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Hábitos Bucais

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Importância da boca para criança recém-nascida 
 interação com o meio através da boca (chorando) 
 satisfação emocionalmente (amamentação) 
 sobrevivência (alimentação). 
 amamentação proporciona: satisfação nutricional, estímulo 
de prazer dos lábios, língua e mucosa oral, sensações 
agradáveis de carinho, aconchego e segurança ocasionadas 
pelo contato com a mãe. 
 sucção do leite materno: desenvolvimento da motricidade 
muscular e crescimento facial equilibrado, desenvolvimento 
da musculatura peribucal 
 importante orientar as mães sobre a forma de higienizar a 
boca, como a criança deve fazer a pega do seio da mãe, 
ela não pode estar envolta/amarrada para se amamentar. 
 é importante que haja um equilíbrio das forças musculares 
desde o nascimento até o desenvolvimento da dentição 
 Músculo Bucinador: na bochecha e na parte externa dos 
lábios  aplicam uma força sobre os arcos dentários 
 Musculatura intrabucal: compreende a língua. 
 
Esse equilíbrio das forças musculares (da bochecha, dos lábios e 
da língua) determinam a forma dos arcos dentários e a posição 
vestíbulo-lingual dos dentes dentro das bases ósseas (inclinação 
ântero-posterior). 
 
 
Os músculos que circundam os dentes formam o “mecanismo do bucinador”, composto 
pelos músculos orbicular dos lábios, o bucinador e o constritor superior da faringe. 
 
 situação normal: a língua tem uma aplicação da força 
contra a bochecha, a qual contrapõe essa força. 
 respirador bucal: apresenta um arco mais triangular, língua 
mais baixa no assoalho bucal e a bochecha comprimindo 
lateralmente; visualiza-se uma falta de espaço, uma 
diminuição da distância intra-molar e intra-canina e uma 
constrição da maxila (estreita transversalmente) 
 
 
 
 Conforme o paciente vai ficando velho, começa a haver 
perda óssea, perda da sustentação dos incisivos, a língua começa 
a apertar mais, o lábio perde tonicidade e começa a abrir espaço 
entre os dentes. Pacientes acima de 40, 50 anos e com doença 
periodontal reclamam que os dentes estão abrindo (diastemas). 
Se a mandíbula for curta e houver interposição de lábio, a 
situação se agrava mais ainda. 
OTIMIZAR O ADEQUADO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO: 
 respiração 
 postura da língua em repouso (se há interposição) 
 formação do palato 
 amamentação e alimentação da criança 
 sono (se há respiração bucal durante o sono) 
 inserção de freios e bridas da língua e dos lábios. 
 
Arcada dentária em equilíbrio muscular: bom 
posicionamento dentário não há presença de diastemas
 
 
 
 ocasionados por interposição de língua, contrações 
musculares assimétricas 
 interfere no crescimento facial, no desenvolvimento da 
oclusão e no comprometimento da morfologia e função. 
 paciente com mordida aberta tem um posicionamento 
errado da língua, uma fonação errada, uma deglutição 
errada.  considerar no tratamento respiração, estética, 
corrigir a morfologia e a função. 
 
Característica de um paciente com problema respiratório - 
Classe II, presença de lábio evertido (fica virado para fora) porque 
a mandíbula é curta. 
 
 
 não se trata de disfunção propriamente dita, mas, sim, de 
alteração das características. 
 o indivíduo realiza o ato de engolir, a deglutição, mas de 
forma diferente, atípica. 
 não é a função atípica que pode conduzir a alguma 
deformação, mas, sim, a posição de repouso da língua 
 se a língua permanecer entre os dentes, esses não 
poderão atingir as posições de contato, levando à mordida 
aberta anterior. 
 o atendimento do paciente portador de deglutição atípica 
deva ser realizado pelo fonoaudiólogo 
 “aparelho de sucção”, ou seja, a chupeta ortodôntica maior, 
mais larga; depois passa-se aos exercícios específicos em 
uma série de 5, que devem ser realizados 5 min pela 
manhã, tarde e noite, da seguinte forma: 
 quando já há mordida aberta anterior, recomenda-se o 
emprego da placa reeducadora durante o dia, e a placa 
reeducadora impedidora, à noite. Esses recursos são 
auxiliares e os exercícios devem ser feitos normalmente 
conforme orientação. 
 
