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SEMANA 03 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 Sumário META 1 .............................................................................................................................................................. 8 DIREITO PROCESSUAL PENAL: AÇÃO PENAL (PARTE I) ...................................................................................... 8 1. PRETENSÃO PUNITIVA ................................................................................................................................... 9 2. AÇÃO PENAL ................................................................................................................................................ 10 2.1 Direito de Ação ....................................................................................................................................................... 10 2.2 Condições da Ação ................................................................................................................................................. 12 2.2.1 Conceito ........................................................................................................................................................... 12 2.2.2 Condições genéricas ........................................................................................................................................ 13 2.2.3 Condições Específicas da Ação ......................................................................................................................... 20 3. PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL ....................................................................................................................... 26 3.1 Princípios Comuns da Ação Penal Pública e Privada .............................................................................................. 26 3.2 Princípios da Ação Penal Pública ............................................................................................................................ 26 3.3 Princípios da Ação Penal Privada ............................................................................................................................ 32 4. AÇÃO PENAL PÚBLICA ................................................................................................................................. 36 4.1 Ação Penal Pública Incondicionada ........................................................................................................................ 36 4.2 Ação Penal Pública Condicionada ........................................................................................................................... 37 4.2.1 Ação Penal Pública Condicionada à Representação do Ofendido ................................................................... 37 4.2.2 Ação Penal Pública Condicionada à Requisição do Ministro da Justiça ........................................................... 41 4.2.3 Ação Penal Pública Subsidiária da Pública ....................................................................................................... 42 5. AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA ......................................................................................................... 43 5.1 Ação Penal Privada Personalíssima ........................................................................................................................ 44 5.2 Ação Penal Privada Exclusiva ou Propriamente Dita .............................................................................................. 45 5.3 Ação Penal Privada Subsidiária da Pública ou Acidentalmente Privada ou Supletiva ............................................ 45 6. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DA AÇÃO PENAL ................................................................................................. 49 6.1 Ação Penal Adesiva ................................................................................................................................................. 49 6.2 Ação Penal Popular ................................................................................................................................................. 49 6.3 Ação Penal Secundária ........................................................................................................................................... 50 6.4 Ação de Prevenção Penal ....................................................................................................................................... 51 7. DENÚNCIA E QUEIXA CRIME ........................................................................................................................ 51 META 2 ............................................................................................................................................................ 62 DIREITO PROCESSUAL PENAL: AÇÃO PENAL (PARTE I) .................................................................................... 62 8. ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (Lei 13.964/19) ............................................................................. 62 8.1 Conceito ................................................................................................................................................................. 62 8.2 Requisitos, Condições e Vedações ......................................................................................................................... 64 8.3 Procedimento do Acordo de Não Persecução Penal .............................................................................................. 68 9. AÇÃO CIVIL EX DELICTO ............................................................................................................................... 72 9.1 Execução Civil ex delicto (art. 63, CPP) X Ação Civil ex delicto (art. 64, CPP).......................................................... 73 9.2 Legitimados ativos para propor a ação civil ........................................................................................................... 73 9.3 Indenização na sentença condenatória .................................................................................................................. 74 9.4 Efeitos civis da sentença absolutória ..................................................................................................................... 75 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 DIREITO PENAL: A LEI PENAL E SUA APLICAÇÃO ............................................................................................. 79 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL ............................................................................................................................ 79 1.1. Classificação das Leis Penais .................................................................................................................................. 80 1.1.1 Leis Penais em Branco ..................................................................................................................................... 81 1.2 Características da Lei Penal .................................................................................................................................... 83 2. LEI PENAL NO TEMPO .................................................................................................................................. 83 2.1. Teorias sobre a Eficácia da Lei Penal no Tempo .................................................................................................... 