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1ª SÉRIE
Aula 7 – 3º bimestre
Etapa Ensino Médio
Filosofia
Pensadores contratualistas
Pensadores contratualistas.
Analisar a relação entre “estado de natureza” e contrato social.
Compreender a diferença entre os posicionamentos dos filósofos contratualistas.
Aplicar as reflexões dos contratualistas na resolução de exercícios pautados em sua filosofia.
Conteúdo
Objetivos
(EM13CHS206) Analisar a ocupação humana e a produção do espaço em diferentes tempos, aplicando os princípios de localização, distribuição, ordem, extensão, conexão, arranjos, casualidade, entre outros que contribuem para o raciocínio geográfico.
Para começar: 1 min. Foco no conteúdo: 16 min. Na prática: 8 min. Na prática – correção: 5 min. Aplicando: 5 min. O que aprendemos hoje: 2 min.
O que vem por aí
Assista ao vídeo, de forma a elaborar e/ou refinar a ideia do que é o contratualismo.
Em um vídeo curto, de apenas um minuto, estão postos os principais autores da filosofia contratualista e seus conceitos.
https://youtu.be/z52IwcKfV98 
Para começar
uma explicação lógica para a formação do Estado.
a ideia de que o Estado sempre existiu.
uma explicação cronológica de quando o Estado foi criado.
uma solução para a permanência do Estado frente às discordâncias de seus membros.
Entendeu?
De acordo com o que foi dito no vídeo, o contratualismo é:
VITA VITA ‧ 塔仔不正/Giphy 
Na prática
Correção
uma explicação lógica para a formação do Estado.
a ideia de que o Estado sempre existiu.
uma explicação cronológica de quando o Estado foi criado.
uma solução para a permanência do Estado frente às discordâncias de seus membros.
De acordo com o que foi dito no vídeo, o contratualismo é:
Entendeu?
VITA VITA ‧ 塔仔不正/Giphy 
Na prática
Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau foram pensadores contratualistas que contribuíram para a reflexão sobre relações de poder entre Estado e indivíduos. Eles desenvolveram teorias sobre formação de governos, direitos individuais e contrato social a partir de uma situação hipotética, exemplificada por meio do “estado de natureza”. Suas ideias sobre política os tornaram filósofos influentes na história, moldando as ideias sobre democracia, direitos humanos e papel do Estado. 
Contratualistas
Fire Group/Giphy 
Foco no conteúdo
O Leviatã, de 1651, é uma das principais obras 
de Hobbes, na qual ele traz a visão de um homem agressivo, quando no estado de natureza, justificando, segundo ele, a necessidade de um “governo forte”, pois os seres humanos viviam em um estado de natureza caótico e violento. Para escapar dessa condição, as pessoas deveriam voluntariamente entregar seus direitos ao soberano, que governaria com autoridade absoluta para garantir a ordem e a segurança da sociedade.
Thomas Hobbes (1588-1679)
Autor desconhecido, Domínio Público, via Wikimedia Commons
Foco no conteúdo
[...] Apesar das leis naturais (que cada um respeita quando tem vontade e quando pode fazê-lo com segurança), se não for instituído um poder suficientemente grande para garantir sua segurança, cada um confiará, e poderá legitimamente confiar, apenas em sua própria força e capacidade, como proteção contra todos os outros. É esta [a motivação para] a geração daquele grande Leviatã [...]. É nele que consiste a essência do Estado, a qual pode ser assim definida: “Uma pessoa de cujos atos uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns com os outros, foi instituída por cada um como autora, de modo a ela poder usar a força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum”. (HOBBES, 1997, p. 141 e 144)
Foco no conteúdo
O Segundo tratado sobre o governo civil (1690) é a obra de Locke em que ele desenvolveu uma teoria política baseada nos direitos naturais e no consentimento dos governados. Locke argumenta que todos os seres humanos têm direitos inalienáveis, como a vida, a liberdade e a propriedade, e que o propósito do governo é proteger esses direitos. Caso falhe em fazê-lo, ao povo é assegurado o direito de estabelecer um novo governo. Também defendeu a separação dos poderes e a tolerância religiosa.
