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PROVA-1-COMPLETA-DE-INSPEÇÃO-2

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Importância da inspeção
Introdução
-Vamos começar falando da inspeção federal, que é a mais equipada/inteligente.
-Está presente em 1251 municípios com cerca de 1200 Médicos Veterinários AFFA (auditor federal fiscal agropecuário); 11000 funcionários.
-Estabelecimentos: 3600 (SIF) e 1600 (ER – relacionados).
-Reconhecimento do serviço por mais de 190 países.
-O registro é importante para o comércio de alimentos. Alimentos de origem animal tem registro no ministério da agricultura. Os alimentos que não são de origem animal tem o registro na ANVISA. 
Importância da inspeção sanitária:
-Aprovação ou rejeição de carnes e derivados: a partir do momento que identifica que o animal está doente, este será condenado. E pra isso se tem sintomas que o animal apresenta qnd está doente, a febre é um fator decisivo para ser condenado. Mas pode ser que o animal não tenha febre, dai ele vai passar pela inspeção ante-mortem, que não é individual – ve os que estão com a cabeça baixa, comportamento diferente, corrimento, diarreia, etc; pega a separa esse animal. Dai se o animal não estiver com febre, pode tentar aproveitar e ver como ele estará na inspeção post-mortem. A importância maior da inspeção é isso ai. Então mts vezes os pequenos produtores sabem que o animal está doente e não mandam para inspeção federal, vai para o abate clandestino. Então a importância se dá em aceitar/liberar pra consumo animais saudáveis e condenar a carne de animais doentes. O abate clandestino é crime, mas todo mundo (conselho) sabe e ngm faz nada.
-Agregar valor ao produto de origem animal.
-Garantir exportação (da inspeção federal). Nem todo estabelecimento exporta, só se tiver autorização do ministério da agricultura. E ao mesmo tempo que o ministério dá, ele tira (sai da lista de exportação). Tem a lista geral (países tipo África, que não fazem mt questão do rigor) e lista especial (EUA, união europeia, países que tem um rigor maior).
-Combater a Fraude Econômica: Atendimento dos RTIQ (regulamentos técnicos de identidade e qualidade) e rotulagem.
-Proteção dos consumidores: DVA (doenças veiculadas por alimentos), práticas comerciais enganosas. Inocuidade: zoonoses, resíduos de produtos veterinários e contaminantes ambientais, bactérias emergentes.
-Vigilância de saúde animal. A vigilância tb faz a defesa sanitária. Na inspeção identifica a doença, dps identifica de onde esses animais doentes estão vindo e consegue identificar que tal região está com determinada doença.
Verificação das informações inerentes ao setor primário.
-Bem estar animal.
-Fotos de abate clandestino: cachorros presentes no local do abate junto com as carnes; contaminação do ambiente; poluição do ambiente com sangue (mesmo que este seja orgânico); falta de bem estar animal (marretada com qualquer coisa que estiver pela frente). As pessoas tendem a pensar que uma carne industrializada não é saudável, pensam que a carne do animal que acabou de ser abatida/quentinha é a melhor.
Atuação da inspeção sanitária: 
 .Propriedades rurais; estabelecimentos de abate, industrialização e distribuição; portos, postos de fronteira; casas atacadistas e varejistas. A inspeção é frequente hj em abatedouro, se tem abate tem que ter inspeção ante-mortem e post-mortem veterinária. Supermercado em si não tem relação com o ministério da agricultura, somente seu deposito; o supermercado sofre uma inspeção ocasional da inspeção estadual, já que isso é uma atribuição da vigilância sanitária.
 .Modelos de inspeção: inspeção no produto final e da matéria prima; inspeção voltada para o controle de processos baseada no risco (inspeção de processo é APPCC).
 .Rotina de trabalho: inspeção ante (visão geral de todos os animais) e post mortem – observação da higiene; certificação sanitária; coleta de amostras (estabelecimento e varejo) – exames locais (que podem ser feitos no próprio estabelecimento) ou encaminhamento para laboratórios.
 .Programas especiais: Programa de Redução de Patógenos – PRP. Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes. Programas de Combate a Fraudes. Redução de Riscos da EEB.
 .Verificação de auto controle: Local e Documental. Elementos de inspeção -> manutenção e equipamentos, PPHO, APPCC, aguas de abastecimento e residuais, PSO, bem estar animal, iluminação, ventilação, controle de fraudes.
 .Frequência de inspeção do SIF: permanente durante as atvs de abate e exportadores. Periódica nos demais estabelecimentos (frequência baseada no risco).
 .Ações fiscais: apreensão e destinação de produtos; notificações; relatório de não conformidades (é o primeiro passo quando se encontra alguma alteração); autos de infração (advertência, multa); interdição de estabelecimento (parcial ou total); regime especial de fiscalização (cada estabelecimento tem 1 ou mais responsáveis pela inspeção, qnd entra o regime especial é uma auditoria do ministério da agricultura, ou seja, vem o pessoal lá de brasilia e ficam lá dentro pra ver a que ponto estão cometendo a irregularidade, se foi pontual ou se está acontecendo a todo tempo).
 .Obs: inspeção é diferente de fiscalização. Inspeção é olhar, verificar, avaliar. A fiscalização é consequência da inspeção, tem o poder de polícia – ação fiscal (que é documentação).
-Abrangência da inspeção sanitária: exames ante e post-mortem. Higiene dos estabelecimentos. Processamento tecnológico de POA. Exames histológicos, químicos, microbiológicos, tecnológicos. Embalagem e rotulagem. Classificação de produtos de acordo com tipos e padrões. Meios de transporte. Captação, tratamento e distribuição de agua de abastecimento. Captação, tratamento e esgotamento de aguas residuais. Isso tudo está no RIISPOA. 
NOVO RIISPOA: inclui bem estar, controle de resíduos, auto controle.
-Essa parte não precisa se preocupar mt, é só uma conversa que está tendo. Ele não vai pedir nada para PROVA.
Organograma MAPA
FALOU QUE NÃO PRECISAVA ANOTAR (ELE VAI MANDAR TD).
Divisão de cadastro e divisão de equivalência IMP.
-Primeiro órgão de interesse dentro do organograma: secretaria de defesa agropecuária.
-Competência de cada órgão desse importante saber.
-Serviço de inspeção e sanidade animal: onde dá entrada no registro de estabelecimento ou produto.
Registro e relacionamento de estabelecimentos
-Estabelecimentos sujeitos a registro:
 .Matadouro: estabelecimento que faz abate. Porem este não existe mais. O termo matadouro era pra estabelecimento que vendia carne quente. O RIISPOA foi feito há muito tempo. O frio ainda estava começando a ser introduzido como técnica.
 .Matadouro frigorífico: estabelecimento que abate bovino e/ou suínos, que faz aproveitamento de subprodutos não comestíveis. Dotados com instalação de frio industrial. Cada embalagem tem um registro e este tem que ter o nome de qual estabelecimento é. É a denominação do registro. Neste caso aqui tem que ser Matadouro frigorifico.
 .Matadouro de pequenos e médios animais: estabelecimento destinado a abate de suínos, ovinos, caprinos, aves e coelhos. Claro que não é tudo ao mesmo tempo. Um dia uma esp, outro dia outra esp (ou turno). Deve ser dotado de instalação de frio industrial e fazer aproveitamento de subprodutos não comestíveis.
 .Matadouro de aves e coelhos: mesma coisa. Mesmo que as vezes só abata aves.
 .Fábricas de conserva: o estabelecimento pode abater ou não. Tb deve fazer aproveitamento de subprodutos não comestíveis.
 .Charqueada: estabelecimento que pode abater ou não. E faz o charque ou carne seca.
 .Fabricas de produtos suínos: pode abater ou não. Para originar produtos industrializados (linguiças, salsichas, etc).
 .Fabrica de produtos gordurosos: qual produto de interesse? Banha, margarina.
 .Fábrica de produtos não comestíveis: fabricação de matéria prima que será usada na ração de animais. Farinha de carne, farinha de carne e ossos, sebo bovinos, farinha de pulmão. Não é subproduto, é produto.
 .Entreposto de carnes e derivados: esse estabelecimento, assim como de cima, não abate. Ele pega a carne, armazena e distribui. Ele pode receber o dianteiro, fazer os cortes secundários,embalar, estocar, distribuir. O estreposto tb pode fazer pequena industrialização: hambúrguer, mortadela, em pequeno volume.
~~Novo RIISPOA: inclui novos estabelecimento entreposto de envoltórios naturais; fabrica de gelatina e produtos colágenos; entreposto de opoterápicos (o estabelecimento recolhe glândulas pra fazer medicamentos – timo, pâncreas, tireoide); curtume (local que prepara o couro – o matadouro que recolhe o couro e pode passar para o curtume).
-Estabelecimentos sujeitos a relacionamento:
 .Casas atacadistas (não confundir com supermercados, que são varejistas): os mercados não tem nada a ver, o que tem relação são os depósitos deles.
-Caract gerais de construção de estabelecimentos – RIISPOA – (O que imprescindível pra um estabelecimento?):
 .Área suficiente para edificações com Luz e ventilações abundantes.
 .É necessário agua: precisando ter próximo desse matadouro um rio perene (que mantem seu volume de agua mais ou menos constante durante o ano todo).
 .Pisos impermeáveis com declive (1,5 a 3,0%): para as aguas resíduas escoarem, se formar poça é difícil de retirar.
Pode ser vermelhão, ladrilhos hidráulicos, de ferro, Korodur, Gressit.
 .Paredes impermeabilizadas até 2m sendo 3m para firmas exportadoras. Impermeabilizadas com azulejo? Pode ser. Mas quase ngm faz mais. Pode fazer com tinta, tinta plástica. Tem que ser impermeável para limpeza. O problema do azulejo é o rejunte, além de azulejo que quebra tb.
 .Parapeitos chanfrados (não pode ter ângulo reto) e azulejados a 2m do piso.
 .Forro de material adequado em todas as dependências para POA comestíveis e não comestíveis.
 .Dependências e instalações mínimas separadas para POA comestíveis e não comestíveis. Ou seja, onde se prepara produto comestíveis não pode ter produtos não comestíveis. Produtos comestível acondicionamento em caixas brancas. Se não é comestível em caixa vermelha.
 .Mesas, recipientes e tanques de aço inoxidável.
