Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Distúrbios do Crescimento e Diferenciação Celular Profa. Ma. Thayane Araujo 1 Universidade Paulista - UNIP Introdução 2 CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO Introdução 3 • Crescimento celular • É a geração de novas células-filhas, derivadas de células-mãe. • Em geral, ocorre por mitose. • Acontece de forma contínua ou em resposta a necessidades do organismo. • Processo controlado por genes responsáveis: – Pelo crescimento – Pela morte (apoptose) – Por reparos celulares • Equilíbrio entre o crescimento e a morte celular é necessário para que se mantenha a homeostasiado corpo humano. Introdução 4 • Diferenciação celular • É um processo ordenado, relacionado à maturidade, à especificidade e à funcionalidade das células. • A regulação da diferenciação é controlada por: – Genes – Fatores de crescimento – Nutrientes – Estímulo do ambiente externo • E proporciona a maturação e a especificidade das células. • Assim como na proliferação, o equilíbrio entre as células diferenciadas e indiferenciadas é necessário, para que haja respostas às necessidades do corpo. Introdução 5 • Crescimento e diferenciação celulares • Processos complexos controlados por um sistema integrado que mantém a população celular dentro de limites fisiológicos. • Alterações nesse sistema regulatório causam distúrbios Introdução 6 •Hipertrofia •Hipotrofia Alterações do volume celular •Hiperplasia •Hipoplasia •Aplasia Alterações da taxa de divisão celular •Metaplasia Alterações da diferenciação celular •Displasias •Neoplasias Alterações do crescimento e da diferenciação celular Introdução 7 • As células podem ser adrupadas em três categorias: ❖ Lábeis ❖ Estáveis ❖ Perenes Células lábeis 8 • Estão em constante renovação • Se dividem continuamente durante toda a vida do indivíduo para substituir as células destruídas fisiologicamente. • Células dos epitélios de revestimento e as células hematopoiéticas. Células estáveis 9 • Baixo índice mitótico • São capazes de se proliferar quando estimuladas. • Células parenquimosas dos órgãos glandulares (fígado, pâncreas), células mesenquimais (fibroblastos, células musculares lisas) astrócitos e células endoteliais. Células perenes ou permanentes 10 • Células que atingiram o estágio de diferenciação terminal e não se dividem mais após o nascimento, pois perdem a capacidade replicativa. • Neurônios Ciclo celular 11 As células, em seu ciclo vital, encontram-se em duas fases ou períodos: • Mitose • Interfase Ciclo celular 12 • Células lábeis ciclam continuamente • Como os períodos de S, G2 e M consomem tempo mais ou menos constante, o que varia é a duração do período G1. • Após a fase M, as células estáveis deixam o ciclo, vão para o compartimento G0 e nele permanecem por período variado, se estimuladas, retornam ao ciclo na fase G1. • As células perenes, uma vez formadas, abandonam o ciclo celular e passam a fazer parte do compartimento não-replicativo. Ciclo celular 13 • Nos tecidos com células lábeis, são encontradas células em mitose, células no período G1, S e G2 e células que se diferenciaram e atingiram a diferenciação terminal. 14 Controle do ciclo celular 15 As células regulam o ciclo celular por mecanismos intrínsecos. ❖ Sinais externos: fatores de crescimento ❖ Sinais do ambiente: ameaça para a estabilidade do genoma ➥ Os fatores de crescimento agem em receptores específicos e, os sinais ameaçadores atuam geralmente ativando genes especializados em reparar o DNA, deter sua duplicação e parar a cariocinese ou estacionar o ciclo celular em qualquer de suas fases. Controle do ciclo celular 16 ➥ O ciclo celular consiste em uma série complexa de eventos regulados que atingem a duplicação do DNA e divisão da célula. Controle do ciclo celular 17 ➥ Pontos de restrição ou checagem do ciclo celular Continuidade ou bloqueio 1) G1/S➛ OK➛ fase S e G2 2) G2 (G2/M)➛ duplicação do DNA e espera pela mitose • Ex. Oócitos de mamíferos Por esse mecanismo, determinada fase só ocorre se a outra está completa ou se as condições do meio são adequadas. Bloqueio em G2 impede o início da mitose antes de completada a duplicação do DNA ou se o DNA esta lesado. Classificação e nomenclatura 18 Alterações do volume celular 19 Quando uma célula sofre estímulo acima do normal, aumentando a síntese de seus constituintes básicos e seu volume, tem-se a hipertrofia. O aumento do volume é acompanhado de aumento das funções celulares. Se sofre agressão que resulta em diminuição da nutrição, do metabolismo e da síntese necessária para a renovação de suas estruturas, a célula fica com volume menor, fenômeno que recebe o nome de hipotrofia. 