Buscar

cirurgia de pequenos animais resumo

Prévia do material em texto

OSTEOCONDROSE DISSECANTE(OC):
É uma condição patológica na cartilagem consequente de um distúrbio de ossificação endocondral, que resulta em área focal de espessamento da cartilagem. A osteocondrite dissecante(OCD) é uma manifestação clínica no quadro de uma osteocondrose generalizada; caracteriza-se pela instalação de um processo inflamatório devido a formação de retalho da cartilagem(flap), que pode estar na superfície articular ou livre no espaço sinovial; se o flap chegar nas fises desencadeia o processo de ipífisiólise (outra manifestação da OC), que ocorre quando há enfraquecimento da placa de crescimento, provocando o deslocamento da epífise de sua posição anatômica normal e consequentemente separação entre epífise e osso metafisário. É normalmente diagnosticada em animais jovens; machos são mais afetados; possui fato hereditário; animais submetidos a dietas que promovam crescimento rápido são mais afetados. O principal sinal clínico observado é a claudicação de intensidade variada, também pode ocorrer dor a palpação e crepitação quando já ocorre processo degenerativo articular, aumento de volume da articulação. A OC é a causa mais comum de claudicação em jovens, podendo estar presente atrofia muscular em casos mais crônicos e também necrose articular. O diagnóstico é realizado através do histórico considerando fatores como raça, idade, sexo, alimentação, além do exame clinico e exame radiográfico que confirma a presença da doença. Uma das sequelas da OCD é a tenossinovite bicipital (quando fragmentos da cartilagem fixam-se à bainha tendínea. A artroscopia pode servir como método diagnóstico e permite intervenção cirúrgica simultânea. Quando há presença de flap de cartilagem, o mesmo deve ser retirado, o osso subcondral exposto e curetado (pode ser por artroscopia ou artrotomia)
INSTABILIDADE MEDIAL DO OMBRO:
O mau funcionamento dos estabilizadores passivos da articulação (ligamentos, capsula articular, conformação óssea) causam dor e disfunção. A sobrecarga destas estruturas predispõem a degeneração tecidual, reduzindo a resistência e ocasionando desgaste das estruturas envolvidas. A IMO pode envolver vários componentes da articulação. Aparece mais em cães entre os cinco anos, machos ativos. O animal apresenta claudicação unilateral crônica, pode ser contínua ou intermitente, variando de discreta a severa. Realizar teste de instabilidade colocando o membro em abdução, ultrapassando 30º já se considera instável; também realiza-se raio x (pode-se encontrar osteoartrite, calcificação do tendão e defeitos de má conformação óssea do úmero) e ultrassonografia (descarta-se outras doenças musculotendíneas). Artroscopia também pode ser realizada como método diagnóstico e também para realização cirúrgica (para rupturas parciais de ligamentos, tendões e capsula articular). Cirurgias abertas são indicadas quando houver ruptura completa, deslocamento da capsula articular, as opções são: transposição do tendão do bíceps com parafuso e reconstrução do ligamento glenoumeral medial.
TENOSSINOVITE BICIPITAL:
Processo inflamatório do tendão bicipital e sua bainha sinovial causado por uso excessivo da musculatura juntamente com microtraumas repetidos envolvendo o tendão. A sobrecarga pode injuriar as fibras, podendo ocorrer ruptura parcial ou completa do tendão, iniciando processo degenerativo; o fornecimento de sangue é escasso, aumentando o tempo para cicatrização. Esta afecção também pode ser secundária a osteocondrite dissecante devido a soltura de flaps de cartilagem que promovem atrito e lesão mecânica no tendão, com consequente processo inflamatório. Animais acometidos apresentam claudicação exacerbada durante e/ou após atividade física; dor a palpação é notada. Para exame clinico do tendão, hiperextender o membro (flexão do ombro e extensão do cotovelo) enquanto se palpa região medial do úmero. Raio x pode ou não apresentar alterações para fechamento do diagnóstico. Artrografia contrastada pode ser usada para confirmar diagnóstico; mas o uso da ultrassonografia é considerado o mais eficiente. Importante diagnóstico precoce para evitar progressão para osteoartrose. Infiltrar a articulação com corticóide para desfazer aderência ( acetato de metilprednisolona 20 a 40 mg/cao), se após 3 semanas de infiltração não melhorar, repetir, se mesmo assim não melhorar, tratamento cirúrgico através de tenotomia ou tenodese.
TENDINOSE DO MUSCULO SUPRAESPINHOSO E INFRAESPINHOSO:
Quando ocorre um comprometimento vascular, desencadeia-se um processo degenerativo; traumas repetitivos também podem desencadear a degeneração, sendo que o trauma pode ser a causa do comprometimento vascular. Quando presentes, os sinais clínicos são: claudicação leve a moderada, com piora após exercícios. Cães adultos de raças grandes são mais predispostos. A claudicação é desencadeara devido ao processo inflamatório que ocorre ao redor da mineralização que começa a acontecer nos tendões. Em alguns casos, pode ser assintomática. A tendinose normalmente é bilateral, mas a claudicação pode ser unilateral. O diagnóstico pode ser realizado através de radiografia, que demonstrara mineralização; a radiografia deve ser realizada em ambos os membros. Realização de ultrassonografia permite a diferenciação da lesão, dando mais detalhes. Melhora do quadro com Shokwave.