-Estilos de construção de matadouros:
 .Podem ser verticais ou americanos: verticais tem um piso superior e inferior, onde os currais estão a nível de solo e os animais terão que ser abatidos no nível superior, o objetivo é aproveitar a gravidade e os chuts (que destina as vísceras retiradas, etc). Qual o grande lance do matadouro vertical? Economia de energia, no outro precisa de um dispositivo pra remover vísceras e levar pra graxaria. Alem dos chuts tem os monta cargas, que são elevadores de pequeno porte pra levar vísceras, muidos, etc. Qual o inconveniente? A expansão dele. Pra expandir o abate fica complicado, tem que construir um anexo de prédio, então seria o grande inconveniente.
 .Horizontal ou alemão: é tudo no mesmo nível. Trilhagem aérea, carrinhos ou vagonetes (carrinhos em trilhos) – todos precisam de energia. A grande questão dele é que exige maior superfície de terreno e em relação a problemas seria uma expansão, mas não igual ao matadouro vertical. É mt mais fácil expandir o horizontal que vertical.
 .Misto: combina os dois. Tem matadouros onde o processamento é feito no subsolo. O abate é feito no térreo e o processamento no subsolo. Não tem gasto na subida. Dai o matadouro pode ter expansão lateral, mas o grande inconveniente é que sendo no subsolo pode ter infiltrações.
 .A gente precisa saber que eles precisam ser construídos em centro de terro. Assim tem como expandir.
 .Comum a todos: separação de área suja (desde sangria até termino da esfola, que termina com retirada da cabeça) e limpa. Tem que ter separação física dessas duas areas. Sem contaminação cruzada.
-Caract gerais de construção de estabelecimentos – RIISPOA:
 .Rede de abastecimento de agua com abundancia de agua fria e quente.
 .Rede de esgoto em todas as dependências. O esgoto humano não pode ser misturado com o esgoto industrial (tradado pela empresa).
 .Refeitório, rouparia, vestiários, banheiros e mictórios.
 .Pátios e ruas pavimentadas com sede para IF.
 .Janelas (com telas milimétricas), basculantes e portas de fácil abertura (vaivém).
 .Instalações de frio.
 .Canalizações de agua: paredes e pisos (vermelha). Equipamentos e produtos comestíveis (cor branca ou preta).
-Caract de construção de estabelecimentos de carnes e derivados – RIISPOA e normas DICAR.
 .Construção em centro de terreno e com entradas laterais.
 .Currais cobertos. Os currais tem que estar distantes pelo menos 80 metros e sentido contrario aos ventos predominantes da região. Vistos de cima: tem os currais de chegada e seleção, posteriormente os currais de matança. E próximo aos currais de chegada e seleção (que na vdd é um), um curral de observação.
 Curral de chegada e seleção:
Rampa de desembarque tem que ter declive bem suave para que animais não se machuquem. Estes não devem correr, devem caminhar. Deve ter piso adequado para que os animais não caiam e tenham contusões (repugnante).
Iluminação (mts vezes eles chegam a noite ou madrugada); piso antiderrapante princ no raio das porteiras (caract, declive suave, canaletas de escoamento de agua); cercas com 2 metros de altura (de ferro); cordões sanitários (na parte interior das cercas, são de concreto, para evitar contaminação de um curral pra outro).
Platadormas com corrimões sobre as cercas.
Bebedouros com agua potável, sistema de boia. Bebedouros de tamanho adequado para que 20% dos animais consigam beber ao mesmo tempo.
Agua para lavagem com pressão adequada e com mangueiras de engate rápido.
Seringa e brete de contenção. Na vdd onde temos isso é no curral de observação.
 .Instalações e aparelhagem para desinfecção de veículos (estes tem que ser lavados e desinfetados após o desembarque):
Localização, piso, agua sob pressão.
Esgoto independente.
Local para guarda de material.
Emissão de certificado de desinfecção de veículos.
 .Currais de matança:
Área: CMMD x 2,5.
Corredor central.
Porteiras duplas: pq da mesma forma que se autoriza o abata, uma porteira se abre e fecha acesso os currais de chegada e seleção, dai só dá pra ir pra o abate. Mesma coisa quando abre a porteira dos currais de matança, fecha o acesso da rampa de acesso ao abate.
 .Curral de observação:
Próximos aos currais de chegada e seleção. Cordão sanitário maior. Área de 5% dos currais de matança. Cercas pintadas com cor vermelha. Identificação: Curral de observação – Privativo da IF.
 .Depósito de chegada.
 .Departamento de necropsia: animais que chegaram mortos, animais que morreram no local. Do lado tem que ter um forno crematório: pra o animal ser incinerado dependendo da doença, sem aproveitamento. Carrinhos de transporte dos elementos não condenados.
 .Hj em dia tem currais tipo espinha (tipo corredores do lado) – facilitam o fluxo.
 .Banheiro de aspersão: sistema transversa de chuveiros, com agua clorada e pressão suficiente (fazer desinfecção).
 .Rampa de acesso: 
Se for vertical tem um aclive suave de 13 a 15%.
Canaletas transversal-obliquas, porteiras ou guilhotinas.
Capacidade: a distancia dos currais para sala de matança tem que ser de 80m. O calculo da rampa de acesso é 10% da capacidade de abate.
Deflexão de 45º. A rampa de acesso vai afunilando pra formar a seringa.
 .Seringa: pode ser simples ou dupla. Capacidade 10% da velocidade de abate x 1,70m. Condução dos animais. Chuveiro com canos perfurados ou borrifadores. Pequenos currais de espera: na rampa de acesso antes da seringa.
 .Box de atordoamento: tem uma entrada e são submetidos a insensibilização. O fundo tem um movimento basculante, qnd o animal cai, aciona esse movimento. E do lado movimento guilhotina, que abre para o lado e o animal cai devagar. Fácil ejeção para área de vomito.
 .Area de vomito: grades metálicas com tubos galvanizados sobre o piso. Então o animal cai em cima dessa grade para que se possa lava-lo.
 .Chuveiro: suspende o animal e ai passa pelo chuveiro. Mas ele caiu em desuso. Especialista falaram que acumula agua na barbela e por isso caiu em desuso. O prof achava que deveria voltar, mas uma coisa para limpeza do animal.
 .Sala de matança:
Area: 8m2/bovino/h. Pé direito: 7m. Piso: declive de 1,5-3,0%. Angulos arredondados.Paredes e parapeitos. Portas vaivém, óculos ou carrinhos. Iluminação: 5W/m2. Ventilação: renovação do ar: 3 vol/h.
Descarga externa por piletas...
Logo após o vomito é considerado a sala de matança propriamente dita. O animal está suspenso num trilho alto (vai desde a área de vomito até a esfola – dps da esfola já é trilho baixo).
Sangria: canaleta dupla (para vomito e sangue), precisando ter dois ralos (um p sangue e outro para agua residual). Tubo orientador. Tubulação especial com 15 cm de diâmetro e declive superior a 10%.
Calha: 1,20. De largura e 15 cm de profundidade para recolhimento de sangue.
Faca vampiro.
Trilhagem aérea alto: 5,25 cm na sangria, 75 cm de distancia do focinho para o piso. Baixo: 4m. Afastamento de colunas: 80 cm, paredes de 1,20 m. Afastamento na sangria: 1,50m. Afastamento da mesa: 4,0m. Distancia entre dois trilhos paralelos: 2,0m. Distancia entre trilhos paralelos com evisceração: 5,0m.
Esfola: plataformas com 70 cm. Cama elevada.
Inspeção de cabeças: mesa fixa tipo 3 (usada para baixa velocidade); nora (trilhagem – usada para alta velocidade – de acordo com mesa de evisceração); mesa rolante; carrinho modelo 1.
Evisceração: mesas de inspeção. Fixa tipo 1, fixa tipo 2. Seções de evisceração e espera: órgãos abdominais e fígado e órgãos.
Inspeção de bovinos
Inspeção “ante-mortem”
-Ante-mortem: estamos falando do animal vivo ainda.
-Conceito: inspeção realizada desde o momento da chegada do animal ao estabelecimento até a sua liberação para a sala de matança. Dependendo da falta de documentos, esses animais podem nem ser descarregados no matadouro. Ante-mortem normalmente a gnt tem um período de 24h que o bovino deve ficar em descanso, jejum e dieta hídrica. Esse período de 24h é o período em que vamos ficar avaliando esses animais (que no caso do bovino pode diminuir pra 12h, caso a viagem tenha sido curta). Durante esse período, as avaliações são constantes, não pensar que a inspeção ante-mortem acontece apenas uma vez.
-A atribuição da inspeção ante-mortem é do Fiscal Federal Agropecuário, ou seja, do Médico Veterinário. Durante as 24h do período de jejum, descanso e dieta hídrica, os Auxiliares de Inspeção podem, eventualmente, observar a movimentação dos currais, convocando o Médico Veterinário em casos especiais. Esses auxiliares tiveram treinamento para poder observar essa higidez do animal e poder chamar o Médico Veterinário. Nesse período de jejum, descanso e dieta hídrica, os animais serão avaliados nos currais (chegada e seleção, matança e de observação).
-Procedimentos:
 .Observar, no descarregamento do animal, quaisquer sinais indicativos de alteração na integridade do animal. Observa primeiramente a deambulação/movimentação do animal. Vamos avaliar os orifícios naturais (boca, narinas, orelha, anus, vulva, pênis, etc), pq qualquer alteração já desviamos o animal para o curral de observação.
 .Na estadia dos animais nos Currais de Chegada, os mesmos são avaliados mais detalhadamente e, caso necessário, desviados para os Currais de Observação para exames mais apurados. O curral de observação é um curral localizado ao lado dos currais de chegada e seleção, próximo o local de necropsia, onde tem brete de contenção pra poder fazer exames mais apurados. Normalmente as cercas são vermelhas e tem escrito ”Privativo da Inspeção Federal”. Ali é onde vamos observar o animal detalhadamente pra dar um destino adequado a ele.
 .Caso não sejam encontradas alterações no Curral de chegada e seleção, liberar os animais para os Currais de Matança, onde os mesmos aguardarão seu momento final. Durante esse período, os mesmos continuarão a ser avaliados em sua integridade, para que cheguem na sala de matança em plenas condições de abate. Então, os ficais federais vão avaliar os animais, mesmo a noite (terá luz), acima das plataformas. A partir desse momento, terminou essa avaliação, chegou no período que as 24h acabaram, os animais serão liberados para a sala de matança. Dai começa a ação do ante-mortem.
 .Local: Currais de chegada e seleção, onde os animais são descarregados do caminhão, são separados por lote (normalmente por procedência, mas pode separar tb por sexo ou idade), ou seja, cada curral vem de uma fazenda/produtor especificamente – a avaliação de idade será feita na sala de matança em uma das linhas de inspeção.
