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Odontopediatria: Exame e Diagnóstico

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CADERNO
Odontopediatria
 
 
Atenção saúde bucal na infância 
 Manutenção 
 Recuperação 
 Acompanhar o crescimento e desenvolvimento. 
 
 
 Anamnese e exame clínico em odontopediatria: 
Obter maior número de informações sobre o estado de saúde 
da criança  estabelecer o diagnóstico e plano de tratamento 
 restabelecer o equilíbrio no processo saúde-doença e criar 
condições para a manutenção da saúde. 
 
Exame panorâmico 
 triagem 
 mais objetivo  queixa principal, pequeno questionário de 
saúde, breve exame clínico (com espátula de madeira), 
exame radiográfico (pontuais). 
 
Exame de urgência 
 “não se sabe se uma coleta detalhada e sistematizada de 
todas as informações tenha benefício quando comparada a 
uma mais simples e direcionada.” 
 mesma lógica do completo, mas mais abreviada: com 
rapidez, precisão e conhecimento. 
 exame focado na observação dos sinais e sintomas que 
levam ao diagnóstico preciso, ao tratamento adequado e 
imediato e à resolução da queixa principal. 
 
Atender as necessidades da urgência, e após isso fazer o exame 
clínico completo, anamnese completa, etc  direcionar as 
perguntas e etapas de forma lógica. 
 
 dados pessoais. 
 traumatismo 
 dor: espontânea, provocada  “quando tá brincado dói? 
Acorda com dor?” 
 saúde geral 
 medicamentos / alergias 
 comportamento (se já passou por atendimento 
odontológico; se sim, como foi?) 
 histórico de urgência do paciente 
 autorização 
 
Exame completo 
Anamnese: 
 método recordatório 
 dependente do relato do responsável, memória, 
interpretações particulares, modificações das respostas 
(principalmente na questão da higiene bucal). 
 coletar informações que podem interferir no prognóstico 
 linha de atenuação mais adequada 
 o paciente pode estar com saúde e mesmo assim precisar 
de plano de acompanhamento e supervisão em saúde 
(crescimento e desenvolvimento). 
 adaptação das orientações preventivas; diagnóstico precoce 
diante de situações de risco. 
 
CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO DO PACIENTE: 
 negativo x positivo 
 primeira consulta ao dentista 
 já passou por procedimentos anteriores 
 relação com outros profissionais da saúde 
 relação com os pais ou responsáveis. 
 
HISTÓRIA PRÉ-NATAL E MÉDICA: 
 estado geral de saúde 
 alterações sistêmicas: rinite  respirador bucal  má oclusão 
 medicamentos 
 
 quando o paciente informar que está fazendo antibioticoterapia, deve-se 
recomendar uma higienização mais frequente e com maior qualidade, uma vez 
que o ATB possui açúcar em sua composição. 
 
HISTÓRIA ODONTOLÓGICA 
 motivo da consulta 
 expectativa da família e da criança  tríade profissional, 
paciente, responsáveis 
 hábitos: higiene e dieta; deletérios a saúde bucal (chupar 
dedo, mamadeira etc). 
 
DIETA: 
 diário alimentar pode ser mais eficaz durante menos dias, 
como 2 ou 3  sempre um dia de semana e um dia de 
fim de semana. 
 circular os açúcares e orientar a fazer a ingestão durante 
menos vezes e antes das escovações  situação para a cárie, 
não para cuidado da saúde geral. 
 
Exame clínico extraoral: 
 desde a sala de espera 
 avaliar estatura, peso, postura, andar, comportamento, 
comunicação. 
 sinais de maus tratos/abusos: contusões, abrasões, 
negligência de cuidado (como sinais de higiene pessoal). 
 padrão de crescimento e deglutição, selamento labial, 
assimetria craniofacial 
 familiarização com o profissional. 
 
Exame clínico intraoral: 
 Tecidos moles: lábios, palato, assoalho, língua (presa?), 
orofaringe, amigdalas (hiperplásicas?). 
 Tecidos periodontais: cor, textura, abscessos, fístula. 
 EXAME CLÍNICO DENTÁRIO: ampliar o conceito de exame 
clínico; conhecer os parâmetros normais à idade. 
 
Exame, diagnóstico e plano de tratamento 
 
 
Avaliar: 
 número, forma, estrutura, cor. 
 sequência de erupção. 
 relação maxilo mandibulares 
 IPV, ISG 
 profilaxia: fio dental, escova de Robinson, taça de borracha. 
 avaliação de lesões de cárie 
 restaurações, erosões, desgastes, fraturas; 
 
 
Diagrama representativo da cronologia de erupção dos dentes decíduos e permanentes, 
respectivamente. Note: podem ocorrer pequenas variações dessa cronologia. 
 
 A análise da oclusão é muito importante na dentição decídua, 
pois devemos identificar a classificação do arco daquela criança 
(tipo I ou tipo II), se há presença de diastemas interdentais e 
espaço primata, chave de canino e qual a relação terminal do 
segundo molar decíduo. Essas características são importantes 
preditores de má oclusão na dentição permanente. 
 
 dente: limpo, seco, iluminado  superfícies tem que estar 
livres de biofilme porque a lesão estará associada a áreas 
de acumulo de biofilme. 
 espelho bucal, sonda ball-point (OMS)  rugosidade, 
textura, microcavidade (perda da estrutura). 
 
 sonda exploradora por muito tempo foi usada como método diagnostico e 
hoje em dia não é mais empregada, não aumenta sensibilidade da inspeção 
visual e ainda é possível de causar danos a superfícies já desmineralizadas. 
 
 não classifica atividade de lesão, apenas a presença, 
extensão e cavidade das lesões. 
 a importância de se detectar lesões independente do seu 
estágio de severidade, mostrando que lesões sem 
cavitação em esmalte são as mais comuns e estão a baixo 
de um nível de diagnostico não criterioso. 
 Inspeção visual: alta especificidade, baixa sensibilidade 
(algumas lesões passam despercebidas), subjetividade (no 
registro do diagnóstico). 
 
ICDAS é importante porque têm como objetivo classificar, 
atribuir scores a aparência visual da lesão de cárie e inferir sua 
severidade por meio da sua profundidade. Foi feito para 
uniformizar/universalizar o diagnóstico de cárie. 
 
PROTOCOLO: 
 Limpeza 
 Isolamento relativo 
 Inspeção visual úmida primeiramente, com película de saliva. 
 Secagem 
 Inspeção seca. 
 Se podemos ver uma desmineralização úmida é provável que essa 
desmineralização seja mais profunda do que a que somente podemos ver 
secas. 
 
 Eliminação de agua do interior do tecido desmineralizado aumenta a 
diferença do índice de refração da hidroxiapatita/ esmalte e da agua que é 
menor que a diferença entre os valores de refração da hidroxiapatita 
comparado com o do ar. 
 
 hígido, histologicamente não tem alteração de esmalte 
e dentina. 
 sulcos pigmentados que só podem ser vistos quando o 
sítio é seco: percebe que compromete até metade da 
espessura doe esmalte. 
 sulcos pigmentados que podem ser vistos com o 
dente úmido: compromete toda espessura do esmalte; é 
identificada mesmo com esmalte úmida e envolvem toda 
espessura de esmalte, ambas sem cavitação. 
 microcavidade em esmalte: são as lesões em esmalte 
com cavitação, não são muito comuns porque na clinica quando 
percebemos cavidade já envolve dentina. 
 sombreamento em dentina: lesões que podemos ou 
não ter cavidade em esmalte, mas não enxergamos 
diretamente o tecido dentinario comprometido, só sabemos que 
existe esse comprometimento porque percebemos 
sombreamento. 
 exposição de dentina menos da metade. 
 destruição coronária maior que a metade. 
 
 0 e 1 é sem cavidade, 1 só é vista após secagem (estão em metade externa 
de esmalte); 1, 2 e 3 são exclusivas de esmalte. 
 
 
 
Exames complementares 
EXAMES RADIOGRÁFICOS: 
 conclusivas em algumas situações 
 interpretação sempre em conjunto com exame clínico e 
anamnese. 
 Interproximais, periapicais, modificados, oclusais, laterais (ex: 
pós traumatismo), panorâmicos. 
 
EXAMES RADIOGRÁFICOS INTERPROXIMAL: 
 exame radiográfico mais importante e acessível 
 excelente auxiliar de diagnóstico em zonas desmineralizadas 
em áreas inacessíveis ao exame visual. 
 elástico separador: em caso de dúvida, entra com a sonda 
OMS de lado e verifica os aspectos. 
 auxiliar na superfície oclusal 
 
EXAMES LABORATORIAIS: 
 hemograma, biopsias, tempo de sangramaneto. 
 comunicação com o pediatra. 
 
 
“Arte ou ato de identificar uma doença a partir deseus sinais e 
sintomas...” 
 
“Reconhecer condições que representam desvio da condição 
esperada ou desejada”. 
 
Livre de cárie 
 sem manifestação da doença 
 indivíduo que nunca apresentou lesão de cárie na vida, que 
no momento do exame e em momentos anteriores não 
exibiu lesões, sejam ativa ou inativas 
 com ou de baixo ou alto risco. 
 
Com experiência de cárie 
COM ATIVIDADE: 
Apresenta lesões ativas no momento do diagnóstico, 
necessitando de intervenções pois são lesões ativas, mas não 
necessariamente intervenções invasivas. 
 
SEM ATIVIDADE: 
No momento do exame apresentaram apenas lesões ou apenas 
restaurações, por exemplo. Entretanto, no caso de lesões 
inativas, elas podem ou não precisar de intervenção invasiva. 
 
 Cuidar em casos de mancha opaca, só que está inativando devido a 
fluorterapia. 
 
 Quando uma restauração falhou, coloca-se no odontograma nas 
observações. 
 
 
 
 
 personalizado/individualizado. 
 estratégias que conduzam a uma intervenção clínica efetiva 
 acompanhamento do crescimento e desenvolvimento 
 visão ampla 
 analisar a etiologia dos problemas diagnosticados 
 
Práticas baseadas em evidências científicas + preferência do 
paciente (responsáveis) + experiência clínica do profissional 
 
Objetivos básicos 
 prevenção da cárie 
 prevenção de doença periodontal 
 prevenção de má oclusões 
 conscientização do paciente e responsáveis: cuidados 
domiciliares e periodicidade dos retornos para controle. 
Aspectos educativos: os pais devem ser informados do 
programa preventivo domiciliar e mudança de hábitos devem ser 
instaladas. 
 
 Sistêmica 
 Urgência  quadros infecciosos agudos; traumas 
 Preparatória 
 Restauradora/intervenção 
 Ortodôntica. 
 Manutenção 
 
 atualmente essas etapas e fases de misturam e variam, por exemplo, se um 
paciente não tem condicionamento não se começa tratando um molar, mesmo 
seguindo a lógica de que será o dente que ficará mais tempo em boca. 
 
