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Isabella Afonso/ MARC 8/ CLÍNICA INTEGRADA I ASMA Dispneia 🌻“termo usado para caracterizar uma experiência subjetiva de desconforto ao respirar, que compreende sensações qualitativamente distintas que podem variar em intensidade. 🌻A experiência deriva da interação entre múltiplos fatores fisiológicos, psicológicos, sociais e ambientais, e pode induzir a respostas secundárias fisiológicas e comportamentais” ● Fatores que Afetam a Percepção da Dispneia 🌻Sensações respiratórias afetam a taxa e o padrão da respiração e a capacidade funcional. 🌻Desarranjos nos centros de controle respiratório, na bomba toracopulmonar ou nas trocas gasosas podem causar dispneia. 🌻A dispneia pode estar relacionada ao aumento do estímulo respiratório ou ao sobrecarregamento mecânico do sistema respiratório. 🌻A intensidade da dispneia pode ser modificada pelo desequilíbrio entre o comando respiratório motor e a retroalimentação aferente. 🌻O modelo neurofisiológico envolve receptores, impulsos aferentes, integração no sistema nervoso central e impulsos eferentes. 🌻Além do esforço muscular, outros fatores como hipercapnia e hipoxia podem causar dispneia. 🌻A hipoxia desempenha um papel limitado como causa direta de dispneia em pacientes com doenças cardiopulmonares. DISPNEIA Aguda 🌻Desconforto respiratório de início súbito, evoluindo em minutos a algumas horas. 🌻O diagnóstico diferencial é geralmente restrito a distúrbios circulatórios, pulmonares ou mecânicos. 🌻Pode ser resultado de uma exacerbação de uma doença crônica pré-existente. 🌻Importante interrogar sobre outras manifestações e sintomas anteriores. 🌻Possíveis causas incluem trauma, envenenamento, distúrbios metabólicos, alergias, infecções, síndrome da angústia respiratória do adulto, doenças neuromusculares, arritmias e problemas psiquiátricos. Dispneia crônica 🌻 caracterizada pela presença de dispneia por mais de um mês. 🌻Em cerca de dois terços dos casos, a causa é de origem cardiopulmonar. 🌻Alguns pacientes apresentam dispneia como único sintoma, e pode haver uma discrepância entre o sintoma e as variáveis fisiológicas. Isabella Afonso/ MARC 8/ CLÍNICA INTEGRADA I 🌻Asma, DPOC, doença pulmonar intersticial e cardiomiopatia são as principais causas de dispneia crônica. 🌻 A asma é suspeitada com base em padrões de sintomas respiratórios episódicos e fatores desencadeantes, confirmada por espirometria ou testes den broncoprovocação. 🌻Outras causas a considerar incluem descondicionamento físico e anemia. CONSIDERAÇÕES GERAIS - ASMA 🌻A Asma se configura em uma Doença que acomete o Sistema Respiratório. Apresenta natureza inflamatória crônica das VAI e hiperrresponsivadade brônquica, a gerar limitações do fluxo aéreo> broncoespasmo e hiperprodução de muco. 🌻A limitação do Fluxo Aéreo é parcial ou totalmente reversível – Espontâneo ou Farmacológico 🌻Afeta de 1 – 18% da população de diferentes países 🌻Hipersensibilidade tipo 1> Resposta Imunológica Imediata 🌻Doenças que mimetizam asma: doenças pulmonares obstrutivas crônicas; fibrose cística, discinesia ciliar, malformações pulmonares, tuberculose, bronquiolite obliterante, síndrome do pânico etc. 