requisitos que os constituem, é 
que, neste, o agente não era legalmente obrigado a arrostar o perigo e, naquele, não lhe 
era razoavelmente exigível conduta diversa. 
 
19 (MPM – 2013 – MPM – Promotor de Justiça Militar) Acerca do tratamento dado ao erro no 
direito penal pátrio, analise as proposições abaixo e depois assinale a alternativa INCORRETA. 
A) O erro de direito (art. 35 do COM) se relaciona com a ignorância ou falsa interpretação 
da lei. É mais severo que o tratamento dado pelo Código Penal comum, pois, mesmo 
sendo invencível o erro (escusável) não exclui o dolo, mas apenas atenua ou permite a 
substituição da pena. 
B) O erro de fato (art. 36 do COM) incide sobre o fato que constitui o crime, e se apresenta 
de duas formas: a. engano quanto a circunstância de fato que constitui o crime 
(atualmente é erro de tipo); b. engano quanto a circunstância que se existisse tornaria a 
ação legítima (descriminante putativa). 
C) Existe uma correspondência entre as denominações “erro de tipo” e “erro de proibição”, 
vigentes no direito penal comum, com as denominações “erro de fato” e “erro de direito”, 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 29 
PMMG 
 
 
previstas no direito penal militar. 
E) O erro de tipo, tratado no art. 20 do CP, incide sobre os elementos do tipo, ou seja, sobre 
um dos fatos que compõe um dos elementos do tipo. Também pode recair sobre um dos 
elementos normativos do tipo. Seu efeito é a exclusão do dolo porque não há no agente 
a vontade de realizar o tipo objetivo. Permite, no entanto, a punição por crime culposo, 
se previsto em lei. 
 
20 (CESPE – 2013 – STM – Juiz-Auditor Substituto) A respeito das causas excludentes de ilicitude 
e da inexigibilidade de conduta diversa, assinale a opção correta. 
A) A inexigibilidade de conduta diversa é expressamente prevista pelo COM. 
B) O COM não permite a legítima defesa contra agressões morais, mas somente físicas. 
C) Quando os bens e interesses necessariamente sacrificados são inferiores aos protegidos, 
o estado de necessidade é exculpante; quando iguais ou superiores, é justificante 
D) No que se refere ao estado de necessidade, o COM adotou a teoria unitária. 
E) A legítima defesa no contexto dos crimes militares não diverge do regramento 
estabelecido pelo CP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 30 
PMMG 
 
 
 
Co-autoria 
Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para 
o crime incide nas penas a este cominadas. 
 
 
Condições ou 
circunstâncias 
pessoais 
§ 1º A punibilidade de qualquer dos concorrentes 
é independente da dos outros, determinando-se 
segundo a sua própria culpabilidade. Não se 
comunicam, outrossim, as condições ou 
circunstâncias de caráter pessoal, salvo quando 
elementares do crime. 
Agravação de 
pena 
§ 2° A pena é agravada em relação ao agente que: 
I - promove ou organiza a cooperação no crime 
ou dirige a atividade dos demais agentes; 
II - coage outrem à execução material do crime; 
III - instiga ou determina a cometer o crime 
alguém sujeito à sua autoridade, ou não punível 
em virtude de condição ou qualidade pessoal; 
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante 
paga ou promessa de recompensa. 
 
Atenuação de 
pena 
§ 3º A pena é atenuada com relação ao agente, 
cuja participação no crime é de somenos 
importância. 
Cabeças 
§ 4º Na prática de crime de autoria coletiva 
necessária, reputam-se cabeças os que dirigem, 
provocam, instigam ou excitam a ação. 
 
§ 5º Quando o crime é cometido por inferiores e 
um ou mais oficiais, são estes considerados 
cabeças, assim como os inferiores que exercem 
função de oficial. 
 