 
Hábitos bucais 
 
Exercício no 1: a ponta da língua deve ficar em contato com a região da papila palatina; o 
paciente deve abrir a boca o máximo possível, sem que a língua perca o contato com o 
palato. A mandíbula desce e sobe sem que os lábios se fechem, ou mesmo se toquem. 
Após a execução correta, em média cinco sessões de verificação, de semana a semana, 
na clínica, o exercício deverá estar sendo feito de forma satisfatória 
 
Exercício no 2: a ponta da língua em contato com a região da papila; o paciente abre a 
boca o máximo possível, sem perder o contato da língua com o palato. A mandíbula 
desce e sobe, estabelece-se o contato entre os dentes, fecham-se os lábios e deglute-
se, sem que a língua saia da posição de contato com o palato. Esse exercício é feito por 
4 min, sendo que no minuto restante para completar os 5 min deve ser feito o exercício 
no 1 
 
Exercício no 3: a ponta da língua em contato com a região da papila palatina. Dentes em 
oclusão, lábios em contato. Aguardar a formação de saliva suficiente e deglutir, mantendo 
as posições descritas. Repetir as deglutições. Esse exercício deve ser realizado por 3 min 
seguidos; no 4º min, realizar o exercício no 1 e no quinto, o no 2, completando 5 min 
 
Exercício no 4: empregam-se como recursos auxiliares um copo de água e uma colher. 
Com a colher, colhe-se água do copo e coloca-se na boca, fechando-a, levando os 
dentes em oclusão, a língua em contato inicial com a papila palatina e deglute-se. Esse 
exercício deve ser feito por 2 min; no 3º min faz-se o exercício no 3, no 4º o no 2 e 
no 5º o no 1 
 
Exercício no 5: com uma bolacha pequena tipo pão de mel, após morder para destacar 
um pequeno pedaço e mastigar, para deglutir, entrar em oclusão, ponta da língua em 
contato com a papila, lábios fechados e deglute-se. Fazer esse exercício por 1 min apenas 
e completar com os outros exercícios até 5 min. 
 
AVALIAÇÃO: 
 não participação perceptível da musculatura da mímica 
 vedamento labial pelo perfeito contato estabelecido 
 língua perfeitamente confinada dentro das arcadas dentárias 
 língua em repouso; em contato com o palato duro. 
 paciente, sentado corretamente na cadeira, recebe uma 
pequena quantidade de água e é convidado a deglutir. Se 
um ou mais sinais de normalidade não forem observados, 
poderá ser uma indicação de deglutição atípica. 
 
 
RESPIRAÇÃO NASAL: 
 a passagem de ar pelas fossas nasais excita as terminações 
nervosas gerando respostas como o desenvolvimento 
tridimensional das fossas nasais. 
 a base é o palato. 
 
RESPIRAÇÃO BUCAL: 
 ar seco e impuro, ressecamento e irritação da mucosa 
bucal e faríngea  predispõem a infecções 
 separação dos lábios 
 posição inadequada da língua: para baixo e para frente/ 
entre os dentes anteriores. 
 mandíbula mais baixa no repouso 
 adaptação postural da cabeça, da língua e da mandíbula 
 adaptação da musculatura da face à nova forma de 
respirar, deglutir e mastigar. 
 
Respiração bucal  IS vestibularizados  lábio inferior hiperativo 
 abaixamento da língua (sem contato com a abóbada palatina) 
e rotação mandibular  atresia do arco dentário  mordida 
aberta anterior. 
 
 desvio do septo nasal 
 alergias crônicas 
 infecções nasais 
 tonsilas inflamadas  hipertrofia de tonsilas palatinas 
(amigdalas hipertróficas) 
 bloqueios dos cornetos nasais 
 rinite alérgica: relacionada a um fator de risco de maloclusão 
(risco aumenta em 3x); relacionada a mordida cruzada 
posterior e aumento do overjet. 
 hipertrofia dos cornetos nasais 
 hábitos 
 
