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ALIMENTAÇÃO NA FASE ADULTA E IDOSO IDADE: 19 A 60 ANOS É a etapa onde se completa o crescimento físico. A nutrição na idade adulta enfatiza a importância da dieta de manutenção do bem-estar e prevenção de doença. A fase adulta é a fase da manutenção, sendo também muito importante ter uma alimentação adequada. ALIMENTAÇÃO NA FASE ADULTA ALIMENTAÇÃO NA FASE ADULTA Ao elaborarmos um plano alimentar para um adulto, precisamos levar em consideração fatores como: Características individuais ( idade, peso, altura, sexo, atividade física, gasto energético, histórico pessoal e familiar de doenças) Hábitos alimentares Disponibilidade de alimentos em seu meio de convivência Poder aquisitivo, religião, etc.. número de refeições depende de cada indivíduo, mas o indicado é que sejam 6 refeições, sendo Desjejum, Colação, Almoço, Lanche,Jantar e Ceia. Passo 1 – Fazer de alimentos a base da alimentação. Passo 2 - Usar óleos, gorduras, sal e açúcar com moderação. Passo 3 - Limitar o uso de produtos prontos para consumo. Passo4- Comer com regularidade e com atenção e em ambientes apropriados. Passo5- Comer em companhia de familiares, amigos. Passo6- Fazer compras de alimentos em locais que ofertem variedades de alimentos frescos e evitar aqueles que só vendem produtos prontos para consumo. Passo 7- Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias. Passo 8 - Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece. Passo 9- Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora e evitar redes de fast food. Passo 10- Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais. SAL: 5 g ao dia Sódio: - AI: 1200 a 1500 mg/dia - UL: 2300 mg/dia -OMS: 2000mg/dia 1 gr de sal de cozinha tem 400 mg de sódio Gordura Trans : <1% do VET diário Porção de alimentos “zero trans” < 0,2 g gordura trans/porção Se alimentação for adequada a saúde estará presente em todas as fases da vida NUTRIÇÃO NO IDOSO O Brasil vem passando por uma transição demográfica, caracterizada por um aumento significativo da população idosa, que segundo o IBGE – 1991 = 10,7 milhões, 1998 = 13,5 milhões e as projeções é que 2025 o Brasil ocupará o sexto lugar no mundo em relação ao numero de habitantes idosos com cerca de 32 milhões de pessoas com expectativas de vida com mais de 75 anos. Característica da idade: O envelhecimento é um processo continuo que começa da concepção e só termina com a morte. Segundo a classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS), são considerados idosos os indivíduos com faixa etária acima de 60 anos. A alimentação na terceira idade não é diferente da alimentação do adulto, mas deve ser direcionada em função de alterações que ocorrem no organismo. Alguns fatores podem contribuir para uma alimentação inadequada no idoso: Sensoriais: diminuição do olfato e paladar, levando à inapetência e possível desnutrição. Odontológicos: falta de dentes; dentaduras mal adaptadas, provocando lesões na cavidade oral; levando à diminuição da ingestão de carnes (proteína e ferro), hortaliças e frutas (vitaminas, minerais e fibras). Deglutição: diminuição da salivação, dificultando a deglutição; doenças do esôfago e da garganta; podem levar à monotonia do cardápio e inapetência. Psicológicos: depressão, solidão, apatia, tristeza, podendo levar à inapetência. Sociais: baixo poder econômico; dependência de outra pessoa para o preparo da alimentação ou dando preferência para alimentos de fácil preparo, porém ricos em carboidrato e gordura, e pobres em fibras, vitaminas e minerais. Doenças: diabetes, hipertensão, hepatopatias, pulmonares, neurológicas, cardíacas, gastrointestinais (dificultando a digestão e absorção); uso prolongado de medicamentos. Fisiológicos: diminuição secreção ácido clorídrico e enzimas digestivas, dificultando a digestão e absorção de proteínas e outros. Obstipação: < consumo de frutas e verduras e < atividade física < produção de hormonios: ex insulina – intolerancia à glicose Atividade física: geralmente diminuída, favorecendo ganho de peso e obstipação intestinal. Entretanto, estudos mostram que dentre os fatores que podem condicionar a qualidade de vida e a longevidade do ser humano, a