INCONGRUÊNCIA DO COTOVELO:
A incongruência do cotovelo é considerada uma causa da displasia do cotovelo, a qual é constituída de três processos patológicos: não união do processo ancôneo, fragmentação do processo coronoide, osteocondrite dissecante da porção medial do côndilo do úmero. Comum em cães machos jovens de raças grandes. As alterações observadas incluem: aumento do espaço articular entre o úmero e a ulna e entre o úmero e o rádio, a formação de ‘degrau’ ósseo entre o processo coronóide e a cabeça do rádio, a incongruência trocelar e a esclerose subcondral. Os animais apresenta claudicação intermitente, dor a palpação e manipulação da articulação, efusão articular, restrição de movimentação articular, crepitação e atrofia muscular. A deformidade do membro pode estar presente, dependendo da placa fiseal afetada e a relação da lesão com crescimento do animal. O diagnóstico é realizado através de raio x , mas é de difícil visualização. A tomografia seria o melhor método diagnóstico. O tratamento cirúrgico não visa apenas a restauração congruência, mas também remover os fragmentos livres. O tipo de cirurgia é de acordo com a causa principal (Osteotomia - rádio curto, faz encurtamento da ulna; ulna curta, faz encurtamento do rádio).
NÃO UNIÃO DO PROCESSO ANCÔNEO:
É o fechamento precoce da epífise distal. Sintomas - claudicação, extensão e flexão mais limitadas. Diagnóstico através de	raio x. Tratamento cirúrgico através da osteotomia.
FRAGMENTAÇÃO DO PROCESSO CORONOIDE:
De cunho hereditário. Promove claudicação e dor. Diagnóstico com raio x. Corrigir a causa, retirar o fragmento ósseo e corrigir a incongruência.
OSTEOCONDROSE DO CONDILO MEDIAL DO UMERO: 
De cunho hereditário. É o defeito na ossificação endocondral. Dor na região é o principal sintoma. Tratamento cirúrgico realizando curetagem na região necrosada.
LUXAÇÃO DE PATELA:
A luxação pode ocorre lateral ou medial, sendo a medial mais comum. A maioria é considerada congênita pois ocorre em jovens, sem histórico de trauma. A luxação ocorre devido a diversas alterações anatômicas da região como ângulo de inclinação diminuído do colo femoral. A ruptura do ligamento cruzado cranial é frequente. A luxação patelar pode ser dividida em quatro graus, que determinam a intervenção cirúrgica (grau1-a patela luxa no movimento manual de extensão da articulação, mas retorna a sua posição normal quando é liberada. Grau2-a luxação ocorre mais frequentemente e ocorre claudicação intermitente, sendo possível realizar manobra para reposicionamento, o animal convive bem . Grau3-a patela está permanentemente luxada, com rotação da tíbia; a tróclea encontra-se muito rasa e até achatada. Grau4-a patela está permanentemente luxada, hárotação da tibia com desvio de mais de 60º, o membro pode estar erguido ou o animal anda em posição agachada, a tróclea está rasa, ausente ou mesmo convexa). A claudicação é o principal sinal clinico, variando de acordo com o grau da luxação; o ganho de peso pode causar piora do quadro; pode ocorrer ruptura do ligamento e as articulações coxofemorais podem luxar também. 
Para exame clinico, o ideal é o animal se encontrar em decúbito lateral, a palpação leve normalmente não causa dor e o membro deve ser rotacionado interna e externamente enquanto se tenta empurrar a patela medial e lateralmente; deve se observar: instabilidade em ambas as direções; presença de crepitação; grau de rotação da tuberosidade da tíbia; rotação do membro ou angulação; incapacidade de redução da patela; presença/ausência do movimento de gaveta. Tratamento cirúrgico – imbricação; trocleoplastia; transposição da tuberosidade tibial; osteotomia distal do fêmur varo. Diagnóstico diferencial – necrose asséptica da cabeça do fêmur, luxação coxofemoral, RLCC.
RUPTURA DO LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL:
A função do ligamento cruzado cranial é de refrear a articulação do joelho para limitar a rotação interna e deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur e para prevenir a hiperextensão. Mais comumente o ligamento é lesionado quando o joelho é rotacionado rapidamente com a articulação em grande grau de flexão, ou quando a articulação é hiperextendida de maneira forçada ( quando o animal vira-se repentinamente em direção ao membro com a extremidade distal presa firmemente ao chão; isto causa extrema rotação interna da tíbia com tensão do ligamento. Nas lesões crônicas as causas são imunomediada (poliartrite, erliquiose), estenose intercondilar congênita, obesidade, luxação de patela, excessivo ângulo do platô tibial (TPA). Lesões em menisco pode ocorrer juntamente com a lesão do ligamento ou como consequência da instabilidade crônica da articulação.
Pode ocorrer ruptura parcial, com instabilidade de menor grau, ou completa, com grande instabilidade. Os animais não tratados apresentam alterações articulares degenerativas dentro de poucos meses. Imediatamente após a lesão o animal apresenta dor, mas volta a usar o membro 2-3 semanas após (aparente melhora), com a instabilidade, ocorre piora, com alterações degenerativas de osteoartrose e declínio funcional contínuo. O diagnóstico é realizado através do teste de gaveta que deve ser feito em flexão, ângulo normal em estação, em extensão e rotação interna tibial. Radiografia serviria apenas para documentar a extensão de osteoartrose presente. Tratamento cirúrgico extra-articular: Sutura fabelo tibial; Imbricação. Tratamento cirúrgico periarticular: TPLO (é fixado com placa) associar com TWO; TTA.