Fases do tratamento 
 controle das alterações sistêmicas 
 falar com o médico da criança 
 pedir exames complementares 
 
ESTRATÉGIAS PARA CONTROLE DA DOENÇA: 
 educar a criança e a família sobre a importância da saúde 
bucal. 
 dividir as responsabilidades do tratamento com a criança e a 
família por meio do cuidado com a alimentação e a higiene 
bucal em casa 
 motivação e OHB  quase em todas as consultas. 
 
 
 
 
Esquema ilustrativo com orientações sobre higiene bucal, por meio da exemplificação da 
técnica de fones. A: movimentos circulares nos dentes anteriores, superiores e inferiores. 
B: movimentos de vaivém na superfície oclusal, nos dentes superiores e inferiores. C: 
movimento de varredura nos dentes posteriores, de baixo para cima nos dentes 
inferiores e de cima para baixo nos dentes superiores. D: movimento de varredura nos 
dentes anteriores, de dentro para fora. E: escovação da língua. Fonte: adaptada de 
Bönecker et al.26 
 
ADEQUAÇÃO DO MEIO DO MEIO BUCAL: 
 controle do biofilme e reestabelecer a saúde bucal 
(favorecer o equilíbrio). 
 exodontias, endodontia, remoção de tecido cariado e 
selamento de cavidades. 
 
 tratamentos não operatórios 
 condicionamento. 
 
 nessa fase “apagamos os incêndios”. São realizadas exodontias, fechamento 
de cavidades com materiais provisórios, acabamento e polimento de 
restaurações e fluorterapia, por exemplo. 
 
Primeiro a prioridade é o paciente estar bem, sem dor, depois 
ter educado bem e feita a motivação e por último a fase de 
intervenção. 
 
 devolver função e forma (estética) dos dentes. 
 fluorterapia exige quatro sessões, mas é feita de maneira 
concomitante com a fase de intervenção. 
 prevenir, interceptar ou corrigir maloclusões 
 
 nessa fase são realizados procedimentos como cirurgias, terapias pulpares, 
restaurações definitivas, colocação de aparelhos ou próteses removíveis ou 
fixos. 
 
Objetiva manter a saúde bucal do paciente com revisões 
periódicas. 
 
Paciente não recebe “alta”, ele normalmente se mantém “em 
manutenção”, um paciente de controle e acompanhamento, 
visto que a história passada de doença cárie é um importante 
preditor à novas lesões. 
 
 o retorno desses pacientes para acompanhamento é 
definido de acordo com a condição individual de cada 
criança  6-6, 3-3, 1 vez por ano. 
 o paciente apenas é liberado após, pelo menos, estar 
finalizada a erupção completa da dentição permanente. 
 registrar tudo de forma clara no prontuário do paciente 
para que se possa ter o registro de toda a previsão 
 
A ordem é racional e lógica, porém pode ser alterada conforme 
melhor adaptação profissional e do paciente. 
 
 
Odontopediatria: bases teóricas para uma prática clínica de 
excelência / Angela Scarparo (Org.) - 1. ed. - Barueri [SP] : 
Manole, 2021. Cap. 9 
 
Odontopediatria / Antonio Carlos Guedes-Pinto, Anna Carolina 
Volpi Mello-Moura. - [Reimpr.]. - 9. ed. - Rio de Janeiro : Santos, 
2017. Cap. 18 
 
 
 
 
 
 IRUPÇÃO: ato de romper a mucosa 
 ERUPÇÃO: movimento desde o momento da formação. 
 6-7 meses para erupcionar os primeiros dentes. 
 HIPOMINERALIZAÇÃO: falta de qualidade do esmalte, o dente 
fica mais frágil/poroso com proteção reduzida  fratura, 
lesões atípicas de cárie, muita sensibilidade. 
 HIPOPLASIA: falta de quantidade de esmalte; ângulo 
arredondado. 
 sequência é mais importante que cronologia 
 FATORES GENÉTICOS E HEREDITÁRIOS: são os responsáveis 
pelo potencial total de crescimento do indivíduo, entretanto 
a extensão com que o indivíduo atinge seu potencial de 
crescimento é majoritariamente regida pelos fatores 
ambientais. 
 FATORES AMBIENTAIS: potencial de desenvolvimento  
determina se acontece o padrão; ex: bico, amamentação. 
 
 
 2º mês de vida intrauterina 
 cérebro segunda semana de gestação 
 5 e 6 semana ocorre a comunicação da cavidade bucal 
primitiva (estomodeu) com o intestino cefálico do embrião. 
 
 
Diagrama de uma secção média através da cabeça de um embrião humano com 3,5 
semanas. A fossa oral está separada do intestino anterior por uma camada de epitélio 
duplo, a membrana bucofaríngea. O ectoderma oral que reveste a bolsa de Rathke 
forma a porção anterior da glândula pituitária.1 
 
 
Primeiro esboço da lâmina dentária primitiva e início da proliferação epitelial em 
profundidade. Cartilagem de Meckel. Início da diferenciação da mandíbula. LS: esboço da 
lâmina superior; LI: lábio inferior; LINF: esboço da lâmina inferior; MI: mandíbula em via de 
diferenciação; CM: cartilagem de Meckel. 
 
 7 e 8 semana: término do preparo para a divisão das 
cavidades bucal e nasal e a formação do palato primitivo  
alteração nesta etapa ocorre a fenda palatina 
 ao final da 8 semana: dez pequenas esferas (brotos) que 
representam o início da formação dos dentes decíduos. 
 os dentes permanentes que tem predecessor decíduo 
desenvolvem-se a partir de uma proliferação epitelial na 
face palatina ou lingual do germe decíduos  pode ter 
erupção ectópica. 
 os molares permanentes não possuem predecessores e se 
desenvolvem como botões a partir de extensões 
posteriores (distais) das lâminas dentárias.  o primeiro 
molar permanente se desenvolve aos 4 meses de vida 
intrauterina, e os segundos e terceiros molares, após o 
nascimento do indivíduo, entre 1 e 5 anos de idade. 
 
 
Etapas do desenvolvimento da lâmina dentária. 1: Lâmina vestibular. 2: Epitélio bucal. 3: 
Lâmina dentária. 4: Órgão do esmalte em fase de botão. 5: Extremidade livre da lâmina 
dentária. 6: Órgão do esmalte em fase de capuz. 7: Órgão do esmalte em fase de 
campânula. 8: Lâmina lateral. 9: Nicho do esmalte. 10: Lâmina dentária. 
 
Odontogênese 
Fase de botão 
 proliferação epitelial em forma de esfera 
 se tem mais botões que deveria  supranumerário 
 não tem diferenciação celular, só conformação diferente. 
 
Fase de capuz 
 epitélio interno, epitélio externo, retículo estrelado, papila 
dentária, folículo dentário. 
 
Fase de campânula 
 histodiferenciação: tecidosdiferenciados 
 morfodiferenciação: etapa em que o dente adquire formato 
característico de cada grupo de dente. 
 
 
 
 
 
 
Biogênese das dentições decíduas e mista 
 
 
Fase de coroa ou de campânula avençada 
 mais importante em âmbito de repercussões clínicas 
 Amelogênese e dentinogênese: ocorrem através da 
indução recíproca  depois da histodiferenciação o epitélio 
interno tem polarização do núcleo (inversão do núcleo) 
oque faz um sinal para as células pré odontoblasto se 
formaram em odontoblasto e secretam a primeira camada 
de dentina, oque estimula a diferenciado do pré ameloblasto 
que se diferencia em ameloblasto e produz a primeira 
camada de esmalte 
 fatores do período pré natal e perinatal poderão alterar o 
padrão de deposição de matriz de esmalte levando ao 
desenvolvimento de defeitos no desenvolvimento do 
esmalte (DDE) 
 pode ter alterações qualitativas (hipomineralização) e 
quantitativas (hipoplasia, abaulamento) 
 histodiferenciação e amelogênese dos 1 M é parecido com 
os decíduos, por isso padrões clínicos parecidos  ex: se 
o decíduo tiver hipomineralização, provavelmente o molar 
permanente também tem. 
 HMI: hipomineralização molar incisivo  quando é nós dois 
 
FATORES RELACIONADOS A HSMD (HIPOMINERALIZAÇÃO DO 
2ºMD) E DA HMI: 
 Fatores pré natais: medicamentos, doença durante a 
gestação, fumo. 
 Perinatais: tipo de parto, baixo peso ao nascer, complicação 
relacionada ao parto, prematuridade. 
 Pós natais: pneumonia, asma, febre, doenças na infância 
(única com associação direta, com HMI). 
 
Obs: a coroa de decíduos é formada toda na vida intrauterina. 
 
Fase de raiz 
 só depois que o bebê nasce, com a erupção dos dentes, e 
vai até o fim da apicogÊnese. 
 forma-se a partir do epitélio interno e externo do esmalte 
e proliferam-se no sentido apical. 
 durante essa fase teremos a conclusão da formação 
radicular (até ápice), a formação do cemento, ligamento 
periodontal e osso alveolar. 
 o desenvolvimento da raiz inicia depois que a formação do 
esmalte e da dentina atingiram a junção amelodentinaria. (se 
dá a partor da bainha epitelial de hertwig - forma raiz). 
 
 
Etapas progressivas de formação da coroa e da raiz. 1: Epitélio externo. 2: Epitélio interno. 
3: Bainha de Hertwig. 4: Esmalte. 5: Dentina. 6: Cavidade pulpar. 7: Restos epiteliais. 8: 
Cemento. 9: Câmara pulpar. 10: Parede cervical da câmara pulpar. 11 e 12: Raízes. 
 A compensação da relação dentes-ossos só ocorrerá 
durante o crescimento dos maxilares nos primeiros 6-8 meses 
após o nascimento - influência raciais, familiares e principalmente 
estímulos de amamentação (treina a respiração e a deglutição), 
respiração e deglutição. 
 
 À medida que a raiz é formada, o que é considerado um evento 
importante para o processo de erupção dentária, as células tornam-se mais 
afastadas, cessam sua atividade e se fragmentam, formando restos celulares 
denominados restos epiteliais de Malassez. Uma das funções atribuídas aos 
restos epiteliais de Malassez é impedir a união do cemento com o osso 
alveolar, uma vez que estes apresentam a mesma origem embrionária 
 
 
 
Lâmina dentária 
Botão 
Capuz (iniciação e 
proliferação) 
Menor número de dentes 
Número excessivo de dentes 
Geminação, fusão e concrescência 
Odontoma 
 
Campânula 
(histodiferenciação) 
Amelogênese imperfeita, tipo hipolásica 
Dentinogênese imperfeita 
Campânula avançada ou 
coroa 
Aposição: 
Hipoplasia de esmalte, Dentinoplastia, 
Pérolas de esmalte, Hipercementose 
Calcificação: 
Amelogênese imperfeita, Dentina interglobular 
Esclerose dentinária ou dentina esclerótica 
 
 
 ausência de dentes; 
 pouca quantidade de continente ósseo (que circunda os 
germes dos futuros dentes), permitindo a visualização de 
abaulamentos gengivais, referente aos dentes em 
formação. 
 