nutrição é um dos principais, sendo que várias mudanças decorrentes do processo de envelhecimento podem ser atenuadas com uma alimentação adequada e balanceada nos aspectos dietético e nutritivo. Necessidades nutricionais: As necessidades nutricionais das pessoas idosas são essencialmente individuais, em razão das diferenças na progressão do processo degenerativo e da intercorrência de enfermidades. Em pessoas idosas, as exigências nutricionais dependem do estado geral de saúde, dos níveis de atividade física, das alterações na capacidade de mastigação, digestão e absorção dos nutrientes e da eficiência do metabolismo, além de alterações no sistema endócrino e no estado emocional. Energia: O valor calórico da alimentação do idoso deve ser o suficiente para manter seu vigor e sua atividade, sem provocar aumento ou redução de peso. A taxa metabólica dos indivíduos idosos é reduzida em relação aos adultos jovens e de meia idade. Essa redução na taxa metabólica de aproximadamente 10% por década é um fator a ser considerado na determinação do gasto energético. As recomendações mais recentes as dividem em subgrupos: de 51 a 70 e acima de 70 anos. A partir desses dados, é verificado se a ingestão energética se encontra de acordo com o gasto energético total e então, posteriormente, realizam-se as correções das possíveis inadequações, de acordo com as recomendações nutricionais. Carboidratos e fibras Carboidratos de 50 a 60% do VET. Fibras de 25 a 35g/dia. O uso de carboidratos complexos e fibras na dieta (cereais como aveia, farelo de trigo, arroz integral, frutas e hortaliças) são altamente indicados por serem importantes na prevenção e controle de doenças cardiovasculares, diabetes, constipação, entre outras, comuns nesta fase da vida. O uso de açúcar (principalmente o refinado) deve ser reduzido a fim de melhorar a sensibilidade à insulina, pois existem evidências de que com o avanço da idade ocorre uma diminuição da tolerância à glicose. Proteínas 0,8 a 1g de proteína de alto valor biológico por kilo de peso ao dia, para idosos saudáveis – cerca de 12 a 15% do VET. Lipídios Não ultrapassar a 30% do VET sendo que a gordura saturada menor que 10%. Quanto aos lipídios, existem evidências de que o consumo elevado de gorduras saturadas no idoso está relacionado com a maior incidência de desordens cardiovasculares e câncer. Por isso, recomenda-se que a pessoa reduza o uso de gordura saturada e colesterol, substituindo-os pela gordura insaturada (mono e poli) Vitaminas e minerais Com relação às vitaminas e minerais, vários estudos têm demonstrado que os requerimentos de minerais e vitaminas no idoso não se encontram alterados, desde que as pessoas sejam saudáveis e possuam bons hábitos alimentares. Mas determinadas condições de saúde, como, por exemplo, o estilo de vida solitário do idoso, indicam suplementação vitamínica e de minerais. Tabela da DRIs. Vitaminas e minerais • Vit A e carotenóides, Vit C: antioxidantes • Vit D: < exposição sol, osteoporose • Vit E: sistema imune • Vit B12 e acido folico: < ac cloridrico • Calcio: • Zinco: deficiência reduz apetite, paladar, • Ferro: observar ingestão Água A água, que é um nutriente muito importante nos idosos, muitas vezes é esquecida. A inadequada ingestão de água pelos idosos pela sensação diminuída de sede levaa uma desidratação rápida e a problemas associados com hipertensão, elevação na temperatura corporal, constipação, náuseas e vômito, secura das mucosas, diminuição da excreção da urina e confusão mental. Recomendação 30 a 35mL de água/kilo de peso. 2500 A 3500 mL A alimentação deve ser: ALIMENTAÇÃO SABOROSA FÁCIL DIGESTÃO POUCO VOLUMOS A CONSISTÊN CIA DE ACORDO C/ DENTIÇÃO RECOMENDAÇÕES GERAIS • Alimentação do idoso deve ser saborosa e de fácil digestão • Devem ter pouco volume e consistência de acordo com dentição • Condimentos não devem ser suprimidos • Evitar excesso de vegetais flatulentos • Considerar restrições de acordo com patologias existentes. Considerando os aspectos apresentados, há chance de se cuidar do idoso de forma a preservar ou melhorar seu estado nutricional e, consequentemente, sua qualidade de vida.
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