DISPLASIA COXOFEMORAL:
A displasia é o desenvolvimento anormal da articulação coxofemoral, em geral bilateral. Se manifesta por vários graus de frouxidão dos tecidos moles ao redor, instabilidade, mal formação da cabeça femoral e acetábulo e osteoartrose. Comum em cães de raças grandes. Cães jovens geralmente mostram ocorrência súbita unilateral, demonstram dificuldade em sentar e levantar, resistência ao exercício, músculos da área pélvica e das coxas são fracamente desenvolvidos; a maioria será positivo para o teste de ortolani; radiograficamente algum grau de luxação pode ser visto. Cães mais velhos apresentam quadro diferente pois sofrem de degeneração crônica; a claudicação pode ser uni ou bilateral após exercícios, andar bomboleante, crepitação e movimentação restrita da articulação; o animal levanta-se com dificuldade; os músculos pélvicos e da coxa atrofiam acentuadamente deixando os trocanteres evidentes ainda mais se houver subluxação, os músculos do ombro se hipertrofiam; podem ser negativos no teste de ortolani.
A confirmação radiográfica é essencial para estabelecer o diagnóstico. Dentre os procedimentos cirúrgicos temos: osteotomia pélvica; alongamento do colo femoral; osteotomia intertrocantérica do fêmur; substituição total da articulação coxofemoral; excisão da cabeça e colo do fêmur; etc.
HÉRNIA CERVICAL/DISCOPATIA CARVICAL:
Sintomas: alterações no pescoço, dobras por dor, posição anti-álgica, olhar para cima, não mexer o pescoço, pode ter tetraparesia ou monoparesia, alteração neurológica. Diagnostico com raio x não é conclusivo (visualização de diminuição do espaço intervertebral e calcificação), ideal seria ressonância magnética. Prognóstico bom se houver presença de dor superficial. Tratamento conservativo: com analgésico e anti-inflamatório, se a dor não passar ou voltar, fazer cirurgia. Tratamento cirúrgico: não responsivo com alteração motora e de sensibilidade.
HÉRNIA LOMBAR:
Acontece normalmente em T11/T12 e L1/L2. Não causa muita dor.
Graus de lesões neurológicas: Grau I- dor na região lombar, não se mexe e tem sensibilidade cutânea. Grau II- dor, ataxia, déficit proprioceptivo, paraparesia e sensibilidade cutânea. Grau III- idem + plegia/paresia. Grau IV- idem + paraplegia, ausência de dor superficial e retenção urinária. Grau V- idem + ausência de dor. Diagnóstico através de anamnese, sinais clínicos e ressonância. Prognóstico em casos agudos- até 48h que parou de andar de 25 a 75% de chance. Sensibilidade superficial presente: 76% chance. Casos crônicos: até 20% de recuperação. Tratamento, até grau III 90% de chance de recuperação no tratamento conservativo, porém 30 % de recidiva,48 h para intervir tem melhor resultado. Cirúrgico.
FRATURAS:
FORÇAS QUE AGEM NA FRATURA 
· compressão (em direção ao centro);
· distração (oposta a compressão, ocorre em inserções tendíneas como calcanhar, trocânter maior, acrômio da escápula, etc);
· flexão;
· rotação.
CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS
· redutível (consegue-se reposicionar o fragmento em posição anatômica)
· irredutível ( não consegue-se reposicionar em posição anatômica)
· estável (os fragmentos resistem às forças; objetivo é prevenção de deformidade angular ou rotacional)
· instável (os fragmentos não se entrelaçam e deslizam entre si para fora da posição anatômica)
TIPOS DE FRATURAS
· completa (simples, múltiplas, cominutivas)
· incompleta
· direção (transversa; obliqua; espiral; segmentada; compressão; avulsão)
· Fratura em Salter Harris ( fratura em linha de crescimento)
OBJETIVO
Reparar e restaurar a função óssea e tecidos adjacentes; neutralizar as forças que atuam na fratura; estimular e promover a cicatrização óssea; minimizar os danos vasculares (cuidado com periósteo na manipulação durante procedimento cirúrgico)
REDUÇÃO FECHADA
Sem exposição óssea. Preserva tecidos moles e vascularização. Dificuldade de obter redução perfeita. Indicada para fraturas alinhadas, fraturas em galho verde, cominutiva não redutível, abaixo do cotovelo e joelho.
REDUÇÃO ABERTA
Trauma vascular iatrogênico é maior chance de infecção. Indicado para fraturas articulares, anatomicamente redutíveis, cominutivas. Não retirar coágulos.
COAPTAÇÃO EXTERNA
Indicado para fratura estável. É qualquer tipo de bandagem (ex. Robert Jones, Robert Jones modificada). Toda coaptação externa precisa imobilizar uma articulação proximal e uma distal a fratura. Só utilizada em região distal de cotovelo e joelho, mesmo que a fratura seja estável, o tratamento é cirúrgico. Em dígitos, colocar suporte até metacarpo e imobilizar todo o digito. Fraturas articulares, ou muito próximas, o tratamento é cirúrgico. 
