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Dermatologia em Pequenos Animais

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Dermatologia em Pequenos Animais 
1- Parasitárias 
2- Fúngicas 
3- Piodermites – bacterianas 
5- Alérgicas 
6- Otites 
Dermatopatias Parasitárias – 
Importância das dermatopatias parasitárias: 
• potencial zoonótico 
• 20% de todas as enfermidades tegumentares 
• Escabiose canina (Sarcoptes scabiei) 
• Escabiose felina (Notoedris cati) (espécie específico) 
• Otoacaríase (Otodectes cynotis) 
• Demodiciose (Demodex canis) 
• Puliciose (pulga), ixodidiose (carrapato) e pediculose 
(piolho) 
Escabiose canina e felina 
→ SARNA SARCÓPTICA 
→ SARNA VERMELHA 
Sarcoptes scabiei – cão 
Notoedris cati – gato 
 
 
 
A escabiose: 
• Altamente contagiosa (principalmente entre as 
espécies / cão-cão) 
• Hospedeiro-específico 
• Não sazonal 
• Intensamente pruriginosa 
• Infestação pelo ácaro 
• Sinonímia 
• Sarna e sarna vermelha 
Etiologia: 
• Ácaro do gênero Sarcoptidae 
• Agentes etiológicos 
• Sarcoptes scabiei var. canis. (em cães) 
• Notoedris cati (em gatos) 
• Antropozoonose: transmitidas naturalmente 
para o homem 
• Ergodermatose: transmite para veterinários e 
tratadores de animais 
Aspectos epidemiológicos: 
• Escabiose canina: 6,4% das dermatopatias dos cães 
• Escabiose felina: 15,7% das dermatopatias nos gatos 
• Acometem cães e gatos < 1 ano de idade 
→ ambiente de canil 
→ fatores imunológicos 
→ proximidade dos cães. 
• Transmissão: contato direto e fômites 
• Não há predisposição sexual 
• Raças de pelos longos – 75% dos casos 
→ Poodle, Cocker Spaniel e Pastor Alemão 
→ SRD, Siamês, Persa e Sagrado da Birmânia 
Ciclo Evolutivo e Patogenia: 
• Odor e estímulos térmicos 
• Fêmea fertilizada => cava uma galeria no extrato 
córneo, no qual se alimenta e deposita seus ovos => 3 
dias => ovos eclodem e as larvas se movem para a 
superfície (muda: ninfa => adulto) => cópula – 21 dias 
• Fêmeas ficam aderidas no hospedeiro através de 
suas ventosas – 2 a 3 mm/dia; 2 ovos/dia 
 
• Machos: logo após o acasalamento morrem 
• Parasitos alimentam-se de queratina e linfa 
 
Patogenia: 
• Ags: epiderme e derme => resposta imune celular e 
humoral 
• Reação de hipersensibilidade aos antígenos => 
sintomas clínicos severos 
• Os ácaros, seus resíduos e excrementos => reações 
de hipersensibilidade 
• Hospedeiro-específica => outras espécies: infecção 
auto-limitante 
• Áreas glabras do tegumento (borda de pavilhões 
auriculares, articulações úmero-rádio-ulnares e 
tíbiotarso-fibulares e abdômen) 
 
Transmissão: 
• Altamente contagiosa 
• Contato direto com um animal infectado 
• Transmissão por fômites 
• Atinge animais mais debilitados 
• Período de incubação: uma a duas semanas no cão 
Manifestações Clínicas: 
• Sintoma cardeal: prurido intenso dioturno (ferox, 
biopsiante) = o tempo todo. 
• Prostação 
• Emagrecimento 
• Perda de libido 
• Possível linfoanenopatia periférica (principalmente em 
gatos) 
 
Manifestações Clínicas: escabiose canina: 
→ Pápulas pruriginosas, vesículas, crostas, 
escamas, erosões, escoriações, pele 
eritematosa (lesões edematosas), lignificação, 
hiperpigmentação e fístulas. 
• Porções ventrais do abdômen, tórax e patas 
• Disseminada, mas dorso é poupado 
• Lesões nas margens das orelhas –
descamação quase imperceptível até alopecia 
ou crostas 
• Os canais auditivos não são afetados 
• Infeções crônicas => piodermite (infecção 
bacteriana – sempre secundária) 
 
 
 
 
 