 
Diferentes possibilidades de relação dos rodetes gengivais após o nascimento. A. 14 dias. B. 
20 dias. C. 21 dias. 
 
 presença da linha/cordão friboso na margem dos rodetes 
gengivais para fazer vedação da cavidade bucal e 
deglutição (cordão de Robin e Magitot)  as vezes se 
tocam, resultando em abaulamento dental na região 
anterior (sínfise mentoniana aberta). 
 ao nascimento a mandíbula apresenta-se retraída em 
relação à mandíbula 
 cuidar para não pode ter a base do crânio lesionada 
durante o parto, uma vez que não se tem nem articulação 
para proteger. 
 apresenta a sínfise mentoniana aberta. 
 língua parece ser maior. 
 
 Facilita o contato com o lábio inferior, assumindo assim uma postura muito 
importante para a amamentação.23 No bebê, a postura da língua é 
anteriorizada, pois ela tem de se adaptar à cavidade bucal, que apresenta 
pequenas dimensões. Nessa posição, ela também facilita a passagem de ar pelo 
trato respiratório. 
 
 apresenta uma fossa articular côncava, porém muito rasa, 
eminência articular muito pequena e cabeça mandibular 
tosca e achatada. 
 a ATM e todos os seus componentes apresentam-se 
intensamente vascularizados, verificando-se uma formação 
óssea ativa na cabeça da mandíbula e na cavidade articular. 
 o crescimento e a maturação pós-natal dos 
componentes da ATM só se completam após a 2a década 
de vida do indivíduo. 
 
 Mesmo com essas características, a ATM permite qualquer tipo de 
movimento da mandíbula, já que esta se apresenta livre, sem interferência 
alguma. Verifica-se, também, um ligamento potente inserido no processo 
coronoide ao osso temporal, conferindo à mandíbula um movimento definido 
no sentido anteroposterior. Todavia, os movimentos em lateralidade não são 
executados intensamente. 
 
 Apesar de a função apresentar-se limitada à sucção, os músculos da 
mastigação funcionam intensamente. Durante a alimentação, a mandíbula é 
levada para a frente, tornando os músculos pterigóideos laterais extremamente 
ativos. Os movimentos em lateralidade são de pequena intensidade, fazendo 
com que as cabeças da mandíbula sigam as mesmas trajetórias quando em 
protrusão, possibilitando que todos os músculos sejam totalmente utilizados. 
 
 cabeça mostra um padrão de crescimento complexo, pois o crânio e a face 
crescem em velocidades diferentes. O terço superior da face, sob influência da 
base do crânio, move-se para cima e para a frente, enquanto o terço inferior 
da face move-se para baixo e para a frente. Esse padrão divergente permite o 
crescimento vertical por meio da erupção dentária e da proliferação do osso. 
 
O TAMANHO DOS ABAULAMENTOS GENGIVAIS PODE SER 
DETERMINADO PELO: 
 estágio de maturidade de criança ao nascer 
 tamanho ao nascer de acordo com o peso do nascimento 
 maiores costumam ter mais formação óssea, mostra 
menos os abaulamentos. 
 tamanho dos dentes decíduos em desenvolvimento (dentes 
maiores se expressam mais). 
 fatores puramente genéticos. 
 
 dentes natais estão presentes no nascimento. 
 dentes neonatais surgem na cavidade bucal até por volta 
do 30° dia. 
 avaliar o grau de mobilidade  não tem suporte 
periodontal adequado para manutenção 
 possibilidade de aspiração. 
 se são da série normal (se for, tenta manter) ou são 
extranumerários. 
 se perder um dente da série normal prejudica 
desenvolvimento da arcada e dos dentes permanentes. 
 
Quando rompe o abaulamento gengival é normal, problema é 
quando tem mobilidade maior. 
 
 dentes natais e neonatais dificultam a amamentação as 
vezes precisa desgastar esse dente, tornar mais plano para 
melhor conforto na amamentação. 
 irritabilidade é relacionado ao processo de erupção do 
dentes. 
 aumento de salivação, diarreia leve, febre não esta 
relacionado  pode ser ao período de erupção porque a 
criança esta mais suscetível, mas não porque está 
nascendo os dentes. 
 não é recomendado nenhum medicamento nesse período 
 
 
 sequência importa mais que a cronologia (tempo). 
 após um 1 ano e 2 meses deve ter maior repercussão, 
antes pode ter implicações nutricionais, anemias, impacto 
alimentar 
 Ici,ics, ils, ili, 1º mi, 1º ms, cs, 2º mi, 2º ms. 
 
Nessa fase inicial, a relação dos incisivos caracteriza-se por 
sobremordida e sobressaliência acentuadas. Não se deve 
considerar isso maloclusão, porque será corrigida quando da 
erupção dos primeiros molares decíduos, aumentando a 
dimensão e o deslocamento da mandíbula para anterior durante 
seu processo de crescimento e desenvolvimento. 
 
 o erupcionarem, os caninos deixam um espaço para mesial na 
arcada superior e distal na arcada inferior, denominados espaços 
primatas. Dessa forma, além dos tecidos moles como 
orientadores de erupção, o canino inferior apresenta a superfície 
distal do incisivo lateral como guia, enquanto o canino superior 
tem a superfície mesial do primeiro molar. 
 
 ao encontrarem os antagonistas inferiores, estabelecerão a 
primeira relação oclusão  nesse momento inicia-se a 
mudança da deglutição infantil para a madura (cola no 
palato) 
 quando os 1º molares decíduos irromperem se tem a 
primeira intercuspidação  primeiro senso de dimensão 
vertical. 
 entre 25-30 meses de idade, a dentição decídua esta 
completa totalizando 20 dentes decíduos. 
 
Fatores sistêmicos (mais comum distúrbios endócrinos e 
disfunção da glândula tireoide) e locais podem afastar a 
cronologia, principalmente nutrição baixo peso ao nascer, 
prematuridade. 
 
 relacionadas ao processo: irritabilidade (distração), sono 
agitado, falta de apetite. 
 
 relacionadas a período: aumento da salivação (por volta dos 
6 meses, maturação da glândula salivar produzindo mais 
saliva sendo está mais espessa também), diarreia leve 
(pelos processos de fase oral e introdução alimentar), febre 
(pela leve inflamação gengival pode ocorrer aumento de 
temperatura, mas febre pode ser uma infeção oportunista), 
erupções cutâneas (infecções, etc) 
 colar de âmbar (Ácido suxilico): não tem comprovação de 
resolução não tem indicação, só contraindicação 
 camomilina: não tem evidência científica ainda  não 
recomenda-se 
 nenhum tipo de medicação é indicada 
 
Para amenizar o desconforto da criança: mordedor de silicone, 
tirinhas de cenoura. 
 
 No que diz respeito à rizogênese dos dentes decíduos, esta se completa 
geralmente em 1 a 1,5 ano após a erupção do dente na cavidade bucal. Dessa 
forma, os incisivos terão raiz completa entre 1,5 e 2 anos, os primeiros molares 
ao 1,5 ano, os caninos aos 3 anos e, finalmente, os segundos molares aos 3,5 
anos. 
 
 
Características morfológicas 
 os dentes decíduos apresentam a coloração mais branca 
que os permanentes, em função da sua menor 
mineralização. (é formado mais rápido) 
 a dimensão mesio-distal dos dentes decíduos é 
proporcionalmente maior que dos dentes permanentes. 
 o esmalte do dente decíduo apresenta padrão irregular 
 teto da câmara pulpar de um dente permanente esta 
praticamente na mesma altura que o assoalho da câmara 
pulpar de um dente decíduo. 
 
CÂMARAS PULPARES: 
 proporcionalmente maiores nos dentes decíduos que nos 
permanentes. 
 implicação importante para algum preparo cavitário. 
 relação de profundidade da cavidade de cárie é diferente, 
cavidade profunda na permanente, já está dentro da polpa 
no decíduo. 
 
ASSOALHO DA CÂMARA PULPAR: 
 nos decíduos apresentam inúmeros canais acessório, 
aumentando a permeabilidade da mesma. 
 característica importante, em casos de necrose pulpar os 
dentes decíduos apresentam uma alteração endodôntica de 
furca. 
 câmara pulpar é a parte mais contaminada, nesse caso tem 
muitos canais que dão acesso a região de furca. 
 a lesão não vai para periápice porque tem atividade muito 
grande de células nessa região. 
 
Arcadas dentárias 
 forma de semi círculo 
 aumenta sensivelmente do nascimento até os 12 meses de 
idade 
 permanece constante até a irrupção do primeiro molar 
permanente 
 dentes implantam-se verticalmente em suas bases ósseas. 
Importante porque favorece a um ganho de perímetro de 
arcada na dentição permanente. 
 dentes decíduos posteriores (caninos e molares) 
apresentam dimensão mesio-distal maior que os seus 
sucessores permanentes.  ssa diferença é denominada 
Lee Way Space. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE BAUME 
 Arcos tipo I: com espaços generalizados entre todos os 
dentes. 
 Arco tipo II: sem espaços. 
 pode ter a arcada inferior com um tipo e a superior outro. 
 
 são espaços presentes no arco inferior à distal do canino e 
no arco superior à mesial do canino. Podem estar 
presentes em arco tipo I ou II. 
 pode ter de um lado e não ter no outro. 
 
Espaços auxiliam na compensação da discrepância entre o 
tamanho dos dentes permanentes anteriores e decíduos 
anteriores. 
 
 Todavia arcos tipo II poderão apresentar falta de espaço para 
os permanentes e do tipo I espaço suficiente para a 
acomodação suficiente. Não é uma relação direta, arco tipo I 
espaço e arco do tipo II apinhamento. 
 
 classificação conforme oclusão do plano terminal. 
 a parte distal da arcada que guia a erupção dos molares 
permanentes. 
 importante saber a característica do arco pelo plano 
terminal. 
 cada plano terminal prevê como vai ser a troca dos dentes 
e o desenvolvimento da dentição permanente. 
 Reto: relação topo a topo do superior e inferior. 
 Distal: degrau distal para mandíbula. 
 Mesial: degrau mesial. 
 