MÉTODOS DE OSTEOSSINTESE
· Pinos intramedulares – só neutraliza força de flexão; men0or exposição e menor trauma vascular; sempre associar com outras técnicas (ex. aste bloqueada, neutralizando todas as forças). Usado furadeira de baixa rotação para não esquentar. O pino é travado no osso esponjoso (sepultamento do pino). Forma normógrada é quando passamos o pino no sentido do osso; é melhor para o paciente. Forma retrógrada é quando entramos pelo foco da fratura introduzindo o pino, retira o pino e coloca no sentido do osso.
· Cerclagem – fio de aço usado para fazer compressão nos fragmentos ósseos; sempre associado com outras técnicas; de uso definitivoou temporário (durante a cirurgia). Somente usado em fratura simples obliqua longa ou espiral; usar no mínimo duas; o comprimento da linha de fratura deve ter duas vezes o diâmetro do osso.
· Banda de tensão – neutraliza força de avulsão (de origem ou inserção de ligamento ou músculo). Promove compressão. São dois pinos e um fio no sentido oposto ao ligamento para retirar a tensão do ligamento.
· Fixadores externos – para fraturas de ossos longos, fraturas expostas, osteotomias corretivas, fraturas cominutivas, artrodese temporária, não união óssea ou união retardada. Promove calo ósseo exuberante. O pino não ultrapassa 20% do diâmetro do osso. Mínimo de dois pinos em cima e dois em baixo, com curta distância da fratura e angulação de pelo menos 30º. Necessita boa higiene para não causar infecção. Remove-se somente quando houver cicatrização óssea sem presença de linha de fratura.
· Placas e parafusos – os parafusos são usados para fixar as placas (estabilizar ossos longos) ou individualmente para comprimir foco de fratura. O parafuso sempre sai 2mm do outro lado. Placa bloqueada é quando o parafuso rosqueia na placa e no osso.
SÍNDROME BRAQUIOCEFÁLICA:
Os ossos do crânio são diminuídos, mas as estruturas não, fazendo com que fiquem desorganizadas. Fazem parte da síndrome as seguintes afecções: estenose de narina; prolongamento de palato mole; eversão de sáculo laríngeo.
Esforço inspiratório devido a estenose de narina -> palato mole prolongado se projeta para dentro da laringe, promovendo obstrução das vias aéreas -> com a passagem do ar, o palato sofre agressões e fica inchado, obstruindo ainda mais -> maior dificuldade respiratória -> alta pressão na inspiração -> mucosa que reveste a laringe forma ‘bolhas’
ESTENOSE DE NARINA:
Ruído respiratório; retração da comissura labial e respira de boca aberta; ansiedade/sensação de afogamento; hipertermia. Diagnóstico realizado através de inspeção. Tratamento cirúrgico - alaplastia ou alapexia.
PROLONGAMENTO DO PÁLATO MOLE:
Ruídos respiratórios; respira de boca aberta; intolerância ao exercício; sianose e síncope; pneumonia por aspiração. Diagnóstico por inspeção. Tratamento cirúrgico - estafilectomia.
EVERSÃO DE SÁCULO LARINGEO:
Só há sinais se ocorrer na síndrome braquiocefálica. Diagnóstico através de inspeção, com animal sedado. Tratamento cirúrgico - ressecção do sáculo laríngeo
COLAPSO DE LARINGE:
Por trauma ou obstrução de via aérea. 1º grau eversão de sáculo laríngeo; 2º grau colapso ariepiglótico; 3º grau colapso do processo corniculado. Ronco e assobio; dificuldade respiratória. Diagnóstico através de endoscopia. Tratamento cirúrgico – ressecção do sáculo laríngeo (1ºgrau); ventriculocordectomia (2ºgrau); traqueostomia (3ºgrau).
PARALISIA DE LARINGE:
Falta de adução da laringe; congênita ou adquirida (doença de nervo periférico). Estridor respiratório, ofegante, falsa via, hipertermia. Diagnóstico por endoscopia. Tratamento cirúrgico – lateralização criocoaritenoide.
COLAPSO DE TRAQUEIA:
Por degeneração do anel cartilaginoso; cães entre 5-6 anos de pequeno porte. A membrana dorsal da traqueia invagina na luz da taqueia. Tosse, dispneia não responsiva a medicamentos. Diagnóstico com raio x (induzindo o colapso, se não pode dar falso negativo). Tratamento cirúrgico – plicadura (cervical; afrouxa com o tempo); anel traqueal (cervical); stent (todas as porções, causa tosse).
HIPOPLASIA TRAQUEAL:
Hereditária; toda a traquéia é diminuída. Achado diagnóstico no momento da intubação. 
RUPTURA/PEFURAÇÃO TRAUMÁTICA:
Nem sempre a pele estará perfurada. Ar extravasa e causa efisema; ar entra no tecido peritraqueal e subcutâneo causando pneumomediastino e pneumotórax; pode ocorrer infecção devido ao extravasamento de ar e muco, formando abscesso. Paciente fica inchado devido ao acúmulo de ar nos tecidos, o organismos absorve com o tempo. Dispneia e efisema cutêneo. Tratamento – localizar perfuração e suturar.
PERSISTÊNCIA DO DUCTO ARTERIOSO:
A aorta, que tem maior pressão, faz com que o sangue vá para o tronco pulmonar e o sangue retorna para o pulmão, que devolve para o átrio esquerdo, o átrio dilata para receber maior quantidade de sangue. Não vai sangue suficiente para irrigar o organismo, ocorre hipotensão, ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona fazendo com que o coração bombeie mais, provocando hipertrofia do ventrículo esquerdo, a válvula mitral acaba sofrendo deformação e se torna insuficiente, reflui sangue para átrio e para o pulmão, causando edema pulmonar. 
