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2023.1 Tipos de ortodontia Preventiva • Evita que aparece más oclusões • Prevenção: ainda não há problemas, ou seja, oclusão normal • Realizada na dentição mista e decídua • Utiliza dispositivos simples – remoção de hábitos • Respiração bucal – encaminhar para o otorrino • Esclarecer sobre a importância do aleitamento materno Intercepitiva • Age no momento em que é diagnosticado o início de um problema, o que acontece geralmente na fase da primeira dentição ou na dentição mista. • Bloqueia e corrige, em fase de instalação a ação de um fator deletério • Realizada em fase de dentição mista ou permanente • Interrompe o desenvolvimento de más oclusões estabelecendo condições favoráveis para o desenvolvimento • Ex. chupar dedo, chupetas, respiradores bucais. • Mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior: • Tratamento: grade palatina • Aparelho expansor: utilizado quando há mordida cruzada entre os arcos ou se não houver espaço suficiente para os dentes permanentes crescerem. Corretora • É a opção indicada quando há a necessidade de corrigir problemas de oclusão e posicionamento na dentição. • Realizada no período de dentição permanente • Correções mais complexas, severas e muitas vezes mutilantes • Efeitos ortopédicos bastante limitados • Aparelhos ortodônticos fixo/ removíveis Dentadura x dentição • Dentadura: conjunto formado por todos os dentes (em pessoa ou animal) conjunto de dentes. • Dentição: conjunto de dentes que formam as duas arcadas (superior e inferior). Oclusão • É o encontro dos dentes superiores e inferiores, quando a mandíbula se aproxima da maxila, pela ação dos músculos mastigatórios. Oclusão na odontologia ✓ Estuda as relações da mordida entre a arcada dentária superior e inferior juntamente com todos os componentes do órgão mastigatório ✓ Objetivo: oclusão ideal O que é a má oclusão? • É qualquer desvio de um dente ou de um grupo de dentes de sua própria posição normal da linha de oclusão Classificação das más oclusões • A má oclusão pode ser dentaria, esquelética ou dentoesquelética Dentição decídua • Relação de oclusão entre caninos Classe I: quando a cúspide do canino superior de encaixa na ameia entre o canino e o primeiro molar inferior decíduo Classe II: quando o canino superior decíduo se desloca da ameia entre o canino inferior decíduo e o primeiro molar inferior decíduo para mesial Classe III: quando o canino superior decíduo se desloca da ameia entre o canino inferior • Relação distal dos segundos molares Vertical, reto ou nivelado: as faces distais dos dentes superiores e inferiores então niveladas e, portanto, situadas no mesmo plano vertical. A. Relação em plano reto (76%). B. Relação com degrau mesial (14%). C. Relação com degrau distal (10%). Degrau mesial: a face distal do molar inferior está mais mesial com relação ao superior. Degrau distal: a face distal do molar inferior está mais distal do que a superior. Guia para o estabelecimento da chave de molar: • Plano reto: provavelmente classe 1 • Plano mesial: provavelmente classe 1 • Plano distal: provavelmente classe 11 Tem relação direta com o crescimento maxilomandibular Sobressalência ou overjet • É uma medida linear realizada paralelamente ao plano oclusal para avaliar a distância (em milímetros) existente entre a face vestibular do incisivo central inferior e a borda incisal do incisivo central superior. Deve ter o 3mm. Sobremordida ou Overbite • Analise vertical • É a distância ao sentido vertical, entre as bordas incisais dos incisivos centrais inferiores e superiores. Está entre 0 a 3mm e seu valor normalmente diminui com a idade Oclusão ideal da dentadura decídua nas visões sagital, transversal e vertical • Chave de caninos decíduos (sagital) • Dentes decíduos verticalizados em suas bases ósseas • Transpasse vertical dos incisivos de 1/3 a ½ de coroa Classificação de Angle Classificação de dentes permanentes Relacionamento dentário Relação dentaria intra-arcadas Relacionamento dos dentes entre si na arcada dentária 6 chaves de oclusão ideal de Andrews • Chave 1 relações interarcos: As cúspides mesiovestibulares dos primeiros molares superiores permanentes (16 e 26) ocluam nos sulcos mesiovestibulares dos primeiros molares inferiores (36 e 46); • Chave 2: angulação das coroas − É o ângulo formado entre o EVCC (eixo vestibular da coroa clínica) e uma linha perpendicular ao plano oclusal. − Ira definir − Muito angulado e pouco angulado • Chave 3: inclinação das coroas − Inclinação vestibulo-lingual − É o ângulo formado entre uma linha perpendicular ao plano oclusal e uma tangente a superfície vestibular do dente − Ira definir: muito inclinada ou pouco inclinada • Chave 4: ausência de rotações − Os dentes não devem apresentar giroversões − Anterior = menos espaço − Posterior = mais espaço • Chave 5: contatos interproximais justos − Ausência de diastemas • Chave 6: curva de Spee − Curvatura anteroposterior determinada pela linha imaginaria que passa pelas cúspides dos posteriores e caninos inferiores − Maxila curva convexa e na mandíbula curva côncava − Ausente ou levemente côncava. curva côncava – tende a apinhar os dentes – pouco espaço Curva quase plana (espaços correto para os dentes) Curva convexa – tende a provocar diastemas • Relação dentaria inter-arcadas − relacionamento dos