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Cultura do Trigo

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Fitotecnia: 
Arroz, Feijão e 
Trigo
Aula 4 – Cultura do trigo
Prof. Dra. Cristina Célia Krawulski
• Unidade de Ensino: 4
• Competência da Unidade: Conhecer os principais aspectos técnicos e 
econômicos envolvidos na produção do trigo.
• Resumo: Serão abordados os conteúdos mais relevantes do manejo da cultura 
do trigo, uma das principais culturas alimentares do mundo, com diversas 
ramificações industriais, que gera valor agregado e empregos.
• Palavras-chave: Triticum aestivum L.; fatores de produção; demanda nutricional.
• Título da Teleaula: Cultura do trigo.
• Teleaula nº: 4
Contextualização da teleaula
• Conhecer características da planta de trigo.
• Conhecer aspectos técnicos e econômicos da produção do trigo,
que é uma das principais culturas alimentares do mundo.
• ZARC e regiões tritícolas.
• Nutrição da lavoura.
Características da
planta e do cultivo de 
trigo
• Uma das principais culturas alimentares do mundo.
• Cultivado em diferentes ambientes e regiões geográficas.
• Muitas ramificações industriais; geração de empregos.
• Culinária: farinha; grão laminado; espessantes de molhos, sopas,
pudins e recheio de tortas; etc.
• Misturas adesivas e colas; fármacos; cosméticos; álcool.
• Alimentação animal (forragem, ração).
• Armazenamento por longos períodos (qualidade).
Fonte: 
https://www.embrapa.br/en/busca-de-
noticias/-/noticia/60418076/trigo-
projecao-de-crescimento-em-todo-o-
brasil. Acesso em: 22 ago. 2022.
• Características morfológicas da planta: semelhantes a outros
cereais de inverno (cevada, aveia, centeio, triticale).
• Sistema radicular: conjunto de três grupos de raízes (seminais;
permanentes (coroa); adventícias).
• Início desenvolvimento das folhas: emissão de uma pseudofolha
(coleóptilo), responsável por proteger o desenvolvimento do
mesocótilo, até a emissão da plúmula (1ª folha).
Fonte: 
https://www.google.com/search?client=f
irefox-b-
d&q=caracterisitcas+morfol%C3%B3gicas
+do+trigo#imgrc=u2i3Keey3RY35M&img
dii=tQtYGcmncelUXM. Acesso em: 25 
ago. 2022.
Fonte: Fonte: adaptada de Lynch e 
Brown (2012, p. 10).
Nutrição da lavoura
de trigo
• N: elemento requerido em maior quantidade; o mais limitante para o
crescimento e desenvolvimento; propicia alto rendimento e qualidade
de grãos.
• Absorção: determinada pela disponibilidade e demanda durante os
estágios fenológicos.
• Cultivos em sucessão a outras gramíneas: N e P.
• Baixos teores de B, Ca e Mg também são limitantes.
Absorção e exportação de macronutrientes (*)
(*) para produção de 1.000 kg/ha grãos de trigo 
• Método de sintomas visuais: aplicação prática, exige experiência. 
Quando o sintoma de deficiência torna-se visível, o dano à planta já foi 
causado (*).
• Método químico: preciso, porém oneroso (exige análise química de 
cada elemento).
Coletar a folha bandeira: 50 plantas/ha 
Início do espigamento
Diagnose foliar
Deficiência de N:
• Redução número de perfilhos;
• Redução tamanho da haste;
• Redução da espiga e do tamanho 
da semente;
• Redução produtividade.
Fonte: https://bit.ly/3BeaGBB. 
Acesso em: 15 ago. 2022.
Fonte: https://bit.ly/3BeaGBB. 
Acesso em: 15 ago. 2022.
Deficiência de K
Deficiência de Boro:
• Espigas muito pequenas, com 
nº reduzido grãos;
• Palhiços enrolados.
Fonte: https://www.yarabrasil.com.br/nutricao-de-plantas/trigo/deficiencias-
trigo/deficiencia-de-boro-trigo/. Acesso em: 15 ago. 2022.
Zoneamento 
Agrícola de Risco 
Climático
• Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
• Portarias por Estado.
• Aplicativo móvel Zarc Plantio Certo (Embrapa Informática Agropecuária).