Intolerância ao exercício, retardo no crescimento, tosse, dispneia, murmúrio de regurgitação mitral, estertores e sibilos pulmonares. Diagnóstico com ecocardiograma; raio x só aparece alteração da silhueta cardíaca, indicativo de edema pulmonar. Tratamento cirúrgico – ligadura do ducto arterioso; oclusor (pode se soltar).
PERSISTÊNCIA DO QUARTO ARCO AÓRTICO:
Quando a aorta se forma do lado direito; o tronco pulmonar permanece do lado esquerdo e entre eles fica o ligamento arterioso que comprime o esôfago, causando mega esôfago. Regurgitação, péssima condição corpórea, tosse, pneumonia por aspiração. Diagnóstico através de raio x simples e contrastado (esofagograma). Tratamento cirúrgico – ressecção do ligamento arterioso.
PNEUMOTÓRAX:
É o ar no espaço pleural. Pode ser espontâneo primário (por rupturas de bulhas ou cistos subpleurais); espontâneo secundário (ruptura de tecido pulmonar necrosado); traumático (aberto – perfuração da parede torácica; fechado – ruptura de via aérea dentro da cavidade torácica); por tensão (formação de válvula unidirecional – ar entra mas não sai); iatrogênico (durante procedimentos diagnósticos ou terapêuticos). Dispneia, taquipneia, taquicardia, dor, hipotensão, auscultação abafada (pulmão não expande), percussão timpânica. Pode ser unilateral. Diagnóstico com exames radiográfico. Tratamento – toracocentese; toracostomia; toracotomia exploratória.
DOENÇA PERIODONTAL:
Tártaro é o acumulo de bacterias e alimento que se aloja no dente. Mau hálito, dor na mastigação, e secundariamente pode haver desenvolvimento de endocardite, pielonefrite, artrite, discoespondilite. Diagnóstico por inspeção de cavidade oral (observar se há exposição da raiz do dente). Tratamento -tartarectomia (profilaxia); caso haja grande comprometimento do dente, indica-se extração. O processo infeccioso deixa a mandíbula fragilizada e há susceptibilidade de fraturas espontâneas (fratura patológica).
NEOPLASIA ORAL:
Pode ocorrer no lábio, lingua, mandibula, maxilagengiva, palato duro e mole, alveolo dentário. São geralmente melanomas (mais grave e mais metastático-pilão,fígado,rim,linfonodo), fibrossarcomas (alta taxa de recidiva), carcinomas e epúlides. Para excisão do tumor o ideal é pegar o máximo de margem possível, mas nem sempre é possível. Halitose; sangue na saliva; sialorreia; hiporexia/anorexia; perda de peso; queda de dente. Diagnóstico por inspeção de cavidade oral; citologia/ biópsia (excisional/incisional); raio x para ver grau de comprometimento e pesquisa de metástase e ultrassom abdominal. Se houver aumento de linfonodo realizar biópsia. Tratamento cirurgico – glossectomia, madibulectomia e maxilectomia. Quimioterapia/radioterapia . Antes de qualquer procedimento deve ser realizada a tartarectomia.
MUCOCELE SALIVAR:
É o acumulo de saliva extra glândula salivar ou ducto salivar que extravasa quando a glândula ou ducto estão danificados ( laceração; neoplasia; obstrução por estenose devido a processo cicatricial; obstrução do ducto por sialólito ).
No inicio edema forte e dolorido; posteriormente devido a produção de tecido de granulação ocorre a formação de cápsula e tem tumefação flutuante e indolor (macio e mole). Alguns pacientes podem ser assintomáticos apresentando somente aumento de volume. Diagnóstico através de inspeção; palpação; raio X e ultrassom. Diagnóstico diferencial - abscesso cervical; neoplasia salivar e linfoma.
Tratamento - Ressecção glandular. Para glândula sublingual - faz marsupialização que permite o extravasamento de conteúdomucoso para o interior da cavidade oral após a sutura do epitélio do ducto salivar ao bucal.
CORPO ESTRANHO ESOFÁGICO:
Objetos que podem causar obstrução total ou parcial do esôfago e pode evoluir para necrose, isquemia , laceração e perfuração. Mais comum em região cervical; broncoaórtica; diafragmática. Disfagia aguda; regurgitação; tosse; engasgo; sialorréia por náusea. Diagnóstico através histórico; sinais clínicos; raio x em alguns objetos ajuda; esofagograma; endoscopia. Tratamento - retirada por endoscopia dependendo da localização; esofagotomia + esofagorrafia (não realizar sutura invaginante). Complicações - esofagite por inflamação; infecção; pneumonia aspirativa; necrose. deiscência e fístula; obstrução por processo cicatricial exagerado.
CORPO ESTRANHO GÁSTRICO:
Vômito (por obstrução total ou parcial); distensão gástrica; irritação da mucosa (gastrite). Diagnóstico através de histórico; sinais clínicos; raio x dependendo do corpo estranho precisa ser contrastado; ultrassom (gás limita). Tratamento: nunca dar antiemético; Se não for operar, ir acompanhando por raio x/ultrassom. Retirada com andoscopia se possível ou gastrotomia. Complicações - infecção por extravasamento; vômito; pneumonia aspirativa; esofagite (ideal dar sucralfato); vazamento trans cirúrgico ou pós cirúrgico por deiscência; falha de sutura e consequente peritonite e pancreatite.