John Locke (1632-1704)
Página de Segundo tratado sobre governo civil, Domínio Público, via Wikimedia Commons
Foco no conteúdo
E se qualquer um no estado de natureza pode punir a outrem, por qualquer mal que tenha cometido, todos o podem fazer, pois, nesse estado de perfeita igualdade, no qual naturalmente não existe superioridade ou jurisdição de um sobre outro, aquilo que qualquer um pode fazer em prossecução dessa lei todos devem necessariamente ter o direito de fazer. (LOCKE, 1998, p. 386)
A única maneira pela qual uma pessoa qualquer pode abdicar de sua liberdade natural e revestir-se dos elos da sociedade civil é concordando com outros homens em juntar-se e unir-se em uma comunidade, para viverem confortável, segura e pacificamente uns com outros, num gozo seguro de suas propriedades e com maior segurança contra aqueles que dela não fazem parte. (LOCKE, 1998, p. 468)
Foco no conteúdo
Em Do contrato social, publicado em1762, Rousseau propôs que a sociedade deveria ser governada pela vontade geral, ou seja, por decisões tomadas em benefício do povo como um todo. As bases do governo se apoiariam em um contrato social voluntário, de forma a proteger direitos e interesses coletivos, pois a vida em sociedade corrompe a bondade inerente aos humanos. Rousseau também enfatizou a importância da liberdade individual e da educação para uma sociedade justa.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
Página do contrato social, Domínio Público, via Wikimedia Commons
Foco no conteúdo
Suponhamos os homens chegando àquele ponto em que os obstáculos prejudiciais à sua conservação no estado de natureza sobrepujam, pela sua resistência, as forças de que cada indivíduo dispõe para manter-se nesse estado. Então, esse estado primitivo já não pode subsistir, e o gênero humano, se não mudasse de modo de vida, pereceria (ROUSSEAU, 1978, p. 31). [É preciso] encontrar uma força de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedece contudo a si mesmo [por meio da vontade geral.] [...]
Foco no conteúdo
Estado de natureza
HOBBES
“O homem é o lobo do homem.”
		LOCKE
“O homem é livre e vive sem limitações.”
ROUSSEAU 
“O homem é bom.”
Foco no conteúdo
De que forma Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau justificam a necessidade de haver um “contrato social” para a vida em sociedade?
Aponte distinções entre eles.
Todo mundo escreve
Na prática
Correção
Ao partirem de condições distintas, Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau justificam a necessidade do contrato social para se viver em sociedade por motivos muito particulares . 
Hobbes diz ser preciso haver um poder (governo) absoluto para proteger os homens da própria selvageria. 
Locke compreende que o poder (governo) deve garantir direitos e liberdades; caso não o faça, pode ser destituído. 
Rousseau afirma que a convivência em sociedade corrompe a bondade inerente aos homens, o que impele à constituição de um governo que garanta a condição inicial por meio da vontade geral, que visa ao bem comum.
Na prática
Certo é certo
(ENEM 2018)
TEXTO I - Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, é válido também para o tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida por sua própria força e invenção. 
TEXTO II - Não vamos concluir, com Hobbes que, por não ter nenhuma ideia de bondade, o homem seja naturalmente mau. Esse autor deveria dizer que, sendo o estado de natureza aquele em que o cuidado de nossa conservação é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, por conseguinte, o mais próprio à paz e o mais conveniente ao gênero humano.
Aplicando
predisposição ao conhecimento.
submissão ao transcendente.
tradição epistemológica.
condição original.
vocação política.
Certo é certoOs trechos apresentam divergências conceituais entre 
autores que sustentam um entendimento segundo o qual 
a igualdade entre os homens se dá em razão de uma:
Aplicando
Os filósofos contratualistas se ocuparam sobre os fundamentos para formação de governos para organizar a vida em sociedade;
O “estado de natureza” é uma situação hipotética da qual Hobbes, Locke e Rousseau partem para justificar a necessidade de governos;
Hobbes defende um estado absolutista, com os cidadãos submetidos a ele. Locke e Rousseau divergem, compreendendo que o Estado deve servir ao cidadão, garantir direitos naturais (Locke) e expressar a “vontade geral” (Rousseau).
O que aprendemos hoje?
Tarefa SP
Localizador: 98334
Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
Copie o localizador acima e cole no campo de busca.
Clique em “Procurar”. 
Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
19
LEMOV, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Tradução: Leda Beck. Consultoria e revisão técnica: Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. 2. ed. São Paulo: Da Prosa/Fundação Lemann, 2011.
SÃO PAULO (Estado). Currículo em Ação. Caderno do Professor. Primeira Série, volume 2, 3º bimestre (Filosofia), p. 192-200.
SÃO PAULO (Estado). Currículo Paulista: etapa ensino médio. Organização: Secretaria da Educação. Coordenadoria Pedagógica: União dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado de São Paulo – UNDIME. São Paulo: SEDUC, 2020.
Slide 8 – HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. Tradução: João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1997.
Referências
Slide 10 – LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
Slide 12 – ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social e outros escritos. Tradução de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
Slide 16 – HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
Slide 17 – ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1993 (adaptado).
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slides 2 e 19 – Marcelo Ortega/@ortega_alemão
Slide 3 – https://youtu.be/z52IwcKfV98
Slides 4 e 5 – VITA VITA ‧ 塔仔不正/Giphy IjDUNvOuKrxkX73tE6
Slide 6 – Fire Group/Giphy 0khpiagLovRW2zNvCG
Slide 7 – Autor desconhecido, Domínio Público, via Wikimedia Commons
Slide 9 – Página de Segundo tratado sobre governo civil, Domínio Público, via Wikimedia Commons
Slide 11 – Página do contrato social, Domínio Público, via Wikimedia Commons
Referências
Material 
Digital

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