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Uso da biorremediação em de água

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Climatologia e MeteorologiaClimatologia e Meteorologia Uso da biorremediação em de água 
e efluentes contaminados por fármacos
Curso: Engenharia Ambiental e Sanitária
São Luís
2024
INTRODUÇÃO
Outros contaminantes de água e efluentes são os fármacos. A ocorrência de fármacos, tanto de uso humano como de uso veterinário, nos sedimentos, esgoto doméstico e águas superficiais e subterrâneas constituem um sério problema em todo o mundo. 
Quase todas as classes de agentes terapêuticos, que incluem antinflamatórios, analgésicos, hormônios esteroides e compostos neuroativos, além de seus subprodutos de degradação, chegam ao meio ambiente por meio da descarga de efluente não tratado ou diretamente por meio de excreções humanas. Pesquisas apontam resultados promissores na biorremediação de águas e efluentes contaminados por fármacos. Esses estudos utilizam fungos (MARCOURREA et al., 2009; RODRÍGUEZ-RODRÍGUEZ; MARCO-URREA; CAMINAL, 2010), bactérias (ZHOU et al., 2006), plantas aquáticas (ALVARADO et al., 2008) entre outros. As drogas anti-inflamatórias, que incluem ibuprofeno, diclofenaco e dipirona, são encontrados em maiores concentrações em corpos d’água, devido sua grande utilização. 
O diclofenaco de sódio é uma droga com propriedades antiinflamatórias, analgésica e antipirética, o consumo global dessa droga é estimada em 940 toneladas por ano ( ZHANG; GEIßEN; GAL, 2008). Devido ao uso intensivo desse medicamento, estudo indica que sua presença em águas superficiais, água subterrânea e água de consumo humano pode variar de ng.L-1 a g.L-1 (MARCO-URREA et al., 2009).
DESENVOLVIMENTO
Marco-Urrea et al. (2009) estudaram o fungo Trametes versicolor para degradação de diclofenaco e verificaram que mais de 94% do fármaco era degradado na primeira hora em pellets da droga eram adicionadas no meio contendo o fungo, tanto em altas concentrações (10 mg.L-1) como em baixas concentrações (45µg.L-1). Yang et al. (2013) também aplicaram o mesmo fungo, T. versicolor, para remoção do diclofenaco em um biorreator não estéril, em condições mais próximas da realidade. Nesse reator foi passado em fluxo contínuo uma solução com diclofenaco. 
No estado de equilíbrio, e observaram a remoção de 53% da concentração inicial de diclofenaco (345 µg/L.d). Em estudo utilizando microalga, Chlorella sorokiniana, em processo em batelada, observou-se a remoção de 93% for ácido salicílico. Assim, pode-se verificar ampla variedade de organismos que possuem propriedades adsorventes ou de biodegração, que são capazes de remover poluentes da água e efluentes, que não são removidos de forma eficiente pelos processos de tratamento convencionais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A água e os efluentes encontram-se contaminados por uma ampla gama de poluentes orgânicos, químicos, altamente persistentes no ambiente e que podem prejudicar a saúde das pessoas. 
Os métodos convencionais de tratamento de água e efluentes não removem totalmente esses poluentes persistentes. Os métodos de biorremediação têm apresentado resultados promissores na remoção de poluentes persistentes na água e efluentes, utilizando ampla variedade de organismos (bactérias, fungos, plantas, microalgas), que possuem capacidade de adsorção e/ou biodegradação de uma variedade de contaminantes como metais pesados, pesticidas, fármacos, entre outros.
 Um dos principais desafios para os estudos com processos de biorremediação é sua limitação a estudos laboratoriais. Portanto, são necessários mais estudos em que se considere um ecossistema estável, bem como a estrutura e composição adequadas para que se possa ampliar e diversificar a aplicação no meio ambiente dos variados processos de biorremediação, ampliando, dessa forma, o acesso a esses processos pela população.
Referências 
ALI, N.; HAMEED, A.; AHMED, S. Physicochemical characterization and Bioremediation perspective of textile effluent, dyes and metals by indigenous Bacteria. Journal of Hazardous Materials, Amsterdam, v. 164, no. 1, p. 322-328, 2009. 
ALI, U. et al. Organochlorine pesticides (OCPs) in South Asian region: a review. Science of The Total Environment, Amsterdam, v. 476-477, p. 705-717, 2014.
 ALVARADO, S. et al. Arsenic removal from waters by bioremediation with the aquatic plants Water Hyacinth (Eichhornia crassipes) and Lesser Duckweed (Lemna minor). Bioresource Technology, Essex, v. 99, no. 17, p. 8436-8440, 2008. 
AMIRNIA, S.; RAY, M. B.; MARGARITIS, A. Heavy metals removal from aqueous solutions using Saccharomyces cerevisiae in a novel continuous bioreactor–biosorption system. Chemical Engineering Journal, Amsterdam, v. 264, p. 863-872, 2015.
 ANASTASI, A. et al. Integrated fungal biomass and activated sludge treatment for textile wastewaters bioremediation. Bioresource Technology, Essex, v. 123, p. 106- 111, 2012.
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