 
Tentativa de prolongar as sensações (de prazer) após satisfeita a 
demanda fisiológica da alimentação. Hipótese da carência afetiva. 
Desde o nascimento, o bebe já se mostra apto a sugar o seio 
materno, numa função instintiva que se desenvolve 
principalmente no primeiro mês de vida. O abandono espontâneo 
e natural do habito pode ocorrercom o desenvolvimento da 
maturidade emocional na maioria das crianças. Aproximadamente 
24% das crianças abandonam o hábito de sucção até os 2 anos; 
28%, até́ os 4 anos; e somente em 11% o habito persiste por 5 
anos ou mais. 
 
 
O ser humano exerce a função de sucção de dedos, língua e lábios desde a vida pré-
natal, em uma atitude instintiva dos mamíferos, esses hábitos são constantemente 
encontrados nas crianças. Ensaio da função de sucção realizada na vida intrauterina, em 
imagem de ultrassom. 
 
 a criança que succiona a mama não precisa suprir a sua 
necessidade através de chupeta, são os pais que inserem 
esse dispositivo para uso. 
 Chupetas ortodônticas: possuem formato mais achatado, 
que é onde vai repousar o seguimento posterior da língua, 
espaço para respiração da criança, alívio na região nasal. 
Existem vários modelos que existem para estimular a venda 
desses produtos, algumas são de silicone, outras de látex, 
algumas com furos para introdução de alimentos sólidos 
para as crianças. 
 
 
 
 Ao tratarmos esses pacientes perguntar quantas chupetas ele 
tem em casa, que tipo de chupeta usa (se de látex ou de 
silicone; a de latex se deteriora, a de silicone dura muito 
 
 fatores relacionados com o hábito: frequência, duração e 
intensidade 
 a sucção de dedo, chupeta ou outro hábito, só irá causar 
má oclusão/deformidade quando houver intensidade, 
frequência e duração maiores.  ex.: criança que toma 
leite na mamadeira, o tempo é rápido, logo, não irá causar 
uma má oclusão. 
 
 resistência alveolar: esses fatores irão suplementar a 
resistência do alvéolo, logo, cria-se uma deformidade dento-
alveolar, o osso alveolar sofre uma deformação. 
 esses hábitos podem causar uma alteração mais evidente; 
se ela apresentar face longa, a face ficará ainda mais longa 
 
Sucção de chupeta 
 não importa o modelo, todas vão causar deformidades 
dependendo do tempo, frequência e intensidade 
 uma forma de diminuir o uso de chupetas durante à noite 
é depois que a criança dormir, remover 
 
Os casos mais difíceis de tratar são os de mordida aberta e 
Classe II associada. Sucção do polegar, polegar e indicador ou de 
outros dedos (é o hábito mais difícil de tirarmos). 
 
Sucção digital 
 hábito bucal mais comum 
 até os 4 anos de idade pode ser considerado normal, e 
grande parte abandonam o hábito espontaneamente; já 
outros autores defendem que não pode passar dos 3 anos... 
 toda a forma de sucção de chupeta é menos grave que a 
sucção do dedo, pois ela não está disponível a todo 
momento, então ela é mais fácil de ser removida. 
 a sucção de dedo pode ocorrer durante a noite, então não 
consegue-se controlar. 
 esse posicionamento do dedo, não traz a maxila para 
frente, deformando mais a região anterior; essa pressão 
vertical, impede o crescimento vertical do alvéolo e há uma 
tendência de inclinar os dentes inferiores para a lingual. 
 com a sociabilização (criança passa a ir na creche), os 
hábitos orais começam a diminuir. 
 