 .Obj: avaliar a integridade física e fisiológica dos animais. Pq separa em física e fisiológica? A física pode se aparentar em uma observação menos detalhada que ele está hígido, mais próximo se observa um corrimento, etc.
 .Importância:
 Fornecer dados para inspeção “post-mortem”: o animal pode apresentar uma suspeita que poderá ser confirmada no post-mortem. Ex: começamos a ter problema de animais chegando com cisticercose e só observamos isso na sala de matança. Observando o ante-mortem sabemos a época do ano que encontrou a patologia, de onde ele veio, pra que se possa ai uma classificação.
 Detectar animais com doenças sépticas. Esse animal se apresentará com todas as caracts possíveis de uma doença séptica (doença que vai demandar uma septicemia). Animal chegará prostrado, sangramentos, corrimentos, etc.
 Surpreender doenças que não apresentam substrato a anatomopatológico macroscopicamente marcante. Você só detecta a patologia com o animal vivo, dps ele não apresenta nada macroscopicamente marcante. Ex: raiva.
 Promover ação de policia sanitária. Essa ação de polícia sanitária é ação que a defesa sanitária faz junto das propriedades de onde esses animais vieram.
-Matança de emergência:
 .Objetivo: abreviar o sofrimento do animal. Em mts casos esse animal pode apresentar uma patologia que não lhe demande sofrimento em dor, mas em muitos casos isso vai se transformar em dor para o animal. 
 .Conceito: é toda matança ocorrida fora do período normal de matança.
 .Classificação:
 Imediata: o animal está sofrendo. É animal que tem fratura de membro, animal cheio de feridas, animal que sofreu pisoteamento pelos outros durante o transporte. Então, vai abate-lo imediatamente pra cessar a dor desse animal. 
 Mediata: vem para aqueles problemas que o animal não está sentindo dor, mas tem patologia que temos que evitar que essa doença chegue na sala de matança. Vai terminar o abate e só depois que o animal será abatido.
 .A matança de emergência é decidida no exame ante-mortem.
 .Técnica de inspeção: é a mesma realizada para o animal sadio. O animal será desviado para o curral de observação, vamos avaliar e dar o destino para o animal. Visualização, palpação, etc.
 .Local: matadouro sanitário, que é um mini matadouro localizado ao lado da sala de necropsia pra onde possa desviar o animal e abate-lo, sem parar o abate. Se não tem matadouro sanitário e precisa fazer matança imediata: para o abate, terá que abate-lo, tirar todo seu produto lá de dentro, higienizar toda a sala de matança novamente, pra poder voltar com o abate normal.
 .Anamnese: temperatura animal hipotérmico e hipertérmico é matança de emergência mediata e o hipertérmico vai pra graxaria. Bovinos: 38,5ºC; pontos críticos: 39,5ºC. Frequência respiratória normal de cada esp – bovino: 10 a 30/minuto. Frequência do pulso – bovino: 60 a 80/minuto.
 .Inspeção “post-mortem”: idêntica da que vamos fazer na matança normal. Animal terá avaliado a cabeça, língua, dentes, coração, pulmão, fígado, rins, carcaças. Local de abate: pode ser na sala de matança, mas o ideal é evitar que isso aconteça; no matadouro sanitário; e mt dificilmente no departamento de necropsia. Esse abate de emergência pode acontecer no departamento de necropsia qnd sabemos que não vai aproveitar nada.
 .Marcação das Carcaças: essa marcação que acontece no ante-mortem é na maioria das vezes animal que vai pra matança de emergência ou animal que chega com febre aftosa pra ser abatido. Primeira coisa: a chapa numero 6 (que é um brinco), é a que o animal tem que ir pra matança de emergência, dps que ele for abatido marca a face externa do animal com a chapa numero 4. Ela é localizada na região mediana da carcaça emsua face externa esquerda. Essa chapinha normalmente é amarela. Dai se o animal for condenado completamente, muda para cor vermelha, para que o funcionário saiba e manipule adequadamente, pois pode ser doença infecto-contagiosa. Ou seja, a chapinha 6 pode ser amarela ou vermelha, é amarela se o animal for abatido e avaliado de forma que ainda dê algum aproveitamento pra ele; se ele for condenado, já vai ganhar a chapinha vermelha, indicando que ele vai no mínimo pra graxaria.
 .Nota: essa marcação de matança de emergência pode ser em casos excepcionais dispensadas: qnd tem abate fora do dia ou horário normal de matança normal; ou ainda quando se tratar de um só bovino (rês – nomenclatura genérica pra vaca).
 .Exame post-mortem nos animais de matança de emergência, do mesmo jeito da matança normal, tem que ser feito por um Médico Vet. Quem dá destino aquela carcaça é o Medico Vet. Em alguns casos (abate fora do horário normal) será abatido por um funcionário do matadouro e ficará esperando até o dia seguinte para avaliação do medico vet. Então, excepcionalmente pelo Auxiliar de Inspeção e tudo irá pra uma câmara fria de sequestro para ser avaliado pelo Medico Veterinário. A técnica de inspeção post-mortem é a mesma feita na matança normal (avalia cabeça, língua, pulmão, coração, rins, meias carcaças, etc), então é uma avaliação completa.
 .Destino das Carcaças e Visceras dos animais de matança de emergência:
 Podem ir pra conserva (tratamento pelo calor) – animal chegou apresentando uma fratura, não tinha mais nada de problema, só a fratura, pois o máximo de problema que terá ali é essa carne ter pouco glicogênio e adrenalina, uma carne que se consumirmos normalmente será dura, mas em conserva permite ser consumida por nós humanos.
 Graxaria.
 Forno crematório ou autoclave especial.
 .Necropsia: animal chegou caminhão, foi descarregado, vc notou algum problema, mandou par ao curral de observação, ele morreu dentro do curral de observação. Obrigatoriamente terá que fazer a necropsia desse animal, pq pode ser uma doença infecto-contagiosa que contaminou todos os animais do plantel dele. É imp pra poder dar o destino para os outros animais que estavam com ele no transporte. Outro caso é: animal chegou, foi avaliado, foi p curral de matança e morreu – dai faz o mesmo, leva pra sala de matança pra avaliar o que aconteceu. 
Animal que chega ao estabelecimento já com inicio de putrefação. Ex: viagem longa em que o animal morreu durante essa viagem, então na maioria das vezes o animal estará fazendo viagem embaixo de muito sol, com isso o animal pode entrar no inicio de putrefação. Assim, é retirado no caminhão, colocado no carrinho e dps no forno crematório. Sempre pensar que não podemos fazer necropsia nele, pois estará tudo alterado nele.
Sistema linfático dos animais de abate: 
Importância, função, características, linfonodos de importância e reinspeção
• Objetivos: Entender a formação e funcionamento do sistema linfático. Identificar os linfonodos de inspeção e reinspeção nas carcaças, órgãos e vísceras dos animais de açougue. Correlacionar a importância do sistema linfático na rotina de inspeção nas linhas de inpeção e no departamento de inspeção final – D.I.F.
1. Formação e constituição: 
• Características e importância do sistema linfático: O sangue tem circulação fechada, ou seja, começa e termina no coração. O sistema linfático é uma circulação aberta. A linfa se forma e o destino final é o sangue. Tem a pequena e grande circulação. O sistema linfático tem muita importância porque ajuda a identificar patologias, principalmente através de alterações dos linfonodos. Toda vez que tem alteração no sistema linfático e consequentemente linfonodos alguma alteração de origem patológica está ocorrendo no animal. 
• Função do sistema linfático: Sistema imune: linfonodos, medula óssea, outros tecidos linfoides, baço e timo. 
No timo são produzidas cálulas T, chegam os linfonodos que são responsáveis pela resposta celular. Células B formam anticorpos.
A linfa é formada nos tecidos, interstício. O sangue (através das artérias) nutre os tecidos, e a veia recolhe os metabolitos da célula. Do lado arterial a maior força é a pressão hidrostática. A pressão oncótica é das proteínas. Do lado arterial essa pressão hidrostática é maior (batimento cardíaco), o sangue invade os tecidos. Do lado venoso a pressão a pressão oncótica maior, a presença de proteínas é mais relevante nesse momento, o liquido é puxado. O sangue nutre e as veias recolhem. Como existe diferença de pressão, cerca de 10% do liquido que invade o tecido vira linfa. Diferença de pressão hidrostática e oncótica forma a linfa. Água, sais, proteínas, metabolitos. A linfa tem a composição similar ao sangue (sem hemácias) com mais leucócitos e menos proteínas. (formação da linfa = se dá no interstício pela diferença de pressão hidrostática e oncótica). 
• Linfonodos: então é formada no interstício por uma diferença de pressão. Chegam nos vasos linfáticos, esses aumentam de calibre de acordo com a região do corpo. Os linfonodos filtram a linfa (retem corpos estranhos, moo). vasos que chegam aos linfonodos são aferentes. Através de um vaso eferente essa linfa sai dos linfonodos. 
Os linfonodos têm uma capsula de tecido conjuntivo, cordões medulares, vasos aferentes e eferentes; eles produzem linfócitos. Produzem a linfa, retém corpos estranhos. São brancos/amarelados, podem ter coloração negra se a pele for negra. A inspeção olha coloração, se estiver escuro pode significar obs de carvão. Pode haver presença de sangue, pus, abscesso. Cisticerco pode aparecer em linfondos (não é comum), tumores. Mudança de aspecto também é observado, hiperplasia ou hipertrofia de linfonodo. 
Diferenciações: Nos bovinos os linfonodos são maiores em relação as outras sp e em menor número. Nos equinos são em maior número e menores de tamanho, igual ao suíno. Ovinos bem pequenos. As aves não possuem linfonodos. 
São muitos linfonodos, uns que drenam pequena parte do corpo e os que drenam grande parte do corpo ( interessantes para a inspeção). A inspeção é um processo rápido. Alguns linfonodos são mais importantes por causa da área de drenagem, são de eleição por isso. 
• Vasos linfáticos: São estruturas similares aos vasos sanguíneos. Tem válvulas. A movimento de linfa é de acordo com a movimento do corpo, quando não tem movimento do corpo ocorre o que chamamos de edema. A linfa é responsável por manter o tecido intersticial com baixa [ ] de proteínas, se tem esse impedimento forma o edema. 
Os vasos linfáticos recebem a linfa, e essa através das válvulas vão chegando até o sangue onde se mistura na veia jugular.