84 2.2. Abolitio Criminis .................................................................................................................................................... 85 2.3. Crime continuado, Crime permanente, Sucessão de leis penais .......................................................................... 88 2.4. Lei Excepcional e Temporária ................................................................................................................................ 90 2.5. Lei Intermediária ................................................................................................................................................... 91 3. LEI PENAL NO ESPAÇO ................................................................................................................................. 92 3.1. Princípios ............................................................................................................................................................... 92 3.2. Extraterritorialidade .............................................................................................................................................. 94 3.3. Lugar Do Crime ...................................................................................................................................................... 98 4. EFICÁCIA DA LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS (IMUNIDADES) ............................................................ 99 4.1 Introdução .............................................................................................................................................................. 99 4.2 Imunidades Diplomáticas ....................................................................................................................................... 99 4.3 Imunidades Parlamentares .................................................................................................................................. 102 4.3.1 Imunidade Parlamentar Absoluta / Material / Real / Substancial ou Inviolabilidade / Indenidade .............. 102 4.3.2 Imunidade Parlamentar Relativa / Formal ..................................................................................................... 103 4.3.3 Imunidade relativa ao processo ..................................................................................................................... 103 4.3.4 Imunidade relativa à condição de testemunha ............................................................................................. 104 4.3.5 Imunidades dos Parlamentares dos Estados (Deputados Estaduais) ............................................................ 105 4.3.6 Imunidades dos Parlamentares dos Municípios (Vereadores) ...................................................................... 106 5. EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA .................................................................................................... 106 6. CONTAGEM DO PRAZO E FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS DA PENA .......................................................... 107 7. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL ................................................................................................................. 107 7.1 Espécies de Interpretação .................................................................................................................................... 108 7.2. Interpretação Extensiva X Interpretação Analógica X Analogia .......................................................................... 109 8. CONFLITO APARENTE DE NORMAS ........................................................................................................... 111 META 3 .......................................................................................................................................................... 116 DIREITO ADMINISTRATIVO: ENTES DA ADMINISTRAÇÃO (PARTE I) .............................................................. 116 1. PRINCÍPIOS INERENTES À ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA (art. 6, DL 200/67) ..................................... 117 2. DESCENTRALIZAÇÃO X DESCONCENTRAÇÃO ............................................................................................ 118 2.1 Espécies de Descentralização ............................................................................................................................... 120 3. ÓRGÃOS PÚBLICOS .................................................................................................................................... 122 3.1 Teorias .................................................................................................................................................................. 125 3.2 Criação e Extinção de Órgãos Públicos ................................................................................................................. 126 3.3 Classificação dos Órgãos ...................................................................................................................................... 127 4. DESCENTRALIZAÇÃO .................................................................................................................................. 130 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 5. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ....................................................................................................................... 130 5.1. Características ..................................................................................................................................................... 130 5.2 Entes da Administração Indireta .......................................................................................................................... 132 5.2.1 Autarquias ...................................................................................................................................................... 132 5.2.2 Agências Reguladoras ....................................................................................................................................142 5.2.3 Agências Executivas ....................................................................................................................................... 148 5.2.4 Fundações Públicas ................................................................................................................................... 149 5.3 Empresas Estatais (Lei 13.303/2016) ................................................................................................................... 151 META 4 .......................................................................................................................................................... 156 DIREITO ADMINISTRATIVO: ENTES DA ADMINISTRAÇÃO (PARTE II) ............................................................. 156 6. ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR .............................................................................................................. 164 6.1 Serviço Social Autônomo - Sistema “S” ................................................................................................................ 169 6.2 Entidades ou Fundações de Apoio ....................................................................................................................... 171 6.3 Organizações Sociais - OS (Lei 9637/98) ............................................................................................................... 171 6.4 Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP (Lei 9790/99) ....................................................... 