Implicações 
 dedo ou chupeta configuram um obstáculo mecânico que 
restringe o desenvolvimento vertical dos incisivos 
superiores e inferiores, retira a língua da sua posição 
normal (deslocada para o assoalho bucal), modifica o 
desenvolvimento do palato, causando maior protrusão dos 
dentes superiores anteriores e maior inclinação para lingual 
dos inferiores. 
 mordida aberta anterior circular 
 mordida cruzada posterior: pela posição mais anterior e 
abaixada da língua que modifica o crescimento normal e 
adequado do palato 
 aumento do trespasse horizontal (overjet) 
 diastemas entre os incisivos superiores 
 maxila atrésica (estreita transversalmente): não se 
autocorrige com o abandono do hábito, mas apresenta 
excelente prognóstico quando cessado o hábito 
precocemente. 
 aumento da altura do palato, tornando-se ogival 
 
 A prevalência de mordida cruzada posterior na dentadura decídua em 
crianças em que o habito de sucção persistiu até́ a faixa etária dos 4 anos ou 
mais equivale a aproximadamente 27%. Já́ entre as crianças que abandonaram 
o habito até ́ os 2 anos, a prevalência de mordida cruzada posterior e ́ de 17%; e 
em crianças na dentadura decídua sem histórico de habito, esse problema e ́ 
observado em 5% delas. Se prolongado o hábito 7% de MCP, 48% MAA, 
30% problemas oclusais. 
 
 falta de suporte interno para os dentes posteriores 
superiores (bucinador comprime lateralmente) 
 as bochechas implicam uma força sobre a superfície 
vestibular dos dentes posteriores superiores (inclinação 
dentoalveolar fazendo com que ocorra presença de 
mordida cruzada posterior ou atresia maxilar transversal). 
 no segmento posterior há uma desoclusão que leva à 
extrusão dos molares. 
 a mordida aberta é decorrente da deformidade alveolar no 
segmento anterior, mas também do crescimento alveolar 
no segmento posterior pela extrusão dos molares. 
 agrava as maloclusões de classe II: rotação mandibular para 
baixo e para trás., aumento da sobressalência (overjet). 
 
 
 
MORDIDA ABERTA ANTERIOR 
 sucção digital: contorno mais circular da mordida 
 interposição lingual: contorno mais difuso/retangular 
 interposição da língua pode ser durante a fala, deglutição e 
posição de repouso (geração de forças sobre as estruturas 
dentárias e dentoalveolares produzindo ou mantendo a 
mordida aberta). 
 
 
Os hábitos de sucção não devem ser interrompidos com 
dispositivos ortodônticos antes dos 5 anos, pois fazem parte do 
desenvolvimento psicomotor normal da criança. Há que se 
considerar ainda a possibilidade de autocorreção da mordida 
aberta anterior quando o habito de sucção é abandonado ainda 
na dentadura decídua. Proffit e colaboradores consideraram um 
habito deletério aquele que persiste além da dentadura decídua, 
quando os primeiros dentes permanentes apontam na cavidade 
bucal. 
 
Correção espontânea 
Grande possibilidade de auto correção dos desvios morfológicos 
da oclusão, na dentição decídua (em alguns casos até no início 
da dentição mista), quando há interrupção do hábito. 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM: 
 padrão dentofacial da criança (meso ou braquiofacial  
musculatura mais forte). 
 gravidade da maloclusão (classe II associada ou não). 
 tonicidade da musculatura peribucal. 
 Tríade de Garber 
 
Quando se associa um fator ambiental (como o habito de 
sucção) a um fator genético predisponente (como o padrão de 
crescimento vertical), aumentam as chances de desenvolvimento 
de maloclusões. 
 
 As crianças com padrão de crescimento vertical são mais suscetíveis a 
alterações morfológicas dos arcos dentários pois a resistência alveolar é maior 
do que nos com crescimento horizontal. Dos pacientes ortodônticos com 
padrão vertical e habito persistente de sucção, aproximadamente 50% 
apresentam mordida cruzada posterior quando analisados durante a dentadura 
mista. 
 
 
CORREÇÃO ESPONTÂNEA INFLUÊNCIADA PELA INSTAÇÃO DE 
OUTROS HÁBITOS: 
 pressionamento lingual “atípico” (interposição da língua). 
 postura inadequada da língua em repouso (língua se adapta 
a mordida aberta). 
 agravada pela respiração bucal. 
 interposição/sucção e mordida de lábio inferior: mais raro 
 superiores para V e inferiores para L, aumentando o 
trespasse horizontal mesmo numa relação classe I. 
 