2 importantes vasos linfáticos: Ducto torácico: Continuidade da cisterna do quilo ou de Pecquet ( dilatação de 2 cm de diâmetro) a nível L1 e L2, formada pelos troncos lombar e visceral e desemboca na veia cava anterior (|nível 1 costela). No trajeto recebe linfa das cavidades abdominal e torácica. ¾ da linda drenada. 
Tronco gástrico + tronco hepático Tronco celíaco + intestinal O tronco intestinal + tronco lombar Cisterna do quilo Ductor torácico Veia cava anterior. ¾ da linfa está nesse sistema. 
O membro anterior, cabeça, pulmões (??)
¼ restante é o tranco traqueal direto: formados pelos vasos eferente dos linfonodos retrofaríngeos, recebem linfa da cabeça, pescoço peito e axilasO esquerdo nem sempre está presente. Cabeça, pescoço, peito e axilas jugular ou duto linfático direito veia cava anterior.
2. Linfonodos de rotina de inspeção de bovinos: 
Alguns linfonodos serão incisados. Características. Locais e formas de exame. Tipos de lesão. 
Inspeção post mortem. 
A- Patas: verifica se tem febre aftosa. Se tivesse Fratura /inchaço ele seria abatido de emergência. Então o objetivo da linha é febra aftosa e só.
B- Cabeça e língua <<<< importante no sistema linfático 
C- Cronologia dentária
D- Trato gastro intestinal, pâncreas, bexiga, baço e útero <<<< importante no sistema linfático F
E- Fígado <<<< importante no sistema linfático
F- Pulmõese coração <<<< importante no sistema linfático
G- Exame dos rins 
H- Traseiro <<<< importante no sistema linfático
I- Dianteiro <<<< importante no sistema linfático
J- Área de carimbagem 
• Características: são superficiais. Linfonodos importantes que abrangem áreas de drenagem importantes. Superficiais, de fácil acesso. Incisados por auxiliares de inspeção. Quem trabalha na linha é auxiliar de inspeção. O veterinário trabalha no DIF (8% da área de matança em setor isolado). Se o auxiliar encontra algo que ele não reconhece ele encaminha para o DIF (patologias que os auxiliares não tem capacidade de reconhecer). As que eles não consideram aptos para julgar é encaminhado para o DIP, AFFA - é o médico veterinário, só ele é capacitado para julgar cisticercose etc. doença sistêmica é com o vet. 
• Locais e formas de exame: linhas de inspeção são os locais, de A a J. formas de exame: exame visual para verificar hipertrofia, diferença de cor, odor, forma ( tumores etc), mudança de característica do linfonodo. Muito importante, de acordo com a situação pode ter linfoadenopatia generalizado. Os linfonodos visíveis alterados indicam sepsemia > condenação total. Linfadenite, inespecíficas alterações da área de drenagem, rejeição parcial. 
• Linfonodos da cabeça: parotídeo ou parotídeano: fica localizado na base da orelha, sob articulação temporo mandibular. Drenagem: quase toda cabeça. Vertência: atloideanos ou retrofaringeos tronco traqueal jugular. Corta para ver a cortical e a medular. Linfadenite inespecífica condena a região, se for linfadenite específica manda para inspeção. Tumor maligno o julgamento é condenação total. Ex: tuberculose, marcação da lesão e encaminha para o DIF. Tuberculose calcificada, sem progressão infecciosa pode ir para consumo in natura. Se tiver ativo infeccioso não pode mais consumir in natura, as vezes vai para conserva ou graxaria. 
• Língua: retrofaríngeos (1-3): local é a linha media da faringe, posterior faringe. (drenagem maior que parotídeos e submaxilares. Se tiver progressão infecciosa, como exemplo tuberculose, e chegar nos retrofaringeos tb, da ideia de disseminação). Drenagem: língua, laringe e recebem eferentes dos submaxilares e parotídeos. Vertência: ducto traqueal jugular. Sublinguais ou sub-maxilares: O local é a raiz da língua, ângulo do arco inferior e ascendente da mandíbula. Drenagem: língua, gengiva e dentes e bucal. Vertência: retrofaríngeos. 
• Pulmões (ficam na linha F): Apical: drenagem, lobos apical e diafragmático. Vertência coto cevical ducto.torácido cava anterior.São examinados sempre. O apical, a região medular mais escura (um pouco) e cortical um pouco mais clara. Linfonodo esofageanos ou mediastínais médios (2 a 5) – drenagem é a parte posterior de esôfago, traquéia e pulmões. Vertencia: costo cervical ducto torácico cava anterior. Linfonodos traqueobrônquico esquerdo – drenagem são os pulmões, traquéia e coração. Vertência: mediastínicos. Linfonodos mediastinicos ou mediastinais posteriores ( 2 a 3 ) – drenagem é o esôfago, pulmões, pericárdio, diafragma e pleura. Vertencia: tronco visceral cisterna do quilo ducto torácio cava anterior. 
São incisados sempre, os auxiliares de inspeção incisam !!
• Fígado: hepáticos (5-15): drenagem – fígado, pâncreas e duodeno. Vertencia: tronco hepático tronco celíaco tronco visceral cisterna do quilo ducto torácico cava anterior. (como é a circulação da linfa ele não pede (?)). Importantes os linfonodos, quais são os examinados, no pulmão é importante ver a questão de tuberculose, pneumonia (linfonodos decidem se ela vai condenar o anima, parcial, ou condenação). 
• Estômagos: Gástricos: drenagem – cavidades gástricas correspondentes. Vertencia: T. gástrico T. celíaco T. visceral cisterna do quilo D. torácico cava anterior. 
• Intestinos: Mesentéricos, drenam a linfa das diferentes partes do intestino. Drenagem: duodenais, jejuno ileais, cólicos, cecas. Drenam as porções intestinais correspondentes. Vertência: tronco intestinal tronco visceral cisterna do quilo ducto torácico veia cava anterior. Retais: drenam o reto. Vertência: ilíacos internos tronco lombar cisterna do quilo ducto torácico cava anterior.
A inspeção corta vários linfonodos de 1 vez. Hipertrofia, tumores, abscessos, lesões tuberculoides. A cor pode ser mais escura de acordo com a região do corpo. Hipertrofia que não é especifica condena as alças intestinais. 
Carcaça
• Dianteiro: Pré escapular (1), drenagem: membros anteriores e paredes torácicas. Vertência: pré peitoreais ou ducto torácico cava anterior. Pré peitorais (2-4). A drenagem é de pescoço, membros anteriores e paredes torácicas. A vertencia é ducto torácico Cava anterior. Internamente pre escapular, externamente pre peitoral. No linfonodo pré escapular podemos achar uma linfadenite aguda inespecífica, hipertrofia, lesões enfartiformes, reação orgânica geral uso de mteil tiouracil. Leucose é tumor de linfonodos. Nesse caso condena ante mortem mesmo. 
• Traseiro: pré crural ou pré femoral (2) (quando o animal tem pele escura tem linfonodo escuro) a drenagem é das partes superficiais do membro posterior e parede abdominal. Vertência: inguinais profundos ou ilíacos internos --. Tronco lombar cisterna do quilo ducto torácico veia cava anterior.
Inguinais:
- Nas fêmeas tem os superficias ou retromamários (2 ou mais) (importante por causa das mastites, se alteram nesse caso. Na região de drenagem saberemos se a mastite causa problema maior que deveria porque a drenagem dessa linfa vai para os ilíacos internos. Toda vez que há mastite é recomendável que a carcaça seja desviada para o DIF. A drenagem é dos órgãos genitais externos e adjacências. Vertência: inguinais profundos ou ilíacos internos tronco lombar cisterna do quilo ducto torácico veia cava anterior. 
- Profundos ou ílio femorais (as vezes ausentes): drenagem: órgãos genitais internos, bexiga e uretra. Vertência: ilíacos internos tronco lombar cisterna do quilo - Ducto torácico Veia cava anterior.
- fotos: linfadenite aguda inespecífica. Linfonodo retromamário. Linfadenite necrótica ( presença de klebsiella).
Ilíacos: 
- externos (1 ou 2 ), drenagem é de músculos da coxa, parede pélvica e períneo. Vertencia: ilíacos internos tronco lombar cisterna do quilo ductor torácico veia cava anterior.
- Internos (1 ou 2 ), drenagem é a pélvis, cauda, parte interna da coxa. Vertencia: tronco lombar --. Cisterna do quilo ductor torácico veia cava anterior. 
- Isquiáticos (1) a drenagem é a região da bacia e cauda. Vertencia: sacrais ilíacos internos tronco lombar cisterna do quilo ducto torácico veia cava anterior.
Fotos: ilíacos: metástase de epitelioma.
3. Linfonodos de reeinspeção de bovinos: 
- Características: são linfonodos profundos, de difícil acesso. Necessário dissecar para chegar até eles. Para isso necessita de tempo par serem encontrados. Isso ocorre no DIF e é feito pelo médico veterinário. Quando tem desvio (tuberculose, mastite, etc) ocorre desvio para o DIF e no DIF o vet analisar. 
- Locais de inspeção: 
- Objetivos: avaliar se o processo é realmente local ou sistêmico. Grau de difusão das lesões. Dar o destino correto e com calma.
• Costo cervical (1): drenagem é a parte anterior da cabeça, paredes torácicas e pleura. Recebem eferentes do apical, esofagiano e traqueobrônquico esquerdo. Vertencia é o ducto torácico veia cava anterior.
• Esternais ou supra esternais: a drenagem são as paredes torácicas, pleura, pericárdio, peritônio e fígado. Vertencia são os pre peitorais ou ducto torácico veia cava anterior. 
• Intercostais ou sub dorsais: a drenagem são as regiões torácica e vertebral. Vertencia: mediatinicos ducto torácico veia cava anterior. 
• Lombares: a drenagem é a parede dorsal da cavidade abdominal, peritoneo e adrenais. Vertencia: cisterna do quilo ducto torácico veia cava anterior. Mostrou foto de linfadenite aguda inespecífica, hipertrofia e hiperplasia. Processo generalizado de staphylovovvud e streptococcus.
• Sacrais: drenagemé a região pelviana e recebem eferentes dos isquiáticos. Vertencia: ilíacos externos ilíacos internos tronco lombar cisterna do quilo ductor torácico veia cava anterior.
• Poplíteo: a drenagem é a perna. Vertencia: ilíacos externos ilíacos internos tronco lombar cisterna do quilo ducto torácico veia cava anterior. 