175 6.5 Organização Social da Sociedade Civil - OSC (Lei 13.019/14) ............................................................................... 181 META 5 .......................................................................................................................................................... 196 DIREITO CIVIL: CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL E LINDB ........................................................... 196 1. CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO BRASILEIRO .................................................................................. 196 1.1 Conceito ............................................................................................................................................................... 196 1.2 A Codificação Do Direito Civil ............................................................................................................................... 197 1.3 O Código Civil De 2002 ......................................................................................................................................... 197 1.4 Princípios Norteadores Do Novo Código: Eticidade, Sociabilidade E Operabilidade ........................................... 198 1.5 Do Direito Civil-Constitucional ............................................................................................................................. 201 1.6 Da Eficácia Horizontal Dos Direitos Fundamentais .............................................................................................. 203 1.8 A Eficácia Diagonal Dos Direitos Fundamentais ................................................................................................... 204 2. LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO ..................................................................... 204 2.1 Vigência, aplicação, obrigatoriedade, interpretação e integração das leis .......................................................... 204 2.2 Antinomias ........................................................................................................................................................... 208 2.3 Aplicação temporal das normas ........................................................................................................................... 209 2.4 Aplicação do direito público ................................................................................................................................. 211 DIREITOS HUMANOS: INTRODUÇÃO E TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS ....................................... 218 1. INTRODUÇÃO E TEORIA GERAL ................................................................................................................. 218 1.1 Conceito ............................................................................................................................................................... 218 1.2 Direitos Humanos X Direitos do Homem X Direitos Fundamentais ..................................................................... 220 2. FONTES DOS DIREITOS HUMANOS ............................................................................................................ 220 3. FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS .......................................................................................... 220 3.1 Jusnaturalismo...................................................................................................................................................... 220 3.2 Positivismo ........................................................................................................................................................... 221 3.3 Jusinternacionalista .............................................................................................................................................. 222 Os direitos humanos se fundamentam em uma ordem superior, universal, imutável e inderrogável. ................. 222 4. MARCOS FUNDAMENTAIS DOS DIREITOS HUMANOS ............................................................................... 222 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 5. INTERNACIONALIZAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS .................................. 224 6. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS ............................................................................................ 225 6.1 Historicidade ........................................................................................................................................................ 225 6.2 Universalidade ...................................................................................................................................................... 225 6.3 Limitabilidade ou Relatividade ............................................................................................................................. 225 6.4 Irrenunciabilidade ................................................................................................................................................ 225 6.5 Inalienabilidade ou Indisponibilidade .................................................................................................................. 226 6.6 Imprescritibilidade................................................................................................................................................ 226 6.7 Vedação ao retrocesso ......................................................................................................................................... 226 6.8 Essencialidade ...................................................................................................................................................... 227 6.9 Inerência ou Essencialidade .................................................................................................................................227 6.10 Interdependência ou Inter-relação ou Complementariedade ........................................................................... 228 6.11 Inexauribilidade .................................................................................................................................................. 228 7. UNIVERSALISMO CULTURAL X RELATIVISMO CULTURAL (PIOVESAN, 2019) ............................................ 228 8. DIMENSÕES DOS DIREITOS HUMANOS ..................................................................................................... 230 8.1 Introdução ............................................................................................................................................................ 230 8.2 1ª Dimensão (Liberdade) ...................................................................................................................................... 231 8.3 2ª Dimensão (Igualdade) ...................................................................................................................................... 231 8.4 3ª Dimensão (Fraternidade ou Solidariedade) ..................................................................................................... 232 8.5 4ª Dimensão ......................................................................................................................................................... 232 8.6 5ª Dimensão ......................................................................................................................................................... 232 8.7 6ª Dimensão ......................................................................................................................................................... 