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TERAPIA NUTRICIONAL ORAL 
Laura Fantazzini Grandisoli 
MATERIAL DE ESTUDO 
! WAITZBERG, D. et al. Nutrição oral, enteral e 
parenteral . 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 
Vol 1 e 2. 
!  Capítulo: Indicações e usos de Suplementos 
Nutricionais Orais. 
! SILVA, S. M. C. S. Tratado de alimentação, 
nutrição e dietoterapia. 3. ed. São Paulo: 
Payá, 2016. 
!  Capítulo: Intervenção nutricional em desequilíbrios 
do trato digestório. (espessantes) 
CASO CLÍNICO 
! M.G.D, sexo masculino, 58 anos. Deu entrada no 
Pronto Socorro com quadro de hemiparesia 
direita, disartria (alteração na fala) e confusão 
mental. 
! HD: AVE (Acidente Vascular Encefálico), 
confirmado após tomografia computadorizada. 
! AP (Antecedentes pessoais): HAS (Hipertensão 
Arterial Sistêmica), DLP (Dislipidemia) em uso 
irregular de medicação e sem controle dietético, 
AVE prévio (há 5 meses) com sequela motora. 
CASO CLÍNICO 
!  Peso atual: 74kg 
!  Peso habitual (há 5 meses): 83kg. 
!  Altura: 1,70m 
!  Anamnese: familiar relata perda de apetite e 
dificuldade para se alimentar desde o último AVE, 
aceitando pequenas quantidades de alimentos mais 
macios, amassados ou batidos (pouco mais da metade 
da quantidade que comia anteriormente). No 
momento tem dificuldade de deglutição, engasgando 
com alimentos sólidos e também com líquidos. 
!  IMC? %PP? IMC = 25,6 kg/m2 %PP= 10,8% 
TERAPIA NUTRICIONAL 
AS TERAPIAS DE NUTRIÇÃO ORAL (TNO), ENTERAL (TNE) E 
PARENTERAL (TNP) COMPREENDEM UM CONJUNTO DE 
PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS UTILIZADOS QUANDO O 
PACIENTE É INCAPAZ DE ATENDER ÀS SUAS NECESSIDADES 
NUTRICIONAIS PELA INGESTÃO NORMAL DE ALIMENTOS. 
TERAPIA NUTRICIONAL 
Objetivos: 
! Prevenir e tratar a desnutrição. 
! Preparar o paciente para o procedimento 
cirúrgico e clínico. 
! Melhorar a resposta imunológica e cicatricial. 
! Prevenir e tratar as complicações infecciosas e 
não infecciosas decorrentes do tratamento e da 
doença. 
! Melhorar a qualidade de vida do paciente. 
! Reduzir o tempo de internação hospitalar. 
! Reduzir a mortalidade. 
! Reduzir custos hospitalares. 
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TERAPIA NUTRICIONAL - INDICAÇÕES 
MANUAL DE TERAPIA NUTRICIONAL NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA HOSPITALAR 
NO ÂMBITO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS, 2016 
TERAPIA NUTRICIONAL - ETAPAS 
! Triagem Nutricional. 
! Avaliação Nutricional dos pacientes em risco 
nutricional ou desnutridos. 
! Estimativa das Necessidades Nutricionais 
(cálculos). 
!  Indicação da Terapia Nutricional a ser instituída. 
! Monitoramento. 
! Aplicação dos Indicadores de Qualidade em 
Terapia Nutricional. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016 
CASO CLÍNICO 
! Avaliado pelo fonoaudiólogo: disfagia, sendo 
indicada dieta cremosa homogênea e líquidos 
espessados na consistência néctar. 
DISFAGIA 
DEGLUTIÇÃO: 4 fases 
!  Preparatória oral: alimento é 
manipulado e mastigado, se 
necessário. 
!  Oral: língua realiza a propulsão do 
bolo alimentar em direção à faringe. 
!  Faríngea: receptores localizados na 
língua e orofaringe são estimulados; 
bolo alimentar segue pela faringe. 
!  Esofágica: transição do bolo pelo 
esôfago (do EES ao EEI). 
DIFICULDADE NO TRANSPORTE DO ALIMENTO 
 DA BOCA AO ESTÔMAGO. 
DISFAGIA 
DEGLUTIÇÃO: 4 fases 
!  Preparatória oral: alimento é 
manipulado e mastigado, se 
necessário. 
!  Oral: língua realiza a propulsão do 
bolo alimentar em direção à faringe. 
!  Faríngea: receptores localizados na 
língua e orofaringe são estimulados; 
bolo alimentar segue pela faringe. 
!  Esofágica: transição do bolo pelo 
esôfago (do EES ao EEI). 
DIFICULDADE NO TRANSPORTE DO ALIMENTO 
 DA BOCA AO ESTÔMAGO. 
DISFAGIA 
OROFARÍNGEA 
DISFAGIA 
ESOFÁGICA 
DISFAGIA 
Pode ser transitória ou permanente. 
