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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) SÃO PAULO 2023 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) Lorena de Oliveira Serpa R.A: 3870423 Trabalho apresentado à Faculdades Metropolitanas Unidas para aquisição de média sob orientação do professor MARCELO MINGRONE. SÃO PAULO 2023 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA- APS 1. TREINO DE HABILIDADE: AVALIAÇÃO PROFISSIONAL A Associação Alfa, constituída há 3 (três) anos, cujo objetivo é a defesa do patrimônio social e, particularmente, do direito à saúde de todos, mostrou-se inconformada com a negativa do Posto de Saúde Gama, gerido pelo Município Beta, de oferecer atendimento laboratorial adequado aos idosos que procuram esse serviço. O argumento das autoridades era o de que não havia profissionais capacitados e medicamentos disponíveis em quantitativo suficiente. Em razão desse estado de coisas e do elevado número de idosos correndo risco de morte, a Associação resolveu peticionar ao Secretário municipal de Saúde, requerendo providências imediatas para a regularização do serviço público de Saúde. O Secretário respondeu que a situação da Saúde é realmente precária e que a comunidade precisa ter paciência e esperar a disponibilização de repasse dos recursos públicos federais, já que a receita prevista no orçamento municipal não fora integralmente realizada. Reiterou, ao final e pelas razões já aventadas, a negativa de atendimento laboratorial aos idosos. Apesar disso, as obras públicas da área de lazer do bairro em que estava situado o Posto de Saúde Gama, nos quais eram utilizados exclusivamente recursos públicos municipais, continuaram a ser realizadas. Considerando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pela Associação Alfa, elabore parecer para o enfrentamento do problema, inclusive com providências imediatas, de modo que seja oferecido atendimento adequado a todos os idosos que venham a utilizar os serviços do Posto de Saúde. 2. TREINO DE HABILIDADE: PETICIONAMENTO A sociedade empresária K, concessionária do serviço de manutenção de uma estrada municipal, na qual deveria realizar investimentos sendo remunerada com o valor do pedágio pago pelos usuários do serviço, decidiu ampliar suas instalações de apoio. Após amplos estudos, foi identificado o local que melhor atenderia às suas necessidades. Ato contínuo, os equipamentos foram alugados e foi providenciado o cerco do local com tapumes. De imediato, foi fixada a placa, assinada por engenheiro responsável, indicando a natureza da obra a ser realizada e a data do seu início, o que ocorreria trinta dias depois, prazo necessário para a conclusão dos preparativos. João da Silva, usuário da rodovia e candidato ao cargo de deputado estadual no processo eleitoral que estava em curso, ficou surpreso com a iniciativa da sociedade empresária K, pois era público e notório que o local escolhido era uma área de preservação ambiental permanente do Município Alfa. Considerando esse dado, formulou requerimento, dirigido à concessionária, solicitando que a obra não fosse realizada. A sociedade empresária K indeferiu o requerimento, sob o argumento de que o local escolhido fora aprovado pelo Município, que concedeu a respectiva licença, assinada pelo prefeito Pedro dos Santos, permitindo o início das obras. O local, ademais, era o que traria maiores benefícios aos usuários. João da Silva, irresignado com esse estado de coisas, contratou seus serviços, como advogado(a). Ele afirmou que quer propor uma ação judicial para que seja declarada a nulidade da licença concedida e impedida a iminente realização das obras no local escolhido, que abriga diversas espécies raras da flora e da fauna silvestre. Levando em consideração as informações expostas, elabore a medida judicial adequada, com todos os fundamentos jurídicos que confiram sustentação à pretensão.(FONTE FGV PROJETOS XXVIII EXAME DA OAB) Parecer Jurídico Para: Associação Alfa Assunto: Deficiência no Atendimento Laboratorial no Posto de Saúde Gama Contexto: A situação apresentada revela uma clara negligência por parte do Município Beta, em que vem descumprindo seu dever de proporcionar serviços de saúde de qualidade à comunidade, isto posto, estamos diante de uma violação dos Direitos Fundamentais, haja vista a recusa do atendimento laboratorial aos idosos constitui uma violação aos direitos constitucionais à saúde e à dignidade da pessoa humana, resguardados pela Constituição Federal. Isto posto, a continuidade das obras de lazer no bairro, exclusivamente com recursos municipais, enquanto negligencia-se o atendimento de saúde, sugere possível desvio de finalidade na utilização dos recursos públicos. Destarte, diante do iminente risco de morte dos idosos, uma medida judicial de urgência (COMO UMA AÇÃO CIVIL PÚBLICA) pode ser intentada para assegurar o direito à saúde e exigir o atendimento laboratorial imediato. Em síntese, a Associação Alfa deve agir prontamente, buscando medidas judiciais e administrativas para garantir o atendimento adequado aos idosos. Simultaneamente, deve-se empreender esforços para responsabilizar os agentes públicos envolvidos e mobilizar apoio da comunidade em prol de uma saúde pública eficiente e respeitosa aos direitos fundamentais. Atenciosamente, Drª Lorena Serpa Advogada da Associação Alfa EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA__ CÍVEL DA COMARCA DO MUNICÍPIO ALFA- ESTADO-UF. JOÃO DA SILVA, brasileiro, estado civil..., existência de união estável... portador da carteira de identidade sob o n..., inscrito no CPF sob o n..., título de eleitor d e número..