233 8.8 Quadro sinóptico – Segundo Paulo Bonavides ..................................................................................................... 233 9. A TEORIA DOS QUATRO STATUS DE JELLINEK ........................................................................................... 233 META 6 – REVISÃO SEMANAL ........................................................................................................................ 235 Direito Processual Penal: Ação Penal ......................................................................................................................... 235 Direito Penal: A Lei Penal E Sua Aplicação ................................................................................................................. 237 Direito Administrativo: Entes Da Administração ........................................................................................................ 238 Direito Civil: Constitucionalização Do Direito Civil e LINDB ....................................................................................... 240 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA SEMANA 03 META DIA ASSUNTO 1 SEG DIREITO PROCESSUAL PENAL: Ação Penal (Parte I) 2 TER DIREITO PROCESSUAL PENAL: Ação Penal (Parte II) DIREITO PENAL: A Lei Penal e sua Aplicação 3 QUA DIREITO ADMINISTRATIVO: Entes da Administração (Parte I) 4 QUI DIREITO ADMINISTRATIVO: Entes da Administração (Parte II) 5 SEX DIREITO CIVIL: Constitucionalização do Direito Civil e LINDB DIREITOS HUMANOS: Introdução e Teoria Geral dos Direitos Humanos 6 SÁB/DOM [REVISÃO SEMANAL] ATENÇÃO Gostou do nosso material? Lembre de postar nas suas redes sociais e marcar o @dedicacaodelta. Conte sempre conosco. Equipe DD Prezado(a) aluno(a), Caso possua alguma dúvida jurídica sobre o conteúdo disponibilizado no curso, pedimos que utilize a sua área do aluno. Há um campo específico para enviar dúvidas. E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 8 META 1 DIREITO PROCESSUAL PENAL: AÇÃO PENAL (PARTE I) TODOS OS ARTIGOS RELACIONADOS AO TEMA CF/88 ⦁ Art. 129, I ⦁ Art. 5º, LIX CPP ⦁ Art. 3º-B, IV ⦁ Art. 5º, §4º ⦁ Art. 24 a 68 ⦁ Art. 384 e 385 ⦁ Art. 395 Outros Diplomas Legais ⦁ Art. 76 e 88 a 91, Lei 9099/95 ⦁ Art. 2º, § 1º, Lei n. 9.613/98 ⦁ Art. 83, § 2º, Lei n. 9.430/96 ARTIGOS MAIS IMPORTANTES – NÃO DEIXE DE LER! CPP: ⦁ Art. 3º-B, IV ⦁ Art. 24 e 25 ⦁ Art. 28 (cuidado com a nova redação trazida pelo Pacote Anticrime que ainda NÃO está produzindo efeitos!) ⦁ Art. 28-A (importantíssimo!!!) ⦁ Art. 29 ⦁ Art. 38, 41, 42, 46, 48, 49 e 51 ⦁ Art. 60 (alto índice de cobrança em prova objetiva!) ⦁ Art. 65, 66 e 67 (alto índice de cobrança em prova objetiva!) ⦁ Art. 396 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 9 SÚMULAS RELACIONADAS AO TEMA Súmula 542-STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada. Súmula 714-STF: É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. Súmula 234-STJ: A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. Súmula 594-STF: Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante legal. 1. PRETENSÃO PUNITIVA Possui o jus puniendi como seu elemento intersubjetivo, e é composta pelo próprio direito de punir (poder/dever de punir), situado dentro da relação jurídico-penal que se forma após a prática do crime. A legislação, a exemplo do Código Penal, prevê a conduta de matar alguém, com pena de 6 a 20 anos (art. 121, CP). O tipo penal incriminador até então encontra-se no plano abstrato. Porém, no momento em que o sujeito pratica a conduta, in casu, o delito, o direito de punir, que estava no plano abstrato, passa para o plano concreto, ocasião em que, surge o ius puniendi do Estado. Assim, a partir do momento em que alguém pratica a conduta delituosa prevista no tipo penal, este direito de punir desce do plano abstrato ese transforma no ius puniendi in concreto. PLANO ABSTRATO REALIZAÇÃO DA CONDUTA PRETENSÃO PUNITIVA A norma penal no plano abstrato prevê a conduta e comina sanção. Quando o sujeito pratica a conduta, inobstante esteja prevista como fato típico, nasce para o Estado a possibilidade de exercício do seu jus puniendi. A pretensão punitiva foi materializada/surgiu, sob a perspectiva do mundo concreto. Pretensão punitiva x Ação penal: ● Pretensão punitiva: Verifica-se quando se imputa ao réu, mediante a ação penal, a prática de crime, para que ele seja sujeito às sanções previstas na legislação penal. ● Ação penal: É instrumento utilizado pelo Estado para obter o exercício da pretensão punitiva, uma vez que, a partir da ação penal o Estado-acusação (ou o ofendido) ingressam em juízo para solicitar a aplicação das normas de direito penal ao caso concreto, exercendo a pretensão punitiva. E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 10 Nesse sentido, preleciona Renato Brasileiro: O Estado, por intermédio do Poder Legislativo, elabora as leis penais, cominando sanções àqueles que vierem a praticar a conduta delituosa, surge para ele o direito de punir os infratores num plano abstrato e, para o particular, o dever de se abster de praticar a infração penal. No entanto, a partir do momento em que alguém pratica a conduta delituosa prevista no tipo penal, este direito de punir desce do plano abstrato e se transforma no jus puniendi in concreto. O Estado, que até então tinha um poder abstrato, genérico e impessoal, passa a ter uma pretensão concreta de punir o suposto autor do fato delituoso (Manual de Processo Penal, Renato Brasileiro, 2017, p. 37). Pergunta-se: Em que consiste a pretensão punitiva? A pretensão punitiva, pode ser compreendida como o poder do Estado de exigir de quem comete um delito a submissão à sanção penal. Através da pretensão punitiva, o Estado procura tornar efetivo o jus puniendi, exigindo do autor do delito, que está obrigado a sujeitar-se à sanção penal, o cumprimento dessa obrigação, que consiste em sofrer as consequências do crime e se concretiza no dever de abster-se ele de qualquer resistência contra os órgãos estatais a que cumpre executar a pena. (Manual de Processo Penal, Renato Brasileiro, 2017, p. 37). 2. AÇÃO PENAL 2.1 Direito de Ação a) Conceito O Estado trouxe para si o exercício da função jurisdicional, de modo que ele deverá fornecer ao cidadão a tutela jurisdicional. Esse instrumento encontra-se solidificado no direito de ação. Nesse sentido, o direito de ação é o direito público subjetivo consagrado na CF/88, de se exigir do Estado-Juiz a aplicação do direito objetivo ao caso concreto, para a solução da demanda penal. A partir dele a parte acusadora – Ministério Público ou ofendido (querelante) – tem a possibilidade de, mediante o devido processo legal, provocar o Estado-Juiz a dizer o direito objetivo no caso concreto. (Renato Brasileiro). b) Fundamento Constitucional E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 11 O direito de ação é extraído da própria Constituição Federal, art. 5º, XXXV: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. O dispositivo constitucional consagra o chamado princípio da inafastabilidade de jurisdição. Assim, se não exclui a apreciação, significa dizer que há o dever de prestá-la. DICA: não confundir direito de ação com ação propriamente dita Direito de ação Ação É o direito de ingressar em juízo, na busca da tutela jurisdicional. Tem natureza jurídica de um direito público, subjetivo, abstrato, autônomo e instrumental (meio para se permitir o exercício do direito de punir do Estado). É a materialização do Direito de ação, razão pela qual denomina-se de ação propriamente dita. É o ato, por meio do qual, instrumentaliza- se o direito de ação assegurado constitucionalmente. Conforme leciona Renato Brasileiro: De acordo com a doutrina majoritária, o direito de ação penal é o direito público subjetivo de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto. Funciona, portanto, como