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RESUMO SOBRE ANIMAIS EM CHOQUE CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS

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CHOQUE
- Colapso agudo após episódio traumático grave;
- Síndrome de insuficiência circulatória aguda e colapso vascular agudo são também
denominações usuais para esta complexa síndrome
FUNÇÃO CARDÍACA
INOTROPISMO:
- Força de contração ou contratilidade
PRÉ CARGA:
- Tensão na parede do VE no momento imediatamente anterior a contração. Ela depende da volemia e
da complacência ventricular (capacidade do VE de acomodar o volume)
PÓS CARGA:
- É a pressão que o VE tem que vencer para ejetar o sangue no sistema arterial
MICROCIRCULAÇÃO:
- O VE ejeta a coluna de sangue conferindo a esta energia potencial (pressão) e energia cinética
(velocidade)
DÉBITO CARDÍACO:
- Volume de sangue sendo bombeado pelo coração em um min
- Quando falta O2 = Produção de energia por fermentação = Acidose (produção de ácidos lactico) =
falência múltipla de orgãos.
O QUE É CHOQUE
HIPOPERFUSÃO sistêmica dos tecidos
CAUSA: Diminuição do débito cardíaco ou volume circulante efetivo
- incapacidade do sistema circulatório em oferecer oxigênio, nutrientes, atender a demanda metabólica
INÍCIO: Reversível
PROLONGADO: Lesão tecidual irreversível - Fatal
● Severa insuficiência da perfusão capilar, incapaz de manter a função normal das células, com volume
circulante ineficaz
● Metabolismo anaeróbico, acidose metabólica, morte celular e falência de órgãos vitais
CONCLUSÃO:
- Estado de perfusão tecidual inadequada que gera suprimento insuficiente de O2 e nutrientes
aos tecidos e impede a remoção dos produtos de excreção celular
- Causado por anormalidades no veículo de transporte de O2 (sangue) ou no sistema de
transporte (sistema cardiovascular)
- É caracterizado pelo desequilíbrio entre a perfusão e as necessidades celulares
TIPOS DE CHOQUES HEMODINÂMICO
CHOQUE CARDIOGÊNICO
- Resulta do baixo débito cardíaco decorrente da falha da bomba miocárdica
EXEMPLOS:
- Dano miocardio - Miocarditis, infartos
- Arritmias ventriculares, fibrilação
- Trauma direto no coração
- Hipóxia - Apneia e afogamento
- Compressão extrínseca (tamponamento cardíaco, pneumotórax, hemotórax)
- Obstrução do fluxo de saída
Ex: Embolia pulmonar
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
- Resulta de baixo débito cardíaco decorrente da perda de volume sanguíneo ou
plasmático para o meio externo
EX:
- Hemorragias
- Perda de fluido - Queimaduras graves(Perda de plasma e proteínas, translocação de
água e eletrólitos = hipotensão. Choque, IRA, septicemia, inalação de fumaça),
desidratação (parvo)
CHOQUE DISTRIBUTIVO
- Ocasionado por distúrbios na distribuição do volume sanguíneo
- Também chamado de hipovolêmico relativo
- Caracteriza-se por inadequado fornecimento e extração de O2 na presença de
vasodilatação
1- CHOQUE ANAFILÁTICO: Resposta inflamatória de origem inflamatória
- Ocorre quando o indivíduo entra em contato com algum antígeno para o qual foi
previamente sensibilizado (microorganismos, fármacos, alimentos)
- Reação de hipersensibilidade do tipo I
- No contato prévio com o antígeno ocorre grande produção de IgE que se liga à
membrana dos mastócitos e dos basófilos
- No próximo contato com o antígeno ocorre degranulação e liberação de histamina e
substância de reação lenta e anafilaxia
- Intensa vasodilatação
- Angioedema nos lábios, língua e olhos, e urticária pelo corpo – alguns dos sintomas
apresentados pelo choque anafilático