• Minimizar efeitos deletérios da irregularidade das chuvas.
• Subsidiar a definição da data de semeadura.
• Seguro agrícola.
• Cultivares: grupos de características homogêneas.
Fonte: 
https://www.gov.br/agricultura/p
t-br/assuntos/riscos-
seguro/programa-nacional-de-
zoneamento-agricola-de-risco-
climatico/portarias. Acesso em: 
24 ago. 2022. 
• Região 1: Grupo I (n<130 dias); Grupo II (n >130 < 140 dias); Grupo III 
(n>140 dias).
• Região 2: Grupo I (n<120 dias); Grupo II (>120 < 141 dias); Grupo III 
(n>141 dias).
• Região 3: Grupo I (n<115 dias); Grupo II (>115 < 130 dias); Grupo III 
(n>130 dias).
n = nº dias da emergência à maturação ponto de colheita
Fonte: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/riscos-seguro/programa-nacional-de-
zoneamento-agricola-de-risco-climatico/portarias/safra-vigente/rio-grande-do-
sul/word/PORTN609TRIGODESEQUEIRORS.ret.pdf. Acesso em: 25 ago. 2022. 
Portaria SPA/MAPA nº 609 (16/12/2021) – Trigo sequeiro (RS)
Fonte: 
https://www.gov.br/agricultura/pt-
br/assuntos/riscos-seguro/programa-
nacional-de-zoneamento-agricola-de-
risco-climatico/portarias/safra-
vigente/rio-grande-do-
sul/word/PORTN609TRIGODESEQUEIRO
RS.ret.pdf. Acesso em: 25 ago. 2022. 
Fonte: 
https://www.gov.br/agricultura/pt-
br/assuntos/riscos-seguro/programa-
nacional-de-zoneamento-agricola-de-
risco-climatico/portarias/safra-
vigente/rio-grande-do-
sul/word/PORTN609TRIGODESEQUEIRO
RS.ret.pdf. Acesso em: 25 ago. 2022. 
Fitotecnia aplicada
- Planejando a compra de 
insumos
• Consultoria técnica – Produtor de trigo – Vacaria/RS.
• Cultivar de ciclo médio, rendimento de 6.200 kg/ha.
• Identificar as necessidades nutricionais da cultura.
• Estimar a quantidade de ureia (45% de N) a ser adquirida.
• Área: 112 ha.
Entendendo a SP:
• Necessidade da planta para produzir 1.000 Kg/ha = 29 kg N.
Resolvendo a SP:
Resolvendo a SP:
O que significa PH 
em trigo?
Cultivares
de trigo
• Atender às necessidades específicas da região.
• Nível de investimento: exigência em adubação e manejo de doenças; 
potencial produtivo da cultivar (produtividade).
• Cultivares de ciclos diferentes: facilitar manejo da área; menor risco de 
perdas (geadas).
• Qualidade do grão: comercialização.
Escolha da cultivar
Diminuir riscos de perdas:
• Resistência à germinação na espiga.
• Reação às doenças que têm 
histórico de ocorrência na região.
• Resistência a doenças (mosaico; 
giberela; brusone).
Fonte da figura: https://bit.ly/2ZQcL8S. Acesso em: 13 ago. 2022.
Fonte: 
https://www.embrapa.br/en/soja/busc
a-de-publicacoes/-
/publicacao/1131181/cultivares-de-
trigo-e-triticale-brs-e-ipr-embrapa-e-
idr-parana. Acesso em: 11 ago. 2022.
• BRS 264: ocupa 70% da área 
cultivada com trigo no Cerrado.
• Recorde mundial de 
produtividade: 9.630 kg/ha = 
160,5 sc/ha
• Cristalina (GO)
Fonte da figura: 
https://www.embrapa.br/image/journal/article?img_id=73000692&t=166091
0990535. Acesso em: 13 ago. 2022.
Fatores climáticos 
e preparo do solo
• Amplas condições de cultivo no Brasil - três regiões tritícolas:
• Sul (RS e SC): precipitação pluvial elevada e solos ácidos, com ou sem Al 
trocável.
• Centro-Sul (PR, MS e SP): idem região Sul.
• Centro (GO, DF, MG, MT e BA):
a) Sequeiro - altas temperaturas, baixa precipitação, solos ácidos;
b) Irrigado: ambiente térmico favorável,
precipitação baixa ou nula e solos ácidos.