 A deglutição em si não seria capaz de produzir uma mordida aberta, mas a 
posição em repouso da língua sim. A interposição da língua entre os arcos 
denta ́rios durante a fonação, a deglutição ou a postura constitui uma 
anormalidade funcional denominada pressionamento lingual atípico e ocorre em 
adaptação a uma mordida aberta criada pelo habito de sucção, contribuindo 
apenas para manter ou agravar a mordida aberta previamente existente Desde 
o nascimento até́ a irrupção de todos os dentes decíduos, a criança que não 
apresenta malocluso ̃es e respiração bucal apresenta a deglutição visceral ou 
infantil. Durante a deglutição normal visceral ou infantil, os maxilaresencontram-
se separados com interposição lingual, a mandibular é estabilizada pelos 
músculos faciais, e o controle da deglutição ocorre pelo contato do alimento 
com lábios e língua. Após a irrupção dos dentes decíduos, ocorre o 
amadurecimento neuromuscular. A criança com ausência de malocluso ̃es e de 
respiração bucal apresenta a deglutição somática ou madura, com dentes em 
oclusão; mandíbula estabilizada pelos músculos mastigatórios; ponta da língua 
em contato com o palato; participação passiva dos lábios. Numa maloclusão de 
MAA, instala-se uma deglutição atípica, com pressionamento lingual (padrão 
infantil mantido), ausência de contrações dos masseteres e os músculos 
peribucais se contraem promovendo o selamento labial, pode ocorrer escape 
de ar no início da deglutição. 
 
Interposição lingual 
Considerada um fator secundário na etiologia da mordida aberta 
anterior. A mordida aberta precisa estar presente para que a 
interposiça ̃o lingual se mantenha e, consequentemente, contribua 
para a persistência da maloclusão. 
 
 é uma relação direta de causa e efeito que produz uma 
alteração morfológica, como a mordida aberta e o 
aumento na inclinação dos dentes anteriores. 
 para engolir, precisa fazer uma pressão negativa para 
empurrar o bolo alimentar (uma vedação); no caso de 
MAA, ela acaba interpondo a língua e comprimindo os 
lábios  toda vez que faz isso, perpetua a má-oclusão 
(mantém a mordida aberta). 
 
DEGLUTIÇÃO COM INTERPOSIÇÃO LINGUAL COMPLEXA 
 contrações dos lábios e músculos mental 
 falta de contração dos músculos elevadores da mandíbula 
 interposição da língua entre os dentes 
 deglutição com os dentes separados 
 MAA mais difusa 
 algumas vezes sem apresentar MAA 
 
 interposição lingual temporária 
 adaptação da língua a uma alteração morfológica pré-
existente 
 ocorre em todas as crianças, pois é uma interposição 
lingual fisiológica e transitória (quando a criança está 
trocando os dentes, ela faz essa interposição) e o lábio irá 
fechar 
 
Outros aspectos ligados ao hábito 
 estado emocional da criança. 
 grau de dependência do hábito. 
 competição de atenção pelos pais, sentimentos de prazer 
e segurança, atividades que a criança desenvolve 
 
Os hábitos de postura devem ser motivo de preocupação não só dos 
profissionais da saúde. Os professores, em especial na fase escolar inicial, 
devem ser preparados para estarem vigilantes quanto às más posturas. Sabe-
se que, em muitas escolas de nível pré-primário, há horário previsto para 
repouso, e, nesse intervalo, a criança é orientada a colocar as mãos dobradas 
com os braços sobre as carteiras, apoiando a cabeça sobre as mãos fechadas. 
Essa orientação pode levar ao hábito indesejável de postura. Cano afirma que o 
hábito de postura, com apoio à face nos punhos durante os estudos, pode 
determinar mordida cruzada lateral. Poetsh enfatiza que o resultado de posturas 
inadequadas poderá ter variados tipos de maloclusão. O hábito de dormir 
apenas de um dos lados, apoiando a cabeça no travesseiro, pode ser mais 
consequente quando se coloca a mão embaixo. O peso da cabeça 
praticamente é recebido só pela maxila, pois a mandíbula, sendo móvel, faz o 
movimento de báscula, fugindo da ação de pressão da mão ou do travesseiro 
dobrado. Poderão ocorrer, assim, alterações na posição do segmento dentário 
posterior superior do lado da face que recebe a pressão excessiva. 
 