 CLASSE I: cúspide mesio vestibular do primeiro molar 
permanente superior ocluindo no sulco mesio vestibular do 
1M inferior. 
 CLASSE II: molar inferior ocluindo a distal do superior. 
 CLASSE III: molar inferior ocluindo a mesial do superior. 
 
 erupção dos incisivos. 
 primeiro ci, ili, cs, ils. 
 mineralização da sutura da sínfise 
 início da atividade dos músculos controladores do 
posicionamento mandibular. 
 
 erupção dos primeiros molares decíduos inferiores e 
superiores. 
 primeiro levante da mordida  aumenta dimensão vertical 
 
 diminuição do overbite 
 primeiro sentido de oclusão 
 primeira definição da ATM. 
 
 erupção dos caninos 
 início das guias de lateralidade. 
 
 erupção dos segundos molares inferiores e superiores. 
 estabilização da dimensão vertical. 
 diminuição do overbite. 
 
 inicia com a erupção dos primeiros molares permanentes; 
 esfoliação dos incisivos inferiores superiores e 
consequentemente erupção dos sucessores permanentes. 
 suave apinhamento na região antero-inferior pode ser 
esperado. 
 
 
 com degrau mesial: independentemente do tipo de arco (I 
ou II) os molares erupcionam em uma marcada neutro 
oclusão. 
 em topo e arco do tipo I: fechamento dos espaços 
existentes a mesial dos molares.  ocorre diminuição do 
arco de 1 a 2 mm. 
 os molares chegam a neutro oclusão. Diminui-se o 
perímetro da arcada.  isso é chamado 
 os ajustes oclusais estão intimamente ligados com fatores 
intrínsecos do indivíduo, onde a atrição e função teriam 
comparativamente importância menor. 
 em topo e arco tipo II: não há espaços para serem 
fechados. 
 os molares permanecem em topo a topo e há necessidade 
da utilização do LEE WAY SPACE. Ocorre a diminuição do 
comprimento da arcada. Esse processo é chamado 
 
 tamanho dos permanentes é menor do que dos decíduos. 
 entre a linha pontilhada e a reta 
 
O estabelecimento da chave de oclusão não poderá ser 
explicado puramente pelas substituições dentarias. Necessita que 
ocorra crescimento ósseo da base, crescimento odontogênico e 
crescimento neuromuscular. 
 
PARA ESSE AJUSTE DA RELAÇÃO MOLAR É NECESSÁRIO: 
 sequencia adequada de erupção 
 padrão normal de crescimento; 
 
FATORES FUNDAMENTAIS PARA A COMPENSAÇÃO DAS 
DISCREPÂNCIAS ENTRE O TAMANHO DO DECÍDUO E PERMANENTE 
 espaço livre de Nance 
 diastemas interincisais 
 espaço primata 
 inclinação vestibular dos incisivos permanentes. Porque os 
decíduos se implantem verticalmente, logo essa 
modificação de inclinação faz com que ganhe espaço. 
 
Substituição dos incisivos 
 ocorre ao mesmo tempo que o ajuste dos molares. 
 utiliza espaços pré existentes: espaçosdo arco tipo I e 
espaços primatas. 
 implantação vestibular do incisivo permanente proporciona 
aumento do perímetro da arcada. 
 não se deve alarmar com a quantidade de apinhamento 
nos estágios precoces de erupção dos incisivos 
permanentes. 
 a redução do tamanho, ou a extração deve ser protelada. 
 a não ser que tenha nítida modificação da linha media. 
 a discrepância hereditária verdadeira entre o tamanho dos 
dentes e o tamanho das bases ósseas caracteriza-se pela 
erupção ectópica dos incisivos laterais inferiores 
permanentes e esfoliação. 
 caninos descendo pressiona os laterais pela falta óssea os 
laterais aproximam as raízes do centrais, isso faz uma 
abertura em forma de leque. A medida que erupciona o 
canino tende a voltar a normalidade. 
 
Dentição mista tardia 
 substituição de caninos e molares decíduos por caninos 
permanentes e pre molares. 
 sequencia favorável de erupção da dentição permanente. 
 sequencia desfavorável: quando os 2M erupcionam antes 
do C SUP e 2PM inf. 
 os segundos molares superiores ocluem antes dos 
inferiores em 89,11% dos casos. 
 os primeiros molares superiores ocluem antes do inferiores 
em 56,5% dos casos. 
 
 
 
Odontopediatria: bases teóricas para uma prática clínica de 
excelência / Angela Scarparo (Org.) - 1. ed. - Barueri [SP] : 
Manole, 2021. Capítulos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8. 
 
Odontopediatria / Antonio Carlos Guedes-Pinto, Anna Carolina 
Volpi Mello-Moura. - [Reimpr.]. - 9. ed. - Rio de Janeiro : Santos, 
2017. Capítulos 23 e 24 
 
 
 
 
 
 em criança não podemos permitir qualquer tipo de dor  
anestesia controla a dor mas gera ansiedade 
 fobia de agulha afeta aproximadamente 16% da população. 
 medo da injeção é responsável por postergar o tratamento 
em crianças e aumentar incidência de carie. 
 experiências anteriores levam a medo e choro  
mportante saber para já se preparar. 
 
Não sentir dor e estabelecer relação de confiança é fundamental. 
 
Situações anatofisiológicas 
 menor densidade óssea: osso é muito poroso e com pouco 
anestésico consigo ter controle da dor efetivo. 
 menor peso: necessidade de se adequar a menor dosagem 
possível para se obter a analgesia satisfatória. 
 
 
Perda temporária de sensibilidade dolorosa, em uma região 
especifico, gerada por agente tópico ou injetável que não tem o 
poder de depressão do SNC, ou seja, não altera o nível de 
consciência. A reversibilidade é a principal característica que 
difere dos agentes neurolíticos como fenol e álcool. 
 
 
 geralmente é um grupamento aromático. 
 necessário para que molécula passe a membrana da célula 
nervosa. 
 
 une as duas extremidades 
 tem um éster ou amida 
 confere a classificação do anestésico 
 
 
 
 amina; interage com estruturas celulares 
 pode ser em forma de base livre ou de forma ionizada 
 
BASE LIVRE: QUANTIDADE LIVRE DE HIDROGÊNIO 
 faz com que o anestésico penetre o axônio; faz o PA do 
anestésico  anestésico tem maior lipossolubilidade. 
 Recebe influencia do pH. 
 
IONIZADA: LIGADA AO HIDROGÊNIO 
 possibilita a difusão tecidual pois .é carregada de íons de H. 
 ativada no receptor. 
 menor lipossolubilidade.  não consegue entrara na bainha 
do axônio 
 inflamação ou infecções: maior quantidade de hidrogênio 
ligada é quando temos inflamação pela liberação de ácido 
lático. 
 para o anestésico penetrar no local de ação tem que ter 
maior quantidade de base livre. 
 
ÉSTER: 
 maior potencial alergênico. 
 são rapidamente hidrolisadas por enzimas plasmáticas 
facilmente encontradas nos tecidos (esterases).  por isso 
formam soluções menos estáveis. 
 metabolizado no plasma faz com que tenha menor 
potencial de ação. 
 tem hidrolise já onde eu coloco, no plasma, não vai ter 
biotransformação no fígado  tem maior toxicidade e 
maior instabilidade. 
 Procaína: por apresentar pequena capacidade de 
penetração tecidual, tem sido substituída por anestésicos 
do tipo amida. 
 Tetracaína: vem sendo mais utilizada na anestesia 
raquidiana; maior durabilidade e toxicidade. 
 Benzocaina, tetracaína, procaína. 
 
AMIDA: 
 biotransformação hepática. 
 menos toxicidade. 
 maior estabilidade e raramente causam reação alérgica. 
 Lidocaína, mepivacaina, articaina, prilocaina e bupivacaina. 
 
 curta duração: dura em média 30 min e não tem 
vasoconstritor. 
 duração intermediária: duram entre 30-60 min. 
 alta duração: duração a cima de 120 min. Só usa em casos 
extremos de cirurgia, pode levar a criança a gerar dano no 
lábio por não sentir. Não são indicados para paciente com 
comprometimento sistêmico ou neurológica. 
 
Sal anestésico (lidocaína/mepi/bupi) + agua destilada + 
vasoconstritor + conservante do vasoconstritor (bissulfito de 
sódio = alergias) + preservante (metilparabeno) + cloreto de 
sódio (torna solução isotônica). 
 
 AL embora seja um sal na verdade é uma base orgânica 
fraca pobremente solúvel em água e quando colocada no 
organismo tem a tendência a se solubilizar. Os fabricantes então 
começaram a preparar essa solução com sais ácidos 
(hidrocloreto). 
 
Anestesia em odontopediatria 
 
 
 pH é levemente ácido por ter o ácido clorídrico, isso aumenta 
a estabilidade, pois quando injetamos anestésico nos tecidos com 
pH mais alcalino vai ocorrer tamponamento do ácido e libera a 
base livre (não ionizada), nessa forma de base livre o anestésico 
consegue ser absorvido pela bainha do axônio. 
 
 existem situações que não favorecem essa condição de base 
livre, na infecção ou inflamação pela liberação do ácido lático. 
Nesses meios o anestésico, que já é ácido, fica ainda mais ácido 
e de carga positiva, com mais hidrogênio.  isso diminui 
capacidade de atravessar membranas celulares. 
 
No meio de inflamação não tem como tamponar, vai ter muita 
forma ionizada e não tem potencial de ação. Assim, ao invés de 
formar base livre, vai formar muito mais forma ionizada e o 
fármaco não atravessa a bainha do axônio.  nessas situações 
muda o local de punção. 
 
A velocidade de bloqueio é dependente da anatomia da fibra. As primeiras 
fibras a serem bloqueadas são as fibras C (finas e não mielinizadas) e Adelta 
(finas e mielinizadas), responsáveis principalmente pelos estímulos de dor e 
temperatura. Depois, há o bloqueio das fibras Abeta e Aalfa, que são mais 
grossas e mielinizadas e responsáveis pelas sensações de tato, pressão e 
propriocepção. Assim, a ordem crescente de bloqueio é sequenciada, 
ocorrendo a perda da sensação de dor, calor, tato, pressão profunda e por fim, 
a motora. A volta da sensibilidade segue a sequência inversa. 
 
 
 
 AL penetra a camada fosfolipidea pela base livre 
 chega na porção interna do axônio e sofre alteração de 
pH, volta a ficar ionizado e se liga nos canais de sódio 
intramembrana 
 anestésico se une basicamente no canal de sódio e inibe de 
forma reversível a condução do impulso nervoso  
bloqueia o influxo de íons transmembrana impedindo 
despolarização e mudança do potencial nervoso. 
 
 
A forma molecular (B), que é neutra, penetra a camada fosfolipídica. Parte dessas 
moléculas se ligam a um próton, para manter o equilíbrio entre as formas. Nesse caso, a 
forma protonada, ou seja, carregada (BH+), é que tem a capacidade de bloquear os canais 
de sódio. 
 
 distância: quanto mais distancia, mais lento efeito e menor 
efeito pela diluição da droga no meio. 
 uso – dependência: as injeções de grande quantidade em 
um mesmo local determinam menor ação, diminui 
capacidade de tamponamento, não forma base livre, não 
penetra no axônio. 
 os anestésico causam vasodilatação, tem difusão do 
anestésico além do local desejado, se difunde, tem menor 
tempo de ação, maior toxicidade e menor ação do 
anestésico. 
 
VASOCONSTRITOR: 
 - absorção sistêmica; - potencial citotóxico. 
 + tempo de ação; + hemostasia local. 
 
 
 Analisar as características farmacológicas da droga e as 
condições clínicas  idade, problemas cardíacos, problema 
sistêmico. 
 