dentes de uma arcada dentaria com seus antagonistas − A oclusão é estabelecida quando os dentes maxilares e mandibulares se encontram. − A arca maxilar é maior que a mandibular em comprimento e em largura Cúspides cêntricas ou de suporte • Manutenção da distância entre a maxila e a mandíbula • São amplas e arredondadas • Possuem papel importante na mastigação Cúspides de balanceio ou guias • São pontiagudas e bem definida • Proporcionam estabilidade para mandíbula • Minimizam o impacto aos tecidos • Direcionam a mandíbula nos movimentos de lateralidade, fechamento e abertura • Controlam a mastigação Oclusão dentes posteriores Oclusão normal: ✓ Cúspide V dos inferiores oclui na fossa central dos superiores; ✓ Cúspides P dos superiores oclui na fossa central dos inferiores Mordida cruzada • Cúspide L dos inferiores oclui na fossa central dos superiores • Cúspide V dos superiores oclui na fossa central dos inferiores. Relação molar • Utiliza-se a classificação de Angle 1. Na classe I a cúspide MV do 1º molar inferior oclui na área de ameia entre o 2º pré-molar e o 1º molar inferior 2. Na classe II: cúspide MV do 1ª molar inferior oclui com a fossa central do 1º molar superior 3. Na classe III: a cúspide DV do 1º molar inferior oclui na área de ameia entre o 2º pré-molar e o 1º molar superior. Contatos oclusais dos dentes anteriores • Bordas incisais dos incisivos inferiores devem acomodar-se próximo a superfície palatina dos superiores • Incisivos superiores devem sobrepor em torno de 3 a 4 mm os inferiores Movimentos mandibulares • Movimentos protrusivos • Movimento de lateralidade Fatores que interferem no posicionamento dental Etiologia das más oclusões → Fatores genéticos → Fatores ambientais; → Hábitos deletérios Chupeta, sucção dos dedos, interposição lingual, deglutição atípica → Problemas respiratórios Respiraçãobucal, adenoides, sinusites, renites alérgicas → Perda precoce dos dentes Ausência de pontos de contato proximal; falta de contato oclusal Campos de atuação da ortodontia ✓ Má oclusão dentaria ✓ Displasia do crescimento do crânio facial ✓ Problemas sintomático – funcionais da neuro musculatura buco-maxilo-facial e atms ✓ Corrigir falta de espaço na arcada dentaria ✓ Abertura e fechamento de espaços para reabilitação protética Tratamento na dentição decídua • Crescimento crânio facial em desenvolvimento • Prevenção • Tratamento em fases Objetivo ✓ Prevenir ou minimizar as maloclusões e deformidades craniofaciais ✓ Harmonizar a largura das arcadas dentárias ✓ Corrigir hábitos nocivos de sucção- chupar bico ou dedo ✓ Reduz o risco de traumatismo nos dentes projetados para a frente ✓ Guiar dentes permanentes para posição mais favorável ✓ Reestabelecer a função mastigatória fonética, estética e de deglutição ✓ Melhora aparência e autoestima Tratamento da dentição permanente • Crescimento crânio facial finalizado • Tratamentos demorados, severos e algumas vezes mutilantes • Maiores possibilidades de recidivas Dentição decídua • Compreende desde o nascimento até o período imediatamente anterior à opção do primeiro dente permanente: • A dentição está completa, com a erupção e a oclusão dos quatro segundos molares decíduos mais ou menos entre os 24 e 30 meses de vida da criança; • Esse período de dentição decídua prolonga- se até os 6 anos, com a erupção dos primeiros molares permanentes, quando se tem o início da dentição mista • Espaço interdentais-Classificação de Baume (1950). Classificação de Baume • Este pesquisador sugeriu que a finalidade do espaçamento anterior era proporcionar uma compensação para o diâmetro mesiodistal dos dentes permanentes: • Quanto maior a quantidade de diastemas, melhor o prognóstico para o desenvolvimento de uma boa oclusão: • Possível haver em uma mesma criança com os dois tipos de arco (superior e inferior). • Descreveu dois tipos de arcos dentários Arco tipo 1: existem diastemas generalizados Arco tipo 11: nenhum espaçamento interdental apenas o espaço primata pode ser identificado Arco tipo I: • Espaços entre os dentes anteriores, de canino a canino decíduo; • Arco superior e arco inferior: • 0,5 mm cada um, somatória igual ou superior a 2,5mm. Arco tipo II: • Não apresenta espaçamento entre os dentes anteriores de um canino a canino: em ambos arcos Espaços primatas • São espaços encontrados na dentição decídua entre os dentes • Arco inferior entre caninos e primeiros molares decíduos • Arco superior entre caninos e incisivos laterais Dentição mista Fases da dentição mista: • Primeiro período transicional Nesta fase estão presentes os incisivos permanentes, primeiros molares permanentes e caninos e molares decíduos • Período intertransicional Nesta fase estão presentes os incisivos permanentes, primeiros molares permanentes e caninos e molares decíduos. O período intertransitório é caracterizado como um período de repouso na substituição dos dentes decíduos pelos permanentes. • Segundo período transicional Também conhecida como fase do patinho feio ocorre a irrupção dos caninos, pré-molares e segundos molares permanentes e vai até a irrupção dos segundos molares permanentes em linha de oclusão (contato com os dentes inferiores) com 12 anos de idade Espaço livre de Nance “Leeway Space” • A diferença que existe entre a somatória das distancias mesiodistais do canino, 1º e 2º molares decíduos com somatória a das distancias mésiodistais do canino, 1º e 2º pré-molares. Decídua, Mista e Permanente 1. Pós Natal 2. Pré Dental 3. Dentição Decídua 4. Dentição Mista 5. 