CAUSAS 
! Mecânica: alterações nas estruturas orais e/ou 
faríngeas. 
! Neurogênica: alterações neurológicas – AVC, 
TCE (trauma cranio-encefálico), doenças 
progressivas. 
!  Iatrogênica: causada por tratamento ou 
intervenção médica – IOT (intubação oro-
traqueal), medicamentos, radiação. 
! Bebês: desconforto respiratório. 
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DISFAGIA X NUTRIÇÃO 
!  Indivíduos disfágicos apresentam maior risco de 
desnutrição e deficiência de nutrientes. 
! A modificação na textura dos alimentos e 
espessamento dos líquidos ingeridos facilita a 
deglutição, melhorando a ingestão alimentar. 
! Nutricionistas e fonoaudiólogos devem atuar em 
parceria: 
!  Avaliar a disfagia; 
!  Recomendar as texturas mais adequadas para cada 
nível da disfunção; 
!  Garantir o suprimento das necessidades nutricionais 
do paciente. 
CASO CLÍNICO 
! Avaliado pelo fonoaudiólogo: disfagia, sendo 
indicada dieta cremosa homogênea e líquidos 
espessados na consistência néctar. 
! Prescrição médica: Dieta cremosa para 
hipertenso e dislipidêmico com líquidos 
espessados. 
! Prescrição dietética? 
! Cardápio qualitativo: café da manhã e almoço. 
ESPESSANTES 
! O aumento da viscosidade dos líquidos, por 
meio da utilização de espessantes, promovem a 
deglutição segura, evitando a aspiração dos 
líquidos para os pulmões (o que pode causar 
pneumonia). 
! AGENTES ESPESSANTES 
!  Amidos, féculas, gomas. 
ESPESSANTES 
ESPESSANTES 
CARACTERÍSTICAS 
! Flui de uma colher. 
! Pode ser bebido em 
goles. 
! Derrama rapidamente 
de uma colher, mas mais 
lento que líquidos ralos. 
! É necessário esforço 
para beber através de 
um canudo de 
orifíciopadrão (5,3mm 
de diâmetro) 
www.iddsi.org; SMS Belo Horizonte, 2017 
ESPESSANTES 
CARACTERÍSTICAS 
!  Pode ser bebido em um copo. 
!  É necessário algum esforço 
para sugar através de um 
canudo de orifício padrão ou 
de orifíciolargo(orífico largo = 
6,9mm de diâmetro). 
!  Não pode ser comido com um 
garfo porque escorre 
lentamente entre os dentes. 
!  Pode ser comido com uma 
colher. 
!  Não é necessário nenhum 
processamento oral ou 
mastigação –pode ser 
engolido diretamente. 
www.iddsi.org; SMS Belo Horizonte, 2017 
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ESPESSANTES 
CARACTERÍSTICAS 
! Normalmente comido 
com uma colher (com um 
garfo também é 
possível). 
! Não pode ser bebido em 
um copo. 
! Não pode ser sugado por 
canudo. 
! Não exige mastigação. 
www.iddsi.org; SMS Belo Horizonte, 2017 
ESPESSANTES 
!  ESPESSANTES CASEIROS 
!  Agregam valor nutritivo à preparação. 
!  Exigem manipulação: cocção ou liquidificação para atingir 
a consistência desejada. 
!  Menor custo. 
!  Frutas: manga, mamão, goiaba, banana, abacate, 
biomassa de banana verde. 
!  Raízes e tubérculos: batata, mandioca, inhame, 
batata-doce. 
!  Cereais: amido de milho, fécula de batata, farinhas de 
trigo, arroz, milho e aveia. 
!  Legumes: abóbora moranga. 
ESPESSANTES 
! ESPESSANTES CASEIROS 
SMS Belo Horizonte, 2017 
ESPESSANTES 
! ESPESSANTES CASEIROS 
SMS Belo Horizonte, 2017 
ESPESSANTES 
! ESPESSANTES INDUSTRIALIZADOS 
!  Amido de milho modificado (tratamento térmico ou 
enzimático) ou goma xantana/guar + maltodextrina. 
!  Não necessitam cocção/liquidificação: basta dissolver 
no líquido. 
!  Maior custo. 
ESPESSANTES 
! ESPESSANTES INDUSTRIALIZADOS 
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CASO CLÍNICO 
! Paciente evolui com pouco apetite e baixa 
aceitação alimentar. Nos últimos 3 dias aceitou 
bem o desjejum, mas ingere entre 50% e 75% do 
prato no almoço e no jantar. 
! Segue prostrado e perdendo peso. 
! Conduta? 