Fonte: Adaptada de Scheeren e Bassoi (2018).
Instrução Normativa nº 3, 
de 14 de outubro de 2008 
(MAPA). 
• Temperatura: fator climático que mais limita os processos 
metabólicos da cultura do trigo, desde a germinação até a 
maturidade fisiológica.
• Cultivo em uma ampla faixa - desde 4,8 °C até 36 °C.
• Temperatura ideal: 15 a 20 °C.
• Necessidade hídrica: 350 a 600 mm/ciclo.
• Períodos críticos déficit hídrico: florescimento
e início do enchimento de grãos (até 5,5 mm/dia).
• Época ideal de semeadura: aquela em que a cultura consegue 
completar o ciclo (da semeadura à colheita) sob as melhores 
condições ambientais (temperatura, fotoperíodo, precipitação).
• Mais usado no Brasil: SPD.
• Mobilização do solo restrita à linha de semeadura; diversificação de 
espécies (rotação, sucessão e/ou consórcio); manutenção permanente 
do solo coberto; minimização do intervalo de tempo entre a colheita e a 
semeadura subsequente; controle da erosão do solo.
•Monitorar condições físicas e químicas (0 a 20 cm).
Preparo do solo (manejo)
• Manejo na pré-semeadura: evitar áreas mal drenadas e/ou com 
exposição a temperaturas muito baixas; rotação ou sucessão de 
culturas; adotar práticas conservacionistas; escolher cultivares 
adaptadas ao local; programar o período de semeadura (ZARC).
• Análise de solo: representativa da área; periodicidade (máxima de 
três anos – crédito rural = 2 anos; 10 anos granulométrica).
• Manejo na semeadura: sementes de qualidade fisiológica, pureza, vigor 
e sanidade; respeitar as épocas de semeadura (ZARC); densidade 
adequada (300 a 330 sementes aptas/m2); profundidade de semeadura 
(2 a 5 cm); espaçamento entre linhas (17 a 20 cm); manejo de plantas 
daninhas; adubação.
• Emergência/afilhamento: tecnologia de aplicação de defensivos 
agrícolas; adubação de cobertura; MIPD e
plantas daninhas.
Nutrição e 
adubação em 
lavouras de trigo
• Índice de SMP: Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
• Porcentagem de saturação por bases (V%): Paraná e São Paulo.
Calcário: V% < 60% - para atingir 70%; Mg = 5 mmolc dm-3
• Porcentagem de acidez por alumínio (m%): Mato Grosso do Sul.
Corretivo: quando m% > 10%
Necessidade de calagem
• Teor de argila do solo: Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia e Distrito 
Federal, tomando por base os teores de Al, Ca e Mg trocáveis do solo: 
a) Teor de argila >20%:
b) Teor de argila <20%: 
• Adubação nitrogenada: 
parcelada (semeadura e 
cobertura).
• Fases iniciais do 
desenvolvimento 
(perfilhamento). 
Fitotecnia aplicada
- Consultoria técnica
• Local com grande oscilação climática, risco de escassez de chuva 
entre julho e agosto (média mensal <50 mm) e chuvas concentradas 
de outubro a fevereiro (média mensal >300 mm).
• Região quente a moderadamente quente.
• Temperatura entre 12 e 32 °C, mínimas de maio a julho; máximas 
entre setembro e março =.
• Comum a presença de Al nos solos da região.
• Cultivar para panificação.
Entendendo a SP:
• Temperatura: limitante se o cultivo for realizado durante a estação 
mais quente (set-março).
• Risco pela precipitação: julho a agosto (médias < 50 mm).
• Meses de temperatura mais amena: ideais para o cultivo do trigo, mas 
a precipitação é inferior à exigência da cultura.
• Avaliar acidez do solo (Al):
Saturação por alumínio > 10%
Realizar calagem
• Cultivar: _________________
Resolvendo a SP:
Em plantas de trigo 
ocorre fixação 
simbiótica do N?
• Aspectos morfológicos da planta de trigo.
• Fatores climáticos que podem interferir no desenvolvimento das 
plantas de trigo.
• ZARC, cultivares e regiões tritícolas.
• Nutrição da lavoura de trigo (calagem e adubação).
• Manejo de solo.
Recapitulando:

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