o direito que a parte acusadora – Ministério Público ou o ofendido (querelante) – tem de, mediante o devido processo legal, provocar o Estado a dizer o direito objetivo no caso concreto (2017, p. 199). ATENÇÃO: não se pode confundir o direito de ação com o direito que se afirma ter quando se exercita o direito de ação, o qual pode ser designado como o direito material deduzido em juízo. O direito de ação é abstrato, pois independe do conteúdo que se afirma quando se provoca a jurisdição. Características do direito de ação penal: ● Direito público: A ação é proposta contra o Estado, pois trata-se do direito de provocar o Estado-juiz para o exercício da atividade jurisdicional, cuja natureza é pública, sendo função típica do Poder Judiciário. OBS.: A ação penal privada também apresenta a mesma característica, visto que há transferência apenas da iniciativa da ação, mas NÃO da titularidade, visto que o poder punitivo pertence ao Estado. ● Direito subjetivo: O titular do direito de ação penal pode exigir do Estado-Juiz a prestação jurisdicional, sendo essa titularidade conferida a um sujeito específico, conforme a legitimidade conferida pela lei. OBS.: Nos ensinamentos de Aury Lopes Jr. existe um direito potestativo em relação ao acusado – aliado ao direito subjetivo em relação ao Estado-jurisdição. Isso porque, uma vez exercitado o direito de ação, E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 12 o réu se sujeita ao processo, bem como à eventuais consequências que dele decorram (como a pena imposta em uma sentença penal condenatória). ● Direito autônomo: Não se confunde com o direito material que se pretende tutelar. O direito de ação é o instrumento que viabiliza o pedido de condenação em relação a determinado fato, imputado a certo indivíduo. ● Direito abstrato: Existe e será exercido mesmo quando a demanda for julgada improcedente, uma vez que independe do resultado (característicarelacionada a autonomia do direito de ação). ● Direito específico: Apresenta um conteúdo, que é o objeto da imputação. Ou seja, apesar de abstrato, desenvolve-se a partir de um caso concreto. 2.2 Condições da Ação 2.2.1 Conceito São requisitos mínimos indispensáveis ao julgamento da causa. Segundo Nestor Távora: São os requisitos necessários e condicionantes ao exercício do direito de ação. Como se depreende, o exercício do direito de ação não se pode traduzir numa aventura desmedida. É certo que a deflagração da ação implica sérias consequências ao réu, exigindo-se do demandante o preenchimento de certas condições, para que o pleito jurisdicional possa ser exercido de forma legítima (2017, p. 156). Como o direito de ação é autônomo e abstrato, pode ser exercido mesmo que as condições não estejam presentes. O direito de invocar a tutela estatal é constitucional e incondicionado. Assim as condições da ação são analisadas no âmbito do processo penal, uma vez que, na sua ausência, o processo não se desenvolve, ou seja, não será objeto de análise meritória do Estado. O direito de ação é exercido com a propositura de inicial e a análise das condições é feita em seguida, pelo juiz, que pode rejeitas a peça acusatória. A análise das condições da ação observa a Teoria da Asserção, segundo a qual é realizada com base nos elementos fornecidos na inicial acusatória, conforme narrado pelo demandante, sem adentrar em aspectos probatórios. Assim, há um juízo superficial / precário de admissibilidade, sendo possível que, no curso do processo, seja demonstrada a ausência de uma dessas condições, dando azo à absolvição do réu. Historicamente, a doutrina se valia do Processo Civil para estabelecer as condições da ação: legitimidade da parte, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido. O CPC 15 suprimiu a “possibilidade jurídica do pedido” e, diversos doutrinadores (como Aury Lopes Jr.) defendem que não é possível importar institutos do processo civil para o processo penal, sem qualquer adaptação. Nesse sentido, doutrina moderna aponta condições próprias da ação para o processo penal, como será visto adiante. E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 13 A doutrina trabalha com duas espécies de condições da ação: condições genéricas e as condições específicas (condições de procedibilidade). a) Condições Genéricas: São aquelas condições que deve estar presente em toda e qualquer ação penal, independentemente da natureza do crime, da pessoa processada, e do procedimento a ser seguido. São elas: 1) Legitimidade para agir; 2) Interesse de agir; 3) Possibilidade jurídica do pedido + Justa Causa (lastro probatório mínimo de suporte para início da ação penal). b) Condições Específicas São necessárias apenas em relação a determinadas infrações penais, ou ainda, em alguns procedimentos específicos. Ex.1: representação nos crimes de ação penal pública condicionada. Ex.2: autorização de assembleia para que determinados agentes políticos sejam criminalmente processados. 2.2.2 Condições genéricas a) Legitimatio ad causam (Ativa/Passiva): é a pertinência subjetiva da ação. ● Legitimidade ativa: Nessa esteira, segundo Renato Brasileiro, é a situação prevista em lei que permite a um determinado sujeito propor a demanda judicial e a um determinado sujeito ocupar o polo passivo dessa mesma demanda. Há legitimidade de partes quando o autor afirma ser titular do direito subjetivo material demandado (legitimidade ativa) e pede a tutela em face do titular da obrigação correspondente àquele direito (legitimidade passiva). DICA: A espécie da ação penal definirá o seu legitimado. ▪ Na ação penal pública: A legitimidade ativa é, em regra, do Ministério Público. ▪ Na ação penal privada: A legitimidade ativa é do ofendido ou de seu representante legal. Lembre-se que, ainda que de ação penal pública, se verificada a inércia do MP, surge para o ofendido a possibilidade de propor queixa-crime subsidiária (ação penal privada subsidiária da pública). E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 14 ● Legitimidade passiva: A ação penal pode ser proposta em face apenas do suposto autor do fato delituoso, com 18 anos completos ou mais. ATENÇÃO! (1) Legitimidade ad causam ativa e passiva da Pessoa Jurídica A pessoa jurídica é dotada de legitimidade ativa (pode oferecer ação penal pública, se restar caracterizada a inércia do MP, ou privada). Nesse sentido, a disciplina do art. 37, CPP. Art. 37. As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes. Também é admitida a legitimidade passiva (pode ser o provável autor do delito), porém adstrita aos crimes ambientais. O art. 173, CF permite que a pessoa jurídica seja responsabilizada criminalmente quanto aos crimes ambientais, e também quanto aos crimes contra a ordem econômica, financeira e contra a economia popular, na forma da lei. Contudo, não há lei ordinária regulando a responsabilidade penal da pessoa jurídica no que diz respeito aos crimes contra a ordem econômica, financeira e contra a economia popular. Lei 9.605/98 – Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. Teoria da Dupla Imputação: Até pouco tempo atrás trabalhava-se com a adoção da teoria da dupla imputação, segundo a qual a imputação da pessoa jurídica deveria ter por consequência a imputação também da pessoa física. Em outras palavras: a pessoa jurídica só poderia ser denunciada pela prática de crimes ambientais se a pessoa física também fosse. Contudo, esse não é o entendimento que prevalece atualmente. Assim, é possível dizer que a pessoa jurídica figurar como polo passivo da ação penal, independentemente da responsabilização concomitante das pessoas físicas, pois os Tribunais Superiores não mais adotam a Teoria da Dupla Imputação. STJ: “(...). Conforme orientação da 1ª Turma do STF, ‘O art. 225, § 3º, da Constituição Federal não condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A norma constitucional não impõe a necessária E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T OQ U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 15 dupla imputação. (RE 548181). Tem-se, assim, que é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome. Precedentes desta Corte. 