🌻O MANEJO correto da asma > permite> ausência de sintomas, pratica de esportes, diminuir exacerbações, evitar hospitalização, sono repousante e crescimento e desenvolvimento adequados 🌻RISCO DE DESNVOLVER ASMA NA INFANCIA: historia de atopia familiar ou pessoal, sexo masculindo, obesidade, poluição dentro ou fora do domicilio, Isabella Afonso/ MARC 8/ CLÍNICA INTEGRADA I fumante passivo,sibilancia após 2 anos, infecção grave porvirus sincicial respiratório quando lactente, muitas crises na primeira infancia, função pulmonar alterada e hiperresponsividade das vias aereas. 🌻ESTÍMULOS QUE LEVAM A BRONCOCONSTRIÇÃO: ansiedade, medicamentos, alimentos, exercícios, alterações de temperatura, odores fortes, fumaças e poeira domestica/ ambiental. 🌻FATORES DE RISCO PARA EXACERBAR DEPENDE DE COMORBIDADES, EXPOSIÇÕES A ALÉRGENOS, FUNÇÃO PULMONAR,MEDICAÇÕES, ETC.. 🌻Asma grave nosv 6 anos é definida quando 0 diagnóstico de asma é confirmado, as comorbidades são reconhecidas e é necessário tratamento com alta dose de CI um segundo medicamento controlador (e/ou corticosteróides sistêmicos) para evitar que se torne ou permaneça descontrolada" apesar da ae ) 🌻Asma não controlada: inclui um ou ambos dos seguintes critérios: baixocontrole dos sintomas caracterizado por frequência elevada de sintomas, uso de medicação de alivio, atividades limitadas e despertares noturnos pela asma, e exacerbações frequentes com necessidade de corticosteroide oral ou internações hospitalares. • A pontuação no teste de controle da asma é igual ou inferior a 19, 🌻Asma difícil de tratar: trata-se da asma que não está controlada quando se utilizam as etapas 4 e 5 da GINA. •surge por fatores que podem ser modificados, como baixa adesão ao tratamento, uso inadequado das medicações, comorbidades e poluentes intra e extradomiciliares. 🌻 Asma grave: trata-se da asma ○ não é controlada com as etapas 4 e 5 da GINA quando os fatores modificáveis estão controlados QUADRO CLINICO 🌻principais sintomas: dispneia, sibilância, tosse, falta de ar e sensação de aperto no tórax, que podem ocorrer nas crises (exacerbações) leves,moderadas e graves ou de forma persistentes (intercrises) 🌻Variabilidade ao longo do tempo e em intensidade 🌻Piora à noite ou no início da manhå 🌻Desencadeantes: exercício, alérgenos, ar , frio e infecções respiratórias FISIOPATOLOGIA Isabella Afonso/ MARC 8/ CLÍNICA INTEGRADA I ALÉRGENO> Sensibilização das Células Dendríticas do Epitélio Brônquico> Fagocitose>esquartejamento biológico> apresentação em superfície> TH2> CEL B DE MEMÓRIA E PLASMÓCITO> IGE> degranulação Mastocitária > Heparina, HISTAMINA e leucotrienos> promoção vasodilatadora, broncoespasmos e síntese de muco> aumento da permeabilidade capilar> edema, diapedese e citocinas> explosão inflamatória>lesão EPITELIAL DIAGNÓSTICO 🌻ESPIROMETRIA, MEDIDA DA HIPERRESPONSIVIDADE BRONQUICA EEXAMES QUE MEDEM A INFLAMAÇÃO NAS VIAS AEREAS INFERIORES AUXILIAM NO DIAGNOSTICO 🌻RESULTADOS NORMAIS NÃO EXCLUEM O DIAGNOSTICO 🌻MEDIDORES PORTÁTEIS DE PICO DE FLUXO EXPIRATORIO NAO SAO INDICADOS PARA DIAGNOSTICO DE ASMA FUNCIONAL 🌻 AVALIAÇÃO DE ALERGIA PELA DOSAGEM DE IGE TOTAL OU IGE ESPECÍFICA SÉRICA > DETERMINAR SE UM OU MAIS ALÉRGENOS ESTÃO ENVOLVIDOS NA FISIOPATOLOGIA> TESTE CUTÂNEO + OU UM NIVEL ELEVADO DE IGE ESPECIFICA > INDICA SENSIBILIZAÇÃO ALÉRGICA 🌻Os 3 eixos diagnóstico 1. Eixo clínico: história de SR com resposta a broncodilatadores nos serviços de emergência pediátrica c/ou em domicílio 2. Eixo imunológico: IgE, prick test, eosinófilos aumentados no escarro e no sangue. 