2- CHOQUE SÉPTICO: Resposta inflamatória de origem infecciosa
- Causado pela resposta do organismo a uma infecção sistêmica
- Infecções gastrointestinais, urinárias e pulmonares são as mais comuns e a resposta
global do organismo bem como o quadro sintomático são independentes do tipo de
agente envolvido
- Está associado a hipovolemia diminuição da capacidade de oxigenação das células da
capacidade do coração para bombear o sangue e diminuição da capacidade do
sistema vascular em manter o tónus vasomotor
- Na origem de um choque séptico pode estar situada várias situaçõe desde
queimaduras, traumas, peritonite, abscesso, e locais que sirvam de porta de entrada
de microrganismos
-
3- CHOQUE NEUROGÊNICO: Perda da resposta simpática
- Resulta da perda do tônus vascular associada a anestesia ou secundária a lesão da
medula espinhal. Consequentemente ocorre relaxamento de parede e redução da
pressão
- O volume circulante não é suficiente para preencher o sistema circulatório - Originado
por depressão do sistema nervoso central SNC
- Anestesia geral profunda - Depressão do centro vasomotor
- Anestesia epidural - Bloqueio das descargas simpáticas
- Lesão dos neurônios vasomotores no tronco cerebral
- Dilatação arteriolar
- Dilatação venular
4- INSUFICIÊNCIA SUPRARRENAL - Síndrome de addison
OBS: Aumento de permeabilidade em função da inflamação do endotélio, liquido de dentro
do vaso extravasa para o espaço intersticial
CHOQUE OBSTRUTIVO
- Ocasionado por compressão ou obstrução do coração ou grande vasos
- Há diminuição do DC sem envolvente de doença cardíaca primária
TIPOS:
- Pneumotórax de tensão
- Tamponamento pericárdico
- Hérnia diafragmática
- Torção gástrica
ESTÁGIOS DO CHOQUE
NÃO PROGRESSIVO - FASE 1: São ativados mecanismos compensatórios reflexos e é
mantida a perfusão do órgão vital. Aumento da FC, liberando catecolaminas
PROGESSIVO - FASE 2: Descompensado, caracterizado por hipoperfusão tecidual e inicio
de piora circulatória, bem como desarranjo metabólico incluindo acidose
IRREVERSÍVEL - 3 FASE: Lesão tecidual grave, mesmo corrigindo alteração hemodinâmica
a sobrevida não é possível
ANAMNESE
- Quando bem orientada a anamnese proporciona informação sobre desencadeantes do
choque e orent sua terapia
- Procurar saber se o animal apresenta evolução favorável ou desfavor´vel em relação
ao momento em que o informante faz as primeiras observações
- Verificar com o proprietário se houve trauma (se viu ocorrência), perda de sangue
(volume estimado) presença de diarréia e/ou vômito (tempo de evolução)
- Medicação ou atendimento e o tempo decorrido desde o início dos sintomas
- O choque anafilático instala-se em minutos
- O choque por hemorragia aguda ou insuficiência respiratória é desencadeada por
poucas horas
- Enquanto que nas infecções ou perdas hidroeletrolíticas ocorre após horas, dias de
evolução
CHOQUE: TRATAMENTO
- O que fazer
1- Determinar a causa
2- Evitar ações inúteis
3- Não tardar
4- Considerar possibilidades anestésicas
5- Proporcionar ventilação adequada
6-Posicionamento do paciente
7-Remover sujidades, secreções, coágulos
ESTABILIZAR VOLEMIA:
- Precocemente - Transporte de O2
- Vaso - Jugular
- Uso - Avaliar Hematócrito e PPT
- Cuidar hemodiluição e viscosidade
COMBATE DA ACIDOSE
- Acidose respiratória
- Corrigir alterações respiratórias
- Incremento de ventilação alveolar
- Cateter ou tendas
- Traqueostomia
- Intubação e ventilação
TERAPIA MEDICAMENTOSA:
- Bicarbonato de sódio
- Corticoides
- Antimicrobianos
- Vasoativos
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