 é o anestésicode escolha em crianças 
 bastante tempo no mercado, é seguro e tem baixa 
toxicidade. 
 apresenta capacidade de penetração e efetividade clínica 
semelhantes às demais. 
 rápido início de ação, anestesia profunda e de longa 
duração 
 
 semelhante à prilocaína, apresentando reabsorção mais 
lenta, portanto, quando utilizada a forma sem vasoconstritor, 
seu efeito sobre a polpa será de 20 min (nas anestesias 
infiltrativas) e 40 min (nos bloqueios regionais)  efeito de 
duração menor em tecido pulpar. 
 menor vasodilatação, assim tem maior ação e não precisa 
do vasoconstritor 
 usa para procedimentos curtos. 
 só usa com vasoconstritor em odontopediatria. 
 pelo fato de não sofrer metabolização tão rápida como a 
prilocaína, caso apareçam reações tóxicas, estas serão de 
maior duração. 
 
 não utiliza em crianças  deixa muito tempo anestesiado 
 
 associada a felipressina (octapressin) 
 não adrenérgico, não interfere na glicemia  problema: 
metahemoglobinemia (carrega Fe ao invés de O) 
 reabsorvida mais lentamente que a lidocaína, sendo, 
portanto, menos dependente da adição de vasoconstritores. 
 o seu efeito é igual ou até mesmo superior ao da lidocaína: 
é rapidamente degradada pelo fígado, de forma que, caso 
surjam sintomas de intoxicação, estes serão de curta 
duração. 
 
 combinação de éster/amida  amida mas apresenta cadeia 
tipo éster. 
 rápido início de efeito e duração de ação intermediaria de 
mais ou menos 1 hora. 
 
 produz anestesia mais profunda de mais duração. 
 em altas doses também pode causar metahemoglobinemia 
e parestesia. 
 
 
 
 
 usa sempre em odontopediatria na concentração de 
1:100.000. 
 não adrenérgico: feipressina (octapressin); atuam também 
em beta 1 e beta 2 e além da vasoconstrição periférica 
também causam aumento do batimento cardíaco. 
 adrenérgicos: adrenalina (epinefrina) ou noradrenalina 
(norepinefrina)  + PA, + vasoconstrição periférica 
 Epinefrina é um hormônio natural, atua nos preceptores 
alfa, broncodilatação por atuar em beta do coração e 
aumenta a frequência cardíaca.  mas não muda muito a 
pressão, há um equilíbrio. 
 Noraepinefrina tem pequena atividade no beta 2 e tem 
uma maior elevação da pressão arterial. 
 
 Primeira escolha: lidocaína 2% + epinefrina 1:100000. 
Mepivacaina 2% + epinefrina 1:100000. 
Articaina 4% + epinefrina 1:100000.  preferencialmente em 
crianças maiores de 4 anos. 
 
Não usar: concentrações com vasoconstritor 1:50000. Bupivacaina 
e prolocaina. 
 
 solução injetada lentamente e quanto mais vascularizada 
área mais rápida absorção aumentando o efeito citotóxico. 
 quantidade de anestésico em mg no tubete está escrito na 
bula. 
 
 Exemplo: lidocaína tem 36 mg no tubete. Dose máxima é 4,4 
mg/kg. Criança com 10 kg posso dar 44 mg. 44mg é 1 tubete. 
 
Lidocaína 2% c/ vaso 1 tubete a cada 5Kg 
Lidocaína 2% s/ vaso 1 tubete a cada 8Kg 
Prilocaína 3% c/ vaso 1 tubete a cada 7Kg 
Prilocaína 2% s/ vaso 1 tubete a cada 4,5Kg 
Mepivacaína c/ vaso 1 tubete a cada 5Kg 
 
 pacientes com angina pectóris instável 
 infarto do miocárdio recente (até 6 meses) 
 acidente vascular cerebral recente 
 cirurgia de revascularização miocárdica recente 
 arritmias refratárias 
 insuficiência cardíaca congestiva intratável ou não 
controlada 
 hipertireoidismo não controlado 
 diabetes mellitus não controlado 
 feocromocitoma 
 hipersensibilidade a sulfitos 
 
 
 agulhas curtas (21mm): maioria dos procedimentos. 
 agulhas extracurtas (12mm): somente em algumas 
infiltrações em bebês. 
 agulhas longas: anestesia pterigomandibular em crianças 
maiores. 
 
 Alergias a medicamentos. 
 A criança já foi anestesiada? 
 Qual técnica? Que reações teve? 
 Infecções ou complicações. 
 
 proteger fisicamente a criança durante a anestesia. 
 procura manter a criança relaxada no momento da 
anestesia, não demonstrar insegurança. 
 usa abridores bucais na maioria dos casos, para não ter 
mordida na seringa.  abridor bucal sempre com fio dental 
para evitar engolir. 
 estabilização protetora. 
 
 Maxila: levemente deitado; 150º. 
 Mandíbula: 180º 
 
 sempre explicar o que vai fazer 
 se tiver indo muito rápido levanta a mão.  se ele levanta 
a mão só para de injetar, não tira a agulha. 
 não mentir, mas evitar de mostrar agulha. 
 “Não vai doer nada”: essa explicação, por si só, levanta a 
hipótese de dor, podendo assustar o paciente, além de não 
ser absolutamente verdadeira, pois cada um tem uma 
percepção diferente da anestesia 
 “É só uma picadinha” e “Se doer, aperte a mão da 
mamãe”: são recursos indutores de tensões, além de 
despertar o fator dor, mais do que preveni-los. 
 explicar para a criança a sensação da anestesia  
formigamento, adormecimento, mostra no espelho que o 
dente tá igual do outro lado. 
 perguntar que lado está mais formigando, pressiona pra ver 
se tá doendo. 
 falar com a criança durante a anestesia. 
 aquecer o tubete. 
 
 EMLA (2,5% lidocaína e 2,5 prilocaina): ação maior. 
 secar a mucosa 
 cotonete ou algodão para aplicar. 
 tempo: 2 minutos. 
 
 é onde tem maior potencial de ação. 
 tem ação psicológica que devem ser visto como vantagem. 
 de preferência pomada ou pasta, não usa spray para o 
paciente não engolir e anestesiar glote e gerar desconforto. 
 
EMLA: 
 apresentou menores níveis reportados de dor previa a 
injeção, bem como melhor aceitação do paciente quando 
comparado a benzocaina. 
 é um anestésico dermatológico; o grande problema dele é 
o preço e tem que agir por 5 minutos. 
 
Depósito no local definido e objetiva atingir um ramo nervoso. 
Usa para todos superiores (exceto molares) e anteriores 
inferiores. 
 
 ponto de apoio. 
 coloca agulha o mais próximo da região que quero 
anestesia, no fundo do vestíbulo. 
 levar mucosa de encontro a agulha. 
 suavemente vai injetando até agulha chegar no fundo de 
sulco. 
 aspiração prévia: injeto, solta o dedo da seringa e o embolo 
joga ela para trás, vê se volta com sangue ou não.  isso 
tem que fazer diversas vezes durante a anestesia e nunca 
penetrar toda a agulha de uma vez 
 testar a área. 
 
 
 
 1º m: anestesia infiltrativa fundo de sulco na região apical 
(pouca espessura óssea vestibular). 
 2° m: anestesia infiltrativa (mais paralela) no fundo de sulco 
complementada pelo bloqueio no N. alveolar superior 
posterior (região de tuberosidade maxilar; mais 
perpendicular). 
 
 indicações: colocação de grampos, exodontias de decíduos, 
incisão intrasulcular. 
 localização/técnica: a partir da região papilar vestibular já 
anestesiada para a palatina, injetando lentamente a solução 
anestésica até observar isquemia tecidual. 
 agulha perpendicular ao longo eixo do dente. 
 
 
Na anestesia interproximal, após infiltrar por vestibular, o operador introduz a 
agulha na papila vestibular, paralelamente ao plano oclusal, e caminha de uma 
região previamente anestesiada, em direção à papila palatal. 
 procedimentos em permanentes superiores. 
 procedimentos nos decíduos e permanentes inferiores 
posteriores tanto por V como L. 
 intervenção na mucosa de mandíbula e lábio inferior. 
 
 a punção é no fundo de sulco acima e a distal da raiz D do 
1º M.. 
 Introduzir agulha para cima, trás e medial atingindo apical 
dos dentes. 
 realizar anestesia complementar no fundo de sulco no 
ápice da raiz mesio-vestibular no 1º M.. 
 paciente com a boca parcialmente fechada. 
 
INDICAÇÕES: 
 intervenção em dentes inferiores  agulhas curtas (em 
criança pequena, adolescente usa a longa). 
 intervenção em tecido ósseo e mucoso na mandíbula e do 
lábio inferior. 
 
ESTRUTURAS ANATÔMICAS: 
 Prega pterigomandibular/prega molar: faixa de músculo que 
une o ultimo molar superior ao último molar inferior; atrás 
dessa linha está o musculo pterigoideo medial que deve ser 
evitado durante a anestesia. 
 Linha obliqua externa: borda anterior do ramo ascendente, 
está situada para forada prega molar, quando colocamos a 
ponta do dedo na face interna do ramo, sentimos 
depressão que é a fossa retromolar que o limite externo é 
a linha obliqua externa.  muitas vezes em crianças é 
confundida com a face interna do ramo. 
 o ramo ascendente da mandíbula da criança é mais curto 
em relação ao ramo horizontal do que no adulto. 
 diâmetro anteroposterior do ramo é menor na criança 
 
 
O ramo ascendente da mandíbula da criança é mais curto em relação ao ramo 
horizontal. 
 
 quanto mais jovem a criança, mais aberto é o ângulo 
goníaco. 
 a linha oblíqua interna raramente está presente. 
 
ESPINHA DE SPIX OU LÍNGULA: 
 na criança bem jovem, pode estar situada abaixo do plano 
oclusal dos molares decíduos e a uma distância da mucosa, 
que corresponde, aproximadamente, à metade da do 
adulto, no sentido anteroposterior. 
 com a idade, a espinha de Spix ou língula recua e sobe. 
 
 
Em média, segundo Mugnier, as alterações clínicas são: 
 6 a 10 anos de idade: a espinha de Spix situa-se 
aproximadamente no nível do plano oclusal do primeiro 
molar permanente e 10 mm atrás do plano anterior do 
trígono retromolar 
 de 10 a 16 anos de idade: 5 mm acima do plano oclusal e 12 
mm atrás do plano anterior do trígono 
 acima de 16 anos de idade: as relações são 
progressivamente iguais às do adulto, ou seja, 10 mm acima 
do plano oclusal e 14 mm posterior ao trígono retromolar. 
 
 
 
Apesar de o autor não se referir às crianças com menos de 6 anos de idade, 
a agulha deve penetrar ligeiramente inclinada para baixo, em razão da 
localização da espinha de Spix, nessa idade. 
 
Tendo-se em conta essas considerações anatômicas, pode-se 
visualizar que a anestesia pterigomandibular na criança deverá 
ser realizada em uma posição ligeiramente mais baixa e mais 
posteriorizada do que no adulto. 
 Em uma única punção anestesia o NAI, N. lingual e N. bucal. 
 
 palpar a linha obliqua externa com indicador 
 localiza a depressão (fossa retromolar), mantem a ponta do 
dedo na depressão, vira o dedo de modo que a unha fique 
voltada para o plano sagital, paralelo e externo ao plano 
oclusal. 
 Insere-se uma agulha curta lateralmente à fossa 
pterigomandibular (no centro da unha, entre linha obliqua e 
termino da prega pterigomandibular) inclinada levemente 
abaixo do plano oclusal, quando os primeiros molares 
permanentes não estiverem irrompidos. 
 
