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PATOLOGIA Aluno: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Prof.ª Orientadora de Estágio: Laura Fantazzini Grandisoli Supervisora de Estágio: xxxxxx Unidade: Clínica/Hospital XXXXXXXXX Fisiopatologia Conceito A IRC é caracterizada pela lesão e perda progressiva e irreversível da função dos rins. Quadro Clínico Reduções maiores que 50% na função renal causam inúmeros sinais, sintomas e complicações em quase todos os órgãos e sistemas do organismo . Alguns deles são: edema, fadiga, halito urêmico, anemia, hipertensão, aumento nos níveis séricos de Na, K, P, e redução dos níveis de Ca. Diagnóstico O diagnóstico da doença renal crônica se faz com a presença de lesão renal ou de uma taxa de filtração glomerular inferior a 60ml/min durante um período de três meses ou mais, essas alterações renais podem ser identificadas por exames de urina, sangue e ultrassom e outros exames de imagem. Tratamento O tratamento para a IRC é o transplante renal, ou os processos dialíticos (HD, CAPD, DPI, DPA) , associado a medicamentos e uma alimentação especifica para este paciente. Identificação do paciente Sigla do nome: J. A. F. Profissão: aposentado Sexo: masculino Procedência: Pronto atendimento Idade: 60 anos Registro hospitalar: 448280 Cor: negro Data internação: 19/02/12 Estado civil: casado Data da alta: 27/03/12 Convênio: SUS Antecedentes pessoais, familiares e sociais: Diabético insulino-dependente e hipertenso há aproximadamente 20 anos, como consequência teve redução da função dos rins, desenvolveu ulcera plantar em pé direito, e amaurose bilateral. Foi relatado que duas irmãs do paciente são diabéticas e uma tia é portadora de IRC em tratamento dialítico há 9 anos. Paciente aposentado, de classe média baixa, reside em casa alugada com esposa. Dados da internação, queixas e duração: Paciente em acompanhamento com nefrologia em Itu, encaminhado por queda do estado geral e vomito, para avaliação da nefrologia. Na internação paciente se queixava de dor em epigástrico e hipocôndrio em aperto, acompanhante referiu incontinência urinaria desde 18/02/12 Durante a primeira semana de internação paciente refere melhora das dores em epigástro e hipocôndrio com uso de medicamento, mas apresentou piora na função renal. Anamnese Alimentar Apetite: Reduzido Pirose: Nega Disfagia: presente em alguns dias Odinofagia: nega Náuseas/vômitos: nega após internação Hábito intestinal: obstipado Hábito urinário: 800-1500ml Tabagismo: nega Etilismo: nega Atividade física: não pratica Mastigação: lenta Alimentação: arroz, feijão, todos os dias. Consumo elevado de batata, mandioca e pães, baixo consumo de carnes, ovos e frutas, e alto consumo de suco artificial, sendo consumido todos os dias, durante as refeições. Alergias alimentares: nega Aversões: nega Ingestão hídrica: 1000ml/dia Antropometria Resultados Classificação Altura do joelho (AJ)= 46 cm Altura estimada : 174 cm Peso estimado = 58,25kg IMC:19,21kg/m² Desnutrido CB: 27 cm Adequação CB: 85,2% Desnutrição leve PCT: 09 mm Adequação PCT: 81,8% Desnutrição leve CMB : 24,17 cm Adequação CMB: 86,9% Desnutrição leve PCSE: 18 mm CP= 27 cm Desnutrido % PPP/Tempo: 5 Kg / 6 meses PPP%: 9% Perda significativa de peso Criança: colocar as curvas de crescimento Colocar as medidas que foram realizadas Bioquímica e Imunologia Exames Referências Datas 18/03 30/03 01/04 05/04 06/04 07/04 Hemoglobina 12 – 16 g/dL 16,5 14,5 13,5 14,5 13,9 13,9 Hematócritos 35 – 45% 45,5 40,6 39,5 44,2 39,5 40,3 Leucócitos 4,5 – 11 x 103 céls/mm3(ml) 10.020 83.000 Neutrófilos 40 – 80% 1800 – 8000/mm3 9248 Eosinófilos 0 – 5% 50 – 500/mm3 20 1,8 2,8 2,1 1,8 1,7 Basófilos 0 – 2% 0 – 200/mm3 20 1,37 0,2 0,2 0,8 0,4 Linfócitos 20 – 50% 1500 – 5000/mm3 331 8,1 10 11,9 11,2 11,3 Monócitos 0 – 12% 90 – 900/mm3 401 10,7 7,1 9,2 7,4 9,5 CTL: Data: 01/04 853 Depleção Avaliação metabólica Exames Referências Datas 18/03 30/03 01/04 05/04 06/04 07/04 Glicemia Colesterol total LDL HDL Etc.. Somente nos casos de DCNT, incluir