3. A personalidade fictícia atribuída à pessoa jurídica não pode servir de artifício para a prática de condutas espúrias por parte das pessoas naturais responsáveis pela sua condução. 4. Recurso ordinário a que se nega provimento”. (STJ, 5ª Turma, RMS 39.173/BA, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 06/08/2015, Dje 13/08/2015). (2) Legitimidade ad causam ativa de Ente Sem Personalidade Jurídica O CDC possibilita que certas entidades e órgãos da administração pública, direta e indireta, ainda que sem personalidade jurídica, atuem como assistentes do Ministério Público e, também ajuízem a queixa-crime em caso de inércia do órgão ministerial. Trata-se da denominada ação penal privada subsidiária da pública. Art. 80. No processo penal atinente aos crimes previstos neste código, bem como a outros crimes e contravenções que envolvam relações de consumo, poderão intervir, como assistentes do Ministério Público, os legitimados indicados no art. 82, inciso III e IV, aos quais também é facultado propor ação penal subsidiária, se a denúncia não for oferecida no prazo legal. Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: (...) III – as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código; IV – as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear. (3) Legitimidade Ordinária x Extraordinária (Substituição Processual) x Sucessão Processual x Representação Processual (Legitimidade Ad Processum) Na legitimação ordinária, alguém pleiteia, em seu próprio nome, um direito também próprio. Essa é a regra: defender em juízo um direito seu. É o caso da legitimação do Ministério Público para iniciar a ação penal pública. Já na legitimação extraordinária (substituição processual), há a defesa de direito alheio em nome próprio. Essa é a hipótese da ação penal privada: o ofendido vai a juízo, mediante transferência do Estado da legitimidade para iniciar a ação. A vítima tem legitimidade para estar em juízo, enquanto o Estado é o titular da pretensão punitiva. E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 16 Situação diversa é a de sucessão processual, que decorre da morte ou ausência do ofendido, quando o seu direito de queixa ou de prosseguir na ação passará aos legitimados do art. 31, CPP. Por fim, a representação processual (legitimidade ad processum) se opera quando alguém vai em juízo, atuando em nome e na defesa de direito alheio. O sujeito não é parte, mas apenas confere capacidade para que o legitimado ingresse em juízo. Ex.: vítima de crime de ação penal privada menor de 18 anos, cuja legitimidade pode ser conferida a curador especial nos termos do art. 33, CPP, na ausência de representante legal ou na hipótese de colisão de interesses. b) Interesse de Agir: Composto pelo trinômio (necessidade, adequação e utilidade) b.1) Necessidade: No processo penal a necessidade é presumida, pois “nulla poena sine judicio”. Desse modo, NÃO é possível a imposição de pena sem existência de um processo penal. Exceções: 1. Transação Penal (Lei 9.099/95); 2. Acordo de não persecução penal (art. 28-A, CPP – inserido pelo Pacote Anticrime); 3. Colaboração premiada (Lei 12.850/13). Art. 76. É possível o cumprimento imediato de pena, sem que haja sequer processo, pois a pena negociada é anterior mesmo ao oferecimento da peça acusatória. Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados OBS.: Todas as exceções elencadas são mitigações do princípio da obrigatoriedade da ação penal pública (presentes as condições da ação, o MP é obrigado a denunciar, art. 24 CPP). b.2) Adequação: É preciso pleitear-se uma medida adequada para buscar seus interesses. E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 17 Atenção: Essa adequação NÃO tem importância para as ações penais condenatórias. Tem relevância nas ações penais não condenatórias, por exemplo, Habeas Corpus. Ex.: HC nas hipóteses que não é cabível. SUM 693, STF: Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. SUM 694, STF: Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública. SUM 695, STF: Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade. b.3) Utilidade: Consiste na eficácia da atividade jurisdicional para satisfazer a tutela do direito do autor. Atenção: A prescrição em perspectiva (virtual/hipotética) consiste no reconhecimento antecipado da prescrição em virtude da constatação de que, no caso de possível condenação, eventual pena que venha a ser imposta ao acusado estaria fulminada pela prescrição da pretensão punitiva retroativa, tornando inútil a instauraçãodo processo penal. STF e STJ NÃO admitem a prescrição virtual. Súmula 438, STJ. É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal. c) Justa Causa: Podemos conceituar justa causa como sendo o lastro probatório mínimo indispensável para a instauração de um processo penal. Assim, deve a acusação ser portadora de elementos de informação que justifiquem a admissão da acusação e o custo que representa o processo penal em termos de estigmatização e penas processuais. Funciona, pois, como uma condição de garantia contra o uso abusivo de direito de acusar, evitando a instauração de processos levianos ou temerários. A natureza jurídica da justa causa é alvo de divergência doutrinária, no entanto, prevalece que o CPP insere a justa causa como condição genérica da ação, em razão do art. 395, III, CPP: E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 18 Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - for manifestamente inepta; I - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. ATENÇÃO! Justa causa duplicada na lavagem de capitais. A expressão “justa causa duplicada” refere-se à condição para que seja iniciada uma ação penal para julgar um crime de lavagem de capitais, previsto na Lei nº. 9.613/98. Segundo Renato Brasileiro: Em se tratando de crime de lavagem de capitais, porém, não basta demonstrar a presença de lastro probatório quanto à ocultação de bens, direitos ou valores, sendo indispensável que a denúncia também seja instruída com suporte probatório demonstrado que tais valores são provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal (Lei 9.613/98, art. 1º, caput, com redação dada pela Lei 12.683/12). Tem-se aí o que a doutrina chama de justa causa duplicada, ou seja, lastro probatório mínimo quanto à lavagem e quanto à infração precedente. A propósito, o art. 2º, § 1º, da Lei 9.613/98, estabelece que a denúncia será instruída com indícios suficientes da existência da infração penal antecedente, sendo puníveis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, ou extinta a punibilidade da infração penal antecedente. Lei n. 9.613/98, art. 2º, § 1º: A denúncia será instruída com indícios suficientes da existência da infração penal antecedente, sendo puníveis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, ou extinta a punibilidade da infração penal antecedente. Justa causa triplicada: A doutrina aponta ainda para a existência de uma justa causa triplicada que ocorre quando a infração penal antecedente à lavagem de capitais também possui uma infração penal antecedente para a sua configuração. É o exemplo do crime de lavagem que tem como infração penal antecedente o crime de receptação, o qual, por sua vez, tem como infração penal antecedente o crime de roubo. Assim, quando do oferecimento da denúncia, cabe ao Parquet revelar o suporte probatório mínimo em relação a estes três