1º Período Transicional Período Intertransicional 6. 2º Período Transicional 7. Dentição Permanente Período pré-dental Boca do recém nascido 4º mês VIU até 6º mês de vida P.N. Abaulamentos ou Roletes Gengivais: Ao nascimento, os processos alveolares estão recobertos por um espessamento da mucosa gengival firmemente aderida, denominada rodetes gengivais Logo se segmentam para indicar os locais de desenvolvimento dos dentes decíduos. O rodete gengival da arcada superior apresenta a forma de uma ferradura, posicionando-se mais para mesial e vestibular em relação à inferior. O rodete gengival da arcada inferior apresenta a forma de “U” Dentes Natais e dentes neonatais Biogênese da Dentição Decídua: Erupção dos Incisivos • 6meses a 1 ano. • Fechamento do "Espaço Mesial Anterior"; • Postura mais retraída da língua • Sobremordida profunda. • Movimentos mais precisos de abertura e fechamento Guia incisal decídua. Erupção dos 1° Molares Decíduos • 12 a 18 meses. • 1° Levante de mordida - Dimensão Vertical. • Sobremordida normal. Erupção dos caninos Decíduos • 18 a 24 meses • Guia canino-aprimoramento mastigação; • Ponta de cúspides dos caninos superiores posicionadas distalmente aos caninos inferiores; • Espaços primatas. Erupção dos 2 Molares Decíduos • 24 a 30 meses • Definição do Plano Oclusal (Plano Reto) • Estabilização da Dimensão Vertical Características normais da dentição decídua: ✓ Arcos dentários com 20 dentes, 10 na arcada superior e 10 na arcada inferior ✓ Arcos amplos de forma ovoide ✓ Arcada superior (maior) sobrepõe-se á inferior Características ✓ Inclinações Axiais e Plano de Oclusão Desenvolvimento da oclusão A imagem mostra a comparação da inclinação do longo eixo dos dentes permanentes (A) e dos decíduos (B) ✓ Dentes decíduos implantados verticalmente (M-D e V-L) ✓ Plano oclusal "RETO" ✓ Sem curva de Spee e de Wilson ✓ Paralelismo entre as raízes. ✓ Sobremordida ✓ Sobressaliência. ✓ Presença de espaços primatas Diastemas mesiais aos caninos superiores e distais aos caninos inferiores ✓ Presença de espaços generalizados − Arco tipo I e arco tipo II DE BAUME Oclusão normal na dentição mista Estágio de desenvolvimento dentário, no qual os dentes decíduos e permanentes estão presentes nos arcos dentários. • Início: erupção do 1º molar permanentes aos 5-6 anos • Término: perda último dente decíduo • Dentes sucessores • Dentes suplementares/adicionais A erupção envolve vários eventos simultaneamente A. Alongamento da raiz do permanente B. Rizólise do decíduo C. Movimento através do osso D. Crescimento vertical do processo alveolar E. Crescimento da borda inferior da mandíbula Etapas da dentição mista Primeiro período transicional: erupção dos primeiros Morales e incisivos Período intertransicional: período de repouso e tem poucas alterações intrabucais Segundo período transicional: erupção dos caninos e pré-molares Erupção dos primeiros molares • Ocorre aos 5-6 anos • Superfície Distal dos 2º • Molares dec. Inferiores - superiores • Formação das curvas de Spee e Wilson • 2° ganho de D.V. 1º Período Transacional Erupção dos incisivos inferiores • Centrais: 6-7 anos • Laterais: 7-8 anos em posicionamento mais lingual • 3-4 mm + largos • Apinhamento transitório Incisivos superiores irrompem logo após os inferiores: • Centrais: 7-8 anos • Laterais: 8-9 anos • Média 5-6 mm+ largos • Inclinação labial • Sobremordida; • Sobressaliência; Período Inter-Transacional • Repouso: poucas alterações intra-bucais • Fase estável • Extensa reabsorção de caninos, 1º e 2° molares decíduos. • Formação das raízes dos incisivos e 1º molares 2º Período Transacional • Erupção dos caninos e pré-molares INFERIORES • A sequência mais favorável é: 3-4-5-7 • É importante queo canino erupcionem primeiro Erupção dos caninos e pré-molares superiores • As sequencias mais favoráveis são: 4-5- 37 ou 4-3-5-7 • O canino deve seguir imediatamente a erupção dos 2º pré. • A erupção do 2º molar fora de sequência é tão grave quanto na mandíbula Erupção dos segundos molares • Ocorre em torno dos 12 anos superiores precedem inferiores • Caso erupcionem antes de caninos e PM poderá ocorrer falta de espaço • Formação da curva de Wilson − Forma-se com a erupção dos 1º Mp. Inferiores devidos a inclinação lingual destes dentes Fase do “patinho feio” − Caracterizada por Sobremordida e sobressalência exageradas; − Presença de vários diastemas − Inclinação labial dos incisivos − Incisivos com inclinação distal exagerada das coroas Como os incisivos conseguem se posicionar corretamente? − Alinhamento dos incisivos inferiores − Os incisivos conseguem espaço para um correto alinhamento através de: − Pequeno aumento da largura do arco − Espaços interdentais − Posicionamento mais labial dos incisivos permanentes − Espaços primatas − A situação é menos crítica que no arco inferior − Os incisivos superiores se posicionam mais labialmente − O perímetro do arco não apresenta tendencia a redução Espaço livre de Nance “Leeway Space” • Diferença entre a soma dos diâmetros mésiodistais dos caninos e molares decíduos e dos caninos permanentes e pré-molares • É o espaço para caninos e pré molares • Normalmente erupcionam sem grandes