os exames relacionados com a patologia/comorbidades Diagnóstico nutricional e cálculos Fazendo uma análise geral de todos os parâmetros utilizados para diagnóstico nutricional, é possível diagnosticar o paciente como desnutrido leve, levando em consideração a perda de peso nos últimos 6 meses, a ingestão alimentar habitual, dados antropométricos abaixo do recomendado (circunferência da panturrilha, IMC, porcentagem de perda de peso, CB, CBM, PCT), exames bioquímicos indicando risco desnutrição proteica e anemia, e reservas imunológicas depletadas. Cálculo GEB / GET GEB = 66,5 + [13,8 x 58,25] + [5 x 174] – [6,76 x 66] GEB = 1291,5 Kcal GET = 1291,5 x Fator Atividade x Fator Térmico x Fator Injúria GET = 1291,5 x 1,2 x 1,0 x 1,3 GET = 2014,77 Kcal ≈ 2014 Kcal / 58,25kg = 34,6 kcal/kg (hipercalórica) CHO = 58% = 1165kcal = 291,25g = 5g/kg/dia PTN = 15% = 303kcal = 75,72g = 1,3g/kg/dia (hiperprotéica) LIP = 27% = 544kcal = 60g = 1g/kg/dia (normolipídica) Evolução clínica e nutricional Data Evolução Dieta 20/02 a 29/02 Paciente refere melhora das dores em epigástro e hipocôndrio com uso de medicamento, encontra-se acamado. Membro inferior direito (região plantar do pé direito) apresenta-se escurecida, mantido membro com curativo. Ausência de evacuação nesse período. Diurese positiva. No dia 22/02 começou apresentar urina escurecida. No dia 23/02 iniciou hemodiálise. Dieta enteral 200 ml 01/03 a 10/03 Paciente evolui sem queixas. No dia 03/03 passagem de sonda nasoduodenal. No dia 04/03 houve passagem de sonda vesical de demora (SVD). Dia 10/03 foi retirada sonda nasoenteral, pois houve melhora no nível de consciência e deglutição. Evacuação positiva com episódios de diarréia, diurese hematúrica. Dieta pastosa 11/03 a 20/03 Paciente continua acamado, evolui sem queixas. Mantido curativo em membro inferior direito por lesão necrótica. No dia 15/03 paciente mantém-se em jejum para realização de arteriografia . 14 e 15/03 episódios de evacuação em grande quantidade. Diurese positiva, com urina hematúrica. Jejum 21/03 a 27/03 Paciente evolui com melhora do quadro, regular estado geral. Do dia 21 a 24/03 paciente apresenta episódios de evacuação frequente e pastosa. No dia 22/03 começou a deambular com dificuldade. Paciente necessitou transfundir 2 bolsas de concentrado de hemácias no dia 23/03 para preparação da cirurgia de amputação. 25/03 cirurgia de amputação foi realizada. No dia 27/03 paciente recebe alta hospitalar por melhora do quadro geral e PO estável, mas é orientado a continuar tratamento hemodialítico, 3 sessões por semana com duração de 4 horas cada. Dieta leve No caso de pacientes atendidos na clínica, colocar os dados da 1ª consulta e retorno(s) Dieta Café da manhã 1 copo (100ml) leite 1 xícara (50ml) café 2 fatias pão de forma Lanche da manhã 1 unidade grande de pêra cozida Almoço 6 col. (sopa) arroz 1 col. (sopa) creme de ervilha 4 col. (sopa) carne moída 2 col. (sopa) purê de cenoura 1 pires de chicória cozida 1 col. (sobremesa) azeite 1 und. média abacaxi cozido Lanche da tarde 4 col. (sopa) aveia flocos finos 1 und. grande banana maçã Jantar 4 col. (sopa) arroz 2 col. (sopa) purê de abobora 2 col. (sopa) repolho cozido 4 col. (sopa) peito de frango 1 col. (sobremesa) azeite Ceia 1 pote (100ml) iogurte desnatado 1 und. peq. Manga cozida Dieta de 2000Kcal CHO PTN LIP 63% = 314g = 5,4g/kg 16% = 78g = 1,3g/kg 22% = 48g = 0,82g/kg Conclusão Conclui-se que a terapia nutricional é indispensável no tratamento hemodialítico da insuficiência renal crônica, pois a alimentação pode prejudicar ou melhorar os resultados do tratamento. Os principais objetivos de uma alimentação adequada no presente estudoé a manutenção do estado nutricional adequado, equilíbrio dos minerais e manter níveis glicêmicos e pressóricos adequados. Para isso é necessário uma dieta hipossódica, hipocalêmica, hipofosfatêmica, hiperproteica, normo calórica e lipídica, e com restrição hídrica, e um constante acompanhamento nutricional.
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