Lesões nas margens das orelhas: 
→ descamação quase imperceptível 
→ alopecia 
→ crostas 
→ canais auditivos não são afetados 
Articulações úmero-rádio-ulnar: 
→ crostas e escamas 
→ erosões, escoriações e fístulas 
→ pele eritematosa e hiperpigmentação 
*Disseminada, mas o dorso é poupado 
Abdomen: 
→ pápulas pruriginosas 
→ vesículas 
→ pele eritematosa 
→ lignificação (espessamento da pele), 
hiperpigmentação 
Manifestações Clínicas: escabiose felina 
→ Lesões crostosas, primariamente na borda 
medial do pavilhão auricular 
→ Espalha rapidamente para a orelha, cabeça, 
face e pescoço 
• As lesões também podem atingir os membros 
e períneo 
• A pele torna-se espessada, lignificada, 
alopecica, com crostas e escoriações 
Pavilhão auricular: 
→ lesões crostosas: borda medial => espalha 
rapidamente para a orelha, cabeça, face e 
pescoço 
*Pele espessada, lignificada, alopecica, com crostas e 
escoriações 
Diagnóstico: 
• Prurido intenso 
• Pouco responsivo com glicocorticoides 
• Método de eleição: exame parasitológico do raspado 
cutâneo – EPRC - superficial 
observação microscópica dos ácaros 
adultos ou dos seus ovos 
• Teste Elisa – não disponível no Brasil 
 
Diagnóstico – reflexo otopedal (mímica do prurido) 
✓ Positivo em 93% dos casos, mas pouco 
específico 
Exame Parasitológico de Raspado Cutâneo EPRC: 
Material necessário: 
✓ Lâmina de bisturi 
✓ Lâmina de vidro 
✓ Lamínula 
✓ Potassa a 10% ou óleo mineral 
✓ Microscópio óptico (menor aumento) 
•Raspagens (com lâmina de bisturi) 
• direção de crescimento do pelo 
• observar um ligeiro sangramento capilar 
•Muitas vezes, o ácaro não é encontrado (50 a 60%) => 
se em pelo menos 5 amostras, diagnóstico terapêutico 
(tratar com a clínica/evidências e ver se o paciente 
melhora com o prurido) 
 
 
 
 
Diagnósticos diferenciais: 
• Escabiose canina – Dermatite de contato, atopia, 
hipersensibilidade alimentar, dermatite por Malassezia, 
dermatite por Pelodera, queiletielose e sarna otodécica 
• Escabiose felina – Sarna otodécica, queiletielose, 
atopia, hipersensibilidade alimentar, pênfigo foliáceo ou 
eritematoso e lúpus eritematoso sistêmico 
Tratamento: 
• Banhos escabicidas – efeitos colaterais! 
• Contactantes: todos deverão ser tratados – 
portadores assintomáticos 
• Ambiente 
• Sobrevivem por até 3 semanas 
• Flambar ambiente e fômites 
• Fômites: lavar com água e sabão e após 
secos, ensacar e deixar fechado por 15 dias. 
• Animal deve dormir sobre papel 
• Nunca trate o proprietário! 
• Sarolaner - Simparic ® (único que está escrito em 
bula) 
→ 1 comprimido a cada 4 semanas (2 vezes já 
resolve) 
→ Apenas cães. Seguro em Collies etc 
→ A partir de 8 semanas e maior que 1,3 kg 
• Ivermectina – Mectimax® 
→ Cão e gato: 0,2 a 0,4 mg/kg/VO a cada 7 a 14 
dias – duas a seis semanas de terapia 
→ A partir de 6 semanas de vida 
→ Não usar em Collies! 
• Selamectina - Revolution® 
→ Cão e gato: 6 mg/kg/tópico a cada 21 a 30 dias 
– duas a três aplicações 
→ Pode ser usado em todas as raças, a partir de 
7 (cães) e 9 (gatos) semanas de vida 
→ Cães e gatos 
• Moxidectina + Imadaclopride - Advocate® 
→ 0,1 ml/kg/tópico a cada 30 dias – duas a três 
aplicações 
→ Pode ser usado em todas as raças, a partir de 
7 semanas de vida 
→ Cães e gatos 
Atenção!!!! 
• Não usar Ivermectina em: 
✓ Collie 
✓ Shetland Sheepdog 
✓ Samoyeda 
✓ Old English Sheepdog 
✓ Australian Shepherd 
✓ Border Collie 
✓ Whippet (pelos longos) 
✓ Afgan Hound 
• E seus mestiços... 
• Nesses animais, usar a Selamectina (Revolution ®), 
Sarolaner (Simparic®) ou Moxidectina + Imadaclopride 
(Advocate®) 
Otoacaríase 
SARNA OTODÉCICA 
“SARNA DE OUVIDO” 
Otodectes cynotis – cão e gato (não é hospedeiro 
específica) 
 