Casos de 
impunibilidade 
Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e 
o auxílio, salvo disposição em contrário, não são 
puníveis se o crime não chega, pelo menos, a ser 
tentado. 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV31 
PMMG 
 
 
PARA NÃO ESQUECER 
 
 
No Título IV – do concurso de agentes, é possível analisar que o CPM adota a teoria 
MONISTA, onde há apenas um crime, por mais que outras pessoas participem. Ou seja, o 
indivíduo pode ter executado o delito propriamente dito ou ter contribuído de alguma forma, 
independentemente da função, também comete O MESMO CRIME. 
“Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas 
penas a este cominadas.” Sendo assim, todos os autores cometem o 
mesmo crime. 
 
Como não determina nesse artigo quais os limites da atenuação, deve-se utilizar a regra 
geral disposta no Art. 73 do CPM, entre 1/5 e 1/3. 
 
 
ATENÇÃO (§ 3º): a PENA É ATENUADA se participação no crime é de menor importância. 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 32 
PMMG 
 
 
 
21 (CESPE - 2015 - TJ-DFT - Juiz de Direito Substituto) Acerca do concurso de agentes, assinale a 
opção correta à luz do CPM. 
A) No cálculo da pena de crimes militares em que haja concurso de pessoas, as condições ou 
as circunstâncias de caráter pessoal dos coautores serão consideradas apenas nos casos 
em que os agentes tenham consciência dessas condições ou circunstâncias. 
B) O CPM tipifica como causa de aumento da pena o fato de um agente dirigir as atividades 
dos demais agentes envolvidos no evento delituoso. 
C) Se o crime for praticado com o concurso de dois ou mais oficiais, a pena desses oficiais 
deverá ser aplicada em dobro. 
D) Agente cuja participação no crime seja de menor importância deve ser apenado na mesma 
proporção que os demais agentes envolvidos no delito. 
E) Se o crime for cometido por inferiores juntamente com um ou mais oficiais, estes, assim 
como os demais inferiores que estiverem exercendo função de oficial, serão considerados 
cabeças da ação delituosa. 
 
22 (CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Execução de Mandados – Específicos) 
Considerando-se que, em relação ao concurso de agentes, o CPM possui disciplinamento 
singular, entendendo o “cabeça” como o líder na prática de determinados crimes, é correto 
afirmar que, havendo participação de oficiais em crime militar, ainda que de menor 
importância, para todos os efeitos penais, eles devem ser considerados como “cabeças”. 
( ) Certo. 
( ) Errado. 
 
23 (CESPE - 2013 - STM - Juiz-Auditor Substituto) Em relação ao concurso de agentes e de 
crimes no direito penal militar, assinale a opção correta. 
A) No tocante ao concurso de agentes, o CPM adota a teoria pluralista, distinguindo de forma 
expressa as categorias de autor, coautor e partícipe. 
B) De acordo com a doutrina majoritária, o civil poderá ser coautor em crime militar próprio, 
pois, também de acordo com a mesma doutrina, a circunstância de caráter pessoal (ser 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 33 
PMMG 
 
 
militar e superior da vítima) pode comunicar-se ao coautor. 
C) No que tange ao concurso de crimes, o CPM adota idêntico sistema do CP, prevendo a 
punição do agente com a exasperação da pena no concurso homogêneo. 
D) Em relação ao crime continuado, há no CPM disposição diversa daquela prevista no CP, 
vedando-se de forma expressa o reconhecimento da continuidade delitiva nos crimes 
contra a pessoa, ainda que estes sejam perpetrados contra a mesma vítima. 
E) Tratando-se de concurso de agentes, as circunstâncias e as condições de natureza pessoal 
são elementos essenciais à infração penal, uma vez que definem o liame entre as pessoas 
e a qualidade e quantidade da pena a ser imposta a cada agente. 
 
24 (CESPE - 2004 - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária) O CPM, ao estabelecer que aquele 
que, de qualquer modo, concorrer para o crime incidirá nas penas a este cominadas, adotou, em 
matéria de concurso de agentes, a teoria monista. 
( ) Certo. 
( ) Errado. 
 