3. Eixo pneumológico ou funcional: espirometria, oscilometria de impulso,, medida da HRB, medida da fração de óxido nítrico exalado (FeNO). Raio-X de tórax 🌻A avaliação de primeira linha da criança com SR deve incluir uma radiografia de tórax para avaliar infiltrados, massas, anormalidades, corpos estranhos radiopacos e sinais de assimetria. 🌻Alterações inflamatórias peribronquiolares e atelectasia são comumente observadas em crianças com asma persistente. ESPIROMETRIA 🌻TESTE FISIOLÓGICO QUE MEDE COMO OS INDIVIDUOS INALAM E EXALAM VOLUME DE AR EM FUNÇÃO DO TEMPO Isabella Afonso/ MARC 8/ CLÍNICA INTEGRADA I 🌻TESTE DE ESFORÇO> A PARTIR DE 5 A 6 ANOS 🌻MEDE VOLUME DE AR E FLUXO DE AR 🌻PRINCIPAIS PARÂMETROS -CAPACIDADE VITAL FORÇADA- CVF -VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO NO 1° SEGUNDO - VEF1 -RELAÇÃO VEF1/CVF -FLUXO EXPIRATÓRIO FORÇADO ENTRE 25-75% DA CVF - FEF25-75% 🌻ESPIROMETRIA ANTES E APÓS USO DE BRONCODILATADOR DEVE SER REALIZADO DE ROTINA EM CRIANÇAS COM SUSPEITA DE ASMA> ELEVAÇÃO DE MAIS DE 12% NOS VALORES DE VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO NO PRIMEIRO SEGUNDO (VEF1) APÓS BRONCODILATADOR INDICA >REVERSIBILIDADE DA OBSTRUÇÃO E DIAGNÓSTICO DA ASMA 🌻SUSPENDER EM CASO DE IVAS> ADIAR PARA 2 SEMANAS 🌻Redução de VEF1 associada a redução de VEF1/CVF (normal em crianças >0,9 e nos adultos > 0,75-0,85 🌻 Teste positivo do broncodilatador: VEF1 > 12% e 200 ml nos adultos e VEF1 > 12% em crianças 🌻 PEF com variação durante o dia: adultos (> 10%) e crianças (> 13%) 🌻Teste de esforço positivo: queda em adultos de > 10% e 200 ml e nas crianças queda de VEF1 > 12% ou PEF > 15% 🌻Teste de provocação: queda de VEF1 > 20% com metacolina (adultos) 🌻 Variação da PEF de função entre as visitas Índice preditivo de asma (PA)> menores de 3 anos de idade, com a finalidade de predizer risco de asma a partir dos 6 anos índice preditivo de asma modificado (IPAm) > a partir de 2 anos de idade, na tentativa de propor intervenções terapêuticas precoces em pacientes de alto risco para asma Fenótipos da asma 🌻Os conjuntos de características observáveis, como manifestações clínicas demográficas c/ou fisiopatológicas comuns a um determinado grupo de pacientes》 são chamados de fenótipos de asma. 🌻fenotipagem permite prever quem irá responder melhor às terapias e otimizar a qualidade da vida, reduzindo risco de exacerbações 🌻 biomarcadores de SR eosinofílica 》 eosinófilos de sangue, eosinófilos no escarro, IgE sérica, FeNO periostina sérica. 🌻 existem poucos biomarcadores fåceis de usar para SR neutrofílica e remodelamento da via aérea. Isabella Afonso/ MARC 8/ CLÍNICA INTEGRADA I 🌻A NÃO ALÉRGICA e a de INÍCIO TARDIO não " respondem bem ao uso de corticoides, logo, se você começou a tratar e esse tratamento não teve efeito, provavelmente ela possui esses fenótipos TRATAMENTO 🌻As medicações para asma podem ser divididas em três classes principais: 1. Alívio ou resgate 🌻efeito rápido para tratamento das crises (exacerbações) dos sintomas, 🌻 os broncodilatadores de ação curta (SABA, do inglês short-acting beta-2 agonist). 