Otoacaríase 
• Gato, cão e homem: sem especificidade ao 
hospedeiro 
• Antropozoonose e ergodermatose 
• É mundialmente relatada em felinos ↔ alta 
densidade de animais 
 
*muito comum em gatos e assintomáticos 
• Otites externas 
➢ Bacterianas 26% 
➢ Parasitárias 24% 
➢ Micóticas 22% 
 
Agente etiológico: 
•Otites parasitárias 
• Pavilhão auricular: S.scabiei var canis e 
Notoedris cati – ESCABIOSES 
• Meato acústico externo: Otodectes cynotis e 
Demodex spp 
Patogenia - Otodectes cynotis – 
• Meato acústico externo => consumo de restos 
epidérmicos e de fluidos tissulares da superfície 
epidérmicas 
• Animais hipersensíveis => ação mecânica do ácaro + 
fenômeno de hipersensibilidade imediata => processo 
inflamatórioalergoirritativo e intensa exsudação ótica 
ceruminosa (cerúmen cor de borra de café e em muito 
excesso) => prurido => lesões cutâneas auriculares 
(otohematoma) e periauriculares => infecções 
bacterianas secundárias 
Transmissão: 
• Contato direto 
• Fômites 
Ciclo de vida: 
• Todo no hospedeiro 
Manifestações clínicas 
• Prurido 
• Otorreia – material depositado no interior da orelha 
em excesso 
• cerume semelhante à borra de café 
• Meneios de cabeça 
• Auto-trauma 
• As lesões podem acometer a região de 
masseter, região cervical, períneo e cauda 
• Otohematoma 
• Alopecia simétrica 
• Gatos: tolerância à infestação (tratar o gato também; 
restringir acesso à rua) 
Diagnóstico 
• Manifestações clínicas, contactantes e “tipo de vida” 
• Presença de gatos (todos os gatos tem O. cynotis) 
• Sinal otopedal positivo 
• Otoscopia: “trânsito” intenso de ácaros deambulando 
– positividade em 45% 
• Microscopia do cerumem - positividade em 80% 
• Exame Parasitológico de Raspado Cutâneo - 
positividade em 10% 
 
Diagnóstico diferencial: 
• Hipersensibilidade à picada de pulga 
• Pediculose 
• Dermatite por Pelodera 
• Sarna sarcóptica 
• Dermatite alérgica 
Tratamento: 
• Doença muito contagiosa, por isso, tratar todos os 
contactantes (cães e gatos) 
• Limpar e tratar o ambiente 
•Remover o excesso de resíduos com ceruminolítico (3 
a 5 dias) – ex. Cerumin® / Epiotic ® 
• Sarolaner - Simparic ® 
→ 1 comprimido a cada 4 semanas 
→ Apenas cães. Seguro em Collies etc 
 
→ A partir de 8 semanas e maior que 1,3 kg 
• Afoxolaler (ação que mata) e milbemicina oxima – 
NexGard Spectra ® 
→ 1 comprimido a cada 4 semanas 
→ Apenas em cães 
→ Não usar em Collies! 
→ A partir de 8 semanas e maior que 2 kg 
 
• Ivermectina – Mectimax® 
→ Cão e gato: 0,2 a 0,4 mg/kg/VO a cada 7 a 14 
dias – duas a seis semanas de terapia 
→ A partir de 6 semanas de vida 
→ Não usar em Collies! 
• Selamectina - Revolution® 
→ Cão e gato: 6 mg/kg/tópico a cada 21 a 30 dias 
– duas a três aplicações 
→ Pode ser usado em todas as raças, a partir de 
a partir de 7 (cães) e 9 (gatos) semans de vida 
→ Cães e gatos 
• Moxidectina + Imadaclopride - Advocate® 
→ 0,1 ml/kg/tópico a cada 30 dias – duas a três 
aplicações 
→ Pode ser usado em todas as raças, a partir de 
7 semanas de vida 
→ Cães e gatos 
Demodiciose 
SARNA DEMODÉCICA 
SARNA NEGRA 
Demodex canis 
 
Demodiciose – 
• Não contagiosa 
• Forma localizada é uma forma benigna e auto-
limitante 
• Forma generalizada é uma doença grave com risco 
de óbito principalmente devido a infecção bacteriana 
secundária 
• Demodiciose juvenil ocorrendo em cães até dois anos 
de idade 
 