delitos, daí porque a justa causa se apresenta, de fato, triplicada. ATENÇÃO (Súmula aprovada em 2021) Súmula 648-STJ: A superveniência da sentença condenatória prejudica o pedido de trancamento da ação penal por falta de justa causa feito em habeas corpus. E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 19 Imagine a seguinte situação hipotética: O Ministério Público ajuizou ação penal contra João acusando-o da prática de determinado crime. O juiz recebeu a denúncia e determinou a citação do réu para responder à acusação. João apresentou resposta escrita alegando que não havia justa causa e que, portanto, ele deveria ser absolvido sumariamente. O magistrado, contudo, rejeitou o pedido de absolvição sumária e determinou o início da instrução penal. Diante desse cenário, existe algum recurso que João possa interpor? Cabe algum recurso contra a decisão do juiz que rejeita o pedido de absolvição sumária? NÃO. Não existe recurso cabível na legislação para esse caso. Nesse contexto, contudo, a jurisprudência admite a impetração de habeas corpus sob o argumento de que existe risco à liberdade de locomoção. Desse modo, em nosso exemplo, a defesa de João impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça pedindo o trancamento da ação penal por falta de justa causa. O Desembargador negou o pedido de liminar e designou o dia 15/08 para o julgamento do habeas corpus pela Câmara Criminal do TJ. Ocorre que, antes disso, no dia 08/08, o juiz proferiu sentença condenando o réu. Diante desse cenário, o que acontece com o julgamento do habeas corpus? O Tribunal de Justiça irá apreciar o mérito do habeas corpus? NÃO. A superveniência de sentença condenatória torna prejudicado o pedido feito no habeas corpus se buscava o trancamento da ação penal sob a alegação de falta de justa causa. A sentença condenatória analisa a existência de justa causa de forma mais aprofundada, após a instrução penal com contraditório e ampla defesa. Logo, não faz mais sentido o Tribunal examinar a decisão de rejeição da absolvição sumária se já há uma nova decisão mais aprofundada. Será essa nova manifestação (sentença) que precisará ser analisada. Logo, o réu terá que interpor apelação contra a sentença condenatória, recurso de cognição ampla por meio do qual toda a matéria será devolvida ao Tribunal, que terá a possibilidade de examinar se a condenação foi acertada, ou não. E se a sentença tivesse sido absolutória? Se o juiz tivesse absolvido João, o HC também ficaria prejudicado? SIM. Com maior razão, o habeas corpus estaria prejudicado, mas agora por outro motivo: falta de interesse processual já que a providência buscada pela defesa foi alcançada em 1ª instância. Nesse sentido: A superveniência de sentença absolutória, na linha da orientação firmada nesta Corte, torna prejudicado o pedido que buscava o trancamento da ação penal sob a alegação de falta de justa causa. STJ. 6ª Turma. AgInt no RHC 31.478/SP, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 26/03/2019. d) Originalidade E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U EF LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 20 E, por fim, como uma condição da ação (mas que não está em qualquer manual de processo penal), tem-se a ORIGINALIDADE. Segundo Afrânio Silva Jardim, a “originalidade” como condição genérica para o regular exercício de qualquer ação. O autor sustenta que os tradicionais pressupostos objetivos extrínsecos denominados “litispendência” e “coisa julgada” são, em verdade, condições da ação, porquanto não são sanáveis, sem viabilidade de renovação da demanda com correção do vício. Em outros termos, a ação (penal) tem que ser original, não se admitindo reproduções, em face da vedação de dupla persecução penal. Nos ensinamentos dos professores, André Luiz Nicolitt e Afrânio Silva Jardim: A maior parte da doutrina não considera a originalidade uma condição da ação, classificando-a como pressuposto processual negativo. A originalidade consiste na ausência de litispendência e coisa julgada, isto é, a demanda deve ser original, porquanto o ordenamento jurídico veda o exercício mais de uma vez da mesma ação. 2.2.3 Condições Específicas da Ação Também chamadas de condições de procedibilidade. Vejamos alguns exemplos: 1) Representação do ofendido; 2) Requisição do Ministro da Justiça; 3) Sentença anulatória de casamento, no crime do art. 236, do CP; 4) Ingresso no país do autor do crime praticado no estrangeiro; 5) Declaração de procedência da acusação pela Câmara dos Deputados, no julgamento do Presidente da República; 6) Sentença que decreta a falência, nas ações falimentares. CUIDADO! NÃO confundir condição de procedibilidade com condição de prosseguibilidade: ● Condição de procedibilidade: é aquela necessária para dar início à ação penal. Ex.: nos crimes contra a honra, em regra, a representação é uma condição de procedibilidade, pois, sem ela, a ação penal não pode ser iniciada. ● Condição de prosseguibilidade: é aquela necessária para dar prosseguimento à ação penal. Trata- se da situação na qual a ação penal já está em curso, mas uma lei posterior altera a natureza da ação penal para aquele crime. Ou seja: o crime que antes era de ação penal pública incondicionada (e, por isso, não exigia representação), passou a ser de ação penal pública condicionada, de modo que essa representação passa a ser condição necessária para dar prosseguimento na ação penal. Ex.: A lei dos Juizados Especiais (Lei nº 9099/95) passou a exigir representação para os crimes de lesão corporal leve e lesão corporal culposa. Ou seja, tais crimes, que antes eram de ação penal pública incondicionada, passaram a exigir a representação tanto para dar início à ação penal (hipótese em que a E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 21 representação funciona como condição de procedibilidade), como para dar continuidade à ação que já estava em andamento (hipótese em que funciona como condição de prosseguibilidade). Nesse sentido, qual a natureza da representação quando se tratar de lesão corporal leve ou culposa no âmbito dos Juizados Especiais? R.: Depende! ▪ Processos relativos à lesão corporal leve e culposa ainda não iniciados: exige representação para dar início à ação penal → condição de procedibilidade (art. 88, Lei 9.099/95). ▪ Processos relativos à lesão corporal leve e culposa que já estavam em andamento: exige representação para dar continuidade à ação penal → condição de prosseguibilidade (art. 91, Lei 9099/95). Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesão corporais leve e lesões culposas. (CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE) Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir representação para a propositura da ação penal pública, o ofendido ou seu representante legal será intimada para oferecê-la no prazo de 30 dias, sob pena de decadência. (CONDIÇÃO DE PROSSEGUIBILIDADE) OBS.: É certo que sem a representação não se pode nem iniciar a persecutio criminis, conforme preconiza o artigo 5º, §4º, do CPP. Nesse caso, a representação é condição especial de persequibilidade, porque sem a representação não há como deflagrar a persecutio criminis, que antecede a ação penal. Sem representação a autoridade policial não pode instaurar o inquérito e assim dar início à persecutio (condição especial de persequibilidade), sem a representação não se procede em Juízo, isto é, não se deflagra ação penal (condição especial de procedibilidade) e sem a representação não se pode dar sequência ao feito (condição especial de prosseguibilidade). Considerações Importantes: 1) A lei que altera a natureza jurídica de uma ação penal é considerada norma penal mista ou híbrida. Vamos relembrar os tipos de norma penal e processual? ● Normas penais: Cuidam do crime, da