DILATAÇÃO VOLVULO GÁSTRICA:
É o aumento do estômago com rotação no seu próprio eixo. Timpanismo é a distensão por gás, um animal com torção nem sempre tem timpanismo, mas sempre tem dilatação. Normalmente: o cárdia tá do lado esquerdo e o piloro do lado direito, na torção sentido horário o piloro vai para o lado esquerdo.
Animais de grande porte com tórax profundo tem maior predisposição. Com o passar do tempo os ligamentos ficam fragilizados e menos tensos e o estomago ganha mobilidade dentro da cavidade torácica. Animais que comem grande quantidade de uma vez (alimentação uma vez ao dia)+ ingestão de água e atividade fisica excessiva em seguida = maior chance de torção. 
Junto ao estômago está o baço ligados pelos vasos esplênicos, portanto, quando há torção gástrica também há torção do baço com ruptura de vasos esplênicos levando a hemoperitônio ou a congestão do baço (esplenomegalia). 
Ocorre fechamento do cardia e piloro; a concentração de alimento e agua mais saliva promove inicio de ação fermentativa fazendo com que ocorra maior distenção devido a acúmulo de gás. Ocorre acumulo de CO2 pois o diafragma não tem mais amplitude de movimento. Compressão da veia cava caudal, portanto atrapalha o retorno venoso; isso diminui o fluxo sanguíneo e ocorre diminuição do débito cardíaco, diminuição do retorno venoso, queda da pressão arterial. O organismo tenta compensar com taquicardia e vasoconstrição periférica.
Estase de intestino; não há troca de sangue; não há troca gasosa; órgãos ficam congestos e estagnados; perdem a barreira de proteção (alteração da permeabilidade) favorecendo a entrada de bactérias na circulação . Por falta de oxigenação o organismo entra em via anaeróbia, produz acido lático e radicais livres; as bactérias também estão em via anaeróbica favorecendo a liberação de endotoxinas. A pressão cai mais ainda = choque séptico.
Sinais e sintomas: distensão abdominal cranial pelo timpanismo ( som timpânico na percussão); ânsia não produtiva (cárdia fechado); sialorréia por náusea e dor epigástrica; agitação ou estupor dependendo do quadro; sinais de choque ( taquicardia, taquipnéia, hipotensão, mucosas pálidas, halo toxêmico); esplenomegalia se não houver torção de baço. Diagnóstico: anamnese; sinais clínicos; raio x (LL e DV); Diagnóstico diferencial - ascite; trauma. Tratamento: acesso venoso; fluidoterapia; oxigênioterapia; antibiótico de amplo espectro; descompressão gástrica por sondagem (se só houver dilatação sem torção); 
gastrotomia para fazer descompressão e gastropexia para fixar no local correto.
Sindrome de perfusão - quando um órgão está em isquemia e estase e é reposicionado e volta ter circulação, todas as toxinas e radicais livres são jogados na circulação e o paciente pode vir a óbito. Se ocorrer torção do baço; realizar esplenectomia antes de colocar o estômago no lugar.
Se mesmo após reposicionar; lavar não voltar a cor normal da parede gástrica, realizar gastrectomia para retirar parte lesionada. Ou plicadura - pregueamento com sutura invaginante para dentro do estômago, pois se necrosar haverá digestão.
OBSTRUÇAO INTESTINAL: 
- neoplasia: pode causar vômito e obstrução; mais comum é linfoma alimentar; altera parede e diminui o lúmem. Diagnóstico por ultrassom e biópsia.
-torção intestinal: comprometimento do fluxo mesentérico e fluxo do lúmen intestinal; normalmente envolvida com corpo estranho; principal sinal clinico é o abdômen agudo; a dor passa em poucas horas devido a necrose tecidual; diagnóstico por ultrassom.
-aderência: quando uma víscera adere a outra ; mais comum com o omento mas pode ocorrer com outros; pode ser por reação a fio de sutura; cirurgia contaminada; manipulação excessiva; pode ser por neoplasia, perfuração por corpo estranho ou mordedura. 
Na obstrução ocorre dilatação por liquido + gás e distensão causa dor. Favorece as bactérias se proliferarem; altera permeabilidade da parede liberando endotoxinas e radicais livres levando a septicemia. A dilatação é sempre cranial a obstrução 
Sintomas: vomito amarelado ou fecaloide, melena; distensão abdominal; inquietação; anorexia; desidratação, emagrecimento progressivo.
Diagnóstico através dos sinais clínicos; palpação abdominal (nem sempre se sente o corpo estranho, as vezes se sente apenas a dilatação); raio x; ultrassom (melhor porque pode-se avaliar o corpo estranho, motilidade, e com doppler avaliar até o fluxo sanguíneo. Tratamento: não dar antiemetico; fluidoterapia pela desidratação; antibiótico; analgésico; buscopam para diminuir motilidade intestinal. Se houver potencial de perfuração = cirurgia
enterotomia + enterorrafia se as alças estiverem viáveis
enterectomia + enteroanastomose se as alças estiverem inviáveis
INTUSSUSCEPÇÃO:
Quando uma alça invagina dentro de outra alça; o mesentério vai junto portanto há alteração da perfusão intestinal; geralmente é secundária a enterite. Pode ocorrer em vários pontos, ou dupla intussuscepção. 
