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Estudo de caso saude mulher

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Estudo de caso - saúde metal mulher
Um aumento de suicídio dos japoneses com um maior número entre mulheres fez com o governo do Japão criasse o ministério da solidão para lidar com problemas decorrentes do isolamento social devido à covid. A falta de contato social no Japão levou a um aumento no número de suicídios. Dados estatísticos sobre mortes provocas pela solidão no Japão estima que cerca de 4.500 pessoas morreram sozinhas em 2020 e nesse mesmo ano foram registrados 21.919 suicídios, dos quais 6.976 foram entre mulheres. O ministério da Solidão tem como objetivo criar campanhas e políticas públicas voltadas aos cuidados com a saúde mental e prevenção do suicídio. O órgão também se responsabiliza pelos cuidados voltados às pessoas que vivem sozinhas. A criação do Ministério da Solidão no Japão demonstra a estratégia e o cuidado com a problemática, entendendo a solidão como um dos fatores de risco para desenvolvimento de transtornos mentais e para o suicídio.
No Brasil, falta uma política consistente de prevenção a saúde mental da mulher, que tenha como função observar as populações vulneráveis. A farmacêutica Medley lançou o projeto “Conta, mana”, que tem como principal objetivo trazer à tona debates a respeito da saúde mental feminina. Assuntos como cuidado com os filhos, trabalho, cansaço e bem-estar. O projeto tem como objetivo principal a saúde mental da mulher e a importância do autocuidado. O projeto é um evento que acontece de forma online e gratuita, e hoje é o maior e mais importante do setor no Brasil. Durante a pandemia, a mulher é a mais impactada com o isolamento social e aumento de desemprego, conciliar trabalho e cuidado com os filhos sem ir na escola. A ONU aponta que 70% dos profissionais na linha de frente do combate à covid-19 são do sexo feminino e além disso, as mulheres também são responsáveis por 70% das atividades domésticas, incluindo o cuidado dos filhos. Esse projeto “Conta, Mana” realiza uma série de ações para oferecer um apoio para este público por meio de campanhas de comunicação em redes sociais, debates em programas femininos da TV aberta e nas redes sociais da campanha, e as mulheres também tem acesso a todo esse conteúdo no site do Conta, Mana. Para o projeto, o acesso à saúde vai muito além do uso de medicamentos, por isso, a projeto Conta, Mana leva informação e amparo, de brasileira para brasileira. O projeto tem uma parceria com o Mapa da Saúde Mental, de prevenção ao suicídio, que de acordo com a localização e proximidade, promove orientação e assistência psicológica gratuita às mulheres que precisarem de ajuda. 
Em Santa Catarina, na cidade de Balneário Camboriú, foi criado pelo governo municipal o programa Abraço a Mulher, um programa direcionado às mulheres vítimas de violência física e moral que durante a pandemia teve um aumento no número de atendimentos com destaque para saúde mental para mulheres depressivas e pensamento suicidas. As mulheres encontram acolhimento e tratamento para suas dores com psicólogas e assistentes sociais, o serviço funciona 24h com regime de sobreaviso e o celular/Whatsapp. Equipes deste programa de proteção social atendem, também, chamadas para atendimento de ocorrências feitas pela Guarda Municipal ou a Polícia Militar. Cuidar da pessoas é um dever de cada município, as pessoas precisam ser vistas com um olhar especial. Esse cuidado faz toda a diferença para as pessoas que foram psicologicamente afetadas com a pandemia, e nesse momento de crise que as pessoas precisam mais do que nunca de cuidado e tratamento emocional, esse apoio faz a diferença para as pessoas. 
Uma estratégia que poderia ser realizada no nosso município e até região são campanhas nas escolas e encontros com um grupo de profissionais orientando, através de encontros e debates, as meninas de 12 a 18 anos a ter independência financeira e emocional, muitas crianças e adolescentes femininas são criadas em famílias onde a mãe é totalmente submissa ao pai, e isso vai gerando uma naturalidade na vida dessas meninas, naturalidade essa que deve ser quebrada, elas devem receber orientação para querer mais do que as mães, avós, tias vivem. Elas devem ter uma perceptiva melhor de vida, estudar e ser independente, e não aturar nenhum tipo de agressão. Essas meninas devem saber que podem mais e devem querer mais.

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