 Na presença dos molares permanentes, a punção deve ser 
realizada na altura do plano oclusal. 
 
 afasta agulha do periósteo e avançando uns 6mm 
mantendo lateral (tangenciando) a linha obliqua interna  
nesse momento a agulha vai estar na fossa 
pterigomandibular, entre o N. lingual e a face interna do 
ramo. 
 deposita 1/3 da solução: anestesia o nervo lingual. 
 recua lentamente a carpule e gira até o canino e 1 molar 
decíduo. 
 introduz o resto da agulha deixando 2-3mm para fora, 
inclinando para baixo se for criança menor de 6 anos e 
termina de depositar o anestésico  anestesia o nervo 
alveolar inferior. 
 
 faz, desde que comece pela papila vestibular e depois 
transpasse. 
Mais em casos de cirurgias. 
 
 vantagens: seringa não parece uma seringa e injeta o 
anestésico muito lento (controle da injeção), o que reduz a 
dor.. 
 estudos já demonstram menor percepção de dor. 
 é mais cara e demora um pouco mais. 
 
 sistema de pressão. 
 é mais caro e em termos de dor não tem muita diferença 
em estudos 
 a duração do efeito é maior em injeção com agulha. 
 
Complicações e acidentes: 
 fratura de agulha: movimentos bruscos.  importante 
manter a criança sempre bem contida. 
 ulcerações traumáticas: principalmente quando se usa 
anestésico de longa duração e a criança fica se mordendo. 
 acalma o paciente e o pai/mãe e cuida para não ter 
infecção secundaria, e usa uma pomada corticoide para 
alivio da dor. 
 Trismo: infecção ou injeção direto no músculo. 
 Dor: injeção muito rápida; da analgésico. 
 Infecção: em caso de injeção no local muito infectado. 
 Hematoma: injeção no vaso. 
 
 ocorre por absorção sistêmica que estimula o SNC no 
início: paciente fica falante, alterado, aumento do batimento 
cardíaco; em caso extremo pode ter convulsão. 
 depois vem a depressão do SNC: leva a queda de pressão, 
bradicardia, apneia, em casos mais graves pode ir a óbito. 
 
 na maioria dos casos é leve e transitório. 
 
Boa anestesia tópica., aquecer bem o tubete, anestesia 
eletrônica ou anestesia lenta. 
 
 
 
Odontopediatria: bases teóricas para uma prática clínica de 
excelência / Angela Scarparo (Org.) - 1. ed. - Barueri [SP] : 
Manole, 2021. Cap. 13 
 
 
Odontopediatria / Antonio Carlos Guedes-Pinto, Anna Carolina 
Volpi Mello-Moura. - [Reimpr.]. - 9. ed. - Rio de Janeiro : Santos, 
2017. Cap. 29 
 
 
 
 
 
 
Histórico 
 flúor é o elemento mais eletronegativo da tabela periódica 
e devido a isso é o mais reativo pelo seu pequeno raio 
atômico. 
 não é encontrado na natureza na sua forma natural; 
naturalmente é um gás amarelado muito toxico e 
radioativo, encontrado junto com outros elementos, 
formando sais.  principalmente em rochas vulcânicas. 
 alta reatividade e presença em rochas explica o mecanismo 
de ação do flúor e o fato de encontrarmos ele em aguas 
naturais inclusive a que consumimos. 
 a descoberta da sua importância no controle da carie não 
se deu em função dos seus efeitos desejáveis. 
 o conhecimento do flúor interferindo na carie se deu 
devido um efeito adverso, ruim do flúor em uma 
determinada população. 
 
No estado do Colorado EUA muitas pessoas consumiam agua de uma determinada 
fonte e muitas pessoas apresentavam dente com manchar amarronzadas, com defeito 
no esmalte. Na época era chamadas de manchas marrons do colorado. Depois disso um 
dentista (MCKAY) começou a trabalhar lá e buscou explicação para essas manchas. Mas 
não encontrou resposta. Em 1939 esse dentista convenceu a chamar um pesquisador 
para ajudá-lo. Black ajudou McKay a investigar essas manchas até o ano da sua morte. E 
até esse período tinham duas conclusões: essas manchas eram causadas por defeitos na 
formação do esmalte. A segunda foi que as pessoas que moravam nessa região tinham 
menor prevalência de caries comparado a pessoas de outras regiões. As pessoas dessa 
região tinham resistência a cárie. McKay se juntou a outros pesquisadores e em 1943 
Dean se juntou para tentar explicar. Iniciaram investigação epidemiológicas (que 
posteriormente chamou fluorose). Nesse ano se relacionou as manchas a quantidade de 
flúor elevada na agua dessa população o flúor era a causa das manchas e prevenia a 
cárie). .Dean ampliou estudos e fez o “estudo das 21 cidades” e identificou a quantidade 
de flúor ideal que causasse beneficio da maior prevalência de carie sem o efeito das 
manchas. Assim surgiu o uso dos fluoretos na odontologia. 
 
Modo de ação 
 
Modo de ação é exclusivamente tópico, precisa de flúor na 
cavidade oral e não circulante no organismo na formação dos 
dentes, mas presente sempre na cavidade oral interferindo no 
fenômeno DES-RE (que ocorre várias vezes durante um dia). O 
flúor favorece a remineralização e diminui a desmineralização. 
 
O F tem atuação na interface do dente com o biofilme e interfere no processo de 
desmineralização-remineralização que ocorre durante a formação das lesões de cárie. O 
flúor é o elemento químico mais eletronegativo da natureza, por isso possui grande 
afinidade pelos minerais componentes dos tecidos dentários. O F– pode estar presente 
na cavidade bucal ligado ao biofilme, na saliva, nos tecidos moles e dentários, e sua 
disponibilidade constante no meio bucal em contato com a superfície dentária é 
fundamental para a redução da desmineralização e a ativação da remineralização 
 
 aumento da resistência do esmalte. 
 a presença de flúor na cavidade oral é dada por exposição 
do indivíduo a compostos contendo fluoretos que resultam 
na formação de um composto que fica adsorvido a 
superfície do dente chamadode fluoreto de cálcio  
quanto maior a reserva de F, mais CaF2 é formado. 
 se adsorve a superfície do dente na forma de glóbulos de 
fluoreto de cálcio e que vão ao longo do dia e ao longo 
dos vários DES-RE interferir diretamente no processo de 
formação da carie. 
 aumenta dessa forma o limiar de suscetibilidade do esmalte 
e dentina de perda de mineral, exigindo uma maior queda 
de pH para a baixo dos considerados críticos a dissolução 
da hidroxiapatita (5,5).  na presença de flúor pode ter pH 
próximo a 4,5 para dissolver a hidroxiapatita. 
 
 
 
1. Em presença do açúcar, há produção de ácidos e desequilíbrio entre as trocas 
iônicas, pois a saliva não consegue repor a perda de mineral. A saliva encontra-se 
subsaturada em relação ao produto de solubilidade da hidroxiapatita (HA). A 
tendência é o dente perder Ca++ e PO–4 para o meio: desmineralização. 
2. Finalizada a ingestão de açúcar, há tamponamento e neutralização ácida. A saliva 
volta a encontrar condições de supersaturação em relação ao produto de 
solubilidade da hidroxiapatita (HA), ocorrendo, portanto, reposição de Ca++ e PO–
4 perdidos: remineralização. 
3. Na presença de flúor, tem-se a ingestão de açúcar. A saliva em pH inferior a 5,5 
encontra-se subsaturada em relação ao produto de solubilidade da hidroxiapatita 
(HA). Em presença de flúor, porém, apesar de o pH chegar até a 4,5, tem-se o 
meio supersaturado em relação ao produto de solubilidade da fluorapatita (FA); 
portanto, o dente perde Ca++ e PO–4 na forma de hidroxiapatita (HA), mas 
também ganha Ca++ e PO–4 na forma de FA. 
4. Terminado o consumo de açúcar e o pH voltando a 5,5, o meio bucal torna-se 
novamente supersaturado em relação ao produto de solubilidade da hidroxiapatita 
(HA). Na presença de flúor, há, ainda, o meio supersaturado em relação ao 
produto de solubilidade da fluorapatita (FA). Portanto, a remineralização, ou seja, o 
ganho de Ca++ e PO–4 pelo dente, fica potencializada. 
 
 O F é absorvido no estômago e intestino, aparecendo 
rapidamente na corrente sanguínea e distribuído em 
diversas parte do corpo, como no fluido gengival e saliva. 
 fica na cavidade oral 0,2 ppmF. 
 
Os indivíduos jovens, a quantidade de flúor no sangue é menor que nos 
adultos, porque os jovens, em fase de crescimento e desenvolvimento, têm 
maior capacidade de retenção de flúor nos tecidos duros (ossos e dentes) que 
os adultos e os idosos. 
 
Pacientes de alto risco provavelmente não se ' beneficiariam de 
aplicações profissionais de F se não houver uma redução no 
consumo de açúcar. 
 
 
 são aqueles que grande parte da população tem acesso 
mesmo sem saber ou sem autorização e mesmo sem 
saber que possuem benefício. 
 o principal efeito é a agua fluoretada. 
 
 
Uso de flúor em odontopediatria 
 
 
 Foi o primeiro produto fluoretado de uso importante na odontologia e iniciou em 1945 
nos EUA, no Brasil foi em 1953 de forma experimental na cidade de Baixo Guandu no 
Espirito Santo. Em 1974 a incorporação de flúor na agua do abastecimento público se 
transformou uma lei que foi regularizada no ano seguinte. Desde então a agua do 
abastecimento público no BR devem receber flúor como meio de prevenção e controle 
de cárie. 
 