problemas quanto não há alteração na sequência da erupção • Superior: 0,9x2=1,8 mm • Inferior: 1,7x2=3,4 mm Hábitos bucais deletérios • As atividades da musculatura mastigatória podem ser divididas em dois tipos básicos: → Funcional: mastigar, falar e deglutir → Parafuncionais: apertar ou ranger os dentes, onicofagia, morder objetos etc Os hábitos bucais deletérios potencialmente causam- dores de maloclusões são a respiração bucal, a sucção de chupeta e dedo e o pressionamento lingual atípico. • Hábitos bucais são padrões de contração muscular aprendidos • Alguns servem como estimulo ao crescimento normal dos maxilares • Existem os hábitos deletérios que são fatores etiológicos de más oclusões • Os dentes ocupam uma posição de equilíbrio correspondente ao local onde forças opostas, provenientes da musculatura intrabucal (língua) e extrabucal (bochechas e lábios), neutralizar. Uma má oclusão é quebrada quando esse equilíbrio é quebrado • A má oclusão depende das variáveis: intensidade, duração, frequência e a sua interação com o padrão de crescimento do individuo • Os hábitos bucais representam uma situação emocional do indivíduo, surgem de necessidades psicológicas que podem ou não ter efeito na dentadura. • Moresca e Feres (1992) consideram como um reflexo ou estimulo aprendido que traz um certo prazer e/ou satisfação. A oclusão pode ser definida como a relação estática e funcional que os dentes mantêm entre si, com os maxilares, com a musculatura peribucal e com o esqueleto craniofacial como um todo Tipos de hábitos bucais: • Deglutição atípica • Habito de onicofagia • Hábitos de respiração bucal • Habito de sucção Deglutição atípica A fisiologia da deglutição normal em dividida em três fases: 1. Fase bucal – consciente e voluntaria 2. Fase faríngea – consciente e voluntaria 3. Fase esofágica – inconsciente e involuntária • É importante que haja o perfeito equilíbrio entre os músculos dos lábios, bochechas e língua. Deglutição adaptada • Na deglutição adaptada a “atípica” encontrada é consequência de algum outro problema existente, como exemplo respirador bucal, mordida aberta etc. Sinais: → Olhar cansado → Olheira profunda → Lábios ressecados e com musculatura alterada → Maloclusão dentária → Face alongada → Boca entreaberta. → Habito de postura Hábitos bucais deletérios 1.1 Causas da deglutição atípica Desequilíbrio do controle nervoso Tonsilas inflamadas Macroglossia Anquiloglossia Freio lingual anormal Perdas precoces dentais e diastemas anteriores Desnutrição Fatores simbióticos Hábitos alimentares inadequados na primeira infância. 1.2-Diagnóstico da deglutição atípica Observar: • Posicionamento atípico da língua • Ausência de contração do músculo masseter • Participação da musculatura perioral • Tamanho e tonicidade da língua • Baba noturna • Dificuldades na ingestão de alimentos. 1.3-Terapêutica da deglutição atípica • Métodos Funcionais (Fonoaudiólogo) • Métodos Psicológicos (Psicólogo) • Métodos Mecânicos (Ortodontista) • Métodos Mistos 1.4-Tipos de deglutição atípica a) Deglutição com pressão atípica de lábio (interposição labial) • Normalmente em repouso, os lábios não entram em contato. • Na ocasião da deglutição há uma forte contração do lábio inferior interpondo- se entre os Incisivos superior e inferior. • Lingualização e apinhamento dos Incisivos inferiores e vestibularização dos incisivos superiores. • Lábio superior hipotônico (aspecto de lábio curto). • Hipertonia do lábio Inferior e músculos do mento. • Aumento da sobressaliência e sobremordida. • Leva a um quadro característico de uma má oclusão... b) Deglutição com pressão atípica de língua: Ao deglutir os dentes não entram em contato. • A língua se aloja entre os incisivos, às vezes entre • pré-molares e molares. Nota-se contração dos lábios e das comissuras. que acarreta um estreitamento do arco à altura dos caninos. • Os músculos elevadores da mandíbula não mostram nenhuma contração. As deglutições com pressão atípica de lingua classificam-se em: Tipo I - Não causam deformidades − Estão os indivíduos portadores de deglutição atípica, cuja rigidez de estruturas de suporte não permitiram que houvesse desequilíbrios. − Pressionamento lingual primário pode advir da presença de amigdalas palatinas hipertróficas, de distúrbios neuromusculares inerentes a algumas síndromes, e da macroglossia − O pressionamento lingual atípico secundário. como o próprio nome sugere, ocorre em adaptação a uma mordida aberta criada pelo hábito de sucção. neste caso contribuindo apenas para manter ou agravar a alteração morfológica já existente Tipo II - compressão lingual anterior − A língua exerce pressão nos dentes anteriores por lingual ou entre eles. As deformidades são: − Mordida aberta anterior − Mordida aberta e vestibuloversão − Mordida aberta anterior, vestibuloversão e mordida cruzada posterior. Tipo III -Pressão lingual lateral − A língua exerce pressão na região lateral do arco em nível de pré-molares − As deformidades resultantes são: − Mordida aberta lateral − Mordida aberta lateral e mordida cruzada Tipo IV-Pressão lingual anterior e lateral As más oclusões resultantes são: − Mordida aberta anterior e lateral − Mordida aberta anterior e lateral com vestibuloversão − Mordida aberta anterior e lateral com vestibuloversão e mordida cruzada posterior. Hábito de Onicofagia • Geralmente é uma substituição à sucção do dedo ou chupeta. • Normalmente está associado à distúrbios emocionais. • Não causa problemas de oclusão. − Atresia maxilar com palato ogival e mordida cruzada posterior bilateral são sequelas da respiração bucal − Numa visão extrabucal o indivíduo apresenta "faces adenoideanas" − Apresentam frequentemente deglutição atípica e postura de língua e lábios incorreta. − A respiração bucal pode persistir como um hábito residual. Hábito de Respiração Bucal Causas: • Obstrução das vias aéreas superiores • Desvios do septo • Cornetos inflamados • Adenóides • Alergias etc Hábito de sucção • A sucção é umafunção vital • Caso persista (sucção prolongada) poderá provocar deformidades dento- alveolares • Normalmente o indivíduo tem necessidade psico-emocional deste ato. Obs: Não devemos confundir com a fase bucal do desenvolvimento da criança Podem ser considerados deletérios após os três ou quatro anos de idade. Moyers diz que o tipo de má oclusão depende de: → Posição e quantidade de dedos, posição da mandíbula durante a sucção, a morfologia esquelética facial, a duração da sucção etc. → Mordida aberta anterior é a má oclusão mais frequente. Etiologia • Entender a etiologia das más oclusões e os fatores etiológicos envolvidos é importante para definirmos o prognóstico em relação ao tratamento. • É o estudo, investigação e diagnostico das causas de um fenômeno. • Fundamental • Na maioria das vezes, há necessidade de eliminar as causas, para corrigir o problema. Classificação dos fatores etiológicos de acordo com Graber: Método fácil e didático: Fatores intrínsecos ou locais – aqueles que estão relacionados à formação do indivíduo (genéticos); Fatores extrínsecos ou gerais – aqueles gerados pelo meio ambiente (ex: hábitos de sucção deletérios). Fatores gerais • Hereditariedade • Moléstias ou deformidades congênitas • Meio ambiente (distúrbios no crescimento esquelético • Transtornos metabólicos predisponentes e enfermidades • Problemas nutricionais • Hábitos de pressão anormal • Postura • Traumas e acidentes Fatores locais • Anomalias de numero dos dentes • Anomalias de tamanho dos dentes • Anomalias de forma dos dentes • Perda precoce dos dentes decíduos • Retenção prolongada • Erupção tardia de dentes permanentes • Via de erupção anormal • Anquilose • Cárie dental • Restaurações dentarias inadequadas Freio anormal e barreiras mucosas Hereditariedade • Responsável por características dentofaciais especificas de cada individuo • Existência de um padrão de crescimento e desenvolvimento – intervenção A. Influência racial hereditária: (mistura de raças desenvolvimento dos maxilares B. Tipo facial hereditário (relação da forma da face com formato dos arcos) C. Influência hereditária no padrão do crescimento e desenvolvimento (herança familiar) Problemas dietéticos (deficiência nutricional) Ausência ou produção significativa de vitamina A C e D, interfere no processo de formação dental. Germes dentais em formação → restrições nutricionais → alterações morfológicas e celulares → distúrbios na amelogênese. Hábitos deletérios Ex. Sucção dos dedos e chupeta Problemas respiratórios ✓ Respiração bucal, adenoides, sinusites, renites alérgicas • Face Adenoideana → Nariz pequeno e boca sempre entreaberta. Etiologia das más oclusões → Olheiras, lábios ressecados Perda precoce dos dentes • Ausência de pontos de contato • Falta de contato oclusal • Colapso oclusal Postura • A postura inadequada é acompanhada pela posição anormal da cabeça o que pode refletir no crescimento anormal das bases ósseas. Fatores intrínsecos ou locais Diretamente relacionados a cavidade bucal e controlados pelos dentistas. Anomalias de número Dentes supernumerários • Dentição permanente • Maxila → Maior frequência → Mesiodens (mais comum) • Inclusos ou irrompidos • Normais ou atípicos Causas • Alterações durante a formação embriológica, • Dicotomia do germe dentário, • Hiperatividade da lâmina dentária, • Hereditariedade, • Doenças Congênitas Consequências: Impactação dentaria Erupção ectópica Formação de cistos Diastemas Apinhamentos Reabsorção de raízes Ausências dentarias (congênitas) • Maior frequência que supranumerários • Bilaterais normalmente • Oligodontia = faltam 6 ou + dentes • Anodontia = 0 dentes, parcial ou total • Hipodontia = falta 1 ou + dentes Incidência: • Terceiros molares superiores e inferiores; • Incisivos laterais superiores; • Segundo pré-molar inferior; • Incisivos inferiores e Segundos pré-molares superiores CAUSAS • Hereditariedade, • Doenças congénitas, Infecções locais agudas ou crónicas • Fissura palatina, • Alterações evolutivas da dentição CONSEQUÊNCIAS: Perda de espaço no arco, Diastemas, Extrusão do antagonista, Perda de pontos de contatos Retenção prolongada de dentes decíduos Anomalias de tamanho Macrodontia • Generalizada verdadeira extremamente rara-gigantismo pituitário. Generalizada relativa dentes normais em maxilares pequenos. • Localizada envolve um único dente. • Regiões de alta incidência: Incisivo central superior e Molares. Microdontia • Generalizada verdadeira → síndrome de Down → gigantismo pituitário → rara • Generalizada relativa → Tamanho normal e arcada pequena • Localizada: um dente CONSEQUÊNCIAS Macrodontia/ Microdontia • Modificações no comprimento do arco • Apinhamentos/ espaçamentos CONDUTA CLÍNICA ✓ Reestabelecer diâmetro MD dos dentes ✓ Tratamento ortodôntico corretivo Anomalias de forma • Estão relacionadas às anomalias de tamanho. • Etiologia: hereditariedade, doenças congênitas, traumas. Geminação • Tentativa de um germe dentário em dividir- se, resultando em um dente com coroa bífida, ou seja, apenas uma raiz e um canal radicular em comum. • Prejuízo estético Fusão • Dentes que durante a odontogênese tentaram se fusionar. • Prejuízo estético + perda de contatos Dilaceração • Angulação ou curvatura acentuada na raiz ou coroa de um dente formado; • Dificulta ou impede a movimentação (exodontia) Dens in dente • Invaginação profunda da superficie da coroa ou raiz antes da calcificação; • Desenvolvimento de caries; • Reabsorção interna; Cúspide em garra • Projeção lingual na área de cíngulo dos incisivos • Interferência oclusal • Cárie Dente conoides (mais comum) • Altamente prevalentes em incisivos laterais superiores 3º e molares • Afeta a estética • Erupção ectópica • Diastemas • Diminui o comprimento dos arcos Freio labial anormal • Freios labiais baixos são uma das principais causas de diastemas entre incisivos centrais. Mas como confirmar a causa? Freio labial hipertrófico Diagnóstico Clinico • Proximidade do freio à porção gengival interdental • Teste de isquemia Teste radiográfico • Area radiolúcida na área média da sutura maxilar Conduta • Correção espontânea do diastema (fisiológico) • Fechamento do diastema com placas removíveis ou segmentos de arco + elásticos • Frenectomia Perda precoce dos dentes • Causa: Traumas e cáries Perda precoce em molares decíduos Consequências • Impacção ou ectopia dos dentes permanentes, Redução do perímetro do arco • Migração mesial dos dentes posteriores e extrusão do antagonista Retenção prolongada dos dentes decíduos Quais as causas? • Falta de sincronia entre processo de Rizólise e risogênese; • Anquilose do dente decíduo; • Ausência do dente permanente sucessor • Doenças congênitas (ex. Disostose Cleidocraniana, sindrome de Down). Consequência: Desvio na erupção do permanente Erupção tardia dos dentes permanentes Quais as causas? • Supranumerários ou de fragmento de raiz do decíduo, • Fatores que bloqueiem ou dificultar a erupção do permanente, • Fibrose gengival, • Problemas endócrinos/ congênitos/ síndromes, • Traumas Via de erupção anormal • Padrão hereditário de Apinhamento; • Traumatismos nos dentes decíduos • Barreiras físicas; • Cistos • Interferências mecânicas. Qual a conduta clínica? • Manter a posição • Correção ortodôntica Anquilose • União entre o cemento e a lâmina dura • Ausência de ligamento periodontal• Mais frequente em dentes decíduos Causas • Processos inflamatórios • Enfermidades congénitas • Endocrinopatias • Traumas Sinais clínicos • Dente em infra oclusão • Som seco a percussão Sinais radiográficos • Ausência do espaço do LP • Falta de crescimento vertical alveolar Consequências • Retenção prolongada do decíduo, • Desvio de erupção do dente permanente • Redução do perímetro do arco, • Extrusão do antagonista • Falta de crescimento vertical alveolar Cárie • Perda total ou parcial da estrutura dentária Encurtamento do arco • Falta de espaço para o permanente • Impacções • Desvios de irrupção Consequências • Processos inflamatórios, • Inclinações anormais dos decíduos, • Redução do perímetro do arco, • Extrusão do antagonista, • Perda precoce do dente decíduo. Restaurações inadequadas Diminuição ou aumento do perímetro do arco Reestabelecer: • Diâmetro mésio-distal • Relações oclusais • Altura cérvico-oclusal • Perdas prematuras Quais as consequências? 1. Aumento ou diminuição do perímetro do arco, 2. Perda de pontos de contato, 3. Rotação, 4. Mordida cruzada, 5. Contato prematuro, 6. Apinhamento, 7. Extrusão ou intrusão de antagonistas. Outros fatores • Neoplasias e granulomas • Granuloma piogênico • Carcinoma de rebordo • Macroglossia • Tecido cicatricial por queimaduras Conclusão As maloclusões possuem uma ampla gama de causas gerais, sobre as quais nem sempre o CD pode atuar O conhecimento básico da etiologia das maloclusões fornece a base necessária para um bom diagnóstico, planejamento e prognóstico. Este conhecimento pode propiciar a intervenção no momento certo no sentido de prevenir, interceptar ou tratar uma maloclusão. Biomecânica em ortodontia Movimentação dentaria • A movimentação dentaria é algo tão simples que pode ser realizada até por uma criança Biomecânica do movimento ortodôntico • Ocorre devido a uma série de alterações metabólicas nos tecidos de suporte, quando submetidos a forças de variadas direções e sentidos Ponto de partida: Diagnostico → o que fazer? → como fazer? → princípios mecânicos → planejamento = biomecânica correta Vantagens: ✓ Tratamento rápido e indolor ✓ Menos danos aos tecidos de suporte ✓ Mais econômico ✓ Poucos efeitos colaterais “O Tratamento ortodôntico parte do princípio do movimento dentário que se uma pressão prolongada é aplicada em um dente ocorrera o seu deslocamento” Movimento dentário fisiológico São movimentos naturais das estruturas de suporte, quando ocorre aplicação de força de curta duração. 