TNO – SUPLEMENTAÇÃO ORAL 
INDICAÇÕES 
! Aceitação alimentar < 60% das necessidades 
nutricionais (MS, 2016) 
!  Indicada também nos seguintes casos: 
!  Baixo Peso + catabolismo 
!  Perda de peso significativa (avaliar %PP) + catabolismo 
!  Uso prolongado de dieta restrita (ex. dieta líquida) 
!  Pré-operatórios ( complicações pós-operatórias) 
TNO – SUPLEMENTAÇÃO ORAL 
! Suplementação caseira 
! Módulos de nutrientes 
! Suplementos nutricionais industrializados 
padrão 
! Suplementos nutricionais industrializados 
especializados 
NUTRIÇÃO ENTERAL - DEFINIÇÃO 
RESOLUÇÃO RCD nº63 ANVISA/MS 6/7/00. 
ENTERAL = DENTRO OU NA EXTENSÃO DO TRATO GASTROINTESTINAL 
SUPLEMENTAÇÃO ORALSUPLEMENTAÇÃO CASEIRA 
! Barata. 
! Palatabilidade ajustada às preferências 
alimentares. 
! Composição nutricional indefinida e incompleta. 
! Osmolaridade (concentração) indefinida – pode 
trazer transtornos digestivos/absortivos. 
! Suplementação calórico-proteica com 
desequilíbrio de nutrientes – contra-indicada 
dependendo da patologia do paciente (excesso de 
açúcar, gordura saturada). 
SUPLEMENTAÇÃO ORAL 
SUPLEMENTAÇÃO CASEIRA 
! Exemplos: 
!  Azeite ou queijo ralado no prato de comida já pronto. 
!  Creme de leite na salada de frutas, gelatina, sopas e 
purês. 
!  Gema de ovo cozida amassada ao caldo de feijão, 
sopas e purês. 
!  Clara de ovo cozida esfarelada sobre a salada ou 
legumes. 
!  Molho branco/gratinado nos legumes. 
!  Leite em pó no copo de café com leite ou achocolatado. 
!  Sorvetes e suspiro nos lanches, etc. 
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SUPLEMENTAÇÃO ORAL 
MÓDULOS DE NUTRIENTES 
! Alimentos convencionais acrescidos de módulos 
de proteínas, carboidratos, lipídios ou fibras. 
! Permitem a individualização da suplementação. 
! Versatilidade: 
!  Permitem aumentar a densidade calórica sem alterar 
o sabor da preparação (módulo de lipídios e 
carboidratos). 
!  Permitem aumentar a quantidade de proteínas sem 
alterar o volume final da preparação (módulos de 
proteínas). 
!  Permitem aumentar a quantidade de fibras sem 
alterar o sabor e volume das preparações (módulos de 
fibras solúveis). 
SUPLEMENTAÇÃO ORAL 
MÓDULOS DE NUTRIENTES 
! Proteínas 
!  Albumina (clara de ovo em pó) 
!  Caseina (caseinato de cálcio) 
!  Proteína isolada do soro do leite (Whey Protein) 
!  Glutamina 
!  Proteína isolada de arroz 
SUPLEMENTAÇÃO ORAL 
MÓDULOS DE NUTRIENTES 
! Carboidratos 
!  Maltodextrina (produto da hidrólise parcial 
do amido, sabor levemente adocicado). 
SUPLEMENTAÇÃO ORAL 
MÓDULOS DE NUTRIENTES 
! Lipídios 
!  TCM (com ou sem AGE) 
!  TCL 
SUPLEMENTAÇÃO ORAL 
MÓDULOS DE NUTRIENTES 
! Fibras 
!  Solúveis 
!  Goma guar, inulina, FOS (frutooligossacarídeos) 
!  Mix de fibras solúveis e insolúveis 
!  Inulina, polidextrose, goma arábica, FOS, 
celulose, polissacarídeo de soja, amido resistente 
SUPLEMENTAÇÃO ORAL 
SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS INDUSTRIALIZADOS 
! Suplementos padrão 
!  Em pó ou pronto para beber 
!  Lácteos ou não lácteos 
!  Com ou sem fibras 
!  Normocalóricos ou hipercalóricos 
!  Normoproteicos ou hiperproteicos 
" Normalmente contêm sacarose (palatabilidade) 
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SUPLEMENTAÇÃO ORAL 
SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS INDUSTRIALIZADOS 
! Suplementos padrão 
SUPLEMENTAÇÃO ORAL 
SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS INDUSTRIALIZADOS 
! Suplementos especializados 
!  Composição nutricional modificada para atender 
necessidades dietoterápicas específicas das patologias 
Exemplos: 
!  Alteração na composição de lipídios 
!  Aumento na concentração de proteínas 
!  Acréscimo ou redução de micronutrientes 
!  Hidrólise das proteínas 
!  Etc. 
SUPLEMENTAÇÃO ORAL 
SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS INDUSTRIALIZADOS 
! Suplementos especializados 
CASO CLÍNICO 
! Prescrição do suplemento oral? 
! Registro em prontuário 
!  Resolução CFN 594/2017

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