 Dados indicam que 25% das pessoas não têm acesso a água 
fluoretada, mas o mais indicativo para reduzir a prevalência e 
incidência é o uso de dentifrício fluoretado (desde a década de 
80)  mas continua a fluoretação da água porque é barato e 
tem alguns índices favoráveis. 
 
 estudos mostram que a fluoretação das aguas ainda é um 
meio bastante efetivo e de equidade populacional 
principalmente em populações que tem maior desigualdade 
social. 
 fluoretação do leite e do sal são outros métodos  não 
existe no brasil. 
 Anamnese: cidade onde reside, agua encanada, de poço, 
mineral. 
 
 
 desorganiza o biofilme simultaneamente a aplicação 
(enriquecendo o meio com F). 
 Convencional: 100-1500 ppm de F 
 Alta concentração: >1500ppm; ex OrthoGard da Colgate 
(indicado em casos específicos)  evita lesões de mancha 
branca ao redor do braquete. 
 Baixa concentração: <600ppm 
 
Desde 2010, é evidenciado que os benefícios dos dentifrícios 
fluoretados para crianças e adolescentes é na concentração de 
1.000 – 1.100ppmF 
 
 ADA: dentifrício fluoretado familiar (1000-1500ppm de F) - 
0,10g (grão de arroz) até 3 anos de idade e 0,25 - 0,30 
(grão de ervilha) para pré escolares. 
 dentifrício entre as cerdas e não sobre elas - evita que a 
criança ingira 
 no mínimo duas vezes ao dias, esclarecendo sobre a 
importância da escovação noturna  redução do fluxo 
salivar 
 
Melhor estratégia para obter o máximo benefício anticárie com 
o menor risco de desenvolver fluorometrias é a escovão 
supervisionada com dentifrício na concentração padrão de F e 
em quantidade adequada. 
 
 enxágue após a escovação: F deve ser reduzido ao 
mínimo ou eliminado completamente  crianças que não 
enxáguam bem, pode limpar com gaze. 
 após as refeições tem menor absorção se ingerido 
 máxima proteção com risco mínimo 
 grandes desafios: instituir hábito e a segurança (dificuldade 
em cuspir) 
 supervisão sempre de um adulto, lembrando sempre que a 
quantidade pequena evita excesso de espuma e diminui o 
risco de deglutição. 
 
 0,05-225ppm de F: diário 
 0,2%-900 ppm de F: semanal ou quinzenal 
 até 6 anos não é indicado 
 recomendações: manter fora do alcance de crianças; utilizar 
somente acima de 6 anos de idade. 
 
 
Formar reservatório de fluoreto de cálcio (CaF2). Duração desse 
reservatório depende: 
 concentração do F: quanto maior, maior a formação de 
CaF2. 
 pH do produto: quanto menor o pH, maior a formação de 
CaF2. 
 solubilidade do fluoreto presente no produto: quanto mais 
solúvel, mais rápida a solubilidade. 
 
Verniz fluoretado NaF 5% 
 representa 22600 ppm de flúor. 
 baixa solubilidade (versão mais segura) 
 em contato com a saliva dá uma endurecida 
 aderem a superfície 
 deve-se prolongar o contato pois tem uma dissolução lenta 
 evitar escovar no dente, duas horas sem mastigar 
naquele dente 
 produtos com base resinoso: resina que permite com que 
o verniz após polimerização se mantenha aderido no dente 
liberando fluoretos ao longo do tempo. 
 Duraphat é o mais comum e mais usado. 
 Fluorniz: dois frascos (não precisa de manipulação, um 
frasco é solvente para caso fique duro). 
 aplica de maneira a se manter aderido ao longo do tempo 
na superfície do dente.  por ter cor amarelada não se 
indica me todos os dentes pelo efeito estético. 
 usado em aplicações pontuais onde já tem lesão de carie 
ou onde quer evitar. 
 
 profilaxia (usar fio dental) 
 Isolamento relativo com bolinha de algodão 
 Seca a superfície 
 Aplica com pincel descartável, bolinhas de algodão, espátula. 
 Molha a superfície com o produto (não precisa esperar 1 
minutos - mais uma vantagem) 
 Não enxaguar a boca após a aplicação. 
 Recomendações: diferentemente ao gel fluoretado, o verniz 
fluoretado precisa sim de recomendações pós aplicação. 
 
 
 
Gel ou espuma 
 fluorfosfato acidulado (FFA) a 1,23% (12.300 ppmF) com pH 
ácido de 3,4. 
 
 fluoreto de sódio a 2% com pH neutro (9.000 ppmF). P 
 pode-se ainda encontrar o FFA comercialmente disponível 
como espuma com a concentração de 12.300 ppm de F–. 
 
A diferença esta na reatividade do produto, os com pH ácido 
são mais reativos que os com pH neutro. O ácido forma mais 
fluoreto de cálcio justamente em função dessa acidez que 
provoca maior liberação de íons cálcio para ligar ao flúor do 
produto. Clinicamente não se manifesta essa diferença, somente 
em trabalhos. 
 
 O produto fluoretado não deve ser aplicado com o 
paciente em jejum, pois favorece a maior absorção do F. 
 sugere-se, em relação ao tempo de aplicação do material, 
que as instruções do fabricante sejam seguidas. 
 geralmente o tempo de aplicação varia de 1 minuto (para 
géis acidulados, cuja concentração de F é mais alta) a 4minutos (para géis neutros, cuja concentração de F é mais 
baixa).  contudo, estudos sugerem que não há diferença 
de efetividade dos materiais nos tempos de 1 ou 4 minutos. 
 pode ser usado de diferentes formas: moldeiras 
descartáveis especificas para isso, bem maleável. 
 
Não precisa esperar após uma aplicação tópica de flúor, pois a 
maior formação de fluoreto de cálcio se da no primeiro minuto 
da aplicação, depois da aplicação a quantidade de fluoreto de 
cálcio não ser superior a já obtida no primeiro minuto. Pode 
consumir alimentos e bebidas logo após sim. 
 
FLÚOR FOSFATO ACIDULADO: 
 usado de preferência. 
 cuidar em pacientes bem pequenos que é difícil de 
controlar a ingestão e também pelo produto ácido causar 
maior salivação  assim usa o neutro. 
 deve-se ter um cuidado especial no uso em pacientes que 
apresentem restaurações ou selantes de ionômero de 
vidro, pois esses materiais restauradores em condições 
ácidas tendem a aumentar a abrasão, a rugosidade 
superficial e a pigmentação 
 Recomenda-se que o dente restaurado seja isolado com 
vaselina no momento da aplicação do FFA, ou que se opte pelo 
uso do gel neutro. 
 
 acima de 5 anos 
 utilizadas unicamente por arcada, não usar nas duas arcadas 
junto.  também ser usado com cotonete com isolamento 
relativo ou escovação realizada pelo profissional. 
 melhor espuma porque vai 1/5 do volume, mas o valor é 
maior 
 tempo de aplicação: 1 minuto 
 não tem nenhuma evidência que mostra a diferença ente 
enxaguar ou não, porque o que formou em 1 minuto 
formou 
 
 profilaxia 
 aplicação do material na moldeira individual . aplicar 
somente no fundinho da moldeira. 
 paciente sentado 
 lavar e secar as superfícies dentárias 
 posicionar a moldeira 
 utilizar sugador (paciente cuspir por 30s) 
 tempo de aplicação 1 minuto 
 remover a moldeira e excesso do produto 
 pedir para o paciente cuspir 
 repetir na outra arcada 
 
 profilaxia 
 paciente sentado, utiliza sugador, isolamento relativo por 
quadrante, seca a superfície dentária 
 aplica o produto com cotonete e deixa um minuto 
 levar o gel as superfície interproximal com fio dental. 
 remove com gaze ou algodão 
 pede para o paciente cuspir por 30 segundos 
 
 
 
 profilaxia 
 lava as superfícies dentárias 
 paciente sentado, utiliza sugador, isolamento relativo por 
quadrante, seca a superfície dentária 
 realiza a escovação por 1 minuto por arcada 
 quantidade equivalente a um grão de ervilha  espalha 
depois escova 
 
 A profilaxia pode ser feita com a própria escova - limpeza 
prévia, profilaxia ou escova, bom senso 
 evitar alimentos que precisem de mastigação vigorosa e 
escovação por 12 horas 
 não enxaguar a boca após a aplicação, Não comer ou 
beber por no mínimo 1h 
 evitar chiclete, bala, pipoca.. 
 fazer deplacagem antes para garantir que não vai formar 
biofilme com maturidade suficiente para causar doença no 
período de espera de 12 horas.  o fluoreto do verniz 
reage lentamente com o máximo de 24h 
 
Não há protocolo de aplicação. Considerando a evidência 
científica sobre fluoretos tópicos, pôde-se usar vernizes de 
fluoreto como adjuvante para o tratamento de lesões de mancha 
branca ativa em dentes decíduos e permanentes 
 
 
 pacientes com alta atividade de doença 
 dentes em irrupção (apresenta maior risco pelo maior 
acúmulo de placa) 
 paciente com alto risco 
 
 O objetivo do gel era formar fluoreto de cálcio no primeiro 
minuto após aplicação, já os vernizes têm como objetivo formar 
fluoreto de cálcio no momento da aplicação, mas também 
formar um reservatório de flúor ao longo do tempo e isso se dá 
pelo contato do produto por longos períodos. Manter o verniz 
aderido é extremamente importante por pelo menos 12 horas. 
 
FLUORETO USO IDADE PARA USO RECOMENDAÇÕES 
ÁGUA 
FLUORETADA 
Coletivo Todas Toda a população 
GEL Profissional A partir dos 6 anos 
Indicado em casos de 
deficiência no controle da cárie 
Risco de deglutição do material 
(uso de sugador e orientação 
ao paciente) 
ESPUMA Profissional A partir dos 6 anos 
Indicado em casos de 
deficiência no controle da cárie 
Risco de deglutição do material 
(uso de sugador e orientação 
ao paciente) 
VERNIZ Profissional Pré-escolares 
Indicado em casos de 
deficiência no controle da cárie. 
DIAMINO Profissional 
Pré-escolares não 
cooperadores com 
múltiplas e/ou 
extensas lesões 
cavitadas de cárie 
Indicado em casos de 
deficiência no controle da cárie 
Necessário passar vaselina nos 
lábios, gengiva e mucosa do 
paciente devido ao potencial de 
manchamento do material 
BOCHECHO Individual A partir dos 6 anos 
Indicado em casos de 
deficiência no controle da cárie. 
0,05% NaF diário 
0,2% NaF semanal ou 
quinzenal 
DENTIFRÍCIO Individual 
Desde a erupção do 
primeiro dente 
1.000 a 1.100 ppm 
0 a 2 anos: um grão de arroz 
cru 
3 a 6 anos: um grão de ervilha 
 
 o verniz é efetivo no controle dessa lesão em decíduos e 
permanentes, mas que pelo número de estudo com gel 
fluoretado não foi mostrado. 
 2-3 aplicações com intervalo semanal. 3 a 4 aplicações. 
 intervalo mais longo no caso de prevenção de lesões de 
carie. 
 prevenção pode ser feita até por 6 meses. 
 Gel: 3 a 4 aplicações com intervalo semanal para 
tratamento. 
 
 
 toxicidade crônica (fluorose) ou aguda. 
 dose provavelmente tóxica 5mg de flúor por kg de peso. 
 toxidade aguda: ingestão de grande quantidade em intervalo 
curto de tempo  náusea, enjoo, sintomas gástricos como 
dor de estomago e insuficiência respiratória e até mesmo 
morte. 
 
 
 
 
Odontopediatria: bases teóricas para uma prática clínica de 
excelência / Angela Scarparo (Org.) - 1. ed. - Barueri [SP] : 
Manole, 2021. Cap. 18. 
Odontopediatria / Antonio Carlos Guedes-Pinto, Anna Carolina 
Volpi Mello-Moura. - [Reimpr.]. - 9. ed. - Rio de Janeiro : Santos, 
2017. Cap. 25 e 26. 
 