🌻Todos os pacientes asmáticos devem usar SABA como medicações de resgate para aliviar a crise aguda. Esse mancijo melhora as medidas fisiológicas de obstrução das vias aéreas, a gravidade dos sintomas e a qualidade de vida, além de diminuir frequência das exacerbações Isabella Afonso/ MARC 8/ CLÍNICA INTEGRADA I 2. Controle: 🌻 evitar exacerbações e reduzir a inflamação da via aérea, 🌻 os CI e os antagonistas dos receptores de leucotrienos (ARIT). 3. Terapias aditivas: 🌻medicações adicionadas ao tratamento de pacientes 🌻sem controle total da asma mesmo em uso correto de CI. 🌻 os broncodilatadores de longa ação (LABA, do inglès long-acting beta-2 agonists), e os ARLT (tiotrópio). 🌻 O tiotrópio é um agente asma apesar do uso antimuscarínico dc ação prolongada (LAMA, do inglès long-acting muscarinic antagonists) inalado, com alta afinidade pelos pelos receptores muscarínicos MI e M3 e excelente perfil de segurança. É administrado por meio de dispositivo próprio que gera tènuc névoa, podendo ser acoplado ao espaçador. A dose terapêutica diária de 2,5 a 5 meg é indicada para todas as faixas etárias( a partir dos 6 anos) e produz 24 horas de broncodilatação. Os benefícios máximos podem levar de 4 a 8 semanas após o início do tratamento 🌻 ARLT são utilizados principalmente como medicação aditiva alternativa nos pacientes com quadro de asma mais grave ou não controlada com estes últimos agentes. CONFIRMAÇÃO DE LIMITAÇÃO AO FLUXO 🌻Espirometria com DVO e resposta à prova broncodilatadora 🌻Melhora da função pulmonar após 4 semanas de tratamento 🌻Teste de exercício positivo ou teste de broncoprovocação positiva 🌻Variação excessiva de valores de função pulmonar (especialmente VEF!) 🌻0-3 ANOS: Máscara fácil 🌻4- 5 ANOS: Espaçador 🌻Asma CONTROLADA por 3 meses? Diminui 1 passo 🌻Asma NÃO CONTROLADA: antes de aumentar passo devemos perguntar sobre: -Ambiente (por exemplo, poeira ou fumaça); exposição ocupacional; tabagismo) -Aderência ao tratamento -Técnica do tratamento - uso de drogas que podem diminuir a resposta ao tratamento (anti-inflamatórios não esteroidais e β-bloqueadores); 🌻 Por isso, recomenda-se que, antes de qualquer modificação no tratamento da asma em pacientes com asma parcialmente ou não controlada, esses fatores que influenciam o controle da asma devam ser verificados Isabella Afonso/ MARC 8/ CLÍNICA INTEGRADA I COMORBIDADES 🌻deve-se iniciar uma investigação sistematizada para se identificar e minimizar ou eliminar comorbidades — como refluxo gastroesofágico, obesidade, disfunção de cordas vocais, rinossinusite crônica, polipose nasal, ansiedade, depressão, apneia do sono, DPOC, aspergilose broncopulmonar alérgica, bronquiectasias, asma piorada ou causada por exposição ocupacional, entre outras — que possam piorar o controle da doença Pizzichini MMM, et al. Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – 2020 J Bras Pneumol. 2020;46(1):e20190307. https://dx.doi.org/10.1590/1806-3713/e20190307
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