Prevalência: 
No Brasil: 
• 40% das dermatites parasitárias nos cães - 
FMVZ/USP (Larsson, 1995) 
• Serviço de Dermatologia (FMVZ/USP) – 2005-2007: 
94 casos/ano 
• Belatto, 2003 ( Lages/SC) : demodicidose (42%) 
Mundo: 
• EUA: Entre as 10 dermatopatias mais comuns ( 
Sischo, 1989) 
Etiologia 
• Demodex canis – principal! 
• Demodex injai 
• Demodex cornei 
 
Etiologia: 
• Parasito obrigatório da pele de cães 
• Transmissão: contato direto da cadela com seus 
filhotes durante o aleitamento, nos primeiros três dias 
de vida 
• O D.canis apresenta cinco diferentes estágios: ovo, 
larva hexápoda, dois estágios ninfais (protoninfa e 
deutoninfa) e adulto (octópodes) 
 
• Os ovos têm uma característica fusiforme 
Patogenia: 
• Filhote: disfunção imunológica (disfunção de linfócitos 
T) => demodiciose juvenil generalizada 
• Cão adulto: após dois anos de idade 
• induzida por doenças imunossupressoras 
• hiperadrenocorticismo, neoplasias, 
leishmaniose e hipotireoidismo 
• Proliferação dos ácaros na pele => ruptura dos 
folículos pilosos => foliculite e furunculose bacteriana 
Predisposição: 
• Cães de raça definida 
• Pelame curto 
• Até 12-18 meses de idade 
• Sem predisposição sexual 
• Raças susceptíveis: Pug, Bulldog francês, Bulldog 
Inglês, Pit Bull, Boston Terrier, American Staffordshire 
Terrier, Shar Pei, Dálmata, Pointer, Boxer 
• Cães de raça definida 
• Alopecia parcial => quadro queratoseborreico 
• Pelos longos: Pastor Alemão, West White 
Highland Terrier, Lhasa Apso, Cockers, 
Scottish Terrier, Shih Tzu e Old 
EnglishSheepdog 
Aspectos clínicos: 
→ Forma localizada 
→ Forma generalizada 
Forma localizada: 
• máximo cinco lesões em todo o corpo ou apenas uma 
pata 
• lesões são alopécicas, por vezes hiperpigmentadas, 
planas e descamativas 
• prurido geralmente inexistente 
•Localização lesional: face, membros ou orelhas 
•Localização podal – pododemodiciose 
•Região periocular - local rico em glândulas sebáceas 
=> blefarite demodécica 
•Meato acústico: otodemodiciose 
Forma localizada: lesões são alopécicas, por vezes 
hiperpigmentadas, planas e descamativas 
*parecido com dermatofitose 
Forma generalizada: 
• mais de 12 lesões em todo o corpo, mais de uma pata 
afetada ou uma região 
• lesões são alopécicas, eritematosas ou 
hiperpigmentadas, com placas crostosas 
• infecção crônica: liqueninifação e cicatrização 
• casos mais graves: infecção bacteriana secundária => 
pústulas, pápulas, colaretes, foliculite, furunculose, 
edema e celulite 
Lesões alopécicas, eritematosas, hiperpigmentadas e 
com placas crostosas 
Liqueninifação e cicatrização 
Infecção bacteriana secundária => foliculite, 
furunculose, edema e celulite 
Blefarite demodécica 
Diagnóstico: 
• Histórico clínico 
→ Resenha do animal: raça, idade 
→ Histórico familiar, início do quadro, localização 
das primeiras lesões 
• Exame físico 
→ Linfonodomegalia, prostração, disorexia, 
hipertermia, claudicação e/ou impotência 
funcional e edemaciação cervical e de 
membros 
• Exame dermatológico 
→ Configuração e aspecto lesional 
→ Topografia: cabeça, periocular, comissura 
perilabial, mento, pescoço, ventral, membros, 
tronco, região distal de membros. 
Exame Parasitológico de Raspado Cutâneo EPRC – 
PROFUNDO: 
• Método de eleição 
• observação microscópica das larvas, ácaros 
adultos ou ovos 
 