Vômito fecaloide; dor abdominal; prostração; hematoquesia com diarreia e muco; muita dor; pode apresentar sinais de choque. Na palpação pode-se sentir estrutura cilindrica no abdômen. Diagnóstic através dos sinais clínicos; raio x simples ou contrastado ( o contraste invagina); ultrassom (alças em alvo). Tratamento: estabilizar; cirurgia - sou não houver comprometimento de alças, apenas desenvaginar tracionando levemente; se houver complicações enterectomia dos segmentos prejudicados. Complicação - síndrome da má absorção, estenose do intestino.
Para evitar recidiva - enteropexia; plicadura - sutura o intestino um do lado do outro para evitar invaginação.
MEGACOLON:
Causas: Disfunção neurológica (problema de coluna), alteração na sinapse no cólon (manipulação cirúrgica, distensão por alguma retenção como fecaloma), obstrução de ânus ou região perineal (ferida, cicatriz), fratura de coxal (estenose do canal pélvico e as fezes saem mais lentamente). Causa hipomotilidade como consequência por algum problema como déficit neurológico, acumula fezes e dilata. O tratamento é lactulona, lavagem intestinal, nos casos que tem obstrução e estenose tratar, se for formação em ânus ou períneo, remover, se for fratura, corrigir... A questão é: se já tiver lesão de motilidade, ou seja, perda da parte funcional do cólon, mesmo que corrija as alterações vai continuar tendo megacólon. Existe cirurgia para tirar o pedaço do cólon que está sem motilidade mas se o pedaço que ficar tiver problema de motilidade vai recidivar. 
PROLAPSO DE RETO:
É a protrusão da mucosa do ânus. Por qualquer coisa que dificulte a defecação. Mais comum em filhotes. Tratamento - se tiver viável, tentar reposicionar para dentro;se tiver com edema fazer bolsa de gelo + corticoide + açúcar cristal. Fazer sedação e epidural, passar lubrificante para introduzir, depois realizar sutura bolsa de fumo (ao redor do ânus, sem ocluir 100%). Para um filhote pega uma seringa de 1ml (sem agulha) e aperta o nó nessa seringa (espaço para sair um pouco de líquido e gás) e se for um cão adulto usa de 3 ou 5 ml. Colopexia para evitar recidiva.
Neuro cirurgia - Coluna
CASUÍSTICA 
· Hérnia de disco
· Trauma 
· Instabilidade mecânicas
· Deformidades congênitas (síndrome de wolble)
· Deformidades degenerativas 
· Neoplasias 
Hérnia de disco 
Funções biomecânicas do DIV
 • NP – 80% água; 
• Atua como um amortecedor hidráulico, dissipando forças compressivas; 
• Proporciona mobilidade e estabilidade para a coluna vertebral;
Falhas Biomecânicas do DIV
 • Exercícios estenuantes e Trauma podem levar à protrusão / extrusão do NP não degenerado - extrusão aguda não compressiva de núcleo pulposo;
 • Alta velocidade;
O disco se localiza entre as vertebras próximo a medula. 
O simples motivo de ter diminuição do espaço entre as vértebras, não diagnostica a hérnia. O desgaste do disco com o passar do tempo é fisiológico. 
O disco é um tipo de ligamento modificado, e como todo ligamento ele sé desgasta e não regenera. Ele possui uma porção externa que é chamada de anel fibroso e a porção mais interna é chamada núcleo pulposo. Região de cervical 
Região toracolombar T13 – L1
· Há 3 tipos de hérnias. 
- Hansen tipo I 
Extrusão é quando o núcleo degenerado do disco rompe o anel fibroso e comprime a medula, acomete mais condrodistróficos. 
- Hansen tipo II 
Protrusão é quando o núcleo cresce empurrando o anel fibroso que não rompe, mas toma o espaço da medula. Acomete também animais com displasia coxofemoral 
- Hansen Tipo III ou extrusão não compressiva, 
É quando o disco fragmenta causando hemorragia e edema na medula. 
DDIV em condrodistróficos 
• DDIV precoce;
 • Componente genético – síntese aberrante de matriz extracelular do NP(núcleo pulposo)
 • Ocorre em toda coluna;
 • Principalmente em cervical e transição toraco-lombar;
 • Ruptura do AF e extrusão do NP (Hansen tipo I);
DDIV em raças não-condrodistróficas 
• Ocorre gradualmente; os sintomas demoram a acontecer. 
• Menos traumáticas - baixa velocidade;
 • Ruptura de AF independente da degeneração do NP; 
• Protrusão do DIV e ligamento longitudinal dorsal - Hansen tipo II(mais frequente)
 • C5-C7 – L7-S1 são mais frequentes (síndrome da cauda equina )
. Animais grandes com displasia coxo femoral 
· Podemos ter uma compressão dentro do canal medular e fora da dura-máter que seria uma compressão EXTRADURAL (podemos ver bem na tomografia)
· Podemos ter uma compressão INTRADURAL que pode ser um cisto, tumor(ressonância)
· INTRADURAL e EXTRAMEDULAR 
· INTRAMEDULAR neoplasias ou cistos 
Compressões 
• Podem se estabelecer sob alta ou baixa velocidade,
 • Causadoras de processo isquêmico compartimental
 • Nas ocorrências de alta velocidade associa-se fenômeno de contusão,
 • Alta velocidade: fragmentação ou subluxação traumática, extrusões discais,
 • Baixa velocidade: neoplasias, extrusões discais.