25 (Marinha - 2012 - Quadro Técnico - Primeiro Tenente – Direito) Considere as assertivas 
abaixo, acerca do "concurso de agentes" no Direito Penal Militar. 
I - De acordo com o Código Penal Militar, a pena é agravada em relação ao agente que 
promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes. 
II - De acordo com o Código Penal Militar, a pena é atenuada em relação ao agente que instiga 
ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade, ou não punível em virtude de 
condição ou qualidade especial. 
III - De acordo com o Código Penal Militar, a pena é atenuada com relação ao agente, cuja 
participação no crime é de somenos importância. 
IV - De acordo com o Código Penal Militar, na prática de crime de autoria coletiva necessária, 
somente os oficiais podem ser considerados cabeças. 
V - De acordo com o Código Penal Militar, o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio 
sempre são puníveis, ainda que o crime não chegue, pelo menos, a ser tentado. 
Assinale a opção correta. 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 34 
PMMG 
 
 
A) Apenas as assertivas I, III e IV são verdadeiras. 
B) Apenas as assertivas II e III são verdadeiras. 
C) Apenas as assertivas III, IV e V são verdadeiras. 
D) Apenas a assertivas I é verdadeira. 
E) Apenas as assertivas I e III são verdadeiras. 
 
26 (FUNCAB - 2010 - PM-GO - Soldado da Polícia Militar) Em relação à previsão legal sobre o 
concurso de agentes no Código Penal Militar,a pena NÃO é agravada em relação ao agente: 
A) que instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito a sua autoridade. 
B) que executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. 
C) cujo participação é de menor importância 
D) que coage outrem à execução material do crime. 
E) que promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 35 
PMMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
01) A 
Comentário: 
A) Correto. Art. 1; 
B) Incorreto. O CPM vigente foi recepcionado pela Constituição como Lei Ordinária, em que 
somente assim pode ser alterado por Lei Ordinária, em que modifica um Decreto-Lei 
formalmente recepcionado; 
C) Incorreto. Art. 2: ninguém pode ser punido por lei cessada; 
D) Incorreto. Art 2, § 1º: retroatividade de lei mais benigna; 
E) Incorreto. Art. 8: atenua quando diversas e é computada quando idênticas. 
 
01) A 
Comentário: 
A) Correto. Art. 1; 
B) Incorreto. O CPM vigente foi recepcionado pela Constituição como Lei Ordinária, em que 
somente assim pode ser alterado por Lei Ordinária, em que modifica um Decreto-Lei 
formalmente recepcionado; 
C) Incorreto. Art. 2: ninguém pode ser punido por lei cessada; 
D) Incorreto. Art 2, § 1º: retroatividade de lei mais benigna; 
E) Incorreto. Art. 8: atenua quando diversas e é computada quando idênticas. 
02) C 
Comentário: 
A) Incorreto. Art. 9, inciso III; 
B) Incorreto. Art. 6: Ubiquidade para os crimes comissivos e atividade para os crimes 
omissivos; 
C) Correto. Art. 2, § 1º e § 2º 
D) Incorreto. Direito castrense = direito militar. 
 
02) C 
Comentário: 
A) Incorreto. Art. 9, inciso III; 
B) Incorreto. Art. 6: Ubiquidade para os crimes comissivos e atividade para os crimes 
omissivos; 
C) Correto. Art. 2, § 1º e § 2º 
D) Incorreto. Direito castrense = direito militar. 
03) Errado 
Comentário: Art. 5: considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda 
que outroseja o do resultado. 
 
 LUTA para crimes comissivos (Lugar: Ubiquidade; Tempo: Atividade) 
 LATAO para crimes omissivos (Lugar: Atividade; Tempo: Atividade; Omissivos) 
 
 
03) Errado 
Comentário: Art. 5: considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda 
que outro seja o do resultado. 
 