• Fita Adesiva 
• Avulsão de pelame 
• Decalque exsudato 
• Cerúmen 
• Histopatológico – Pododermatite; lignificação e 
ceratose excessiva; Shar Pei 
Diagnóstico diferencial: 
• Foliculite/furunculose bacteriana 
• Dermatifitose 
• Dermatite por contato 
• Complexo pênfigo 
• Dermatomiosite 
• Lupus eritematoso sistêmico 
Tratamento: 
• Forma localizada 
✓ Cura espontânea esperada entre 6 a 8 
semanas 
• Forma generalizada 
✓ Tratamento até 3 raspados negativos com 
intervalo quinzenal 
✓ Não usar corticoide 
✓ Caso infecção secundária: antibióticoterapia 
associada 
Tratamento sintomático: 
• Piodermite secundária 
→ Antibióticoterapia por mais de 3 a 4 semanas 
→ Cefalexina: 30 mg;kg/BID/VO 
• Terapia tópica – banhos semanais 
→ Peróxido de benzoíla 
→ Clorexidine 3% 
→ Irgasan 
• Terapia tópica – compressas ou pedilúvios – 3 vezes 
ao dia 
→ Solução de Burrow (acetato de alumínio a 5%) 
→ Permanganato de potássio (solução aquosa a 
1:30.000) 
Tratamento – agente: 
• Banhos 
→ Efeitos colaterais 
→ Atualmente, pouco recomendado e usado 
• Uso das lactonas macrocíclicas 
→ agentes antiparasitários 
→ amplo espectro 
→ uso sistêmico 
→ avermectinas (ivermectina e doramectina) 
→ milbemicinas (milbemicina oxima e 
moxidectina) 
Ivermectina: 
• Droga muito utilizada para controle da demodiciose 
canina 
• Eficaz e de baixo custo 
• Dosagem: 0,4 a 0,6 mg/kg/dia/VO - até 3 raspados 
negativos com intervalo quinzenal 
• A cura clínica precede a cura parasitológica! – 
continuar tratamento para evitar resistência 
 
Tratamento 
• Sarolaner - Simparic ® 
✓ 1 comprimido a cada 4 semanas 
✓ Apenas cães. Seguro em Collies etc 
✓ A partir de 8 semanas e maior que 1,3 kg 
• Ivermectina – Mectimax® 
✓ Cão e gato: 0,2 a 0,4 mg/kg/VO a cada 7 a 14 
dias – duas a seis semanas de terapia 
✓ A partir de6 semanas de vida 
✓ Não usar em Collies! 
• Selamectina - Revolution® 
 
✓ Cão e gato: 6 mg/kg/tópico a cada 21 a 30 dias 
– duas a três aplicações 
✓ Pode ser usado em todas as raças, a partir de 
7 (cães) e 9 (gatos) semanas de vida 
✓ Cães e gatos 
• Moxidectina + Imadaclopride - Advocate® 
✓ 0,1 ml/kg/tópico a cada 30 dias – duas a três 
aplicações 
✓ Pode ser usado em todas as raças, a partir de 
7 semanas de vida 
✓ Cães e gatos 
Casos refratários 
Casos refratários 
• Verificar possíveis falhas de tratamento – posologia e 
interrupção precoce do tratamento 
• Identificar e tratar doenças concomitantes 
• Recidivas podem ocorrer após alta parasitológica 
Profilaxia 
• Afastar da reprodução doentes e portadores 
• Castração! 
Puliciose ou pulíase 
Ixodidiose 
Pediculose 
Puliciose, ixodidiose e pediculose 
• Puliciose – infestação por pulga 
• Ixodidiose – infestação por carrapato 
• Pediculose – infestação por piolho 
• Ectoparasitas normalmente associados a manejo 
inadequado 
 
• Tratamento 
• Parasiticidas tópicos - Imidacloprida 
(Advantage Max 3®), fipronil (Effipro®, 
Frontline®), moxidectina + imidacloprida 
(Advocate®) ou selamectina (Revolution®) 
• Parasiticidas sistêmicos – Nitenpiram 
(Capstar®), Spinosad (Comfortis®), Fluralaner 
(Bravecto® -cada 3 meses), Afoxolaner 
(NexGard® -mensal) 
• Tratamento ambiente (Amitraz, Butox®, dedetização!) 
Dermatites parasitárias: 
• Escabiose canina (Sarcoptes scabiei) e escabiose 
felina (Notoedris cati) 
→ Prurido intenso 
→ Zoonose 
→ Tratamento de todos os contactantes 
• Otoacaríase (Otodectes cynotis) 
→ Sarna de ouvido’ 
→ Prurido intenso 
→ Zoonose 
→ Tratamento de todos os contactantes 
• Demodiciose (Demodex canis) 
→ Não transmissível 
→ Forma localizada e generalizada 
→ Tratar forma generalizada - até 3 raspados 
negativos com intervalo quinzenal 
→ A cura clínica precede a cura parasitológica

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