 
 exame clínico acurado e anamnese completa: perguntar 
aos pais, examinar as mãos, especialmente os dedos, 
procurando-se alterações na pele e até mesmo alguma 
modificação na forma do polegar, analisa-se a pele abaixo 
do lábio inferior, que pode mostrar alguma alteração por 
conta do umedecimento excessivo, observar se há marcas 
e impressões na língua para verificar se, além da posição 
indesejável, a sucção não é apenas lingual. 
 interpretação da radiografia panorâmica e cefalométrica. 
 exames dos modelos de gesso. 
 análise das fotografias (frontal e de perfil). 
 
Conduta 
 impedir, por meio de dispositivos mecânicos, que a criança 
succione o dedo/chupeta. 
 abordagem terapêutica: equipe multidisciplinar (ortodontista, 
fonoaudióloga, otorrino, psicólogo) 
 PLACA IMPEDIDORA RECORDATÓRIA: com uma grade para a 
criança não conseguir colocar o dedo e segurar a língua. 
Contudo, não é fisiológica, ou seja, a língua se adapta para 
uma região mais posterior, porém não corrige. Por isso, usa 
a placa reeducadora, a qual fica “solta“ na boca. 
 
FINALIDADE DOS IMPEDIDORES: 
 tornar impraticável/difícil a sucção de dedo/chupeta (com 
um disjuntor mesmo sem grade). 
 dificultar a interposição da língua. 
 pode ser aparelho removível ou fixo (pode fazer 
simultaneamente a expansão transversal do arco maxilar). 
 
 feita com fio 1.2 (grosso), sem grampos. 
 a ponta da língua se acomoda na papila incisiva, assim, 
quando a língua tocar na papila, irá deslocar a placa e o 
paciente reposicionará a língua para que a placa fique 
estável na boca. 
 é utilizada durante o dia e tem um efeito funcional, devido a 
placa ficar “solta/caindo“, e fazer com que o paciente treine 
o reposicionamento lingual. 
 
 durante a noite, o paciente usa a PLACA IMPEDIDORA, 
com grades, sem expansor, com grampos e alças 
adaptadas.  importante fazer um alívio no acrílico na 
região dos incisivos para que ocorra a movimentação dos 
dentes e consequentemente a correção dentoalveolar do 
segmento anterior. 
 
A abordagem terapêutica é individualizada para cada paciente e 
é feita por volta dos 5 anos de idade; nas proximidades da 
esfoliação dos incisivos decíduos e consequente erupção dos 
permanentes, o trabalho deve ser iniciado. 
 
 a criança adquiriu compreensão do tratamento e assim 
facilita o seu condicionamento. 
 grande probabilidade de auto correção morfológica. 
 quanto mais precoce, mais favorável é o prognóstico de 
tratamento (flexibilidade óssea x idade). 
 normalização do rebordo alveolar para permitir a irrupção 
correta dos dentes permanentes 
 eliminar o hábito antes da idade escolar quando o contato 
social se amplia e o hábito pode refletir no seu 
desenvolvimento emocional. 
 
Ortodontista X Psicólogo:
 esclarecimento aos pais 
 evitar o conflito existente entre os pais e a criança em 
função do hábito (utilizar uma forma lúdica para explicar a 
criança: doação da chupeta para Papai Noel). 
 o estímulo negativo apenas fortalece o hábito. 
 evitar observações condenatórias em relação a 
deformidade e maloclusão ocasionada pelo hábito. 
 participação ativa dos pais no tratamento (se os pais não 
participarem do tratamento, não haverá efetividade). 
 
 
Aparelhos intrabucais recordatórios 
 são impedidores passivos, isto é, sem atividade ou força de 
expansão. 
 são associados a um expansor. 
 podem ser fixos ou removíveis dependendo da idade do 
paciente 
 grade palatina: antes de remover a grade, entrar com a 
fonoaudiologia. 
 Berço de acrílico: impedidor que fecha a região deixando 
apenas uma porção na qual o paciente deve colocar a 
língua para fazer a reeducação. 
 