 LUTA para crimes comissivos (Lugar: Ubiquidade; Tempo: Atividade) 
 LATAO para crimes omissivos (Lugar: Atividade; Tempo: Atividade para Omissivos) 
 
04) Errado 
Comentário: Art. 9, inciso I: os crimes de que trata o CPM quando definidos de modo diverso 
na lei penal comum (se aplica a todas as pessoas e aos atos delitivos em geral) ou nela não 
previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; 
 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 36 
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05) Certo 
Comentário: Art. 9, § 2º: os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e 
cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça 
Militar da União, se praticados [...] 
 
05) Certo 
Comentário: Art. 9, § 2º: os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e 
cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça 
Militar da União, se praticados [...] 
06) Certo 
Comentário: Art. 8: a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo 
mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
 
06) Certo 
Comentário: Art. 8: a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo 
mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
07) A (Art. 7) 
Comentário: Por que a alternativa D está errada? 
“A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando 
diversas, ou nesta é computada, quando idênticas. Assim, se for mais severa, a pena cumprida 
no estrangeiro funcionará, por não ser idêntica, apenas como uma atenuante, não podendo 
ser computada na pena aqui imposta.” 
 
Ser mais severa (+ grave) não significa ser diversa (diferente). Ou seja, caso o militar seja 
condenado no estrangeiro a 10 anos de prisão e no Brasil for condenado por esse mesmo 
crime a uma pena de 8 anos de prisão, a condenação em solo nacional não será atenuada, e 
sim computada, pois, ele já cumpriu + de 8 anos no estrangeiro. 
08) E 
Comentário: 
A) Incorreto. Art. 7: o Direito Penal Militar não tem os princípios do art. 7º do Código Penal 
Comum, pois adota-se a extraterritorialidade irrestrita. 
B) Incorreto. Art. 5: no tempo do crime é adotado a teoria da atividade 
C) Incorreto. A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, 
se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. 
D) Incorreto. Art. 6: teoria da ubiquidade para os crimes comissivos e teoria da atividade para 
os crimes omissivos 
E) Correto. Art. 7. 
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10) A 
Comentário: 
A) Correto. Art. 10: não é lei penal temporária, é lei penal excepcional. 
B) Incorreto. Art. 20: os crimes aumentam em 1/3 no tempo de guerra, porém, quando 
cessado o período, diminui. 
C) Incorreto. Os efeitos civis persistem também nos crimes militares. 
D) Incorreto. Não é lícita a combinação de leis. 
E) Incorreto. A retroatividade benigna se aplica às medidas de segurança. 
 
10) A 
Comentário: 
A) Correto. Art. 10: não é lei penal temporária, é lei penal excepcional. 
B) Incorreto. Art. 20: os crimes aumentam em 1/3 no tempo de guerra, porém, quando 
cessado o período, diminui. 
C) Incorreto. Os efeitos civis persistem também nos crimes militares. 
D) Incorreto. Não é lícita a combinação de leis. 
E) Incorreto. A retroatividade benigna se aplica às medidas de segurança. 
09) Certo 
Comentário: Art. 5 
 LUTA para crimes comissivos (Lugar: Ubiquidade; Tempo: Atividade) 
 LATAO para crimes omissivos (Lugar: Atividade; Tempo: Atividade; Omissivos) 
 
09) Certo 
Comentário: Art. 5 
 LUTA para crimes comissivos (Lugar: Ubiquidade; Tempo: Atividade) 
 LATAO para crimes omissivos (Lugar: Atividade; Tempo: Atividade para Omissivos) 
11) A (Art. 9, inciso II) 
Comentário: 
III - Militar em situação de atividade ou assemelhado comete crime militar contra militar 
da reserva em qualquer circunstância. (Em lugar sujeito à administração militar) 
IV - Militar durante o período de manobras ou exercício comete crime militar somente contra 
militar da reserva ou civil. (Contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;) 
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12) B (Art. 13) 
Comentário: 
A) O militar da reserva conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou 
graduação, somente quando contra ele é praticado crime militar. (Quando pratica ou contra 
ele é praticado crime militar); 
C) O oficial da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto, 
quando pratica ou contra ele é praticado crime militar, o que não ocorre com a praça, por 
não haverem tais prerrogativas em relação à sua graduação. (O militar da reserva, ou 
reformado); 
D) O militar da reserva ou reformado não goza de prerrogativas do posto ou 
graduação relativas à aplicação da lei penal militar. (Conserva as responsabilidades e 
prerrogativas do posto ou graduação). 
 