4. Sistema linfático dos suínos:
Linfonodos de rotina de inspeção: cervicais, parotideanos, mandibulares, gástricos, mesentéricos, retrofaringeos, apicais, brônquicos, hepáticos, inguinais, ilíacos e retromamário. 
Linfonofos de rotina de reinspeção: axilar da primeira costela. Renais, esternais, lo,bares, poplíteo. Pré crural. São examinados por dentro da pele. 
Mostrou foto: linfadenite hemorrágica suínos, hipertrofia, hiperplasia, focos hemorrágicos. 
5. Sistema linfático de ovinos e caprinos:
Pre escapulares, pre crurais, inguinais, poplíteos. Somente palpação. Os demais são muito pequenos. 
Mostrou foto: nodos hemolinfáticos. Linfonodo pre escapular. Linfadenite purulenta. Hipertrofia C. pyogenes. Retrofaringeo. Linfadenite purulenta. C ovis. Poplíteo. 
6. Sistema linfático de equídeos:
Mostrou fotos: Metástase de melanoma, linfonodo ilíaco.melanoma maligno. Linfonodo parotídeo. Melanoma maligno. Linfonodo sub romboideo.
7. Afecções no sistema linfático:
Leucócitos polinucleares nos capilares sanguíneos. Por diapedese vão ao tecido, fagocita os micróbios e retornam a linfa onde nos linfonodos terminam sua ação. Se não conseguem formam piócitos e são englobados pelos macrófagos – hipertróficos e friáveis. Regressão: normal, fica duro, mais volumoso e descorado. Progressão: pus, abscessos, caseificação, calcificação.
- Linfadenite aguda: septicemias, pneumonias, edematosos e tumefeitos.
- Linfadenite crônica: IMPORTANTE
Artigo 160 – Lesões inespecíficas: generalizam e comprometimento sistêmico: condenação total. 
As lesões progressivas sem comprometimento sistêmico: aproveitamento condicional: esterilização pelo calor. 
As lesões discretas e circunscritas sem comprometimento sistêmico: rejeição parcial: consumo “in natura”.
 alterações de tamanho, cor e forma. Sem haver lesão característica de determinada doença. 
RIISPOA – decreto 9013 / 2017: abscessos, actinomicose / actinobacilose, pneumonias, pleurisias. Septicemia ou toxemia = artigo 137 – hipertrofia generalizada dos nódulos linfáticos – condenação total. 
Linfomas, tuberculose, linfadenite caseoasa, linfadenite granulomatose, peste suína. 
Outras estruturas linfáticas: tonsilas (palatinas, faríngeas e línguas). Placas de peyer. Bursa de fabricius. Timo, baço; nódulos hemais ou pequenos baços.
Importante da aula na minha opinião, pelas dicas que ele deu: saber os linfonodo de inspeção ou de reinspeçao, ai o de inspeção falar quem incisa: auxiliar de inspeção. O que incisa. e o de reinspeção o med vet no DIP. SABER o que o vet faz e o auxiliar faz < IMPORTANTE. 
Inspeção de bovinos
Identificação de carcaças e peças
Inspeção Post mortem - Linhas
-Qnd está fazendo inspeção precisa ter uma completa correlação entre cabeça, pata, carcaças e vísceras. Pq dependendo do que a gnt encontrar nas linhas, precisaremos recuperar as outras peças que já passaram, dai precisa ter uma correlação perfeita dessas peças na linha de matança.
Identificação de lotes e peças nos trabalhos de inspeção post mortem
-Objetivos: identificar lote dos animais abatidos. Nisso estamos pensando em patologias infecto-contagiosas. Precisamos recuperar todas as peças que pertenciam ao lote e isso só consegue com identificação correta. Além disso, identificação das respectivas peças (mocotós, cabeça, vísceras e carcaça); essa marcação vai diferenciar em marcação generalizada/geral e outra marcação que só é feita qnd há desvio para o DIF. Identificação do lote a que pertence qualquer animal. Identificação do numero do animal, lote e data de abate. Correlação entre cabeça e carcaça de um mesmo animal. Embora tenha identificação das patas, hj em dia a maior parte das industrias não comercializa mocotó, vai para graxaria, diminuiu mt a venda em relação a antigamente.
 .Marcação sistemática: obrigatória de ser feita na linha de matança. Feita SEMPRE.
 Marcação do lote: chapa numero 5. Só tem uma chapa por numero. Marcada apenas na paleta esquerda da primeira meia carcaça do lote. Só o primeiro animal de cada lote que recebe essa chapa do tipo 5, que terá a numeração de acordo com o lote. Os outros todo serão marcados com o numero do lote, mas não chapinha.
 Marcação do animal: numero do animal, do lote e data de abate (parte interna da carcaça ou no peito) 30 (lote)/1 (animal numero 1) – 10/04/17 (data). Então, receberão essa marcação. Vai colocar uma papeleta no animal, é isso que se ve. O primeiro animal recebe a chapinha e essa papeleta.
 Marcação homóloga: cabeça e carcaça no côndilo occipital e face articular do carpo (numero de 1 a 100). Essa é a marcação que temos pra sabermos de qual cabeça pertence aquela carcaça e pra qual carcaça é aquela cabeça. Essa numero é feita com lápis tinta, que é lápis de pedreiro usado em construção, pois a agua não tinha a anotação. Essa marcação marca cabeça e carcaça, sendo o numero o mesmo para as duas. Até 100 pq a gnt subentende que um lote não deve ter mais que 100 animais.
 .Marcação Eventual: é a marcação desses animais que por ventura serão desviados da sala de matança normal para o DIF.
 Objetivos: identificar carcaça e peças que são enviadas ao DIF (chapinha do tipo 1 – que identifica peça e carcaça – tem um numero que identifica peça e carcaça que vai entrar no DIF – não é o mesmo numero da sistemática, qnd entra no DIF morre a numeração da sistemática – não tem coloração, metal). Identificar local das lesões nas peças remetidas ao DIF (chapinha do tipo 2 – ela tem estilete e é colocada ao lado da lesão pra facilitar o vet de onde foi encontrada a lesão – tem coloração vermelha). Identificar carcaças com lesão de aftosa nas patas e/ou na língua (tipo 3 – tem formato diferenciado, parece uma pata/casco – lado esquerdo do peito). Identificar animais destinados da Matança de Emergência (tipo 4 – essa marcação só acontece no caso desse animal ser abatido na sala de matança normal, se existe matadouro sanitário não precisa usar essa chapinha tipo 4 pra diferenciar nada, pq ele já vai vir da matança de emergência).
 Identificação das Peças remetidas ao DIF.
 Chapa numero 1: numerada em quadruplicata de 1 a 30 e articulada por gancho: indica correspondência entre vísceras e carcaça. Quadruplicata (tem 4 números 1) pq vc manda mais de uma peça.
 Chapa numero 2: não numerada, com estilete: indica local da lesão. Facilita que o vet não precise ficar procurando nada. Ele pode até querer procurar outras lesões, mas ele tem que saber qual lesão que levou pra dentro do DIF. Dai dentro da patologia o vet vai saber onde mais procurar.
 Se tiver uma patologia ou inflamação ou infestação generalizada, vamos fazer outro tipo de marcação. Vamos pegar todo o bloco que tenha TGI e marcar na altura do pâncreas (Intestino – altura do pâncreas: TGI, baço, pâncreas e bexiga). No fígado a marcação é feita próximo a veia porta. Qnd se marca no pulmão esquerdo é indicação de que todas vísceras torácicas estão contaminadas. Nota: cisticercose, desvia o coração para o DIF, dps de isolado (pq o coração normalmente está junto do pulmão, então precisamos separar, pq o pulmão não vai para o DIF, ele normalmente vai pra graxaria hj em dia).
 Meia carcaça – correspondência: na paleta – cabeça e língua que estão contaminados. Peito – órgãos da cav torácica que estão contaminados. Parede abdominal – órgãos abdominais que estão contaminados.
-Técnicas de inspeção post mortem:
 .Isso é obrigatório que a gnt faça, tanto pra comercio interno quanto pra comercio externo Realizadas nos estabelecimentos destinados ao comercio interno e externo). A inspeção post mortem vai nos ajudar a definir qual o destino da peça qnt da carcaça. Se pode haver consumo in natura, se tem que fazer aproveitamento condicional(ai estamos falando de conserva, salga, salsicharia). E ainda se vamos ter condenações, estas podem ser parcial ou total (quando desvia tudo para graxaria). Só tem uma víscera que permitimos condenação parcial e não total, que é o fígado, se ele estiver até 50% contaminado, a gnt pode tirar a porção contaminada e liberar o resto pra consumo in natura DEPENDENDO DO QUE FOR.
 .Locais dos exames: Linhas de inspeção.
 .Técnica de inspeção: tem duas fases. Uma é preparatória e a outra o exame propriamente dito. A preparatória é preparar a víscera para a inspeção, dai pode ser retirada do saco pericárdico, retirada da capsula renal, vc vai preparar a víscera para que possa visualiza-la melhor.
LINHA A – Exame das patas.
-Mesmo que vá pra graxaria, a inspeção é importante devido a febre aftosa.
-Fase preparatória: esfola e desarticulação da pata mantendo-a ainda presa a pele. E numeração com lápis tinta.
-Exame: retira a pata, lavar sob um chuveiro (pra retirar resquício de sng, por ex). E exame visual das superfícies peri-ungueais e espaços interdigitais. Vamos procurar princ a febre aftosa e pododermatite (gabarro).
LINHA B – cabeça e língua.
-Fase preparatória: serragem dos chifres. Esfola da cabeça. Oclusão proximal do esôfago. Desarticular a cabeça. Numera-la com lápis tinta. Seccionar músculos cervicais (e ai retirada a cabeça da sua junção com a carcaça). Lavar a cabeça, pode ser feito de duas formas: ou existe lavadouro de cabeça automático, ou lavada com jatos de agua. Liberar a língua (seccionar as hastes maiores do histel hioide).
-Exame da cabeça: muito mais visual do que por palpação. Visual da cav oral e dos orifícios, dai vamos observar orelha, narina. Visualizar o Foramen Magnum, vendo lesões medulares, princ pra ver coloração de medula. Realizar dois cortes nos masseteres. Realizar dos cortes nos pterigoides. Realizar corte nos linfonodos parotidianos. E observar princ a cor das mucosas.