pena, da medida de segurança, dos efeitos da condenação e do direito de punir do Estado (ex.: causas extintivas da punibilidade). ● Normas processuais penais: Versam sobre o processo desde o seu início até o final da execução ou extinção da punibilidade. Lembre-se que, à luz do art. 2º do CPP, a lei processual penal possui aplicação imediata: E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 22 Art. 2º - A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. As normas processuais penais podem ser: a) Norma genuinamente processual: Cuidam de procedimentos, atos processuais, técnicas de processo. b) Norma processual material (ou norma mista ou híbrida): Versam sobre o processo desde o seu início até o final da execução ou extinção da punibilidade. Assim, se um dispositivo legal, embora inserido em lei processual, versa sobre regra penal, de direito material, a ele serão aplicáveis os princípios que regem a lei penal, de ultratividade e retroatividade da lei mais benigna. (Renato Brasileiro, Manual de Processo Penal, 2017). Em outras palavras: quando se tratar de norma penal mista, o critério a ser aplicado é o mesmo do direito penal, ou seja, irretroatividade da lei maléfica e retroatividade da lei benigna. As normas que alteram a natureza jurídica de uma ação penal são consideradas normas híbridas porque, embora inseridas em diploma processual penal, possuem reflexos diretos em institutos de direito penal, como, por exemplo, a extinção da punibilidade. Isso porque, o crime que antes era de ação penal pública incondicionada e se torna de ação penal pública condicionada, passa a admitir uma nova hipótese de extinção da punibilidade, qual seja, a decadência pela ausênciade representação). 2) Considerando que a norma sobre a natureza jurídica da ação penal é uma norma híbrida e que as normas híbridas devem seguir as regras das normas penais, é possível dizer que, em regra, caberá a retroatividade da lei em benefício do réu. ATENÇÃO! Essa retroatividade nem sempre será possível! Não basta analisar o instituto apenas de acordo com a lei penal no tempo, sendo necessário também analisar se se trata de uma condição de procedibilidade ou prosseguibilidade. Vamos exemplificar para uma melhor compreensão: A Lei 13.964/2019 alterou a natureza jurídica da ação penal referente ao crime de estelionato. Antes, o crime de estelionato era sempre de ação penal pública incondicionada. Com a vigência da lei, o crime passou a ser de ação penal pública condicionada à representação, salvo algumas hipóteses expressamente previstas. Veja: Art. 171, § 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 23 I - a Administração Pública, direta ou indireta; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) III - pessoa com deficiência mental; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Logo, temos que: ● Antes da Lei 13.964/2019: o crime era de ação penal pública incondicionada ● Após a Lei 13.964/2019: o crime passou a ser tratado, em regra, como crime de ação penal pública condicionada à representação. Regra: ação penal pública condicionada à representação. Exceção: ação penal pública incondicionada quando o estelionato for perpetrado em face de: ✔ Administração Pública, direta ou indireta; ✔ Criança ou adolescente; ✔ Pessoa com deficiência mental; ✔ Maior de 70 (setenta) anos de idade; ✔ Incapaz. Inicialmente, pergunta-se: Trata-se de alteração de ordem penal ou de ordem processual? Essa pergunta é relevante já que definimos que se a norma é penal e for considerada benéfica, terá retroatividade e deverá ser aplicada as ações penais em curso. Assim, aquelas pessoas que se encontram processadas pelo delito de estelionato deverão ter em seus processos a aplicação da referida norma, havendo a necessidade de ocorrer a representação como condição de prosseguibilidade do processo. Por outro lado, se entendermos que a norma possui caráter processual, a aplicação será imediata e sem retroatividade, somente se aplicando aos delitos de estelionato ocorridos após a entrada em vigor da referida legislação. Assim, respondendo ao questionamento, a referida norma possui caráter híbrido, penal e processual, e, nesses casos, há de prevalecer a sua vertente penal. E como se posiciona a jurisprudência? Considerando a alteração promovida pela Lei 13.964/2019, os Tribunais Superiores foram instados a se manifestar acerca da retroatividade da sua aplicação e, consequentemente, necessidade de oferecimento ou não da representação aos processos em curso. A discussão teve início no STJ (HC 573.093) e, no curso dos anos de 2020 e 2021 foi objeto de uma série de divergências. Veja a evolução jurisprudencial: E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 E S T O Q U E F LE U R IZ A 7 00 43 50 32 09 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2 PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA PLUS SEMANA 03/30 24 (1) Em 14/04/2020, no HC 573.093, a 5ª Turma do STJ decidiu que a retroatividade da representação deve se restringir à fase policial, pois do contrário estar-se-ia transformando uma condição de procedibilidade em prosseguibilidade. (2) Em 04/08/2020, no Julgado HC 583.837, a decisão da 6ª Turma do STJ foi no sentido de que, por ser lei mais benéfica, deve retroagir. (3) Em 21/09/2020, a 5ª Turma reiterou o entendimento de que a retroatividade da representação no crime de estelionato deve se restringir à fase policial (ato jurídico perfeito). (4) Em 14/10/2020, a 1ª Turma do STF reconheceu não ser cabível a aplicação retroativa do parágrafo 5º do artigo 171 do CP, uma vez que no momento do oferecimento da denúncia a ação era incondicionada e não se exigia representação (HC 187.341/SP). (5) Em 13/04/2021, a Terceira Seção consolidou o entendimento das turmas criminais do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao definir que a exigência de representação da vítima como pré-requisito para a ação penal por estelionato – introduzida pelo Pacote Anticrime– não pode ser aplicada retroativamente para beneficiar o réu nos processos que já estavam em curso (Info 691). (6) Em 22/06/2021, A 2ª Turma do STF decidiu que a alteração promovida pela Lei nº 13.964/2019, que introduziu o § 5º ao art. 171 do Código Penal, ao condicionar o exercício da pretensão punitiva do Estado à representação da pessoa ofendida, deve ser aplicada de forma retroativa a abranger tanto as ações penais não iniciadas quanto as ações penais em curso até o trânsito em julgado (Info 1023). Logo, no cenário atual acerca da matéria, temos o entendimento pacificado do STJ no sentido de que deve ser observada a retroatividade, respeitando-se a limitação do ato jurídico perfeito e acabado materializado com o oferecimento da denúncia. No STF, contudo, permanece a divergência, uma vez que a 1ª Turma acompanha do entendimento do STJ, porém, a 2ª Turma, segundo decisão mais recente, admite a extensão da retroatividade para todas as ações penais em curso que ainda não tenham transitado em julgado. E como se posiciona a doutrina? Quanto ao tema, explica Rogério Sanches: Tendo em vista que a necessidade de representação traz consigo institutos extintivos da punibilidade, a regra do art. 171, §5º deve ser analisada sob a perspectiva da aplicação da lei penal no tempo. Vamos diferenciar duas hipóteses: a) Se a denúncia já foi ofertada, trata-se de ato jurídico perfeito, não sendo alcançado pela mudança. Não nos parece correto o entendimento de que a vítima deve ser chamada para manifestar seu interesse em ver prosseguir o processo. Essa lição transforma a natureza jurídica da representação de condição de procedibilidade em condição de prosseguibilidade. A lei nova (Lei 13.964/2019) NÃO EXIGIU ESSA MANIFESTAÇÃO, AO CONTRÁRIO
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