12) B (Art. 13) 
Comentário: 
A) O militar da reserva conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou 
graduação, somente quando contra ele é praticado crime militar. (Quando pratica ou contra 
ele é praticado crime militar); 
C) O oficial da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto, 
quando pratica ou contra ele é praticado crime militar, o que não ocorre com a praça, por 
não haverem tais prerrogativas em relação à sua graduação. (O militar da reserva, ou 
reformado); 
D) O militar da reserva ou reformado não goza de prerrogativas do posto ou 
graduação relativas à aplicação da lei penal militar. (Conserva as responsabilidades e 
prerrogativas do posto ou graduação). 
13) C (Art. 2) 
Comentário: 
A) Há crime sem lei anterior que o defina e pena sem prévia cominação legal. Art. 1 (não há crime..); 
B) Considera-se praticado o crime no momento da ação, omissão ou do resultado. Art. 5 (ainda que 
outro seja o do resultado); 
D) Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, e 
não no local onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Art. 6 (bem como onde se 
produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
 
 
13) C (Art. 2) 
Comentário: 
A) Há crime sem lei anterior que o defina e pena sem prévia cominação legal. Art. 1 (não 
há crime..); 
B) Considera-se praticado o crime no momento da ação, omissão ou do resultado. Art. 5 
(ainda que outro seja o do resultado); 
D) Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, e 
não no local onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Art. 6 (bem como onde 
se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
14) Certo (Art. 30) 
Comentário: Pena de tentativa (Parágrafo único) - Pune-se a tentativa com a pena 
correspondente ao crime, diminuída de 1/3 a 2/3, podendo o juiz, no caso de excepcionalgravidade, aplicar a pena do crime consumado. 
 
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15) C (Art. 36 = erro de fato) 
Comentário: 
A) Incorreto. Erro de direito (Art. 35 CPM) = erro de proibição (Art. 21 CP). Porém é erro de 
fato/tipo. 
 
B) Incorreto. Erro de direito (Art. 35 CPM) = erro de proibição (Art. 21 CP). Conduta atípica no 
CP. 
 
C) Correto. Erro de fato é isento de pena se escusável (Art. 36 CPM) e o erro de tipo exclui o 
dolo se escusável (Art. 20 CP); 
 
D) Incorreto. Erro de fato é isento de pena se escusável (Art. 36 CPM) e o erro de tipo exclui 
o dolo se escusável (Art. 20 CP); 
 
E) Incorreto. Erro de direito (Art. 35 CPM) = erro de proibição (Art. 21 CP). Erro de fato é isento 
de pena se escusável (Art. 36 CPM). 
 
16) Errado (teoria diferenciadora) 
Comentário: 
Art. 43: estado de necessidade justificante (exclui-se o crime). Ex: “A” sacrifica bem menor 
para salvar bem maior. 
Art. 39: estado de necessidade exculpante (exclui-se a culpa). Ex: “A” sacrifica bem maior para 
salvar bem menor (há relações de parentesco). 
17) E (Art. 29) 
Comentário: Art. 29, § 2º - A omissão é relevante como causa quando o omitente devia e 
podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigação 
de cuidado, proteção ou vigilância; a quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade de 
impedir o resultado; e a quem, com seu comportamento anterior, criou o risco de sua 
superveniência. 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 40 
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18) C (Art. 47) 
Comentário: 
A) Correto. Art. 42: exclusão de crime; 
B) Correto. CMP e CP definem o estado de necessidade e a legitima defesa e não definem o 
estrito cumprimento do dever legal, nem exercício regular do direito (mencionado no Art. 42 
do CPM = Art. 23 CP); 
C) Incorreto. Art. 47, inciso II: deixam de ser elementos constitutivos do crime: a qualidade 
de superior ou a de inferior, a de oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou a de sentinela, 
vigia, ou plantão, quando a ação é praticada em repulsa a agressão; 
D) Correto. Art. 43: estado de necessidade, como excludente do crime; 
E) Correto. Art. 39: estado de necessidade, com excludente de culpabilidade. 
 