20 Hipotrofia (“Atrofia”) 21 • Redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares, resultando na diminuição do volume das células e do órgão atingido. (Redução do Anabolismo) • Diminuição do tamanho celular, se ocorre em um número suficiente de células leva à atrofia do órgão. • Pode ocorrer em qualquer órgão –Músculos esqueléticos –Órgãos sexuais secundários –Cérebro Hipotrofia (“Atrofia”) 22 • Fisiológica • Senilidade (envelhecimento): quando todos os órgãos e sistemas do organismo reduzem suas atividades metabólicas e diminuem o ritmo de proliferação celular, afeta todo o indivíduo, mas não há prejuízo funcional, porque fica mantido um novo estado de equilíbrio. • Involução de tecidos ou órgãos, naturalmente. Ex.: Timo Hipotrofia (“Atrofia”) 23 • Patológica • Involução de tecidos ou órgãos por diminuição do: uso, pressão, suprimento sanguíneo (isquemia), nutrição (inanição), estímulo hormonal, estímulo nervoso. Ex.: paciente acamado. Hipertrofia 24 • Aumento quantitativo dos constituintes e das funções celulares, o que provoca aumento volumétrico das células e dos órgãos afetados. É uma forma de ADAPTAÇÃO celular frente a uma maior exigência de trabalho. • Fisiológica • Hipertrofia do útero e das mamas na gravidez - Estímulo de hormônios estrogênicos através de receptores de estrogênio dos músculos lisos, permitindo a interação dos hormônios com o DNA, resultando em maior síntese proteíca. • Patológica - Hipertrofia da musculatura cardíaca por sobrecarga hemodinâmica devido à hipertensão arterial Hipertrofia Fisiológica Útero grávidico 25 Patológica 26 Alterações da taxa de divisão celular Aumento da taxa de divisão celular acompanhado de diferenciação normal recebe o nome de hiperplasia. Ao contrário, diminuição da taxa de proliferação celular chamada hipoplasia. ***O termo aplasia é muito usado como sinônimo de hipoplasia. o que não é totalmente correto. 27 28 Hipoplasia • Diminuição da população celular. Região se torna menor e menos pesada que o normal. • Diminuição no ritmo de renovação celular x aumento da taxa de morte celular. • Fisiológica – Ex. Involução do Timo na puberdade, gônadas no climatério • Patológicas – Ex. Medula óssea (agentes tóxicos, infecções) – Anemias hipoplásicas. • Muitas vezes hipotrofia e hipoplasia ocorrem juntas. 29 Hiperplasia • Aumento no número de células e aumento da taxa de divisão celular - Mitoses • Hiperplasia e hipertrofia normalmente ocorrem juntas • Fisiológica • Hiperplasia compensatória - permite a regeneração de órgãos – remoção de 70% do fígado, regeneração completa em duas semanas • Cicatrização • Hipertrofia e hiperplasia hormonal do útero e das mamas na gravidez • Patológica • Proliferação anormal em resposta a excessivo estímulo hormonal ou fatores de crescimento 30 Hiperplasia 31 Hiperplasia x Hipertrofia 32 Alterações da diferenciação celular Quando as células de um tecido modificam seu estado de diferenciação normal, tem-se a metaplasia. 33 Metaplasia • Ocorre quando as células de um tecido modificam seu estado de diferenciação normal. • Substituição reversível de uma célula diferenciada por outra menos diferenciada Ex.: Uso de tabaco (hidrocarbonetos aromáticos) provoca a substituiçãodas células epiteliais bronquiais colunares ciliadas por células epiteliais estratificadas escamosas, as quais não secretam muco e não têm cílios, causando a perda de mecanismos vitais de proteção. • A metaplasia poder ser revertida caso cesse o estímulo, todavia a transformação maligna pode ocorrer. 34 Metaplasia 35 Metaplasia de Barrett 36 É uma condição que atinge a porção inferior do esôfago, alterando seu revestimento interno, cujas células originais são substituídas por células semelhantes às do intestino (metaplasia intestinal especializada ou Esôfago de Barrett). Quando não tratado apresenta um risco de evoluir para câncer em até 10% dos casos. O refluxo para o esôfago do conteúdo do estômago contendo ácido e secreções bilio-pancreáticas agride o revestimento esofágico. Na tentativa de se "proteger" dessa agressão, o organismo substitui esse revestimento por um outro mais resistente. Metaplasia de Barrett 37 Transformação metaplasia - displasia 38 Alterações do crescimento e da diferenciação celular Se há proliferação celular e redução ou perda de diferenciação, fala-se em displasia. A proliferação celular autônoma, geralmente acompanhada de perda de diferenciação, é chamada neoplasia. 39 Displasia • São alterações citológicas atípicas no tamanho e forma das estruturas celulares. É comum no epitélio do cervix uterino, no carcinoma "in situ". As células basais sofrem hiperplasia, com maturação desorganizada das células nas camadas mais superficiais. Estas alterações são consideradas como precursoras do carcinoma. Displasia também ocorre no epitélio metaplásico das vias respiratórias devido ao tabagismo. As displasias são consideradas como alterações pré-cancerosas. Há perda da arquitetura do tecido epitelial e da uniformidade das células. 40 Displasia 41 Outros distúrbios • Agenesia significa uma anomalia congênita na qual um órgão ou uma parte dele não se forma. Ex.: agenesia renal, agenesia do septo interatrial do coração, agenesia de um lobo pulmonar. • Distrofia se refere a várias doenças degenerativas sistêmicas, genéticas ou não. E.: distrofias musculares. • Ectopia ou heteropia é a presença de um tecido normal em localização anormal. Ex.: parênquima pancreático na parede do estômago. 42
Compartilhar