-Exame da língua: visual da lingua através da observação dos músculos e tecidos adjacentes. Palpação pra ver se consegue encontrar algum cisto ou aquelas lesões comuns de actinomicose e actinobacilose. Incisão dos linfonodos retrofaringianos, sublinguais (mandibulares) e atloidianos. Retirada das tonsilas palatinas. Dai a língua qnd está integra indicamos que houve inspeção, pois ela estará limpa. Uma língua que por ventura vc encontra com um corte na sua porção ventral é indicativo dela vir de uma animal com suspeita com cisticercose, mas não se encontrou nada na língua. Então a língua tem que estar integra.
LINHA C – cronologia dentária.
-Exame: visual, objetivando identificação zootécnica de idade e identificação da sanidade animal. Realizada pelos mesmos funcionários da linha B. Normalmente feita por animais que vem do SISBOV (pra ver se uma coisa bate com a outra – rastreabilidade).
LINHA D – TGI, baço, pâncreas e bexiga.
-Essa linha é a linha mais complicada para fazer, pq tem varias atividades. 
-Fase preparatória: separar o reto dos ligamentos. Oclusão proximal do esôfago, reto e uretra. Abertura da cav pélvica e abdominal – retirada do útero e ovários nas fêmeas. Retirar omento maior (rendão). Oclusão entre piloro e duodeno. Oclusão distal do esôfago. 
-Exame: a observação é mais visual e tb palpação. E cortes no linfonodos mesentéricos (no mínimo 10 – pq eles são mais ou menos 100).
LINHA E – Fígado.
-Fase preparatória: retirada em uma única etapa e lavagem. Apresentar o fígado com a face diafragmática para cima.
-Exame: visual, palpação, corte no ducto biliar (pesquisa de fasciolose – ver se tem interrupção no fluxo), secção nos linfonodos hepáticos e examinar a vesícula biliar. Nesse caso que vamos permitir a condenação parcial em caso de víscera.
LINHA F – pulmões e coração.
-Fase preparatória: retirada dos pulmões, traqueia e coração, depositando o conj na mesa. Num primeiro momento não usa chuveiro de aspersão de agua, pq tem que ver se teve aspiração de sangue ou de suco ruminal na traqueia (má insensibilização), dai não pode lavar.
-Exame: visual, palpação, secção do parênquima pulmonar e brônquios, abertura da traqueia, secção dos linfonodos apical, esofageano, tráqueo-bronquico esquerdo e mediastinico.
-Exame de coração: visual, palpação (ou seja, antes de tirar o saco pericárdico vai observar e palpar o coração), dai abertura do saco pericárdio. De acordo com a infestação que tiver com cisticercose pode até ver o cisticerco assim que abrir o saco.
Abertura do coração esquerdo, da base ao ápice, expondo a cav átrio-ventricular, incisando profundamente (pesquisa de cisticercose) – desfolhamento do coração; qnd faz o corte precisa aprofundar esse corte como se tivesse abrindo folhas desse coração pra poder visualizar o máximo possível. Repetir no coração direito. Por isso, coração inspecionado é coração aberto, se estiver fechado é abate clandestino.
LINHA G – Rins.
-Fase preparatória: divisão da carcaça em meias carcaças. Retirar a gordura peri-renal e capsula renal. O rim é a única víscera que fica aderida a carcaça no BOVINO.
-Exame: visual e palpação, verificando aspecto geral do órgão; secção do parênquima para verificar cortical e medular. Examinar as supra renais. Precisamos abrir o rim no meio pra verificar cortical e medular, então.
LINHA H – Traseiro.
-Fase preparatória: divisão da carcaça em duas meias carcaças. Por isso tem plataformas inferiores e superiores.
-Exame:
 .Visual: aspecto e coloração da musculatura da carcaça; contaminações gastrointestinais (responsáveis pela maior parte das condenações na sala de matança, o que foi má evisceração); anormalidade das articulações e músculos; contusões, hemorragias e edemas; retirada de glândula mamaria, testículos e verga (pênis); observação da cav pélvica, peritônio e superfícies ósseas; examinar linfonodo inguinal em macho (fêmea é o retro mamário), pre-cural, ilíaco e isquiático.
LINHA I – Dianteiro.
-Fase preparatória: divisão da carcaça.
-Exame:
 .Visual: coloração; contusões, abscessos e contaminações; aspecto da pleura parietal e diafragmática; anormalidades de superfícies ósseas e articulações; ligamento cervical (oncocercose e brucelose); rigidez muscular precoce (maus tratos antes do abate normalmente ou ainda ficou sem descanso necessário, neste caso ficou sem reserva de glicogênio, dai o musculo contraiu mt rápido), carne com rigidez precoce não vai pra consumo in natura, vai pra conserva; examinar linfonodos pre-peitorais e pre-escapulares.
LINHA J – Carimbagem.
-Carimbar no coxão, ponta de agulha, lombo e paleta. É um carimbo em formato elíptico/ovalado, que tem os dizeres “Brasil; numero do SIF; inspecionado”. Esse é o carimbo de consumo in natura.
-Foto: caso de aproveitamento condicional ter sido liberado para salga – dai é um carimbo retangular e vamos fazer cortes específicos pra saber que essa carne só pode ser aproveitada em salga. Corte transversal nos músculos da face posterior do antebraço e anterior da perna e em forma de X no file mignon. Além do carimbo retangular, escrito salga.
-Destinadas a conserva: terão em forma de C no coxão duro e na região da paleta-braço, em forma de X no file mignon e transversal no patinho, coxão mole, lombo e entre a alcatra e o coxão.
Inspeção e critérios de julgamento
-Poderemos visualizar algumas patologias e critérios de julgamento pra saber o que poderá ser feito ou não com as vísceras ou partes de carcaças.
-Hoje temos algumas alterações no RIISPOA novo, que foi liberado ainda pouco. A maioria das coisas ficou como antes. Ele teve mt mais alteração de leite e pescado. 
1. Condições para julgar: condições que nós vets da inspeção precisamos ter para que possamos fazer um julgamento correto e preciso. Abaixo:
 .Conhecimento de Ciência da carne: está ligado princ as alterações bioquímicas, biofísicas, que temos durante a transformação de musculo para carne. Então, essas transformações bioquim serão mt imp para nós, para que possamos compreender a alteração da carne, para que possamos usa-la em um tipo de processamento correto para aproveitar todas as possibilidadesdaquela porção muscular. Dps disso, dentro das principais atividades que temos dentro de uma indústria (salga, salsicharia), ter noção do que essas atividades provocam na porção muscular pra que a gnt tenha noção tb de como destinar o produto.
 .Consciência de Saúde Publica e Econômica: é a gnt poder aproveitar aquela porção muscular ou víscera de forma que a mesma nunca traga problemas para a saúde publica, esse é o principal ponto. Mas a consciência econômica tem que estar ligada ao aproveitamento que temos que dar ao produto para que a indústria não perca para o completo ou para que o produtor não seja punido por total (punição total). Então, essa consciência econômica significa aproveitamento da carne/víscera de forma que não ataque a saúde publica e que tb de um retorno a quem produziu aquele animal.
 .Conhecimentos Técnicos e Científicos: estão tb ligados ao tipo de julgamento e destino que vc vai dar. Pq por ex uma carne que apresenta uma magreza fisiologia, ela nunca poderá ser usada para um produto que tem uma qntdd de gordura em percentual como exigência. Então vc não sabe que aquele produto precisa de determinada quantidade de gordura, vc vai acabar mandando uma carne mt magra pra ele, que levara a problema para o produto (se tornando fora do padrão) e para empresa (que estará vendendo um produto fora do padrão para o consumidor e poderá ser punida por isso).
 .Legislação: RIISPOA. É muito importante conhecimento das leis. Lembrar que não é somente o RIISPOA. Tem as varias portarias, decretos leis, notas técnicas. Temos que saber isso tudo para fazer julgamento correto.
1.1. Julgamento sanitário: no matadouro, antes, durante e após o procedimento de abete, objetivando defesa da saúde publica (impedindo que carnes toxicas e insuficientemente nutritivas cheguem a mesa do consumidor). Vai se preocupar coma sanidade daquela porção muscular. A principal causa é a saúde publica. Impedir que chegue ao consumidor e possa contamina-lo, ou causar até mesmo um surto.
1.2. Julgamento higiênico: higiene do produto durante sua fabricação, armazenagem e distribuição. Mas ela não se fixa somente na higiene do produto. Não adianta nada ter um produto sanitariamente e higienicamente perfeito, sendo que ao mesmo tempo ter um amb contaminado, funcionário contaminado. Então, tb é higiene do amb, pessoal, equipamento e instrumental. Qnd se fala em higiene não é só higiene do produto! Por ex: isso acontecia mt no Pao de Açucar antes de virar pao de açúcar, eles tinham problema com aguas residuais deles, dai estourava o esgoto dentro do pao de açuçar, dessa forma será que é possível fazer pao, corte/manipulação de carne ali? Não, pq tem um amb contaminado e que provavelmente passará um odor para o produto que vc tá fazendo.
1.3. Julgamento tecnológico: julgamento da matéria prima, do produto sub-acabado e pronto. Está relacionado aos defeitos de fabricação. Ex: escurecimento da carne, temp de cozimento na produção de derivados carnicos, etc. Quando fala de julgamento tecnológico ele diz sobre como é feito esse produto.
Obs: a Inspeção e Julgamento devem ser sanitária, higiênica e tecnológica.
2. Destino das carcaças:
 .Liberação para o consumo in natura. Carne que passou no máximo por refrigeração (pode ser tanto resfriamento quanto congelamento).
 .Aproveitamento condicional: consumo após tratamento industrial (salga, esterilização pelo calor ou conserva e salsicharia). Não confundir tratamento térmico com conserva.
 .Condenação: parcial (abcesso ou extravasamento de fezes – onde somente o local que foi tocado pelas fezes ou conteúdo do abcesso que será retirado e condenado para graxaria) ou total (tuberculose generalizada, ruiva, carbúnculo hemático, etc – que seria graxaria ou incineração, esta última é pra virar adubo – poucas patologias demandam a incineração).
2.1. Definição de carcaça: carcaça é o animal abatido, esfolado, eviscerado, livre de cabeça e patas (mocotós). Se for dividida ao longo da coluna vertebral, formam-se duas meias-carcaças.
3. Doenças parasitárias transmitidas ou não ao homem pela ingestão e/ou manipulação de carnes (se não é transmissível ao homem pq é imp de ser falada? Pq pode levar alterações repugnantes na carcaça onde o consumidor não irá desejar consumir.