1. Durante a mastigação 2. Erupção dentaria 3. Migração para mesial 4. Migração pra oclusal Resposta periodontal e óssea a função normal Neste tipo de movimento, quando a força é aplicada sobre o elemento dentário, este desloca-se no interior do espaço alveolar, o que provoca o estiramento de algumas fibras periodontais e a compressão de outras. Simultaneamente, o fluido que preenche os espaços entre as fibras também é comprimido contra as paredes ósseas. Como sua drenagem para fora do alvéolo é lenta, o líquido exerce uma resistência hidráulica ao movimento dental. As fibras periodontais e o fluido intersticial agirão em conjunto, se contrapondo às cargas aplicadas sobre o dente, devolvendo-o a posição original Resposta óssea a aplicação de forças ortodônticas Resposta ortodôntica ideal • A movimentação ortodôntica somente é possível graças a propriedade plástica do osso alveolar • Deposita-se tecido ósseo nas áreas submetidas a tração e reabsorve-se tecido ósseo nas áreas onde há pressão. • O tratamento ortodôntico eficiente requer planos de tratamento precisos e planos mecânicos precisos O que ocorre nas primeiras frações de segundo após a colocação do aparelho ortodôntico? • A força tenta deslocar a raiz contra o alvéolo (mas é contida pela FP e pelo fluido intersticial) • A carga é transferida ao osso alveolar gerando assim o efeito piezoelétrico. Biomecânica em ortodontia Dos primeiros segundos até o 2º dia • A raiz se aproxima ainda mais de parede do alvéolo • O trânsito sanguíneo é dificultado tanto do lado de estiramento quanto do lado de pressão • Resultando em um processo inflamatório • Desencadeando osteoclastos no lado de pressão e osteoblastos no lado de estiramento • Clinicamente observa-se dor suave, porém não há movimentação. Após o 2º dia • Osteoblastos e osteoclastos iniciam a remodelação óssea • Aposição e reabsorção • Lentamente o alvéolo desloca-se com consequente movimentação ortodôntica • Interrupção do processo doloroso Principios Biológicos do Movimento Dental Existem dois elementos possíveis de controle do movimento dental ortodontico: ✓ eletricidade biológica ou piezoeletricidade ✓ pressão-tensão sobre o ligamento periodontal. Piezoeletricidade ou Eletricidade Biológica Representação diagramática da inclinação de um incisivo (a). Linha cheia mostrando o dente antes do movimento, e as linhas interrompidas após o movimento de inclinação. Note a distorção do alvéolo no lado de pressão (b) e no lado de tensão (c). Superfícies com flecha divergentes são de absorção, enquanto que as flechas convergentes mostram superfícies de depósito. Pressão – tensão • Baseia-se mais na química do que nos sinais elétricos como estímulo para diferenciação e consequente movimento dental. • Altera o fluxo sanguíneo no ligamento periodontal Área de hialinização Degeneração ou necrose estéril das fibras periodontais (não há presença de pus) As áreas hialinizadas atrasam o movimento dental, visto que um tecido conjuntivo saudável é necessário a movimentação dental. Absorção óssea direta Ocorre do lado de pressão e exclusivamente, é observada só em condições experimentais controladas Absorção a distância, minante ou solapante Formação óssea A formação óssea é o resultado da tensão exercida sobre as fibras periodontais. Fatores que interferem na resposta ortodôntica A – Magnitude da força Forças inócuas Forças leves Forças pesadas B – Ritmo de aplicação da força Forças contínuas Forças intermitentes C – Condições anatômicas Volume radicular Implantação óssea Idade do paciente Compleição óssea D – Condições metabólicas Fatores hormonais Fatores nutricionais Fatores vitamínicos Magnitude da força Forças Inócuas: esta tem tão pequena magnitude que são incapazes de causar movimentação ortodôntica Forças Leves: esta proporciona a "força ótima" sendo aquela que proporciona uma movimentação dental rápida, sem desconforto para o paciente e sem danos ósseo ou radicular, proporcionara a reabsorção das paredes alveolares ou reabsorção frontal de forma mais fisiológica possível Forças pesadas: a pressão é tão intensa do lado de compressão ligamentar que causa um lento ou nulo suprimento sanguíneo na região, causando áreas de necrose estéril, fenômeno conhecido como HIALINIZAÇÃO O que causa uma REABSORÇÃO MINANTE ou a distância, o que propicia ao dente depois de vários idas estagnado uma súbita movimentação. • Clinicamente forças pesadas são mais patológicas que as leves, podendo causar alguns distúrbios: 1. Dor 2. Mobilidade dental 3. Reações pulpares 4. Alterações radiculares 5. Alterações da crista óssea alveolar Forças leves Forças pesadas Tipo de reabsorção Frontal (ou na parede do alvéolo Minante ou a distancia Alterações teciduais Predo. Fisiológica Predominantemente patológica Tipo de movimento dental Continuo Aos saltos Reflexo nas suturas ósseas Pequeno Grande, podendo provocar movimento ortopédico Sensaçãodolorosa Presentes nos primeiros 2 ou 3 dias Grande (se as forças forem continuas e de longa duração) Ritmo de aplicação da força Forças Contínuas: Características dos aparelhos fixos, persistente e continuada, a intensidade tende a decrescer necessitando de manutenções Forças Intermitentes: Características de aparelhos removíveis, exemplo disso são os aparelhos extrabucais noturnos, onde o ortodontista pode aplicar forças leves ou pesadas sem lesões teciduais definitivas devido as muitas horas para regeneração do tecido. Condições anatômicas • Volume radicular, quanto maior o volume da raiz, maior deverá ser a magnitude da força aplicada • Implantação