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua..., n..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., por sua representante legal que esta subscreve, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5º, inciso LXXXIII, da Constituição Federal de 1988, impetrar: AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR em face do PREFEITO PEDRO SANTOS, brasileiro, estado civil..., união estável..., prefeito, portador da carteira de identidade sob o n..., inscrito no CPF sob o n..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua..., n..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP...; MUNICÍPIO ALFA, pessoa jurídica de direito público, inscrito no CNPJ sob o n.. .; endereço eletrônico..., com sede na Rua..., n..., Bairro..., Alfa, Estado..., CEP...; e SOCIEDADE EMPRESÁRIA K, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o n ..., endereço eletrônico..., com sede na Rua..., n..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., por motivos de fatos e de direito que passa a expor: I – DO CABIMENTO Com fundamento ao artigo 5º, inciso LXVIII, Constituição Federal, de 1988 em que preceitua: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; Isto posto, o ajuizamento da presente ação é cabível, haja vista estarmos diante de ato administrativo que ofende a moralidade administrativa, mencionada na presente ação. II – DOS FATOS: A SociedadeEmpresária K, concessionária do serviço de manutenção de uma estrada municipal, em que deveria realizar investimentos sendo remunerada com o valor do pedágio pago pelos usuários do serviço, decidiu ampliar suas instalações de apoio, escolhendo um local que julgou atender suas necessidades. Por conseguinte, foi fixada a placa , assinada por engenheiro responsável, indicando a natureza da obra a ser realizada e a data do seu início, com previsão de 30 dias. O Autor é usuário da rodovia e candidato ao cargo de deputado estadual no processo eleitoral que estava em curso, e pôde constatar que o local escolhido era uma área de preservação ambiental permanente do segundo Réu Município Alfa. Nesse sentido formulou requerimento, dirigido à concessionária, solicitando que a obra não fosse realizada. A Sociedade Empresária K, (concessionária) indeferiu o requerimento, sob o argumento de que o local escolhido fora aprovado pelo (Município Alfa), que concedeu a respectiva licença, assinada pelo Primeiro Réu (prefeito Pedro dos Santos), permitindo o início das obras. O local, seria o que traria maiores benefícios aos usuários. Isto posto, devido a inexatidão da resolução da lide pelas vias administrativas, não resta outra alternativa, senão a presente demanda judicial para solucionar tal conflito. Ill – DO DIREITO Ill.I DO PEDIDO DE LIMINAR A Constituição Federal, em seu artigo 225, estabelece que "todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida." Além disso, a mesma Constituição prevê a obrigação de defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações. A Lei nº 4.717/1965 regula a Ação Popular, confere ao cidadão o direito de questionar atos lesivos ao patrimônio público e ao meio ambiente. A escolha do local pela SOCIEDADE EMPRESÁRIA K, para a realização de suas obras, em uma área de preservação ambiental permanente, contraria as normas de proteção ao meio ambiente e o interesse público. A licença concedida pelo Município Alfa, assinada pelo Prefeito Pedro dos Santos, para o início das obras em área de preservação ambiental, é passível de nulidade por contrariar a legislação ambiental vigente. O fumus boni iuris se faz presente na real ilegalidade da licença da construção, afrontando o artigo 5 , inciso LXXIII; art.225 ; art.170, inciso VI e art. 37, caput, todos da Constituição da República Federativa de 1988. Outrossim, também se faz presente o periculum in mora s, haja vista a concessionaria intenta destruir área de extrema preservação ambiental, causando danos irreversíveis ao meio ambiente, uma vez que, o local se manifesta raridade de fauna, flora. Isto posto, mediante os fatos acima narrados e o fundamentos jurídicos elencados, requer, a concessão da Liminar, para impedir que terceira Ré (sociedade empresária k) inicie as obras no local. lV – DOS PEDIDOS: Ante o exposto, requer: a) Concessão de provimento liminar, para impedir que a sociedade empresária K inicie as obras no local; b) A citação das partes requeridas para que apresente contestação no prazo legal; c) Declaração de nulidade da licença concedida pelo Município Alfa, assinada pelo Prefeito Pedro dos Santos; d) Proibição de realização de obras na área de preservação ambiental permanente; e) Condenação dos réus ao pagamento de custas, demais despesas e honorários advocatícios; f) A produção de todas as provas admitidas em direito, para que se prove o alegado. Dá-se à causa o valor de R$.... Nestes termos Pede deferimento Local..., data... Advogado... OAB/UF
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