Contusão
 • Onda de choque no trauma raquimedular,
 • Contusões nas extrusões discais de alta velocidade.
Síndrome compartimental raquimedular: “ O SEGUNDO TRAUMA”
 • cadeia de eventos que se retro alimenta:
 • Injúria inicial › edema local › isquemia › amplificação do edema › amplificação da isquemia.
 • COMPRESSÃO DIRETA X QUADRO EXPANSIVO
Antioxidantes: acetilcisteina(fluimucil) é muito bom para a reperfusão tecidual 
Mielomalácia 
• Processo irreversível, não preditivo, resultante em necrose aguda, hemorrágica e progressiva da medula espinal, que termina em sua liquefação e se estabelece a partir de foco isquêmico pontual; 
• Evolui invariavelmente para óbito por disfunção ventilatória;
 • Incide em 5 a 11% dos casos de isquemia medular localizada; 
• Pode estabelecer-se por fenômeno reperfusão loco regional;
O animal tem muita dor e não consegue respirar, tem indicação de EUTANÁSIA.
 Sinais e sintomas 
• Podem variar de ataxia até tetraplegia; 
Quanto mais leve a compressão, mais leve são os sintomas 
• Depende da quantidade de material presente dentro do canal medular;
Exame físico - Postural 
• Animais com dor cervical tendem a ficar com a cabeça baixa;
 • Apresentam cifose em dores toraco-lombares; 
• Flexionam região lombar e tendem a jogar o peso para os membros torácicos em dores lombo-sacrais;
Déficits neurológicos 
 	↓
Propriocepção
 Pode ser bilateral, unilateral(hérnia deslocada para um lado) , reduzida(o animal demora para voltar a pata virada, mais volta) ou ausente 
	↓
 Dor superficial 
 já tem que ter a tomografia ou ressonância na mão
↓
 Função motora
↓
 Dor profunda
A visão do clínico que recebe o caso 
• Qual nível de conhecimento técnico;
 • Atendimento – Hospitalar X Consultório;
 • Existe senso de urgência? 
• A visão tradicional sobre as afecçõesraquimedulares;
Como dar resposta à demanda ? 
Os casos graves com demanda por descompressão cirúrgica deveriam ser diagnosticados e abordados cirurgicamente em até 24 horas.
1. (O Atendimento clínico inicial reconhecer o caso)
2. Triagem: gravidade neurológica, segmentação, suspeita etiológica.
3. Abordagem farmacológica imediata e imobilização.
Manitol, antinflamatorio (corticoide1mg/kg)
4. Início do esclarecimento do proprietário: grau de investimento!
5. Triagem radiológica? 
6. Disparo do network: equipes de diagnóstico/cirurgia e internação. 
7. TC/RM e decisão cirúrgica conjunta.
8. Cirurgia e internação.
9. Reabilitação
PRINCIPIOS GERAIS DA CIRURGIA DE COLUNA 
· CARACTERÍSTICAS GERAIS,
· OBJETIVOS, 
· TÉCNICAS CIRÚRGICAS ROTINEIRAS, 
· CASOS.
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
• Exige conhecimentos técnicos em cirurgia geral, ortopédica e neurocirurgia,
 • Exige instrumentação delicada e de baixo trauma, 
• Instrumentação específica e ambientação com implantes, 
• A sedução da atuação de baixa expertise: A combinação de : proprietário desesperado + cirurgia bem remunerada + baixa obrigatoriedade de resultados
BISTURI ELETRICO:
MICRODRILL E MICROSERRA
 EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS, PNEUMÁTICOS OU PIEZOELÉTRICOS
PINÇA LOVE KERRISON
CURETAS
AFASTADORES
IRRIGAÇÃO – ASPIRAÇÃO
IMPLANTES	
QUESTÕES DIAGNÓSTICAS 
• NÃO EXISTE CIRURGIA DA COLUNA VERTEBRAL DE CARÁTER EXPLORATÓRIO,
 • O PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DEVE SER LEVADO AO EXTREMO,
 • OS DIVERSOS EXAMES DE IMAGEM TÊM CADA QUAL SUA APTIDÃO NO FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES.
· MIELOGRAFIA 
APRESENTA RESTRIÇÕES SEVERAS QUANTO À DEFINIÇÃO DO PLANO CIRÚRGICO OU ATÉ MESMO DIAGNÓSTICO DEFINITIVO
· TOMOGRAFIA – MIELOTOMOGRAFIA
 TEM ÓTIMA ACUIDADE PARA DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICA, MAS COM LIMITAÇÕES,
 APTIDÃO PARA DIFERENCIAÇÃO DE TECIDO ÓSSEO OU MINERALIZADO (TAL QUAL O RX),
 APRESENTA LIMITAÇÕES NA DIFERENCIAÇÃO DE TEXTURAS DOS TECIDOS MOLES (HEMATOMAS, NEOPLASIAS, ...)
· RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
 APTIDÃO PARA REFINAMENTO DA DIFERENCIAÇÃO DE TECIDOS MOLES.
· OBJETIVOS DA CIRURGIA
• Profilaxia das compressões-FENESTRAÇÃO ,corta o anel fibroso na lateral do disco intervertebral 
 • Descompressão- HEMILAMINECTOMIA, LAMINECTOMIA DORSAL, SLOT VENTRAL. 
 • Estabilização intervretebrais 
 • Biópsia.

Continue navegando