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DOENÇA DE CROHN

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SINOPSE DO CASE: O quanto antes, melhor!
1 DESCRIÇÃO DO CASO
Um homem de 19 anos teve seu caso evoluído de uma obstipação até duas fissuras anais que foram tratados com anti-inflamatórios não esteroides. Entretanto o tratamento passado pelo médico não apresentou efeito, resultando numa piora do caso e a perda de 22 kg. Enfim foi solicitada uma biópsia de material retirado de uma colonoscopia, pelo patologista foi observado granulomas e então o diagnóstico foi dado.
Uma vez que já se teve o diagnóstico, o tratamento correto foi passado e então o paciente melhorou. Foi receitado para ele mesalazina, azatioprina e prednisona, são medicamentos indicados para processos inflamatórios, que ocorrem quando os glóbulos brancos do seu corpo e as substâncias que eles produzem protegem você de infecções de invasores externos, como bactérias e vírus.
Existem inflamações agudas e crônicas, a diferença é que a inflamação aguda é a resposta precoce do organismo a estímulos adversos. É adquirido por um aumento do transporte de leucócitos (especialmente granulócitos) e plasma do sangue nos tecidos danificados. Enquanto que, a inflamação crônica é uma reação inflamatória que dura meses ou anos. Na maioria das vezes, a inflamação aguda precede a crônica, mas nem sempre é esse o caso.
2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO 
2.1 DESCRIÇÕES DAS DECISÕES POSSÍVEIS
Através dos sinais e sintomas destacados no caso é possível entender que o paciente é portador da Doença de Chron. A doença de Crohn é um tipo de doença inflamatória intestinal (DII). Causa inflamação do trato digestivo, o que pode levar a dor abdominal, diarreia grave, fadiga, perda de peso e desnutrição. A inflamação causada pela doença de Crohn pode envolver diferentes áreas do trato digestivo em diferentes pessoas.
2.2 ARGUMENTOS CAPAZES DE FUNDAMENTAR CADA DECISÃO
De acordo com Fernandes et al. (2009), a doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória granulomatosa crônica que pode envolver qualquer parte do trato gastrointestinal, predominantemente o íleo terminal e cólon adjacente, e apresenta distribuição segmentar e assimétrica de inflamação granulomatosa. Os principais sintomas clínicos são dor abdominal, diarreia, fístula, lesões anais e sintomas sistêmicos de diferentes gravidades no organismo. As taxas de incidência e prevalência da DC vêm aumentando rapidamente.
Alguns estudos descobriram que a DC resulta principalmente da inflamação crônica dos linfócitos T, especialmente das células T CD4+. Como células mediadoras da imunidade humoral, os linfócitos B não participam da ocorrência e desenvolvimento da DC. As células T CD4+ são os principais linfócitos efetores no tecido inflamatório intestinal. Eventualmente, apesar das diferenças no desenvolvimento do processo inflamatório, o processo de inflamação é induzido por células Th1 ou Th2. Os dois subgrupos de citocinas produzidas por células Th1 ou Th2 são antagonistas mútuos (PROTÁSIO et al., 2017).
Uma vez que um grupo de citocinas é produzido mais cedo ou mais que o outro, eles irão inibir o outro grupo de citocinas. Portanto, para uma mesma inflamação, os dois tipos de células T CD4+ podem levar a consequências diferentes, apresentando dois tipos diferentes de resposta imune, DC e colite ulcerativa. Os linfócitos desempenham um papel dominante em pacientes com DC, secretando principalmente IL-12, IFN-α, fator de necrose tumoral (TNF)-γ, IL-1, IFN-γ, IL-2 e outras citocinas (TORRES et al., 2009).
Segundo Oliveira et al. (2010), o diagnóstico da doença de Crohn é muitas vezes atrasado de 5 a 9 meses devido à variabilidade e sutileza de suas manifestações iniciais, ao contrário da colite ulcerativa, que devido aos seus sintomas e manifestações iniciais consistentes geralmente é diagnosticada mais rapidamente. Pode não ser diagnosticada por anos, porque os sintomas geralmente se desenvolvem gradualmente e nem sempre afeta a mesma parte do intestino. 
Os corticosteróides suprimem o sistema imunológico e são usados ​​para tratar a doença de Crohn moderada a gravemente ativa. Esses medicamentos funcionam de forma não específica, o que significa que suprimem toda a resposta imune, em vez de atingir partes específicas do sistema imunológico que causam inflamação, assim diminuem o processo inflamatório no tecido (HABR-GAMA et al., 2011).
2.3 DESCRIÇÃO DOS CRITÉRIOS E VALORES
A doença de Crohn, também chamada de enterite regional ou ileíte, é uma forma vitalícia de doença inflamatória intestinal. A condição inflama e irrita o trato digestivo – especificamente os intestinos delgado e grosso. A doença de Crohn pode causar diarreia e cólicas estomacais.
REFERÊNCIAS
FERNANDES, Marcelo D’ambrosio et al. Doença de Crohn metastática sem manifestação clínica intestinal. Anais Brasileiros de Dermatologia, [S.L.], v. 84, n. 6, p. 651-654, dez. 2009. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0365-05962009000600011. 
HABR-GAMA, Angelina et al. Doença de Crohn intestinal: manejo. Revista da Associação Médica Brasileira, [S.L.], v. 57, n. 1, p. 10-13, jan. 2011. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1590/s0104-42302011000100006. 
OLIVEIRA, Flávia Márcia et al. Aspectos epidemiológicos das doenças intestinais inflamatórias na macrorregião de saúde leste do Estado de Minas Gerais. Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 15, n. 1, p. 1031-1037, jun. 2010. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1413-81232010000700009. 
PROTÁSIO, Bruna Karoline Pinheiro França et al. Specificities of presentation of Crohn’s disease in childhood. Einstein (São Paulo), [S.L.], v. 16, n. 1, p. 1-3, 7 dez. 2017. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1679-45082017rc4070. 
TORRES, Ulysses dos Santos et al. Infliximabe na doença de crohn: experiência clínica de um centro terciário paulista. Revista Brasileira de Coloproctologia, [S.L.], v. 29, n. 1, p. 38-45, mar. 2009. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0101-98802009000100005.

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