óssea; se deve ter maior cautela com dentes que apresentem perca óssea • Idade do paciente: quanto mais jovem o paciente, maior será a proliferação do LP, tendo uma resposta ortodôntica mais rápida • Compleição óssea: pacientes com cortical óssea mais volumosa e menor volume de osso medular tem uma maior dificuldade na movimentação e maior tendência a áreas de hialinização Condições metabólicas Fatores hormonais: hormônios produzidos pela tireóide, paratireóide, hormônio do crescimento, hormônios sexuais e até mesmo o ciclo menstrual podem influenciar na movimentação ortodontica Fatores nutricionais: falta de proteínas e carência de cálcio pode ocasionar danos a qualidade do tecido periodontal e ósseo Fatores vitamínicos: Vitamina A (Relacionada a atividade de osteoblastos e osteoclástos), C (Síntese do colágeno) e D (Absorção de cálcio) “O aparelho ortodôntico mais eficiente é aquele que aplica força ótima de maneira contínua, produzindo reabsorção óssea frontal e migração dental rápida e indolor” Princípios biomecânicos 1. Conceitos básicos 2. Tipos de movimento dental 1- Conceitos básicos A. Força Força é definida como a ação de um corpo sobre outro. "Ação de um dispositivo mecânico (fio, mola, elastico...) "A força pode empurrar ou puxar. "No sistema métrico, a unidade de força é um grama ou um grama por mm quadrado. *A força é classificada como uma grandeza vetorial, sua representação é definida graficamente por uma seta. Lei dos Paralelogramos • Determina a resultante de duas forças aplicadas sobre o mesmo ponto. A- Retração; B-elástico intermaxilar; C- retração resultante A lei dos paralelogramos é utilizada para enxergar o vetor resultante de duas forças elásticas aplicadas simultaneamente sobre um incisivo (força de retração + força de um elástico intermaxilar de classe II) B. CORPO A massa de qualquer corpo é a quantidade de matéria que ele contém. Centro de Massa é o ponto central da massa deste objeto, quando livre de qualquer influência, ex. corpo no espaço. Centro de Resistência é o ponto correspondente ao centro de massa, quando o corpo a ser movido, não está livre no espaço. Quando a força passar pelo centro corpo sofre uma translação pura. Centro de resistência Para um objeto livre no espaço, o centro de resistência é o mesmo que o centro de massa. Se o objeto é parcialmente fixo, como é o caso de uma estaca penetrando na terra ou uma raiz dentária implantada no osso, o seu centro de resistência será determinado pela natureza das pressões externas. O centro de resistência para o dente está aproximadamente no ponto médio da porção da raiz envolvida pelo osso. C. MOMENTO • Quando a força não passa pelo centro de resistência o corpo gera uma tendência de rotação do mesmo. • Quanto maior a força e a distancia do centro de resistência maior será o momento! Medida da tendência de girar um objeto em torno de algum ponto. Um momento é gerado por uma força agindo a uma distância. Uma forma de diminuir a magnitude do momento é aplicar a força o mais próximo do centro de resistência. Em ortodontia, é impraticável aplicar a força diretamente à raiz, mas um efeito semelhante poderia ser alcançado construindo-se um gancho rígido que se projetasse para cima da coroa. Então a força poderia ser aplicada a este gancho de maneira que sua linha de ação passasse perto ou através do centro de resistência. D. BINÁRIO Duas forças de igual magnitude e de direção opostas. O resultado da aplicação de duas forças dessa maneira é um momento puro, so desde que o efeito de translação das duas forças se anule Um binário irá produzir rotação pura, girando o objeto ao redor do seu centro de resistência, enquanto a combinação de uma força e um binário pode mudar o modo de girar um objeto enquanto ele está sendo movido. São duas forças paralelas (não coincidentes) de igual magnitude e sentidos opostos. E. FULCRO • Representa o centro de rotação do movimento dental. • - se traçarmos linhas correspondentes ao longo eixo do dente na situação original e na sua posição após movimentação, teremos um ponto onde estas linhas cruzara, este denominamos de fulcro. • Pode ser controlado pelo ortodontista. Tipos de movimento dental ortodôntico A-Inclinação Descontrolada, movimento realizado por ap. removíveis ou ap. fixos com fios redondos. O dente tem o fulcro próximo ao C.R (centro de resistência). Controlada, há movimento de todo dente com o ápice radicular imóvel. O fulcro coincide com o final da raiz B-Translação Movimento De corpo (Movimentação do dente sem alterar a direção do seu longo eixo, com a coroa e raiz deslocando-se na mesma direção e magnitude) Deslocamento em que o dente não sofre alteração no seu longo eixo O fulcro está no infinito C-Rotação São os movimentos do dente em torno de seu longo eixo, melhor visualizado por oclusal Como em outros tipos de movimento dentário, é favorável a aplicação de forças leves durante o tratamento. D- Extrusão Movimento dentário em direção oclusal. Movimento simples, uma vez que se processa em direção oposta a superfície oclusal Para Proffit movimentos extrusivos, não produziriam áreas de compressão no ligamento, somente tensão E- Intrusão Movimento em direção ao ápice dentário. É um dos movimentos mais difíceis de serem alcançados pelo ortodontista, pois o dente é impulsionado contra a superfície do osso alveolar