19) C 
Comentário: 
 Erro de fato: isenta pena se escusável (Art. 36 CPM); 
 Erro de tipo: exclui o dolo se escusável (Art. 20 CP); 
 
 Erro de direito: pena atenuada ou substituída (Art. 35 CPM); 
 Erro de proibição: isenta pena se inevitável e diminui se evitável (Art. 21 CP). 
20) A 
Comentário: 
A) Correto. (Art. 39) [...] desde que não lhe era razoavelmente exigível conduta diversa; 
B) Incorreto. (Art. 44) entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente 
dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de 
outrem. Ou seja, não estabelece distinção; 
C) Incorreto. Art. 39: exculpante e Art. 43: justificante; 
D) Incorreto. CPM: teoria diferenciadora x CP: teoria unitária; 
E) Incorreto. (Art. 45) O excesso escusável é aplicável à legítima defesa no CPM e não é 
previsto no CP. 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 41 
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21) E (Art. 53, § 5º) 
Comentário: 
A) Art. 53, § 1º - A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos outros, 
determinando-se segundo a sua própria culpabilidade [...]; 
B) Art. 53, § 2º - A pena é agravada em relação ao agente que [...]; 
C) Art. 53. § 5º - Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais [...]; 
D) Art. 53, § 3º - A pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação no crime é de 
somenos importância. 
22) Certo (Art. 53, § 5º) 
Comentário: 
[...] havendo participação de oficiais em crime militar, ainda que de menor importância, 
para todos os efeitos penais, eles devem ser considerados como “cabeças”. 
§ 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais, são estes 
considerados cabeças, assim como os inferiores que exercem função de oficial. 
 
 23) B (Art. 53, § 1º) 
Comentário: 
§ 1º A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos outros, 
determinando-se segundo a sua própria culpabilidade. Não se comunicam, outrossim, as 
condições ou circunstâncias de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. 
24) Certo (Art. 53) 
Comentário: a única teoria adotada no CPM é a teoria monista ou unitária (há apenas um 
crime, por mais que mais pessoas dele participe). A título de curiosidade, as outras teorias 
não adotadas são a teoria dualista (há dois crimes, um cometido pelos coautores e outro 
pelos participes) e a teoria pluralista (haverá tantos crimes quantos forem os agentes). 
“Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este 
cominadas.” Sendo assim, todos os autores cometem o mesmo crime. Atenção no § 3º, a 
pena é atenuada se participação no crime é de menor importância. 
AULA 01 | Parte Geral: Título I, II e IV 42 
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25) E (Arts. 53 e 54) 
Comentário: 
I – Certo. Art. 53, § 2º, inciso I - promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a 
atividade dos demais agentes; 
II – Errado. Art. 53, § 2º - A pena é agravada em relação ao agente que: III - instiga ou 
determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade, ou não punível em virtude 
de condição ou qualidade pessoal; 
III – Certo. Art. 53, § 3º - A pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação no 
crime é de somenos importância. 
IV – Errado. Art. 53, § 4º - Na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam se 
cabeças os que dirigem, provocam, instigam ou excitam a ação. 
V – Errado. Art. 54 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição em 
contrário, não são puníveis se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
 
26) C 
Comentário: Atenuação de pena. 
Art. 53, § 3º - A pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação no crime é de 
somenos importância. 
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