 
 
 
 
 materiais adesivos aplicados em fóssulas e fissuras para 
prevenir o início de um processo de cárie ou interromper sua 
progressão, promovendo uma barreira física que evita o acesso 
das bactérias cariogênicas aos seus nutrientes. 
 
 superfícies oclusais: representam uma pequena porção de 
todas as superfícies, cerca de 12,5% de todas. No entanto as 
lesões nessa área são as mais prevalentes. Isso pela característica 
anatômica de fóssulas e fissuras que acumulam biofilme e geram 
dificuldade de desorganização desse biofilme, ainda mais em 
molares no período eruptivo. 
 
Hígida/lesão em esmalte 
Tratamento não invasivo 
Observação e controle 
Selantes oclusais 
Lesão em dentina 
Tratamento não invasivo 
Restaurações adesivas conservadas 
 
Primeiros molares permanentes 
 morfologia oclusal complexa que favorece o acúmulo de 
biofilme 
 erupção precoce e que passa despercebidas (sem dor, 
sensibilidade, sem antecessor e sua queda). 
 não tem decíduo antecessor que possa servir de alerta 
para a exposição do dente 
 longo período eruptivo: cerca de 2 anos para ter oclusão 
funcional. 
 fora do alcance das cerdas das escovas 
 imaturidade mineral da superfície do esmalte 
 5-6 anos: sem habilidade motora para a escovação dos 
dentes; no período escolar a criança aprende a escrever 
isso aprimora sua habilidade motora para escovação. 
 9 anos: ideal para escovação sozinha 
 
Por isso mediadas de controle/preventivas tem sido proposta 
para molares e pré molares na tentativa de evitar carie. 
 
 Fluoretos: pouco provável ter acúmulo de CaF2 na fóssula 
 
1885: black: extensão preventiva 
1923: Hyattm odontotomia profilática  não tinha flúor por isso a 
prevenção era difícil 
1942: Klein e Knutson: nitrato de prata 
1955: Buonocore: condicionamento ácido 
1962: Bowen: patenteou a molécula de bis-GMA 
1967: Cueto e Buonocore: uniu as ideias do condicionamento 
ácido e resina na tentativa de evitar lesão de cárie em superfície 
oclusal  surgiu selantes de fóssulas e fissuras 
 
 
 Medida preventina ICDAS 0 e terapêutica ICDAS 1 e 2. 
Agentespreventivos com função de obliterar, selar e fechar 
mecanicamente fóssulas e fissuras, fazendo com que tenha 
menor acúmulo de biofilme, tornando a superfície oclusal menos 
complexa, facilitando a higienização. 
 
 selantes resinosos reduzem a ocorrência de cárie entre 11 a 
51% comparados a não uso de selante. 
 usa quando tem fatores que indicam que o paciente tem 
risco de cárie, com dificuldade de higienização e não tem 
controle desse risco. 
 não é primeira opção  controle de biofilme e flúor. 
 não existe uma indicação de quando usar, varia de acordo 
com o critério do profissional 
 precisa saber se tem ou não atividade de cárie. 
 não se usa só em oclusais, mas o mais comum é. 
 com flúor não promove a liberação de F 
 
AVALIAÇÃO CRITERIOSA DO DENTE E DO PACIENTE: 
 1° molas permanente. 
 com atividade de cárie (no mínimo uma lesão ativa), 
 período crítico: parcialmente erupcionado 
 não controle dos fatores etiológico 
 estado motivacional do paciente 
 dente com hipomineralização 
 aspectos extra clínicos que indicam o risco. 
 pouco se usa em decíduos devido a anatomia menos 
complexa. 
 pode ser indicado quando já tem uma lesão cariosa (ICDAS 
1 e 2 e no máximo 3). 
 
Não usar selante: paciente sem atividade de cárie e dente 
permanentes erupcionados há mais de 2 anos. 
 
Selantes resinosos 
 mais antigo e comum. 
 ex: fluroshield e belton 
 no início não eram fotopolimerizados . 
 
 com ou sem partículas de carga (com carga é mais 
resistente ao desgaste, porém mais viscoso): coloridos, 
opacos ou transparentes. 
 com ou sem flúor em sua composição (o seu efeito está 
mais relacionado à retenção mecânica). 
 
 Isolamento absoluto: pode ser com relativo, mas é difícil 
nesta situação manter sem contaminação 
 profilaxia: para ter adesão e não selar o biofilme  deve 
estar isento de biofilme e saliva; precisa usar escova de 
robson. 
 Condicionamento ácido fosfórico por 15 segundos: aspecto 
branco, leitoso, opaco e rugoso (microcavidades geradas 
pelo ácido). 
 
Selantes oclusais de fóssulas e fissuras 
 
 
 aplicação de selante direto com uma seringa aplicadora que 
já vem junto (prevent) 
 fotoativacao 
 se precisa pode completar (se em isolamento absoluto). 
 verificação: 
 perda parcial da integridade: risco ou desvantagem 
 avaliação da integridade do selante é uma condição 
necessária imediatamente após sua aplicação ao longo 
do tempo  uma falha no selante pode até aumentar 
o risco de cárie. 
 avaliação de integridade para sempre.  
acompanhamento rigoroso (principalmente no período 
eruptivo) 
 se fratura: reaplica, não faz nada ou tira tudo e faz de 
novo (pior conduta) 
 com a oclusão pode fraturar 
 
O selante só tem função preventiva se estiver obliterando; se 
tem uma trinca que aumenta o acúmulo e dificulta a 
higienização 
 
 remoção do isolamento absoluto. 
 ajuste oclusal: remover excessos com brocas diamantadas 
para acabamento. 
 
 
Passo a passo da aplicação de selante resinoso. A: isolamento absoluto do campo 
operatório – com dique de borracha. B: profilaxia da superfície, com escova Robinson, 
pedra-pomes e água. C: condicionamento ácido da superfície – ácido fosfórico 35 a 
37%, por 15 segundos. D: secagem excessiva da superfície, com jato de ar, até que seja 
possível observar a superfície com aspecto opaco. E: aplicação do selante, com auxílio de 
sonda exploradora. F: fotoativação pelo tempo indicado pelo fabricante. G: aspecto final da 
superfície após fotoativação. H: inspeção, com sonda exploradora, da integridade da 
interface dente/selante. 
 
Selantes ionoméricos - CIV 
 liberação de flúor e adesão sem necessidade de sistema 
adesivo 
 oblitera mecanicamente e líber flúor, tendo assim efeito 
mecânico e químico  no entanto o flúor por ser solúvel, 
é liberado mais para a cavidade oral que para o interior da 
fissura. 
 penetra nas fissuras, mesmo que clinicamente não apareça. 
 menor retenção  “Selantes temporários” pois vai faturar. 
 é perdido, fraturado e solto quando o dente entrar em 
oclusão funcional. 
 baixos índices de retenção: perda parcial ou total do 
material, mas mesmo assim protege da cárie pela liberação 
de flúor pequenos fragmentos do material na fissura 
após sua perda clínica, aumentando a resistência do esmalte 
à perda mineral. 
 chega mais no interior da fissura do que o gel 
 os melhores são os de alta viscosidade, aqueles 
desenvolvidos para TRA. 
 ele tem menor resistência mecânica por si só e quanto 
mais fluido, menor a resistência mecânica. 
 melhor que a resina flow pois esta gera uma camada mais 
espessa, faturando mais. 
 menor sensibilidade da técnica operatória. 
 
 
 isolamento relativo: porque foi proposto uso do CIV nas 
condições que só o isolamento relativo era possível. 
 limpeza (até mais porque o ácido é mais fraco) 
 ácido poliacrílico - não penetra nas cavidades maiores como 
o ácido fosfórico 
 
 se não tiver o ácido poliacrilico, utiliza o liquido do ionômero 
de vidro que é basicamente composto pelo ácido poliacrilico. 
 
 lava e seca 
 aplicação de material com sonda exploradora ou aplicador 
de dycal  enquanto a mistura ainda apresenta brilho. 
 material em excesso para poder friccionar  fricção 
também remove as bolhas de ar da manipulação 
 pressão digital  penetrar nas fossulas e fissuras 
 proteção superficial para evitar sinérese e embebição 
durante o tempo de presa longo  usa vaselina, esmalte 
incolor, verniz, sistema adesivo. 
 verificar a retenção do selante e se todos os sulcos e 
fissuras foram selados.  se houver bolhas ou se não 
estiver adequadamente retidos, repetir o procedimento. 
 acompanhamento do não desenvolvimento e progressão 
da lesão  pois já sabe-se que vai faturar 
 
 
Passo a passo da aplicação de selante com CIV-C. A. Isolamento relativo do campo 
operatório – com rolete de algodão. B. Profilaxia da superfície, com escova Robinson, 
pedra-pomes e água. C. Condicionamento ácido da superfície – ácido poliacrílico, por 10 s. 
D. Aplicação do CIV, com auxílio de espátula de inserção. E. Pressão digital com dedo 
enluvado e vaselinado. F. Aspecto final da superfície selada e protegida. 
 
 Selante não é verniz (produto fluoretado). 
 
 ambos têm vantagens, mas o CIV tem efeito preventivo 
maior, mesmo com a sua perda ou fratura, além de 
vantagens na técnica também (é mais simples, não precisa 
de um controle rigoroso da umidade). 
 critérios para indicar: critérios de julgamento do profissional, 
de acordo com a situação e o paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
Odontopediatria: bases teóricas para uma prática clínica de 
excelência / Angela Scarparo (Org.) - 1. ed. - Barueri [SP] : 
Manole, 2021. Cap. 20 
 
Odontopediatria / Antonio Carlos Guedes-Pinto, Anna Carolina 
Volpi Mello-Moura. - [Reimpr.]. - 9. ed. - Rio de Janeiro : Santos, 
2017. Cap. 33 pag 499-503 
 
 
 
 
 
 solução incolor com íons de prata, flúor e amônia 
(estabilizante) 
 a ação desse material consiste na paralisação de lesões de 
cárie e na prevenção do desenvolvimento de novas lesões. 
 apesar de ter alta concentração 44.800ppmF, não tem 
efeito tóxico porque a aplicação é local em lesões cavitadas. 
 ICDAS 5 e 6 
 
É um material que tem sido recomendado especialmente para 
crianças mais novas e menos cooperativas, pois, além de sua 
aplicação ser considerada rápida e simples, apresenta um 
potencial de paralisação de lesões cavitadas. 
 
CONCENTRAÇÃO: 
 10 a 12 (só no Brasil), 10 a 30% no Brasil; nos outros países 
pode concentração maior. (Acima de 30 são mais efetivas) 
 10%: eficaz em superfícies oclusais de molares 
permanentes em erupção. 
 12%: não efetiva no controle da doença cárie (lesões em 
dentina) 
 30%: efetiva no controle da doença cárie (lesões em 
dentina) 
 38%: mais efetiva para paralisar lesões cavitadas em dentes 
decíduos, fóssulas e fissuras de molares decíduos e 
permanentes. 
 
Mecanismos de ação 
 literatura não é clara 
 redução

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