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Contaminação de água e efluentes

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Climatologia e MeteorologiaClimatologia e MeteorologiaContaminação de água e efluentes
Curso: Engenharia Ambiental e Sanitária
São Luís
2024
INTRODUÇÃO
A contaminação da água superficial, água subterrânea, água de consumo humano é um tema preocupante em todo o mundo. A deterioração da qualidade da água e a necessidade de processos de tratamento mais avançados é tema de ampla discussão. 
Os efluentes industriais e domésticos contaminados, lançados de forma inadequada nos corpos hídricos, são uma das principais fontes poluidores de rios e mares. O despejo de contaminantes em rios e mares constitui graves acidentes ambientais, de repercussão mundial, como, por exemplo, o ocorrido em 1989, o derramamento de 41 milhões de litros de petróleo na costa do Alasca, que afeta a vida animal local até hoje. E mais recentemente o tsunami que atingiu Fukushima, no Japão, que danificou reatores de uma usina nuclear do local, o que causou a contaminação da água por substâncias radioativas. 
Existe, atualmente, grande variedade de substâncias poluidoras em água e efluentes, entre elas podemos citar substâncias radioativas, micro-organismos patogênicos, metais pesados, pesticidas, derivados de petróleo, substâncias desreguladoras endócrinas (fármacos). 
A maior parte delas pode causar danos à saúde humana, e uma das principais vias de contato com essas substâncias é por meio do consumo de água contaminada. A água que apresenta algum desses contaminantes em concentrações acima das permitidas pela legislação torna-se imprópria para consumo humano. E efluentes que contenham uma alta de carga de substâncias poluidoras não pode ser lançada no ambiente. Determinadas substâncias poluidoras são denominadas compostos orgânicos recalcitrantes ou persistentes, pois são compostos de difícil degradação, hidrofóbicos e bioacumulativos, podendo ser transportados por longas distâncias no meio ambiente (ALI et al., 2014) como, por exemplo, metais pesados, fármacos e pesticidas.
DESENVOLVIMENTO
Contaminantes químicos preocupantes e que vêm sendo detectados em águas superficiais e subterrâneas e em efluentes industriais são os pesticidas. Existem várias evidências que apontam relação entre exposição a pesticidas, e elevada taxa de doenças crônicas como, por exemplo, câncer, diabetes, desordens neurodegenerativas, como Parkinson, Alzheimer e esclerose amiotrófica lateral; além de desordens genéticas e reprodutivas (MOSTAFALOU; ABDOLLAHI, 2013; TABREZ et al., 2014). 
A presença de metais pesados na água, como o chumbo, cádmio, mercúrio, zinco e outros é preocupante, pois esses apresentam características cumulativas e persistentes em organismos vivos. Estes metais podem causar doenças cardiovasculares, câncer, perturbações psicológicas, distúrbio de aprendizagem em crianças entre outros (TABREZ et al., 2014). A presença de concentrações de metais acima do normal em águas subterrâneas é influenciada por indústrias e, principalmente, pela disposição inadequada dos resíduos urbanos em aterros e lixões (lâmpadas, pilhas, baterias e eletrônicos). 
Outros contaminantes de água subterrânea são os hidrocarbonetos benzeno, tolueno, etilbenzeno e os três xilenos orto, meta e para, denominados compostos BTEX, são os constituintes da gasolina, estes são indicativos de vazamentos em tanques de combustíveis, descaso por oficinas mecânicas e lavajatos com gerenciamentos inadequados de seus efluentes. Hidrocarbonetos possuem maior solubilidade em água e, portanto, estes contaminantes são considerados substâncias perigosas por serem depressantes do sistema nervoso central e por causarem leucemia em exposições crônicas (FARHADIAN et al., 2008). 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tratamento biológico de esgotos e efluentes industriais tem o objetivo de remover a matéria orgânica dissolvida e em suspensão ao transformá-la em sólidos sedimentáveis (flocos biológicos) e gases. Basicamente, o tratamento biológico reproduz os fenômenos que ocorrem na natureza, mas em menor tempo. O tratamento biológico pode ser realizado por processos aeróbios (lodo ativado) ou anaeróbios (SPERLING, 1996). Os micro-organismos que participam na formação dos flocos no processo de lodos ativados são as bactérias, os fungos, os protozoários e os micrometazoários.
Os processos químicos utilizam produtos químicos em seu processo, tais como os agentes de coagulação, a floculação, a neutralização de pH, a oxidação, a redução e a desinfecção em diferentes etapas dos sistemas de tratamento. Conseguem remover os poluentes por meio de reações químicas, além de condicionar a mistura de efluentes que será tratada nos processos subsequentes. Alguns exemplos de processos químicos são a eletrocoagulação, a cloração para desinfecção, ozonização, troca iônica, entre outros (SPERLING, 1996). 
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