 
OBSERVAÇÕES: 
 deve-se retirar o acrílico dos incisivos, pois o alvéolo não irá 
crescer (descer) e o aparelho irá manter a mordida aberta. 
 paciente respirador bucal deve iniciar tratamento com 
otorrino antes, pois o aparelho impede o acesso para 
tratamento de adenoides e amígdalas 
 alinhadores (invisalign) são ótimos para fechamento de 
mordida; se o paciente usar os 2 alinhadores 
simultaneamente, irá promover a intrusão dos molares, 
logo, a intrusão na região posterior irá fechar a mordida na 
frente.  efeito adverso do alinhador é produzir mordida 
aberta posterior pelo uso das 2 placas simultaneamente. 
 
ARTIGO: OPÇÕES DE TRATAMENTO: 
 Extrabucal de tração alta: influência a posição esquelética e 
do molar superior, corrige overjet (esse aparelho aplica 
força contra o alvéolo, controla o crescimento vertical da 
maxila). 
 Extração dentária: overjet e overbite. Posterior bite block: é um bloco de mordida posterior em 
acrílico, é como se fossem 2 alinhadores; corrige a 
sobremordida (overbite). 
 Mentonera de tração vertical: faz um rotação do ângulo 
Goníaco. 
 
 
 pacientes respiradores bucais devem ser encaminhados 
para avaliação com otorrino (dependendo do volume das 
amgdalas e adenóide que podem deslocar a língua para 
uma posição mais anteriorizada) 
 pacientes com interposição lingual primária e com 
persistência de tônus muscular, hipotonicidade labial, devem 
ser encaminhados para a fonoaudióloga. (depois da 
correção)  melhorar o tônus muscular dos lábios e língua. 
 
Análise cefalomética 
Avaliar se o paciente tem mordida aberta anterior esquelética. 
Características: 
 Ramo ascendente curto, côndilo que cresce mais para 
posterior (face vertical). 
 Ângulo goníaco obtuso (aberto). 
 Abertura alveolar do segmento posterior. 
 Planos horizontais (palatino, mandibular e linha SN) 
divergentes para anterior. 
 Grande dimensão vertical da face inferior (aumentada). 
 
 
 
Tempo de uso das placas removíveis 
 14 a 18 horas por dia. 
 remoção apenas para alimentação, leitura escolar e 
higienização. 
 quando removido, guardar na sua caixa. 
 após a correção do desvio morfológico (mordida aberta), 
faz um encaminhamento ao fonoaudiólogo para 
contenção/estabilização, com aparelho funcional, 
posicionador ou esporões permanentes. 
 
Mioterapia 
 a língua constitui a principal causa de recidiva da correção 
da mordida aberta anterior. 
 deve ser trabalha a tonicidade da musculatura facial e fazer 
terapia reeducadora para reposiconamento da língua. 
 
 tratamento ortodôntico deve ser interceptor e preventivo 
 alteração do crescimento facial vertical (forças extrabucais 
na maxila). 
 controle do crescimento alveolar maxilar (força extrabucal 
nos molares). 
 estímulo do crescimento anterior mandibular (não são 
todos pacientes que respondem). 
 rotração mandibular para anterior  ajudar a fechar a 
mordida 
 fechamento da mordida aberta anterior dentoalveolar. 
 correção das inclinações dos incisivos. 
 expansão transversal gera mordida aberta 
 
 
 
 
JANSON, Guilherme; GARIB, Daniela G.; PINZAN, Arnaldo; et al. 
Introdução à Ortodontia. Grupo A, 2013. E-book. ISBN 
9788536701868. Capítulo 5 
 
Guedes-Pinto, Antonio C. Odontopediatria, 9ª edição. Disponível 
em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2016. Capitulo 41. 
 
MARCUS, Carole L. Sleep-disordered breathing in children. 
American journal of respiratory and critical care medicine, v. 164, 
n. 1, p. 16-30, 2001.

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