3.1. Importância:
 .Transmissíveis ao homem por ingestão de carnes infectadas.
 .Outras não transmissíveis que tornam as carnes ou vísceras repugnantes.
 .Podem ser Nematódeos (com aspecto de fuso), Cestódeos (com aspecto de fita) ou trematódeos (com aspecto de folha – onde a mais conhecida é a fascíola hepática).
3.2. Nematódeos:
.Ascaris: não hematófagos, parasitas de intestino delgado. Larva pode migrar para tecidos pulmonares (levando a pneumonia) e fígado (onde teremos hepatite e manchas hemorrágicas, estas indicam agudez do processo, havendo cronicidade a mancha hemorrágica se torna nódulo esbranquiçados e fibroso). Em grande numero, no caso de termos a migração para pulmão e fígado podemos ter peritonite.
Em suínos podemos ter vários nos canais biliares levando a icterícia obstrutiva, podendo levar a condenação total da carcaça.
A. Suun, A. ovis. Neoascaris vitulorum (bov) e Parascaris equorum.
Pelo RIISPOA: condenar o local da lesão, liberar a carcaça. Se houver peritonite, condenar tudo para graxaria.
.Haemonchus contortus (ovino), Ostertagia ostertagi (bov) e Trichostrongylus axei (equino): parasitas de mucosa de abomaso ou intestino delgado (adultos) de rum e estomago de equinos. Aparecimento de pontos hemorrágicos. RIISPOA: condenar vísceras parasitadas e liberar o restante (o que acontece na maioria dos parasitas).
.Oesofagostomun radiatum: parasitas de intestino grosso de rum. Adultos se fixam na luz intestinal, mas as larvas s desenvolvem na parede intestinal. As que não saem para luz formam nódulos na parede entre os estômagos e o intestino grosso. RIISPOA: condenar vísceras parasitadas e liberar o restante.
Obs: ah, mas e se retirasse o parasita, lavasse o intestino e o usasse como envoltório? Não pode, pq aqueles furinhos que ficam devido a aderência do parasita estarão presentes e na hora que esticar para usar ocmo envoltório, irá romper tudo.
.Stephanurus dentatus: parasitas de suínos, localizados em fígado e rins (mais visualizado em rins). Larvas penetram no fígado, promovendo o aparecimento de manchas esbranquiçadas e cirrose. Adultos chegam a cav peritoneal e penetram na gordura perirenal, formando nódulos e tb nos rins, chegando aos ureteres. Vemos mais os parasitas na gordura perirenal e os nódulos em fígado. RIISPOA: condenar vísceras parasitadas e liberar o restante.
.Macracanthorynchus hirudinaceus: parasitas de suínos, localizando-se nos intestinos. Os ovos são ingeridos por besouros (Coprophagous arthropods) que serão, por sua vez, deglutidos pelos suínos. Promovem o aparecimento de focos de coloração amarelada que podem supurar. Deve-se fazer diag diferencial para tuberculose. RIISPOA: condenar vísceras parasitadas e liberar o restante. Se fosse tuberculose seria condenação total.
.Dictyocaulus viviparus (bov) e D. filaria (ovinos): parasitas de ruminantes, princ bovinos. Não tem porcentagem mt grande de animais contaminados por ele. Ovos, larvas e adultos, princ, podem ser encontrados nos bronquíolos, levando ao aparecimento de bronquite, pneumonia ou broncopneumonia. Pode apresentar tb exsudato espumoso, inclusive na tranqueia. Exsudato espumoso tb pode ser devido a insensibilização ineficiente (aspiração de sangue), dessa forma para determinar que é Dictyocaulus tem que ir até os brônquios. RIISPOA: condenar vísceras parasitadas e liberar o restante para consumo in natura.
.Trichinella spiralis: cabe um pequeno comentário sobre ela, sempre aprendemos que ela é exótica no brasil, mas obrigatoriamente qual tipo de suíno que é avaliado para trichinelose? O único suíno que é avaliado pra trichinelose no país é o de exportação, o que fica no mercado comum/interno não é avaliado, as avaliações são obrigatórias para os que são exportados. Dai então vcs tem ideia da produção suína no brasildo qnt que é exportado? Menos de 20%. Então essa afirmação de que é exótica no brasil é uma coisa que não dá pra afirmar com 100% de certeza. A trichinella é comumente encontrada em países que fazem fronteira com o brasil.
Parasitas de suínos. Ovos ingeridos junto a excrementos de ratos e chegam a circulação através da mucosa intestinal. Alojam-se em tecidos musculares de grande movimentação (diafragma e pilares, língua, laringe, músculos abdominais e intercostais). Avaliação feita através de triquinoscópio: onde faz um macerado de diafragma, pilares e língua observando nesse equipamento. Pelo regulamento RIISPOA: se for discreta, carcaça, coração e língua vao para frio (-10ºC/15 dias) ou calor > 58ºC (embutido 72ºC). Se intensa, condenação total. Larvas resistem a dessecação, salga e defumação. É um parasita que não é de fácil resolução e como temos um habito no brasil de se comer carne de suíno não inspecionada é um risco mt grande que existe.
.Onchocerca gutturosa (bov), O. cervicalis (Equinos): parasitas de bovinos e equinos, localizados em tec conj. Formam pontos hemorrágicos que evoluem para nodulações de conteúdo amarelo, com o parasita no interior. RIISPOA: condenar as partes lesada. Se infestação intensa, condenação total para graxaria.
3.3. Cestódeos:
 .Incapacitação física ao homem e animal, podendo inclusive chegar a morte.
 .Ovos necessitam passar pelo hospedeiro intermediário para completar o ciclo.
 .Forma dos cistos:
 Cisticercos: memb externa envolvendo escolice e quantidade variável de liquido.
 Coenuros: cavidade única com varias escolices.
 Equinococcus ou cisto hidatico: capa germinativa com escolices no interior – rompimento do cisto é contaminante.
 .Encontrar cisticercose é difícil de achar hj em dia. Bem menos que antigamente.
CESTÓDEOS DE CÃES
.Taenia pisiformis: estagio cístico – Cysticercus pisiformes (coelho). Localização em cav peritoneal, mesentério e abaixo da capsula serosa do rim e fígado. RIISPOA: condenação total.
.Multiceps serialis: estágio cístico – Coernurus serialis (coelho). Localização no tecido intramuscular e subcutâneo do lombo e membros posteriores, entre outros. RIISPOA: condenação total pra graxaria, pq normalmente o que se comercializa do coelho é lombo e membros posteriores.
.Taenia hydatigena: Estagio cístico – Cysticercus tenuicollis (bov, ov, cap, sui). Localização na sub-serosa do fígado, mesentério e omento. RIISPOA: condenar órgão. Diag dif entre tuberculose (compromete nódulos linfáticos) e cisticercose bovina e suína (intramusculares).
.Taenia ovis: estágio cístico – Cysticercus ovis (ovinos e caprinos). Lembrar que cysticercus ovis não é cysticercus bovinos, mt gente confunde na prova. Localização no coração, diafragma, musculatura da língua, cabeça e esôfago. RIISPOA: acima de 5 cistos na superfície de corte ou no coração, condenar totalmente. Menos de 5 cistos, esterilização pelo calor.
.Multiceps multiceps: estagio cístico – Coenurus cerebralis (bov e ovino). Localização no tecido cerebral. Parecem tuneis com nódulos amarelados e purulentos ao corte, formando verdadeiras galerias. A sintomatologia do animal vivo se assemelha a encefalopatia espongiforme bovina, pra isso precisaremos abater o animal e observar o cérebro do animal. Na encefalopatia não vamos ver essas galerias, o cérebro está integro. Aqui é mt caract. RIISPOA: condenar apenas o cérebro.
.Echinococcus granulosus: estagio cístico – Equinococo ou cisto hidático (bov, ov, sui, eq e humano). Localização nos pulmões e fígado. RIISPOA: condenar órgãos lesionados. Não é mt comum da gnt encontrar, mas as vezes aparece algum em linha de matança.
CESTÓDEOS DO HUMANO
.Taenia solium: estagio cístico – Cysticerccus cellulosae (suíno). Localizaçao: coração, cérebro, diafragma, músculos mastigadores, língua e carcaça. Infecção no humano: ingestão de verduras e agua, contaminadas, inversão de peristaltismo (vomito). Tb por algumas praticas sexuais.
Então, ingestão de verduras e agua... Quando o bov que tem o cisto defeca, ele pode contaminar alguma coisa? Não A contaminação nesse caso aqui vem de fezes humanas. Então, locais que tem dificuldade de saneamento básico pode ter grande contaminação de verduras e agua, dai o que vai acontecer no humano? Ele irá consumir as proglotes gravídicas da tenia e irá desenvolver cisticercose. Se vc ingere a proglote gravídica as larvas vao se encistar.
Inversão de peristaltismo: o cara vomita e e uma das proglotes gravídicas vem na boca dele, o cara mastiga e terá cisticercose.
Práticas sexuais: deixa a imaginação da gente agir. Proglote gravídica sendo esmagada.
Esses 3 tipos de contaminação dá cisticercose.
Ingestão de carne com cistos: teníase. Então o cisto em si é responsável por provocar a teníase. Então por ex, antigamente havia uma pratica comum no brasil que era vender a carne do suíno com cistos e ela era vendida como canjiquinha. Uma carne com cisto vendida como carne de porco com canjiquinha, que era anunciado na banca, vcs tem ideia do pq se vendia? Crocância que era ofertada a carne na hora que era frita.
A teníase em si se trata com remédio de verme. Só que a cisticercose não é tão simples e ela tem predileção por cérebro, mucosa ocular.
RIISPOA: infestação generalizada, condenar carcaça e vísceras, enviar gordura para fabrico de banha. Discreta ou moderada, realizar esterilização e gordura para banha. Pq vai para fabrico de banha? Pq será fundida a uma temp que inativará o cisto no caso dele existir. O que é uma infestação generalizada? Normalmente acomete vísceras e carcaça. A moderada apresenta pequena quantidade de cistos na carcaça e em uma ou outra viscera. E discreta é quando encontra somente em coração ou em língua. 
.Taeniarhynchus saginata: estagio cístico – Cysticerccus bovis (bov). Localização: coração, esôfago, diafragma e pilares, músculos mastigadores, base da língua e carcaça, além de outros músculos (como pescoço e peito). Sendo que vemos com mt mais facilidade a cisticercose nos membros anteriores do que nos posteriores. Pra encontrar em posterior, geralmente é infestação generalizada. Infecção no humano: ingestão de verduras e agua contaminadas, inversão de peristaltismo (vomito). Tb por praticas sexuais. Ingestão de carne com cistos: teníase. Hj em dia não observamos mais com tanta frequência nas linhas de inspeção a cisticercose.
RIISPOA:
 Um cisto calcificado – condena a parte lesionada e libera o restante. Se o prof diz que tem dois cistos calcificados, um na carcaça e um na cabeça, a resposta que damos para ele é tira o contaminado e libera o restante. Mas isso é errado. É só no caso de UM cisto. Se dois (mesmo que calcificados), infestação leve. Única que libera pra consumo in natura: cisto calcificado.
 Infestação generalizada: um ou mais cistos ocupando a área da palma da mao. Condenação total.
 Se discreta ou moderada, após a retirada dos cistos e dos tecidos afetados, enviar para salga por 21 dias ou 10 dias (se temperatura abaixo de 1ºC).
 Se o numero de cistos for um pouco maior, mas sem generalizar, esterilizar pelo calor.
3.4. Trematódeos:
 .Aspecto foliáceo (formato de folha).
 .Possui estruturas firmes na periferia, sendo mais macio no meio.
 .Costumam causar danos somente em órgãos. Cabe um adendo a casos de icterícia obstrutiva. Podendo chegar não só aos órgãos adjacentes, mas tb a carcaça.
.Fasciola hepatica: parasitas de fígado bov, ovino, equino, suíno, coelhos e humanos. Lesões de caráter inflamatório (hepatite), obstrução de canais biliferos (icterícia obstrutiva – o problema é ela ser crônica levando danos em vísceras e tecidos adjacentes, tb carcaça), tumefação e congestão, além de hemorragia e processos fibrosos na capsula do órgão, cirrose e bile de coloração pardo-amarelada. RIISPOA: condenar parte lesada e liberar o restante para consumo in natura.
.Dicrocoelicum dendriticum: parasita de veias biliares de ruminantes. Cumprimento de 4 a 8mm, levando a fibrose hepática. RIISPOA: condenar a parte lesada e liberar o restante para consumo in natura.
.Eurytrema pancreaticum:parasita de pâncreas de bovinos e ovinos. Pancreatite, com hiperplasia e esclerose e dilatação dos ductos pancreáticos. Não é mt achado. RIISPOA: condenar parte lesada e liberar o restante para consumo in natura. Mesmo pq o pâncreas não tem utilização para consumo humano, é coletado para fins farmacológicos.
3.5. Protozoários:
.Sarcosporidiose: Sarcocystis bovishominis, S. suishominis, S. gigantea (esôfago de ovinos), S. medusiformis (músculos abdominal de ovinos). Pode levar bovinos, suínos e ovinos a morte. No humano costuma ser assintomático. RIISPOA: se apenas no órgão, condenar somente o órgão. Se na carcaça, condenar tudo.
4. Doenças infecciosas transmitidas ou não ao homem pela ingestão e/ou manipulação de carnes:
 .Importância: transmissíveis ao homem por ingestão de carnes infectadas; outras não transmissíveis que tornam as carnes ou vísceras repugnantes.
.Tuberculose: sempre terá acometimento dos linfonodos. Pesquisa de nódulos linfáticos nas meias carcaças e nos órgãos. Se generalizada provoca lesão nas cav torácica e abdominal (músculos e vísceras). RIISPOA: condenação total em generalizada. Tuberculose caseosa localizada condena a parte lesionada e esteriliza o restante pelo calor. Tuberculose calcificada localizada condenar parte lesionada e destinar restante para esterilização pelo calor.
.Carbúnculo hemático: está na nossa legislação como exótico, embora não seja tanto. Bacillus anthracis. Embora indicado como exótico está presente na legislação brasileira. Bovinos: corrimento hemorrágico generalizado e hipertermia. Em equinos e suínos aparece sob forma localizada na faringe ou forma gastroenterica. Humanos: pústulas malignas. RIISPOA: condenação total em forno ou autoclave – ou seja, é incineração. É difícil que um bovino acometido de carbúnculo hemático chegue até a sala de matança, pq a sintomatologia é mt clara, sendo fácil de identificar, mas se por ventura ele chegar, temos um problemão dentro da indústria. Maior problema que temos na indústria. Pq? Desinfecção do material e instrumental usado no abate com soda caustica a 5%. É toda a sala de matança. Desinfecção do pessoal com bicloreto de mercúrio (1:1000) por no mínimo um minuto e posterior avaliação medica de 6 em 6 meses. É um banho com a pessoa nua e as roupas incineradas. De 1978-2006, 10 surtos em 5 municípios do RS na fronteira com Uruguai. 
.Brucelose: lesões localizadas no ligamento da nuca (aspecto de arroz ou banana cozida), nas capsulas articulares dos membros, na placenta ou nos testículos. O ligamento nucal é rígido/duro, no caso da brucelose ele se apresenta mole. RIISPOA: se localizada (caso de apresentar somente em um dos locais – mais do que um já define como generalizada), condenar vísceras e esterilizar carcaça pelo calor. Se generalizada, condenação total. O problema da brucelose é que o regulamento fala o seguinte: toda lesão que pode ser emputavel a brucelose tem que tratar como sendo brucelose.
.Actinomicose e Actinobacilose: actinomicose lesão granulomatosa crônica de mandíbula ou maxilar de bovinos e suínos. Agente: Actinomyces bovis. Actinobacilose lesão crônica na língua (língua de pau) e nódulos linfáticos da cabeça de bovinos. Agente: Actinobacillus lignieresi. O que eles querem indicar aqui como complicações secundárias? É lesão de boca, então isso provavelmente faz com que o animal tenha uma alimentação inadequada, dai complicações secundarias seria magreza, caquexia. RIISPOA: se localizada e sem complicações secundarias, condenar parte lesada e esterilizar restante pelo calor. Generalizada, condenação total.
.Mormo: equinos (Pseudomonas malei). Ulceras na mucosa nasal, com descarga purulenta e, posteriormente, sanguinolenta. Na forma crônica, tb pode acometer laringe, traqueia e pulmões. RIISPOA: condenação total para forno crematório. Não tem aproveitamento.
.Abscessos e lesões supuradas: RIISPOA: localizada ou contaminada com conteúdo oriundo das lesões e abscessos, condenar apenas o órgão ou parte. Generalizada: condenação total.
.Pneumonia: tem pequenas diferenças de um tipo de pneumonia para outro. 
RIISPOA: Pneumonia Gangrenosa condenação total. Broncopneumonia Verminótica condenar órgão e liberar restante para consumo in natura. Pneumonia condenar órgão e liberar restante para conserva. Pleuropneumonia condenar o órgão e enviar restante para conserva. A pneumonia em si, não traz nada de diferente, pq já há condenação de pulmão normalmente, não tem consumo in natura mais. Qnd vemos isso vem de abate estadual ou municipal.
.Peste suína: RIISPOA: lesões em carcaças, órgãos e vísceras condenação total. Lesao localizada em um órgão condenar órgão e enviar restante para esterilização com calor.
.Ruiva: condenação total para forno crematório.
.Febre aftosa: não abater na fase viremica – se abater, condenar totalmente. Se não for fase viremica – condenação das partes lesionadas e destinar o restante para conserva. Pq isso? Pq o problema para o humano é afta. Existe corrente no RIISPOA que queria tirar, mas mercado externo não aceita. Se o achado é na fazenda, tem que fazer abate sanitário. 
.Mastite: é um outro artigo que é complicado qnd falamos de sala de matança. Pelo regulamento: se for localizada, condena apensas o órgão e libera o restante para consumo in natura. Se estiver associada a alterações sistêmicas, condenar carcaça e vísceras. Por isso precisamos saber a cadeia de linfonodos, pq as lesões terão relação com isso. Se a infecção tiver ultrapassado os nódulos linfáticos supramamarios via ilíaco até os nódulos linfáticos lombares, é uma caract de alteração sistêmica.
.Nefrite, Infarto e Congestão Renal: condenar o órgão e liberar o restante para consumo in natura.
.Aspiração de sangue ou conteúdo ruminal: seria mais uma alteração sistêmica do que propriamente infecciosa, mas não cabia colocar em parasitaria. RIISPOA: condenar apenas o órgão. Aspiração de sng ou conteúdo ruminal: isso só aparece qnd tem uma insensibilização mal feita, isso nada mais é do que o animal insensibilizado, na agonia de evitar a morte, faz tanta força pra não morrer, que faz essa aspiração da sangria ou tb do conteúdo ruminal.
.Contusões: se localizada, retirar e liberar restante para consumo in natura. Se generalizadas, condenar totalmente. Acontecem normalmente por erro de manejo, no transporte ou no matadouro frigorifico; superlotação, animal nervoso demais. Essa contusão normalmente qnd a gnt tá na linha de matança, só tira na hora do toalete final. Antes da carcaça ser pesada, retira as areas de contusão, porem nem sempre é possível retirar a área de contusão sem descaracterizar os cortes. Dai se tiver generalização dessas contusões tem que condenar.
.Linfadenite caseosa: RIISPOA -> se discretas, esterilizar pelo calor. Se extensas, condenar totalmente.
.Telengiectasia: fígado com aspecto de ameixa. Outro nome que se dá o hemangioma de fígado, é uma das poucas lesões de viscera que vamos considerar tirar o afetado e deixar o resto pra consumo. RIISPOA: se localizada, condenar a parte lesionada e liberar o restante do órgão para consumo in natura. Se as lesões tomarem mais da metade do órgão, condenar totalmente. O fígado é a única que pode fazer isso devido ao seu tamanho.
Continuação patologias
.Quistos urinários: essa nomenclatura de quistos urinários é a nomenclatura que o RIISPOA manteve, mas não escutamos isso faz tempo. É o mesmo que cisto urinário. Então, mesmo que eles tenham formato de cabeça de alfinete, demandam condenar todo o órgão e liberar o restante (então, maiores que isso tb condena). Isso pq se tirar um pedacinho do rim, já descaracteriza o órgão da forma que ele é vendida.
.Outros: tumores malignos, carbúnculo sintomático, carnes hidroêmicas (carne aquosa e sanguinolenta, isso acontece em algumas patologias), carnes repugnantes (tanto pelo odor quanto visualmente), carnes sanguinolentas ou com icterícia, anaplasmose, piroplasmose, pioemia (abscessos espalhados por toda carcaça) e leucose bovina. Tudo condenado totalmente graxaria. Vai tudo pra fabricação de farinha.

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